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Métodos de Datação em 
Arqueologia
Adriana Schmidt Dias
UFRGS
MÉTODOS DE DATAÇÃO RELATIVOS
Ordenam eventos em sequencia, sem estimativa 
de tempo precisa. Podem ser de três tipos:
1) Estratigráfico – É a base da pesquisa de 
campo arqueológica e oferece suporte 
contextual para as datações absolutas. 
Baseia-se nos princípios de sequencia de 
deposição dos estratos (quanto mais antigos, 
mais profundos) e de associação (tudo que 
esta na mesma profundidade é 
contemporâneo).
Limites: deve-se considerar para a avaliação 
das sequecias estratigráficas os processos de 
formação natural e cultural que afetaram o 
sítio, bem como sua topografia original.
2) Tipológico – Estabelece uma sequencia de evolução dos atributos dos 
artefatos ao longo do tempo (estratigrafia), dos mais simples para os 
mais complexos, devendo as mudanças estilísticas ser confirmadas 
pelas sequencias estratigráficas. Exemplos: = No séc. XIX Max Uhle 
estabeleceu sequencias tipológicas de evolução dos estilos cerâmicos 
na costa do Peru, confirmadas pela sobreposição estratigráfica e por 
dataçoes radiocarbonicas : 1) Chavin = Formativo (1800-200 aC); 2) 
Moche = Clássico (200 aC-700 dC); 3) Chimu (800-1465 dC) e 4) 
Inca (1430-1531 dC) = Pós-clássico.
1) 2) 3) 4)
Seriação = Técnica utilizada no 
estabelecimento de cronologias 
relativas tipológicas que permite 
ordenar os tipos de artefatos no 
tempo a partir de sua freqüência 
no registro arqueológico.
As seriações foram idealizadas 
por Flindres Petrie no século XIX 
para datação de contextos 
egípcios (ao lado), podendo ser 
de 2 tipos: 
a) Contextual – para conjuntos 
de contextos fechados por 
contextos estratigráficos 
(tumbas).
b) Freqüência – classifica estilos sem contexto estratigráfico pela 
quantidade (freqüência) de características decorativas. Baseia-se no 
principio de MODA, de acordo com o qual os estilos decorativos surgem, 
tornam-se populares e desaparecem. Assim, uma mesma freqüência 
tipológica (% de características decorativas semelhantes) indica 
contemporaneidade.
Limitações: Seriações tipológicas necessitam confirmação 
estratigráfica e contextual, pois não estimam o início e o fim da 
sequencia em sítios de superfície. Também a mudança estilística 
pode ser de natureza funcional, como é o caso da cerâmica Guarani 
Pré-colonial (abaixo), onde a variação decorativa é funcional (= 
vasilhas para servir são pintadas e para cozinhar tem decoração 
plástica).
3) Lingüístico ou 
Glotocronologia – Datação 
relativa que mede a evolução 
histórica das línguas afins a 
partir de uma origem comum. 
Técnica é a LÉXICO-
ESTATISTICA= comparação 
vocábulos entre línguas afins 
permite estimar pelo grau de 
similaridade sua origem 
comum.
Limite: Não há relação direta 
entre mudança da cultura 
material, etnicidade e 
evolução lingüística. Cada 
caso deve ser estudado pelas 
suas particularidades. 
Mapa de distribuição e possível cronologia 
das línguas indígenas brasileiras
MÉTODOS DE DATAÇÃO ABSOLUTA
Estabelecem escalas de tempo em anos solares, com estimativa precisa 
de medição de processos regulares no tempo. Podem ser:
1) CICLOS ANUAIS: Dividem-se em 3 tipos: 
a) Calendáricos ou Cronologias Históricas =
São aqueles que permitem conexão entre 
registro arqueológico e calendários antigos 
baseados em ciclos astronômicos regulares (em 
geral, anos solares). Toda a datação calendárica 
parte de um ano zero. Por exemplo, os 
Calendários Cristão (=nascimento de Cristo), 
Romano (= Fundação de Roma em 753 aC), 
Grego (Primeiros Jogos Olímpicos em 776 aC), 
Maia (Criação do Quinto Mundo, no dia 
13/08/3114 aC, terminando o ciclo em 
22/12/2012 dC).
