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Prévia do material em texto

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
PROFESSORA ME. EDNA MITIKO OTA
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES
CONTÁBEIS
UNIDADE I
UNIDADE II
UNIDADE III
PANORAMA GERAL DA ANÁLISE
PROCEDIMENTOS E FERRAMENTAS DE ANÁLISE
INDICADORES DE ANÁLISE
usuários e tomada
de decisão
procedimentos
para análise
indicadores 
de rentabilidade 
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca por 
tecnologia, informação, conhecimento de qualida-
de, novas habilidades para liderança e solução de 
problemas com eficiência tornou-se uma questão 
de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsa-
bilidade: as escolhas que fizermos por nós e pelos 
nossos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário 
Cesumar – assume o compromisso de democra-
tizar o conhecimento por meio de alta tecnologia 
e contribuir para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promo-
ver a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cida-
dãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária” –, o Centro 
Universitário Cesumar busca a integração do 
ensino-pesquisa-extensão com as demandas 
Reitor 
Wilson de Matos Silva
palavra do reitor
Direção UniceSUMar
reitor Wilson de Matos Silva, Vice-reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-reitor de administração Wilson 
de Matos Silva Filho, Pró-reitor de eaD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, Presidente da Mantenedora 
Cláudio Ferdinandi.
neaD - núcleo De eDUcação a DiStância
Direção de operações Chrystiano Mincoff, coordenação de Sistemas Fabrício Ricardo Lazilha, coordenação 
de Polos Reginaldo Carneiro, coordenação de Pós-Graduação, extensão e Produção de Materiais Renato 
Dutra, coordenação de Graduação Kátia Coelho, coordenação administrativa/Serviços compartilhados 
Evandro Bolsoni, Gerência de inteligência de Mercado/Digital Bruno Jorge, Gerência de Marketing Harrisson 
Brait, Supervisão do núcleo de Produção de Materiais Nalva Aparecida da Rosa Moura, Design educacional 
Nalva Moura, Diagramação José Jhonny Coelho, revisão textual Keren Pardini, Fotos Shutterstock.
neaD - núcleo de educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 - Jardim Aclimação - Cep 87050-900 
Maringá - Paraná | unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
institucionais e sociais; a realização de uma 
prática acadêmica que contribua para o desen-
volvimento da consciência social e política e, por 
fim, a democratização do conhecimento aca-
dêmico com a articulação e a integração com 
a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar 
almeja ser reconhecido como uma instituição univer-
sitária de referência regional e nacional pela qualidade 
e compromisso do corpo docente; aquisição de com-
petências institucionais para o desenvolvimento de 
linhas de pesquisa; consolidação da extensão univer-
sitária; qualidade da oferta dos ensinos presencial e 
a distância; bem-estar e satisfação da comunidade 
interna; qualidade da gestão acadêmica e adminis-
trativa; compromisso social de inclusão; processos 
de cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relacionamento 
permanente com os egressos, incentivando a edu-
cação continuada.
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância:
C397 
 Análise das Demonstrações Contábeis / Edna Mitiko Ota. 
 Publicação revista e atualizada, Maringá - PR, 2014.
 96 p.
 “Pós-graduação Núcleo Comum - EaD”.
 1. Demonstrações contábeis. 2. Controladoria. . 3. EaD. I. Título.
CDD - 22 ed. 657.3
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à Comunidade do 
Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a UNICESUMAR tem sido 
conhecida pelos nossos alunos, professores e pela nossa sociedade. 
Porém, é importante destacar aqui que não estamos falando mais 
daquele conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas de um 
conhecimento dinâmico, renovável em minutos, atemporal, global, de-
mocratizado, transformado pelas tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação têm nos 
aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, informações, da edu-
cação por meio da conectividade via internet, do acesso wireless em 
diferentes lugares e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram a informa-
ção e a produção do conhecimento, que não reconhece mais fuso 
horário e atravessa oceanos em segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer transformou-se hoje 
em um dos principais fatores de agregação de valor, de superação das 
desigualdades, propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada vez mais, a co-
nhecer, entender, selecionar e usar a tecnologia que temos e que está 
disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg modificou toda 
uma cultura e forma de conhecer, as tecnologias atuais e suas novas fer-
ramentas, equipamentos e aplicações estão mudando a nossa cultura 
e transformando a todos nós.
Priorizar o conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes cativantes, ricos 
em informações e interatividade. É um processo desafiador, que ao 
mesmo tempo abrirá as portas para melhores oportunidades. Como 
já disse Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. É isso 
que a EAD da UNICesumar se propõe a fazer. 
Pró-Reitor de EaD
Willian Victor Kendrick 
de Matos Silva
boas-vindas
sobre pós-graduação
a importância da pós-graduação
O Brasil está passando por grandes transformações, em especial 
nas últimas décadas, motivadas pela estabilização e crescimento 
da economia, tendo como consequência o aumento da sua impor-
tância e popularidade no cenário global. Esta importância tem se 
refletido em crescentes investimentos internacionais e nacionais 
nas empresas e na infraestrutura do país, fato que só não é maior 
devido a uma grande carência de mão de obra especializada.
Nesse sentindo, as exigências do mercado de trabalho são cada 
vez maiores. A graduação, que no passado era um diferenciador 
da mão de obra, não é mais suficiente para garantir sua emprega-
bilidade. É preciso o constante aperfeiçoamento e a continuidade 
dos estudos para quem quer crescer profissionalmente. 
A pós-graduação Lato Sensu a distância da UNICESUMAR 
conta hoje com 21 cursos de especialização e MBA nas áreas de 
Gestão, Educação e Meio Ambiente. Estes cursos foram planejados 
pensando em você, aliando conteúdo teórico e aplicação prática, 
trazendo informações atualizadas e alinhadas com as necessida-
des deste novo Brasil. 
 Escolhendo um curso de pós-graduação lato sensu na 
UNICESUMAR, você terá a oportunidade de conhecer um conjun-
to de disciplinas e conteúdos mais específicos da área escolhida, 
fortalecendo seu arcabouço teórico, oportunizando sua aplicação 
no dia a dia e, desta forma, ajudando sua transformação pessoal 
e profissional.
Professor Dr. Renato Dutra
Coordenador de Pós-Graduação , Extensão e Produção de Materiais 
NEAD - UNICESUMAR
“Promover a educação de qualidade nas diferentes áreas do conhecimento, 
formando profissionais cidadãos que contribuam para o desenvolvimento 
de uma sociedade justa e solidária”
Missão
apresentação do material 
Caro(a) aluno(a),
Sou a professora Edna Mitiko Ota, sou graduada em Ciências Contábeis 
pela Universidade Estadual de Maringá, especialista em Gerência 
Contábil, Financeira e Auditoria pela Faculdade Estadual de Ciências 
Econômicas de Apucarana, e mestre em Contabilidade e Controladoria 
pela Universidade Norte do Paraná. Atuo na área contábil, tanto na área 
empresarial como na área de ensino, na graduaçãoe pós-graduação.
Esse material foi elaborado especialmente para que você possa com-
preender a análise das demonstrações contábeis, que pode ser utilizada 
para determinar o perfil financeiro e econômico da empresa e auxiliar 
na tomada de decisões. Também são expostas, no material, as ferra-
mentas utilizadas pela análise e a sua interpretação.
Sabe-se que a conjuntura econômica mundial passa por mudanças 
rápidas solicitando decisões também rápidas por parte de seus usu-
ários, para tanto, é imprescindível a geração de informações claras, 
objetivas e acertadas para que cada usuário possa sustentar suas de-
cisões. Nesse contexto, cabe ressaltar que o processo de geração das 
informações também deve estar alinhado com o processo decisório, 
de forma que as informações realmente atendam às necessidades exi-
gidas, tendo em vista que estas são elaboradas para os usuários.
A análise das demonstrações, que tem por finalidade auxiliar nesse pro-
cesso de decisões, fornece, a partir de dados extraídos da contabilidade, 
conforme já dito, informações sobre a situação econômica e financeira 
das empresas. Informações essas sobre: a capacidade de efetuar o pa-
gamento das dívidas, bem como o nível de endividamento; a geração 
de lucros para retorno dos recursos investidos aos seus sócios ou para 
Professora Mestre 
edna Mitiko ota
aplicação em novos investimentos na própria empresa; a adequação 
da política de prazos médios pelos gestores. Todas essas informações 
podem ser utilizadas em decisões por usuários como: os gestores, in-
vestidores, financiadores e concorrentes.
No entanto, para que o analista das demonstrações contábeis faça o 
seu trabalho, é necessário que a contabilidade elabore os relatórios 
contábeis, evidenciando que os relatórios elaborados devem atender 
à legislação vigente, bem como as normas contábeis, demonstrando 
o que realmente ocorre na empresa, dessa forma, o relatório de análise 
não incorrerá em erros, que podem comprometer decisões de novos 
investimentos por parte dos investidores (acionistas), como também 
a concessão de créditos por financiadores (instituições financeiras, for-
necedores de materiais e serviços).
Dessa forma, para que as demonstrações contábeis geradas pela con-
tabilidade possam transmitir credibilidade e segurança, não incorrendo 
em prejuízos aos seus usuários, existem órgãos regulamentadores 
como: Conselho Federal de Contabilidade - CFC; Conselhos Regionais 
de Contabilidade – CRCs; Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Esses 
órgãos estão sempre atentos, realizando fiscalizações e implementan-
do legislações e procedimentos.
Portanto, para a execução do trabalho de análise das demonstrações 
contábeis, inicialmente devem ser identificados os usuários, para definir 
as informações a serem geradas, as demonstrações a serem analisadas, 
bem como o período a ser utilizado.
O material a seguir, de forma a facilitar o entendimento, foi dividido 
em três unidades: 
Na Unidade I, são apresentados os conceitos básicos de análise das 
demonstrações contábeis, o conteúdo do relatório de análise, os co-
nhecimentos básicos sobre os relatórios contábeis, finalizando com 
os usuários das informações produzidas pela análise e as decisões 
que podem ser tomadas. Esta unidade tem o propósito de introduzir 
os conceitos básicos de análise, mostrando a base na qual será apli-
cada a análise, bem como as informações a serem fornecidas para os 
seus diversos usuários. Também se ressalta a importância de associar 
os indicadores de análise aos fatores externos à empresa que podem 
impactar na explicação dos indicadores obtidos.
Na Unidade II, são trabalhados os procedimentos necessários e as téc-
nicas utilizadas para que a análise possa ser realizada, e finalizando a 
unidade, serão abordadas a análise horizontal e a análise vertical, tendo 
como objetivo mostrar como é o processo de análise, que necessita de 
todo um procedimento preliminar para a aplicação das ferramentas.
E na última parte, Unidade III, são apresentados os indicadores de análise 
econômicos e financeiros, mostrando os mais utilizados, a saber: indi-
cadores de liquidez, indicadores de estrutura de capital, indicadores de 
rentabilidade, indicadores de capital de giro e prazos médios. O objetivo 
desta unidade é mostrar a utilização de cada grupo de indicadores, pas-
sando pelo cálculo e interpretação dos mesmos e as informações por 
eles geradas para a tomada de decisões. O primeiro grupo, indicadores 
de liquidez, demonstra a capacidade de pagamento das empresas; o 
segundo grupo, indicadores de estrutura de capital, permite observar 
o grau de endividamento, bem como a composição do endividamen-
to, se em curto ou longo prazo, e também se o endividamento pode 
estar associado ao grande investimento no ativo não circulante.
O último grupo de indicadores, capital de giro e prazos médios, mostra 
a política de prazos médios adotada na empresa e o reflexo disso no 
capital de giro da empresa. Também é apresentada, nesta unidade, a 
relação existente entre os indicadores, sendo recomendado que os 
grupos de indicadores sejam utilizados de forma conjunta, para que a 
informação gerada seja mais real possível.
Espero que o material possa atender às suas expectativas, contribuin-
do ao aprendizado! Sucesso e bons estudos!
su
m
ár
io 01
14 análise das demonstrações contábeis
18 relatórios contábeis
27 parecer do conselho fiscal
29 usuários e tomada de decisão
32 considerações finais
PANORAMA GERAL 
DA ANÁLISE
02 03
42 procedimentos para análise
48 técnicas para análise
50 análise horizontal
53 análise vertical
57 considerações finais
68 indicadores de liquidez
70
aplicação prática:indicadores de 
liquidez
71 indicadores de estrutura de capital
73 aplicação prática: indicadores de estrutura de capital
74 indicadores de rentabilidade
76 aplicação prática: indicadores de rentabilidade
77 indicadores de capital de giro e prazos médios
79 aplicação prática: indicadores de capital de giro
81 aplicação prática: indicadores de prazos médios
82 considerações finais
PROCEDIMENTOS E 
FERRAMENTAS DE ANÁLISE
INDICADORES 
DE ANÁLISE
1 PANORAMA GERAL DA ANÁLISE
Professora Mestre Edna Mitiko Ota
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estu-
dará nesta unidade:
•	 Análise das demonstrações contábeis
•	 Relatório de análise
•	 Relatórios contábeis
•	 Usuários e tomada de decisão
objetivos de aprendizagem
•	 Propiciar o conhecimento da análise das demons-
trações contábeis.
•	 Identificar os itens necessários em um relatório de 
análise.
•	 Conhecer os relatórios contábeis obrigatórios de 
divulgação.
•	 Identificar os usuários da análise e as informações 
que eles necessitam.
Com as mudanças no mercado econômico mundial, atu-
almente é crescente a concorrência entre as empresas e, 
por consequência, a exigência dos consumidores. Assim, 
os gestores dessas empresas, para maximizar seus lucros, 
precisam tomar decisões rápidas e acertadas; os investi-
dores também precisam garantir que seus investimentos 
terão retorno, bem como os financiadores, garantias de 
recebimento dos valores cedidos. Para tanto, os gestores 
necessitam de informações que possam sustentar essas 
decisões.
As demonstrações contábeis de acordo com as normas 
e procedimentos exigidos por órgãos regulamentadores, 
bem como a legislação vigente fornecem a base para que 
a análise em seu relatório apresente o perfil econômico 
e financeiro da empresa. Dentro desse perfil estão infor-
mações sobre o desempenho da empresa aos gestores, 
como: capacidade de pagamento das dívidas, grau de 
endividamento da empresa, condições de realizar novos 
investimentos, retorno dos investimentos realizados pela 
empresa e pelos investidores.O analista, no cumprimento de seu trabalho, não pode 
se restringir ao contexto da empresa em si, mas deve 
também avaliar a representatividade da empresa diante 
do meio econômico e financeiro em que está inserido, 
ou seja, é necessário aliar fatores externos que impac-
tam na empresa, como: a inflação, a política tributária do 
governo, poder de compra dos consumidores, variação 
do dólar, concorrência, entre outros.
Análise das Demonstrações Contábeis
14
Entender como as demonstrações contábeis 
têm auxiliado as empresas em seu processo 
de adaptação e sobrevivência no mercado 
requer, também, o entendimento de como 
começou o uso dessas demonstrações ao 
longo da história.
O surgimento da análise das de-
monstrações contábeis está intimamente 
relacionado com o surgimento da contabili-
dade por volta de 4.000 a.C., período em que 
a principal atividade econômica desenvolvi-
da era o pastoreio, e para manter o controle 
sobre o rebanho, eram realizados inventá-
rios dando, assim, informações básicas sobre 
a evolução deste rebanho criado durante 
os anos, para isto, eram feitas comparações 
entre os inventários já anteriormente reali-
zados (MARION, 2010).
Ainda conforme Marion (2010), o desen-
volvimento da análise das demonstrações 
contábeis intensificou-se com o surgimen-
to dos bancos governamentais, interessados 
pelas informações econômicas das empresas 
e pela abertura do capital das empresas no 
mercado de ações, aumentando a necessi-
dade de divulgação das demonstrações para 
os possíveis acionistas que estão em busca 
de futuros investimentos, proporcionando 
informações sobre a rentabilidade, situação 
econômica e financeira da empresa.
ANÁLISE DAS 
DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS
Pós-Graduação | Unicesumar
15
A partir de 1968 é que se passou a utili-
zar a análise das demonstrações contábeis 
no Brasil de forma definitiva, nesse mesmo 
ano, foi criada a SERASA, servindo como uma 
central de análise de balanços para os bancos 
comerciais, avaliando as demonstrações das 
empresas tomadoras de empréstimos ban-
cários (MATARAZZO, 2010).
E, desde então, a análise das demonstra-
ções contábeis vem sendo utilizada como 
forma de obter informações sobre o desem-
penho econômico e financeiro das empresas, 
relativo à liquidez, endividamento, lucrativi-
dade, realização de investimentos. 
Matarazzo (2010) afirma que a análise 
é a tradução da escrituração contábil e dos 
relatórios com uma visão voltada para as 
informações gerenciais que estão conti-
das neles. Seu foco é revelar aspectos que 
não foram deixados claros pela contabilida-
de, com o objetivo de ser utilizada para a 
avaliação das condições econômicas e finan-
ceiras, e para o controle e o gerenciamento 
das entidades.
Portanto, o objetivo não é atender às 
obrigações legais; este papel é desempe-
nhado pela escrituração contábil. O trabalho 
do analista consiste, com base nas de-
monstrações contábeis, em procurar gerar 
informações úteis e acertadas para atender 
seus usuários. 
Assaf Neto (2012) complementa, ainda, 
que mediante a análise das demonstrações 
contábeis, extraem-se informações sobre a 
posição econômica e financeira passada, 
presente, e pode-se projetar a posição 
futura da empresa, sendo fundamental 
que o trabalho da contabilidade tenha sido 
desempenhado com qualidade e confiabi-
lidade, espelhando adequadamente suas 
atividades econômico-financeiras para que 
a análise tenha possibilidade de se desen-
volver plenamente.
Isso implica que, para um bom trabalho 
do analista, é necessário que a escrituração 
contábil também faça um bom trabalho, 
porque os relatórios gerados de forma incor-
reta resultam em análises também incorretas.
O Sebrae elaborou uma 
lista de dez erros triviais e 
perigosos que podem - iso-
ladamente ou em conjun-
to - contribuir para o fe-
chamento de um negócio 
de pequeno porte. Dentre 
eles, estão: confundir os gas-
tos pessoais com os gastos 
da empresa; começar uma 
empresa sem um plano de 
negócios; ausência de con-
trole; adequação dos pra-
zos de venda com o capital 
de giro; acumular dívidas; 
análise criteriosa a respei-
to da situação financeira 
de quem está comprando; 
remuneração dos sócios ser 
incompatível com a situa-
ção financeira da empresa 
e o empresário não buscar 
capacitação constante.
Fonte:<http://www.sebraepr.com.
br/PortalInternet/Noticia/ci.Dez
-erros-que-podem-levar-qualquer
-empresa-%C3%A0-fal%C3%AAn-
cia.print>. Acesso em: 1 ago. 2014.
Análise das Demonstrações Contábeis
16
Após todas as análises realizadas, o analista conclui em relatório todo o proces-
so da análise. Silva (2012, p. 319) cita alguns pontos importantes que devem ser 
observados na elaboração de um relatório de análise:
•	 a linguagem deve ser acessível para leigos, mesmo que não tendo conhecimento de 
contabilidade;
•	 as conclusões devem auxiliar os usuários para as suas tomadas de decisões;
•	 os relatórios devem apresentar informações sobre a situação econômica e financeira e 
também a tendência para o futuro, explicando de forma sintética a causa de tais resulta-
dos encontrados, não necessitando de um grande número de informações;
•	 as informações vão variar de acordo com as análises levantadas e a necessidade da orga-
nização ao saber a profundidade dos resultados da análise;
•	 Não existe um relatório ideal de análise.
relatório de análise
Pós-Graduação | Unicesumar
17
então, como não existe um relatório padrão, quanto mais simples e auto-explicativo for o relatório, melhor será sua compreensão; a utilização de quadros, gráficos, tabelas pode auxiliar nesse processo, eles auxiliam para 
uma leitura fácil e agradável.
Hale (apud SILVA, 2012) complementa o assunto, apontando seis regras para ela-
boração de um relatório: 
1. seja um analista e não um escritor;
2. faça quadros que falem por si;
3. use palavras simples;
4. omita palavras desnecessárias;
5. apresente primeiro o sumário e a conclusão, e, por fim,
6. siga uma estrutura planejada.
