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Anatomia da Laringe @fonoarielcecon A laringe situa-se no pescoço, sendo conectada inferiormente à traquéia e superiormente abre-se na faringe. A laringe se forma entre a 4ª e a 10ª semana do desenvolvimento, porém é nesse período que pode ocorrer alguma malformação na estrutura. AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DA LARINGE ESTÃO DESENVOLVIDAS AO REDOR DO TERCEIRO MÊS DE VIDA EMBRIONÁRIA, ENTRETANTO O DESENVOLVIMENTO CONTINUA APÓS O NASCIMENTO. COMPONENTES DA LARINGE Supraglote Glote Infraglote O esqueleto da laringe é formado por cartilagens, músculos, membranas e mucosa. A laringe divide-se em três espaços: SUPRAGLOTE -> estruturas que estão acima da glote e tem como limite superior o ádito da laringe. INFRAGLOTE -> inicia abaixo da glote, tem o limite inferior no primeiro anel traqueal. GLOTE -> rima glótica ou glote, é o espaço entre as pregas vocais, com altura de 1 cm no adulto. Cartilagens da laringe No total são 9 cartilagens Três ímpares: tireóidea, cricóidea e epiglote; Cartilagens principal: aritenóidea (par também) Duas pares - acessórias: corniculadas e cuneiformes. O esqueleto cartilagíneo laríngeo é sustentado principalmente pelo osso hióide, que também serve de apoio para os músculos da língua. Esse osso é o único no corpo humano que não se articula a nenhum outro, ele tem forma de ferradura e está situado superiormente a laringe. O osso hióide apresenta um corpo central e dois pares de cornos, mediais e laterais, que servem como pontos de inserção para os músculos e ligamentos da laringe e de outros órgãos. Cartilagem tireóidea Maior a cartilagem da laringe; Formato de escudo; O ângulo de união entre as lâminas direita e esquerda é chamado de proeminência laríngea; PROEMINÊNCIA LARÍNGEA: varia de acordo com o sexo, sendo mais observada no homem. HOMENS -> ângulo de 90º MULHERES -> ângulo de 120º essa variação interfere na diferença de frequência vocal emitida de ambos. FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I Anatomia da Laringe @fonoarielcecon a segunda maior cartilagem da laringe; possui formato circular de anel completo; Possui uma variação de diâmetro ântero-posterior e lateral acordo com o sexo. HOMENS -> formato ovóide MULHERES -> formato circular Cartilagem cricóidea a cartialgem cricóidea articula-se com a cartilagem tireóidea através dos cornos inferiores da cartilagem tireóidea. Cartilagem aritenóidea As cartilagens aritenóideas são um par de pequenas cartilagens móveis; São consideradas unidade funcional da laringe, pois tem importância fonatória e respiratória. MOVIMENTOS DA CART. ARITENÓIDEA: Rotação médio-lateral Deslizamento ântero-posterior ESTRUTURA DE VERDE -> CARTILAGEM ARITENÓIDEA Quando as aritenóideas movem-se anteriormente e inferiormente -> ADUÇÃO Qaundo as aritenóideas movem-se posteriormente e superiormente -> ABDUÇÃO Cartilagem epiglote Cartilagem única, possui forma de folha; Possui uma enorme variabilidade de forma e curvatura; FUNÇÃO: proteger as vias aéreas inferiores através de abaixamento e fechamento do ádito laríngeo; A epiglote movimenta-se durante a produção dos sons da fala, acompanha a direção do movimento da língua, mas participa pouco da produção vocal -> embora seu deslocamento contribua no volume e projeção vocal de técnicas de canto. Cartilagens acessórias Corniculadas e cuneiformes; Corniculadas: ápice das cartilagens aritenóideas servem para prolongar as aritenóideas para cima e para trás; Cuneiformes: localizas em frente às cartilagens aritenóideas SÃO RESPONSÁVEIS PELO AFASTAMENTO E APROXIMAÇÃO DAS PREGAS VOCAIS FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I Anatomia da Laringe @fonoarielcecon A laringe tem dois grupos musculares: Músculos intrínsecos: músculos que têm origem e inserção na laringe. Músculos extrínsecos: apresentam uma inserção na laringe e outra fora dela, como no tórax, mandíbula e crânio. Músculos laríngeos MUSCULATURA INTRÍNSECA As musculatura intrínseca possui relação direta com a função fonatória e é constituída por músculos se originam e se