Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Segurança do Trabalho 
Adriano Aurélio Ribeiro Barbosa
Consultor e professor titular no ensino técnico e 
tecnológico nas áreas de Construção Civil e Gestão, do Instituto 
Federal de São Paulo – Campus de Caraguatatuba. Formado 
em Engenharia Civil, Especialista em Segurança do Trabalho 
e Meio Ambiente. Mestre em Engenharia de Produção e 
Doutorando em Engenharia Civil pela UNICAMP. 
2011
Todos os direitos reservados pela Editora do Livro Técnico
Edifício Comercial Sobral Pinto
Avenida Cândido de Abreu, 469 – 2º andar, conjs. nºs 203-205
Centro Cívico − Cep: 80530-000
Tel.: (41) 3027-5952/Fax: (41) 3076-8783
www.editoralt.com.br
Curitiba − PR
Direção Geral
Direção Editorial
Edição
Assistência Editorial
Gerência de Produção e Arte
Revisão
Revisão Comparativa 
Projeto Gráfico 
Editoração
Ilustração
Jean Franco Sagrillo
Jeanine Grivot
Paulo Roberto Kloeppel
Melissa Harumi Inoue Pieczarka
Marcia Tomeleri
Simone Venske
Renee Cleyton Faletti
Adriana de Oliveira
Fábio Roberto Hancke
Carlos Eduardo Zubek








































        
         




Em conformidade com o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos 
este livro é indicado, entre outros, para os seguintes cursos:
Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança
• Técnico em Segurança do Trabalho
• Técnico em Reciclagem
• Técnico em Radiologia
• Técnico em Farmácia
• Técnico em Enfermagem
Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais
• Técnico em Eletroeletrônica
• Técnico em Eletromecânica
• Técnico em Eletrotécnica
• Técnico em Mecânica
• Técnico em Mecatrônica
• Técnico em Sistemas a Gás
• Técnico em Metalurgia
• Técnico em Petroquímica
• Técnico em Química
• Técnico em Refrigeração e Climatização
Eixo Tecnológico: Infraestrutura
• Técnico Aeroportuário
• Técnico em Edificações
• Técnico em Estradas
• Técnico em Hidrologia
• Técnico em Transporte Ferroviário
Eixo Tecnológico: Recursos Naturais
• Técnico em Aquicultura
• Técnico em Geologia
• Técnico em Mineração
Eixo Tecnológico: Gestão e Negócios
• Técnico em Logística
• Técnico em Qualidade
• Técnico em Recursos Humanos
Este livro é fruto de uma coletânea de notas de aulas ministradas em 
diversas instituições de ensino em nível técnico, aliadas às experiências 
vividas como empresário e profissional liberal nas áreas de engenharia, 
construção e estruturas metálicas. 
Cabe ressaltar que o tema Segurança do Trabalho é muito vasto e 
que os profissionais dessa área técnica devem praticar uma conduta ética 
e profissional para obterem bons resultados. O conhecimento da legisla-
ção, das normas e das notas técnicas de órgãos vinculados à Segurança 
do Trabalho é imprescindível para o seu entendimento.
Neste livro, um enfoque prático da Segurança do Trabalho nos dias 
atuais é abordado, bem como as definições básicas de legislação no 
contexto empresarial do Brasil.
Dessa forma, será objeto de nosso estudo a legislação e a gestão 
de segurança no trabalho, bem como as noções básicas das principais 
normas, gestão de saúde e segurança ocupacionais aplicáveis à segu-
rança e à medicina do trabalho.