O relatório de análise, portanto, seria a “cereja do bolo” de todo o processo de 
análise; deve expressar de forma clara e objetiva as conclusões de todo o pro-
cesso de análise, evidenciando fatos relevantes sobre a empresa e o mercado no 
qual está inserido, de forma a fornecer informações para a tomada de decisão 
do usuário.
A contabilidade elabora os relatórios contábeis a partir de dados passados que 
podem ser: mês, trimestre, ano. Como relatórios de períodos passados podem 
auxiliar na tomada de decisões futuras?
Fonte: a autora
Análise das Demonstrações Contábeis
18
Os relatórios contábeis podem ser definidos como o conjunto de demonstrati-
vos elaborados pela contabilidade no seu objetivo de fornecer informações para 
a tomada de decisões de seus usuários. 
A contabilidade parte dos fatos que ocorrem nas empresas, fatos esses pos-
síveis de registro. Os fatos são registrados, processados e, após, são apresentados 
em forma de relatórios contábeis.
Matarazzo (2010) afirma que as demonstrações contábeis/financeiras são as ma-
térias-primas para a análise das demonstrações contábeis, sendo assim, é necessário 
o conhecimento de suas estruturas e de cada uma das contas representadas por elas.
Conforme pode ser observado na lei 6.404/76 (BRASIL, 2014) e suas alterações, 
as empresas devem elaborar e divulgar: Balanço Patrimonial - BP, Demonstração 
de Lucros ou Prejuízos Acumulados - DLPA ou Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido - DMPL, Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, 
Demonstração dos Fluxos de Caixa – DFC (somente para empresas com patri-
mônio líquido superiora R$ 2.000.000,00), Demonstração do Valor Adicionado 
– DVA (somente para empresas que transacionam ações na bolsa de valores), 
bem como todos os outros relatórios auxiliares como: Notas Explicativas, Parecer 
da Auditoria, Relatório da Administração e Parecer do Conselho Fiscal.
Além da referida lei, outros órgãos normatizam alguns procedimentos para a 
elaboração e estruturação das demonstrações contábeis, como: o Conselho Federal 
de Contabilidade – CFC, com as suas resoluções e, principalmente, os princípios 
fundamentais de contabilidade; Conselhos Regionais de Contabilidade – CRCs, 
na fiscalização e orientação no cumprimento das normas e resoluções; Comitê 
de Pronunciamentos Contábeis - CPC, com a centralização das normas contábeis, 
adequando-as às normas internacionais; Comissão de Valores Mobiliários – CVM, 
com a regulamentação das companhias de capital aberto; a Secretaria da Receita 
Federal ; Secretaria da Receita Estadual e Municipal, que fiscaliza o atendimento 
das empresas relativamente aos tributos.
Na sequência, são apresentados os demonstrativos e relatórios complemen-
tares solicitados pela lei 6.404/76 (BRASIL, 2014).
relatórios 
contábeis
Pós-Graduação | Unicesumar
19
balanço patrimonial
Tem a finalidade de apresentar a situação financeira e patrimonial da empresa em 
determinado momento. Ele se configura como uma fotografia dos bens, direitos 
e obrigações de uma empresa em uma data (FAVERO et al., 2011; MARION, 2010).
Portanto, trata-se de um demonstrativo estático, no qual são apresentados os 
saldos das contas naquele exato momento, podendo ser definido como a foto-
grafia da empresa naquele momento, tendo como foco os saldos de suas contas.
Divide-se em Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido, conforme pode ser obser-
vado na Figura 1.
ATIVO
(aplicações) Bens e Direitos
PASSIVO 
(origens de recursos de terceiros) Obrigações
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
(origens de recursos – próprios)
Figura 1: Balanço Patrimonial
Fonte: A autora
No ativo, estão registradas as contas que representam os bens e diretos; seriam 
os valores dos itens que a empresa possui em seu nome, como exemplos: caixa, 
bancos, contas movimento, duplicatas a receber, estoques, veículos, entre outros. 
Análise das Demonstrações Contábeis
20
O ativo se divide em dois grandes grupos: o ativo circulante (bens e direitos 
que se convertem em dinheiro em um prazo de 360 dias) e o ativo não circu-
lante (bens e direitos que se convertem em dinheiro em um prazo após 360 
dias). No ativo, as contas devem ser dispostas em ordem de liquidez decres-
cente, ou melhor, devem ser dispostas de forma que apresentem primeiro as 
contas que mais rapidamente se transformam em dinheiro.
No Passivo, estão registradas as obrigações ou dívidas com terceiros, seriam 
os fornecedores, os empréstimos e financiamentos, contas a pagar, impostos a 
recolher e outros. O Passivo também se divide em dois grandes grupos: o passivo 
circulante (dívidas que vencem em um prazo de 360 dias) e o passivo não cir-
culante (dívidas que vencem em um prazo após 360 dias). No Passivo, as contas 
são dispostas em ordem de exigibilidade; aquelas que devem ser quitadas com 
mais rapidez devem estar registradas, primeiramente.
No Patrimônio Líquido, registram-se os valores pertencentes aos sócios ou 
investidores que serão devolvidos a eles quando de seu afastamento da entida-
de. O Patrimônio Líquido é composto pelo capital investido pelos acionistas e as 
suas alterações, por meio de lucros ou prejuízos acumulados, reservas de capital, 
reservas de lucros. Pode-se dizer que patrimônio líquido contempla o capital dos 
sócios e as suas alterações, decorrente de lucro ou prejuízo.
Outro enfoque para as contas do Ativo é que representam valores aplica-
dos na empresa, enquanto as contas do Passivo são as origens de recursos de 
capital de terceiros que está em poder da empresa, e, finalmente, o Patrimônio 
Líquido, origens de recursos dos sócios e acionistas em poder da empresa. Por 
isso, o total do balanço patrimonial deve ser igual para o Ativo e a somatória do 
Passivo e Patrimônio Líquido, pois a empresa não pode ter mais valores aplica-
dos do que as origens de recursos na empresa.
Todas as sociedades, independentemente 
de seu porte ou seu setor, têm a obrigato-
riedade de divulgar e publicar as suas de-
monstrações contábeis, principalmente as 
que transacionam ações na bolsa de valores, 
denominadas de capital aberto. Essas di-
vulgam as suas demonstrações contábeis 
no site da Comissão de Valores Mobiliários 
e, muitas vezes, em seu próprio site. Você 
pode visualizar algumas em: 
<http://investidorpetrobras.com.br/pt/central-de
-resultados/4t13.htm>.
<http://www.voegol.com.br/pt-br/investidores/
paginas/default.aspx>.
<http://www.mzweb.com.br/renner/web/default_
pt.asp?idioma=0&conta=28>.
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21
Na figura 2, é demonstrado um balanço patrimonial:
BALANÇO PATRIMONIAL - em 31/12/XX
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponibilidades Obrigações operacionais
Caixa Fornecedores
Bancos c/ Movimento Obrigações financeiras
Créditos Empréstimos Bancários
Duplicatas a Receber Obrigações Trabalhistas
Outros Créditos Obrigações Sociais e Fiscais
Estoques Obrigações Provisionadas
Mercadorias para Revenda Outras Obrigações
Despesas do Exercício Seguinte 
Prêmios de Seguros a Apropriar Passivo não Circulante
Obrigações financeiras
Ativo não Circulante Obrigações Sociais e Fiscais
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Créditos PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Duplicatas a Receber Capital Social
Investimentos Capital Social
Ações de Outras Companhias (-) Capital a Integralizar
Imobilizado Reservas de Capital
Imóveis para Uso Reservas de Lucros
Veículos Ações em Tesouraria
Móveis e Utensílios Prejuízos Acumulados
Máquinas e Equipamentos
(-) Depreciação Acumulada
Intangível
Fundo de Comércio
Marcas e Patentes
(-) Amortização Acumulada
Figura 2: Estrutura do Balanço Patrimonial.
Fonte: adaptada de Favero et al. (2011, p. 67)
Análise das Demonstrações Contábeis
22
demonstração do resultado 
do exercício (dre)
Demonstra de forma ordenada as receitas e gastos (custos, despesas e deduções) 
de um determinado período, confrontando-os entre si, obtendo como resultado 
desta equação o lucro ou prejuízo do exercício, conforme pode ser observado 
na Figura 3.
CUSTOS, DESPESAS, DEDUÇÕES 
Gastos (diminuem o lucro)
RECEITAS 
Ganhos (aumentam o lucro)
RESULTADO 
(lucro ou prejuízo)
Figura 3: Contas de Resultado
Fonte: a autora
Para Matarazzo (2010, p. 30):
A Demonstração do Resultado do exercício é uma demonstração dos aumentos e 
reduções causados no Patrimônio Líquido pelas operações da empresa. As recei-
tas representam normalmente aumento do Ativo, através de ingressos de novos 
elementos, como duplicatas a receber ou dinheiro proveniente das transações. 
Aumentando o ativo, aumenta o Patrimônio Líquido. As despesas representam 
redução do Patrimônio Líquido, através de um entre dois caminhos possíveis: redução 
do Ativo ou aumento do Passível Exigível.
A demonstração de resultado do exercício é apresentada de forma dedutiva, 
ou seja, das receitas são retiradas as deduções da receita, os custos e as despe-
sas para no final ser obtido o resultado que pode ser lucro ou prejuízo, que será 
transferido para o balanço patrimonial, compondo o patrimônio líquido da en-
tidade (capital dos sócios).
Então, tem a finalidade de mostrar o resultado apresentado pela empresa 
ao final de um determinado período, portanto, um demonstrativo dinâmico 
que pode se alterar dependendo do período compreendido, expondo as re-
ceitas geradas e os gastos para obtenção das mesmas, conforme observadona Figura 4.
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DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO - Período de ____/____/____ a ____/____/____
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS
(-) Deduções, abatimentos, devoluções
(-) Impostos sobre vendas
(=) RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS
(-) Custo dos Produtos Vendidos, Custo das Mercadorias Vendidas, Custo dos Serviços Prestados
(=) LUCRO BRUTO
(-) Despesas Operacionais
(+/-) Outras Receitas / Despesas
(=) RESULTADO ANTES DO IR E CS E PARTICIPAÇÕES
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social
(=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES E CONTRIBUIÇÕES
(-) Participações e contribuições
(=) RESULTADO DO EXERCÍCIO
Figura 4: Demonstração do Resultado do Exercício
Fonte: Lei 6.404/76 (BRASIL, 2014)
demonstração dos lucros ou prejuízos 
acumulados ou demonstração das mutações 
do patrimônio líquido (dmpl) e demonstração 
dos Fluxos de Caixa(dFC)
Enquanto a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL) apre-
senta as movimentações ocorridas em todo o grupo de contas do patrimônio 
líquido durante determinado período, a Demonstração de Lucros ou Prejuízos 
Acumulados (DLPA) visa demonstrar especificamente a movimentação e desti-
nação dos lucros ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
A lei 6.404/76 estabelece a obrigatoriedade na divulgação da demonstra-
ção dos lucros ou prejuízos acumulados, e não prevê tal obrigatoriedade para a 
DMPL. Porém, como já verificado, o art. 186 § 2° dispõe que se a DLPA for incluí-
da na DMPL, esta poderá ser publicada em substituição à primeira.
Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) - Sobre o objetivo da DFC, Iudícibus 
et al. (2010, p. 565) comenta que:
Análise das Demonstrações Contábeis
24
O objetivo primário da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) é prover informa-
ções relevantes sobre os pagamentos e recebimentos, em dinheiro, de uma empresa, 
ocorridos durante um determinado período, e com isso ajudar os usuários das demons-
trações contábeis na análise da capacidade da entidade de gerar caixa e equivalentes 
de caixa, bem como suas necessidades para utilizar esses fluxos de caixa.
Pode-se dizer que o demonstrativo fornece informações sobre o comporta-
mento financeiro da empresa no período, ou seja, a entrada e saída de dinheiro 
dentro de um determinado período, permitindo verificar todo fluxo financeiro 
da empresa, tanto operacional, como de investimento e financiamento. É obri-
gatória para as companhias abertas e também para demais companhias com 
patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00.
Existem dois métodos para elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa, 
podendo ser:
a. Método Direto: o Método Direto, segundo Marion (2010), demonstra 
as entradas e saídas brutas de dinheiro dos principais componentes das 
atividades operacionais, atividades como, recebimentos pelas vendas de 
produtos e serviços e os pagamentos a fornecedores e empregados. O saldo 
final das operações procura demonstrar o total líquido de caixa provido ou 
consumido pelas operações durante o período.
b. Método Indireto: este método, também conforme Marion (2010), mostra 
as alterações provocadas pelos aumentos e diminuições no caixa, sem 
especificar as entradas e saídas de dinheiro. Então, faz a conciliação entre 
o lucro líquido e o caixa gerado pelas operações.
demonstração do valor adicionado
Conforme Iudícibus et al. (2010), é uma demonstração contábil que tem por obje-
tivo demonstrar o valor agregado que a empresa gerou em determinado período, 
e se assemelha muito com a Demonstração de Resultado do Exercício (DRE), com 
a diferença de que a DRE tem o poder de expor o resultado do período em que as 
informações são basicamente voltadas para os sócios e acionistas, enquanto a DVA 
complementa essas informações de forma positiva, ou seja, demonstrando a geração 
de riqueza e sua respectiva distribuição entre os esforços para a obtenção dessas ri-
quezas, como: gastos com empregados, gerentes, insumos produtivos, governo etc.
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Conclui-se que esse demonstrativo revela o valor agregado (riqueza) que a empresa 
gerou em determinado período, e como essa riqueza foi distribuída, entre funcionários 
(salários e benefícios), investidores (dividendos), financiadores (juros e encargos sociais) 
e governo (impostos). Sendo esse demonstrativo obrigatório de apresentação somente 
para as empresas que transacionam ações na bolsa de valores (companhias abertas).
Notas explicativas
A Lei nº 6.404/76 (BRASIL, 2014) e suas alterações, em seu art. 176, § 4º, explicitam que: 
“As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros 
analíticos ou demonstrações contábeis necessárias para esclarecimento da situação 
patrimonial e dos resultados do exercício”. Portanto, não se trata de uma demonstra-
ção, mas devem ser apresentadas juntamente com as demonstrações contábeis, e 
evidenciam dados e informações que devem ser destacados no sentido de auxiliar o 
usuário das demonstrações financeiras a melhor entendê-las, objetivando detalhar os 
fatos e eventos que mereçam tratamento especial ou critérios diferenciados particula-
res de cada entidade, como: critérios e formas de cálculo utilizados nos registros, bem 
como informações sobre taxas e datas de vencimento de valores a receber a valores 
a pagar. Podem ser expressas de forma descritiva ou em forma de quadros e tabelas.
parecer da Auditoria
A auditoria pode ser externa e interna, sendo a primeira executada por profissional 
contratado pela empresa, que verifica principalmente as atividades e responsabilida-
des operacionais; e a segunda, por um profissional externo que deve ser legalmente 
habilitado e registrado na Comissão de Valores Mobiliários – CVM, não possuindo 
qualquer vínculo com a empresa, que vem a verificar a situação econômica e pa-
trimonial da empresa. Ambos, após seus trabalhos de análise e verificação, devem 
emitir opinião sobre os mesmos, o parecer de auditoria.
O parecer de auditoria externa deve argumentar sobre a correção e veracida-
de das demonstrações financeiras, uma vez emitido traz maior confiabilidade e 
credibilidade às demonstrações contábeis, pois confirma que os relatórios contá-
beis apresentados refletem as normas legais e a situação econômica e financeira 
da empresa. Dessa forma, traz maior segurança para as decisões a serem tomadas 
pelos usuários, principalmente para os investidores e financiadores.
Análise das Demonstrações Contábeis
26
relatório da Administração
É um relatório administrativo, em linguagem mais acessível aos usuários, que deve 
ser apresentado juntamente com as demonstrações, no qual são apresentadas 
tendências futuras para a empresa e setor, planos de crescimento, pesquisas em 
desenvolvimento, enfim, mostra indícios da política da empresa.
AuDItorIA InternA De uMA eMpresA De cosMétIcos
A equipe de auditoria interna da empresa reporta-se ao comitê de auditoria, 
gestão de riscos e finanças, em uma estrutura que garante a independência de 
atuação dos auditores, sem a interferência de qualquer outra área da companhia.
Contempla, dentro de sua atuação, testes e procedimentos que avaliam o 
ambiente de controle, incluindo as possibilidades de fraude e corrupção, 
sendo em 2013 registrados um total de nove manifestações, ante 15 no ano 
anterior. Desse total, quatro foram comprovadas e geraram 20 desligamentos 
de colaboradores, as manifestações trataram, sobretudo, de temas como uso 
indevido de recursos e desvio de ativos, além de um caso de favorecimento 
de fornecedor.
Ao longo do ano de 2013, foram realizadas 31 auditorias na Cosmética, uma a 
mais em relação ao ano de 2012. O foco de atuação da auditoria interna foi: os 
processos terceirizados de manufatura (dentro e fora do Brasil),os centros de 
distribuição e os processos relevantes no Brasil, tais como: comercialização e 
relacionamento. Também houve evolução nos processos de prevenção a frau-
des, com a intensificação de ambientes cada vez mais transparentes e éticos, 
em decorrência, especialmente, da implementação de código de conduta ética.
Fonte: http://goo.gl/rGg5rn. p. 25. Acesso em: 1 ago. 2014.
As empresas que divulgam as demonstrações contábeis também apresentam 
o relatório de administração que mostra, em uma linguagem bem acessível, 
como se encontra a empresa, suas tendências de mercado e as perspectivas de 
ampliação. Nos links a seguir, é possível conhecer o relatório de administração 
de algumas empresas de capital aberto:
<http://static.grendene.mediagroup.com.br/relatorio/886_Relat_ADM_2013.pdf>.
<http://ri.marfrig.com.br/port/downloads/demonstracoes/RADM_2013_PORT_08MAR2014_
VFINAL.pdf>.
<http://ri.lasa.com.br/upload/anual/00005360.pdf>.
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parecer do CONSELhO fISCAL
Trata-se de um relatório complementar às demonstrações contábeis. Um docu-
mento no qual membros da comunidade, sejam da área de atuação da empresa 
ou não, (conselheiros) eleitos em Assembleia Geral de Acionistas, emitem um 
parecer concordando que as demonstrações contábeis refletem a situação eco-
nômica e financeira da empresa, respaldado no Parecer dos Auditores.
Na sequência, um modelo de Parecer do Conselho Fiscal de uma empresa.
parecer do conselho fiscal
O Conselho Fiscal da empresa, no desempenho de suas atribuições legais, tendo 
examinado o Relatório Anual da Administração, as Demonstrações Contábeis 
do Exercício Social de 2006 e as Propostas dos Órgãos de Administração para 
Destinação do Lucro Líquido do exercício e para Aumento do Capital Social, me-
diante incorporação de reservas de lucros e ante os esclarecimentos prestados 
pela Diretoria da Companhia e pelo representante dos auditores externos, e fun-
damentado no Parecer, sem ressalvas, emitido em 07 de fevereiro de 2007, são 
de opinião que os referidos documentos estão em condições de serem exami-
nados e votados pela Assembleia Geral Ordinária.
Jaraguá do Sul, 12 de fevereiro de 2007
Conselheiro Fiscal 1 Conselheiro Fiscal 2 Conselheiro Fiscal 3 Conselheiro Fiscal 4 Conselheiro Fiscal 5
Fonte: <http://www.marisolsa.com.br/relacao_investidores/demonstrativo_financeiro_2006.pdf>.
Na sequência, a Figura 5 mostra as demonstrações contábeis que ajudam a ex-
plicar os saldos do Balanço Patrimonial. Os saldos do disponível, resultado das 
entradas e saídas de dinheiro são detalhados na Demonstração do Fluxo de Caixa 
– DFC. A demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados mostra o detalha-
mento da variação do saldo do grupo lucros ou prejuízos acumulados, de um 
período para o outro. A demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido explica 
a movimentação, ou seja, as alterações que ocorreram em todas as contas que 
compõem o elemento Patrimônio Líquido, inclusive o lucro no período. E o lucro 
líquido é apresentado na Demonstração de Resultado do Exercício, que mostra 
o detalhamento das receitas e gastos que compõem o resultado no período.