inserem na laringe, Tireoaritenóideo (TA) Cricoaritenóideo posterior (CAP) Cricoaritenóideo lateral (CAL) Aritenóideo (A) Cricoatireóideo (CT) Ariepiglótico (AE) Tireoepiglótico (TE) FUNÇÃO DESSES MÚSCULOS: adução, abdução e são responsáveis pela tensão das pregas vocais, nas funções laríngeas de respiração, esfíncter de proteção e fonação. Abaixo estão os músculos intrínsecos: Músculo Tireoaritenóideo Compõe o corpo das pregas vocais; Aduz, abaixa, encurta e espessa a prega vocal, deixando a borda da mucosa arredondada; AÇÃO PRINCIPAL: encurtar e aduzir as PPVV, diminuindo a distâncias das cartilagens aritenóideas e tireóideas, tornando-se um feixe mais largo e reduzindo a frequência da voz gerada. Músculo Cricoaritenóideo posterior CAP é um músculo par; Único músculo ABDUTOR das PPVV -> permite a respiração e é considerado músculo da vida. Abduz, eleva, alonga e afila a prega vocal; O CAP é ativado na respiração, porém tem participação na produção vocal também -> sua ação de disparo rápido permite a vibração da mucosa para a produção correta de sons surdos. Músculo cricoaritenóideo lateral Principal adutor da prega vocal; CAL -> aduz, abaixa e alonga a prega vocal; Auxilia na coaptação glótica necessária para fonação; A contração desse músculo desloca o processo muscular anteriormente, isso faz com que as pregas vocais sejam aduzidas. Para que a adução aconteça é necessário a ação do CAL e do músculo aritenóideo. Obs.: não é necessário a adução completa para produção da fonação. Músculo aritenóideo Ação adutora; Localização: entre as duas cartilagens aritenóideas; AÇÃO PRINCIPAL: aproxima e aduz as cartilagens aritenóideas, tendo assim a compressão glótica posterior. Músculo cricotireóideo Ação adutora secundária das PPVV (pregas vocais); Maior músculo intrínseco da laringe; CT -> abaixa, estira, alonga e afila a prega vocal; CT -> é o músculo do controle de frequência da voz, e sua contração produz elevação da frequência, ou seja, sons mais agudos. Músculo cricotireóideo A contração desse músculo abaixa a epiglote, aproximando-a das aritenóideas, promovendo o fechamento do ádito da laringe. FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I Anatomia da Laringe @fonoarielcecon Músculos laríngeos MUSCULATURA EXTRÍNSECOS A musculatura extrínseca é composta por músculos inseridos nas cartilagens laríngeas, porém provenientes de estruturas não laríngeas; Não estão diretamente interligados com a fonação, mas estão relacionados de modo secundário no controle de frequência da voz; A hipertonicidade desses músculos -> disfonia por tensão muscular; FUNÇÃO PRINCIPAL: manter a laringe no pescoço. Divisão dos músculos extrínsecos: SUPRA-HIÓIDEOS - elevam a laringe Estilo-hióideo Digástrico Milo-hióideo Gênio-hióideo Genioglosso Hioglosso INFRA-HIÓIDEOS - abaixam a laringe Esterno-hióideo Esternotireóideo Tireo-hióideo Omo-hióideo Estrutura anatômica da prega vocal No que tange a função fonatória o conceito mais importante é que a prega vocal é considerada uma estrutura multilaminada, onde cada camada tem propriedades mecânicas diferentes. PREGA VOCAL = mucosa + músculo mucosa = epitélio + lâmina própria epitélio: sua função é cobrir e manter a forma da prega vocal lâmina própria: possui três camadas Camada superificial: onde se localiza o espaço de reinke; é a camada que vibra mais intesamente. Camada intermediária: é a camada mais densa e é composta por fibras elásticas. Camada profunda: composta por fibras de colágeno e é mai rígida. músculos vocal: o corpo da prega vocal é composto basicamente pelo músculo vocal e quando se contrai funciona como um feixe de elásticos muito rígidos. Você tem que saber que as pregas vocais são duas dobras de músculos e mucosa que se estendem horizontalmente na laringe. FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I Anatomia da Laringe @fonoarielcecon cobertura = epitélio + cama superficial de lâmina própria transição = camada intermediária de LP + camadaprofunda de LP corpo = músculo vocal Assim as cinco camadas são agrupadas dessa forma: Quando ocorre a fonação a cobertura se desloca de modo