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CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL-UNIPLAN CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL. Autores Richard Radney de Sousa. RA:02410010871 João Filho Valentim Oliveira. RA:02410010756 TÍTULO DO TRABALHO: Comparativo entre o sistema de vedação de bloco cerâmico e o sistema com utilização do painel de poliestireno Expandido (EPS) em relação à produtividade e desperdício de material. Brasília Outubro/2017 2 Autores. Richard Radney de Sousa. RA:02410010871 João Filho Valentim Oliveira. RA:02410010756 TÍTULO DO TRABALHO: Comparativo entre o sistema de vedação de bloco cerâmico e o sistema com utilização do painel de poliestireno Expandido (EPS) em relação à produtividade e desperdício de material. Área de habilitação: Engenharia Civil Brasília Outubro/2017 3 Agradecimentos Primeiramente a Deus por ter me dado saúde e forças para superar as dificuldades A minha família, pela confiança e motivação. Aos amigos e colegas, pela força e pela vibração em relação a esta jornada. Aos professores e colegas de Curso, pois juntos trilhamos uma etapa importante de nossas vidas. Aos profissionais entrevistados, pela concessão de informações valiosas para a realização deste estudo. A todos que, com boa intenção, colaboraram para a realização e finalização deste trabalho. 4 Sumário 1. Título ............................................................................................................ 6 1.1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 6 2.1 OBJETIVO GERAL .............................................................................................. 7 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ................................................................................ 7 3. Justificativa ................................................................................................. 9 4. PROBLEMA ............................................................................................... 10 5. HIPÓTESE .................................................................................................. 11 6. METODOLOGIA ......................................................................................... 12 7. REVISÃO DA LITERATURA ...................................................................... 13 8 ALVENARIA ................................................................................................ 14 8.1 DEFINIÇÃO ......................................................................................................... 14 8.2 TIPOS DE ALVENARIA ..................................................................................... 14 8.3 UTILIZAÇÃO ....................................................................................................... 15 8.4 REQUISITOS ....................................................................................................... 16 8.5 CLASSIFICAÇÃO ............................................................................................... 16 8.6 TIPOS DE VEDAÇÕES ....................................................................................... 17 9. Alvenaria de blocos cerâmicos ............................................................... 17 9.1 MATERIAL .......................................................................................................... 18 9.1.1 ARGAMASSA ....................................................................................... 20 9.2 PROCESSO EXECUTIVO .................................................................................. 20 9.2.1 ELEVAÇÃO DE ALVENARIA ............................................................... 22 9.2.2 ENCUNHAMENTO ................................................................................ 22 9.2.3 ASSENTAMENTO COM JUNTAS DESENCONTRADAS .................... 24 9.2.4 LANÇAMENTO DA MASSA ................................................................. 24 9.2.5 ESPESSURA DA ALVENARIA ............................................................. 25 10. Poliestireno Expandido (EPS) ............................................................... 27 5 10.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................... 27 10.2 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................. 27 10.3 CONTEXTO HISTÓRICO ............................................................................... 28 10.5 USO E RECICLAGEM MUNDIAL DE EPS .................................................. 29 10.6 TIPOS DE EPS ................................................................................................... 31 10.7 SISTEMA MONOLITE ..................................................................................... 31 10.7.1 Processo Construtivo ........................................................................ 31 10.7.2 Painéis ................................................................................................ 