Análise das Demonstrações Contábeis
28
Então, todas as demonstrações contábeis têm a sua finalidade no auxílio e ex-
plicação dos fatos que ocorreram na empresa. No entanto, duas demonstrações 
são fundamentais para a análise, o Balanço Patrimonial e a Demonstração do 
Resultado do Exercício, que será o foco deste material.
ATIVO PASSIVO E P. LÍQUIDO
Circulante Ano 1 Ano 2 Circulante Ano 1 Ano 2
Disponível 120 190 Dívidas c. prazo 850 1.000 
Dupl. Receber 480 510 
Estoques 500 600 Não circulante
Total circulante 1.100 1.300 Dividas l. prazo 150 200 
Não Circulante Patrimônio Líquido
Realizável longo prazo 100 150 Capital 1.000 1.000 
Investimentos 200 300 Reservas Capital 400 500 
Imobilizado 800 800 Reservas Lucros 100 150
Intangível 300 300 
Total não circulante 1.400 1.550 Total P. líquido 1.500 1.650 
TOTAL 2.500 2.850 TOTAL 2.500 2.850 
A variação da conta de 
reservas de lucros de R$ 50 é 
explicada pela DLPA.
A principal variável que aumenta o PL. É o Lucro Líquido que é 
identificado na DRE: Demonstração do Resultado do Exercício.
Variação de R$ 70 (do ano 1 para o 2) / (R$ 120 – R$ 190)
Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)
A variação de todas as contas do PL é 
explicada na Demonstração das 
Mutações do Patrimônio Líquido 
(DMPL)
Figura 5: Balanço Patrimonial e suas explicações
Fonte: adaptado de Marion (2012)
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29
Antes de preparar qualquer relatório, é preciso definir qual o propósito que ele 
pretende alcançar, a quem ele se direciona. Se o objetivo dessas informações é 
influenciar a tomada de decisões, auxiliar no gerenciamento das organizações e a 
avaliação das condições econômicas das mesmas, então, no relatório, devem ser 
apresentadas essas informações de forma a serem entendidas por seus usuários. 
Para Favero et al. (2011, p. 2), “os usuários são as pessoas ou entidades que neces-
sitam de alguma informação contábil para tomarem decisões [...]”.
Os relatórios e análises são preparados para beneficiar os usuários da con-
tabilidade, visando ao conhecimento sobre seu objeto de estudo, no caso, o 
patrimônio das entidades e os fatos que geram alterações dentro dele. É possível 
tanto atender aqueles que estão dentro da entidade, quanto os que estão fora 
dela. Parte-se da ideia de que o fim é o mesmo, os meios para alcançá-lo podem 
ser diferentes. Iudícibus et al. (2011, p. 36) concordam que:
USUÁRIOS E TOMADA 
DE DECISÃO
Análise das Demonstrações Contábeis
30
O objetivo das demonstrações contábeis é fornecer informações sobre a posição 
patrimonial e financeira, o desempenho e as mudanças na posição financeira da 
entidade, que sejam úteis a um grande número de usuários em suas avaliações e 
tomadas de decisão econômica.
Os usuários podem ser internos e externos. Segundo Favero et al. (2011), os usuá-
rios internos são aqueles que trabalham na empresa e necessitam de informações 
direcionadas para suas necessidades. Estas informações são de ordem gerencial, 
sendo moldadas pelo tipo de informação necessária a cada usuário.
Enquanto usuários externos, conforme Favero et al. (2011) e Marion (2010), 
temos como exemplos: governo, instituições financeiras, fornecedores, que neces-
sitam de informações sobre tributação, garantias de recebimento, fornecimento 
de mercadorias, entre outros. Para atender de forma geral todos esses usuários, 
a eles são fornecidas informações padronizadas, geralmente os relatórios exigi-
dos pela legislação societária.
Essas informações serão a base para que os diversos usuários possam tomar 
decisões. No quadro 1, há alguns exemplos de usuários e as informações por eles 
requisitadas:
USUáRIOS INFORMAÇãO
Administradores
Acompanhar e avaliar as decisões financeiras tomadas pela empresa, bem como verificar o 
resultado das suas políticas de investimentos e financiamentos.
Fornecedores e Clientes
Conhecer a capacidade de pagamento de seus clientes, ou seja, avaliar o risco de crédito de 
seus clientes.
Instituições Financeiras
Avaliar a capacidade de a empresa gerar caixa para honrar o compromisso no vencimento, 
conhecendo a posição de curto e longo prazos da empresa.
Acionistas
Identificar o retorno de seus investimentos, assim verificando a capacidade da empresa gerar 
lucros e remunerar os recursos próprios apontados.
Investidores
Subsidiar decisões sobre compra de ações, títulos ou participação em carteiras de investimen-
tos, entre alternativas.
Governo
Conhecer a posição financeira dos diferentes ramos e setores de atividade como forma de sub-
sidiar a formulação de políticas econômicas; controlar empresaspúblicas e privadas; verificar o 
desempenho empresarial de empresas em processo de concorrência pública.
Concorrentes
Conhecer melhor o seu mercado e comparar sua posição econômico-financeira com relação 
ao setor de atividade.
Tabela 1: Usuários da contabilidade
Fonte: Assaf Neto (2012), Silva (2012) e Matarazzo (2010)
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31
Lembrando que os usuários necessitam de informações para respaldar decisões, 
então, os relatórios e demonstrativos contábeis e de análise devem ser elabora-
dos de forma a atender a essas necessidades.
Por exemplo: os administradores necessitam de informações sobre a capa-
cidade de pagamento, a liquidez de suas empresas e os resultados (lucros ou 
prejuízos) para traçar novas estratégias para alavancar as vendas, bem como 
efetuar novos investimentos; os credores, como fornecedores e instituições 
financeiras, solicitam informações sobre a capacidade de pagamento das 
parcelas das dívidas geradas pela concessão de créditos; os investidores e acio-
nistas, para conhecer em o retorno dos investimentos realizados por eles na 
empresa; o governo, para conhecer os diversos setores empresariais no objeti-
vo de implementar políticas públicas, bem como conhecer o perfil econômico 
e financeiro das empresas que estão participando de concorrências públicas.
A apresentação das demonstrações contábeis obrigatórias pela legislação 
vigente é suficiente para atender a todas as necessidades de informações dos 
usuários?
Fonte: a autora
Venda de medicamentos cresce 13% no acumulado até maio de 2014.
As farmacêuticas registraram receita de R$ 25,636 bilhões (valor bruto, sem 
os descontos concedidos no varejo) entre janeiro e maio, alta de 13% sobre 
o mesmo período do ano passado, de acordo com dados da consultoria IMS 
Health. Desse total, a divisão de genéricos atingiu R$ 6,248 bilhões em vendas, 
aumento de 12% em relação aos cinco meses do ano de 2013.
Fonte: texto extraído de: <http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,venda-de-me-
dicamentos-cresce-13-no-acumulado-ate-maio-imp-,1511775>. Acesso em: 1 ago. 2014.
Análise das Demonstrações Contábeis
32
considerações finais
A análise das demonstrações contábeis tem como objetivo fornecer informações 
para que seus diversos usuários possam tomar decisões, como investir no capital 
da empresa, por parte de investidores, conceder créditos por parte dos financia-
dores, implementar políticas governamentais por parte do governo, dentre outros.
Portanto, antes mesmo do início do processo de análise, existe a necessidade 
de identificar os usuários da informação, aliando a informação à necessidade do 
usuário, isso não sendo possível o analista deve apresentar um conjunto básico 
contemplando informações gerais, de forma que possa atender ao maior número 
de usuários.
As demonstrações contábeis que servirão de base para o trabalho de análise 
são regidas pela lei 6.404/76, sendo na legislação apresentada a exigência de de-
monstrativos e relatórios complementares com as suas devidas estruturas. As 
empresas de capital aberto devem, além de atender as exigências da lei, atender 
às normativas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM. Ressalta-se que o pro-
fissional não deve se restringir às exigências da lei, havendo necessidade da 
elaboração de outros relatórios para atender às necessidades de seus usuários.
O processo de análise compreende desde a determinação da amostra, com 
definição das demonstrações e o período a ser analisado, passando pela padro-
nização e atualização das demonstrações contábeis para após aplicar as técnicas 
de análise: análise horizontal, análise vertical e análise por meio de indicadores 
econômicos e financeiros: Essas técnicas, bem como os indicadores, devem ser 
selecionados de acordo com a informação a ser gerada.
Efetuados os cálculos dos indicadores, resultados da aplicação das técnicas 
de análise, esses devem ser avaliados e apresentados de forma clara e objetiva, 
em linguagem acessível a qualquer usuário, em um relatório, compreendendo 
também dados da conjuntura econômica e características do setor de atuação 
da empresa analisada.
O relatório será o fruto de todo o processo de análise, portanto a elaboração 
desse deve merecer especial atenção, pois se o seu conteúdo apresentar erros, 
pode inviabilizar todo o trabalho da análise. Também deve ser observado que a 
base para a realização da análise são as demonstrações contábeis, então, essas 
devem ser elaboradas com cuidado e atenção à legislação e normas legais vigen-
tes, de forma a não distorcer as informações apresentadas no relatório de análise.
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33
atividades de autoestudo
1. A lei 6.404/76 torna obrigatória a apresentação das demonstrações financeiras pelas 
empresas. Associe as duas colunas, relacionando as demonstrações contábeis com o 
seu objetivo:
1. Balanço Patrimonial.
2. Demonstração do Resultado do Exercício.
3. Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados.
4. Demonstração de Fluxo de Caixa.
( ) Apresentar o resultado de um determinado período e o seu detalhamento durante 
um determinado período.
( ) Mostrar os bens, direitos e obrigações em um determinado momento ou data.
( ) Demonstrar as entradas e saídas de caixa e equivalentes, que são distribuídas em 
atividades operacionais, atividades de investimento e atividades de financiamento.
( ) Apresentar as variações ocorridas na conta de lucros ou prejuízos acumulados, 
durante um determinado período.
A sequência correta dessa associação é:
a. (1), (2), (3), (4).
b. (2), (1), (3), (4).
c. (1), (4), (3), (2).
d. (2), (1), (4), (3).
e. (3), (2), (1), (4).
2. Associe as duas colunas, relacionando os grupos com as respectivas contas:
1. Ativo.
2. Passivo Circulante.
3. Passivo Não Circulante.
4. Patrimônio Líquido.
( ) Capital de terceiros de longo prazo. 
( ) Capital próprio.
( ) Aplicações de recursos, de curto e longo prazo.
( ) Capital de terceiros de curto prazo. 
Análise das Demonstrações Contábeis
34
A sequência correta dessa associação é:
a. (3), (4), (1), (2).
b. (2), (4), (1), (3).
c. (4), (1), (2), (3).
d. (4), (1), (3), (2).
e. (1), (4), (3), (2).
2. Por meio da análise das demonstrações e relatórios contábeis elaborados pela con-
tabilidade, os usuários extraem informações para a tomada de decisões. Identifique 
informações que podem ser extraídas da análise das demonstrações contábeis:
I. A empresa está endividada em curto prazo.
II. A concorrência a cada ano aumenta.
III. O preço de venda não é compatível com o praticado no mercado.
IV. Os custos dos seus produtos estão a cada ano se elevando.
As afirmativas corretas são:
a. I e IV.
b. I e II.
c. I, II e III.
d. II, III e IV.
e. III e IV.
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35
Livro 
Título: Contabilidade: teoria e prática
Autor: Hamilton Luiz Favero, Massakazu Takakura, Mário Lonardoni e Clóvis de Souza
Editora: Atlas
Sinopse: Os autores buscam um equilíbrio entre a teoria e prática contábil, evidenciando a ligação 
entre o que fazer, por que fazer e como fazer a Contabilidade, de modo a gerar informações com a 
qualidade necessária aos diversos usuários.
Comentário: Este livro procura mostrar as demonstrações contábeis, sua importância e estrutura, bem 
como a sua utilização pelos usuários para tomada de decisão. Mostra também os procedimentos ne-
cessários para a elaboração dos demonstrativos contábeis.
Gestão de Negócios
36
Quer Que Dê QuAnto? porQue As contAs não fechAM?
Há algum tempo, uma fabricante nacional de pistões e bronzinas abriu o capital na 
Bolsa de Valores de São Paulo. Levando em conta o valor do patrimônio da empresa, 
constante de seu balanço, cadaação teve o preço fixado em $ 2,65. à Moeda da 
época. Após a abertura do capital, o valor das ações se multiplicou várias vezes 
até estabilizar na casa dos $15. Esse caso mostra como uma empresa não vale pelo 
patrimônio que está registrado em seu balanço. Vale pelo que o mercado acredita 
que ela (ação) pode gerar de lucro no futuro.
Toma-se como exemplo uma fabricante americana de equipamentos de teleco-
municação e energia que teve seus ativos contabilizados no balanço de 1999 em 
14,7 bilhões de dólares, mas é avaliada pelo mercado acionário em mais de 470 
bilhões de dólares, ou 32 vezes o valor declarado. A diferença nos valores acontece 
por um motivo simples: os ativos mais importantes das empresas não são as fábricas 
ou as máquinas, declaradas como patrimônio no balanço. São as marcas, os clien-
tes ou as tecnologias que desenvolvem, conhecidos como ativos intangíveis. Pelos 
critérios tradicionais, uma marca ou um software não podem ser contabilizados 
como ativos e mesmo não existindo contabilmente, têm grande valor de mercado. 
Eis o grande problema da contabilidade convencional aplicada a empresas basea-
das no intangível: como registrar no balanço aquilo que o mercado mais valoriza? 
Uma empresa de software, por exemplo, gastou em determinado 33,2 milhões de 
dólares em pesquisa de novas tecnologias e produtos e 53,4 milhões em marketing 
e vendas. A empresa foi obrigada pelas regras contábeis dos Estados Unidos (país 
onde está sediada) a contabilizar tudo como despesa. Isso contribuiu para seu pre-
juízo de 90,7 milhões de dólares, daquele ano. Boa parte do mito que circunda os 
prejuízos das empresas da Internet pode ser atribuída a essa distorção. 
O que as empresas gastam com pesquisa, desenvolvimento e marketing pode 
gerar benefícios por anos, citando exemplos como marcas, bases de clientes, co-
nhecimento tecnológico. E as regras contábeis americanas dizem que eles devem 
ser lançados no balanço como despesas. Isso faz com que muitas vezes, empresas 
que não confiem em seus balanços elaborados com base em critérios tradicionais, 
assim o mercado acaba valorizando demais os intangíveis e gera a discrepância exis-
tente entre a avaliação das empresas e o que elas representam de fato em termos 
econômicos.
Fonte: <http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/0714/noticias/por-que-as-contas-nao-
fecham-m0051094>. Acesso em: 1 ago. 2014.
Pós-Graduação | Unicesumar
37
relato de 
caso
estuDo DA sItuAção econôMIco-fInAnceIrA DAs eMpresAs InteGrAntes 
Do ArrAnjo proDutIVo LocAL De tecnoLoGIA DA InforMAção DA cIDADe 
De VIçosA – MG: uMA AnáLIse coMpArAtIVA DAs eMpresAs IncubADAs e 
não IncubADAs
O estudo apresenta o resultado de uma pesquisa realizada entre os meses de abril e maio 
de 2008, contemplando 12 empresas, com dados coletados por meio de questionários, e 
teve como objetivo identificar a situação econômico-financeira das empresas aglomeradas 
no Arranjo Produtivo Local de Tecnologia da Informação (APL – TI) da cidade de Viçosa-MG, 
por meio da técnica do Balanço Perguntado, fazendo uma comparação entre a situação 
das empresas que já foram, ou estão, incubadas e as que nunca passaram pela incubação.
Relativamente à incubação, há necessidade de esclarecer que no sentido de tentar di-
minuir o índice de mortalidade das médias e pequenas empresas no Brasil, surgiram as 
incubadoras de empresas, as quais buscam oferecer a essas, apoio estratégico nos pri-
meiros anos de existência. Essas incubadoras têm sido bastante utilizadas no Brasil e no 
mundo, fornecendo facilidades físicas, rede de conhecimentos pessoais, animação, con-
sultorias e diversos outros apoios aos novos empreendedores. Elas permitem acelerar o 
processo de desenvolvimento empresarial assegurando uma taxa alta de sucesso para 
as empresas que são incubadas.
Também surgiram os Arranjos Produtivos Locais (APL) no intuito de beneficiar os micro 
e pequenos empreendedores. Através desses Arranjos, as empresas aglomeradas têm 
menor chance de mortalidade, uma vez que constituem subsídio importante para o 
desenvolvimento de projetos em determinada área, sendo beneficiadas através de com-
partilhamento de atividades comuns; maios acesso à informação tecnológica; maior 
acesso a sistemas de informação e assistência técnica; melhoria de processos produti-
vos; acesso a créditos, entre outros.
Para a pesquisa, foi utilizada a técnica do Balanço Perguntado, no sentido de diminuir 
as dificuldades de obtenção de informações e relatórios contábeis e possibilitando a re-
alização de análises de qualidade de desempenho econômico, isso pelo fato de muitas 
empresas não conhecerem a real situação em que se encontram. 
A partir do questionamento dos gestores das empresas da amostra, constatou-se que:
•	 a grande maioria tem mais de cinco anos de existência e que a mesma proporção 
de empresas está aglomerada ao APL-TI há mais de dois anos;
•	 a maior parte das empresas possui dois ou mais sócios e grande parte deles possui 
bom nível de escolaridade, com graduação e pós-graduação.
•	 a maioria das entidades possui menos de seis funcionários e apenas três contam com 
os serviços de estagiários.
•	 metade delas não foi incubada; na outra metade, grande parte já foi incubada e as 
demais estão para ser, o que é um fator positivo, já que a incubação oferece uma 
gama extensa de benefícios ao empreendimento, diminuindo assim a taxa de mor-
talidade das empresas.
•	 muitas empresas possuem dificuldades quanto à contabilização de seus dados, o 
que foi refletido na falta de informações a algumas questões dessa pesquisa, as 
empresas apresentam um bom grau de liquidez, no entanto, observou-se que as 
empresas não incubadas se utilizam mais de capital de terceiros que as incubadas, 
notando-se, também, que em ambos os casos, as empresas contraem, preferencial-
mente, dívidas de curto prazo, especialmente as não incubadas que só se utilizam 
desse tipo de endividamento.
Gestão de Negócios
38
relato de 
caso
•	 na rentabilidade, observou-se que as empresas não incubadas se encontram em 
uma situação mais favorável, pois apresentam indicadores satisfatórios. Em contra-
partida, as incubadas apresentaram uma rentabilidade insatisfatória, indicando que 
ações devem ser tomadas para sanar esse problema, como rever os preços e investi-
mentos feitos pelas entidades e estudar uma forma de reduzir seus custos e despesas.
Observa-se que a utilização de ferramentas de análise pode apontar, por meio de indica-
dores, como se encontra a empresa em termos de rentabilidade, liquidez e endividamento. 
A avaliação dos indicadores obtidos pode mostrar prováveis problemas que a empresa 
está enfrentando, daí a possiblidade de tomar decisões para sanar esses problemas; ou 
mesmo, mostrar tendências favoráveis que permitam novos investimentos. 
Fonte: <http://www.fucape.br/premio_excelencia_academica/upld/trab/11/33.pdf>. 
Acesso em: 1 ago. 2014.
Trata-se de resultado da pesquisa da autora Vanessa de Castro Ferreira apresentado no evento 
9º Prêmio de Excelência Acadêmica da FUCAPE.
2 PROCEDIMENTOS EFERRAMENTAS DE ANÁLISE
Professora Mestre Edna Mitiko Ota
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
•	 Procedimentos para análise
•	 Técnicas para análise
•	 Análise Horizontal
•	 Análise Vertical
objetivos de aprendizagem
•	 Apresentar os procedimentos iniciais para a análise.
•	 Conhecer as técnicas utilizadas para análise.
•	 Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a 
análise horizontal e sua interpretação.
•	 Apresentar a metodologia de cálculo para efetuar a 
análise vertical e sua interpretação.
Caro(a) acadêmico(a)!
