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URCA - Universidade Regional do Cariri Pró-Reitoria de Ensino e Graduação - PROGRAD Centro de Ciências e Tecnologia Departamento de Construção Civil Disciplina: Estradas II – TE 036 TERRAPLENAGEM 1 Prof. Nobre Cel: (85) 9.9943-0274 anobrerabelo@yahoo.com.br TERRAPLENAGEM: DEFINIÇÃO Conjunto de operações de desmatamento, limpeza, escavação, carga transporte, descarga, compactação e acabamentos, executados para conformar o terreno natural aos gabaritos definidos em projeto 2 PROJETO DE TERRAPLENAGEM: UM SISTEMA 3 PROJETO DE TERRAPLENAGEM: UM SISTEMA Uma rodovia tem seus elementos geométricos decompostos em três dimensões, constituintes do projeto geométrico: PLANTA / PERFIL / SEÇÕES 4 PLANTA / PERFIL / SEÇÕES ELEMENTOS DE UMA SEÇÃO TIPO: EM CORTE 5 ELEMENTOS DE UMA SEÇÃO TIPO: EM ATERRO 6 ELEMENTOS DE UMA SEÇÃO TIPO: MISTA 7 CONSIDERAÇÕES: INCLINAÇÃO DOS TALUDES A inclinação dos taludes é definida a partir dos seguintes fatores: � Natureza do material (Indicações dos Estudos Geotécnicos) � Segurança viária � Economia � Necessidade estética 8 � Necessidade estética PARA ATERROS: � Solos arenosos: 1:2 � Solos argilosos: 2:3 � Aterros com fragmentos de rocha: 1:1 As inclinações (V:H) recomendadas são: PARA CORTES: � Rocha sã: 4:1 � Terrenos com escorregamentos: 1:1 � Empréstimos: 2:3 (estética e erosão) TERRAPLENAGEM: PRINCIPAIS SERVIÇOS � Serviços Preliminares: desmatamento e limpeza (m2) � Escavação e carga (m3) � Transporte (t) � Cortes e Aterros (m3) � Espalhamento (m3) � Compactação (m3) 9 � Compactação (m ) � Bota-Foras (m3) � Arrasamento de Aterros (m3) CONSIDERAÇÕES: INCLINAÇÃO DOS TALUDES 10 LARGURA DA PLATAFORMA: CONSIDERAR � Largura das faixas de rolamento � Largura dos acostamentos e faixas de segurança � Altura do pavimento � Espaço: drenagem superficial e placas de sinalização vertical � Folgas adicionais (dependendo da classe e função da via) 11 NOTA DE SERVIÇO DE TERRAPLENAGEM Resultante do(s): � cálculo do greide de terraplenagem � da largura da plataforma de terraplenagem � declividades transversais (curvas e tangentes) 12 ESPECIFICAÇÕES (TERRAPLENAGEM) DNIT 104/2009 – ES – Terraplenagem – Serviços Preliminares DNIT 105/2009 – ES – Terraplenagem – Caminhos de Serviço DNIT 106/2009 – ES - Terraplenagem – Cortes DNIT 107/2009 – ES – Terraplenagem – Empréstimos DNIT 108/2009 – ES – Terraplenagem – Aterros DERT-ES – T 01/00 – Serviços Preliminares (Desmatamento) 13 DERT-ES – T 01/00 – Serviços Preliminares (Desmatamento) DERT-ES –T 02/00 – Caminhos de Serviços DERT-ES – T 03/00 – Variante para Desvio de Tráfego DERT-ES – T 04/00 – Cortes DERT-ES – T 05/00 – Empréstimos DERT-ES – T 06/00 – Aterros com Solos DERT-ES – T 07/00 – Aterros com Rochas DERT-ES – T 08/00 – Revestimento Primário PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES (DER/PR) 14 � Onde ocorrer predominância de materiais rochosos, admite-se a execução de aterros com rochas, desde que previsto em projeto e que o material seja depositado em camadas ≤ 0,75m � Os 2,0 m finais devem ser executados mecanicamente, em camadas de espessura máxima de 0,3 m. O material deve ser espalhado com equipamento apropriado e compactado a rolos vibratórios PRINCIPAIS ESPECIFICAÇÕES (DER/PR) 15 equipamento apropriado e compactado a rolos vibratórios � O tamanho máximo admitido para a maior a dimensão da pedra é de 2/3 da espessura da camada. PROCEDIMENTOS PRÉVIOS: EXECUÇÃO DE ATERROS 1. Quando i < 15% - constrói-se o aterro normalmente 2. Quando 15% ≤ i ≤ 25% - escarificar a superfície de apoio para aumentar a rugosidade 3. Quando 25% ≤ i ≤ 40% - escalonar a superfície em degraus, na largura preferencial de 3,0 m 16 PROCEDIMENTOS: ALARGAMENTO DE ATERROS � Execução de baixo para cima (em degraus nos taludes) � Desde que justificado em projeto, a execução poderá ser feita por meio de arrasamento parcial do aterro existente, até que o material