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Resistência dos Materiais I Carga Axial – CAP 4 Profa. Tereza Denyse de Araújo Abril / 2017 1 Roteiro de aula Princípio de Saint-Venant Deformação elástica com carga axial Princípio da superposição Elementos estaticamente indeterminados Método das forças (método da flexibilidade) Tensões térmicas Concentração de tensões Deformação axial inelástica Tensões residuais 2 2 Princípio de Saint-Venant 3 3 Princípio de Saint-Venant 4 4 Princípio de Saint-Venant 5 5 Princípio de Saint-Venant 6 6 Princípio de Saint-Venant 7 7 Princípio de Saint-Venant - Enunciado As tensões e deformações produzidas em pontos do corpo suficientemente afastados da região de aplicação da carga serão as mesmas produzidas por quaisquer cargas aplicadas que tenham a mesma resultante estaticamente equivalente e aplicadas ao corpo na mesma região. 8 8 Princípio de Saint-Venant 9 9 Princípio de Saint-Venant 10 10 Deformação elástica com carga axial 11 11 Deformação elástica com carga axial 12 12 Deformação elástica com carga axial 13 13 Exemplo 4.3 Uma viga rígida AB está apoiada nos dois postes curtos mostrados na figura. AC é feito de aço e tem diâmetro de 20 mm, e BD é feito de alumínio e tem diâmetro de 40 mm. Determine o deslocamento do ponto F em AB se uma carga vertical de 90 kN for aplicada nesse ponto. Considere Eaço = 200 GPa, Eal = 70 GPa. 14 14 Exemplo 4.4 Uma elemento é feito de um material com peso específico g e módulo de elasticidade E. Se esse elemento tiver a forma de um cone com as dimensões mostradas, determine até que distância sua extremidade se deslocará sob a força da gravidade, quando suspenso na posição vertical. 15 15 Exemplo 4.10 A barra tem área de seção transversal de 1.800 mm2 e E = 250 GPa. Determine o deslocamento da extremidade A da barra quando submetida ao carregamento distribuído. 16 1,5 m 16 Exemplo 4.22 O poste é feito de abeto Douglas (E = 13,1 GPa) e tem diâmetro de 60 mm. Se estiver sujeito a uma carga de 20 kN e o solo proporcionar uma resistência ao atrito w = 4 kN/m uniformemente distribuída ao longo dos seus lados, determine a força F na parte inferior do poste necessária para haver equilíbrio. Calcule também qual é o deslocamento da parte superior do poste, A, em relação à sua parte inferior, B. Despreze o peso do poste. 17 17 Princípio da Superposição Usado para cargas complexas Calcula-se a tensão ou o deslocamento causado por cada carga atuando separadamente A tensão ou o deslocamento resultante será a soma algébrica das contribuições causadas por cada carga atuando separadamente 18 18 Princípio da Superposição Condições que devem ser satisfeitas: Relação linear entre tensão (s) e carga (N), ou Relação linear entre carga (N) e deslocamento (d) Não deve haver alteração significativa na geometria (ou configuração) devido ao carregamento (pequenas deformações e deslocamentos) 19 19 Elementos estaticamente indeterminados 20 20 Exemplo 4.5 A haste de aço mostrada na figura tem diâmetro de 5 mm e está presa à parede fixa em A. Antes de ser carregada, há uma folga de 1 mm entre a parede em B’ e a haste. Determine as reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial P = 20 kN. Despreze as dimensões do colar em C. Considere Eaço = 200 GPa. 21 21 Exemplo 4.6 O poste de alumínio mostrado na figura é reforçado com um núcleo de latão. Se esse conjunto suportar uma carga de compressão axial resultante de 45 kN, aplicada na tampa rígida, determine a tensão normal média no alumínio e no latão. Considere Eal = 70 GPa e Elat = 105 GPa. 22 22 Exemplo 4.6 23 23 Exemplo 4.6 24 24 Exemplo 4.7 As três barras de aço A-36 (Eaço = 200 GPa ) mostradas na figura estão conectadas por pinos a um elemento rígido. Se a carga aplicada ao elemento for 15 kN, determine a força desenvolvida em cada barra. Cada uma das barras AB e EF tem área de seção transversal de 25 mm2, e a barra CD tem área de seção transversal de 15 mm2. 