Nos dias atuais, as informações para auxiliar a tomada de decisão são 
imprescindíveis, tendo em vista a necessidade das empresas em ge-
renciar seus gastos e investimentos com o intuito de cumprir assuas 
metas de lucros. A análise das demonstrações contábeis auxilia nesse 
processo de fomentar os usuários, com informações decisoriais.
No entanto, antes de iniciar propriamente a análise, é necessária a realiza-
ção de alguns procedimentos, como a determinação das demonstrações 
contábeis a serem analisadas, bem como o período a ser analisado.
Definido essa amostra, devem ser padronizadas, atualizadas e apli-
cadas as técnicas de análise, que podem ser a análise horizontal, a 
análise vertical e a análise por meio de indicadores, no caso dessa 
última, é necessária a seleção dos indicadores a serem utilizados de-
pendendo da informação a ser gerada.
Lembre-se de que a análise deve sempre utilizar a associação das téc-
nicas de análise e os fatores externos que afetam as transações da 
empresa, isso porque os fatores inflação, demanda, política tributária 
do governo podem afetar diretamente nos resultados da instuição.
Como no caso de empresas automobilísticas, com a redução da carga 
de impostos sobre os produtos, as empresas diminuem seus custos 
e podem repassar essa redução nos preços de venda, e consequen-
temente aumentar suas vendas; o inverso também pode ocorrer, 
aumentando-se a carga de impostos, os custos aumentam, o preço 
de venda também, e as vendas diminuem. Então, para o governo in-
centivar a rentabilidade de um determinado setor, pode se valer de 
políticas tributárias, dentre elas a redução de impostos. 
Nesta unidade, pretende-se abordar os procedimentos e as técnicas 
de análise, sendo apresentados os pontos mais importantes de todo o 
processo de padronização e atualização das demonstrações contábeis, 
bem como as técnicas de análise utilizadas, e, por fim, dentro dessas téc-
nicas, o cálculo e a interpretação da análise horizontal e análise vertical.
Análise das Demonstrações Contábeis
42
Para Matarazzo (2010, p. 70), “(...) as demonstra-
ções financeiras devem ser preparadas para a 
análise, da mesma forma que um paciente que 
vai submeter-se a exames médicos”, portanto, 
a fim de iniciar a análise das demonstrações 
financeiras, é necessário submetê-las a proces-
sos que tornem possível sua comparabilidade, 
uma vez que estão atendendo à finalidade de 
sintetizar o seu conteúdo para os usuários.
Matarazzo (2010) evidencia que os 
motivos que levam à padronização das 
demonstrações contábeis são: simplificação 
das contas, comparabilidade com outros de-
monstrativos, adequação aos objetivos de 
análise, precisão nas classificações de contas, 
descoberta de erros, intimidade do analista 
com as demonstrações contábeis.
As demonstrações devidamente pa-
dronizadas devem, no passo seguinte, ser 
atualizadas para que a inflação não interfi-
ra nos indicadores a serem calculados e, por 
consequência, no parecer de análise.
PROCEDIMENTOS 
pArA ANÁlISe
Pós-Graduação | Unicesumar
43
Desta forma, se faz necessária a uti-lização de índices que permitam atualizar os valores com base no per-
centual de inflação do período, assim, para a 
análise das demonstrações contábeis de uma 
empresa, é necessária a utilização de índice 
adequado a fim de reajustar os valores das 
contas, evitando divergências dos resultados. 
Portanto, índice de inflação é um indicador 
que revela a evolução dos preços de bens 
e serviços em determinado período, sendo 
que cada índice possui um valor direciona-
do para o que se deseja avaliar.
Indicadores que podem ser utilizados na 
atualização monetária são: o Índice Nacional 
de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice 
Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 
(IPCA), o Índice Geral de Preços (IGP), Índice 
de Preços ao Consumidor (IPC), o Índice 
Nacional de Custo da Construção (INCC), 
entre outros. Em substituição a esses indica-
dores, é possível converter as demonstrações 
para uma moeda forte, como o dólar.
Por exemplo, a análise tem como amostra 
o período de 2012 e 2013; é necessário que 
os valores sejam trazidos para 2013, isto, para 
que o fator inflação não interfira na análise. 
Considerando que o valor de 2012 seja R$ 
100.000,00 e o IPCA acumulado seja de R$ 
928,3759, então, divide-se R$ 100.000,00 por 
R$ 928,3759, que será 107,71, multiplicado 
por 983,2715, totaliza R$ 105.908,17, dessa 
As demonstrações contábeis devem estar em 
um padrão para facilitar o trabalho do analis-
ta. Assim, é possível efetuar a comparação das 
contas, bem como saber que prováveis erros 
de classificação foram sanados. Apresenta-se 
na sequência o modelo de padronização do 
balanço patrimonial e da demonstração do 
resultado do exercício.
A atualização dos valores das demons-
trações contábeis, conforme dito, pode 
se utilizar de vários indicadores. Os per-
centuais de IPCA, utilizados nesse es-
tudo, você encontra em:<http://www.
portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 
1 ago. 2014.
forma, os R$ 100.000,00 de 2012 represen-
tam R$ 105.908,17. A diferença de R$ 5.908,17 
trata-se da inflação do período.
Dessa forma, determinada a amostra, 
todos os valores dos períodos da amostra 
devem ser estar atualizados para o mesmo 
período. Caso o exemplo anterior contem-
plasse como amostra o período de 2010 a 
2013, então, todos os valores de 2010, de 
2011 e também de 2012 devem ser atualiza-
dos para 2013, para que o fator inflação não 
influencie no relatório de análise.
Análise das Demonstrações Contábeis
44
 
BALANÇO EM:
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
VA AV AH VA AV AH VA AV AH
ATIVO 
 ATIVO CIRCULANTE 
 FINANCEIRO 
 Disponível 
Aplicações financeiras 
OPERACIONAL 
 Clientes 
Impostos a recuperar 
 Estoques 
Despesas antecipadas 
ATIVO NÃO CIRCULANTE 
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 
INVESTIMENTOS 
IMOBILIZADO 
INTANGÍVEL 
PASSIVO 
PASSIVO CIRCULANTE 
OPERACIONAL 
Fornecedores 
Obrigações fiscais 
Salários e encargos sociais 
Provisões 
FINANCEIRO 
Empréstimos e financiamentos 
Dividendos a pagar 
Duplicatas descontadas 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
TOTAL - CAPITAIS DE TERCEIROS 
 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Quadro 2: Modelo de Balanço Patrimonial Padronizado
Fonte: adaptado de Matarazzo (2010)
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45
No balanço patrimonial, conforme o Quadro 2, 
os ajustes observados pela padronização con-
sistem na divisão do ativo circulante e passivo 
circulante em: operacional e financeiro.
No ativo circulante financeiro, devem ser 
apresentadas as contas relativas a valores mo-
netários disponíveis para utilização, como: 
caixa, banco conta movimento, aplicações 
financeiras, dividendos a receber, enquanto 
no ativo circulante operacional, as contas re-
sultam de atividades operacionais que ainda 
demandam algum tempo para serem conver-
tidos em dinheiro, como: duplicatas a receber, 
estoques de mercadorias, estoques de pro-
dutos acabados, impostos a recuperar etc.
No passivo circulante financeiro, são clas-
sificadas as contas de captação de recursos, 
como empréstimos, financiamentos, descon-
to de duplicatas, debêntures ou contas que 
não originadas de atividades operacionais, 
como dividendos a pagar. No passivo circu-
lante operacional, já são registradas as contas 
que representam dívidas decorrentes da 
atividade operacional, como: fornecedores, 
duplicatas a pagar, contas a pagar, impostos 
a recolher, salários a pagar etc.
Essa reclassificação permite ao analista 
verificar as origens e recursosdecorrentes 
da atividade operacional ou financeira, ou 
seja, se as aplicações nas atividades opera-
cionais da empresa estão sendo financiadas 
pelas origens de recursos operacionais ou fi-
nanceiros do Passivo Circulante.
Os demais grupos de contas não ne-
cessitam de reclassificação, podendo ser 
apresentados de forma mais sintética; tudo 
depende do detalhamento da informação 
a ser gerada. Então, o Ativo Não Circulante 
é subdividido em Realizável a Longo Prazo, 
Investimentos, Imobilizado e Intangível, en-
quanto o Passivo Não Circulante e Patrimônio 
Líquido não precisa ser subdividido. O que 
precisa ser observado é que deve ser inserida 
a somatória de Passivo Circulante e Passivo 
Não Circulante como capital de terceiros, 
antes do Patrimônio Líquido.
Análise das Demonstrações Contábeis
46
DRE EM:
31-12-X1 31-12-X2 31-12-X3
DEMONSTRAÇãO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO VA AV AH VA AV AH VA AV AH
 
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 
RECEITA BRUTA DE VENDAS E SERVIÇOS 
(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA 
(=) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 
(-) CUSTO DAS MERCADORIAS/PRODUTOS/SERVIÇOS 
(=) RESULTADO OPERACIONAL BRUTO 
(-) DESPESAS OPERACIONAIS 
 DESPESAS COM VENDAS 
 DESPESAS ADMINISTRATIVAS 
(=) LUCRO OPERACIONAL I 
 RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO 
 (-) DESPESAS FINANCEIRAS 
 RECEITAS FINANCEIRAS 
(=) LUCRO OPERACIONAL II 
OUTRAS DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS 
 (+/-) Resultado da equivalência patrimonial 
(=) LUCRO OPERACIONAL III 
(=) RESULTADO OPERACIONAL LÍQUIDO 
(+/-) OUTRAS RECEITAS E OUTRAS DESPESAS 
(=) RESULTADO ANTES DA PROVISÃO PARA IRPJ E CSLL 
 (-) Provisão para IRPJ e CSLL 
(=) RESULTADO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES 
 (-) PARTICIPAÇÕES 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO POR AÇÃO 
Quadro 3: Modelo de Demonstração do resultado do exercício Padronizada
Fonte: adaptado de Silva (2012) e Matarazzo (2010)
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47
Observa-se, no Quadro 3, a padronização da demonstração do resultado do exer-
cício que, segundo Silva (2010), pode dividir o lucro operacional em:
•	 Lucro operacional I: Compreende o desempenho da empresa em sua 
atividade principal, antes de computar o impacto das despesas e receitas 
financeiras, e o resultado da equivalência patrimonial.
•	 Lucro operacional II: Compreende o resultado após deduzir todas as 
receitas e despesas estritamente financeiras da empresa.
•	 Lucro operacional III: Reflete o resultado da empresa após computar 
o resultado da equivalência patrimonial, que é o reconhecimento da 
participação no capital social de outras empresas.
A estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício quase não sofre alteração 
até o lucro operacional, somente a partir daí começam as reclassificações. Essa 
reclassificação permite observar se a empresa tem gastos ou ganhos com ativi-
dades que não fazem parte das atividades operacionais da empresa. Isso porque 
as despesas e receitas financeiras não são decorrentes da atividade operacional 
(manuseio dos recursos financeiros), nem os investimentos de participações em 
outras empresas.
Não esquecendo que antes da efetiva aplicação das técnicas de análise, há 
a necessidade de atualizar os valores da amostra para que o fator inflação não 
afete os índices obtidos e, por consequência, a análise.
Análise das Demonstrações Contábeis
48
Para analisar a situação econômica e financeira de uma empresa, não basta apenas 
visualizar itens das demonstrações contábeis isoladamente, é preciso ter uma base 
de comparação entre eles. Para estabelecer essa base, as contas do balanço pa-
trimonial e da demonstração do resultado são relacionadas umas às outras para 
que sejam extraídas informações sobre a situação da organização.
Dentro da análise das demonstrações contábeis essas relações são amplamen-
te utilizadas, recebendo a denominação de índices. Silva (2012, p. 225) conceitua 
índices como “relações entre contas ou grupos de contas das demonstrações 
contábeis, que têm por objetivo fornecer-nos informações que não são fáceis de 
serem visualizadas de forma direta nas demonstrações contábeis”.
Com o cálculo desses indicadores, são medidos diversos aspectos econômi-
cos e financeiros das empresas, podendo ser mais aprofundados em uma área 
do que em outra. O analista responsável pela elaboração dos relatórios pode uti-
lizar qualquer um dos indicadores, mas para obter informações de qualidade, ele 
deve avaliar quais são os indicadores que melhor se encaixam na proposta de 
sua análise e qual o aprofundamento ao qual quer chegar.
Os indicadores da empresa, por si só, podem não ser uma medida suficiente 
sobre o desempenho da mesma. Assaf Neto (2012) afirma que para serem extraídas 
as melhores conclusões, é necessário que os indicadores sejam comparados com 
uma média estabelecida mediante a análise de desempenho de outras organi-
zações do mesmo ramo de atividade, para verificar se está dentro dos padrões 
aceitáveis de normalidade para a área, quais os pontos em que se destaca e em 
quais áreas carece de mais atenção. Também é necessário verificar o contexto 
econômico no qual está inserida a empresa.
PARA ANÁLISE
TÉCNICAS 
Pós-Graduação | Unicesumar
49
Matarazzo (2010) explica que depois de efetuada a avaliação geral da empresa, 
através dos índices econômico-financeiros, pode-se aprofundar a análise com o 
uso de técnicas adicionais denominadas: Análise Vertical e Horizontal. Desse modo, 
o autor concluiu que a sistemática da análise para avaliação de uma empresa, ob-
servando que: “a análise de Balanço deve partir do geral para o particular, assim, 
inicia-se a análise propriamente dita (após o trabalho de preparação – padroniza-
ção) com o cálculo dos índices. Em seguida, se aplica a Análise Vertical/Horizontal” 
(MATARAZZO, 2010, p. 170).
A análise das demonstrações contábeis pode contar com as seguintes téc-
nicas de análise:
•	 Análise horizontal;
•	 Análise vertical;
•	 Análise por meio de indicadores econômicos e financeiros.
A análise horizontal demonstra a evolução de cada conta ao longo do período da 
amostra, enquanto a análise vertical tem a finalidade de mostrar a participação de 
cada conta com relação ao seu total e, por fim, a análise por meio de índices apre-
senta indicadores específicos da situação econômica e financeira em cada ano. 
Sendo recomendada a utilização das três técnicas para viabilizar tendências 
para os próximos períodos, com resultados mais acertados e detalhados dos 
fatos e, consequentemente, melhorando o nível e a qualidade das informações 
expressas no relatório de análise.
Os indicadores de análise horizontal e vertical podem mostrar o desempenho 
econômico e financeiro da empresa?
Fonte: elaboração própria
Análise das Demonstrações Contábeis
50
hORIZONTAL
ANÁLISE 
Assaf Neto (2012) diz que é um processo bastante simples, no qual se toma como 
base os valores obtidos na data inicial a ser analisada; os valores subsequentes são 
divididos por esse valor inicial e depois multiplicados por cem, representando, no 
fim, o valor percentual dessa conta no período em relação ao período anterior.
Segundo Matarazzo (2010, p. 172), “baseia-se na evolução de cada conta de 
uma série de demonstrações financeiras em relação à demonstração anterior e/
ou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga 
da série”.
A análise horizontal, portanto, pode ser utilizada paratraçar tendências a partir 
da leitura horizontal de determinada conta ou grupo de contas, pois mostra a 
evolução dessas contas ou grupo de contas ao longo do período da amostra, 
podendo essas informações informar o comportamento das contas.
Aplicação prática – passivo
Exemplo de cálculo da análise horizontal e interpretação
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal
Ativo Circulante 100,00 100% 40,00 40% 160,00 160%
Figura 6: Análise Horizontal - Passivo
Fonte: a autora
Pós-Graduação | Unicesumar
51
Na realização da análise horizontal, o primeiro ano da amostra sempre será 100% 
para todas as contas e grupos, independentemente do número de períodos da 
amostra. Isso porque todos os demais períodos serão comparados com o primei-
ro período, que já todos os valores dos períodos estão atualizados para o último 
período da amostra.
Lembre-se também que o período da amostra pode ser ano, semestre, tri-
mestre; o que determina o período é a informação desejada e o usuário a quem 
se destina a análise.
Realizando a leitura horizontal dos dados da figura 6, observa-se que o ativo 
circulante do ano 1 para o ano 2 teve uma redução de 60%, isso visto pela dife-
rença de 100% do ano 1 e 40% do ano 2. E comparando o ano 1 com o ano 3, 
verifica-se um crescimento de 60%, pela diferença entre 100% do ano 1 e 160% 
do ano 3. Então, a tendência para os anos posteriores pode ser de aumento, tendo 
em vista os indicadores, mas isso se não houver nenhum outro fator externo que 
possa afetar nesse fato.
Mas que informação esse exemplo da evolução do ativo circulante pode forne-
cer? Bem, como os valores do ano 1 estão corrigidos para valores do ano 3, existe 
um aumento representativo de 60% do ano 1 para o ano 3, então estão aumentan-
do os valores dos itens do ativo circulante, como: estoques, duplicatas a receber, 
bancos conta movimentos, impostos a recuperar, dentre outros. O que pode estar 
causando esse aumento? Sem um detalhamento das contas, a análise fica com-
prometida, então são necessários mais dados para uma informação mais acertada.
No entanto, o simples detalhamento das contas não seria suficiente para de-
terminar os motivos que levaram a essa situação e elaboração do relatório de 
análise. Uma análise mais completa necessita do cálculo da análise horizontal de 
todas as contas do balanço patrimonial juntamente com as contas da demonstra-
ção do resultado do exercício, além de aliar as informações do mercado no qual 
está inserida a empresa, assim, a análise horizontal é somente uma das técnicas 
existentes que pode auxiliar no processo de análise das demonstrações contábeis.
Esse processo também se repete para as contas e grupo de contas da demons-
tração do resultado do exercício, que mostra a evolução dos resultados e das contas 
que compõem esse resultado ao longo dos anos da amostra, conforme figura 7.
Análise das Demonstrações Contábeis
52
Aplicação prática – Demonstração de resultado do exercício
Exemplo de cálculo da análise horizontal e interpretação
DEMONSTRAÇãO DE RESULTADO DO EXERCÍCIO
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal
Vendas Líquidas 1.000,00 100% 1.100,00 110% 1.300,00 130%
Figura 7: Análise Horizontal – Demonstração do Resultado do Exercício
Fonte: a autora
No exemplo da figura 7, os dados mostram que a conta vendas líquidas apresen-
ta um percentual de 100% para o ano 1; 110% para o ano 2 e 130% para o ano 
3; percebe-se o aumento dessa conta ao longo dos anos: 10% do ano 1 para o 
ano 2 e 30% do ano 1 para o ano 3. A partir desses percentuais, é possível traçar 
uma tendência de aumento também para os anos posteriores, mas isso se não 
houver nenhum outro fator externo que possa afetar esses indicadores.
AVIAção coMercIAL AuMentArá rItMo De crescIMento, preVê AnAc
O setor de aviação comercial que esteve praticamente estável no ano de 2013, 
segundo previsão da diretoria da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), 
deve crescer aproximadamente 5% em 2014 em função da infraestrutura nos 
aeroportos. A ANAC expõe que a nova infraestrutura em Brasília e Guarulhos 
com aumento da capacidade, permitirá trazer mais voos, mais empresas e mais 
aeronaves. Também Viracopos com a conclusão de terminal com uma capacida-
de grande, irá gerar uma melhoria na expectativa e na oferta de infraestrutura.
Se as expectativas se concretizarem, representará uma aceleração em relação a 
2013, isso é o que espera a ANAC, no entanto, para que todas essas expectativas 
se transformem em desempenho positivo para o setor, dependem também 
das empresas prestadoras de serviços.
Fonte: tratam-se de dados reais e o texto foi extraído de: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/
economia/noticia/2014-06/Avia%C3%A7%C3%A3o%20comercial%20aumentar%C3%A1%20
ritmo%20de%20crescimento,%20prev%C3%AA%20Anac>. Acesso em: 1 ago. 2014.
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53
VERTICAL
ANÁLISE 
Assaf Neto (2012, p. 207) afirma que “o primeiro propósito da análise vertical é 
mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração contábil em 
relação à determinação referencial (...)”.
Matarazzo (2010), explicando e complementando a afirmativa acima, diz que 
na Análise Vertical, calcula-se o percentual de cada conta ou grupo de contas em 
relação a um valor base, sendo que no Balanço Patrimonial são utilizados os totais 
do ativo e do passivo e patrimônio líquido. Na Demonstração do Resultado, é o 
total de vendas líquidas.