escavado preencha a nova seção transversal, de modo a complementar toda a largura da referida seção transversal com material importado � Aterros em meia encosta: escavar o terreno natural em degraus 17 � Aterros em meia encosta: escavar o terreno natural em degraus CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DOS CORTES 1ª Categoria: São solos de natureza residual ou sedimentar, seixos rolados ou não e rochas em adiantado estado de decomposição com fragmentos de diâmetro máximo inferior a 0,15 m, em qualquer teor de umidade. Compreende as pedras soltas, rochas fraturadas em blocos maciços de volume inferior a 0,5 m3, rochas de resistência inferior a do granito (rochas brandas). t CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DOS CORTES 2ª Categoria: compreendem os materiais cuja extração exija o uso combinado de escarificador pesado e explosivos, incluindo-se blocos maciços de volume inferior a 2 m3. t CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS DOS CORTES 3ª Categoria: materiais com resistência ao desmonte mecânico igual ou superior a do granito são e blocos de rocha com Φ superior a 1,0m, ou de volume igual ou superior a 2 m3, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processem somente com o emprego contínuo de explosivos t COMPENSAÇÃO DE VOLUMES 1. BOTA-FORA 1.1. Material do corte não serve para a construção dos aterros (também chamado de refugo) 1.2. Volume de terra escavado é maior que o necessário para os aterros 2. EMPRÉSTIMO: O volume dos cortes é insuficiente para a construção dos t aterros 3. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL: há material disponível no corte e o aterro localiza-se a uma distância em que o custo de transporte é menor que o custo de nova escavação 4. COMPENSAÇÃO LATERAL: há corte e aterro no mesmo segmento entre seções consecutivas ou trechos de seção mista e o volume escavado puder ser compensado no próprio local FATOR DE EMPOLAMENTO (Fe) Empolamento é definido como o incremento ou aumento de volume (em termos percentuais) sofrido por um material ao ser escavado de um corte (o fator de empolamento é um parâmetro adimensional, sistematicamente maior do que a unidade) Fator de Empolamento (Fe) e Empolamento (E) t Fe = Vs/Vc E(%) = [(Vs-Vc)x100]/Vc Onde: Vs = massa específica aparente seca no estado solto Vc = massa específica aparente seca do material no corte NOTA: O Fe é um incremento que resulta após a escavação de um material de corte (estima-se o volume ocorrente no corte) FATOR DE CONTRAÇÃO (Fc) Fator de contração permite a estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um determinado aterro. NOTA: O Fc é um parâmetro adimensional que assume, para os solos, valores inferiores à unidade, porém, quando tratar-se de escavação em materiais compactos e de elevada densidade “in situ” (rocha sã, etc.), o fator de contração resultará num valor superior à unidade). etc.), o fator de contração resultará num valor superior à unidade). Fator de contração (Fc) Onde: Vc = massa específica aparente seca no estado natural Vcomp = massa específica aparente do material compactado t Fc = Vcomp/Vc NOTA: O fator de contração permite a estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um determinado aterro FATOR DE HOMOGENEIZAÇÃO (Fh) Fator de Homogeneização permite a estimativa do material, medido no corte, necessário à confecção de um determinado aterro. Assume valores superiores à unidade para solos, e inferiores para materiais compactos. Fator de Homogeneização (Fh) F = V /V = 1/FFator de Homogeneização (Fh) Onde: Vc = massa específica aparente seca no estado natural (corte) Vcomp = massa específica seca do material compactado Fc = fatorde contração t Fh = Vc/Vcomp = 1/Fc NOTA: os serviços de terraplenagem são pagos por volume de material medido no corte, em seu estado natural EMPOLAMENTO / CONTRAÇÃO / HOMOGENEIZAÇÃO tVcomp < Vcorte < Vsolto EXERCÍCIOS Seja um volume de corte de 500.000 m3 e dados a densidade natural, densidade solta e densidade no aterro, respectivamente, 1,6; 1,20 e 1,70, calcule: a) volume de transporte b) volume no aterro compactado c) Empolamento a) Volume de transporte: Dc . Vc = Ds . Vs 1,6 . 