Apresentação
Sumário
Introdução CAPÍTULO 1 – 9
Histórico da Segurança do Trabalho .................................................................... 10
Atividades ............................................................................................................... 15
Legislação e Normas CAPÍTULO 2 – 16
Legislação .............................................................................................................. 16
Normas Regulamentadoras (NR) ......................................................................... 17
Atividades ............................................................................................................... 23
Acidentes de Trabalho CAPÍTULO 3 – 24
Conceitos e Definições .......................................................................................... 24
Atividades ............................................................................................................... 33
Comunicação de Acidente de Trabalho – CAT CAPÍTULO 4 – 34
Consequências dos Acidentes de Trabalho ......................................................... 35
Importância da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ............................ 36
Atividades ............................................................................................................... 41
Riscos Ambientais CAPÍTULO 5 – 43
Riscos Químicos ................................................................................................... 44
Riscos Físicos ......................................................................................................... 46
Riscos Biológicos ................................................................................................... 50
Riscos Ergonômicos .............................................................................................. 52
Riscos de Acidentes .............................................................................................. 53
Atividades ............................................................................................................... 54
Mapa de Riscos Ambientais e Medidas de Controle CAPÍTULO 6 – 55
Etapas de Elaboração de Mapa de Riscos .......................................................... 56
Fatores que Colaboram para que os Produtos ou 
Agentes Causem Danos à Saúde ......................................................................... 60
Principais Medidas de Controle dos Riscos Ambientais ..................................... 60
Análise Preliminar de Risco (APR) ........................................................................ 62
Atividades ............................................................................................................... 63
Sinalização de SegurançaCAPÍTULO 7 – 65
Tabelas de Aplicações Corretas de Cores ............................................................ 66
Armazenamento e Transporte de Substâncias Perigosas .................................. 72
Rotulagem Preventiva de Produtos Perigosos e Nocivos à Saúde .................... 73
Atividades ............................................................................................................... 73
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva CAPÍTULO 8 – 75
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ......................................................... 75
Equipamento de Proteção Coletiva (EPC) ............................................................ 85
Atividades ............................................................................................................... 89
O PCMSO e a CIPA nas EmpresasCAPÍTULO 9 – 90
Desenvolvimento do PCMSO ................................................................................ 91
Relatório Anual do PCMSO ................................................................................... 92
Dos Primeiros Socorros ......................................................................................... 93
Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) ................................................................ 93
Adicionaltotal e permanente.
Para Pesquisar:
LEI Nº 8.213: http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L8213cons.htm>.
CAT:.
R
iscos Am
bientais
43
5
Riscos Ambientais
Podem existir nos ambientes de trabalho, em função da atividade desenvolvida, fatores 
ou agentes de risco à saúde, que, baseados nos limites de tolerância e exposição dos funcioná-
rios, podem causar danos irreversíveis. São estes agentes, os chamados riscos ambientais, que 
exigem certos cuidados e a tomada de medidas corretivas nos ambientes de trabalho, para a 
prevenção das chamadas doenças do trabalho. Na figura 5.1 são apresentados alguns exemplos 
de ambientes de trabalho que oferecem riscos à saúde dos trabalhadores:
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
 
Figura 5.1 – Ambientes de trabalho que podem oferecem riscos à saúde do trabalhador
A Portaria 3.214/78 de segurança e medicina do trabalho do Ministério do Trabalho, na 
sua Norma Regulamentadora de nº- 09 (NR-9), contempla o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA), que tem como objetivos a antecipação, a identificação, a avaliação e o con-
trole de todos os fatores do ambiente de trabalho que podem causar doenças ou danos à saúde 
dos empregados. Pode-se dizer que, conforme a definição de segurança do trabalho, o PPRA 
tem o objetivo de gerenciar os riscos de acidentes de trabalho.
Consideram-se riscos ambientais pela NR-9 os riscos químicos, físicos e biológicos. 
Também são mencionados no PPRA os riscos ergonômicos, previsto na NR-17 – Ergonomia, 
e os riscos de acidentes, que constam da NR-5, Anexo IV. 
A seguir será apresentada uma série de informações básicas relativas aos riscos ambientais, 
apontando os principais fatores das condições possíveis de risco para a saúde e das medidas 
gerais para o controle desses fatores nos ambientes de trabalho.
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
44
Riscos Químicos 
Substâncias, compostos ou produtos químicos podem estar presentes no ambiente de 
trabalho na forma de gases, vapores, líquidos, fumos, poeiras e névoas ou neblinas, que, pela 
natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo pela via 
respiratória, através da pele ou por ingestão podendo causar danos à saúde dos trabalhadores.
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Figura 5.2 – Ao trabalhar com substância, compostos ou produtos químicos são necessárias medidas 
profiláticas para preservar a saúde dos trabalhadores.
Os riscos químicos podem ser por:
• Vapores – Emanados de solventes como o benzol, o toluol, thinners em geral, desen-
graxantes, como o tetracloreto de carbono, o tricloroetileno.
• Gases – Monóxido de carbono, gases dos processos industriais, como o gás sulfídrico.
• Líquidos – Corrosivos, como os ácidos e a soda cáustica; ou irritantes, que causam 
doenças da pele. Muitos outros líquidos também podem ser absorvidos pela pele, cau-
sando prejuízos à saúde.
• Névoas ou Neblinas – Nos banhos de 
galvanoplastia, fosfatização e outros pro-
cessos, nos quais se formam névoas ou 
neblinas de ácidos.