Assim, a análise vertical mostra a participação de cada conta do ativo com o seu 
total, a participação do passivo e do patrimônio líquido com relação ao seu total e 
participação das contas que compõem o resultado em relação às vendas líquidas.
Outra forma de avaliar os elementos do balanço patrimonial é que no Passivo e 
Patrimônio Líquido é evidenciada a proporção de cada fonte de recurso, enquan-
to o lado do Ativo mostra o percentual de cada uma das aplicações de recursos 
realizadas pela empresa.
Aplicação prática - passivo
Exemplo de cálculo da análise vertical e interpretação
BALANÇO PATRIMONIAL
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal
Ativo 100,00 29% 40,00 13% 160,00 35%
Circulante 240,00 71% 260,00 87% 300,00 65%
Total 340,00 100% 300,00 100% 460,00 100%
Figura 8: Análise Vertical – Passivo
Fonte: a autora
Análise das Demonstrações Contábeis
54
Analisando a figura 8, percebe-se que a leitura é vertical, ou seja, os percentuais 
são apresentados com relação ao seu total. O ativo circulante representa 29% e 
o ativo não circulante 71%, esse percentual comparado ao total do ativo que são 
os 100%. Então, a participação de cada grupo nunca pode apresentar indicador 
acima de 100%, pois esse é o percentual do total.
Ao longo dos anos, os percentuais do ativo circulante e do ativo não circulan-
te oscilaram, então se for realizada uma leitura horizontal dos percentuais, vemos 
que o ativo circulante após as variações, no ano 3, apresentou a maior represen-
tatividade dos três anos da amostra, terminando em 35% do total das aplicações, 
enquanto o ativo não circulante apresentou ao final do ano 3 o menor percen-
tual em termos de representatividade com relação ao ativo total.
Que informação esses indicadores podem fornecer? É possível dizer que a 
empresa, ao longo dos três anos, está investindo mais no ativo circulante, ou seja, 
mais em itens do ativo circulante, e a tendência é continuar esse crescimento. 
Portanto, também a análise vertical, por si só, não atende a todo o processo 
de análise seria necessário aliar outras ferramentas como a análise horizontal e a 
utilização dos indicadoreseconômicos e financeiros, além dos fatores externos 
que afetam as transações da empresa.
Na demonstração de resultado do exercício, também se repete o mesmo pro-
cedimento, no entanto, a base para a análise são as receitas líquidas ou vendas 
líquidas, que resultam das vendas reduzidas dos impostos sobre as vendas e de-
voluções de vendas, conforme pode ser observado na figura 9.
Aplicação prática – Demonstração do resultado do exercício
Exemplo de cálculo da análise vertical e interpretação
DEMONSTRAÇãO DE RESULTADO DE EXERCÍCIO
Ano 1 Ano 2 Ano 3
Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal Valor Análise Horizontal
Vendas Líquidas 1.000,00 100% 1.200,00 100% 1.400,00 100%
Custo Mercadorias Vendidas 500,00 50% 550,00 46% 600,00 43%
Despesas Administrativas 120,00 12% 130,00 11% 150,00 11%
Despesas Financeiras 220,00 22% 150,00 13% 160,00 11%
Lucro Líquido 160,00 16% 370,00 31% 490,00 35%
Figura 9: Análise Vertical – Demonstração do Resultado do Exercício
Fonte: a autora
Pós-Graduação | Unicesumar
55
Os indicadores da figura 9 mostram a representatividade de cada conta do de-
monstrativo de resultado com relação às vendas líquidas, que ao longo dos anos 
apresentam aumento.
A conta de custo das mercadorias vendidas apresenta indicadores de 50%, 
46% e 43%, ou seja, diminuindo a cada ano, apesar de em valores monetários apre-
sentarem aumento, respectivamente, R$ 500,00, R$ 550,00 e R$ 600,00. A conta 
despesas administrativas também reduziu seu percentual de 12% para 11% de 
ano 1 para os anos 2 e 3, enquanto as despesas financeiras foram as que tiveram 
maior redução percentual, de 22% do ano 1 para 11% para o ano 3. E, por fim, a 
conta de lucro líquido, com aumento percentual ao longo dos anos de 16% no 
ano 1 para 35% no ano 3.
A variação percentual apresentada pelos indicadores das contas indica que a 
empresa está tendo um desempenho melhor, com aumento nas vendas líquidas, 
redução nos custos e nas despesas e, como consequência, aumento nos lucros. 
A projeção para os próximos períodos é de continuação da melhora no desem-
penho na empresa, isso se nenhum fator impactar esses indicadores.
Recentemente uma fabricante do setor automotivo divulgou uma queda de 3,1 
por cento no lucro operacional do segundo trimestre de 2014, em decorrência 
do recuo no lucro de sua principal divisão de carros de passeio. 
O lucro operacional de sua principal marca caiu mais de um terço para 572 
milhões de euros (765,4 milhões de dólares), refletindo as vendas em queda, 
gastos em tecnologia e altos custos fixos, enquanto a sua marca de luxo, que 
responde por mais de 40 por cento do lucro do grupo, teve alta de um dígito.
Uma decisão tomada para melhorar a lucratividade será aumentar os cortes 
de custos para 5 bilhões de euros ao ano a partir de 2017. 
Fonte:<http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,queda-no-lucro-operacional-
da-vw-aumenta-pressao-para-cortar-custos,1536798>. Acesso em: 8 ago. 2014.
Análise das Demonstrações Contábeis
56
Cabe lembrar que no processo de análise é recomendável a utilização das duas 
análises em conjunto (horizontal e vertical), isso apresenta uma visão ampla da 
empresa, localizando possíveis erros, deficiências ou problemas em uma empresa. 
O conhecimento desses fatores permite a identificação dos motivos que levaram 
a empresa a aquela situação, isso podendo ser utilizado para ações corretivas.
A associação da análise vertical/horizontal permite, conforme Matarazzo (2010), 
indicar a estrutura de Ativo e Passivo/Patrimônio Líquido, bem como suas modi-
ficações, e analisar em detalhes o desempenho da empresa.
A análise vertical do Balanço Patrimonial contemplando Ativo e Passivo/
Patrimônio Líquido demostra a composição dos recursos tomados pela empresa, 
se capital próprio ou capital de terceiros, e se esses recursos estão aplicados em 
Ativo Circulante ou Ativo NãO Circulante. Também é possível visualizar o percen-
tual de participação dos itens que compõem o circulante e o não circulante. E a 
comparação dos indicadores da empresa com outras do setor permite deline-
ar características típicas do setor ou mesmo o desempenho da empresa relativo 
ao setor. 
A análise horizontal do Balanço Patrimonial, por sua vez, já mostra os itens para 
os quais a empresa dá mais ênfase na alocação de recursos (circulante ou não cir-
culante), bem os recursos que estão financiando essas aplicações, ou seja, Passivo 
circulante (capital de terceiros de curto prazo), Passivo não circulante (capital de 
terceiros de longo prazo) ou mesmo o capital próprio (patrimônio líquido).
No caso do desempenho econômico da empresa, a análise foca na 
Demonstração do Resultado do Exercício - DRE, mostrando, na análise vertical, a 
participação das contas de custos, despesas e lucro com relação às vendas, e na 
análise horizontal, a evolução desses ao longo dos anos. 
A avaliação da evolução de cada conta do balanço ou da demonstração de re-
sultado do exercício pode identificar prováveis problemas que podem ser sanados 
prontamente. Como exemplo: a empresa está utilizando recursos de terceiros de 
curto prazo para investimentos no ativo não circulante, o que pode ser observa-
do pela análise vertical/horizontal das contas de ativo circulante e passivo não 
circulante, mostrando indicadores menores de ativo circulante do que o passivo 
circulante. Essa situação provavelmente estará provocando um aumento nos in-
dicadores de análise horizontal/vertical das despesas financeiras, acarretando 
redução nos percentuais de lucro. Aí se encontra o problema, ações devem ser 
tomadas para que a situação não dê continuidade, senão a empresa poderá vir 
a apresentar prejuízos.
Pós-Graduação | Unicesumar
57
Desde 1995, a Revista EXAME em parceria com a FIPECAFI – Fundação Insti-
tuto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras divulga anuário com as 
1.000 maiores empresas do Brasil, pelo critério do desempenho em vendas 
em dólares, excluídas as empresas do setor financeiro. Os indicadores para 
determinação do desempenho incluem uma pontuação de diversos ângulos 
da excelência empresarial (Rentabilidade do patrimônio, Liquidez Corrente, 
Riqueza Criada por Empregado, Crescimento de Vendas e Liderança de Mer-
cado), pelos quais são escolhidas as melhores empresas de diversos setores 
da economia. Também, além dos pontos obtidos nesses cinco indicadores, a 
empresa pode somar bônus por ter se destacado em outro anuário de EXAME 
(Guia EXAME de Sustentabilidade e Guia EXAME – As Melhores Empresas para 
Você Trabalhar).
Fonte: <http://www.fipecafi.org/mm/>. Acesso em: 1 ago. 2014.
considerações finais
Um dos objetivos da unidade foi mostrar os procedimentos iniciais antes da re-
alização da análise das demonstrações contábeis. Nesse processo, incialmente 
devem ser determinadas as demonstrações a serem analisadas e o período para 
análise, após essas, devem ser padronizadas e atualizadas para melhorar o poder 
de comparação. 
A padronização é efetuada com o objetivo de levar os grupos e contas para 
um mesmo padrão, corrigindo-se também prováveis erros de classificação e 
nomenclatura.
A atualização já é realizada com o intuito de corrigir monetariamente os 
valores para o último período da amostra, ou seja, atualizar todos os valores dos 
grupos de contas e contas para um mesmo ano, semestre, trimestre. 
Sobre essas demonstrações padronizadas e atualizadas são aplicadas as téc-
nicas de análise, que podem ser a análise horizontal, a análise vertical e a análise 
por meio de indicadores, previamente selecionadas de acordo com a informação 
a ser gerada, como informações sobre prazos médios para usuários que querem 
informações sobre rentabilidade de seus investimentos na empresa.
Análisedas Demonstrações Contábeis
58
Outro objetivo da unidade foi demostrar os cálculos, bem como a interpre-
tação dos resultados dos valores apresentados da análise horizontal e vertical. 
Sobre a análise horizontal, pode-se dizer que se trata de uma leitura horizontal, 
que mostra a evolução de cada conta ou grupo de contas ao longo do período 
analisado, possibilitando projetar tendências para as contas e grupos de contas.
A análise vertical já mostra a participação de cada conta ou grupo de contas 
com relação ao seu total, então, demonstra a evolução da participação de cada 
conta com relação ao total do seu grupo, sendo possível, dessa forma, projetar 
tendências para as contas ou grupos de contas.
Vale lembrar que a análise para obter melhores resultados, deve utilizar todas 
as suas técnicas, obtendo indicadores que devem ser relacionados com fatores 
externos que influenciam as transações da empresa; isso permitirá uma análise 
mais detalhada e completa.
atividades de autoestudo 
1. Os dados a seguir apresentados demonstram os indicadores de análise 
vertical.
ANO 1 Vertical ANO 2 Vertical ANO 3 Vertical
Receita Líquida 10.000,00 100,00 15.000,00 100,00 20.000,00 100,00
Custo da Produção 
Vendida
- 4.000,00 -40,00 -6.000,00 -40,00 -8.000,00 -40,00
Despesas Operacionais - 3.000,00 -30,00 -5.000,00 -33,33 -10.000,00 -50,00
Lucro Líquido 3.000,00 30,00 4.000,00 26,67 2.000,00 10,00
 A partir do quadro acima, pode-se afirmar que um dos motivos para a 
redução no lucro líquido é:
a. ( ) Um endividamento elevado que apresentou como reflexo despesas 
financeiras. 
b. ( ) Com o aumento da produção, houve necessidade de contratar mais 
funcionários aumentando as despesas operacionais.
c. ( ) Uma oscilação do mercado provocou um aumento representativo 
nos elementos de custos e isso provocou elevação do custo da produção 
vendida em proporção maior que o aumento da receita líquida.
Pós-Graduação | Unicesumar
59
d. ( ) A demanda do produto aumentou, elevando a receita líquida, no 
entanto, havia no período uma limitação de mão de obra para produção, 
não sendo possível o aumento da produção, assim, a ociosidade na capa-
cidade de produção provocou elevadas despesas operacionais.
2. Para Matarazzo (2010), o percentual da análise vertical de cada conta mostra 
sua real importância no conjunto. Para o cálculo da análise vertical das 
contas do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado, o valor
-base é, respectivamente:
a. ( ) Total do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido para o Balanço Patrimonial 
e o Lucro Líquido para a Demonstração de Resultado do Exercício.
b. ( ) Total do Ativo e do Passivo para o Balanço Patrimonial e o Lucro Líquido 
para a Demonstração de Resultado do Exercício.
c. ( ) Total do Ativo e Patrimônio Líquido para o Balanço Patrimonial e a 
Receita Líquida para a Demonstração de Resultado do Exercício.
d. ( ) Total do Ativo, Passivo e Patrimônio Líquido para o Balanço Patrimonial 
e a Margem Líquida para a Demonstração de Resultado do Exercício.
3. Quando a demonstração de resultado do exercício apresentar despesas 
financeiras elevadas e o balanço patrimonial um valor expressivo em em-
préstimos e financiamentos, podemos afirmar que:
a. A empresa não tem capacidade de pagamento.
b. Tem mais capital próprio do que capital de terceiros.
c. O capital de terceiros é maior que o capital próprio e isso provavelmente 
está gerando encargos financeiros.
d. Além de não ter capacidade de pagamento, não conseguirá pagar suas 
dívidas em dia.
Análise das Demonstrações Contábeis
60
Livro 
Título: Análise Financeira de Balanços: abordagem gerencial
Autor: Dante Carmine Matarazzo
Editora: Atlas
Sinopse: apresenta técnicas de análise das demonstrações financeiras capazes de gerar 
amplas e profundas informações sobre o desempenho, a situação econômico-financei-
ra e a gerência das empresas.
Comentário: um livro direcionado para análise, expondo sobre o seu surgimento até a 
sua utilização nos dias atuais. Mostra as técnicas de análise e os indicadores que podem 
ser utilizados para determinar o perfil econômico e financeiro das empresas.
AnáLIse VertIcAL/horIZontAL nA preVIsão De fALêncIAs
A insolvência de uma empresa ocorre pela incapacidade de solver suas obrigações, ou 
seja, pela falta de dinheiro no momento de vencimento de uma dívida.
Toda empresa está sujeita à falta de dinheiro em determinados momentos, dadas as na-
turais incertezas e irregularidades da atividade empresarial. Normalmente, essa carência 
de moeda é suprida por empréstimos de emergência, obtidos junto a bancos, e é corri-
gida a curto prazo pela reformulação de prazos de duplicatas a receber e fornecedores.
A falta crônica de dinheiro e perspectiva a longo prazo de agravamento da insuficiên-
cia de entradas em caixa, em face das saídas comprometidas, caracteriza a insolvência, 
cujas soluções só podem ser a concordata ou a falência.
Via de regra, a falta de recursos a curto prazo deve-se a cinco motivos: - desempenho 
de vendas aquém do esperado; - falta de controle de despesas; - prejuízo; - má adminis-
tração do Ativo e Passivo Circulantes; - excesso de investimento no Ativo Permanente.
A impontualidade a curto prazo – revelada por atrasos junto a fornecedores e protes-
tos sofridos – deve-se à falta de capacidade de a empresa obter o numerário necessário 
para cobrir os compromissos assumidos.
Em outras palavras, toda empresa tem um fluxo de caixa – movimento de entradas e saída 
e caixa – em que as entradas naturalmente se equilibram com as saídas. Essa harmonia 
é quebrada quase sempre por uma daquelas cinco hipóteses e só não será corrigida se 
a empresa for incapaz de obter os empréstimos adicionais necessários.
A harmonia referida pressupõe certa regularidade no comportamento dos diversos itens 
de balanço e de resultados.
Um brusco aumento de Duplicatas a Receber, por exemplo, tem inevitáveis consequên-
cias sobre o Caixa, enquanto aumenta o valor das duplicatas, deixa de entrar dinheiro 
no Caixa. Um aumento exagerado do Ativo Permanente, em relação a outros itens do 
Balanço, provoca, com certeza, sangria do Caixa, rompendo o equilíbrio entre ingres-
sos e saídas. Um aumento de despesas fora de proporções normais tem idêntico reflexo.
Assim, nada mais lógico que estudar os comportamentos dos diversos itens do balanço e 
da demonstração de resultados. Existindo regularidade, há grande chance de a empresa 
manter o equilíbrio do seu fluxo de caixa. A irregularidade de comportamento dos itens 
é um sinal de alerta.
Pós-Graduação | Unicesumar
61
Com efeito, a prática mostra que isso realmente é válido. Grande parte das empresas que 
vão à insolvência apresenta irregularidade de comportamento de diversos de seus itens, 
como mostra o exemplo adiante.
Apresenta-se a seguir um caso concreto ilustrativo de empresa que se tornou insolvente; 
a Análise Vertical/Horizontal evidencia a inconsistência de comportamento de diversos 
itens de balanço e da demonstração de resultados.
Neste exemplo, a Analise Horizontal é feita em relação ao ano anterior (não utilizando 
somente o primeiro ano como base para todos os demais anos), a fim de que se possa 
verificar, ao longo de sucessivos exercícios, quão diferentes foram as variações de um 
ano para outro.
exemplo:
Apresentam-se, a seguir, as quatro últimas demonstrações de uma empresa de produ-
tos alimentícios que se tornou concordatária e posteriormente faliu.
O último balanço divulgado pela empresa antes da concordata é de X7, já que o seguin-
te foi levantado apenas para ser anexado aos documentos necessários para o pedido de 
concordata.
Em 31-12-X7, a situação dessa empresa era muito boa. O índice de Participação de Capital 
de Terceiros era de 81%; o de Imobilização do PatrimônioLíquido era de 0,8%; o de Liquidez 
Corrente era de 2,21; o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido era de 13%.
Entretanto, examinando os números da Análise Vertical/Horizontal, verifica-se que o 
Lucro Bruto, que aumentou 593% de X5 para X6, caiu 8% em X7 e 14% em X8. As Outras 
Despesas Operacionais (Vendas e Administração) cresceram 1.841% de X5 para X6, so-
freram ligeira queda de 10% em X7 e subiram 66% em X8. Isso tudo a valores nominais. 
Isso quer dizer que os valores não foram atualizados, assim, ainda existe o fator inflação, 
que nesse período da análise girou em torno dos 40%.
No balanço, igualmente, verificam-se diversas flutuações inexplicáveis. Enquanto os 
Estoques sobem exageradamente em X¨, moderadamente em X7 e caem em X8, as 
Duplicatas a Receber sobem initerruptamente.
A participação dos fornecedores no financiamento global cai contínua e acentuadamen-
te, passando de 19 para 5% do Passivo Total. A excessiva elevação de Salários, Tributos e 
Contribuições sugere que a empresa possa estar atrasando o pagamento de impostos 
e encargos sociais.
Enfim, a Análise Vertical/Horizontal revela um quadro de certa turbulência na vida da 
empresa (o que não é tão evidente na análise de índices) e sugere existir algum tipo de 
problema à empresa.
Fonte: MATARAZZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços. São Paulo: Editora Atlas, 2010, p. 
181-184.
