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21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 1/38 DINÂMICA DOS CORPOS AULA 6 Profª Eimi Veridiane Suzuki 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 2/38 CONVERSA INICIAL Até agora, estudamos o movimento dos corpos como se eles se comportassem como partículas; não definimos a posição exata das forças aplicadas a eles e o formato dos corpos não era relevante para o problema. TEMA 1 – MOVIMENTO PLANO DE UM CORPO RÍGIDO “O movimento plano de um corpo ocorre quando todas as partículas de um corpo rígido se deslocam ao longo de trajetórias que são equidistantes de um plano fixo” (Hibbeler, 2011). Existem três tipos de movimento plano. O primeiro, a translação, pode ser vista na Figura 1(a) e na Figura 1(b). Na 1(a), podemos ver uma translação retilínea, que é quando para quaisquer dois pontos do corpo, a trajetória desses dois pontos é sempre paralela. No segundo tipo, translação curvilínea, a distância entre dois pontos quaisquer do corpo é sempre a mesma. Figura 1 – Tipos de movimento plano 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 3/38 Fonte: Hibbeler, 2011. Outro tipo de movimento plano é a rotação em torno de um eixo fixo (Figura 1(c)), no qual temos um eixo e todas as partículas do corpo giram em torno desse eixo, sendo que as partículas sobre o eixo ficarão paradas. Já o movimento plano geral, mostrado na Figura 1(d), é uma combinação de translação e rotação, sendo que o eixo da rotação deve ser perpendicular ao plano de referência da translação. Veremos a translação e a rotação neste tema e o movimento plano geral no próximo. 1.1 TRANSLAÇÃO Considere a situação da Figura 2. Figura 2 – Situação 1 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 4/38 Fonte: Hibbeler, 2011. Sendo que rA e rB são vetores posição, temos que: E, como os pontos da trajetória têm sempre que se manter equidistantes: 1.2 ROTAÇÃO EM TORNO DE UM EIXO FIXO Quando temos uma rotação em torno de um eixo fixo, como na Figura , os pontos do corpo, que não estão no eixo, têm uma trajetória circular. Portanto, r é constante e o centro do círculo será em O. O ângulo θ é a coordenada angular, medida a partir de uma linha de referência, e tem o sentido anti-horário como positivo e é dado em radianos. Figura 3 – Rotação em torno de um eixo fixo 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 5/38 Fonte: Hibbeler, 2011. A velocidade angular ω, que é a taxa temporal de variação do ângulo é: A aceleração angular α, que é a taxa temporal de variação da velocidade angular é: Ou ainda, eliminando dt: Se a aceleração angular for constante, podemos usar: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 6/38 E se a velocidade angular for constante: Para o ponto P no plano sombreado da Figura , temos as relações: Ou, ainda com o produto vetorial: Já a aceleração do ponto P, temos sua componente normal e a componente tangencial: A aceleração, em termos de produto vetorial, é: 1.3 EXEMPLOS Exemplo 01: (Beer et al., 2019) A aceleração angular de uma oscilação de um eixo é definida pela relação α = –0,5ω, onde α é expresso em rad/s² e ω, em rad/s. Sabendo que em t = 0 a velocidade angular do eixo é 30 rad/s, determine: (a) o número de revoluções que o eixo executará antes de atingir o repouso; (b) o tempo necessário para o eixo atingir o repouso; (c) o tempo necessário para a velocidade angular do eixo reduzir para 2% do seu valor inicial. Solução: Organizando os dados: Para 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 7/38 Para Para Para (a) Como se trata de um eixo, temos rotação, aceleração angular em função da velocidade angular e queremos θ, podemos usar: Transformando em revoluções: (b) Como temos a aceleração angular em função da velocidade angular e agora queremos t, podemos usar: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 8/38 Nesse caso, queremos a velocidade angular igual a zero: (c) Temos: Substituindo na relação encontrada em (b): Exemplo 02: (Hibbeler, 2011) Um gancho está preso a uma corda, que está enrolada em torno do tambor. Se ele se desloca do repouso com uma aceleração de 6 m/s², determine a aceleração angular do tambor e sua velocidade angular após o tambor ter completado 10 revoluções. Quantas revoluções mais o tambor realizará após ele ter completado as 10 primeiras e o gancho continuar a se deslocar por 4 segundos? Fonte: Hibbeler, 2011. Solução: Organizando os dados: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 9/38 Como temos rotação, podemos utilizar a aceleração em um ponto, e como a aceleração do gancho é a aceleração tangencial da rotação do tambor: Agora, temos a aceleração angular e a coordenada angular. Podemos usar: Para a última pergunta, usamos: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 10/38 TEMA 2 – MOVIMENTO PLANO GERAL E CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Já vimos dois tipos de movimentos plano de um corpo. Agora, vamos estudar o terceiro tipo: o movimento plano geral. 