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Doença da Membrana Hialina ou Síndrome desconforto respiratório(SDR) ProfªCláudia Lemos Conceito: A Doença da Membrana Hialina (DMH) ou Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR) é uma patologia causada por imaturidade pulmonar e está relacionada à deficiência de surfactante. Acomete frequentemente recém nascidos pré-termos (RNPT) de peso inferior a 1500g, normalmente do sexo masculino e se manifesta nas primeiras semanas de vida. Incidência: A DMH atinge cerca de 50% dos RNs entre 26 e 28 semanas de IG e até 30% dos RNs entre 30 e 31 semanas (MARCONDES, 2002) Etiologia: • FATORES PRÉ-NATAIS: Prematuridade, gemelaridade, eritroblastose fetal, cesariana eletiva e etc. • FATORES PÓS-NATAIS: Hipovolemia, choque, hipotermia, alterações metabólicas e hipóxia prolongada. Fisiopatologia: Maturidade Pneumócitos tipo II Fisiopatologia: Imaturidade Pulmonar Surfactante Tensão pulmonar colapso alveolar Complacência pulmonar Insuficiência respiratória Manifestação clinica Taquipneia ( acima de 80 a 120 rpm)- inicialmente Dispneia Retrações intercostais Gemido expiratório audível Batimento de asa de nariz ou aletas nasais Cianose ou palidez Múrmúrios vesiculares diminuídos BAN retração intercostal Retração diafragmatica Gemido DIAGNÓSTICO - DMH • Historia materna e obstétrico • Dados do recém-nascido • Dados dos exames complementares e na exclusão de outras causas de dificuldades respiratórias. • RX de tórax Aspectos radiológicos: O achado típico é o aspecto retículogranular difuso, bilateral de intensidade variável, sendo classificado em : Grau I : broncogramas aéreos mínimos com imagem cardíaca normal Grau II : broncogramas alcançando a periferia pulmonar com imagem cardíaca normal Grau III : broncogramas atingindo quase todo o pulmão, com imagem cardíaca pouco visível e atelectasias. Grau IV : opacificação total dos campos pulmonares PREVENÇÃO • Nível primário: acompanhamento do pré-natal; • Nível secundário: inclui o uso de corticosteróides nas gestantes com alto risco de ter um parto prematuro; • Nível terciário: uso preventivo de surfactante em recém-nascidos prematuros nos primeiros minutos de vida. DMH/SDR:INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL MATERIAIS PARA INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL: (USO PARA VENTILAÇÃO MECÂNICA) • Lâmina de laringoscópio reta ou curva número zero • Laringoscópio pediátrico • Luva estéril • Sonda de aspiração traqueal • Tubo orotraqueal: 2, 2.5, 3.0 ou 3.5 sem cuff. • Reanimador manual • Máscara e gorro para equipe. Conduta terapêutica ADMINISTRAÇÃO DE SURFACTANTE EXÓGENO Diminuir a tensão superficial do alvéolo pulmonar Evitar o colabamento dos mesmos no momento da expiração; Impede atelectasias e edemas Aumenta a complacência pulmonar 100mg a 200mg/kg 100mg /kg Conduta terapêutica • OXIGENOTERAPIA Conduta terapêutica Conduta terapêutica FISIOTERAPIA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Após administração do surfactante, não aspirar a cânula traqueal na primeira hora. Manter o aquecimento em incubadora Manter posicionamento: supina ou prona Monitoras saturação de O2: manter acima de 90% ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM Aspiração traqueal: evita obstrução do TOT e consequente atelectasias. Evitar manipulação intensa para evitar o aumento do consumo de O2 e fadiga. Verificar gasometria arterial periodicamente para acompanhar ventilação pulmonar e oxigenação sanguínea. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WONG. Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro- Elsevier, 2011.pag.292-296 Artigo: Doença da membrana Hialina: aspectos clínicos e abordagem fisioterapêutica. Artigo: Doença de Membrana Hialina :Aspectos Terapêuticos