32 10.7.3 Tela Soldada ....................................................................................... 33 10.7.4 Reforços ............................................................................................. 33 10.7.5 Montagem dos painéis ...................................................................... 33 3. Conclusões e Perspectivas ..................................................................... 34 REFERÊNCIAS .............................................................................................. 36 6 1. TÍTULO Comparativo entre o sistema de vedação de bloco cerâmico e o sistema com utilização do painel de Poliestireno Expandido (EPS) em relação à produtividade e desperdício de material. 1.1 INTRODUÇÃO Diante do avanço do setor de construção civil, buscando sempre uma maior produção com o menor desperdício e melhor custo benefício, o presente trabalho surgiu com o objetivo de, explanar sobre um método inovador para construção de alvenarias, utilizando um painel composto por uma alma de poliestireno expandido (EPS), entre duas malhas de arame de aço eletros soldadas, substituindo os tijolos da convencional alvenaria de tijolo. A metodologia utilizada será uma pesquisa experimental, através do estudo de caso realizado com um projeto de residência constituída por: 2 quartos,1 suíte, sala, cozinha, área de serviço e 1 banheiro social, totalizando 83,00 m², Comparando os dois processos construtivos, relacionando, o custo necessário para construção da mesma metragem de alvenaria, o tempo necessário para a conclusão do serviço, analisando se a utilização desse painel poderá ser uma solução para diminuir o desperdício e aumentar a produtividade na execuçãodo serviço de alvenaria, verificando se é uma solução viável para empresários que pretendem construir casas populares em grande escala com um prazo pequeno. 7 2.1 OBJETIVO GERAL Comparar o método de execução de vedações com a utilização de painéis de Poliestireno Expandido (EPS), com a tradicional vedação através de alvenaria de blocos cerâmicos, em relação ao desperdício de material, produção, custo total do serviço, verificar se o painel de (EPS) tem um custo benefício melhor que alvenaria de tijolo e analisar a viabilidade na construção de casas populares em grande escala utilizando a alvenaria de EPS. Foi constatado que a execução de Paredes de vedação com EPS, além de ser muito mais rápida é também menos onerosa só que, exige mão de obra especializada por ser um método de execução novo no mercado. A execução de paredes de vedação com EPS atinge um custo de 50% menor de que o tradicional de tijolos, gera menos resíduos sólidos, pois o uso do material chega a quase 100%, é um serviço que o material tem uso otimizado, apresenta baixo desperdício e o tempo em relação ao processo corriqueiro é gritante, o processo mais novo se apresenta até 20 vezes mais rápido do que o do erguimento com blocos cerâmicos. 2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Comparar os custos para execução dos modelos de vedação e a produtividade de cada uma. Comparar o custo benefício de ambos. Descrever o método utilizado na execução da alvenaria com painel de EPS, relacionando materiais, equipamentos e mão-de-obra. Analisar a produtividade do painel de EPS na construção de casas populares e verificar se é viável a substituição do tijolo pelo painel para construção em grande escala. Verificou-se por meio dos orçamentos que o Processo de alvenaria com divisórias de EPS, seria perfeitamente aplicável em obras de grande escala pois o rendimento é 20 vezes superior, ao rendimento das paredes de tijolos. Para esta casa em questão de 83m2, levaria 21 dias para a conclusão da alvenaria, visto que o 8 processo é mais moroso por conta de todos os procedimentos a serem tomados para o assentamento de cada fiada de blocos, como verificação de esquadro, prumo das fiadas, nivelamento utilizando escantilhões, umidificação de blocos, dentre outros. Já as placas de EPS, possuem dimensão de 6m2, e são bastante uniforme e de fácil manuseio, as placas são instaladas em aproximadamente 20 minutos e nessa obra em questão em um único dia a estrutura das divisórias estariam todas prontas. O custo também chegou a 55% de economia em relação ao custo dos blocos de tijolos, isso sem colocar em questão gastos com alimentação de funcionários. Portanto a execução das divisórias de EPS, é uma saída que poderá ser adotada, mas no momento é pouco difundida por ainda não ter mão de obra especializada suficiente. 