• Fumos – Nos banhos de metais fun-
didos como o chumbo. Os fumos são 
pequenas partículas de metal ou de seus 
compostos, provenientes do banho, que 
ficam suspensos no ar.
• Poeiras ou Pós – Pó de serragem, poeira de rebarbação de peças fundidas no jatea-
mento de areia ou granalha de aço.
Vias de Entrada de Químico no Organismo
Três são as formas pelas quais os materiais tóxicos podem penetrar no organismo 
humano:
• Por inalação – Quando se está num ambiente contaminado, pode-se absorver uma 
substância nociva por inalação, isto é, pela respiração.
• Por contato com a pele ou via cutânea – A pele pode absorver certas substâncias se 
houver contato, mesmo que por poucos instantes. Dessa forma, o tóxico pode atingir 
o sangue e causar dano à saúde.
A Norma NR-15, em seu Anexo nº- 11, afirma que nas atividades ou operações nas quais os tra-balhadores ficam expostos a agentes químicos, a caracterização de insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os limites de tolerância constantes do Quadro nº- 1 da mesma norma.
R
iscos Am
bientais
45
• Por ingestão – Ou seja, ao se engolir, acidentalmente, o tóxico. Isso acontece muito 
quando são comidos ou bebidos alimentos que estão contaminados com quantidades 
não visíveis de substâncias nocivas. É por essa razão que nunca se faz refeições no próprio 
posto de trabalho. E, também, não se deve ir para o refeitório ou para casa sem antes 
efetuar um perfeito asseio pessoal: lavar as mãos e rosto com sabão e bastante água. 
Figura 5.3 – Vias de entrada de produtos químicos no organismo
Principais Efeitos de Químicos no Organismo
Dentre os efeitos dos riscos químicos no organismo, 
destacam-se:
• Irritação – Irritação dos olhos, do nariz, da gar-
ganta, dos pulmões e da pele. Geralmente, as 
substâncias que causam irritação se encontram na 
forma de gases ou vapores, mas podem, também, 
estar no estado líquido ou sólido. Exemplos: 
vapores de ácidos, a amônia (amoníaco) e certas 
poeiras. A irritação da pele é causada pelo contato 
direto com líquidos ou poeiras, sendo exemplos 
os solventes thinners e a poeira de madeira.
• Asfixia – Caracterizada pela falta de oxigênio no 
organismo, causada por, por exemplo, monóxido 
de carbono (CO), gás carbônico (CO2), acetileno.
• Anestesia – Ação sobre o sistema nervoso cen-
tral, que causa estado de sonolência ou tontura. 
Geralmente, as substâncias anestésicas estão no 
estado de gás ou vapor, como os vapores de éter 
etílico, acetona.
• Intoxicação – Pode ser causada tanto por ina-
lação, como por contato com a pele, ou ingestão 
acidental do tóxico, que pode estar na forma sólida, líquida ou gasosa. Entre outros, 
o benzol, o toluol, o tricloroetileno, o metanol, a gasolina, os inseticidas, os fumos de 
chumbo, pó de chumbo das tipografias são intoxicantes. 
• Pneumoconiose – Alteração da capacidade respiratória devido a uma alteração no 
pulmão. As substâncias que causam esse tipo de doença estão, em geral, na forma de 
poeira. Exemplos: poeira de sílica livre cristalizada, contida no pó de mármore, areia, 
carepa de fundição (areia), poeira de amianto ou asbesto, pós de algodão.
Figura 5.4 – (a) acetileno; (b) éter; (c) etanol
(a)
(b) (c)
A
lm
ir
o 
W
ei
ss
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
46
Riscos Físicos
Há fatores no ambiente do trabalho cuja presença, quando tendem aos limites de excesso 
ou falta, podem se tornar responsáveis por variadas alterações na saúde. Os riscos físicos são as 
diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, conforme segue:
Temperaturas Extremas: Calor e Frio
O calor em excesso ocorre geralmente em fundições, siderúrgicas, cerâmicas, indús-
trias de vidro, etc. Sabe-se que o organismo pode adaptar-se aos ambientes quentes, dentro 
de certos limites, mas, quando há a exposição excessiva ao calor, pode ocorrer uma série 
de problemas, como câimbras, insolação ou intermação, ou, ainda, uma afecção nos olhos, 
denominada catarata.
Segundo a Norma NR-15, para caracterização 
do calor como insalubridade, deve-se proceder à 
avaliação no ambiente de trabalho por meio de 
termômetros específicos e de acordo com os 
procedimentos de cálculo e consulta às tabelas 
conforme orientações do Anexo nº- 3.
ht
tp
://
up
lo
ad
.w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Figura 5.5 – Metalúrgica
Além do calor, o frio excessivo pode ser prejudicial ao trabalhador. A temperatura 
corpórea cai quando a pele é exposta a ambientes mais frios, podendo provocar acidentes. 
