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UNIDADE 3 Doenças ocupacionais. As doenças ocupacionais, também conhecidas como doenças laborais, são aquelas doenças desencadeadas ou agravadas pelo ambiente de trabalho. Em outras palavras, esse tipo de doença causa alteração na saúde do indivíduo, enquanto ele está executando determinada atividade profissional, ou em decorrência da repetição desta. Dessa forma, uma doença só pode ser considerada ocupacional, quando possui relação direta com o tipo de ocupação que aquele indivíduo exerce. Há diversos tipos de doenças ocupacionais, e as mais comuns são aquelas relacionadas ao sistema respiratório e as de pele. Elas causam o afastamento de milhares de trabalhadores de suas funções, todos os anos. Por exemplo, um trabalhador, que durante seu trabalho, está submetido a diversos agentes nocivos, tais como radioativos, físicos, biológicos e químicos, poderá desenvolver uma doença ocupacional, caso os níveis de exposição desses agentes sejam altos e ele esteja sem a proteção adequada. Dessa forma, a doença ocupacional é aquela em que o trabalhador ficou exposto a agentes nocivos para sua saúde, sem que houvesse a proteção necessária contra eles, ou ainda mesmo com a proteção, o grau de exposição foi acima do tolerável por lei, em períodos longos, médios ou curtos. Nesses casos, as doenças podem demorar anos para se manifestarem, mas quando o fazem a situação já está crítica. Essa é a grande diferença entre doença ocupacional e acidente de trabalho, tema que será melhor aprofundado na próxima unidade. Isso porque os acidentes de trabalho ocorrem de forma imediata, e são provocados pelos mais variados fatores e, entre eles, os mais comuns são: cortes, queimaduras, amputações de membros, quebraduras, entre outros. Para evitar o surgimento de doenças ocupacionais é necessário que o trabalhador fique atento aos menores sintomas de desconforto físico e/ou mental durante o trabalho e procure auxílio médico mesmo se o desconforto for leve. Dependendo do desenrolar da situação, é necessário pensar em uma mudança de função e, às vezes, até de profissão. Além disso, se faz necessária a conscientização de empregadores e trabalhadores quanto à importância do uso do EPI, da possibilidade de redução da jornada de trabalho e da pressão exercida sobre a equipe. As empresas devem adotar também um rigoroso Programa de Controle Médico de Saúdo Ocupacional, chamado de PCMSO, na tentativa de evitar ou minimizar a ocorrência de doenças laborais. Iremos conhecer as doenças ocupacionais mais frequentes: Asma Ocupacional: É uma forma de asma, caracterizada por obstruir as vias respiratórias, com sintomas de chiado no peito, falta de ar, tosse, aperto no peito e ainda espirros e olhos lacrimejando. A asma ocupacional é causada pela inalação acidental de substâncias alérgicas, tais como: linho, poeiras diversas, madeira, couro, borracha, entre outros. Diferentemente da asma, a asma ocupacional, possui caráter reversível, ou seja, a maioria desses sintomas desaparecem quando o trabalhador deixa de ter contato com tais substâncias nocivas, especialmente depois de um período prolongado como férias ou finais de semana prolongados. As doenças ocupacionais são consequências da espécie de trabalho executada e quando têm equiparação ao acidente de trabalho, geram para fins legais os mesmos benefícios e direitos. Lesão por Esforço Repetitivo (LER): A LER é um dos principais distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT). Ela se caracteriza por processos dolorosos decorrentes de relações de trabalho referentes às práticas do mundo moderno, ou seja, de atividades que exijam o esforço repetitivo, sejam elas de movimentos, posturas, sobrecarga mental e outras. Pode ocorrer tanto em mulheres quanto em homens, e em casos mais graves pode evoluir para a incapacidade total ou parcial, gerando a aposentadoria por invalidez. Para prevenir a LER, é importante que se reduzam os riscos ambientais, e interrompam as atividades que estão provocando dor, além disso, a busca de diagnóstico irá possibilitar a rápida reversão do quadro, sem necessidade de afastamento do trabalho. Fonte: http://www.fetecpr.org.br/importancia-da-luta-contra-ler-e-dort/ Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR): É uma doença que acarreta a diminuição na capacidade auditiva, decorrente exposição regular a níveis elevados de barulho. Além da perda da audição, o trabalhador ainda perde importantes índices de qualidade de vida, causando irritabilidade, ansiedade, isolamento e ainda aumento da pressão arterial. http://www.fetecpr.org.br/importancia-da-luta-contra-ler-e-dort/ Para diminuir os riscos frente a essas doenças, o aconselhável é que todos os trabalhadores façam uso de proteção adequada, de acordo com o nível de risco em cada tipo de trabalho. Além disso, é necessário o acompanhamento frequente de um responsável para que fiscalize os trabalhadores para que todos se cuidem e saibam que acidentes e problemas estão sempre suscetíveis de acontecer. Nos casos em que os trabalhadores já sofreram o problema, um acompanhamento psicológico também é aconselhável, para minimizar os problemas pelos quais os trabalhadores estão passando. Ainda é prudente que haja um Terapeuta Ocupacional nas empresas para auxiliar os trabalhadores na maneira mais prudente de se evitar futuros problemas. Dermatose Ocupacional: Também conhecida como DO, esse tipo de dermatose é caracterizada por alterações na pele e na mucosa, e englobam: dermatites de contato, cânceres, infecções, ulcerações. Essas alterações acontecem devido a exposição do trabalhador a determinados agentes de natureza química, física ou biológica, durante o desempenho de seu trabalho. Para prevenir as dermatoses ocupacionais, é interessante a realização de exames médicos periódicos, orientação dos empregadores, ou ainda afastamento do fator irritante que está causando essas dermatoses, quando possível. As doenças ocupacionais também podem ser de ordem psicológica, ou seja, nem sempre se expressam com sintomas físicos diagnosticados por exames, como nos exemplos mencionados anteriormente. Síndrome de Burnout: Esta doença ocupacional expressa um estado de exaustão emocional, mental e física causada por estresse excessivo e por longo período de tempo. Ocorre geralmente com profissionais que vivem estados de grande ansiedade em decorrência de atividades com alto nível de tensão, de pressão e de riscos. Atualmente, a síndrome de burnout é uma das principais doenças ocupacionais encontradas no meio empresarial, e deve-se prestar bastante atenção para não ser confundida com outras doenças, visto que ela pode se expressar no trabalhador com sintomas de agressividade, pressão alta, gastrite e úlceras em geral, fuga do trabalho (absenteísmo), cansaço constante, depressão, e até mesmo com acidentes de trabalho ocasionados pelas situações anteriores.