500.000 = 1,2 . Vs t c) Empolamento 1,6 . 500.000 = 1,2 . Vs Vs = (1,6 . 500.000)/1.2 Vs = 666.667 m3 b) Volume no aterro: Dc . Vc = Dcomp . Vcomp 1,6 . 500.000 = 1,7 . Vcomp Vcomp = (1,6 . 500.000)/1.7 Vs = 470.667 m3 c) Empolamento (%) E(%) = [(Vs – Vc) . 100]/Vc E(%) = [(666.667 – 500.000).100]/500.000 E(%) = 33,33% EXERCÍCIOS O custo de escavação de um solo comum seco é de R$ 10,00/m3. Se em um pequeno serviço foi contratado prevendo-se o pagamento do mesmo através do controle por número de viagens de caminhões, calcule o valor referente ao custo de escavação por viagem na composição de preço, sabendo-se que o fator de empolamento é 1,25 e a capacidade do caminhão é de 6,0 m3 t SOLUÇÃO: O custo de escavação é obtido no corte, logo: Vs = 6,0 m3 Fe = Vs / Vc Vs = 6,0 / 1,25 Vs = 4,8 m3 Logo, o valor referente ao custo de escavação por viagem é de: 4,8 m3 x 10,00 = R$ 48,00 NECESSIDADE DA TERRAPLENAGEM � o terreno não permite velocidade compatível com a de projeto � a curvatura não permite visibilidade suficiente � não possui condições de drenagem � não tem resistência à carga de projeto dos veículos � Inclinação muito forte impede o bom desempenho dos veículos t EQUIPAMENTOS UTILIZADOS � Escavadoras – empurradoras (TE) � Escavadoras - transportadoras � Escarificador ou ripper � Escavadeiras � Motoniveladoras� Motoniveladoras � Escavadora-carregadora (PC) � Unidades de transporte � Caminhões fora de estrada � Rolo compactadores � Compactadores de placa � Trator agrícola com grade � Irrigadores (carros pipas) t EQUIPAMENTOS UTILIZADOS t ESCOLHA DO ROLO COMPACTADOR t ESCOLHA DO ROLO COMPACTADOR t CONTROLE TOPOGRÁFICO CONTROLE TOPOGRÁFICO: � Locação de eixos e/ou linhas-base � Marcação de off-sets � Verificação de inclinação de taludes � Conferências : larguras /declividades COMPONENTE AMBIENTAL - Legislação específica - Resoluções CONAMA - Normas, manuais, etc. t � Conferência de cotas � Conferência de espessuras de camadas � Levantamentos planialtimétricos (bota-fora e empréstimos) � Nivelamentos (medição volumes de aterros/cortes/empréstimos CONTROLE GEOTÉNICO � Verificação da compactação e umidade � Caracterização do material: CBR, LL, LP e Granulometria CONTROLE TOPOGRÁFICO t CÁLCULO DAS ÁREAS DAS SEÇÕES 1. MÉTODO DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS (também para seções mistas): � Divide-se a seção transversal em trapézios � Calcula-se a área de cada um dos trapézios e soma todas estas � O volume existente entre duas seções consecutivas (interperfis) é considerado aplicado na estaca da segunda seção Admite-se que o terreno varia de forma linear entre duas seçõesAdmite-se que o terreno varia de forma linear entre duas seções consecutivas (para d = 20 m entre seções, não gera grandes erros (2%) O processo consiste no levantamento das seções em cada estaca inteira do traçado (estaca de 20 m) t V = [ L (A1+A2) ]/2 A1 e A2 são áreas das seções extremas. Am é a área da seção no ponto médio entre A1 e A2 e L é a distância entre as seções A1 e A2 1. Calcula-se o volume entre duas seções transversais consecutivas 2. Se as duas seções forem de corte, tem-se um volume de corte 3. Se as duas seções forem de aterro, tem-se um volume de aterro 4. Calcula-se o volume de forma simplificada como sendo a média das áreas pela distância entre as seções, uma estaca, 20,0 m MOVIMENTO DE TERRA: CÁLCULO DOS VOLUMES t 5. Se as seções forem mistas, calcula-se a média da área de corte vezes a distância de corte, mais a média da área de aterro vezes a distância de aterro 6. Se o terreno entre as seções subsequentes não for muito irregular, o erro advindo do processo não é considerável e pode ser usado