25 25 Método das Forças = Método da Flexibilidade Consiste em aplicar o método da superposição para escrever a equação de compatibilidade Apoio redundante Apoio não necessário para manter a barra em equilíbrio (estático) 26 26 Método das Forças = Método da Flexibilidade 27 27 Exemplo 4.9 A haste de aço A-36 (Eaço = 200 GPa) mostrada na figura tem diâmetro de 5 mm. Ela está presa à parede fixa em A e, antes de ser carregada, há uma folga de 1 mm entre a parede em B’ e a haste. Determine as reações em A e B’ se a haste for submetida a uma força axial P = 20 kN. 28 28 Exemplo 4.9 29 29 Exemplo A treliça mostrada na figura é feita com três elementos de aço A-36 (Eaço = 200 GPa) com 400 mm2 de área de seção transversal . Determine o deslocamento vertical do rolete C quando a treliça é submetida à carga P = 10 kN. 30 30 Exemplo 4.32 A coluna é construída de concreto de alta resistência (Econc = 29 GPa) e seis hastes de reforço de aço A-36 (Eaço = 200 GPa). Se for submetida a uma força axial de 150 kN, determine o diâmetro exigido para cada haste, de modo que ¼ da carga seja suportada pelo concreto e ¾, pelo aço. 31 31 Exemplo 4.34 A coluna de concreto (Econc = 25 GPa) é reforçada com quatro hastes de aço (Eaço = 200 GPa), cada uma com diâmetro de 18 mm. Determine a tensão no concreto e no aço se a coluna for submetida a uma carga axial de 800 kN. 32 32 Exemplo 4.48 Cada um dos três cabos de aço (Eaço = 200 GPa) tem diâmetro de 2 mm e comprimentos LAC = 1,60 m e LAB = LAD = 2,00 m quando não carregados. Determine a força em cada cabo depois que a massa de 150 kg é suspensa pelo anel em A. 33 33 Exemplo 4.64 A barra rígida é apoiada pelos dois postes curtos de pinho branco e uma mola. Se o comprimento dos postes quando não carregados for 1 m e a área de seção transversal for 600 mm2 e a mola tiver rigidez k = 2 MN/m e comprimento de 1,02 m quando não deformada, determine o deslocamento vertical de A e B após a aplicação da carga à barra. 34 34 Exemplo AP1 (04/06/13) A viga rígida repousa na posição horizontal sobre dois cilindros de alumínio (Eal = 70 GPa) cujos comprimentos descarregados são mostrados na figura. Se cada cilindro tem um diâmetro de 30 mm, determine a localização x da carga aplicada de 80 kN, de forma que a viga permaneça na horizontal. Qual é o novo diâmetro do cilindro A após a carga ser aplicada? al = 0,35. Desconsidere o peso próprio da viga. 35 35 Exemplo AP1 SC (21/06/2013) Uma barra circular de aço ABC (E = 200 GPa) tem área de seção transversal A1 de A até B e área de seção transversal A2 de B até C (ver figura). A barra é apoiada rigidamente na extremidade A e está sujeita à carga P = 40 kN na extremidade C. Um colar circular de aço BD tendo área de seção transversal A3 apoia a barra em B. O colar se encaixa perfeitamente em B e D quando não há carga. Determine o alongamento dAC da barra devido à carga P. Dados: L1 = 2L3 = 250 mm, L2 = 225 mm, A1 = 2 A3 = 960 mm2 e A2 = 300 mm2. 