Gestão de Negócios
62
relato de 
caso
AnáLIse fInAnceIrA e econôMIcA DA eMpresA De AVIAção coMercIAL
A empresa presta serviços de transporte aéreo, com voos nacionais e internacionais. A 
situação financeira da empresa encontra-se um tanto complicada. Observando os três 
anos, conclui-se que a empresa não tinha capacidade de pagamento a curto prazo nos 
anos de 2011 e 2012. Somente em 2013, há essa capacidade de quitar as suas dívidas de 
curto prazo (passivo circulante), o que se pode verificar nos indicadores da análise vertical 
da tabela 1, no qual o ativo circulante representava 33,52%, enquanto o passivo circulan-
te representava 32,40%. Já nos anos seguintes, a dívida a curto prazo (passivo circulante) 
encontrava-se maior que os valores que possui para quitá-las (ativo circulante), logo, ela 
fica sujeita a transformar valores do Realizável a longo prazo em numerários, para acertar 
suas dívidas de curto prazo ou contrair mais dívidas. Pode-se analisar nos indicadores da 
análise vertical da tabela 1 que o ativo circulante no ano de 2011 representava 29,45% e 
em 2012 passou a 23,13%, enquanto no passivo circulante no ano de 2011 representa-
va 33,75%, e em 2012 passou a 44,99%. Isso quer dizer que a empresa encontra-se com 
um endividamento a curto prazo muito elevado. Observa-se que na análise horizontal, 
em 2012, a variação para o ativo circulante foi maior do que para o passivo circulante, 
período em que apresenta a pior capacidade de pagamento; enquanto em 2013, a situa-
ção se inverte, a variação foi maior para o ativo circulante ao invés do passivo circulante, 
demonstrando a melhor capacidade de pagamento dos três anos.
2011 2012 2013
Valor Hor Vert Valor Hor Vert Valor Hor Vert
Ativo 
Circulante 3.517.864,90 100 29,45 2.211.399,92 62,86 23,13 3.565.709,00 101,36 33,52
Passivo 
Circulante 4.030.542,52 100 33,75 4.301.772,37 106,73 44,99 3.446.791,00 85,52 32,40
Tabela 1: Análise Vertical/Horizontal da empresa – Ativo e Passivo Circulante 
Fonte: a autora
Analisando o Patrimônio Líquido na tabela 2, em todos os anos, o mesmo está abaixo do 
valor do Passivo, demonstrando uma representatividade do capital próprio menor que o 
capital de terceiros, apresentando percentuais de 20,70%, 8,12% e 11,45%, em 2011, 2012 
e 2013, respectivamente, enquanto o passivo (capital de terceiros) representava 79,30%, 
em 2011, 91,88%, em 2012, e 88,55%, em 2013. Esse caso confirma que a empresa tem 
mais recursos de origens de terceiros do que dos sócios. Em todos os anos, temos média 
aproximada de 12% para o capital próprio, sendo assim, não é nada positivo, pois para a 
empresa, o capital próprio é mais proveitoso que o capital de terceiros, visto que sobre 
o último, geralmente, incidem encargos financeiros. Com relação à análise horizontal 
(tabela 2), há de se observar que houve uma variação de 77,81% de 2011 para 2012, o 
que apresenta uma queda representativa, isso decorrente do aumento dos prejuízos de 
2012, que agravaram o Patrimônio Líquido. Os indicadores de análise horizontal e verti-
cal apresentam melhora no ano de 2013, confirmando uma tendência de melhora para 
a empresa.
Pós-Graduação | Unicesumar
63
relato de 
caso
2011 2012 2013
Valor Hor Vert Valor Hor Vert Valor Hor Vert
Capital 
de Terceiros 9.471.121,70 100 79,30 8.784.529,38 92,75 91,88 9.419.948,00 99,46 88,55
Patrimônio 
Liquido 2.472.704,80 100 20,70 776.144,15 31,39 8,12 1.218.500,00 49,28 11,45
Tabela 2: Análise Vertical/Horizontal da empresa – Capital de Terceiros e Patrimônio Líquido 
Fonte: a autora
O capital de terceiros, ao longo dos três anos da amostra, apresenta-se concentrado 
mais a longo prazo do que a curto prazo, isso pode ser visualizado na tabela 3, com o 
Passivo não circulante girando em torno de 45% a 56%, enquanto o passivo circulante 
entre 32% e 45%.
2011 2012 2013
Valor Hor Vert Valor Hor Vert Valor Hor Vert
Passivo
Circulante 4.030.542,52 100 33,75 4.301.772,37 106,73 44,99 3.446.791,00 85,52 32,40
Passivo Não-
Circulante
5.440.579,18 100 45,55 4.482.757,01 82,39 46,89 5.973.157,00 109,79 56,15
Tabela 3: Análise Vertical/Horizontal da empresa – Passivo Circulante e Não Circulante 
Fonte: a autora
Relativamente à situação financeira da empresa, pode-se informar que a empresa está 
bastante endividada a longo prazo, isso compromete seriamente a capacidade de paga-
mento da empresa a longo prazo, reduzindo-se a cada ano o percentual de capital próprio.
sItuAção econôMIcA
Economicamente, a empresa não está muito boa, apresentando prejuízos ao longo dos 
anos, conforme tabela 4, com aumento de 90,20% de 2011 para 2012 e uma redução de 
23,99% de 2011 para 2013, isso pela análise horizontal. Esse prejuízo foi decorrente do 
aumento dos custos dos serviços prestados, juntamente com as despesas financeiras.
Os custos dos serviços apresentam indicadores de análise horizontal de 100% para 2011, 
112,33% para 2012 e 100,36% para 2013. Já os indicadores de análise vertical para a 
mesma conta trazem uma informação ainda mais preocupante. Os custos dos serviços 
representam entre 80% e 96% das vendas, isso devido à variação do dólar que influencia 
diretamente o preço do combustível que é o item mais representativo para a prestação do 
serviço pela empresa de aviação. Então resta um percentual muito pequeno das vendas 
líquidas para suprir as demais despesas de manutenção da empresa.
Gestão de Negócios
64
relato de 
caso
Diante dessa situação em que os recursos gerados pelas receitas são insuficientes para 
suprir os custos e as despesas, a empresa busca recursos de terceiros para manter as suas 
atividades. Recursos de terceiros que geram encargos financeiros que influenciam os re-
sultados da empresa, explicando o percentual de despesas financeiras entre 12% e 17%.
 
2011 2012 2013
RECEITA 
LÍQUIDA
8.451.149,23 100 100 8.582.545,80 101,55 100 8.956.212,00 105,98 100
CUSTOS SERV. 
PRESTADOS
(7.449.861,79) 100 (88,15) (8.368.671,61) 112,33 (97,51) (7.476.409,00) 100,36 (83,48)
REC. FINAN-
CEIRAS
535.278,12 100 6,33 392.096,68 73,25 4,57 602.524,00 112,56 6,73
DESP. FINAN-
CEIRAS
(1.382.616,10) 100 (16,36) (1.111.452,51) 80,39 (12,95) (1.512.740,00) 110,06 (16,99)
RESULTADO 
LÍQUIDO
(842.432,73) 100 (9,97) (1.602.340,68) 190,20 (18,67) (724.590,00) 86,01 (8,09)
Tabela 4: Análise Vertical/Horizontal da empresa – Contas de Resultado 
Fonte: a autora
Então, pode-se dizer que a situação econômica da empresa está muitoruim, com os pre-
juízos ao longo do período, isso decorrente principalmente do aumento dos custos dos 
serviços prestados, contemplando, além do custo do combustível, as multas por cance-
lamento e atrasos nos voos.
AnáLIse GerAL
A empresa apresenta um endividamento elevado ao longo dos três anos, comprome-
tendo a capacidade de pagamento de longo prazo da empresa, no entanto, a dívida 
está concentrada a longo prazo, portanto, não existe grande pressão para obter recur-
sos para quitação da dívida, podendo realizar planejamento para adequação dos prazos 
de recebimento e pagamento de forma a manter um equilíbrio financeiro. Se isso não 
for verificado, poderá implicar na capacidade de pagamento a curto prazo e consequen-
tes problemas financeiros.
Observa-se que esse endividamento é consequência dos altos custos para prestar ser-
viços. Entende-se que a demanda aumentou devido à melhora do poder aquisitivo dos 
consumidores, assim, mais voos, mais pessoas em circulação e mais custos com combustí-
vel, salário do pessoal envolvido, além de multas e despesas por cancelamentos de voos.
Pós-Graduação | Unicesumar
65
relato de 
caso
Pela análise da demonstração de resultados é possível verificar a representatividade dos 
custos com relação às vendas, o que afeta diretamente os resultados da empresa que 
apresenta prejuízos ao longo do período, isso mostra que há falta de recurso originada 
das vendas para suprir as demais despesas de manutenção. Então, a empresa se utiliza 
de capital de terceiros para essa função, apresentando um endividamento elevado que 
resulta em despesas financeiras. 
Fonte: texto elaborado pela autora, a partir de dados extraídos do site da empresa Gol Linhas Aéreas 
(<voegol.com.br>).
Os dados extraídos do site da empresa foram trabalhados pela autora, de acordo com os 
procedimentos de análise.
3 INDICADORES DE ANÁLISE
Professora Mestre Edna Mitiko Ota
Plano de estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará 
nesta unidade:
•	 Indicadores de Liquidez
•	 Indicadores de Estrutura de Capital
•	 Indicadores de Rentabilidade
•	 Indicadores de Capital de Giro e Prazos Médios
objetivos de aprendizagem
•	 Calcular e interpretar os indicadores de liquidez.
•	 Calcular e interpretar os indicadores de estrutura do 
capital.
•	 Calcular e interpretar os indicadores de rentabilida-
de e lucratividade.
•	 Calcular e interpretar os indicadores de capital de 
giro e prazos médios.
A análise das demonstrações contábeis tem a finalidade de auxiliar a 
tomada de decisões com as informações por ela geradas. Seu trabalho 
se inicia logo após o término dos trabalhos da contabilidade, pois as de-
monstrações contábeis elaboradas pela contabilidade serão a base para 
o trabalho da análise das demonstrações contábeis. Dessa forma, existe 
a necessidade da elaboração de demonstrações contábeis confiáveis 
e com qualidade, com dados do que realmente ocorreu na empresa.
O trabalho de análise identifica a amostra a ser utilizada, composta das 
demonstrações contábeis e o período para análise. Essa amostra é padro-
nizada de forma a melhorar a comparabilidade das informações e também 
como forma de detectar possíveis erros de classificação e estruturação. 
Deve também ser identificados os usuários e as informações a serem 
geradas. Também a amostra deve ser atualizada para que as informações 
não sofram interferência do fator inflação. Encerrado esse processo, são 
aplicadas as técnicas de análise, a saber: análise horizontal, análise verti-
cal e análise por meio de indicadores econômicos e financeiros.
Essa unidade tem por finalidade apresentar os indicadores de: liqui-
dez, estrutura de capital, rentabilidade, capital de giro e, por último, os 
indicadores de prazos médios. Demonstrando os cálculos e a interpre-
tação dos resultados de grupo de indicadores e a informação gerada.
Os indicadores de liquidez mostram se a empresa tem capacidade de 
quitar as dívidas, enquanto os indicadores de estrutura de capital verifi-
cam o nível de endividamento da empresa e se o mesmo é decorrente 
de investimentos em ativo fixo; os indicadores de rentabilidade, os lucros 
e o retorno dos investimentos efetuados pela empresa e pelos sócios; 
os indicadores de capital de giro e os indicadores de prazos médios, a 
necessidade de recursos para suprir a necessidade de capital de giro, 
se isto está sendo realizado pelo capital próprio ou capital de terceiros, 
e também se a política de prazos médios está afetando essa necessi-
dade de capital de giro.
Você poderá perceber ao longo da unidade a necessidade de associa-
ção dos indicadores, como a ligação entre a liquidez, endividamento, 
necessidade de capital de giro e prazos médios, e o reflexo desses na 
rentabilidade.
Análise das Demonstrações Contábeis
68
Dentre os indicadores de análise por meio de 
indicadores, os indicadores de liquidez são 
um dos mais utilizados pela sua facilidade no 
cálculo e interpretação, sendo essa técnica 
de análise bastante utilizada pelos credores 
na avaliação dos riscos para concessão de 
novos créditos, ou mesmo para analisar as 
perspectivas de recebimento de créditos já 
concedidos.
Os índices de liquidez procuram medir a 
solidez financeira da empresa, e bons índices 
de liquidez têm condições de ter capacidade 
de pagar suas dívidas, mas não, obrigatoria-
mente, pagando suas dívidas (empresas) em 
dia em função de outras variáveis como prazo, 
renovação de dívidas etc. (MATARAZZO, 2010).
Isso porque para afirmar que a empresa 
tem ou não capacidade de pagamento das 
dívidas em dia, é necessária a análise da políti-
ca de prazos adotados pela empresa, porque 
os indicadores comparam ativos (valores 
para pagamento da dívida) com os passivos 
(dívidas com terceiros), e os ativos podem 
demorar algum tempo para se transforma-
rem em dinheiro enquanto a dívida já está 
vencendo ou está vencida.
Os indicadores de liquidez devem ser ava-
liados como quanto maior, melhor, pois quanto 
maior o indicador, melhor será a capacidade 
de pagamento e podem ser divididos em:
INDICADORES 
DE LIqUIDEZ
Pós-Graduação | Unicesumar
69
o índice de liquidez imediata apre-senta a capacidade que a empresa tem em quitar suas dívidas de 
curto prazo (vencíveis dentro de um prazo 
de 360 dias), com valores que estão nas 
disponibilidades (caixa, banco conta movi-
mento e aplicações financeiras). A liquidez 
geral mostra a capacidade de pagamento 
da empresa a longo prazo, comparando 
os valores conversíveis em dinheiro após 
360 dias, com dívidas que vencem também 
após 360 dias. A liquidez corrente demons-
tra a capacidade de pagamento a curto 
prazo (dentro de um prazo de 360 dias), 
enquanto a liquidez seca, a capacidade de 
pagamento a curto prazo (dentro de um 
prazo de 360 dias), sem necessitar transfor-
mar os estoques em dinheiro.
INDICADOR FÓRMULA
Liquidez Imediata
Disponibilidades
Passivo Circulante
Liquidez Geral
Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Liquidez Corrente
Ativo Circulante
Passivo Circulante
Liquidez Seca
Ativo Circulante – Estoques
Passivo Circulante
Tabela 4: Indicadores de Liquidez
Fonte: Matarazzo (2010), Assaf Neto (2012)
As empresas brasileiras passam por um 
processo de inadimplência generaliza-
da. Segundo dados da Serasa Experian, 
o mês de Maio foi o nono mês conse-
cutivo de alta na comparação anual, o 
índice superou 5,3 por cento o mês de 
abril. Com as dívidas não bancárias e a 
inadimplência com os bancos apresen-
tando variação positiva de 1,7 por cento 
e 2,8 por cento respectivamente. Os títu-
los protestados elevando 12,5 por cento, 
e os cheques sem fundo tiveram alta de 
6,1 por cento. Ainda segundo economis-
tas da Serasa,a causa da inadimplência 
das empresas é o enfraquecimento do 
ritmo da economia, que ao longo de 
2014 deve permanecer crescente.
Fonte: texto extraído de: <http://exame.
abril.com.br/economia/noticias/inadimplen-
cia-das-empresas-no-brasil-salta-10-5-em
-maio>. Acesso em: 6 ago. 2014.
Análise das Demonstrações Contábeis
70
Para a aplicação prática de todos os indi-
cadores, serão utilizados os dados de uma 
empresa de aviação comercial, extraídos 
do site de uma empresa. Os dados foram 
atualizados para o ano de 2013 por meio 
do indicador IPCA – Índice de Preços ao 
Consumidor Amplo e calculados os indicado-
res obtidos. A figura 10 mostra os indicadores 
de liquidez da empresa e percebe-se uma 
péssima capacidade em quitar as suas dívidas 
de curto e longo prazo apresentando indica-
dores abaixo de 1,0, com exceção do ano de 
2013 para os indicadores de liquidez corren-
te e seca. Para a liquidez corrente, os índices 
estão entre 0,51 e 1,03, apresentando piora 
entre 2011 e 2012, mas com melhora para 
1,03 em 2013. A liquidez imediata, para os 
anos de 2011 e 2013, apresentou pequena 
melhora com indicador de 0,34 passando 
para 0,47. Verifica-se, então, uma melhora 
nos indicadores, melhorado assim a capa-
cidade de pagamento entre o ano de 2012 
para 2013, ainda que o nível de liquidez 
imediata seja baixo, mas sendo reflexo do 
endividamento a longo prazo em ascensão. 
Já os indicadores de liquidez seca, entre 0,83 
e 1,00 para o período 2011 a 2013, confir-
mam que a empresa não tem dependência 
de transformar seus estoques em numerá-
rios para quitação das dívidas de curto prazo.
indicadores de liquidez
APLICAÇÃO PRÁTICA
Figura 10: Indicadores de liquidez – empresa de aviação comercial
Fonte: a autora. Calculados a partir de dados atualizados para o ano de 2013.
Pós-Graduação | Unicesumar
71
Também na figura 10 verifica-se a evolu-
ção de todos os indicadores de liquidez ao 
longo dos anos de 2011 a 2013, mostrando 
uma melhora em todos os indicadores de 
2011 para 2013, apresentando indicadores 
de liquidez corrente acima de 1,0, demons-
trando que a empresa apresenta capacidade 
de pagamento no curto prazo. Lembrando 
que capacidade de pagamento não signifi-
ca pagamento das dívidas de em dia.
Segundo Matarazzo (2010, p. 87), “(...) os 
índices desse grupo mostram as grandes 
linhas de decisões financeiras, em termos 
de obtenção e aplicação dos recursos”.
Portanto, os indicadores de estrutu-
ra de capital são utilizados pelos credores, 
principalmente na concessão de emprés-
timos, bem como os gestores para verificar 
o desempenho financeiro relativamente à 
Os indicadores de liquidez, estrutura de ca-
pital, rentabilidade, capital de giro e prazos 
médios são aplicáveis a empresas em geral, no 
entanto, existem empresas com característi-
cas específicas que se utilizam de indicadores 
mais adequados para a sua área de atuação, 
como as instituições financeiras que se utili-
zam de indicadores de: solvência e liquidez; 
capital e risco; rentabilidade e lucratividade; 
análise da sensibilidade de juros.
Fonte: ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise 
de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. São 
Paulo: Editora Atlas, 2012. Capítulo 17. p. 302-324.
INDICADORES 
DE ESTRUTURA DE CAPITAL
política de captação de recursos para novos 
investimentos.
Esse grupo de indicadores tem a seguin-
te interpretação: quanto menor, melhor, pois 
menores serão as dívidas, a concentração das 
dívidas em curto prazo, bem como o com-
prometimento do capital com as aplicações 
no ativo não circulante. Podem ser avaliados 
a partir das seguintes fórmulas:
Análise das Demonstrações Contábeis
72
O indicador de participação de capitais de 
terceiros verifica o percentual de capital de 
terceiros com relação ao capital próprio, ou 
seja, mostra se existe mais capital de tercei-
ros ou capital próprio na empresa, indicando 
que a empresa está endividada com terceiros. 
Enquanto que a composição do endivida-
mento mostra o percentual de concentração 
do capital de terceiros no curto prazo, ou seja, 
com vencimento dentro de 360 dias, sendo 
mais interessante para a empresa que a dívida 
seja mais concentrada no longo prazo, pois 
assim existirá mais prazo para se conseguir 
recursos para quitar as dívidas. 
A imobilização do patrimônio líquido mostra 
o comprometimento do capital próprio com 
as aplicações no ativo não circulante, de-
monstrando se o patrimônio é suficiente 
para suprir as aplicações do ativo não cir-
culante ou se necessita de outras fontes de 
recursos. Caso esse indicador esteja acima 
de 100, implica em dizer que o ativo não 
circulante é maior que o patrimônio líquido, 
então o capital próprio não é suficiente para 
as aplicações de ativo não circulante, assim 
necessita de outras fontes de recurso para 
essa atividade. 
O indicador de imobilização dos recursos 
não correntes mostra se o capital de tercei-
ros de longo (dívidas com vencimento após 
360 dias) auxilia nesse processo. Caso o in-
dicador apresentado esteja abaixo de 100, 
pode-se afirmar que o capital de terceiros de 
longo prazo auxilia o patrimônio líquido nas 
aplicações do ativo não circulante, mas caso 
o indicador se apresente acima de 100, a si-
tuação fica mais difícil, pois com a somatória 
do capital de terceiros de longo prazo e do 
Patrimônio líquido não são suficientes para 
as aplicações do ativo não circulante, então o 
capital de terceiros de curto prazo (vencimen-
to dentro de 360 dias) também está sendo 
aplicado no ativo não circulante (aplicações 
conversíveis em dinheiro após 360 dias).