9 3. JUSTIFICATIVA Atualmente o setor da construção civil tem-se demonstrado um setor no qual a perca de material e o retrabalho é algo comum e aceitável, nas composições de custos unitários existe um percentual calculado de forma empírica, para corresponder a perca do material, relacionado à atividade executada. Um estudo realizado pelo Departamento de Engenharia de Construção Civil da Universidade de São Paulo em mais de 100 obras, constatou valores que variam entre 0% até 48% de perca de material, porém o valor médio adotado é 10% (SOUZA, 2006). Esses 10% de perca de material correspondem ao tijolo quebrado, à argamassa dispensada entre outros fatores. A parede de alvenaria é o elemento mais utilizado para vedação nas construções brasileira, e muitas vezes responsável por uma parcela expressiva do desperdício das obras, a perda de tijolo está entre 15 e 20% (AGOPYAN et al., 2009). Esse desperdício além de degradar o meio ambiente diminui o lucro para o construtor, que repassa o prejuízo para o consumidor final (PALIARI;SOUZA,2006), a alvenaria é um item com grande peso no custo da construção, por ser o item que envolve toda a área exterior, inclusive sendo utilizada no interior da construção para divisão de ambientes e aplicação de revestimentos, esquadrias e instalações, influenciando de 20 a 40% no custo total da obra (BARROS,1998), segundo (MARQUES,2013) o valor da composição da alvenaria incluindo revestimento e esquadria refere-se em média a 20% do custo total da obra, a porcentagem referente apenas a alvenaria de vedação varia de 4 a 6% do valor total. A execução da alvenaria de tijolo é feita de um modo arcaico sendo iniciada pelos cantos, com o assentamento unitário de tijolos formando fiadas, alguns tijolos são quebrados para a execução do aperto, utilizando apenas uma parte do mesmo, enquanto a outra é dispensada gerando entulho e sujeira na construção, após a conclusão, a mesma tem alguns trechos quebrados para passagem de tubulações de instalações do sistema de elétrica, hidráulica, gás entre outros. Assim o profissional gasta tempo executando a alvenaria depois quebrando o local que irá passar a tubulação e após a conclusão de serviço arremata a parede com reboco deixando-a pronto para receber o acabamento final. O presente trabalho pretende verificar se a implantação do painel de Poliestireno Expandido (EPS) pode ser uma alternativa para acabar com o desperdício e aumentar a produção do serviço, pois o mesmo é produzido em painéis com dimensões pré-determinadas com 100% do material aproveitado. 10 4. PROBLEMA A substituição do tijolo pelo painel de Poliestireno Expandido (EPS) na construção civil pode tornar-se uma alternativa para acabar com o desperdício de material, na execução de alvenarias, diminuir o custo e aumentar a produção na execução do serviço? 11 5. HIPÓTESE O painel de EPS é comercializado por várias empresas, tomando a empresa do grupo Gutemberg Blok como referência, a mesma fornece um painel com dimensões de 3,00m x 2,00m com espessura de 12cm,que será tomado como padrão para esse trabalho. Os paineis de EPS são fabricados em outras dimensões e variam de acordo com o projeto, tendo o tamanho seu limitado ao transporte. Um painel de 3,00 x 2,00m corresponde a 6,00m² e segundo Gutemberg (2016) a empresa leva 20 minutos para instalar um painel, enquanto a composição do Sistema Nacional de pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAP) código:87504 Alvenaria de vedação de blocos cerâmicos, tem índice de 1,37 h (1hora e 22min) para pedreiro e 0,685h(41,1min) para ajudante, construir 1m² de alvenaria de tijolo cerâmico 9x19x19 cm. Adotando esses índices de produção para construir 6m² com alvenaria de blocos cerâmicos seria necessário em torno de 8h e 13min de pedreiro e 4 horas e 6min de ajudante, esse tempo seria o suficiente para construir 147,90m² com painéis de EPS. O desperdício entre material e mão de obra para os painéis de EPS chega a ser de 0007% e o tempo pode ser otimizado em até 40% (GUTEMBERG,2016) enquanto na alvenaria tradicional o desperdício pode chegar até 48% (SOUZA,2006). 12 6. METODOLOGIA Para o desenvolvimento desse trabalho, foi executado um levantamento bibliográfico, com apoio de livros, revistas, artigos, sites, normas técnicas, catálogos de fabricantes e informações levantadas com engenheiros e arquitetos que trabalham com painel de EPS. A metodologia utilizada será uma pesquisa experimental, através do estudo de caso realizado com um projeto de residência constituída por: 2 quartos,1 suíte, sala, cozinha, área de serviço e 1 banheiro social, totalizando83,00 m², a qual será orçada utilizando alvenaria composta por tijolos cerâmicos, com base na composição do Sistema Nacional de pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAP), para a região de Brasília-DF. O mesmo projeto será orçado com painéis de EPS, com os valores fornecidos por empresas de Brasília que atuam no ramo, os valores e o tempo para a execução do serviço serão comparados e analisados. 13 7. REVISÃO DA LITERATURA O trabalho será dividido em 3 capítulos. Capítulo 1: Será introduzido o assunto sobre alvenaria de forma geral, com sua definição, utilização, requisitos e os tipos de vedação disponíveis no mercado da construção civil. Capítulo 2: Apresenta a descrição detalhada da alvenaria com blocos cerâmicos. Contemplando sua origem, características, matéria prima, utilização na construção civil e o método de execução. Capítulo 3: Contempla o mesmo conteúdo do capítulo 2 porem esse será a respeito do painel de Poliestireno expandido (EPS). 