Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

NOME DA UNIVERSIDADE
TRATAMENTO COM HOMEOPATIA EM ARARAS COM AUTOMUTILAÇÃO
Nome: 
RA:
Cidade
 2024
RESUMO
A automutilação é o problema mais comum e grave entre as aves selvagens. A causa deste comportamento pode ser infecciosa, parasitária ou nutricional, mas o mais interessante estas incluem razões psicológicas (habitação, ambiente, atenção dada, etc.). Embora alguns exames laboratoriais possam ser úteis, é difícil fazer um diagnóstico preciso. Na esfera da homeopatia, uma abordagem alternativa pode ser considerada para o gerenciamento, uma alternativa não invasiva para tratar condições comportamentais está disponível, ajudando a atingir um estado de equilíbrio físico e emocional. Este estudo teve como objetivo revisar a pesquisa científica disponível sobre a eficácia do tratamento homeopático para automutilação em araras, discutindo os princípios básicos deste tratamento e os resultados documentados da pesquisa científica.
Palavras-chave: Automutilação, aves silvestres, araras, homeopatia
ABSTRACT 
Self-mutilation is the most common and severe issue among wild birds. The causes of this behavior can be infectious, parasitic, or nutritional; however, psychological factors (such as housing, environment, and attention) are particularly noteworthy. Although laboratory tests can sometimes aid in diagnosis, identifying the precise cause remains challenging. Within the sphere of homeopathy, an alternative, non-invasive approach offers a potential avenue for managing behavioral conditions, aiming to achieve physical and emotional balance. This study seeks to review existing scientific research on the efficacy of homeopathic treatments for self-mutilation in macaws, discussing the fundamental principles of this approach and documented outcomes in scientific literature.
Keywords: Self-mutilation, wild birds, macaws, homeopathy.
INTRODUÇÃO
A automutilação é um complexo multifatorial de problemas comportamentais em aves e distribuído mundialmente. 
A automutilação em aves em cativeiro, especialmente araras, é um problema de saúde complexo que revela desequilíbrios multifatoriais. O ato de arrancar penas e ferir a pele pode ser de origem física, emocional ou ambiental , e é uma preocupação recorrente e importante entre cuidadores e profissionais de saúde veterinária.
O comportamento pode ser importante na identificação de causas psicológicas. A terapia de automutilação nem sempre é possível. Medicamentos, principalmente remédios psicotrópicos, melhoria da nutrição e relacionamentos mais próximos com pessoas que convivem com aves podem ajudar a reduzir ou até resolver este problema. O prognóstico é cauteloso porque às vezes, apesar do tratamento, não há melhora ou é temporário.
Outras formas de tratamentos alternativos são, por exemplo, homeopatia e remédios florais. Além disso, temos que corrigir as condições de alojamento, iluminação e alimentação e aumentar a socialização com outras aves (espelho). Durante o período de recuperação, o dono tem que prestar mais atenção ao seu animal.
Uma história detalhada do animal é de extrema importância em relação a uma síndrome de automutilação, uma vez que testes complementares de diagnóstico podem contribuir um pouco para o diagnóstico (CHRISMAN, 1985). Estresse e condições de vida inconvenientes são outros fatores etiológicos, seguidos por solidão, perda de um companheiro, mudança de ambiente, ansiedade, animais predadores no ambiente, morte do dono e ectoparasitas, como piolhos. No entanto, outros abrem caminho entre essas causas amplamente discutidas, incluindo disfunções sexuais e processos alérgicos.
Os sinais incluem: pés perfurados (especialmente em aves jovens), cabeça, rosto, estrias nas asas, penas arrancadas. As lesões post-mortem são caracterizadas por lesões relacionadas a certos sinais de exposição e anemia. O diagnóstico é feito com base na idade, distribuição das lesões e anemia. Diferença entre dermatite bacteriana e canibalismo post mortem. O tratamento é realizado corrigindo possíveis erros operacionais. Multivitaminas solúveis e/ou metionina podem ter algum benefício em alguns casos. A prevenção se dá por meio de densidade e temperatura adequadas, baixos níveis de luminosidade, controle de ectoparasitas e desenvolvimento de uma dieta que atenda rigorosamente às necessidades nutricionais das aves silvestres. 
O prognóstico e o tratamento independente da causa primária envolvida, pois é uma doença multifatorial. De modo geral, o prognóstico é bom e é preciso estar atento.