2.1 MOVIMENTO PLANO GERAL O movimento plano geral é uma translação mais uma rotação. Podemos citar como exemplo uma roda em movimento; ela tem o movimento de translação em relação ao chão, e de rotação em torno do seu eixo central, como se pode ver na Figura 4. Figura pan >4 – Movimento plano geral Fonte: Beer et al., 2019. Outro exemplo é uma barra que pode deslizar em ambas as suas extremidades sobre um trilho, como a da Figura 5. Figura 5 – Barra Crédito: Elias Aleixo. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 11/38 Quando temos movimento plano geral para o vetor posição, temos: Já para o deslocamento, temos: Sendo que os dois primeiros componentes descrevem a translação dos pontos B e A, respectivamente, e o último termo, a rotação em torno do eixo. Derivando em função do tempo, achamos as velocidades: Ou seja: E, como o último termo é referente à rotação: Derivando a equação da velocidade em função do tempo: Como o último termo é referente à rotação, podemos dividir em uma componente normal e uma componente tangencial: E como: Então: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 12/38 2.2 CENTRO INSTANTÂNEO DE VELOCIDADE NULA Se temos um corpo rígido em movimento plano geral, sempre haverá um ponto no qual a velocidade dele será momentaneamente zero, e os outros pontos do corpo se movimentarão em torno dele, facilitando o cálculo da velocidade nos outros pontos. Esse ponto de velocidade momentaneamente zero é chamado de centro instantâneo de velocidade nula (CI), e nem sempre está contido no corpo, ou seja, ele pode não ser um ponto que faz parte do corpo, sendo apenas um ponto no qual o corpo girará ao redor momentaneamente. Como a velocidade nesse ponto será nula, então: Para localizar o centro instantâneo de velocidade nula, temos três possibilidades. Para a primeira, temos o vetor velocidade, e sabemos que o vetor posição entre o centro instantâneo de velocidade nula e o vetor velocidade para o ponto terão que ser perpendiculares, como mostra a Figura 6. Para essa situação, temos que conhecer o vetor velocidade e a velocidade angular no ponto, visto que: Figura 6 – Vetor posição entre o centro instantâneo de velocidade nula e vetor velocidade para o ponto perpendiculares Fonte: Hibbeler, 2011. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 13/38 A segunda possibilidade é que conhecemos o vetor velocidade de dois pontos e esse vetores não são paralelos. Nesse caso, traçamos uma perpendicular do vetor velocidade nos dois pontos estudados, e o ponto em que as linhas se cruzarem será o centro instantâneo de velocidade nula (Figura 7). Figura 7 – Perpendicular do vetor velocidade Fonte: Hibbeler,2011. Já para a terceira situação, temos dois vetores velocidade que são paralelos. Nesse caso, acharemos o centro instantâneo de velocidade nula por semelhança de triângulos. A Figura 8 mostra duas situações como exemplos. Figura 8 – Dois vetores velocidade paralelos Fonte: Hibbeler, 2011. 2.3 EXEMPLO Exemplo 1: O carretel de fita e sua estrutura de apoio são puxados para cima com uma velocidade vA = 750 mm/s. Sabendo que o carretel de raio 80 mm tem uma velocidade angular de 15 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 14/38 rad/s no sentido horário e que no instante mostrado na figura a espessura total da fita no carretel é de 20 mm, determine: (a) o centro instantâneo de rotação do carretel; (b) as velocidades dos pontos B e D. Crédito: Elias Aleixo. Solução: Organizando os dados: (a) Localizando o CI: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 15/38 O CI vai ficar a 50 mm para a direita do ponto A. (b) Para achar a distância entre o ponto B e o CI: (c) Agora, fazemos o mesmo processo para o ponto D: Exemplo 02: (Hibbeler, 2011) O bloco deslizante se desloca com uma velocidade vB = 1,5 m/s e uma aceleração aB = 0,9 m/s². Determine a aceleração angular da barra AB no instante mostrado. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 16/38 Solução: Organizando os dados: Como a barra tem ambos os movimentos, rotação e translação, temos um movimento plano geral. Podemos aplicar a equação da aceleração para os pontos A e B, e para isso precisamos da velocidade angular da barra e a aceleração no ponto A. Para a velocidade angular, vamos encontrar o centro instantâneo de velocidade nula da barra naquele instante: Então: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 17/38 Para achar a aceleração no ponto A, precisaremos da velocidade no ponto: Como o ponto A está se movendo por um caminho circular, a componente normal da aceleração será: E como: Então: O sentido da aceleração normal no ponto A será para o centro do círculo de raio 0,45m. Já a componente tangencial vai tangenciar o círculo naquele ponto, ou seja, terá a direção para baixo. Agora, aplicando a equação da aceleração para os pontos A e B: Separando os componentes i: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 18/38 A aceleração angular da barra AB no instante mostrado será 3,7 rad/s², no sentido horário. TEMA 3 – MOVIMENTO PLANO DE UM CORPO RÍGIDO: FORÇA E ACELERAÇÃO Antes de verificar como funciona a aplicação da segunda lei de Newton para o movimento plano de um corpo rígido, precisamos rever alguns conceitos: 3.1 CENTRO DE MASSA E MOMENTO DE INÉRCIA DE MASSA O centro de massa é a posição da média das massas de um corpo. Imagine um corpo qualquer, composto de várias partículas. Cada partícula tem um peso, que é orientado para o centro da Terra. Generalizando, os vetores pesos dessas partículas são paralelos, e a resultante da soma de todos esses vetores estará localizada no centro de massa (G). O centro de massa varia de acordo com o formato e a densidade do corpo. Ou em função do volume: Já o momento de inércia de massa (I) é o quanto o corpo resiste à aceleração angular. O momento de inércia sempre será em relação a um eixo, por exemplo, Iy é quanto o corpo resiste à aceleração angular em torno do eixo y. O momento de inércia é dado pela equação: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 19/38 Se o momento de inércia for em relação ao eixo que passa por G, em um elemento plano, chamamos de IG, e se ele é conhecido, pode-se determinar qualquer outro momento de inércia que tenha o eixo paralelo ao eixo de IG. Se o objeto é composto, usa-se: em que d é a distância perpendicular entre os dois eixos. Várias figuras têm fórmulas tabeladas para achar o valor de I. Outra maneira de se achar o momento de inércia é por meio do raio de giração (k), que é uma propriedade geométrica da peça. 3.2 TRANSLAÇÃO: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO Na translação retilínea, a aceleração angular é nula, e a aceleração será igual para todas as partículas que formam o corpo. Os diagramas de corpo livre e cinético para a translação retilínea são mostrados na Figura 9. Figura 9 – Diagramas de corpo livre e cinético Fonte: Hibbeler, 2011. Para esse caso, as equações são: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 20/38 Já no caso de a trajetória ser curva — ou seja, as trajetórias dos pontos serem curvas e paralelas —, os diagramas de corpo livre e cinético para a translação serão como mostrados na Figura 10. Figura 10 – Diagramas de corpo livre e cinético para a translação Fonte: Hibbeler, 2011. Já as equações de trajetória curva são: 3.3 ROTAÇÃO EM TORNO DE UM EIXO FIXO: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO Seja o corpo mostrado na Figura 11, o qual está rotacionando ao redor do ponto O. Podemos ver os diagramas de corpo livre e cinético na Figura 12. Figura 11 – Corpo rotacionado ao redor do ponto O 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 21/38 Fonte: Hibbeler, 2011. Figura 12 – Diagramas de corpo livre e cinético Fonte: Hibbeler, 2011. As equações para a rotação em torno de um eixo fixo são: Onde leva em consideração e em relação ao ponto O. 3.4 MOVIMENTO PLANO GERAL: EQUAÇÕES DE MOVIMENTO 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 22/38 Sendo o corpo rígido mostrado na Figura 13, que vai estar em movimento plano geral, ou seja: temos aplicadas forças e momentos que geram os movimentos de tranlação e rotação. A Figura 14 mostra os diagramas de corpo livre e cinético para esse corpo. Figura 13 – Corpo rígido Fonte: Hibbeler, 2011. Figura 14 – Diagramas de corpo livre e cinético Fonte: Hibbeler, 2011. Para o movimento plano geral, temos as seguintes equações: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 23/38 Onde , momento cinético ao redor do ponto P, representa a soma dos momentos e . 