INDICADOR FÓRMULA
Participação de Capitais de Terceiros 
(Endividamento)
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante x 100
Patrimônio Líquido
Composição do Endividamento
Passivo Circulante x 100
Passivo Circulante + Passivo Não Circulante
Imobilização do Patrimônio Líquido
Ativo Não Circulante x 100
Patrimônio Líquido
Imobilização dos Recursos não Correntes
Ativo Não Circulante x 100
Patrimônio Líquido + Passivo Não Circulante
Tabela 5: Indicadores de Estrutura de Capital
Fonte: Matarazzo (2010) e Silva (2012)
Pós-Graduação | Unicesumar
73
Pela figura 11, é possível observar que a 
empresa (aviação comercial) apresenta um 
endividamento muito elevado nos três anos 
da amostra. No entanto, a parte positiva é a 
concentração da dívida que de 2011 para 
2013 está reduzindo de 42,56% para 36,59%, 
dessa forma, com uma pressão menor em 
obter recursos para pagamento da dívida.
Outra informação a ser observada é que 
existem recursos de terceiros de curto prazo, 
aplicados em investimentos no ativo não 
circulante, nos anos de 2011 e 2012, o que 
equivale dizer que parte das aplicações em 
longo prazo está sendo financiada por dívidas 
de curto prazo, o que pode vir a acarretar 
problemas financeiros de giro. Isso pode ser 
indicadores de estrutura de capital
APLICAÇÃO PRÁTICA
verificado pelos indicadores de imobilização 
dos recursos não correntes que se apresen-
tam acima de 100%. Já em 2013, percebe-se 
uma melhora nesse indicador mostrando 
uma sobra do Passivo Não Circulante para 
aplicações no Ativo Circulante. Quando ob-
servou-se, na figura 10, a liquidez corrente 
que em 2013 se apresentou positiva, resul-
tado do ativo circulante maior que passivo 
circulante, mostrou-se mais aplicações no 
ativo circulante do que recursos do passivo 
circulante, dessa forma, recursos do passivo 
não circulante auxiliam nessas aplicações 
no ativo circulante, isso com recursos não 
correntes após as aplicações no ativo não 
circulante.
Figura11: Indicadores de estrutura de capital – empresa aviação comercial
Fonte: a autora. Calculados a partir de dados atualizados para o ano de 2013
Análise das Demonstrações Contábeis
74
Os índices desse grupo mostram a renta-
bilidade dos capitais investidos, ou seja, 
demonstram o grau de êxito econômico da 
empresa a partir dos rendimentos de seus 
investimentos (MATARAZZO, 2010).
Assim, os indicadores de rentabilida-
de tendem a demonstrar o percentual de 
retorno em forma de lucros, a empresa 
está obtendo lucros em relação aos inves-
timentos efetuados e também em relação 
ao capital investido pelos acionistas, dessa 
forma, são informações que interessam aos 
investidores e futuros investidores na veri-
ficação de retorno dos seus investimentos 
na empresa, bem como aos gestores, para 
verificar o desempenho dos investimen-
tos realizados. Podem os indicadores de 
rentabilidade ser distribuídos em margem 
bruta, margem operacional I, margem ope-
racional II, margem operacional III, margem 
líquida, retorno do ativo e retorno do patri-
mônio líquido.
AtrAsos AtInGeM forneceDores DA 
áreA nAVAL 
Empresa estatal brasileira do setor petrolífe-
ro passa por uma crise financeira, e o atraso 
em repasses de recursos a fornecedores é 
mais um sinal da situação de constrangi-
mento financeiro da estatal. A situação já 
vem sendo sinalizada a partir de estagna-
ção de sua produção em função de paradas 
nas plataformas e embarcações para ma-
nutenção, já há dois anos. E para atender a 
demanda nacional, a estatal vem efetuando 
importações de diesel e gasolina que são 
revendidos no mercado doméstico a preços 
inferiores que o valor de compra, cotado em 
dólar, provocando um desequilíbrio finan-
ceiro na empresa. 
Fonte: texto extraído de: <http://economia.estadao.
com.br/noticias/mercados,atrasos-atingem-forne-
cedores-da-area-naval-da-petrobras,1516978>. 
Acesso em: 1 ago. 2014.
INDICADORES 
DE RENTABILIDADE
Pós-Graduação | Unicesumar
75
a margem bruta mostra quanto a empresa compara lucro bruto, que é o resultado das vendas deduzidos os 
impostos sobre as venda, as devoluções e o 
custo dos produtos vendidos com as vendas 
líquidas. Já a margem operacional I demons-
tra o lucro obtido comparando as vendas 
líquidas com o lucro operacional I, esse último 
resultante das margem bruta reduzidas das 
despesas para manutenção e vendas dos 
produtos, enquanto a margem operacional 
II apresenta o reflexo do resultado financeiro 
no lucro da empresa, e, por fim, a margem 
operacional III que contempla o reflexo do 
resultado da equivalência patrimonial nos 
lucros.
A margem líquida indica o lucro líquido 
obtido sobre as vendas líquidas efetuadas. O 
indicador de rentabilidade do ativo demons-
tra o lucro líquido obtido pela empresa pelos 
investimentos efetuados no ativo, enquan-
to a rentabilidade do Patrimônio Líquido, o 
lucro líquido obtido para o capital investido 
pelos investidores.
INDICADOR FÓRMULA
Margem Bruta
Lucro Bruto x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional I
Lucro Operacional I x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional II
Lucro Operacional II x 100
Vendas Líquidas
Margem Operacional III
Lucro Operacional III x 100
Vendas Líquidas
Margem Líquida
Lucro Líquido x 100
Vendas Líquidas
Rentabilidade do Ativo
Lucro Líquido x 100
Ativo
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Lucro Líquido x 100
Patrimônio Líquido
Tabela 6: Indicadores de Rentabilidade
Fonte: Matarazzo (2010) e Silva (2012)
Análise das Demonstrações Contábeis
76
Para os indicadores de rentabilidade apresen-
tados no quadro 7 foram utilizados dados de 
uma empresa de aviação comercial.
O quadro 7 demostra as variações dos in-
dicadores de rentabilidade que se encontram 
péssimos ao longo dos anos, com exceção 
da margem bruta, que se apresenta positi-
va nos três anos.
Isso indica que a empresa aérea está 
apresentando prejuízos desde 2011, com 
um pico de baixa rentabilidade no ano de 
indicadores de rentabilidade
APLICAÇÃO PRÁTICA
2011 2012 2013
Margem Bruta 11,85 2,49 16,52
Margem Operacional I (0,03) (0,11) 0,03
Margem Operacional II (13,27) (19,56) (7,29)
Margem Operacional III (13,27) (19,56) (7,29)
Margem Líquida (9,97) (18,67) (8,09)
Rentabilidade do Ativo (7,05) (16,76) (6,81)
Rentabilidade do Patrimônio Líquido (34,07) (206,45) (0,59)
Tabela 7: Indicadores de rentabilidade – empresa de aviação comercial
Fonte: elaboração própria, calculados a partir de dados atualizados para o ano de 2013.
2012, chamando atenção para o indicador 
de rentabilidade do patrimônio líquido, que 
de 34,07% passou a 206,56%. Houve recu-
peração ao longo de 2013, com indicadores 
ainda baixos, mas, no entanto, com indícios 
de melhora por conta da margem opera-
cional I positiva e também pela redução 
dos percentuais negativos dos demais 
indicadores, por conta do aumento das 
vendas e redução dos custos e despesas 
operacionais.
Pós-Graduação | Unicesumar
77
de capital de giro e prazos médios
Assaf Neto (2006) enfatiza que o capital de giro envolve as atividades operacio-
nais, as quais passam pelas fases de compra, pagamento, fabricação e cobrança, 
e a cada uma dessas atividades operacionais deve-se formular decisões com 
relação aos investimentos operacionais, como:
•	 Compras: quanto e quando comprar;
•	 Fabricação: medir a capacidade de produção e o uso de tecnologia 
adequada;
•	 Venda: estipular as condições de vendas (à vista, a prazo);
•	 Cobrança: desenvolver política de cobrança, inadimplência;
•	 Pagamentos: mensurar os recursos disponíveis, verificar novas captações.
Assim, é fundamental a análise dos indicadores de capital de giro, principalmen-
te pelos gestores, para verificar o desempenho financeiro da empresa e traçar 
políticas de prazos, novos investimentos, 
captação de recursos.
Os indicadores trabalham 
principalmente com o grupo cir-
culante, que são divididos em 
operacional e financeiro, con-
forme se observa na tabela 8.
INDICADORES
Análise das Demonstrações Contábeis
78
Os indicadores de capital de giro podem ser calculados pelas fórmulas apresen-
tadas no tabela 9.
ATIVO PASSIVO
Ci
rc
ul
an
te
Ativo Circulante Financeiro
•	Caixa e bancos
•	Aplicações de liquidez imediata
•	Aplicações de liquidez não imediata
Passivo Circulante Financeiro
•	Instituições de crédito
•	Duplicatas/títulos descontados
•	Dividendos a pagar
Ci
rc
ul
an
te
Ativo Circulante Operacional
•	Contas a receber de clientes
•	Estoques
•	Adiantamento a fornecedores
•	Outros valores a receber
•	Despesas do exercício seguinte
Passivo Circulante Operacional
•	Fornecedores
•	Salários e encargos sociais
•	Impostos e taxas
Nã
o 
Ci
rc
ul
an
te
Realizável a longo prazo
•	Direitos realizáveis após o término do exercício
•	Valores a receber de coligadas/controladas
Passivo não circulante
•	Financiamentos
•	Debêntures
•	Impostos parcelados Nã
o 
Ci
rc
ul
an
te
Investimentos
•	Imobilizado
•	Intangível
Patrimônio Líquido
•	Capital
•	Reservas
•	Lucros ou prejuízos acumulados P
. L
íq
ui
do
Tabela 8: Estrutura do balanço patrimonial para fins de NCG
Fonte: adaptada de Assaf Neto (2012, p. 407)
INDICADOR FÓRMULA
Necessidade de Capital de Giro Ativo Circulante Operacional – Passivo Circulante Operacional
Saldo em Tesouraria Ativo Circulante Financeiro – Passivo Circulante Financeiro
Capital Circulante Líquido Ativo Circulante – Passivo Circulante
Capital de Giro Próprio Patrimônio Líquido – Ativo Não Circulante
Tabela 9: Índices de Capital de Giro
Fonte: Matarazzo (2010) e Silva (2012)
Pós-Graduação | Unicesumar
79
Naempresa aviação comercial, observa-se 
a inexistência de necessidade de capital 
de giro, que se apresenta negativo nos três 
anos da amostra. Outro ponto importante a 
ser observado é o capital circulante líquido 
negativo em 2011 e 2012, tornando positi-
vo em 2013. Este fato tem associação com 
a liquidez corrente (figura 10) da empresa 
que se apresentava positiva e também a 
imobilização dos recursos não correntes 
(figura 11), com indicador abaixo de 100%. 
Mais uma informação que pode ser extraída 
do tabela 10 é o capital de giro próprio ne-
gativo em todos os anos da amostra, com 
valores elevados, isso demonstrando que 
não existem recursos do patrimônio líquido 
que possam ser aplicados no ativo circu-
lante. Esse indicador confirma o percentual 
apresentado na imobilização do patrimônio 
líquido (figura 11), que em todos os anos 
apresenta percentuais acima de 100%, ou 
seja, os recursos do patrimônio líquido não 
são suficientes para suprir as aplicações no 
ativo não circulante.
indicadores de capital de giro
APLICAÇÃO PRÁTICA
2011 2012 2013
Necessidade de Capital de Giro (1.292.260) (1.710.111) (2.319.929)
Saldo em Tesouraria 779.582 (380.261) 2.438.847
Capital de Giro Próprio (5.953.257) (6.573.129) (5.854.239)
Capital Circulante Líquido (512.678) (2.090.372) 118.928
Tabela 10: Indicadores de capital de giro – empresa de aviação comercial
Fonte: a autora. Calculados a partir de dados atualizados para o ano de 2013.
O acompanhamento das variações de 
caixa deve ser constante em uma em-
presa, pois a falta de capital de giro pode 
comprometer as transações da empresa. 
Leia mais em:<http://exame.abril.com.br/
pme/noticias/4-erros-imperdoaveis-no-flu-
xo-de-caixa-do-seu-negocio>. Acesso em: 
1 ago. 2014.
Análise das Demonstrações Contábeis
80
Na sequência, os indicadores de prazos médios, que mostram a política de prazos 
utilizados na empresa, que podem ser determinados conforme as seguintes 
fórmulas:
INDICADOR FÓRMULA
Prazo Médio de Recebimento de Vendas – PMRV
Duplicatas a Receber x 360
 Vendas Líquidas
Prazo Médio de Pagamento de Compras – PMPC
Fornecedores x 360
 Compras
Prazo Médio de Renovação de Estoques – PMRE
Estoques x 360
 CPV
Ciclo Operacional – CO PMRE + PMRV
Ciclo Financeiro – CF CO – PMPC
Tabela 11: Indicadores de Prazos Médios
Fonte: Matarazzo (2010) e Silva (2012)
o prazo médio de recebimento de vendas trata do período concedido pela empresa para os seus clientes efetuarem seus pagamentos, enquan-to prazo médio de pagamento de compras é o prazo que a empresa 
tem para pagar seus fornecedores. O prazo médio de renovação de estoques 
é o período em que as mercadorias ou produtos ficam nos estoques, desde sua 
compra até a efetiva venda ou utilização.
O ciclo operacional é o período desde a compra do produto pela empresa 
até o recebimento da venda, passando pelo período de estoques, venda e rece-
bimento da venda, então, pode ser calculado pela somatória do prazo médio de 
recebimento de vendas mais o prazo médio de renovação de estoques.
Enquanto o ciclo financeiro ou ciclo de caixa é a diferença entre o ciclo ope-
racional e o prazo médio de pagamento de compras, equivale dizer que seria o 
prazo entre o pagamento da compra e o término do ciclo operacional.
Percebe-se que os indicadores de prazos médios têm em sua fórmula a mul-
tiplicação por 360, isso quer dizer que a média é anual, caso seja necessária uma 
média trimestral ou semestre, esse número deve ser 90 dias (trimestre) ou 180 
dias (semestre).
Pós-Graduação | Unicesumar
81
A figura 12 mostra que os prazos médios da 
empresa de aviação comercial se mostram 
positivos, pois a empresa apresenta prazo 
médio de pagamento de suas compras maior 
que o prazo médio de recebimento de suas 
vendas, e o prazo médio de renovação de 
estoques quase nulo, pois a empresa não 
depende muito de estoques para prestar ser-
viços. Isso demostra um ciclo operacional 
todo suprido pelo prazo pelos fornecedo-
res nos anos de 2012 e 2013, com o ciclo de 
caixa negativo, ou seja, os recursos entram no 
caixa da empresa antes do pagamento das 
dívidas. Isso permite o investimento desses 
recursos em aplicação, obtendo-se rendi-
mentos financeiros, o que ocorre na empresa, 
tendo em vista valores representativos regis-
trados em aplicações financeiras no balanço 
patrimonial, e em receitas financeiras no de-
monstrativo de resultado.
indicadores de prazos médios
APLICAÇÃO PRÁTICA
Figura 12: Indicadores de prazos médios – empresa de aviação comercial
Fonte: a autora. Calculados a partir de dados atualizados para o ano de 2013
Os indicadores de liquidez, capital de 
giro e prazos médios se relacionam 
entre si?
Fonte: elaboração própria
Análise das Demonstrações Contábeis
82
A unidade teve como objetivo apresentar os indicadores financeiros e econômi-
cos, compostos pelos indicadores de liquidez, estrutura de capital, rentabilidade, 
capital de giro e prazos médios. Iniciando com os cálculos e passando para a in-
terpretação dos mesmos, com vistas à tomada de decisão.
Dentre os indicadores trabalhados, verificou-se os de liquidez que mostram 
a capacidade de pagamento, tanto de curto como de longo prazo, e também a 
dependência dos estoques na capacidade de pagamento a curto prazo, permi-
tindo aos usuários tomar decisões quanto à concessão ou não de créditos para 
a empresa analisada, pois tem-se a tendência de que a mesma apresenta con-
dições de quitar suas dívidas, então, quanto maior os indicadores, melhor será a 
liquidez. Esses indicadores apresentam a capacidade de honrar as suas dívidas, no 
entanto, isso não equivale a dizer que a empresa não paga suas dívidas em dia.
Os indicadores de estrutura de capital, o segundo grupo trabalhado, evi-
denciam o grau de endividamento da empresa, bem como a concentração da 
dívida no curto ou longo prazo e se a imobilização é decorrente de investimen-
tos no ativo não circulante, então, quanto maiores os indicadores, maior será o 
endividamento e a concentração da dívida no curto prazo e, também, maior o 
comprometimento do capital próprio e capital de terceiros de longo prazo com 
o ativo não circulante.
As informações geradas por esses indicadores interessam principalmente aos 
credores e gestores, pois verificam se a política de captação de recursos e a aplica-
ção desses no ativo não circulante não estão comprometendo o giro da empresa, 
ou seja, nas aplicações do ativo circulante e, consequentemente, na liquidez.
Quanto aos indicadores de rentabilidade, pode-se dizer que interessa princi-
palmente aos investidores informar sobre o retorno dos investimentos efetuados 
considerações finais
Pós-Graduação | Unicesumar
83
pelos acionistas e pela empresa, bem como as margens de lucro, para demons-
trar o desempenho econômico da empresa. O desempenho é observado a partir 
da análise dos resultados da empresa, portanto, quanto maior o resultado (lucro), 
maior serão as margens de lucro e o retorno dos investimentos aos sócios (retorno 
do patrimônio líquido) e para a empresa (retorno do ativo).
E, por fim, os indicadores de capital de giro e prazos médios, que se encontram 
intimamente relacionados, pois a política de prazos praticados na empresa afeta 
o capital de giro e alterações no capital de giro também pedem revisão na políti-
ca de prazos. Esses indicadores trabalham o desempenho financeiro da empresa, 
devido ao fato de quanto maior o prazo do ciclo operacional, maior será a neces-
sidade de capital de giro, que pode vir de capital de terceiros ou capital próprio.
Todos os indicadores trazem informações úteis para a análise, no entanto, 
não devem ser avaliadosisoladamente, devem ser analisados em conjunto para 
melhor entendimento da situação financeira e econômica da empresa. Quando 
se trata de situação financeira, há necessidade de verificar os indicadores de liqui-
dez que podem ser influenciados pela política de prazos médios, influenciando 
os indicadores de necessidade de capital de giro e indicadores de estrutura de 
capital, impactando os indicadores de rentabilidade.
Do outro lado, a situação econômica expressa pelos indicadores de rentabi-
lidade, pode influenciar os indicadores de estrutura de capital e prazos médios, 
que podem impactar na liquidez e necessidade de capital de giro. 
Então, existe uma estreita ligação entre todos os indicadores, lembrando que 
associação traz um melhor entendimento da situação apresentada, entretanto, 
faz-se necessária a utilização dos fatores externos à empresa, juntamente com 
esses indicadores, para explicar as prováveis causas dessa situação. 
Análise das Demonstrações Contábeis
84
1. Os indicadores de liquidez objetivam demonstrar a capacidade de saldar as 
dívidas, dentre eles, tem-se o indicador de , obtido pela fórmula: 
Ativo Circulante / Passivo Circulante, demonstra se os itens apresentados 
no são suficientes para quitar as dívidas do , dívidas 
essas que devem ser quitadas a curto prazo.
 As palavras que completam corretamente essas lacunas, sequencialmente, são:
a. ( ) liquidez seca, ativo circulante, passivo circulante.
b. ( ) liquidez corrente, passivo circulante, ativo circulante.
c. ( ) liquidez geral, passivo circulante, ativo circulante.
d. ( ) liquidez corrente, ativo circulante, passivo circulante.
e. ( ) liquidez corrente, ativo circulante, passivo não circulante.
2. Faça a leitura dos dados a seguir, relativamente aos prazos médios:
Prazo Médio de Renovação de Estoques 20 dias
Prazo Médio de Recebimento de Vendas 30 dias
Prazo Médio de Pagamento de Compras 30 dias
I. O ciclo financeiro é de 50 dias.
II. As compras são pagas antes do recebimento das vendas.
III. A empresa necessita de recursos para suprir 20 dias entre o pagamento 
das compras e recebimento das vendas, que é representado pelo ciclo 
operacional.