Entre as lesões causadas pelo frio estão:
• a hipotermia, na qual todo o corpo esfria até uma temperatura potencialmente 
perigosa; 
• a geladura, na qual partes do corpo sofrem lesões superficiais; 
• o congelamento, no qual alguns tecidos do corpo são destruídos. 
• as frieirase o pé de imersão, lesão que ocorre quando os pés, mesmo protegidos por 
botas e meias, sofre devido à permanência em lugares úmidos e frios.
A Norma Regulamentadora NR-15 em seu 
Anexo no 9, ressalta: as atividades ou operações 
executadas no interior de câmaras frigoríficas, 
ou em locais que apresentem condições simi-
lares, que exponham os trabalhadores ao frio 
sem a proteção adequada, serão consideradas 
insalubres em decorrência de laudo de inspeção 
realizada no local de trabalho.
Figura 5.6 – Câmara frigorífica 
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
R
iscos Am
bientais
47
Ruído
Ruído é todo o som, no ambiente de trabalho, que produz uma sensação auditiva desagra-
dável capaz de alterar o bem estar fisiológico ou psicológico das pessoas e prejudicar a qualidade 
e a produtividade no trabalho. O ruído, ou barulho, como é popularmente conhecido, ocorre 
na indústria em geral, mas, principalmente, nas serralherias, carpintarias, obras de edificação e 
pavimentação, indústria mecânica, tecelagens, estamparias, rebarbamento por marteletes nas 
fundições, entre outros locais. 
A unidade do nível de ruído é expressa em decibel (dB) e o limite máximo admissível 
para uma jornada de 8 horas de trabalho é de 85 dB. A seguir a figura 5.7 compara, para maior 
compreensão da representatividade deste valor, os níveis de ruído mais comuns.
dB
140
DOLOROSO
PERIGOSO
FATIGANTE
INCOMODATIVO
REPOUSANTE
	Descolagem de avião
	Motor de avião na proximidade 
dos reatores
	Passagem de um F1 
ouvido da tribuna
	Martelo pneumático
	Passagem de um comboio 
numa estação
	Alarme de viatura 
Walkman no volume máximo
	Chegada de um comboio de 
passageiros à estação
	Restaurante barulhento 
Rua animada
	Grande armazém 
Janela sobre a rua
	Escritório
	Sala de estar calma
	Quarto
	Deserto
	Câmara insonorizada
130
120
110
100
90
80
70
60
50
40
30
20
10
Figura 5.7 – Comparativo entre níveis de ruídos 
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
48
O ruído excessivo tem vários efeitos no ser humano, variando de pessoa para pessoa, 
como a irritabilidade, a ansiedade e o estresse. Entretanto, seu efeito principal, comprovado 
quando as pessoas são expostas a altos níveis de ruído por longo período, é o dano à audição, 
que leva a vários graus de surdez.
A Norma Regulamentadora NR-15, em seu Anexo nº- 1, determina que tempo de exposi-
ção aos níveis de ruído não deve exceder os limites de tolerância estabelecidos, sujeito à adoção 
de protetores auditivos e até a caracterização de insalubridade quando ultrapassados os limites 
admissíveis nesta NR, conforme a tabela 5.1:
Tabela 5.1 – Limites de tolerância para ruído contínuo ou intermitente
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição 
Diária Permissível
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição 
Diária Permissível
85 8 horas 98 1 hora e 15 minutos
86 7 horas 100 1 hora
87 6 horas 102 45 minutos
88 5 horas 104 35 minutos
89 4 horas e 30 minutos 105 30 minutos
90 4 horas 106 25 minutos
91 3 horas e 30 minutos 108 20 minutos
92 3 horas 110 15 minutos
93 2 horas e 40 minutos 112 10 minutos
94 2 horas e 15 minutos 114 8 minutos
95 2 horas 115 7 minutos
96 1 hora e 45 minutos
Fonte: Anexo nº- 1 da NR–15: Limite de tolerância ao ruído em função da exposição diária.
Radiações
Em física, radiação é a propagação da energia por meio de partículas ou ondas. Todos 
os corpos emitem radiação, basta estarem a uma determinada temperatura. As radiações podem 
ser identificadas por:
As Radiações Segundo a sua Identificação
Tipos de radiação Alfa, Beta, Gama, etc.
Elemento condutor 
de energia
Eletromagnética (fótons), partículas 
(prótons, nêutrons), gravitacional.
