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Classe, Estratificação e Desigualdade Giddens, capitulo 10 Teorias de classe e estratificação Karl Marx Classe é um grupo de pessoas que se encontram em uma relação comum com os meios de produção – os meios pelos quais elas extraem seu sustento. Antes os meios de produção consistiam na terra e nos instrumentos para colheita ou dos animais. Sociedades pré-industriais: dono da terra e os que produziam a partir da terra. Sociedade industrial: fabricas, equipamentos ou capital tornam-se mais importantes: possuidores dos meios de produção – capitalistas e os que vendem seu trabalho – classe operaria (proletariado) Segundo Marx, entre as classes, existe uma relação de exploração. Nas sociedades feudais, servos eram obrigador a dar parte da produção ou trabalhar nas terras do senhor. Nas sociedades capitalistas modernas é menos óbvio. No decorrer de um dia de trabalho, os trabalhadores produzem mais do que o custo de sua contratação. Essa "mais valia" é a fonte do lucro do capitalista. Weber Concorda com Marx, mas não é somente uma questão de classe social (conflito entre poder e recursos). As divisões de classe originam-se não apenas no controle ou falta de controle dos meios de produção, mas em diferenças econômicas que não possuem relação direta com a propriedade. Mais dois aspectos: Status Partido Status Status: qualificações que influenciam o tipo de emprego que as pessoas vão conseguir. A posição de mercado exerce uma forte influencia sobre as oportunidades de vida. As qualificações que possuem os tornam mais negociáveis do que os que não possuem Status: conceito Refere-se as diferencas existentes entre os grupos sociais quanto a honra ou ao prestigio social conferido pelos demais. Antes era determinado pelo conhecimento, passou a ser expresso por meio dos estilos de vida das pessoas. Partido Define um conjunto de indivíduos que trabalham juntos por terem formações, objetivos e interesses em comum. É usual um partido trabalhar de maneira organizada em prol de uma meta especifica que seja interesse dos membros do partido Como mensurar classe social? Ocupação Não manual, não manual profissionalizada, manual profissionalizada, parcialmente não profissionalizada e não profissionalizada. Estilo de vida Classe alta Riqueza concentrada em uma minoria e que conseguem passar seus privilégios para seus filhos Velho rico: riqueza que existe há muito tempo e foi passada através de gerações. Novo rico: riqueza construída a partir de esforço próprio. Na Inglaterra, 2000, 70% dos 1000 mais ricos. Mulheres são 64, em 1989 eram 6. Executivos seniores Classe média Por mérito de suas credenciais educacionais ou de suas qualificações técnicas, a classe media ocupa posições que proporcionam vantagem materiais e culturais maiores do que os desfrutados pelos trabalhadores manuais. Classes médias Origem Crescimento: Grandes organizações Setores da economia nos quais o governo desempenha papel principal Desenvolvimento econômico e industrial demanda especialistas Natureza mutante da Classe trabalhadora Marx acreditava que a classe trabalhadora – as pessoas que trabalham como operários na manufatura – apresentaria um crescimento crescente, mas está diminuindo. Era 40% ,25 anos, hoje 18%, no Reino Unido. Operários se tornam classe média, adotar valores, perspectiva e estilo de vida? Mobilidade social Deslocamento de indivíduos e grupos entre posições socioeconômica diferentes. Mobilidade Vertical: subida ou descida Mobilidade intrageracional: a carreira do individuo, no decorrer da sua vida de trabalho. Perda do emprego Mobilidade intergeracional: mobilidade através das gerações. Metade dos filhos de trabalhadores que ocupavam cargos profissionais e gerenciais desenvolviam ocupações semelhantes. desigualdade EDITORIAL Desigualdade perene DATA21/11/2016 Segundo o estudo, em 2014 era de R$ 6.739 o rendimento médio do trabalho de pessoas de 25 anos ou mais, com ensino superior completo, cujo