bem intenso em direção contrária à gravidade, já o corpo oferece estabilidade e a camada de transição serve como acoplamento entre a camada superficial da lâmina própria e o músculo vocal. A estrutura da prega vocal do recém-nascido difere bastante da do adulto, principalmente quanto à composição da lâmina da própria mucosa. Por volta dos 15 anos de idade as três camadas de lâmina própria de completam. PRESBILARINGE - as fibras do músculo vocal também diminuem e atrofiam-se com o passar da idade. Damos o nome de presbilaringe para o envelhecimento laríngeo (inerente à idade), a presbilaringe gera o evelhecimento vocal que chamamos de PRESBIOFONIA. Funções da Laringe FUNÇÃO RESPIRATÓRIA FUNÇÃO DEGLUTITÓRIA FUNÇÃO FONATÓRIA Função respiratória: é a função que requer menos energia mas que ocupa mais tempo; a abertura da laringe permite a entrada e a saída do ar (músculo responsável: CAP); Inspiração = laringe abaixa Expiração = laringe se desloca para cima obs.: ambas dependem da intensidade da respiração Função de deglutição onde ocorre o fechamento máximo da laringe (fase faríngea da deglutição); o selamento da epiglote é necessário para que não entre alimentos na via respiratória; a função de deglutição consome muita energia durante o curto espaço de tempo. Função fonatória: a laringe produz a fonação, enquanto o trato vocal produz a voz; voz = é o som produzido pela vibração das pregas vocais, modificando pelas cavidades situadas abaixo e acima dela, ditas cavidades de ressonância; Para a produção da voz há a necessidade de interação de órgãos de diferentes sistemas do corpo humano; Para que se entenda a fisiologia envolvida da producão da voz temos que discutir alguns processos: Mecanismo de vibração glótica Controle de frequência Controle de intensidade Controle de qualidade vocal FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I Anatomia da Laringe @fonoarielcecon A) MECANISMO DE VIBRAÇÃO GLÓTICA HOMEM -> a frequência de vibração de mucosa ocorre cerca de 100 Hz (ciclos por segundo); MULHER -> 200 Hz Ciclo glótico: inicia-se quando a pressão subglótica é maior do que a resistência glótica e dá início ao precesso vibratório. Fase aberta Fase de fechamento Fase fechada Fase de abertura Os ciclos glóticos sucessivos não são totalmente iguais, podendo ser observadas perturbações mínimas tanto no período como na amplitude dos ciclos. As forças vibratórias envolvidas no processo fonatório determinam no ciclo glótico a sua velocidade, a ocorrência das fases de abertura e fechamento, além de definir quando e como cada uma destas etapas ocorre. Teoria mioelástica-aerodinâmica: vibração glótica é o resultado da interação e do equilíbrio entre as forças aerodinâmicas. B) CONTROLE DE FREQUÊNCIA Quanto menor o tamanho da prega vocal, mais aguda será a frequência fundamental do indivíduo; Logo, na proporção que o comprimento natural das pregas vocais aumenta, o som fica mais grave. Bebês recém-nascido: 400Hz Mulheres: 200Hz Homens: 100Hz C) CONTROLE DE INTENSIDADE A variação de intensidade da voz é muito ampla, podemos chegar a sons de 140dBNA, nas vozes de ópera por exemplo; É importante que você saiba que a intensidade está relacionada com a resistência que a glote oferece à passagem de ar, ou seja, uma glote eficiente gera um aumento da pressão subglótica, responsável pela variação de intensidade. Para que haja uma pressão subglótica, será importante uma boa coaptação glótica; COAPTAÇÃO GLÓTICA deficiente produz vozes fracas e com variação limitada da extensão dinâmica. C) CONTROLE DE QUALIDADE VOCAL Os tópicos anteriores estão vinculados com a produção da fonação, já a qualidade vocal diz respeito à produção da voz como um todo; Avaliamos se a voz é mais fraca, mais rouca, mais clara, mais nasal mais energética ou mais melosa e não somente o mecanismo de produção fonatória em nível laríngeo. Anote aqui as partes mais importantes da matéria: ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ ______________________________________ FONTE: VOZ - O livro do especialista, volume I FONTE: VOZ - O livro do Especialista, volume I