36 36 Exemplo AP1 SC (14/05/2015) A barra rígida AB é suportada por um pino em O. Quando dois cabos de aço (Eaço = 200 GPa) são unidos às extremidades da barra, há uma folga D entre a extremidade inferior do cabo à esquerda e o apoio C. Depois de unidos, a deformação no cabo à esquerda é 1,5 x 10-3. Qual é o tamanho da folga D? As áreas das seções transversais são 300 mm2 para o cabo AC e 250 mm2 para o cabo BD. 37 37 Exemplo AP1 (11/05/2016) Um tubo circular de bronze ABC (ver figura) suporta uma carga P1 = 120 kN atuando no topo. Uma segunda carga P2 = 100 kN é uniformemente distribuída em torno da placa de ligação em B. Os diâmetros e espessuras das partes superior e inferior do tubo são dAB = 31,75 mm, tAB = 12,5 mm, dBC = 57,15 mm e tBC = 9,5 mm, respectivamente. O módulo de elasticidade é 80 GPa. Quando ambas as cargas estão totalmente aplicadas, a espessura da parede do tubo BC aumenta 5,08·10-3 mm. Determine (a) o aumento no diâmetrointerno do tubo BC, (b) o coeficiente de Poisson para o bronze e (c) o aumento na espessura da parede e no diâmetro interno do tubo AB. 38 38 Tensões Térmicas 39 39 Tensões Térmicas 40 40 Exemplo 4.11 Um tubo de alumínio 2014-T6 (Eal = 70 Gpa; aal = 23 x 10-6/°C) com área de seção transversal de 600 mm2 é utilizado como luva para um parafuso de aço A-36 (Eaço = 200 Gpa; aaço = 12 x 10-6/°C) com área de seção transversal de 400 mm2 (ver figura). Quando a temperatura é T1 = 15°C, a porca mantém o conjunto em uma posição precisa, de tal modo que a força axial no parafuso é desprezível. Se a temperatura aumentar para T2 = 80°C, determine a tensão normal média no parafuso e na luva. 41 41 Exemplo 4.11 42 42 Exemplo 4.12 A barra rígida mostrada na figura está presa à parte superior por três postes feitos de aço A-36 (Eaço = 200 GPa; aaço = 12 x 10-6/°C) e alumínio 2014-T6 (Eal = 73,1 GPa; aal = 23 x 10-6/°C). Cada um dos postes tem comprimento de 250 mm quando não há nenhuma carga aplicada à barra e a temperatura é T1 = 20°C. Determine a força suportada por cada poste se a barra for submetida a uma carga uniformemente distribuída de 150 kN/m e a temperatura aumentar para T2 = 80°C. 43 43 Exemplo 4.12 44 44 Exemplo Um sensor térmico consiste em uma placa AB de alumínio (Eal = 68,9 GPa; aal = 24 x 10-6/°C) e outra CD de magnésio (Emag = 44,7 GPa; amag = 26 x 10-6/°C) cada uma com largura de 15 mm e apoiadas pelas extremidades em suportes fixos. Se a folga entre as placas é de 1,5 mm quando a temperatura é T1 = 25°C, determine temperatura necessária para eliminar a folga. Qual a força axial em cada placa quando a temperatura atingir o valor de T2 = 100°C? Admita que não ocorre flexão ou flambagem. 45 45 Exemplo AP1 SC (30/05/2014) Uma barra de plástico ACB com duas secções transversais circulares sólidas diferentes é presa a um apoio elástico (k = 50 MN/m) em A e a um apoio rígido em B (ver figura abaixo). O diâmetro do trecho AC é 50 mm e do trecho CB é 75 mm. Os comprimentos correspondentes são 225 mm e 300 mm. Além disso, o módulo de elasticidade E é 6,0 GPa, e o coeficiente de expansão térmica a é 100 x 10-6/°C. A barra é submetida a um aumento uniforme de temperatura de 30°C. Calcule as seguintes quantidades: (a) a força normal na barra ACB; (b) a tensão normal máxima; e (c) o deslocamento do ponto C. 46 46 Exemplo AP1 SC (17/06/2016) O poste de concreto (Ec = 25 GPa; ac = 9,9·10-6/°C) é reforçado com 6 barras de aço, cada uma com 22 mm de diâmetro (Es = 200 GPa; as = 