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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP 
 
EDUARDA APARECIDA DE LIMA PERLOTTI – G979753 
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA BARBOSA – F357CG1 
JOÃO PEDRO DE OLIVEIRA NUNES – R0821B5 
MARIA ELOISA DOMINGOS – G95GBF0 
RAFAELA TOMÉ SILVA – G9412B0 
 
 
 
 
 BIOGRAFIA E TEORIA DE VYGOTSKY 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campus São José do Rio Pardo 
3º /4º Semestre de 2025/Noturno 
 
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EDUARDA APARECIDA DE LIMA PERLOTTI – G979753 
JOÃO PAULO DE OLIVEIRA BARBOSA – F357CG1 
JOÃO PEDRO DE OLIVEIRA NUNES – R0821B5 
MARIA ELOISA DOMINGOS – G95GBF0 
RAFAELA TOMÉ SILVA – G9412B0 
 
 
 
 
 
 
 
 ATIVIDADE DE PRÁTICA SUPERVISIONADA: BIOGRAFIA E TEORIA DE 
VYGOTSKY 
 
 
 
Atividade Prática Supervisionada apresentada à 
disciplina de Psicologia Sociointeracionista, do 
Curso de Psicologia, da Universidade Paulista – 
UNIP, como pré-requisito parcial para obtenção 
de nota semestral, sob orientação da Profª. Drª. 
Raquel Gonçalves Octávio. 
 
Campus São José do Rio Pardo 
3º /4º Semestre de 2025/Noturno 
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SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................4 
2 BIOGRAFIA DE VIGOTSKY...............................................................................4 
3 TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA ............................................................................5 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
Este trabalho acadêmico insere-se na disciplina de Psicologia Sociointeracionista e 
apresenta como eixo temático os conceitos e fundamentos sobre a biografia e teorias do 
psicólogo, Lev Vygotsky. Trata-se de teorias sobre a aprendizagem, além das informações 
conhecidas sobre a vida do psicólogo, juntamente com seus princípios de suma importância 
para a prática profissional em Psicologia. Importante registrar que este trabalho integra a 
atividade prática supervisionada da disciplina acima mencionada. Para tratar desse eixo 
temático foram utilizados aportes teóricos do próprio autor. 
 
2. BIOGRAFIA DE VIGOTSKY 
Lev Semenovich Vygotsky foi um psicólogo russo cuja obra, embora interrompida por 
sua morte prematura, lançou as bases para uma revolução na forma como era compreendido o 
desenvolvimento e a aprendizagem. Suas ideias emergiram durante a Revolução Russa, uma 
resposta direta ao acontecimento histórico de maneira não apenas a construir uma nova 
sociedade, mas restabelecer sua base, criando um tipo de ser humano antes desconhecido. 
Propondo uma ideia radical, desfocada de sua época, Vygotsky traça seus próprios conceitos: 
o ser humano não nasce pronto, muito menos pode ser considerado um mero produto do 
ambiente em que se encontra - pelo contrário, se constituí como homem a partir do momento 
em que se torna ser ativo de suas interações com os outros, e com a cultura que está inserido. 
Nascido no dia 17 de novembro de 1896 na cidade de Orsha, capital da Belarus, país 
onde se encontrava a extinta união soviética, Vygotsky recebeu uma educação privilegiada, 
realizada em casa por meio de tutores particulares. Sua formação acadêmica foi bastante 
diversificada, inicialmente graduando-se em Direito pela Universidade de Moscou e, 
simultaneamente, aprofundou seus estudos em Psicologia, Filosofia e Literatura na 
Universidade Popular de Shanyavskii. Anos mais tarde, estudou também Medicina, devido ao 
seu interesse em compreender o funcionamento psicológico do ser humano a partir de 
problemas neurológicos. 
A partir de 1920, conviveu com a Tuberculose. Em 1924, casou-se com Roza Smekhova 
com quem teve duas filhas. Nesse mesmo ano mudou-se para Moscou para trabalhar no instituto 
de psicologia, em conjunto com Aleksei Leontiev e Aleksander Luria. Com seus colaboradores, 
Vygotsky desenvolveu um estudo cooperativo entre funcionamento cognitivo dos grupos que 
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apresentam formas culturais tradicionais e grupos que passam por uma mudança cultural 
acelerada. 
Os resultados desse trabalho provocaram sérias críticas ao governo soviético. Em função 
disso, um ano pós a sua morte prematura aos 37 anos, seus escritos foram censurados e 
proibidos na União Soviética, sendo publicados somente 40 anos mais tarde por estudiosos que 
se voluntariaram para escrever e posteriormente, publicar tanto suas teorias, como sua biografia. 
 