3.5 EXEMPLOS Exemplo 01: (Hibbeler, 2011) A pá única PB do ventilador tem massa de 2 kg e um momento de inércia IG = 0,18 kg . m² em relação a um eixo passando pelo seu centro de massa G. Se a pá é submetida a uma aceleração angular de 5 rad/s² e tem uma velocidade angular ω = 6 rad/s quando está na posição vertical mostrada, determine a força normal N, a força de cisalhamento V e o momento de flexão M interno que o cubo exerce sobre a pá no ponto P. Solução: Organizando os dados: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 24/38 O próximo passo é desenhar os diagramas de corpo livre e cinético. Aplicando as equações de movimento para rotação em torno de um eixo fixo: Exemplo 02: Um tambor de 60 mm de raio está preso a um disco de 120 mm de raio. O disco e o tambor têm massa total de 6 kg e um raio de giração combinado de 90 mm. Uma corda é presa como mostra a figura e puxada com uma força P de intensidade 20 N. Sabendo que o disco rola sem deslizar, determine: (a) a aceleração angular do disco e a aceleração G; (b) o valor mínimo do coeficiente de atrito estático compatível com esse movimento. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 25/38 Crédito: Elias Aleixo. Solução: Organizando os dados: Agora, vamos desenhar o diagrama de corpo livre e o digrama cinético. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 26/38 Crédito: Elias Aleixo. (a) Estamos lidando com movimento plano geral, então, para achar a aceleração angular da rotação: O momento de inércia será: Aplicando as equações de movimento plano geral: E como: (b) Para achar o coeficiente de atrito estático, vamos aplicar as outras equações de movimento plano geral, e como não há movimento em y: E com a equação do atrito estático, temos: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 27/38 TEMA 4 – MOVIMENTO PLANO DE UM CORPO RÍGIDO:TRABALHO E ENERGIA Agora, vamos aplicar métodos de trabalho e energia em problemas de movimento plano de um corpo rígido. 4.1 TRABALHO O trabalho realizado por uma força é: Relembrando que, quando o angulo (ângulo entre a força e o deslocamento) e a força forem constantes, podemos usar: As forças que realizam trabalhos são as forças externas, mas nem toda força externa realiza trabalho. As reações de apoio, por exemplo, são forças externa que não realizam trabalho. Já o trabalho realizado por um momento é dado por: E se o momento M for constante: 4.2 ENERGIA CINÉTICA Vamos ver como a energia cinética se comporta em todos os tipos de movimento plano. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 28/38 Na translação, podemos escrever a equação da energia cinética como: Na rotação, podemos ter a velocidade ( ) e a velocidade angular (ω), então podemos dizer que a energia cinética é: Como : No movimento plano geral, também temos a velocidade ( ) e a velocidade angular (ω), então a equação da energia cinética também fica: Sendo o momento de inércia em relação ao centro instantâneo de velocidade nula. 4.3 PRINCÍPIO DO TRABALHO E ENERGIA Já vimos que o princípio do trabalho e energia diz que a variação da energia cinética da partícula é o trabalho da força F. Sendo que as energias cinéticas inicial e final incluem as parcelas de translação e rotação do corpo. 4.4 CONSERVAÇÃO DE ENERGIA O método de conservação de energia para a resolução de um problema é útil quando temos somente forças conservativas. E a equação para esse método é: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 29/38 4.5 POTÊNCIA Potência se relaciona à quantidade de tempo para a realização de um trabalho, e é dada pela equação: Mas, se tivermos um corpo rígido que tem uma velocidade angular (ω) e um momento M, paralelo ao eixo de rotação, temos: 4.6 EXEMPLOS Exemplo 01: (Beer et al., 2019) Um rotor de motor elétrico tem uma velocidade angular de 3.600 rpm quando a carga e a energia elétrica são desligadas. O rotor de 50 kg, que tem um raio de giração centroidal de 230mm, chega então ao estado de repouso. Sabendo que o atrito cinético do rotor produz um binário de intensidade de 3,4 N.m, determine o número de revoluções que o rotor executa antes de chegar ao repouso. Solução: Organizando os dados: Calculando o momento de inércia: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 30/38 Para usarmos o princípio de trabalho e energia, temos que achar a energia cinética antes e depois. Agora, vamos achar o trabalho: Princípio de trabalho e energia: Exemplo 02: (Hibbeler, 2011) Um homem com massa 75 kg está agachado na extremidade do trampolim, como mostra a figura. Nessa posição, o raio de giração em relação a seu centro de gravidade é kG = 0,36 m. Enquanto mantém sua posição em θ = 0°, ele gira em torno da ponta dos pés em A até perder o contato com a plataforma, quando θ = 90°. Se ele permanecer rígido, determine de forma aproximada quantas revoluções ele completará antes de atingir a água, após uma queda de 9 m. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 31/38 Solução: Organizando os dados: Usando o método de conservação de energia para 1-2 em A: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 32/38 Como: Como de 2-3 é queda livre, pode-se usar: Como o tempo não pode ser negativo, descartamos t’. Durante a queda, nenhuma força causa uma aceleração angular. TEMA 5 – MOVIMENTO PLANO DE UM CORPO RÍGIDO: IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO Agora, vamos estudar como aplicar os princípios de impulso e quantidade de movimento para resolver problemas de movimento plano de um corpo rígido. 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 33/38 5.1 QUANTIDADE DE MOVIMENTO LINEAR E ANGULAR Para descobrir a quantidade de movimento linear de um corpo rígido, temos: Já para descobrir a quantidade de movimento angular de um corpo rígido, temos: Se estivermos falando especificamente de translação, a velocidade angular é zero e, portanto, a quantidade de movimento angular de um corpo rígido será nula. Já para a rotação, além das duas últimas equações citadas anteriormente, e como , podemos escrever, para um ponto O que é diferente de G, que: Para o movimento plano geral, temos as duas primeiras equações deste tema e uma equação em relação ao centro instantâneo de velocidade nula. 5.2 PRINCÍPIO DE IMPULSO E QUANTIDADE DE MOVIMENTO Como foi visto na Aula 5, a equação do princípio de impulso e quantidade de movimento linear pode ser escrita como: Mas, aqui estaremos analisando a velocidade do centro de massa do corpo. Para o princípio de impulso e quantidade de movimento angular, quando os movimentos que ocorrem no eixo x-y: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 34/38 5.3 CONSERVAÇÃO DA QUANTIDADE DE MOVIMENTO A quantidade de movimento linear do sistema é constante quando não há forças externas agindo no corpo. A equação da conservação da quantidade de movimento linear é: Já a equação da conservação da quantidade de movimento angular é: 5.4 EXEMPLOS Exemplo 01: (Hibbeler, 2011) A raquete de tênis tem um centro de gravidade em G e um raio de giração em relação a G kG = 0,1875 m. Determine a posição P em que a bola tem que ser rebatida de maneira que nenhuma “picada” seja sentida pela mão segurando a raquete, ou seja, a força horizontal exercida pela raquete na mão seja zero. Solução: Organizando os dados: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 35/38 Primeiramente, vamos calcular o momento de inércia: Vamos presumir que a raquete esteja inicialmente em repouso e que gire, com uma velocidade angular (ω), até o momento do impacto. Imediatamente após o impacto há um impulso de . Agora, em relação ao ponto P: Agora, temos um sistema: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 36/38 Exemplo 02: (Hibbeler, 2011) O corpo de um satélite C tem massa de 200 kg e um raio de giração em relação ao eixo z de kz = 0,2 m. Se o satélite gira em torno do eixo z com uma velocidade angular de 5 rev/s quando os painéis solares A e B estão em uma posição de θ = 0°, determine a velocidade angular do satélite quando os painéis são girados para uma posição de θ = 90°. Considere cada painel solar como uma placa fina com uma massa de 30 kg. Despreze a massa das barras. Solução: Organizando os dados: Primeiramente, vamos calcular o momento de inércia para os dois momentos. Como se trata de um objeto composto, usamos: Do apêndice do livro do qual a questão foi retirada, temos: 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 37/38 Fonte: Hibbeler, 2011. Então: Então, como não há forças externas agindo no satélite, podemos usar conservação da quantidade de movimento: FINALIZANDO 21/03/2023, 17:15 UNINTER https://univirtus.uninter.com/ava/web/roa/ 38/38 Nesta aula, aprendemos o que é movimento plano de um corpo rígido e seus três tipos: translação, rotação em torno de um eixo e movimento plano geral. No movimento plano de um corpo rígido. não trabalhamos mais como se um corpo fosse uma partícula e, sim, um corpo com dimensões, então revimos os conceitos que estudamos nas aulas anteriores para o movimento plano. Estudamos exemplos dos assuntos apresentados, mas, para melhor fixar o conteúdo, faça mais exercícios que abordem os assuntos desta aula. REFERÊNCIAS BEER, F. P. et al. Mecânica vetorial para engenheiros: dinâmica. 11. ed. Porto Alegre: AMGH, 2019. BEER, F. P.; JOHNSTON JR., E. R. Mecânica vetorial para engenheiros: estática. 5. ed. rev. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2005. HIBBELER, R. C. Dinâmica: mecânica para engenharia. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2011.