11,7·10-6/°C). Determine as tensões normais induzidas no concreto e no aço devido a um aumento de temperatura de 18°C. 47 47 Concentração de Tensões Quando ocorrem tensões localizadas muito altas São mais preocupantes em materiais frágeis Ocorrem em: Pontos de aplicação de cargas concentradas Em descontinuidades ou alterações de geometria (mais comum) Conceitos válidos para a torção e flexão 48 48 Concentração de Tensões 49 49 Concentração de Tensões 50 50 Concentração de Tensões 51 51 Concentração de Tensões 52 52 Concentração de Tensões 53 53 Concentração de Tensões 54 54 Concentração de Tensões Para materiais muito frágeis: O material falha quando s = sp A falha acontece no ponto de concentração de tensão Forma-se uma trinca ao longo da seção transversal Ocorre fratura súbita É importante usar K nos projetos 55 55 Concentração de Tensões Para materiais dúcteis: Quando s > sp não resultará em formação de trincas O material tem reserva de resistência devido ao escoamento e ao encruamento Na prática, K é desprezado nos projetos 56 56 Concentração de Tensões 57 Deformação axial inelástica Em condições normais de serviço, deseja-se: Prevenir o escoamento, pois deformações permanentes são indesejáveis Válido somente para materiais dúcteis Níveis de segurança desejados: Contra as deformações permanentes Contra falhas catastróficas (terremotos) 58 Deformação axial inelástica 59 Diagrama s x e para um material perfeitamente plástico Deformação axial inelástica 60 Deformação axial inelástica 61 Tensões Residuais 62 São tensões elásticas existentes em um corpo sem a atuação de cargas externas ou gradientes de temperatura São provenientes de: Deformações plásticas: forjamento, laminação, extrusão ocorre principalmente onde há deformação plástica não uniforme no material Processos de fabricação: usinagem, soldagem Tratamentos térmicos, termoquímicos ou ciclos térmicos: fundição, variação de temperatura não uniforme na peça durante um ciclo de aquecimento e resfriamento Tensões Residuais 63 Exemplo 4.40 A carga de 4 kN deve ser suportada pelos cabos verticais de aço para os quais se = 560 MPa. Se os comprimentos originais dos cabos AB e AC forem 1.250 mm e 1.252,5, respectivamente, determine a área da seção transversal de AB para que a carga seja compartilhada igualmente entre os dois cabos. O cabo AC tem área de seção transversal de 13 mm2. 64 64 Exemplo 4.42 Dois cabos de aço A-36 (E = 200 GPa) são usados para suportar o motro de 3,25 kN (≈ 325 kg). O comprimento original de AB é 800 mm e o de A’B’ é 800,2 mm. Determine a força suportada por cada cabo quando o motor é suspenso por eles. Cada cabo tem área de seção transversal de 6,25 mm2. 65 65 Exemplo 4.68 A barra rígida suporta um carregamento distribuído uniforme de 90 kN/m. Determine a força em cada cabo se cada um tiver área de seção transversal de 36 mm2 e E = 200 GPa. 66 66 Exemplo 4.81 A haste central CD do conjunto é aquecida de T1 = 30°C até T2 = 180°C por resistência elétrica. As duas hastes AB e EF situadas nas extremidades também são aquecidas de T1 = 30°C até T2 = 50°C. Na temperatura mais baixa, T1, a folga entre C e a barra rígida é 0,7 mm. Determine a força nas hastes AB e EF provocada pelo aumento na temperatura. As hastes AB e EF são feitas de aço (Eaço = 200 GPa; aaço = 12 x 10-6/°C) e cada uma tem área de seção transversal de 125 mm2. CD é feita de alumínio (Eal = 70 GPa; aal = 23 x 10-6/°C) e tem área de seção transversal de 375 mm2. 67 67