b) Geocronológicos = Permite estimar datação absoluta de sítios do
paleolítico associados a determinados tipos de depósitos geológicos
como os sedimentos lacustres de lagos periglaciais durante o Pleistoceno
(VARVAS= estrato em suéco). Estabelecido em 1878 por GERARD DE
GEER, tem alcance de 12.000 anos, podendo-se contar os estratos
depositados pelo degelo a cada ano (finos/escuros = anos frios;
grossos/claros = anos quentes).
c) Dendrocronologicos = Idealizado por A. DOUGLAS através da
contagem de anéis de crescimento anual de árvores longevas de regiões
temperadas, como o PINUS ARISTATA, AS SEQUOIAS E OS
CARVALHOS (SERIES DIRETORAS). Foi aplicado para datar troncos
usados nas construções de Pueblos do SW dos EUA entre os séculos
IaC-XIII dC. Atualmente é utilizado para calibração de datas de C14.
2) RELÓGIOS RADIOATIVOS:
Baseiam-se em fenômenos regulares 
(naturais) de desintegração de 
elementos radioativos. Seu uso na 
arqueologia se dá por associação 
estratigráfica com amostras 
datáveis. Todos os métodos partem 
dos seguintes princípios: 
1) Conceito de VIDA MÉDIA = 
tempo fixo em anos para um 
elemento perder ½ de sua 
radiotividade.
2) ANO ZERO (AP = antes do 
presente) Contagem retroativa a 
partir de data convencional (1950).
3) DESVIO PADRÃO (+) = quanto 
maior menos precisa é a data.
a) C14 – Princípio descoberto por 
Willard Libby (Prêmio Nobel 1949)
•Data material orgânico = carvão, 
ossos, madeira, sementes (não muito 
apropriado para conchas, pois o 
CaCO3 tem baixa concentração de 
C14).
•É absorvido de forma constante ao 
longo da vida através da cadeia 
alimentar = inicialmente pelas 
plantas através de fotossíntese, sendo 
ingerido por herbívoros/onívoros e 
carnívoros.
•RELOGIO ZERO = Morte inicia 
desintegração radioativa em taxa 
constante ao longo dos anos. 
Medição se dá por CONTATOS 
GEIGER (conta taxa de 
desintegração de partículas Beta).
•VIDA MÉDIA C14 = 5730 
(1/2 radiotividade)/ 5568 é 
convenção de laboratório.
•LIMITE = 50.000 anos = 
radiotividade zero / Por AMS 
(ESPECTROMETRIA DE 
PARTICULAS 
ACELERADAS = chega até 
80.000 anos).
•TAMANHO DA AMOSTRA 
= Convencional 5-20 gramas 
de carvão/ 100 a 200 gramas 
de osso (300 U$)
• AMS 5-10 mg de carvão/ 10 
gramas de osso (600 U$).
LIMITAÇÕES DO C14: a) Contaminação por outras amostras de C14
combinadas (terra, papel, cinzas, raízes) = preferência por amostras de 
VIDA CURTA = Fogueiras; b) Necessidade de calibração = Taxa de C14
não é constante em função de diferenças no campo magnético da terra. 
Antes de 1000 AC a concentração de C14 na atmosfera era MAIOR. Com 
auxilio de sequencias dentrocronologicas foi possível CALIBRAR 
datações de até 7.000 anos (mais recentes em até 900 anos).
B) TERMOLUMINESCENCIA 
(TL): Permite datar materiais com 
estrutura cristalina que contém 
pequenas quantidades de elementos 
radioativos como URANIO, 
THORIO E POTASSIO que se 
desintegram em ritmo constante 
emitindo radiações (ALFA, BETA 
OU GAMA) deslocando elétrons 
presos na estrutura cristalina. 
Quando a amostra é submetida ao 
calor de 500°C ou mais os elétrons 
escapam e emitem luz, cuja 
intensidade pode ser medida. 