tranquilamente 7. Se o terreno entre seções é muito irregular, então deve-se pegar a distâncias menores que uma estaca para evitar erros maiores MOVIMENTO DE TERRA: CÁLCULO DOS VOLUMES t 8. Se uma seção for mista e outra não, é só considerar a segunda fórmula e fazer com que a área dois seja dividida com a de aterro ou corte igual a zero, conforme seja a seção 9. Os volumes de corte e de aterro podem ser obtidos somando todos os volumes de corte e aterro entre as seções 2. FÓRMULA DE GAUSS: o cálculo das áreas das seções transversais ainda pode ser feito pela Fórmula de Gauss (mais usado para seções de corte e aterro) ESTUDOS PARA MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS t 1. Deve-se sempre que possível aproveitar o material de corte como material de aterro em seção próxima 2. Ao aproveitamento dos cortes pela realização de aterros dá-se o nome de compensação de volumes 3. Os materiais rochosos e os solos moles não servem para construção de aterros DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO construção de aterros 4. Os materiais descartados deves ser transportados e depositados em áreas de bota-fora 5. Quando o material escavado é insuficiente para construção de aterros fazem-se novas escavações para complementar o volume de aterro, cuja operação para escavar e transportar o material até o local do aterro é chamada de empréstimo t 6. Há situações onde o material disponível de corte está a uma distância economicamente inviável para uso na área que necessita de aterro. Neste caso faz-se um bota-fora do material do corte e importa-se material de empréstimo de uma região mais próxima 7. Quando ocorre corte e aterro em seções consecutivas, ambos DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO 7. Quando ocorre corte e aterro em seções consecutivas, ambos com características similares, deve-se usar o material compensado no próprio local para evitar custo com transporte 8. A compensação no mesmo segmento é denominada de compensação transversal ou compensação lateral 9. Para distância média de transporte de até 150 m o trator de esteira é o equipamento mais adequado t 10. Se na situação anterior houver mais volume de corte do que de aterro no mesmo segmento, deve-se usar o material compensado no próprio local 11. O volume maior de corte é denominado volume excedente 12. Este volume pode ser usado para compensação transversal ou na compensação longitudinal DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL ESCAVADO na compensação longitudinal 13. Se na situação anterior houver mais volume de aterro do que de corte no mesmo segmento, deve-se usar todo material do corte no próprio local do aterro, podendo o restante de volume necessário para o aterro vir de uma compensação longitudinal ou de um empréstimo, sendo este valor excedente denominado de volume negativo 14. O volume da compensação transversal é sempre a diferença entre os dois t ESTUDOS: MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS DISTÂNCIA ECONÔMICA DE TRANSPORTE: É a distância para a qual o custo da compensação longitudinal é igual ao custo do bota-fora mais o custo do empréstimo. Para distâncias menores que a distância econômica, é mais econômico transpor o solo dos cortes para os aterros; para distâncias maiores é mais barato fazer bota-fora do solo dos cortes e importar solo de empréstimo para construção do aterro A distância econômica é dada por: d = dbf + demp + Ce/ct Onde: d = distância econômica, emkm dbf = distância média de bota-fora, em km demp = dist. média de empréstimo, em km Ce = custo de escavação, em R$/m3/km Ct = custo de transporte, em R$/m3/km Imagine o trecho de uma estrada, em que o custo de escavação seja R$ 2,60/m3/km o custo de transporte é de R$ 1,30/m3/km. Sabendo-se que a distância média de bota-fora é de 0,2 km e a de empréstimo é de 0,3 km, calcule a distância econômica de transporte para essa estrada. d = d + d + C /c