14 8 ALVENARIA 8.1 DEFINIÇÃO Alvenaria, segundo o dicionário da língua portuguesa é o oficio de um pedreiro, obra executada com tijolos, pedras brutas etc., unidas por meio de argamassa, cimento, gesso etc., Segundo MILITO, (2004,p,59) alvenaria é um conjunto coeso e rígido, composto por tijolos ou blocos (elementos de alvenaria), interligados através de argamassa. Podendo ser utilizada em vários elementos construtivos como: paredes, sapatas, abóbadas. AZEREDO, (1997,p.125) diz que, alvenaria é toda obra constituída de pedras naturais, tijolos ou blocos de concreto, ligados ou não por meio de argamassas. Segundo Valle (2008) alvenaria é uma associação do conjunto de unidades de alvenaria (tijolos, blocos, pedras, etc.) e ligante (s) resultando num material com propriedades mecânicas intrínsecas com capacidade de constituir elementos estruturais. 8.2 TIPOS DE ALVENARIA MILITO (2004). Classifica a alvenaria em: Alvenaria resistente quando é dimensionada para resistir a cargas como: Lajes, pavimento superior e etc. Alvenaria de vedação sendo utilizada apenas para fechamento de áreas sob estruturas e separação de ambientes. AZEREDO (1997) classifica apenas em estrutural ou de vedação. SABBATINI et al., (1988) classifica de uma forma mais ampla e distinta, de acordo com alguns fatores que irão determinar o tipo da alvenaria, o autor classifica pela capacidade de suporte (alvenaria resistente, alvenaria estrutural), componentes da alvenaria (alvenaria de bloco de concreto, alvenaria de tijolos cerâmicos), componentes da ligação (junta seca sem argamassa de preenchimento e junta tomada preenchida com argamassa), e proteção (aparente ou revestida). Quanto à posição de aplicação do tijolo ela poderá ser parede de 1tijolo (assentamento chato) ou parede de ½ tijolo assentamento comum. 15 Figura 8.1 Figura 8.1 – Alvenaria de ½ tijolo e 1 tijolo Fonte: (MILITO,2004,p,74) 8.3 UTILIZAÇÃO A alvenaria junto com esquadrias e revestimentos são os responsáveis pela criação de um ambiente com condições de habitabilidade. A alvenaria sem função estrutural é conhecida como alvenaria de vedação, podendo ser subdividida em duas, alvenaria interna e externa, a interna junto com as esquadrias e revestimentos tem função de separar os ambientes, proteger a tubulação das instalações já que as mesmas são passadas por dentro da alvenaria e diminuir o ruído entre os ambientes. A externa tem a função de proteger os ambientes internos contra o sol, chuva, calor, frio, vento, ruído, umidade e intrusos. Alvenaria estrutural além ter a mesma função da alvenaria de vedação, a estrutural também é responsável por suportar cargas da construção como, telhado, laje, pavimento superior, entre outros, (MILITO, 2004). É definido como um processo construtivo, no qual as paredes são elementos resistentes, compostos por blocos (cerâmicos ou de concreto), ligados com juntas de argamassa, capazes de resistir a cargas, além do seu próprio peso (MILITO,2004; PENTEADO, 2003; CAVALHEIRO, 2006). Segundo (SABBATINI, 2003; FRANCO, 1992; CAVALHEIRO, 2006). Alvenaria estrutural é um processo construtivo que se utiliza paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras como estrutura de edifícios, sendo dimensionada a partir de um cálculo com confiabilidade determinável, sendo por classificada por SABBATINI et al., (1988) e CAMACHO (2006) como: protendida armada ou não armada. As próprias paredes 16 são utilizadas como estrutura, diferenciando-se das estruturas convencionais de concreto armado, pois não necessita de pilares e vigas. 8.4 REQUISITOS Diante das propriedades os requisitos exigidos das alvenarias segundo Barros (2009) são: Estanqueidade à água e controle da passagem de ar Resistência à umidade, infiltrações e as variações de temperatura. Resistência às forças do vento. Isolação térmica e acústica. Base ou substrato para revestimentos. Segura para os usuários Proteção e resistência contra ação do fogo Durabilidade A aplicação de revestimentos em argamassa ou gesso melhora consideravelmente o desempenho das alvenarias em relação à ação do fogo, melhorando ainda a isolação térmica e acústica. 8.5 CLASSIFICAÇÃO As vedações são classificadas de acordo com alguns fatores que envolvem a sua localização no edifício, técnica de execução, densidade superficial e estruturação, de acordo com a localização podem ser: Vedação externa (de fachada) possui uma das faces em contato com o meio ambiente. Interna utilizada na compartimentação ou separação de ambientes, e na área comum do edifício. (figura 8.2). Quanto a técnica de execução classifica-se em: Conformação alvenarias executadas com materiais que necessitam de adicionamento da água como a argamassa (alvenaria de bloco cerâmcio e bloco de concreto). Acoplamento a seco: executada com a utilização de pregos e parafusos,sem utilização de materias que necessitam de água (drywall,divisórias) , em relação à densidade classifica-se em: Leve( tendo o limite estabelecido pela NBR 11.685 de 60 a 100 kg/m² não tem função estrutural), pesada (vedação com densidade superior a 100kg/m² possui ou não função estrutural).Quanto a estruturação classifica-se em: Auto-suporte ou auto-portante (sem estrutura complementar, alvenaria convencional);Estruturada (possui uma estrutura para suporte dos componentes,Drywall) 17 Figura 8.2 vedações verticais Fonte: Aula de vedações verticais UFPR Disponível em:<http://www.dcc.ufpr.br/mediawiki/images/5/5f/TC025_Vedações_A_x.pdf >. Acesso em: 27 abr. 2016. 