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Conteudista: Prof.ª M.ª Fernanda Mendes Revisão Textual: Prof.ª Dra. Selma Aparecida Cesarin Objetivos da Unidade: Compreender a organização e identificar quais são as diretrizes da Estratégia Saúde da Família (ESF); Compreender qual é a atuação do Enfermeiro que trabalha nas equipes de ESF. ˨ Material Teórico ˨ Material Complementar ˨ Referências Estratégia Saúde da Família (ESF) Introdução A Estratégia Saúde da Família tem em seu âmago, principalmente, a reorganização da Atenção Básica, estando sempre em sintonia com os princípios do Sistema Único de Saúde. É considerada, assim, uma estratégia que visa não somente a reorientar o processo de trabalho, mas também buscar dentro da expansão qualidade nos processos de trabalho, consolidando, assim, a Atenção Básica, proporcionando aos usuários (individual e coletivamente) maior resolutividade, impactando diretamente a efetividade em relação ao custo. Essa consideração apresentada sobre a ESF é executada pelo Ministério da Saúde, assim como os gestores estaduais e municipais, tendo como Órgãos representativos, respectivamente, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS). Figura 1 – ESF Fonte: Divulgação Prezados(as) estudantes, a seguir serão apresentadas especificidades da ESF, de acordo com a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB). 1 / 3 ˨ Material Teórico Equipe Multiprofissional (Equipe de Saúde da Família) A composição mínima exigida para uma Equipe de Saúde da Família é: Agentes Comunitários de Saúde (ACS) O número de ACS poderá sofrer variações de acordo com a população cadastrada. No entanto, deverá ser suficiente para manter a cobertura de 100% dela. Cada Agente Comunitário de Saúde deve assistir o máximo de 750 pessoas e cada Equipe de Saúde da Família deve ser composta no máximo por 12 ACS. O limite máximo recomendado apresentado não deverá ser ultrapassado. Uma possibilidade para a reorganização inicial da Atenção Básica é prevista com a implementação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde. Essa reorganização visa a implantar gradualmente a Estratégia Saúde da Família ou agregar os Agentes Comunitários a outras formas de organização da Atenção Básica. Os ACS possibilitam às equipes o conhecimento sobre realidades vivenciadas nas casas das famílias assistidas. Assim, torna-se fundamental a postura ética e humanizada, visto que os cenários encontrados e as realidades apresentadas deverão ser apresentados e discutidos apenas com a finalidade de atendimento e assistência integral aos pacientes. Itens necessários à implantação da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde nas Unidades Básicas de Saúde (BRASIL, 2012): 1 Médico generalista ou especialista em Saúde da Família ou Médico de Família e Comunidade; 1 Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; 1 Auxiliar ou Técnico de Enfermagem; 4 Agentes Comunitários de Saúde (ACS). Saiba Mais A composição da equipe mínima ainda pode ser acrescida de outros profissionais que vão compor a equipe multiprofissional, sendo eles: generalista ou especialista em saúde da família e profissionais de saúde bucal: Cirurgião Dentista, Auxiliar e/ou em Saúde Bucal. Além das incumbências de gestão e de atenção à saúde, naturais a quaisquer Enfermeiros, o Enfermeiro da Estratégia de Agentes Comunitários de Saúde terá como atribuição as tarefas de planejamento, coordenação e avaliação das ações elaboradas pelos Agentes Comunitários em Saúde (ACS). Figura 2 – Agentes Comunitários de Saúde (ACS) Fonte: rosariooeste.mt.gov Equipe de Saúde da Família Vale salientar que o número de pessoas por equipe deverá considerar, segundo recomendações da PNAB, o quão vulneráveis estão as famílias daquele território, de modo que são necessárias menos pessoas por equipe quanto maior for o grau de vulnerabilidade daquela população. Pode-se considerar família vulnerável a constituída por pessoas que apresentam fragilidades em seus recursos pessoais. Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência para a equipe de agentes comunitários de saúde: é obrigatória a existência de uma UBS que seja inscrita no sistema de cadastro nacional vigente; Um enfermeiro responsável no máximo por 12 ACS e, no mínimo, quatro, compondo desse modo, uma equipe de agentes comunitários de saúde; O cumprimento da carga horária integral de 40 horas semanais por toda a equipe de agentes comunitários, composta por ACS e enfermeiro supervisor. Fica garantido o financiamento das equipes de agentes comunitários de saúde já credenciadas em data anterior a esta portaria que não estão adequadas ao parâmetro de um enfermeiro para, no máximo, 12 ACS, porém extinta a possibilidade de implantação de novas equipes com essa configuração a partir da publicação desta portaria. As famílias que apresentam vulnerabilidades podem ser descritas como famílias disfuncionais ou famílias problemáticas. Faz-se necessário compreender que essas famílias, anteriormente mencionadas, podem ser reflexo de ausência ou carência de suporte social. Assim, as Unidades de Saúde atuam como suporte para compreender as fragilidades que assolam a família. A média recomendada para cada equipe é de 3.000 pessoas, priorizando o critério de equidade para definição do quantitativo. No entanto, algumas equipes são responsáveis por 4.000 pessoas, que é o máximo permitido. Os profissionais de saúde podem ser cadastrados em apenas uma esfera, exceto os profissionais Médicos, que poderão atuar no máximo em duas esferas e com limite de 40 horas semanais. Figura 3 – Médico atendendo paciente Fonte: Getty Images É essencial que as equipes estabeleçam vínculo com seus usuários, pois a postura ética e o cuidado humanizado são elementos fundamentais em uma assistência de Enfermagem de qualidade. Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas Equipes do Consultório na Rua As Equipes do Consultório na Rua atuam com o objetivo central de proporcionar oportunamente a atenção integral à Saúde das pessoas em situação de rua, ampliando, assim, o acesso das pessoas ao sistema de saúde. Essas equipes são compostas por profissionais que atuam na Atenção Básica. Eles são responsáveis por fazer a articulação entre saúde e pessoas em situação de rua, que são de responsabilidade de todos os profissionais do SUS, principalmente aqueles que trabalham na Atenção Básica. As atividades são realizadas de modo itinerante. As ações são desenvolvidas na rua, em instalações específicas, na unidade móvel e nas Unidades Básicas de Saúde do território em que se está trabalhando. É fundamental que as ações sejam desenvolvidas em cooperação com outros Órgãos de Saúde e Assistência Social presentes naquele território, dentre elas: Atenção Básica (UBS e NASF), Centros de Atenção Psicossocial, Rede de Urgência, Instituições que compõem o Sistema Único de Assistência Social, podendo incluir, ainda, outras Instituições da Sociedade Civil ou Públicas. As equipes dos Consultórios na Rua, muitas vezes, prestam atendimento com horários diurnos ou noturnos adaptados, para atender à demanda das pessoas em situação de rua. Essas equipes atendem todos os dias da semana e com cumprimento de no mínimo 30 horas semanais. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) podem ser vinculados às Equipes dos Consultórios nas ruas e, em caso de vínculo, as equipes serão consideradas, individualmente, como equipe da Saúde da Família, para o vínculo junto ao NASF. Em algumas Áreas ou municípios, o serviço dos Consultórios na Rua é inexistente. Nesses casos, a atenção à saúde ofertada aos cidadãos em situação de rua continua a ser de responsabilidade das equipes de Atenção Básica, que respondem pelo território em que essas pessoas vivem. - PNAB, 2012 “As equipes de saúde da família devem estar devidamente cadastradas no sistema de cadastro nacional vigente de acordo com conformação e modalidade de inserção do profissional médico. O processo de trabalho, a combinação das jornadas de trabalho dos profissionais das equipes e os horários e dias de funcionamento das UBS devem ser organizados de modo que garantam o maior acesso possível, o vínculo entre usuários e profissionais, a continuidade, coordenação e longitudinalidade do cuidado.” Figura 4 – Equipes do Consultório na Rua Fonte: curitiba.pr.gov Equipes de Saúde da Família para o Atendimento da População Ribeirinha da Amazônia Legal e do Pantanal Sul Mato-grossense Segundo o Ministério da Saúde (2011), as Equipes de Saúde da Família localizadas nas regiões da Amazônia Legal e do Mato Grosso do Sul poderão ser organizadas em duas opções de arranjo, além dos arranjos já praticados no restante do país. Para isso, deve-se levar em consideração as particularidades locais e regionais dos municípios. Essas duas outras opções de arranjo são: Segundo a PNAB, durante o período de atendimento ao público, as Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas e Fluviais deve contar minimamente com: um Médico generalista ou especialista em Saúde da Família, ou Médico de Família e Comunidade, um Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família, um Técnico ou Auxiliar de Enfermagem e seis a 12 agentes comunitários de saúde (BRASIL, 2011). Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas (eSFR): essas equipes cumprem a maioria das suas competências nas Unidades Básicas de Saúde, que se localizam dentro das comunidades ribeirinhas, ou seja, comunidades cujo acesso se dá quase exclusivamente por embarcações e rios; Equipes de Saúde da Família Fluviais (eSFF): essas equipes cumprem suas competências em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). Essas são Unidades Básicas de Saúde construídas em embarcações que navegam no leito do rio. O atendimento à população deverá ocorrer por pelo menos 14 dias do mês e deverá ser respeitada a carga horária equivalente a 8 horas diárias. O PNAB ainda prevê que as Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas deverão ter, ao menos, dois dias mensais reservados às atividades de planejamento das ações, do registro da produção e da educação permanente (BRASIL, 2011). Aos Agentes Comunitários de Saúde é necessário o cumprimento de carga horária de 40 horas por semana, e devem residir no território em que atuam ou atuarão. Vale salientar que aos Profissionais Técnicos e Auxiliares de Enfermagem e Saúde Bucal é recomendado que cumpram os mesmos requisitos, porém, por necessitar de formação específica, nem sempre será possível cumprir requisitos de habitação recomendados (BRASIL, 2011). Características das Unidades Básicas Fluviais (UBSF) (BRASIL, 2012): Funcionar, no mínimo, 20 dias/mês, com pelo menos uma Equipe de Saúde da Família Fluvial; O tempo de funcionamento dessas unidades deve compreender o deslocamento fluvial até as comunidades e o atendimento direto à população ribeirinha; Em uma UBSF, pode atuar mais de uma eSFF a fim de compartilhar o atendimento da população e dividir e reduzir o tempo de navegação de cada equipe; O gestor municipal deve prever tempo em solo, na sede do município, para que as equipes possam fazer atividades de planejamento e educação permanente junto com outros profissionais e equipes; Os agentes comunitários de saúde deverão cumprir 40h/semanais e residir na área de atuação. Segue as mesmas condições para os auxiliares e técnicos de enfermagem e saúde bucal. Nas situações nas quais for demonstrada a impossibilidade de funcionamento da Unidade Básica de Saúde Fluvial, pelo mínimo de 20 dias, devido às características e dimensões do território, deverá ser construída justificativa e proposição alternativa de funcionamento, aprovada na Comissão Intergestores Regional (CIR) e na Comissão Intergestores Bipartite (CIB) e encaminhada ao Ministério da Saúde para avaliação e parecer redefinindo tempo mínimo de funcionamento e adequação do financiamento, se for o caso; Adotar circuito de deslocamento que garanta o atendimento a todas as comunidades assistidas, ao menos até 60 dias, para assegurar a execução das ações de Atenção Básica pelas equipes, visando minimamente à continuidade de pré-natal, puericultura e cuidado continuado de usuários com condições crônicas dentro dos padrões mínimos recomendados; Delimitar a área de atuação com população adscrita, acompanhada por agentes comunitários de saúde, compatível com sua capacidade de atuação e considerando a alínea II; As equipes que trabalharão nas UBSF deverão garantir as informações referentes à sua área de abrangência. No caso de prestar serviços em mais de um município, este deverá garantir a alimentação das informações de suas respectivas áreas de abrangência. Figura 5 – Unidade Básica de Saúde Fluvial Fonte: agencia.ac.gov Requisitos mínimos para o funcionamento das Unidades Básicas Fluviais (UBSF) (BRASIL, 2012): Prezados(a) estudantes, como visto, o Sistema Único de Saúde tem como um de seus princípios