O tratamento é realizado no início do processo e somente quando o animal já está em estágio avançado da doença, completamente sem penas e com feridas por todo o corpo. Quanto ao tratamento, o programa inclui correção alimentar e uso de multivitamínicos, estudos sobre ectoparasitas (se positivo, é possível o tratamento de piolhos, geralmente com produtos à base de piretróides), utilize antibióticos de amplo espectro se necessário, principalmente em casos de dermatites ou soluções persistentes na pele. O uso de anti-histamínicos também é indicado em processos alérgicos. Ao mesmo tempo, é necessário examinar as alterações psicológicas que levam ao estresse nos animais, que é uma patologia muito comum em aves e animais selvagens e de difícil tratamento porque o estresse é uma doença relacionada às próprias limitações do animal.
Outra opção ideal é usar colar elisabetano, essa coleira é deixada no pescoço da ave até que uma ferida cicatrize e as penas cresçam, podendo ser aplicados medicamentos topicamente para inibir a automutilação, como nas áreas afetadas pelo extrato de aloe vera (babosa), que é muito amargo e pode prevenir animais de se machucarem. Uma tentativa de último recurso para melhorar o processo de automutilação é o uso de medicamentos psicotrópicos, por exemplo, haloperidol 0,15mg/kg/oral ou fluoxetina 2mg/kg/oral.
Devido à sua atitude holística, a homeopatia tem sido considerada uma alternativa terapêutica viável para tratar esses comportamentos, visualizando o animal como um todo e não apenas o sintoma isolado. O presente estudo é estruturado para revisar minuciosamente as obras da literatura disponível, examinar os mecanismos que levam à automutilação e a eficácia da homeopatia no manejo desses casos, observando as lacunas e apontando descobertas para pesquisas futuras.
2. TRATAMENTO HOMEOPÁTICO EM ARARAS 
O tratamento homeopático baseia-se no princípio de "semelhante cura semelhante", onde substâncias que causariam sintomas em um organismo saudável são utilizadas, em doses mínimas, para tratar os mesmos sintomas em um indivíduo doente. Isso é particularmente relevante para araras, já que a automutilação frequentemente resulta de uma combinação de estresse, ansiedade e distúrbios ambientais.
2.1 PRINCÍPIOS DA HOMEOPATIA
O tratamento homeopático baseia-se no princípio de "semelhante cura semelhante", onde substâncias que causariam sintomas em um organismo saudável são utilizadas, em doses mínimas, para tratar os mesmos sintomas em um indivíduo doente. Isso é particularmente relevante para araras, já que a automutilação frequentemente resulta de uma combinação de estresse, ansiedade e distúrbios ambientais.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
3.1 AUTOMUTILAÇÃO: CAUSAS E IMPACTOS
A automutilação em araras pode ser atribuída a:
· Estresse ambiental: enjaulamento desfavorável, nenhum contato social e nenhum exercício físico ou mental.
· Desequilíbrios nutricionais: Dietas são desequilibradas com vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais.
· Doenças: Dermatofilose, parasitas e outras doenças internas.
· Transtornos psicológicos: Ansiedade e tédio geralmente resultam de sofrimento psicológico. 
3.2 HOMEOPATIA EM MEDICINA VETERINÁRIA
A homeopatia é uma disciplina naturopática baseada no princípio de que "semelhante cura semelhante". Na prática da medicina veterinária, esse princípio é aplicado para estimular o corpo a restaurar seu equilíbrio natural. A adequação de tratar a ansiedade e a compulsividade de aves da ordem Psittaciformes,com critérios como Ignatia amara ou Aconitum napellus para calma e bem-estar geral, está de fato comprovada.
Relatos de veterinários especializados mostram que o uso de homeopatia em araras pode levar a melhorias significativas. Por exemplo, uma arara que havia perdido grande parte das penas e apresentava lesões cutâneas graves apresentou recuperação completa após o uso de Ignatia Amara em combinação com manejo ambiental adequado.
4. METODOLOGIA DE REVISÃO
Um estudo de pesquisa foi realizado pesquisando bancos de dados como Google Scholar e PubMed usando palavras-chave, incluindo "automutilação em araras", "homeopatia para arrancar penas" e "distúrbios comportamentais aviários". Os estudos publicados entre 2010 e 2023 foram revisados, com preferência dadas a revisões sistemáticas, estudos de caso ou relatórios clínicos que envolvam relevância prática.
5. DISCUSSÃO
5.1 ESTUDOS SOBRE HOMEOPATIA EM PSÍTACÍDEOS 
Graham et al. (2017): Neste estudo, o tratamento de papagaios cinzentos africanos com Ignatia amara resultou em uma resposta de 75% para redução de automutilação com significância estatística ao final de 12 semanas.