8.6 TIPOS DE VEDAÇÕES A construção civil vem se aprimorando e desenvolvendo novos materiais para a execução do serviço de alvenaria de vedação, buscando sempre a racionalização do prazo, da mão de obra e o melhor aproveitamento do material utilizado, dentre esses materiais cita-se: Paredes em gesso acartonado; Alvenaria estrutural; Paredes de concreto; Steel frame; Paredes de madeira; Vedação fotovoltaica; Alvenaria em blocos de gesso e alvenaria de EPS que é o objeto de estudo desse trabalho. 9. ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS 18 9.1 MATERIAL O material utilizado para a execução do sistema são os tijolos de bloco cerâmico, fabricados a partir de uma mistura com argila adicionada a aditivos e água, formando uma massa que dará origem as peças, através de processos que compreendem colagem, prensagem, extrusão e torneamento, sendo a seleção do processo adotada através de fatores econômicos, geométricos e dacaracterística do produto. (ABCERAM, 2016) podendo ser fabricado os tijolos: De barro cozido ou tijolinho Dimensões mais comuns: 5 x10 x 21cm; 5 x10 x 20cm; 9 x 5,3 x 19 cm Peso ≅ 2,50 kg Resistência do tijolo: 20 kgf/cm² Parede de ½ tijolo: 77 unidades/m² Parede de 1 tijolo: 148 unidades/m² Figura: 8.2 Fonte: (MILITO,2004,p,60) Tijolo Laminado Dimensões: 23 x 11 x 5,5cm Peso ≅ 2,70 kg Resistência do tijolo: ≅ 35 kgf/cm² Resistencia da parede ≅ 200 a 260 kgf/cm² Parede de ½ tijolo: 70 unidades/m² Parede de 1 tijolo: 140 unidades/m² 19 Figura: 8.3 Fonte: (MILITO,2004,p,62) Tijolo furado ou tijolo baiano. Dimensões: 9 x 19 x 19cm Peso ≅ 3,00 kg Resistência do tijolo: ≅ 20 kgf/cm² Resistencia da parede ≅ 45 kgf/cm² Parede de ½ tijolo: 77 unidades/m² Parede de 1 tijolo: 148 unidades/m² Figura: 8.3 Fonte: (MILITO,2004,p,61) 20 9.1.1 ARGAMASSA Para confecção da argamassa de assentamento é recomendada a utilização de argamassas mistas, compostas por cal hidratada e cimento, a argamassa pode ser preparada na obra ou industrializada desde que atenda os requisitos da NBR 13281 nos requisitos de resistência a compressão, densidade de massa aparente no estado fresco e endurecido, resistência à tração na flexão entre outros. (THOMAZ et al., 2009). O cimento é o componente responsável pela resistência mecânica da parede, aderência e garantir a estanqueidade à água das juntas. Sempre que possível os cimentos de alto forno (CPIII) ou pozolânico devem ser evitados, devido a presença de escória de alto forno, a argamassa poderá apresentar elevada retração caso não tenha sido hidratada corretamente com aglomerantes... (THOMAZ et al., 2009). Com o poder de retenção de água, a cal favorece menor módulo de deformação, qualquer tipo de cal pode ser utilizada desde que atenda a NBR 7175 . A areia recomendada para confecção da argamassa de assentamento é a areia média, bem lavada e bem granulada, não sendo recomendado areia com índices elevados de material silto-argiloso como: Saibro, caulim e etc. A areia deve atender os requisitos da NBR 7211. 9.2 PROCESSO EXECUTIVO Após a conferência ou correção do nivelamento do piso, inicia-se o trabalho de alvenaria com a marcação da primeira fiada de tijolos, locada pela transferência de eixos e cota especificados em projeto (figura 9...). A marcação deve ser iniciada pelas paredes externas e pelas principais paredes internas, utilizando linhas, giz de cera ou fio traçante que é uma linha impregnada com um pó colorido ou outro material equivalente. (THOMAZ et al., 2009) Salgado (2009) recomenda a verificação da posição de componente estrutural (vigas,pilares e etc.), antes da locação da parede (Figura 14). Em obras que não possuam projeto de alvenaria, além das técnicas de execução da alvenaria o profissional tem que usar o bom senso (SALGADO,2009) 21 (THOMAZ et al., 2009,p.43), Após a marcação da alvenaria no piso, uma camada fina de argamassa de assentamento é aplicada com a largura semelhante à espessura da parede, iniciando o assentamento da primeira fiada de tijolo que deve ser implantada primeiramente os ângulos e depois os alinhamentos retos e as aberturas. (MARTINS,2009). A primeira fiada é a responsável pela qualidade das demais características da alvenaria como: modulação vertical e horizontal, nivelamento da fiada, folga para instalação da esquadria entre outros. Portanto o serviço deve ser realizado da melhor maneira, com a utilização de equipamentos específicos. (Figura 16) (THOMAZ et al., 2009). 