Quanto mais antiga a amostra 
maior a quantidade de elétrons 
presos em sua estrutura cristalina e 
maior a quantidade de luz.
•RELOGIO ZERO = Quando 
estrutura cristalina é 
submetida a calor intenso os 
elétrons são liberados, 
ajustando novamente ao zero. 
•TIPOS DE AMOSTRAS 
DATAVEIS = Cerâmica, 
sedimentos e sílex queimado.
•LIMITE = 50.000 AP
•LIMITAÇÕES = 
Contaminação pelos 
sedimentos (necessidade de 
calibração e cruzamento com 
C14) e desvio padrão 
geralmente alto. Margem de 
erro pode atingir a 10 %.
Outros Métodos com princípios similares a TL: RESSONANCIA
ELETRONICA DE SPIN (ESR)= não é destrutivo. Conta numero de
elétrons presos no reticulo cristalino sem queima, colocado em campo
magnético. Amostra pode ser menor que 1 grama e pode ser aplicado em
conchas e ossos (acima artefatos associados a sítios Neanderthais do
Paleolítico Médio com datações por ESR entre 100.000-35.000 AP).
C) POTÁSSIO-ARGONIO: Datação de 
sedimentos vulcânicos a partir da erupção 
que ativa o relógio zero. Os sedimentos 
inicialmente são ricos em K40 que se 
transformam em Ar40 em taxa constante, com 
Vida Média de 1.3 milhões de anos. O 
tamanho amostra é de 10 g.
Pegada Hominida em Laetoli, 
3.8 milhoes de anos.
d) SERIES DE URANIO:
•Datação de Rochas Calcárias.
•Principio = Urânio radioativo 
(U235-238) presente no 
Carbonato de Cálcio quando se 
dissolve em água se 
transformando em THORIO 
(Th230) e PROTACTINIO 
(Pa231) em taxa constante. 
•Relógio Zero = Formação do 
Carbonato de Cálcio.
•Amplitude – 50.000/500.000 
AP
•Uso = sítios do paleolítico 
associado a formação calcárias/ 
fósseis que apresentam 
TRAVERTINO (concreção 
CACO3)
OUTROS MÉTODOS DE DATAÇÃO 
RELATIVAS CALIBRADAS –
Necessitam calibração por datação absoluta 
já que os ritmos medidos não são 
constantes. 
1) HIDRATAÇÃO DE OBSIDIANA = 
formação de pátina por absorção de água 
após lascamento. Depende da composição 
química da rocha e do clima local, com 
abrangência de 120.000 anos AP.
2) TAXA DE CÁTIONS = mede formação 
de pátina sobre petroglifos em ambientes 
desérticos. Pode ocorrer concentração de 
cátions menos estáveis de K e Ca (quanto 
menor a concentração, mais antigos, mas 
não dá estimativa em anos, necessitando 
calibração por series de urânio).
A datação de pinturas rupestres só é possível através de associação 
estratigráfica. Dentre os sítios da Serra do Cipó (Minas Gerais) está 
Santana do Riacho, cujas datações entre 9.460 e 8.150 AP relacionam-
se a um conjunto de 24 estruturas de sepultamento nas quais foram 
resgatados 40 indivíduos. O local das covas funerárias está sinalizado por 
painéis rupestre, com um fragmento foi datado de 4.300 AP. . 
O sítio Santa Elina (MT) apresenta 3 ocupações: a) 22.000 AP – na base 
da estratigrafia foi identificada restos ósseos de um megaterium 
(preguiça gigante)com associação com lascas de matéria prima exógena, 
carvão e uma placa dérmica com perfurações. Datações por TL, C14 e 
Series de Urânio indicam as mesmas datas. 
b) 10.120 a 6.000 AP – As camadas intermediárias da estratigrafia foram 
associadas à produção de pinturas rupestres pela presença abundante de 
pigmentos vermelhos associados aos sedimentos (ocre).
c) 2.000 a 500 AP – Último episódio de ocupação do abrigo, apresenta 
evidencias de cerâmica, artefatos em fibra vegetal e milho.

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