Fonte de radiação Solar (causada pelo sol), Cerenkov 
(partículas com velocidade superior 
à da luz no meio) e radioatividade 
(núcleos instáveis).
Seus efeitos Radiações ionizantes e não ionizan-
tes – pela ionização das moléculas.
Figura 5.8 – Símbolo internacional de radiação
R
iscos Am
bientais
49
Do ponto de vista ocupacional, as radiações identificadas em um ambiente de trabalho 
sujeitas à caracterização de insalubridade estão listadas na NR-15 em seus anexos de nº- 5, nº- 7 
e outras, conforme segue:
Radiação não ionizantes, segundo a Comissão Nacional de Energia – CNEN (http://
www.cnen.gov.br) – as radiações de frequência igual ou menor que a da luz violeta são chamadas 
de radiações não ionizantes. Geralmente, a faixa de frequência mais baixa do UV (UV-A) também é 
considerada não ionizante ainda que ela e, até mesmo, a luz possa ionizar alguns átomos. Elas não 
alteram o átomo, mas algumas, podem causar problemas de saúde. 
Do ponto de vista ocupacional, a NR-15, em seu Anexo nº 7, são radiações não ionizantes 
as micro-ondas, ultravioletas e laser.
Está demonstrado, por exemplo, que as micro-ondas podem causar, além de queima-
duras, danos ao sistema reprodutor. Existem também estudos sobre danos causados pelas 
radiações dos monitores de computador CRT (Cathode Ray Tube, Tubo de Raios Catódicos) 
por radiações emitidas além da radiação X, celulares, radiofrequências, e até pela rede de 
distribuição de 60Hz.
Maiores detalhes podem ser encontrados na cartilha técnica da Norma 
NE-3.01: Diretrizes Básicas de Radioproteção da Comissão Nacional de Energia 
Nuclear (CNEN), do Ministério da Ciência e Tecnologia do Governo Federal – 
.
Trabalhos com Pressões Anormais
São os trabalhos em que o homem é submetido a pressões atmosféricas diferentes da 
qual vive normalmente. Esses trabalhos exigem um controle rígido das operações, principal-
mente na etapa de descompressão e volta à pressão normal. A submissão a pressões diferentes 
da atmosférica ocorre em trabalhos submarinos, no trabalho em tubulações e caixões pneu-
máticos, e pode causar problemas nas articulações, que vão de dores a paralisia e, ainda, 
outros problemas mais graves que podem ser fatais.
Figura 5.9 – Nos trabalhos com pressões anormais é necessário um controle rigoroso
1/2
1/3
1
1 atmosfera
2 atmosfera
3 atmosfera
0 m
10 m
20 m
Nível do mar
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
50
Vibrações
As vibrações ocorrem, principalmente, nas 
grandes máquinas pesadas, como tratores, esca-
vadeiras, máquinas de terraplanagem, que fazem 
vibrar o corpo inteiro. Também estão presentes no 
manuseio de ferramentas manuais motorizadas que 
fazem vibrar as mãos, braços e ombros. Os proble-
mas provenientes das vibrações aparecem, em geral, 
após longo tempo de exposição, normalmente após 
vários anos. No caso de vibração do corpo inteiro, 
podem aparecer dores na coluna, problemas nos 
rins, enjoos. No caso de vibrações localizadas nas 
mãos e braços, podem aparecer problemas circula-
tórios, como má circulação do sangue, e problemas 
nas articulações. O tempo longo de exposição e 
fatores como o frio têm muita influência no apare-
cimento desses problemas.
Má Iluminação
A iluminação inadequada nos locais de trabalho pode levar, além de baixa 
eficiência e qualidade do serviço, a uma maior probabilidade de ocorrência de 
certos tipos de acidentes e a uma redução da capacidade visual das pessoas, o 
que é um efeito negativo muito importante em alguns tipos de trabalho que 
exigem atenção e boa visão.
Riscos Biológicos
São representados por uma variedade de micro-organismos (bactérias, 
bacilos, protozoários, etc.), com os quais o trabalhador pode entrar em con-
tato, dependendo do tipo de atividade, e que podem causar doenças. Muitas 
atividades profissionais favorecem o contato com micro-organismos, 
como nas indústrias de alimentação, hospitais, limpeza pública e coleta de 
lixo, laboratórios, etc. Entre as inúmeras doenças profissionais provocadas por 
micro-organismos, incluem-se a tuberculose, a malária, a febre amarela, entre 
outras.