22 9.2.1 ELEVAÇÃO DE ALVENARIA Após a conclusão das etapas anteriores, a alvenaria começa a ser levantada, as etapas de execução segundo salgado (2009) e Milito (2004) são: Assentamento dos tijolos nos cantos, obedecendo ao alinhamento determinado pela linha do escantilhão. Assentamento dos tijolos entre as extremidades assentadas. Continuação do assentamento das próximas fiadas obedecendo sempre à altura da fiada marcada no escantilhão. Salgado (2009) ainda recomenda as seguintes precauções: Levantamento simultâneo das paredes apoiadas sobre vigas ou lajes, não sendo aconselhável a diferença de altura superior a 1m entre os vãos. Umedecimento do bloco cerâmico afim de que o mesmo não absorva a água da argamassa, tornando-a desagregável. Correção de nível ou prumo do bloco deve ser efetuada imediatamente após o assentamento. Para a proteção da alvenaria e necessária a aplicação do chapisco após a elevação da mesma. O encunhamento (aperto) não deverá ser executado após o assentamento da última fiada. 9.2.2 ENCUNHAMENTO Na execução da alvenaria, é necessário deixar um pequeno vão entra a viga e a alvenaria, pois o levantamento da mesma até o topo, pode causar um deslocamento 23 da alvenaria da estrutura devido à acomodação das fiadas e da estrutura (SALGADO,2009). Em edifícios altos, o fechamento desse vão (encunhamento) deve ser realizado após a conclusão do ultimo pavimento sendo realizado da cobertura para o térreo. O encunhamento pode ser realizado com tijolos assentado e inclinado com argamassa normal (Figura 23), ou com cimento expansor que é uma argamassa pronta, cuja a adição de água proporciona sua expansão (Figura:24) (MARTINS, 2009). Ou para distancia menores com até 3 cm pode ser utilizado espuma expansiva de poliuretano (figura 25). (SALGADO,2009). 24 Martins (2009) ainda sugere a verificação das seguintes etapas: 9.2.3 ASSENTAMENTO COM JUNTAS DESENCONTRADAS É recomendado que a junta horizontal possua 1,5 cm e a junta Vertical : 1,0 cm (Figura ....) Fonte: Martins,2009 9.2.4 LANÇAMENTO DA MASSA Existem duas maneiras a qual na qual a massa pode ser aplicada. A primeira consiste em, aplicar uma grande quantidade em cima da fiada e o excesso é retirado com a colher. A segunda maneira a argamassa é colocada no tijolo com a colher de pedreiro (Figura…) 25 Fonte: MARTINS,2009 9.2.5 ESPESSURA DA ALVENARIA A espessura da alvenaria é determinada de acordo com a posição que o tijolo é assentado, Salgado (2009) denomina alvenaria de cutelo, quando é executada no sentido menor da espessura do bloco; Alvenaria de ½ vez (a chato) quando executada com os blocos assentados no sentido longitudinal; Alvenaria de 1 vez quando executada com bloco no sentido transversal; Alvenaria de 1 vez e ½ com os blocos assentados nos sentidos longitudinais e transversais. A figura demonstra a execução da alvenaria com a representação das diferentes espessuras. Salgado (2009) recomenda que as juntas verticais, sejam desencontradas das juntas verticais da fiada anterior, para que haja uma distribuição melhor das tensões e das cargas. 26 27 10. POLIESTIRENO EXPANDIDO (EPS) 10.1 DEFINIÇÃO EPS é a sigla internacional do Poliestireno Expandido de acordo com a definição da norma DIN ISO-1043/78. É um plástico celular rígido, derivado do petróleo através da polimerização do estireno em água, constituindo-se em uma espuma termoplástica, classificada como material rígido tenaz. No estado compacto, o poliestireno expandido é um material rígido, incolor e transparente. 10.2 MATERIAIS E MÉTODOS Para que melhor se compreenda o sistema,faz-se necessário falar sobre o produto base que caracteriza e diferencia o sistema dos demais sistemas, o EPS, bem como sua aplicação nos diversos setores da sociedade que direta ou indiretamente repercutem na realidade da engenharia, enquanto ciência que visa a viabilidade de processos. Obtenção dos blocos de EPS Para obtenção dos blocos de EPS, o material é submetido à ação de vapor saturado, produzindo uma expansão dos grânulos de poliestireno vítreo em cerca de 20 a 50 vezes o volume inicial, obtendo-se então os diferentes tipos. A espuma termoplástica resultante contém 98% de ar e 2% em volume de matéria sólida na forma de poliestireno, o que garante ao EPS suas propriedades físicas peculiares. Fig.de Blocos de EPS. Fonte: Google imagens 28 10.3 CONTEXTO HISTÓRICO Foi descoberto em 1949, pelos químicos Fritz Stastny e Karl Buchholz na empresa BASF, na Alemanha. No Brasil é conhecido como “Isopor®”, marca registrada da Knauf, que designa comercialmente os produtos de poliestireno expandido comercializados por ela. 10.4 Produção mundial de EPS Figura 5: Produção mundial de EPS no ano 2000 Fonte: ABRAPEX Figura 6: Distribuição do EPS por segmento no mundo em 2000 Fonte ABRAPEX 29 Segundo a ABRAPEX - Associação Brasileira de Poliestireno expandido, o consumo mundial aproximado de EPS no ano de 2014 foi de aproximadamente 5 milhões de toneladas. 