doutrinários a Universalização. As Unidades Básicas Fluviais (UBSF) são exemplos disso, ou seja, independentemente do lugar onde se mora no Brasil, o SUS garante, por meio da sua assistência e cuidado integral, saúde para todos e toma como dever do Estado a garantia desse direito assegurado na Constituição Federal. A seguir, veremos o que é e como funcionam os Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Estrutura física: consultório médico; consultório de enfermagem; consultório odontológico; ambiente para armazenamento e dispensação de medicamentos; laboratório; sala de vacina; banheiros; expurgo; cabines com leitos em número suficiente para toda a equipe; cozinha; sala de procedimentos; identificação segundo padrões visuais da Saúde da Família estabelecidos nacionalmente; Equipamentos: maca ginecológica; balança adulto; balança pediátrica; geladeira para vacinas; instrumentos básicos para o laboratório: macro e microcentrífuga e microscópio binocular, contador de células, espectrofotômetro e agitador de Kline, autoclave e instrumentais; equipamentos diversos: sonar, esfigmomanômetros, estetoscópios, termômetros, medidor de glicemia capilar, equipo odontológico completo e instrumentais. Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) são formados por Equipes Multiprofissionais e Multidisciplinares e foram elaborados objetivando o aumento das ações e da resolubilidade das atribuições da Atenção Básica. Essas equipes devem atuar de modo integrado durante a assistência dos seus usuários, possibilitando, assim, o cuidado integral. O NASF deve compartilhar os saberes e as práticas em saúde com outras equipes atuantes no território ao qual está vinculado, como, por exemplo, as equipes mencionadas anteriormente: Equipes Fluviais, Equipes Ribeirinhas e Equipes que atuam nos Consultórios na Rua, entre outras. Principais atribuições do NASF (BRASIL, 2012): Vale enfatizar que as ações desenvolvidas pelos profissionais do NASF estão diretamente ligadas às atribuições do Enfermeiro, que é o profissional responsável por apoiar os usuários na busca de cuidado integral e que atenda às particularidades de cada pessoa, mantendo, assim, a equidade em evidência. As intervenções nos grupos populacionais, a promoção da saúde e a prevenção de doenças são ações mediadas pelo Enfermeiro, que deve, em primeira instância, conhecer as especificidades da população do território sob sua responsabilidade para garantir, também, o cuidado contínuo dos usuários. Saiba Mais Os NASFs não se estabelecem como serviços com unidades físicas independentes ou especiais, apesar de fazerem parte da Atenção Básica; Atuam de forma integrada à Rede de Atenção à Saúde e seus serviços; Os NASFs são de livre acesso para atendimento individual ou coletivo. Referência e Contrarreferência: responsabilização compartilhada entre a equipe do NASF e as equipes de Saúde da Família/equipes de Atenção Básica para populações específicas prevê a revisão da prática do encaminhamento com base nos processos de referência e contrarreferência; Cuidado Integral: o NASF contribui para a integralidade do cuidado aos usuários do SUS principalmente por intermédio da ampliação da clínica, auxiliando no aumento da capacidade de análise e de intervenção sobre problemas e necessidades de saúde, tanto em termos clínicos quanto sanitários; Ações de apoio: desenvolvidas pelos profissionais dos NASF: discussão de casos, atendimento conjunto ou não, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, educação permanente, intervenções no território e na saúde de grupos populacionais e da coletividade, ações intersetoriais, ações de prevenção e promoção da saúde, discussão do processo de trabalho das equipes etc. Figura 6 – Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) Fonte: Divulgação Existem duas modalidades de organização para o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), intituladas NASF 1 e NASF 2. De acordo com documento da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), as características de cada uma das duas modalidades, são (BRASIL, 2012): NASF 1: Equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos entre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições: A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 200 horas semanais; Como mencionado, algumas das ações de apoio realizadas pelo NASF envolvem a Educação Permanente em Saúde. A Educação Permanente em Saúde (EPS) pode ser entendida como uma das ferramentas do Sistema Único de Saúde, em que o aprendizado se dá no cotidiano relacionado a coletivos, por meio de/do: Sempre considerando a individualidade e a pluralidade existente dentro dos coletivos encontrados em todo o País. Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 80 horas de carga horária semanal. NASF 2: Equipe formada por uma composição de profissionais de nível superior escolhidos entre as ocupações listadas abaixo que reúnam as seguintes condições: A soma das cargas horárias semanais dos membros da equipe deve acumular, no mínimo, 120 horas semanais; Nenhum profissional poderá ter carga horária semanal menor que 20 horas; Cada ocupação, considerada isoladamente, deve ter, no mínimo, 20 horas e, no máximo, 40 horas de carga horária semanal. NASF 1 e NASF 2: A composição de cada um dos NASF será definida pelos gestores municipais, seguindo os critérios de prioridade identificados a partir dos dados epidemiológicos e das necessidades locais e das equipes de saúde que serão apoiadas; Devem funcionar em horário de trabalho coincidente com o das equipes de Saúde da Família e/ou equipes de Atenção Básica para populações específicas que apoiam; Os profissionais do NASF devem ser cadastrados em uma única unidade de saúde, localizada preferencialmente dentro do território de atuação das equipes de Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações específicas, às quais estão vinculados, não recomendada a existência de uma unidade de saúde ou serviço de saúde específicos para a equipe de NASF. Acolhimento; Escuta qualificada; Cuidado integral; Cuidado humanizado; Práticas colaborativas; Práticas Integradas. A Educação Permanente em Saúde propõe transformações organizacionais e das estratégias relacionadas ao exercício da assistência, da gestão. É uma Educação construída por meio da prática vivenciada pelas equipes, que considera a necessidade de implementar um trabalho de vislumbre à resolutividade e da qualidade. Figura 7 – Educação Permanente em Saúde Fonte: Divulgação A fim de construir a interdisciplinaridade, a Educação Permanente em Saúde deve considerar as equipes multiprofissionais que atuam no SUS. Programa Saúde na Escola (PSE) O Programa Saúde na Escola (PSE) é considerado um programa de política intersetorial, ou seja, o PSE articula os Ministérios da Saúde e da Educação. Foi instituído pelo Decreto Presidencial nº 6.286, de 5 de dezembro de 2007, e tem como objetivo central assistir os usuários de modo integral, promovendo saúde para crianças e adolescentes, que estão vinculadas às Escolas Públicas por meio de ações de: Principais ações realizadas pelo PSE (BRASIL, 2012): Em Consonância com a PNAB A gestão do Programa Saúde na Escola (PSE), em consonância com a PNAB, centra-se em ações compartilhadas, assim como em responsabilidade compartilhada. Grupos de Trabalho Intersetoriais (GTI) são responsáveis por organizar os Setores que devem trabalhar em consonância, eles são: as Redes Públicas de Educação e de Saúde e outras Redes Sociais. Os GTI atuam nas três esferas do Governo (federal, estadual e municipal) e são responsáveis por gerir o incentivo financeiro e material, dar apoio institucional para as Equipes de Educação e Saúde, implementar as ações, planejar, monitorar e avaliar o programa. As atividades de Educação e Saúde do PSE acontecem nos Territórios definidos de acordo com a área de abrangência da ESF. Assim, é possível a criação de ligações e articulações entre serviços públicos relacionados à Educação e à Saúde como, por exemplo: Unidades de Saúde, Escolas e áreas de lazer, dentre outros. Promoção da Saúde; Prevenção de Doenças; Diagnóstico e recuperação da saúde. Avaliação clínica e psicossocial que objetivam identificar necessidades de saúde e garantir a atenção integral a elas na Rede de Atenção à Saúde; Promoção e prevenção que articulem práticas de formação, educativas e de saúde, visando à promoção da alimentação saudável, à promoção de práticas corporais e atividades físicas nas escolas, à educação para a saúde sexual e reprodutiva, à prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas, à promoção da cultura