De acordo com o Ministério da Saúde e as Normas Regulamentadoras, 
para que essas doenças possam ser consideradas doenças profissionais, é preciso 
que haja exposição do funcionário a estes micro-organismos. São necessárias 
medidas preventivaspara que as condições de higiene e segurança nos diver-
sos setores de trabalho sejam adequadas. Os riscos biológicos em laboratórios 
podem estar relacionados á manipulação de:
• agentes patogênicos selvagens;
• agentes patogênicos atenuados;
Figura 5.10 – Britadeira
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
R
iscos Am
bientais
51
• agentes patogênicos que sofreram processo de recombinação;
• amostras biológicas;
• culturas e manipulações celulares (transfecção, infecção);
• animais.
As principais vias envolvidas num processo de contaminação bioló-
gica são a via cutânea ou percutânea (com ou sem lesões – por acidente com 
agulhas e vidraria, na experimentação animal – arranhões e mordidas), a via 
respiratória (aerossóis), a via conjuntiva e a via oral. 
 Há uma classificação dos agentes patogênicos selvagens que leva 
em consideração os riscos para o manipulador, para a comunidade e para 
o meio ambiente. Esses riscos são avaliados em função do poder patogê-
nico do agente infeccioso, da sua resistência no meio ambiente, do modo 
de contaminação, da importância da contaminação (dose), do estado de 
imunidade do manipulador e da possibilidade de tratamento preventivo e 
curativo eficaz.
De acordo com Ministério da Saúde, as classificações existentes 
(OMS, CEE, CDC-NIH) são bastante similares, dividindo os agentes em 
quatro classes:
• Classe 1 – Em que estão os agentes que não apresentam riscos para 
o manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis).
• Classe 2 – Apresentam risco moderado para o manipulador e fraco 
para a comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bac-
térias – Clostridium tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; 
vírus – EBV, herpes; fungos – Candida albicans; parasitas – Plasmodium, 
Schistosoma).
• Classe 3 – São os agentes que apresentam risco grave para o manipu-
lador e moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais 
clínicos são graves e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias – 
Bacillus anthracis, Brucella, Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; 
vírus – hepatites B e C, HTLV 1 e 2, HIV, febre amarela, dengue; 
fungos – Blastomyces dermatiolis, Histoplasma; parasitas – Echinococcus, 
Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi).
• Classe 4 – Os agentes desta classe apresentam risco grave para o 
manipulador e para a comunidade, não existe tratamento e os ris-
cos em caso de propagação são bastante graves (ex.: vírus de febres 
hemorrágicas). 
Outra forma de configuração de risco biológico são os colegas que 
podem trazer ao ambiente de trabalho os micróbios que causam hepatite, 
tuberculose, micose das unhas e da pele. Se o pessoal da copa e cozinha não 
tiver higiene e asseio, pode ocorrer contaminação das refeições, tendo como 
possível consequência as diarreias, intoxicações alimentares, entre outras.
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
52
De maneira geral, as medidas de segurança para 
os riscos biológicos envolvem:
• Conhecimento da Legislação Brasileira de 
Biossegurança, especialmente das Normas de 
Biossegurança emitidas pela Comissão Técnica 
Nacional de Biossegurança.
• O conhecimento dos riscos pelo manipulador;
• A formação e informação das pessoas envolvi-
das, principalmente no que se refere à maneira 
como essa contaminação pode ocorrer, o que 
implica no conhecimento amplo do micro- 
-organismo ou vetor com o qual se trabalha.
• O respeito às Regras Gerais de Segurança e, 
ainda, a realização das medidas de proteção 
individual.
• Uso do avental, luvas descartáveis incluindo a 
lavagem das mãos antes e após a manipulação, 
uso de máscara e óculos de proteção, para evitar 
aerossóis ou projeções nos olhos, e demais equi-
pamentos de proteção individual necessários.
• Utilização da capela de fluxo laminar (figura 5.11) 
corretamente, mantendo-a limpa após o uso.
• Autoclavagem de material biológico patogênico, 
antes de eliminá-lo no lixo comum.
• Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um agente específico.
• A vacinação para exposição a alguns agentes biológicos.
• Rigorosa higiene pessoal, das roupas e dos ambientes de trabalho.
• Controle médico permanente.
Riscos Ergonômicos
Ergonomia é a ciência que busca alcançar o ajustamento mútuo ideal entre o homem e 
seu ambiente de trabalho, na utilização correta do corpo humano e suas funções no trabalho, 
como: postura, visão, ritmo, transporte de peso, entre outros. Pois se não houver esse ajuste, há 
a presença de agentes que causam doenças ocupacionais e lesões no trabalhador. Neste sentido, 
o Ministério do Trabalho lançou a NR-17. 