10.5 USO E RECICLAGEM MUNDIAL DE EPS Uso e reciclagem mundial de EPS Construção Sustentável é uma tendência mundial. No Brasil, em tempos de crise hídrica e energética, o setor ganha ainda mais evidência. De acordo com o Green Building Council, ONG americana certificadora de edificações sustentáveis, o país hoje está em 3º lugar no ranking mundial de construções sustentáveis, atrás dos Estados Unidos e China. O EPS é um dos produtos que se destaca nesse segmento e as aplicações, vão desde enchimento de lajes, telhas, sistemas construtivos, concreto leve, forros, estabilização de solos (geofoam), indústria de calçados (solados, chinelos), móveis (preenchimento de puffs, por exemplo), na fabricação de utilidades domésticas (vasos de flor, floreiras, molduras de quadro), entre outros produtos. De acordo com pesquisa encomendada pela Plastivida, Instituto Sócio-Ambiental dos Plásticos, o Brasil recicla 35,5% do EPS e a Construção Civil é o maior mercado para o EPS reciclado, com cerca de 80%, misturado em argamassa, concreto leve, lajotas, telhas termoacústicas, rodapés e decks de piscinas. O Brasil e o mundo desperdiçam quase 1/3 do total de alimentos produzidos. Um dos caminhos para evitar esse tipo de perda (que resulta em gastos públicos) está nas embalagens de EPS. A cada ano, cerca de 300 milhões de toneladas de alimentos são jogados no lixo. A comida que se joga fora ainda serve para o consumo humano e poderia alimentar mais de 800 milhões de pessoas no mundo”, segundo a ONU. A produção de alimentos em escala global é uma das principais responsáveis pelo desmatamento e o esgotamento da água. Nada menos que 80% do desmatamento é motivado pela expansão de áreas agricultáveis e pasto para animais de corte. A perda de espécies animais e de biodiversidade acaba sendo a “consequência natural”, deste processo descontrolado. O modelo de agricultura e pecuária extensivo, também é responsável por mais de 70% do consumo de água doce. “Um hambúrguer de carne no seu prato no almoço poderia exigir uma incrível quantidade de 2.400 litros de água em sua produção”, comentou o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner em comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente de 2015. De acordo com o Korean 30 Food Research Institute, que estuda tecnologias de base sobre o armazenamento, segurança e distribuição de alimentos, o percentual de vitamina C de frutas e legumes, após uma semana de armazenamento em embalagens de EPS é 40% maior se comparado as de frutas armazenadas em outros tipos de embalagens. Segundo o diretor comercial da empresa Termotécnica, Adriano Dessimoni, a maior perda de energia térmica das habitações, ocorre pelas paredes. Esse fator pode ser drasticamente reduzido através desses sistemas, que pode possibilitar a geração de economia de até 42% de energia dependendo da região e do clima, além de um isolamento térmico 65% mais eficiente. A Termotécnica, uma das maiores indústrias mundiais de transformação de EPS (isopor®), líder no mercado brasileiro deste segmento, já reciclou mais de 30 mil toneladas de EPS, o que correspondente a 30% de todo o EPS que é reciclado no país. A partir do Programa Reciclar EPS, que compreende desde a fase do recolhimento do EPS até o pós-consumo, a empresa conscientiza a comunidade; estimula e disponibiliza pontos de coleta e usinas de reciclagem a partir de mais de 1.200 pontos de coleta e da parceria com 370 cooperativas de reciclagem em todo o país, atendendo de forma inovadora e pioneira, à PNRS (Política Nacional de Resíduos Sólidos. Com estas iniciativas, tem sido gerados 100 empregos diretos/ano e 5000 famílias envolvidas desde 2007). De acordo com a Plastivida, a partir de um trabalho de Logística Reversa, 13.570 toneladas de EPS, utilizado para embalagem deixaram de ir para aterros e voltaram para o mercado com valor agregado. 31 10.6 TIPOS DE EPS O EPS tem características muito favoráveis para utilização como elemento de enchimento, pois é leve, resistente e não serve de alimento a qualquer ser vivo inclusive micro-organismos, portanto, não favorece a presença de cupim, nem apodrece, favorecendo a vida útil do sistema. 10.7 SISTEMA MONOLITE 10.7.1 Processo Construtivo O sistema construtivo Monolite tem como origem um projeto italiano de industrialização da construção, desenvolvido para regiões sujeitas a terremotos e com o intuito de criar uma estrutura monolítica que não desmoronasse e agregasse elementos de isolamento térmico e acústico totalmente estanque ás intempéries. O sistema Monolite tem homologação italiana (Certificato d`Idoneita Técnica) emitida em 1985 pelo Instituto Giordianos. Conceito estrutural do sistema Os projetos permitem construção de casas com mais de um pavimento sem a necessidade de colunas ou vigas. O conceito estrutural desse sistema pode ser considerado realmente monolítico, característica de grande vantagem quanto à estabilidade da edificação como um todo, pois foi desenvolvido para distribuir de maneira uniforme as cargas sobre as fundações. Sua composição final é bastante leve, pesando entre 2,5 kg/m2 a 4 kg/m2 (antes da aplicação da 32 argamassa), enquanto as mesmas dimensões de alvenaria simples podem chegar a 120 kg/m2. Foto1: Painel fabricado na Comercial Betel - DF Figura 8: Painel simples Fonte: www.monolite.com.br 10.7.2 Painéis Transporte e armazenamento O transporte e içamento podem ser manuais, e os painéis devem ser armazenados na posição horizontal com pilhas de no máximo 20 painéis, em locais secos e limpos. 