ESTUDOS: MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS d = dbf + demp + Ce/ct d = 0,2 + 0,3 + 2,60/1,30 d = 2,5 km A linha mais econômica é aquela para a qual a soma dos segmentos que ficam abaixo da linha de Bruckner é igual à soma dos segmentos segmentos que ficam acima. A linha precisa cortar todos os trechos ascendentes e descendentes da linha de Bruckner e as distâncias de transporte não forem maiores que a distância econômica ESTUDOS: MOVIMENTAÇÃO DE TERRAS PLANEJAMENTO DO MOVIMENTO DE TERRA Veja a compensação mostrada no diagrama a seguir e imagine as várias maneiras de planejar o movimento de terra: 1. o volume do corte 1 pode ser movido para o aterro 1, do corte 2 para o aterro 2 e do corte 3 para o aterro 3. O corte 4 vai para BF 2. o volume do corte 2 pode ser movido para o aterro 1, do corte 3 para o aterro 2 e do corte 4 para o aterro 3 e o corte 1 vai para bota- fora, além destas, outras alternativas podem ser estudadas O custo é variável de uma solução para outra, sendo dependente do MOMENTO DE TRANSPORTE de cada uma delas. Esse MOMENTO é o produto do VOLUME ESCAVADO pela DISTÂNCIA DE TRANSPORTE. O DIAGRAMA DE MASSAS é a ferramenta primordial para análise das alternativas viáveis e a escolha da solução mais econômica. Esse DIAGRAMA DE MASSAS representa o volume acumulado de corte e aterro e onde inicia o volume de corte até onde termina, e o mesmo para o aterro (OBJETIVA ESTUDAR A DISTRIBUIÇÃO MAIS ECONÔMICA) PLANEJAMENTO DO MOVIMENTO DE TERRA Uma das representações do DIAGRAMA DE MASSAS é denominada de DIAGRAMA DE BRUCKNER ou LINHA DE BRUCKNER. Se a linha de Bruckner for plotada na mesma folha do perfil da rodovia e na mesma escala horizontal, tem-se então o DIAGRAMA DE MASSAS Nesse DIAGRAMA DE MASSAS podem-se observar todos os volumes de corte e aterro, o que facilita em muito a análise dos movimentos De terra no projeto DIAGRAMA DE BRUCKNER O DIAGRAMA DE MASSAS (DIAGRAMA DE BRUCKNER) facilita a análise da distribuição dos materiais escavados, que corresponde à origem e o destino dos solos e rochas objeto das operações de seus volumes, classificações e distâncias de transporte. Após o cálculo das áreas das seções transversais e dos volumes dos prismóides, prepara-se uma tabela de volumes acumulados, que serve como base para a construção do diagrama de Bruckner Estacas Áreas Dist (m) Volumes (m³) Compensação Volumes acumuladosCorte Aterro Corte (+) Aterro (-) At corrig Lateral Longitudal 0 4,0 6,0 0,0 2.000,0 1 12,0 0,0 20,0 160,0 60,0 84,0 84,0 76,0 2.076,0 2 0,0 15,0 20,0 120,0 150,0 210,0 120,0 -90,0 1.986,0 3 11,0 0,0 15,0 82,5 112,5 157,5 82,5 -75,0 1.911,0 3+12,6 9,0 0,0 12,6 126,0 0,0 0,0 0,0 126,0 2.037,0 4 13,0 3,0 7,4 81,4 11,1 15,5 15,5 65,9 2.102,9 DIAGRAMA DE BRUCKNER � O diagrama não é um perfil � Toma-se uma linha de terra ao mesmo desenho do perfil � Marcam-se o estaqueamento nas abcissas e para ordenadas a soma algébrica dos volumes de cortes (+) e de aterros (-) � Ligam-se os pontos das coordenadas em cada perfil, formando a poligonal: pontos obtidos e unidos por uma linha curva a poligonal: pontos obtidos e unidos por uma linha curva sintetizam o DIAGRAMA DE BRUCKNER � Para construir o DIAGRAMA, calcula-se as ditas COORDENADAS DE BRUCKNER, as quais correspondem aos volumes de cortes (considerados positivos) e aos de aterros (considerados negativos) acumulados, sucessivamente. A soma dos volumes é feita a partir de uma ordenada inicial arbitrária. DIAGRAMA DE BRUCKNER L T DIAGRAMA DE BRUCKNER � Em cada ponto do diagrama, a leitura da vertical (ordenada) fornece o valor dos volumes acumulados até esse ponto � Lados ascendentes representam os cortes (acúmulo de material) � Lados descendentes representam os aterros (retirada de material) � Ponto de máximo corresponde à passagem de uma seção de � Ponto de máximo corresponde à passagem de uma seção de corte para uma seção de aterro � Ponto de mínimo da poligonal