É matéria relacionada à compreensão das interações entre seres humanos e os elementos 
de um processo produtivo ou atividades laborais a fim de otimizar o bem-estar humano e o 
desempenho geral desenvolvido no trabalho. Os estudiosos em ergonomia contribuem para o 
desenvolvimento de produtos, ambientes e sistemas, a fim de compatibilizá-los com as nossas 
necessidades, não deixando de respeitar o limite de cada corpo.
Figura 5.11 – Capela de fluxo laminar
ht
tp
://
up
lo
ad
.w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Autoclavagem:
Atividades utilizando a autoclave – um 
aparelho que trabalha sob pressão para 
esterilização de utensílios domésticos, de 
beleza e hospitalar pelo calor úmido e/ou 
agentes químicos.
R
iscos Am
bientais
53
A Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três áreas de conheci-
mento. São elas:
• Ergonomia Física – Estuda as respostas do corpo humano relacionadas ao aspecto 
físico e psicológico. Incluem no estudo a manipulação de materiais, o leiaute das 
estações de trabalho, o ritmo do trabalho e fatores como repetição, vibração, força e 
postura, relacionado com lesões ósteomusculares. Ex.: Lesão por Esforço Repetitivo 
(LER).
• Ergonomia Cognitiva – Esta se refere 
aos aspectos mentais, como os refle-
xos, a atenção, a coordenação motora, a 
memória e afins existentes entre seres 
humanos e outros elementos de um 
sistema produtivo. 
• Ergonomia Organizacional – Relacio-
nada às melhorias internas dos sistemas 
produtivos e suas interfaces, incluindo 
como matéria de estudo a ética profissional, 
os trabalhos em turnos, o planejamento do 
trabalho, a satisfação profissional, a moti-
vação, a supervisão, os cargos de chefia, o 
trabalho em equipe, o trabalho à distância, 
entre outros.
Segundo texto da Norma Regulamentadora 
NR-17: os Riscos Ergonômicos existentes no ambiente 
de trabalho estão relacionados à exigência de esforço 
físico intenso, levantamento e transporte manual de 
peso, postura inadequada no exercício das atividades, 
exigências rigorosas de produtividade, jornadas de tra-
balho, prolongadas ou em turnos, atividades monótonas 
e repetitivas, entre outras. 
A ergonomia é aplicável no desenvolvimento de ações sistematizadas na política, no sis-
tema de qualidade das empresas, nos mapeamentos de processos, e pode atingir segmentos 
diversos quando entendida como uma ferramenta de gestão voltada para a humanização dos 
processos, interfaceando o homem e o seu método de trabalho, buscando atender às necessida-
des de produção de uma organização.
Riscos de Acidentes
Os riscos de acidentes são os outros fatores de risco não identificados anteriormente que 
podem ser encontrados e devem ser eliminados dos ambientes de trabalho. Eles são decorrentes 
de falhas de projeto de máquinas, equipamentos, ferramentas, veículos e prédios, deficiên-
cias de leiaute, iluminação excessiva ou deficiente, uso inadequado de cores, probabilidade de 
incêndio e explosão, armazenamento inadequado de produtos, presença de animais peçonhen-
tos e selvagens, etc.
Figura 5.12 – Ergonomia – correto e incorreto
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
54
Atividades
1) O que são riscos ambientais?
2) O que é PPRA e qual a sua importância?
3) Faça uma pesquisa sobre a NR-15 e responda qual sua rela-
ção com a NR-9.
4) O que são riscos químicos? 
5) O que são riscos físicos? Dê exemplos.
6) O quesão riscos biológicos?
7) Qual a definição de risco ergonômico?
8) O que são os riscos de acidentes? Dê exemplos.
9) Considere um ambiente de trabalho qualquer, de bens ou ser-
viços, e responda:
a. Quais profissionais estão envolvidos e quais os cargos 
desempenhados?
b. A quais possíveis riscos, químicos, físicos, biológicos, ergonô-
micos e de acidentes estão sujeitos os trabalhadores?
Para Pesquisar:
NR-9 – PPRA:
.
NR-17 – Ergonomia:
.
NR-15 – Atividades e Operações Insalubres:
.
6
M
apa de R
iscos Am
bientais e M
edidas de Controle
55
6
Mapa de Riscos 
Ambientais e 
Medidas de Controle
Hoje em dia, a representação dos riscos ocupacionais tem grande impor-
tância por causa da vigência de legislação da área de saúde do trabalhador, a 
qual exige das empresas a implantação do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA), incluindo a obrigatoriedade da elaboração e divulgação 
aos trabalhadores dos riscos, por meio dos mapas de riscos.