33 10.7.3 Tela Soldada As malhas utilizadas no sistema construtivo são produzidas com aço de alta resistência, com tensão última superiores a 600 MPa, com limite de escoamento, fyk > 600 N/mm2 e limite de ruptura, ftk > 680 N/mm2. O aço utilizado poderá ser do tipo comum, zincado, galvanizado a quente e inoxidável, adequados às necessidades de aplicação e que garantam estabilidade e integridade ao longo do tempo. 10.7.4 Reforços O Sistema possui três tipos básicos de reforços, concebidos com arame de aço galvanizado decom malha, semelhantes à dos painéis. O reforço “liso” é utilizado para reforçar as aberturas de portas e janelas em cantos onde estão presentes os acúmulos de esforços, este reforço também é utilizado em painéis que perderam seu traspasse e em recortes para passagens de tubulações hidráulicas e elétricas. O reforço “U” utilizado em todo o perímetro das aberturas evitando assim que o revestimento dos painéis seja aplicado diretamente no EPS e o reforço “L” aplicado em todo encontro de paredes perpendiculares. O objetivo da utilização destes reforços é formar uma estrutura única, interligando toda a montagem e fortalecer possíveis pontos críticos da estrutura. Esses reforços são instalados à tela do painel com arame ou grampo galvanizados. 10.7.5 Montagem dos painéis O trabalho de montagem poderá ser facilitado com a numeração dos painéis. As abas dos painéis deverão ser reforçadas com telas de aço eletro soldadas sobrepostas ao painel adjacente. Nos cantos dos painéis e nos cantos das portas e janelas pedaços de tela devem ser colocados nos lados interno e externo na posição diagonal, para absorver tensões e eventuais trincas. 34 Figura 19: Montagem dos painéis Fonte: http://paredesbetel.com.br/?p=329 3. CONCLUSÕES E PERSPECTIVAS A conclusão apresenta uma síntese dos principais resultados alcançados no trabalho, demonstrando seus méritos e as contribuições para a compreensão do objeto de pesquisa. 35 Nesta seção também devem ser apresentadas as perspectivas com base nos resultados alcançados. O método Monolite é um método comprovadamente seguro e que se enquadra nas diversas normas citadas durante o trabalho. O método Monolite confere maior agilidade aos projetos. O Método Monolite por usar o insumo EPS, proporciona ganhos ambientais de conforto e economia em todo o seu processo e principalmente no seu, não descarte (reciclagem), permitindo que o mesmo recurso seja implementado em novos setores. Em relação às pesquisas sobre a dominância dos sistemas tradicionais no mercado, pode-se concluir que ainda há muito espaço para ser conquistado pelos novos sistemas, portanto, compreende-se a relevância do objeto de estudo deste trabalho, que evidencia e chama a atenção para uma outra solução tecnológica da construção civil, que vai muito além da sua aplicação nos canteiros de obra. Tendo em vista as diversas qualidades que o sistema pode proporcionar, é necessário investir na implementação do mesmo, afim de romper a barreira cultural que impede o avanço tecnológico das edificações no Brasil. O EPS é um plástico inerte, não tóxico, versátil e 100% reciclável. É também um material de fácil manuseio, o que garante uma economia de cerca de 20% no prazo de construção. Dependendo do projeto pode-se observar uma redução de 6% a 8% no custo global da obra, além de proporcionar economia de energia em suas demais aplicações. Verificamos, que fazendo o comparativo entre os métodos construtivos da vedação de alvenaria com blocos cerâmicos e as placas de EPS, em que empresários pretendem construir casa populares em grande escala em um pequeno prazo, tivemos a certeza pelos orçamentos que os Painéis de EPS e seria uma solução mais viável e econômica, comparando os orçamentos feitos, os tempos gastos pelos trabalhadores envolvidos o custo com materiais e custo total da obra. 36 REFERÊNCIAS Esta seção deve conter as referências das obras citadas, em ordem alfabética pelo sobrenome do primeiro autor. Exemplos de referências no estilo ABNT podem ser consultados no Guia de Normalização de Trabalhos Acadêmicos do Instituto de Ciências Básicas da Saúde da UFRGS: http://www.ufrgs.br/bibicbs/normas-tecnicas/guia-de-normalizacao-icbs. http://piniweb.pini.com.br/construcao/noticias/afericao-de-prumo-e-medidas- 80115-1.aspx SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes. 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