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1 - Iniciação cientifica - Tarefa - Estruturação de Trabalhos Acadêmicos e Revisão de Literatura

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Felipe Smitch

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CAPA
INSTITUTO FEDERAL SUL DE MINAS GERAIS – IFSULDEMINAS
DAVID TOBIAS NUNES
IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
CIDADE/ANO
FOLHA DE ROSTO
DAVID TOBIAS NUNES
IMPACTO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ENSINO DE INGLÊS NA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL
Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de Especialização Lato Sensu em Informática para a Educação do Instituto Federal Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS), como requisito parcial para obtenção do título de Especialista.
CIDADE/ANO
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................... 3
2. REVISÃO DE LITERATURA ..................................................................... 4 2.1. Conceito e Relevância da IA no Ensino de Línguas ............................. 4 2.2. Contribuições Teóricas e Aplicações Práticas ...................................... 5 2.3. Desafios e Lacunas na Literatura .......................................................... 6
3. CONCLUSÃO .......................................................................................... 7
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 8
1. INTRODUÇÃO
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece o ensino de Língua Estrangeira Moderna (LEM), frequentemente o Inglês, como componente essencial, exigindo o desenvolvimento da competência digital (Competência Geral 5). Não obstante essa diretriz, o ensino de Inglês como Língua Estrangeira (ILE) na Educação Básica brasileira historicamente enfrenta desafios, como a curta carga horária e a escassa imersão cultural. Neste cenário, a emergência de tecnologias de Inteligência Artificial (IA), como chatbots e tutores inteligentes, coloca em pauta a necessidade e a possibilidade de se repensar as práticas pedagógicas.
Assim, a problemática que norteia este estudo é: de que forma a IA pode ser integrada ao currículo de Inglês desses níveis de ensino para promover aprendizagem significativa, respeitando o perfil socioeconômico dos estudantes? O objetivo é analisar, por revisão bibliográfica, os impactos, benefícios e limitações do uso de IA no ensino de ILE no contexto brasileiro, oferecendo sugestões para professores e gestores.
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1. Conceito e Relevância da IA no Ensino de Línguas
As aplicações da Inteligência Artificial (IA) no Ensino de Língua Estrangeira (ELE) encontram sólido alinhamento com a Teoria Sociocultural de Vygotsky e com as hipóteses de Input e Output Linguístico. As ferramentas de IA funcionam como Sistemas Adaptativos Autônomos (D'Esposito e Gartner, 2024), atuando como mediadoras que otimizam o processo de aquisição e preenchem lacunas da sala de aula tradicional.
Sob a ótica vygotskyana, a IA pode ser interpretada como um mecanismo de scaffolding (andaimagem), capaz de oferecer suporte interativo e feedback imediato. Esse suporte é crucial para que o estudante opere na sua Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), superando tarefas que não realizaria sozinho. A personalização é o eixo central dessa mediação pedagógica, pois as plataformas adaptam o conteúdo e a dificuldade ao ritmo individual do aluno.
2.2. Contribuições Teóricas e Aplicações Práticas
Em um contexto prático, a IA é empregada para otimizar o Input e o Output linguístico. Para o Input, ferramentas como tradutores automáticos (Al-Khawaja, 2023) ou geradores de conteúdo facilitam a exposição a uma vasta quantidade de textos autênticos e relevantes, ajustados ao nível de proficiência.
Já no que tange ao Output, o uso de ferramentas de IA, como chatbots e geradores de imagens, auxilia na criação de sequências didáticas, incentivando a produção de textos e mídias em língua estrangeira. Essa prática fortalece a Hipótese do Output, forçando o aluno a negociar significado de forma precisa, e cumpre a premissa dos multiletramentos da BNCC, promovendo maior engajamento e autonomia.
Os estudos convergem na identificação de benefícios importantes, como a personalização da aprendizagem, onde plataformas baseadas em IA adaptam os níveis de dificuldade, o ritmo e o conteúdo para cada estudante. Adicionalmente, a oferta de feedback imediato, particularmente por meio de ferramentas de reconhecimento de fala, reduz a ansiedade linguística dos alunos e aumenta a autonomia na correção de erros.