3. TEORIA SÓCIO-HISTÓRICA 
 
A Teoria Socio-Histórica de Vygotsky enfatiza o desenvolvimento cognitivo dos 
indivíduos como um processo social e cultural que sofre alterações ao decorrer do tempo, 
recebendo influências diretas. Pode-se citar como conceito a Teoria da Zona de 
Desenvolvimento Pessoal (ZDP), o espaço entre o que o indivíduo consegue realizar com 
autonomia, ou seja sem mediação, e o que se mostra necessário o apoio de pessoas com 
experiência mais apurada (os mediadores). 
De acordo com o autor, o nível de desenvolvimento real corresponde às habilidades e 
tarefas que a criança já apresenta domínio, sem necessidade de ajuda. Já o nível de 
desenvolvimento potencial refere-se ao o que o indivíduo consegue executar apenas com o 
apoio de outra pessoa, seja um educador ou um colega que possua maior conhecimento sobre a 
atividade que está sendo realizada. 
A ZDP, portanto, não deve ser compreendida de forma inadequada e superficial, mas 
como uma dimensão totalmente dialética, na qual a aprendizagem ocorre de forma mais efetiva. 
É nesse campo que a intervenção pedagógica se destaca, pois possibilita que o estudante avance 
em seu processo de desenvolvimento a partir da mediação. 
 
Também de grande importância está a Mediação, o conceito desenvolvido por Vygotsky 
que considera a relação do ser humano com o mundo de forma totalmente indireta. Essa 
interação é sempre mediada por "ferramentas" que auxiliam a interagir com o ambiente e com 
nós mesmos. Existem dois tipos principais de mediadores: os instrumentos e os signos. 
Os instrumentos, são ferramentas físicas, externalizadas, que dão auxílio nas ações 
concretas do homem, ou seja, objetos com utilidades únicas já postuladas. Um exemplo clássico 
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seria o machado, pois seria um objeto que por sua utilidade modifica a natureza que nos cerca. 
Já os signos são ferramentas mentais que auxiliam nos processos psicológicos e no controle do 
comportamento do próprio sujeito. A palavra ou um número são representações utilizadas pelo 
próprio teórico como representações. Vygotsky revolucionou a compreensão da relação entre 
pensamento e linguagem ao defender que ambos apresentam origens distintas, mas se integram 
em um momento crucial do desenvolvimento humano. 
No início da vida, pensamento e linguagem seguem trajetórias paralelas. De um lado, 
encontra-se a fase pré-verbal do pensamento, caracterizada por uma “inteligência prática” que 
possibilita à criança, assim como a alguns animais a resolução de problemas concretos sem o 
uso da linguagem, como, por exemplo, o ato de utilizar um objeto para alcançar outro que está 
fora de seu alcance. Por outro lado, observa-se a fase pré-intelectual da linguagem, manifestada 
pelo balbucio e pelas primeiras palavras, que inicialmente cumprem função social e expressiva, 
permitindo a comunicação e a expressão de emoções antes de se converterem em instrumentos 
do pensamento. 
Por volta dos dois anos de idade, essas duas linhas de desenvolvimento se entrelaçam. 
Nesse momento, o pensamento torna-se verbal e a linguagem torna-se racional. Para Vygotsky, 
trata-se de um marco essencial: é quando o ser humano deixa de ser apenas um organismo 
biológico para constituir-se como sujeito sócio-histórico, uma vez que a linguagem passa a 
mediar, organizar e transformar a atividade mental do sujeito em desenvolvimento. 
Oliveiradetalha o percurso funcional que a linguagem percorre nesse processo de 
desenvolvimento: 
1. Fala Social: A função inicial e primária da linguagem é a comunicação, a interação e o 
intercâmbio social. 
2. Fala Egocêntrica: Em uma fase de transição, a criança passa a falar para si mesma em voz 
alta, especialmente ao enfrentar tarefas desafiadoras. Essa fala não tem a intenção de 
comunicar-se com os outros, mas sim de orientar e planejar a própria ação e o próprio 
pensamento. É a manifestação externa de uma função que está migrando do plano interpessoal 
para o intrapessoal. 
3. Fala Interior (Pensamento Verbal): Gradualmente, a fala egocêntrica é internalizada, 
tornando-se o pensamento verbal silencioso. Essa fala interior, com sua gramática e sintaxe 
próprias, passa a ser a estrutura fundamental da consciência e do pensamento humano. 
 
 
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4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Ao passarmos sobre todo o processo de elaboração deste trabalho acadêmico, pode-se 
concluir a partir das teorias propostas por Vygotsky que a aprendizagem necessita da interação 
do ser humano com outros indivíduos. Fica evidente a necessidade de uma visão prospectiva 
do desenvolvimento, que olhe para além do que o indivíduo já sabe e foque em seu potencial 
de aprendizagem (a ZDP). Em suma, Vygotsky contribui para a Psicologia e para a Educação, 
relatando que a aprendizagem é cultural, social e dependente de um processo histórico. 
Assim sendo, se torna essencial para a orientação e compreensão do meio em que o 
sujeito vive, trazendo notoriedade para as mediações do mundo e a forma como o sujeito é 
afetado pelas próprias interações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
OLIVEIRA. M. K. VYGOTSKY. Aprendizado e Desenvolvimento um processo 
sócio-histórico. 4ª ed. São Paulo: Scipione, 1997

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