pai tinha a mesma escolaridade. Já os brasileiros com diploma universitário e pai sem nenhuma instrução recebiam R$ 2.603. Por trás da diferença há a combinação de várias causas. Jovens nascidos em famílias de renda mais alta têm maior oportunidade de estabelecer uma rede de contatos para ajudá-los a conseguir boas colocações no mercado de trabalho. Aí estaria parte da explicação. "Mobilidade Sócio-Ocupacional", divulgada nesta semana pelo IBGE Por trás da diferença há a combinação de várias causas. Jovens nascidos em famílias de renda mais alta têm maior oportunidade de estabelecer uma rede de contatos para ajudá-los a conseguir boas colocações no mercado de trabalho. Aí estaria parte da explicação. Estudos recentes indicam também que os acontecimentos nos primeiros anos de vida de uma criança exercem influência significativa sobre seu desempenho no futuro. Pais mais escolarizados tendem a interagir mais com seus filhos desde o nascimento, leem para eles, têm mais livros em casa e podem pagar creches de qualidade. Em consequência, desde os primeiros meses de vida se registra uma divergência de aprendizagem entre bebês nascidos em famílias de renda alta e baixa. Esse hiato cognitivo -medido por indicadores como o desenvolvimento motor e o número de palavras que a criança fala- atinge a distância mais significativa por volta dos seis anos. A partir daí, permanece estável até a juventude. Há que se tomar em conta, ao considerar essas conclusões, que só 16% dos brasileiros de 25 a 34 anos possuem diploma de ensino superior. Mas há pelo menos dois motivos para otimismo moderado. Um deles é que a escolaridade média da população do país tem aumentado nas últimas décadas. Isso ajuda a explicar por que, segundo a mesma pesquisa do IBGE, cerca da metade dos brasileiros com 16 anos ou mais, em 2014, tinham condição socioeconômica melhor que a dos pais. Outro fato auspicioso: há mecanismos, como boas creches e programas de visitação que instruam as famílias a estimular seus bebês, que conseguem reduzir o impacto negativo da baixa escolaridade do pai sobre o futuro das crianças. Inclusão desigual amplia distância entre negros e brancos na educação Seção EDUCAÇÃO ANGELA PINHO DATA19/11/2016 Com exceção do ensino fundamental, praticamente universalizado, a distância entre a população negra e branca subiu em todas as etapas nos últimos anos, segundo o trabalho (veja quadro ao lado). O monitoramento usa dados de 2004 a 2014, ano com estatísticas mais recentes. A fase mais problemática é a de 0 a 3 anos, correspondente à creche. Em 2014, 38% das crianças brancas nessa faixa etária estavam matriculadas. Entre as negras, o índice era de 29%. Em 2009, a distância era menor –28% ante 24%. Na faixa de 4 e 5 anos, correspondente à pré-escola, a diferença subiu 2,3 pontos de 2013 para 2014. No mesmo ano, cresceu também entre jovens de 15 a 17 anos, com idade para o ensino médio. Segundo o estudo, nos dois países negros ganham menos do que brancos com a mesma escolaridade. A diferença é o valor do diploma para reduzir essa distância. Nos EUA, os negros têm ganho salarial maior do que os brancos quando obtêm nível superior –181% contra 177%. Já no Brasil, ocorre o contrário. Quando um negro obtém diploma universitário, passa a receber, em média, 268% a mais. Quando o mesmo ocorre com um branco, o ganho aumenta em 363%. O estudo mostra ainda que também no ensino superior o acesso da população negra aumentou nos últimos anos, mas continua desigual. Em 2014, ano com dados mais recentes, 7% dos jovens de 18 a 24 anos negros estavam no ensino superior. Em 2009, esse índice era de apenas 2%. Entre os brancos da mesma faixa etária, no entanto, essa proporção cresceu de 6% para 14% no mesmo período. Melhorar a equidade no atendimento de creche e pré-escola é fundamental para reduzir a desigualdade entre os jovens, diz Frei David Santos, diretor-executivo da ONG Educafro. "A criança negra começa a ser discriminada desde quando nasce", afirma.