2.3. Desafios e Lacunas na Literatura
Apesar dos benefícios evidentes, a implementação da IA no ensino de ILE no contexto brasileiro é confrontada por limitações e desafios estruturais.
· Infraestrutura Desigual e Disparidade Digital: Dados do Censo Escolar (INEP, 2024) revelam que milhões de estudantes não usam a internet para fins pedagógicos na escola, comprometendo a aplicação de tecnologias avançadas de forma equitativa e reforçando a disparidade socioeconômica.
· Formação Docente: A maioria dos professores não se sente preparada ou entende que os currículos de licenciatura oferecem pouca abordagem sobre as competências digitais necessárias para a integração crítica da IA em sala de aula (Webber e Flores, 2023; Parreira, Lehmann e Oliveira, 2021).
· Viés Algorítmico e Ética: Como os dados de treinamento são globais, existe o risco de perpetuação de estereótipos linguísticos e culturais do Inglês, exigindo do professor uma mediação crítica constante para desconstruir o que pode ser uma visão unilateral e enviesada (UNESCO, 2021).
A literatura atual, embora robusta em discutir as aplicações, apresenta lacunas em pesquisas longitudinais que avaliem o impacto cognitivo e socioemocional da IA a longo prazo, especialmente em contextos de baixa infraestrutura, e na proposição de modelos eficazes de formação continuada para o professor brasileiro de ILE.
3. CONCLUSÃO
A Inteligência Artificial (IA) não deve ser vista como um substituto, mas sim como um poderoso recurso que amplia as possibilidades de mediação pedagógica do professor. Os estudos revisados neste trabalho demonstram ganhos significativos em motivação, autonomia e proficiência quando a IA é integrada de maneira crítica e planejada ao currículo. Tais resultados validam o potencial da tecnologia para transformar o Ensino de Inglês como Língua Estrangeira (ILE), especialmente ao otimizar o input e o output linguístico dos estudantes.
Para que este impacto seja duradouro e verdadeiramente transformador, são imprescindíveis a garantia de infraestrutura tecnológica adequada e a formação docente contínua. Para responder à problemática que exigiu considerar o perfil socioeconômico dos estudantes, a implementação da IA deve ser tratada como uma questão de equidade educacional. Portanto, o sucesso da IA no ILE está intrinsecamente ligado à capacidade do sistema educacional brasileiro de superar as disparidades digitais. Sugere-se, assim, a criação urgente de redes de formação colaborativas, o investimento em recursos tecnológicos acessíveis a todos e a realização de pesquisas longitudinais sobre o impacto cognitivo e socioemocional da IA.
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AL-KHAWAJA, L. Artificial Intelligence in Education: Harnessing its Power as a Valuable Tool. International Journal of CALLT, v. 13, n. 1, 2023.
ANDRADE FILHO, M. A. S.; SOUZA, A. C. N.; NUNES, A. P. R. Ação tutorial e inteligência artificial: redefinindo a mediação pedagógica e a personalização do ensino. Cuadernos de Educación y Desarrollo, Portugal, v. 16, n. 5, 2024.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Ensino Fundamental e Médio. Brasília, DF: MEC, 2018.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo da Educação Básica 2023: notas estatísticas. Brasília, DF: INEP, 2024.
D’ESPOSITO, M. E. W.; GARTNER, S. Inteligência artificial no ensino-aprendizagem de línguas. RENOTE, Porto Alegre, v. 23, n. 1, 2024.
PARREIRA, A.; LEHMANN, L.; OLIVEIRA, M. O desafio das tecnologias de inteligência artificial na Educação: percepção e avaliação dos professores. Ensaio: avaliação depolíticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 29, n. 113, p. 975-999, out./dez. 2021.
RODRIGUES DOS SANTOS, M. C.; OLIVEIRA, F. K. de. O uso de inteligência artificial (IA) no ensino de espanhol: superando barreiras no ambiente escolar. RENOTE, Porto Alegre, v. 22, n. 3, p. 164-173, 2024.
UNESCO. Al and Education: Guidance for Policy-Makers. Paris: UNESCO, 2021.
WEBBER, C. G; FLORES, D. Ensino de Inteligência Artificial: Abordando Aspectos Éticos na Formação Docente. RENOTE, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 7-82, 2023.
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