Miller et al. (2019): O tratamento com Argentum nitricum foi associado à redução de comportamentos compulsivos induzidos por alteração ambiental em psitacídeos.
5.2 BENEFÍCIOS DO TRATAMENTO HOMEOPÁTICO
Efeito Suave e Não Invasivo: A homeopatia é bem tolerada pelas araras, sem os efeitos colaterais comuns a medicamentos alopáticos.
Abordagem Holística: Trata tanto os sintomas físicos quanto as causas psicológicas e emocionais.
Prevenção de Recorrências: Ao equilibrar o organismo, reduz a probabilidade de novos episódios de automutilação.
5.3 FORMA DE ADMINISTRAÇÃO
Os medicamentos homeopáticos são geralmente administrados em forma líquida, diluídos na água de bebida da ave ou aplicados diretamente no bico, dependendo da prescrição do veterinário especializado. É essencial observar a ave regularmente para avaliar a eficácia do tratamento e ajustar as doses, se necessário.
5.4 REMÉDIOS COMUNS NA HOMEOPATIA PARA ARARAS
Diversos medicamentos homeopáticos podem ser usados, dependendo dos sintomas e da causa principal. Entre os mais comuns estão:
Ignatia Amara: Útil em casos de estresse emocional, como perda de um companheiro ou mudanças no ambiente.
Arsenicum Album: Indicada para aves com comportamento ansioso e agitado, que apresentam coceira excessiva.
Sulphur: Utilizada em casos de dermatites ou irritações cutâneas associadas à automutilação.
Natrum Muriaticum: Para aves que apresentam tristeza ou solidão, fatores comuns em cativeiro.
Pulsatilla: Indicada para aves que buscam atenção constante ou têm dificuldade de adaptação ao ambiente.
5.5 IMPORTÂNCIA DO MANEJO INTEGRADO 
A literatura sugere que a eficácia dos remédios homeopáticos é mais percebida quando combinada com:
· Enriquecimentos ambientais: O fornecimento de brinquedos, poleiros e interações sociais.
· Manejo nutricional: A dieta inclui sementes, frutas frescas e suplementação vitamínica.
5.6 LIMITAÇÕES E LACUNAS
Além dos resultados promissores, a homeopatia é desafiada pela ausência de ensaios clínicos adequados e pela demanda por protocolos específicos sobre aves exóticas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A homeopatia é fundada no princípio da Lei dos Semelhantes, por meio de quais semelhantes curam semelhantes. Na medicina veterinária, isso estimula o corpo a restaurar seu próprio equilíbrio saudável. Exemplos como Ignatia amara e Aconitum napellus têm sido usados para tratar ansiedade e comportamentos compulsivos em psitacídeos para promover calma e bem-estar geral.
A automutilação é um distúrbio sutil porque muitas vezes não tem causa física, mas sim psicológica. A prevenção ainda é a melhor abordagem, por isso a coisa certa a fazer é permitir que as aves em cativeiro vivam uma vida tão digna quanto possível. É preciso considerar a qualidade de vida desses animais, e esta doença é o melhor exemplo de somatização de doenças mentais em animais.
Ao longo de sua vida. A qualidade de vida inclui coisas como a gestão adequada de espécies, alimentos e meio ambiente relevante.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS 
van Zeeland, Y. R. A., et al. (2013). Behavioral disorders in parrots: Causes and treatment strategies. Journal of Avian Medicine.
Graham, P., et al. (2017). Homeopathic treatment for feather plucking in African Grey Parrots. Veterinary Research Forum.
Miller, D., et al. (2019). Use of Argentum nitricum in the treatment of anxiety-induced feather plucking in parrots. Journal of Exotic Pet Medicine.
Hahnemann, S. (2009). Organon of the Medical Art. Translation by Wenda Brewster O'Reilly.
Disponível em:http://www.thepoultrysite.com. Acesso em 10 de março de 2008. acesso em 08/04/2008.
Disponível em:http://www.anclivepa-sp.org.br. Acesso em 10 de março de 2008.
CHERYL L. CHRISMAN. Neurologia dos pequenos animais, 1ª edição, Editora Roca, São Paulo, 1985, p. 403 a 410.
SWENSON, M. J. ; REECE, W. O. ; Dukes. Fisiologia dos animais domésticos, 11ª edição, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1996, pág. 727.
https://www.conhecer.org.br/enciclop/2023B/sindrome

Mais conteúdos dessa disciplina