corresponde à passagem de uma seção de aterro para uma seção de corte � O volume existente entre duas seções consecutivas (interperfis) é considerado aplicado na estaca da segunda seção � A diferença de ordenada entre dois pontos mede o volume de terra entre esses pontos DIAGRAMA DE BRUCKNER DIAGRAMA DE BRUCKNER � Qualquer segmento fechado no diagrama (por um lado ascendente e por outro descendente) representa uma compensação entre volume de corte e aterro � Quando traçamos uma linha paralela à linha de construção cortando a linha do diagrama, ficam determinados volumes iguais de corte e de aterro, esta linha chama-se linha de iguais de corte e de aterro, esta linha chama-se linha de distribuição � Quando a linha do diagrama está acima da linha de distribuição, o transporte da terra é para a frente; quando está abaixo da linha de distribuição, o transporte da terra é para trás. O volume é dado pela diferença de ordenadas entre o ponto de máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha de compensação DIAGRAMA DE BRUCKNER DIAGRAMA DE BRUCKNER � Linha de terra (LT) ou uma linha horizontal paralela a esta, destaca segmentos de áreas que correspondem a volumes de corte e aterro compensados � A linha que corta o diagrama de Bruckner e o toca em dois pontos dá o volume entre esta linha e o diagrama � A área limitada pelo diagrama e a horizontal qualquer dá o � A área limitada pelo diagrama e a horizontal qualquer dá o momento de transporte entre o corte e aterro que se compensam � A DMT de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento � Num segmento qualquer compensado a área deste segmento representa a soma dos momentos de transporte, corresponde ao volume compensado, isto é, igual à somatória V x d DIAGRAMA DE BRUCKNER S = área M = V x dm O momento de transporte (M) equivale à área “S” DIAGRAMA DE BRUCKNER � Quando duas linhas de distribuição sucessivas fazem um degrau para baixo, necessita-se de um “empréstimo”; quando o degrau é para cima, temos um “bota-fora” � “Empréstimos” acontece quando falta terra e temos de tirá-la das partes laterais da para a plataforma � “Bota-fora” é quando sobra terra na plataforma e necessitamos� “Bota-fora” é quando sobra terra na plataforma e necessitamos jogá-la nas laterais � Inclinações muito elevadas: grandes movimentos de terra � Pontos extremos do diagrama equivalem a pontos de passagem � A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica a direção do movimento de terra: onda positiva corresponde a transporte no sentido do estaqueamento; onda negativa, a transporte no sentido contrário DIAGRAMA DE BRUCKNER � A linha de melhor distribuição deve estar compreendida entre duas paralelas, que passam pelos extremos da poligonal de Bruckner � A linha de distribuição mais conveniente é a paralela à linha de terra que intercepta a poligonal de Bruckner, de modo que a soma das cordas correspondentes aos segmento superiores seja igual à soma das cordas dos segmentos inferiores DIAGRAMA DE BRUCKNER DIAGRAMA DE DE BRUCKNER DIAGRAMA DE BRUCKNER BIBLIOGRAFIA� Estrada de Rodagem – Projeto Geométrico – Glauco Pontes Filho � Notas de Aula Lucas Bach Adada -Tópicos de Projeto de Terraplenagem – Programa de Integração e Capacitação – DER/PR � Notas de Aula. Prof. Ms. Robinson Negri . Cálculo de Volumes e Diagrama de Bruckner � Estudos, Projetos e Locação de Ferrovias e Rodovias” – 4ª Edição. M. Pacheco de Carvalho. Editora Científica. Rio de Janeiro. 1966Pacheco de Carvalho. Editora Científica. Rio de Janeiro. 1966 � LEE, Shu Han. Projeto geométrico de Estradas. Florianópolis: UFSC, 2000 � BRASIL (1999) Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Manual de Projeto Geométrico de Rodovias Rurais. Rio de Janeiro. � SENÇO, W. (1997). Estradas de Rodagem. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. � Campos, do Amaral Campos. Projeto e Estradas. Universidade de São Paulo. Escola Politécnica. 61