de paz e prevenção das violências, à promoção da saúde ambiental e desenvolvimento sustentável; Educação permanente para qualificação da atuação dos profissionais da educação e da saúde e formação de jovens. Figura 8 – Profissionais da Saúde e da Educação atuando juntos Fonte: Reprodução Figura 9 – Programa Saúde na Escola Fonte: Reprodução Caro(a) estudante, após compreender que a Estratégia Saúde da Família é uma estratégia que vai reorientar o processo de trabalho, buscando alcançar qualidade nos processos de trabalho, é importante saber que os profissionais Enfermeiros são o elo que vão articular não apenas a Equipe de Enfermagem composta por auxiliares e técnicos de Enfermagem, bem como toda a Equipe Multidisciplinar junto aos usuários do sistema. Cabe, ainda, ao Enfermeiro Auxiliar, na relação dos profissionais da Unidade Básica de Saúde e dos Agentes Comunitários em Saúde, tornando sua relação mais fácil e, dessa forma, apoiando a organização da Atenção à Saúde, a qualificação do acesso, o acolhimento, o vínculo, a continuidade do cuidado e a orientação da atuação das equipes, valorizando as prioridades definidas com base na equidade frente aos tocantes: riscos, necessidades de saúde e vulnerabilidade. Figura 10 – Enfermeiros com os Agentes Comunitários de Saúde Fonte: Reprodução Chegamos ao final da Unidade de estudo. Saiba Mais Durante o acolhimento e a escuta, o profissional de Enfermagem deve respeitar os sentimentos aflorados pelo paciente naquele momento, não julgando e anulando os interesses próprios, possibilitam que o paciente se sinta seguro ao apresentar suas queixas, inquietações, dúvidas e medos. A garantia do sigilo profissional e da valorização da confiança estabelecida entre Enfermeiro-paciente faz com que a Equipe de Enfermagem seja suporte para os pacientes durante o processo de saúde-doença. A leitura e a compressão de conteúdos anteriores, além da exploração dos Materiais Complementares disponíveis, são importantes para maior compreensão dos temas discutidos. Bons estudos! Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livro Estratégia Saúde da Família: Desafios e Novas Possibilidades para a Atenção Básica em Saúde ABRAHÃO, A. L.; SOUZA, Â. C.; MARQUES, D. (org.). Estratégia saúde da família: desafios e novas possibilidades para a atenção básica em saúde. 1. ed. Niterói: Edu�, 2012. (e-book) Vídeos Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas Estratégia Saúde da Família na Pandemia 2 / 3 ˨ Material Complementar [Doc] Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas Estratégia Saúde da Família na Pandemia Sala de Convidados https://www.youtube.com/watch?v=eqPb2-gjilA https://www.youtube.com/watch?v=PDPAsTR8DDs Leitura Estratégia Saúde da Família, um Forte Modelo de Atenção Primária à Saúde que Traz Resultados Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil: o que nos Mostram as Pesquisas Nacionais de Saúde 2013 e 2019 Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Práxis Educativa de Enfermeiros da Estratégia Saúde da Família Clique no botão para conferir o conteúdo. ACESSE Estratégia Saúde da Família na Pandemia - Sala de Convidados https://www.scielosp.org/pdf/sdeb/2018.v42nspe1/18-37/pt https://www.scielo.br/j/csc/a/SMZVrPZRgHrCTx57H35Ttsz/?format=pdf&lang=pt https://www.scielo.br/j/reben/a/JMmpRVgCJJF4d55cPfDxpNR/?format=pdf&lang=pt https://www.youtube.com/watch?v=PDPAsTR8DDs ALONSO, C. M. C.; BÉGUIN, P. D.; DUARTE, F. J. C. M. Trabalho dos agentes comunitários de saúde na Estratégia Saúde da Família: metassíntese. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 52, 14, 2018. BARBOSA, F. E. S. et al. Oferta de práticas integrativas e complementares em saúde na estratégia saúde da família no Brasil. Cadernos de Saúde Pública, São Paulo, v. 36, p. e00208818, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Disponível em: . Acesso em: 13/07/2022. ________. Política Nacional de Atenção Básica. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Disponível em: . Acesso em: 13/07/2022 VICARI, T.; LAGO, L. M.; BULGARELLI, A. F. Realidades das práticas da Estratégia Saúde da Família como forças instituintes do acesso aos serviços de saúde do SUS: uma perspectiva da Análise Institucional. Saúde em Debate, São Paulo, v. 46, p. 135-147, 2022. 3 / 3 ˨ Referências