IV. A empresa pode vir a ter problemas financeiros devido ao fato de prazo 
médio de renovação de estoques e o prazo médio de recebimento das 
vendas serem maiores que o prazo médio de pagamento de compras.
atividades de autoestudo
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85
 Estão corretas as afirmativas:
a. I, II e IV.
b. I, III e IV.
c. II e IV.
d. II e III.
e. I e II.
3. Associe as duas colunas, relacionando os indicadores com as suas fórmulas:
1. Necessidade de Capital de Giro.
2. Composição do Endividamento.
3. Imobilização do Patrimônio Líquido.
4. Capital de Giro Próprio.
 ( ) Recursos necessários para suprir as aplicações no Ativo Circulante 
Operacional. 
 ( ) Percentual das dívidas a serem quitadas no curto prazo em relação às 
dívidas totais.
 ( ) Percentual dos recursos do patrimônio líquido com as aplicações no 
ativo não circulante.
 ( ) Valor do patrimônio líquido aplicado em ativo circulante.
 A sequência correta dessa associação é:
a. (1), (2), (3), (4).
b. (2), (1), (3), (4).
c. (2), (1), (4), (3).
d. (1), (4), (2), (3).
e. (1), (3), (2), (4).
Análise das Demonstrações Contábeis
86
Livro 
Título: Análise das Demonstrações Contábeis: contabilidade empresarial
Autor: José Carlos Marion
Editora: Atlas
Sinopse: este livro evidencia a utilidade da demonstração contábil como 
instrumento de tomada de decisão. Todos os capítulos são iniciados por 
uma Leitura Introdutória, tratando de maneira prática o tema do capítu-
lo, por meio de artigos publicados na mídia.
Comentário: o livro trata da análise das demonstrações contábeis e as fer-
ramentas por ela utilizadas, trabalhando com uma linguagem acessível, 
apresentando exemplos práticos e exercícios.
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87
forMuLAção De estrAtéGIAs AtrAVés Dos prAZos MéDIos
Os índices de prazos médios lidam essencialmente com prazos, portanto, com o tempo. 
E o dinheiro muda com o tempo. Por isso, em princípio, os prazos alteram os valores a 
pagar e a receber, produzindo ganhos e perdas.
Em um processo de inflação crônica tornam-se maiores as diferenças entre valores pre-
sentes e valores futuros.
Vamos ver como uma atividade empresarial com ciclo favorável pode se valer disso.
GAnhos fInAnceIros
No exemplo do gráfico acima, supomos uma empresa comercial que compra mercado-
rias com prazo médio de 50 dias para pagar, mas em 20 dias, consegue transformá-las 
em dinheiro. Ela dispõe, então, de 30 dias desse dinheiro, auferindo os ganhos com apli-
cações financeiras.
Quanto maior o volume de vendas, maior o montante de recursos disponíveis para apli-
cações financeiras. Se vender $ 1.000 por dia, terá cerca de $ 30.000 disponíveis para 
aplicações. Se vender 5.000, terá $ 150.000.
Observa-se que os 30 dias de ciclo financeiro favoráveis não decorrem apenas da barga-
nha no prazo com fornecedores, mas também do encurtamento do ciclo operacional.
Em qualquer país em que haja um mercado financeiro organizado, o rendimento dessas 
aplicações pode gerar um apreciável lucro. Se houver inflação coberta pelas aplicações 
financeiras, tanto melhor.
No Brasil, os rendimentos dessas aplicações chegam a superar os resultados operacionais.
A partir daí, as empresas que têm possibilidades de apresentar ciclo financeiro favorável, 
como supermercados, drogarias, magazines etc., concentram fortemente suas baterias 
no objetivo de ampliar o ciclo financeiro, seja negociando fortemente com fornecedo-
res, a ponto de chegar a romper relações em certos casos, seja formulando estratégias 
para girar rapidamente os estoques, ainda que, em muitos casos, com prejuízo comer-
cial (com vistas, é claro, ao lucro financeiro).
Gestão de Negócios
88
fInAncIAMento
Os recursos financeiros que sobram em decorrência do ciclo financeiro favorável podem, 
alternativamente, ser utilizados na expansão da empresa, ou seja, em inversões em ativo 
permanente.
É claro que este tipo de decisão só pode ser tomado com extremo cuidado. Seu risco 
reside na possibilidade de haver queda no ciclo financeiro favorável e/ou no volume de 
vendas, principalmente durante a fase de inversões. Nesses casos, haveria a redução do 
volume de recursos sem possibilidade de redução das aplicações em ativo fixo.
Por isso, esse tipo de decisão só é aceitável em períodos de estabilidade ou crescimento 
do país, com horizontes relativamente claros. Lembre-se ainda que superada a fase de 
investimentos, espera-se ampliação dos recursos disponíveis pelo aumento de vendas.
O grande paradoxo do ciclo financeiro favorável em economias em crescimento é que 
a empresa se torna uma autêntica fonte de dinheiro. Quanto mais cresce, mais dinheiro 
gera, partindo invariavelmente para o financiamento de atividades paralelas.
Na década de 70, essa estratégia foi a responsável pelo crescimento acelerado das grandes 
redes comerciais.
Observe-se que o ciclo financeiro favorável é apenas uma das múltiplas possibilidades 
de composição do ciclo financeiro.
Fonte: Matarazzo (2010, p. 281-282)
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89
relato de 
caso
AnáLIse GerAL De uMA eMpresA De eLetroDoMéstIcos
As informações a seguir foram retiradas do site da empresa. O Balanço Patrimonial e a 
Demonstração do Resultado do Exercício foram retirados do site da empresa, os quais 
foram padronizados e atualizados utilizando-se do indicador IPCA extraído de <http://
www.portalbrasil.net/ipca.htm>. Acesso em: 4 abr. 2014.
Análise financeira
Figura 13: Indicadores de Liquidez
Fonte: a autora
A empresa de eletrodomésticos tem liquidez de curto prazo, indicando que temcondições 
de saldar suas dívidas de curto prazo, isso pode ser observado pelos indicadores de liqui-
dez corrente, que oscilam de 2010 para 2012, de 1,08 a 1,13. No entanto, os indicadores 
de liquidez seca mostram que essa capacidade de saldar as dívidas fica na dependência 
da transformação de seus estoques em numerários para sua quitação, pois os indicado-
res se apresentam todos abaixo de 1,00: 0,76, em 2010; 0,73, em 2011, e 0,83, em 2012.
Os indicadores de liquidez geral demonstram que a empresa não possui capacidade de 
saldar suas dívidas de longo prazo, apresentando índices abaixo de 1,00, sendo 0,82 para 
2010; 0,93 para 2011, e 0,92 para 2013.
Os índices de liquidez geral baixos são reflexos do alto endividamento apresentado pelo 
indicador de Participação de Capital de Terceiros e pela evolução apresentada na análise 
vertical do indicador capital de terceiros e patrimônio líquido ao longo dos anos de 2010 
a 2012.
 2.010 2.011 2.012
PARTICIPAÇÃO DE CAPITAIS DE TERCEIROS 8.180,17 685,47 819,62
Figura 14: Participação de capital de terceiros
Fonte: a autora
Gestão de Negócios
90
relato de 
caso
Analisando o Patrimônio Líquido (capital próprio), em todos os anos, ele está abaixo do 
valor do Passivo Total (Capital de Terceiros). O Patrimônio Líquido, com relação ao total 
da origem de recursos da empresa, representava 1,21%, em 2010; 12,73%, em 2011, e 
10,87%, em 2012, enquanto o passivo, em 2010 – 98,79%; 2011 – 87,27% e 2012 – 89,13%. 
Esse fato confirma que a empresa tem mais recursos de origem de terceiros do que dos 
sócios, em todos os anos acima dos 80%, isso não é nada positivo, pois para a empresa, 
o capital próprio é mais interessante que o capital de terceiros, porque sobre o capital 
próprio, geralmente, não incidem encargos financeiros. Com relação à análise horizon-
tal, há de se observar uma variação no Patrimônio Líquido de 1.052,02% de 2010 para 
2012, um crescimento representativo, isso decorrente, principalmente, da injeção de 
novos recursos pelos acionistas.
2010 AH% AV% 2011 AH% AV% 2012 AH% AV%
Passivo Circulante 3.027.592,14 100,00 68,38 3.352.050,32 110,72 64,94 3.607.014,00 119,14 63,67
Passivo Não Circulante 1.346.384,55 100,00 30,41 1.152.872,00 85,63 22,33 1.441.749,00 107,08 25,45
Figura 15: Análise Horizontal e Vertical - Passivo
Fonte: a autora
Observa-se que o Capital de terceiros está mais concentrado a curto prazo do que a longo 
prazo, com o Passivo circulante girando em torno de 70%, enquanto o passivo circulan-
te em torno de 30%, isso pela análise vertical. Pela análise horizontal, verifica-se uma 
variação do passivo circulante, de 19,14% de 2010 para 2012, enquanto o passivo não 
circulante teve uma variação de 7,08%.
Conforme informações obtidas no site da empresa, em 2011, efetuou a abertura de seu 
capital social com captação de mais recursos dos investidores, aplicando em investimen-
tos em expansão com a abertura de várias unidades e, por fim, adquiriu outros grupos 
de lojas. Todas essas ações refletiram em crescimento de 28,20% (AH) no imobilizado e 
12,51% (AH) em intangíveis, bem como nas despesas operacionais de 9,78%.
2.010 AH% AV% 2.011 AH% AV% 2.012 AH% AV%
(=) Resultado Operacional 1 222.679,93 100,00 100,00 186.666,42 83,83 3,43 155.595,00 69,87 2,22
(=) Resultado Financeiro (174.804,91) 100,00 100,00 (185.029,10) 105,85 (3,40) (185.237,00) 105,97 (2,76)
(+) Receitas Financeiras 30.928,49 100,00 100,00 40.825,11 132,00 0,75 57.081,00 184,56 0,85
(-) Despesas Financeiras (205.733,40) 100,00 100,00 (225.854,21) 109,78 (4,16) (242.318,00) 117,78 (3,61)
(=) Resultado Operacional 2 47.875,02 100,00 100,00 1.637,32 3,42 0,03 (29.642,00) (0,44)
Figura 16: Participação de capital de terceiros - DRE 
Fonte: a autora
Como consequência desses fatores, a empresa apresenta um endividamento muito 
elevado e concentrado a curto prazo, o que poderia comprometer seriamente a capaci-
dade de pagamento da empresa. Entretanto, observa-se um incremento no Patrimônio 
Líquido de 1.129,09% de 2010 para 2011, em decorrência da abertura do capital social. 
Pós-Graduação | Unicesumar
91
relato de 
caso
Em 2012, os investimentos para integração das lojas adquiridas Imobilizado – 10,15 
(AV)] continuaram, e isso ainda reflete de forma negativa, com crescimento das despesas 
operacionais e resultado negativo da equivalência patrimonial, isso ainda impactando 
o aumento do capital de terceiros. No entanto, observa-se que mesmo com elevado en-
dividamento a curto prazo, a empresa obteve aumento das receitas ao longo dos anos, 
tendo como reflexo o aumento das contas a receber (variação de 22,22% de 2010 para 
2012) e dos estoques (variação de 11,57% de 2010 para 2012), conseguindo angariar mais 
capital por meio de investidores. Observa-se, então, que os resultados negativos são de-
correntes de investimentos com objetivo de aumentar a produtividade.
Relativamente à necessidade de capital de giro, observa-se que em 2010 não existe ne-
cessidade de capital de giro, enquanto nos demais existe essa necessidade.
A necessidade de capital de giro do ano de 2011 de R$ 299,788,80, provocada principal-
mente pelo aumento nas contas a receber e estoques, está sendo suprida, R$ 12.557,00 
por recursos do saldo em tesouraria e o saldo restante por capital de terceiros de longo 
prazo (passivo circulante), isso pode ser afirmado tendo em vista a não existência de re-
cursos do Patrimônio Líquido para aplicação no ativo circulante, o que ocorre nos três 
anos. Já a necessidade de capital de giro do ano de 2012, no valor de R$ 181.799,00, está 
sendo totalmente suprida pelo saldo em tesouraria.
Pelo fato do capital de giro próprio apresentar saldo negativo nos três anos, indicando 
que o saldo do patrimônio líquido não é suficiente para as aplicações no ativo não cir-
culante, pode-se concluir que o capital de terceiros de longo prazo (passivo circulante) 
contribui para essa atividade, explicando o endividamento apresentado pela empresa.
situação econômica
Economicamente, a empresa apresenta redução nos lucros ao longo dos anos, passan-
do de uma situação positiva, com lucro de 1,64% da receita líquida, para um prejuízo de 
0,10%. Esse resultado é reflexo da variação dos custos de despesas, ou seja, tanto o CPV 
como as despesas tiveram variação maior de 2010 para 2012, mesmo com a variação po-
sitiva da receita líquida. Os itens mais representativos são o CPV, com variação de 46,32%; 
Despesas operacionais de 44,11%; receitas financeiras de 84,56%; despesas financeiras de 
17,78%, isso pela análise horizontal de 2010 para 2012; e o resultado da equivalência pa-
trimonial de 0,96% positivo para 0,10% negativo, pela análise vertical de 2010 para 2012.
Pode-se dizer que a situação econômica da empresa se encontra péssima ao longo 
do período, isso decorrente do aumento dos custos e despesas ao longo dos anos. O 
aumento dos custos e das despesas é resultado ainda dos investimentos pela integração 
das lojas adquiridas, que foram adquiridas em 2011 e que geraram gastos extraordiná-
rios (despesas com aluguel, salários, treinamentos, marketing), sem, contudo, realizar 
vendas, aumentando, assim, as despesas operacionais em 19,12%, de 2010 para 2011, e 
de 44,11%, de 2011 para 2012. O resultado da equivalência patrimonial também é reflexo 
dessa integração, pois as empresas ainda não estão trazendo resultados positivos, o que 
deverá ocorrer nos próximos períodos. No entanto, conforme verificado nos relatórios 
apresentados no site da empresa, foi implantando em 2012 um programa de produti-
vidade e de redução dos custos e despesas que já apresentou resultados positivos no 
Gestão de Negócios
92
relato de 
caso
último trimestre de 2012, com o aumento das vendas e redução dos custos e despesas operacionais, 
isso, principalmente, pela alavancagem das vendas pelo e-commerce.
Os resultadosnegativos da situação econômica também podem ser observados nos indicadores de 
rentabilidade da empresa ao longo dos anos, com a redução dos indicadores de margem líquida, 
retorno ao ativo e retorno do patrimônio líquido, que de positivos em 2010 se tornaram negativos 
em 2012.
2010 2011 2012
MARgEM LÍQUIDA 1,64 0,23 (0,10)
RENTABILIDADE DO ATIVO 1,75 0,24 (0,12)
RENTABILIDADE DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 145,11 1,88 (1,09)
Figura 17: Indicadores de Rentabilidade
Fonte: a autora
Os dados extraídos do site da empresa foram trabalhados pela autora, de acordo com os procedi-
mentos de análise.
Fonte: o material foi elaborado pela autora, com dados extraídos do site da empresa da empresa Magazine Luiza.
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93
conclusão
Encerra-se a disciplina de Análise de Demonstrações Contábeis, e espero que 
o material tenha contribuído para o aprendizado sobre o tema e sua utilização 
como ferramenta fundamental para que possam ser verificados o perfil econô-
mico e financeiro das empresas, uma necessidade cada vez mais solicitada para 
a tomada de decisões.
Atualmente, o mercado apresenta uma conjuntura econômica com constan-
tes alterações, com reflexos de fatores, como: a abertura para o mercado externo, 
com a concorrência, a política tributária adotada, o poder de consumo dos con-
sumidores, a inflação, a necessidade de investimentos e consequente captação 
de recursos, entre outros.
Esse mercado faz com que as decisões a serem tomadas se tornem mais 
rápidas e complexas, podendo comprometer a continuidade ou não da empresa, 
por exemplo, uma decisão errada na determinação do preço de venda pode 
comprometer seriamente os lucros da empresa e, por consequência, a captação 
e recursos originados dos investidores. 
A análise das demonstrações, com suas técnicas, observa que a empresa 
está apresentando prejuízos, ou ao longo dos anos está diminuindo os lucros; a 
partir daí, identifica-se a causa dessa situação, que é originada pelo aumento ex-
pressivo dos custos de mercadorias vendidas ao longo dos anos. Então, tem-se 
o problema, portanto, é necessário rever ações para a solução desse problema, 
que pode ir da redução dos gastos ao aumento das vendas, ou mesmo da revisão 
do preço de venda.
Portanto, a análise das demonstrações tem como finalidade mostrar como 
se apresenta a situação econômica e financeira da empresa e quais os itens que 
podem estar afetando essa situação, para que as decisões possam ser tomadas 
para sanar as deficiências encontradas. 
Entretanto, a análise deve atender às necessidades dos usuários na tomada 
de decisão; como atender cada um deles? O ideal é identificar o usuário com a 
informação gerada, atendendo o maior número possível de usuários. Para que 
isso ocorra, a análise pode apresentar indicadores gerais distribuindo em catego-
rias (liquidez, estrutura de capital, rentabilidade, prazos médios ou capital de giro), 
de forma que cada grupo de usuários possa dali retirar a informação necessária.
Assim, para os investidores, seriam apresentados indicadores de rentabilidade; 
para os financiadores e credores, indicadores de estrutura de capital e liquidez; 
para os gestores, todos os indicadores.
Análise das Demonstrações Contábeis
94
Diante disso, vê-se a grande utilidade de conhecer mais sobre a análise das de-
monstrações contábeis e a sua aplicação no dia a dia das empresas, dessa forma, 
o material teve o intuito de apresentar a análise das demonstrações contábeis, 
apresentando todo o seu processo, bem como as técnicas que podem ser utili-
zadas e, por fim, o cálculo e interpretação de seus indicadores.
Foi observado, ainda, que antes da efetiva análise é necessária a determina-
ção do usuário e da informação a ser gerada, após a identificação da amostra a 
ser utilizada, que consiste nas demonstrações a serem analisadas e o período de 
análise. Essa amostra é padronizada de forma a reestruturar e classificar as contas 
e grupos de contas em um mesmo padrão e também é atualizada, trazendo 
todos os valores para o último período da amostra. Todo esse processo é reali-
zado para facilitar a comparação dos dados e também para que o fator inflação 
não influencie na análise dos índices.
As demonstrações contábeis padronizadas e atualizadas serão a base para a 
aplicação das técnicas ou ferramentas de análise, que são a Análise Horizontal, 
Análise Vertical e Análise por meio de indicadores.
A análise horizontal, mostrando a evolução de contas e grupos de contas 
ao longo do período da amostra, serve para traçar tendências para os próximos 
períodos; a análise vertical tem como finalidade mostrar a participação de cada 
conta ou grupo de contas em relação ao seu total, e, por fim, a análise por meio 
de índices que são compostos por indicadores de: liquidez, estrutura de capital, 
rentabilidade, capital de giro e prazos médios. Estes objetivam verificar qual o 
perfil econômico e financeiro, de cada período, de forma isolada.
Cada uma dessas técnicas tem a sua utilidade e devem ser utilizadas de forma 
conjunta para traçar o perfil das empresas. Ao resultado das técnicas devem ser 
aliados também fatores que possam influenciar as transações nas empresas, 
como: política tributária do governo, demanda, concorrência, variação da moeda, 
entre outros.
Antes de terminar, gostaria de desejar a você sucesso nessa empreitada do 
conhecimento e espero que o material tenha contribuído para esse aprendiza-
do. Até breve!
Pós-Graduação | Unicesumar
95
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WESTON, J. Fred; BRIGHMAN, Eugene F. Managerial finance. New York: Holt, Rinehart and 
Winston, 1972.
Análise das Demonstrações Contábeis
96
gabarito das atividades 
UNIDADE I
Atividade 1 – Letra D
Atividade 2 – Letra A
Atividade 3 – Letra A
UNIDADE II
Atividade 1 – Letra A
Atividade 2 – Letra C
Atividade 3 – Letra C
UNIDADE III
Atividade 1 – Letra D
Atividade 2 – Letra C
Atividade 3 – Letra A

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