O mapa de riscos é um levantamento dos pontos em que há riscos ambien-
tais, nos diferentes setores da empresa, a fim de identificar situações e locais 
sujeitos a acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. A partir de uma planta 
baixa ou leiaute, cada setor da empresa é analisado e são identificados todos os 
tipos de riscos, classificando-os pela sua intensidade. A partir daí, o mapa deve 
ser colocado em um local visível, para alertar aos trabalhadores sobre os riscos 
existentes. 
O mapa de riscos tem como objetivos:
•	 reunir as informações necessárias para estabelecer o diagnóstico da 
situação de segurança e saúde no trabalho na empresa;
•	 possibilitar, durante a sua elaboração, a troca e a divulgação de infor-
mações entre os trabalhadores, bem como estimular sua participação 
nas atividades de prevenção. 
M
ap
a 
de
 R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
 e
 M
ed
id
as
 d
e 
Co
nt
ro
le
56
Etapas de Elaboração de Mapa de 
Riscos
As etapas para elaboração do mapa de riscos são: 
Conhecer o processo de trabalho no local analisado: 
• os trabalhadores: número, sexo, idade, jornada de trabalho, treinamentos profissionais 
e de segurança e saúde; 
• os instrumentos e materiais de trabalho; 
• as atividades exercidas; 
• o ambiente de trabalho. 
Identificar os riscos existentes no local, conforme a classificação da tabela 6.1.
Identificar as medidas preventivas existentes e suas eficácias:
• medidas de proteção coletiva; 
• medidas de organização do trabalho; 
• medidas de proteção individual; 
• medidas de higiene e conforto em banheiros, lavatórios, vestiários, armários, bebe-
douro, refeitório, áreas de lazer. 
Identificar os indicadores de saúde:
• queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos 
riscos; 
• acidentes de trabalho ocorridos; 
• doenças profissionais diagnosticadas; 
• causas mais frequentes de ausência ao trabalho. 
Conhecer os levantamentos ambientais já realizados no local.
Elaborar o mapa de riscos sobre o leiaute da empresa, indicando na legenda de 
riscos ambientais:
• o grupo a que pertence o risco, de acordo com as cores que constam na tabela 6.1; 
• o número de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro da 
legenda; 
• a especificação do agente, como, por exemplo, químico – gasolina, ácido, ou ergonô-
mico –, repetitividade, ritmo excessivo. Deve ser anotada dentro da legenda; 
• a intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser 
representada por tamanhos diferentes de círculos. 
Após ter discutido e aprovado o mapa de riscos, completo ou setorial, este deve ser afixado 
nos locais analisados, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores. 
M
apa de R
iscos Am
bientais e M
edidas de Controle
57
No caso das empresas da indústria da construção civil, o mapa de riscos do estabeleci-
mento deve ser realizado por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que 
um fato novo vir modificar a situação de riscos preestabelecida. 
Tabela 6.1 – Mapa de riscos: classificação dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com a sua natureza e padronização 
das cores correspondentes
Grupo 1:
Verde
Grupo 2:
Vermelho
Grupo 3: 
Marrom
Grupo 4: 
Amarelo
Grupo 5:
Azul
Riscos físicos
Riscos 
químicos
Riscos 
biológicos
Riscos 
ergonômicos
Riscos de acidentes
Ruídos Poeiras Vírus
Esforço físico 
intenso
Arranjo físico 
inadequado
Vibrações Fumos Bactérias
Levantamento e 
transporte manual 
de peso
Máquinas e equipa-
mentos sem proteção
Radiações 
ionizantes
Névoas Protozoários
Exigência de pos-
tura inadequada
Ferramentas 
inadequadas ou 
defeituosas
Radiações não 
ionizantes
Neblinas Fungos
Controle rígido de 
produtividade 
Iluminação 
inadequada
Frio Gases Parasitas
Imposição de 
ritmos excessivos
Eletricidade
Calor Vapores Bacilos
Trabalho em turno 
e noturno
Probabilidade de 
incêndio ou explosão
Pressões 
anormais
Substâncias, 
compostos ou 
produtos quími-
cos em geral
 
Jornadas 
de trabalho 
prolongadas
Armazenamento 
inadequado
Umidade 
Monotonia e 
repetitividade
Animais peçonhentos
 
Outras situações 
causadoras de 
stress físico e/ou 
psíquico
Outras situações 
de risco que pode-
rão contribuir para 
a ocorrência de 
acidentes
Simbologia da Intensidade do Risco (Grau de Risco) 
A simbologia da intensidade do risco, ou grau de risco, é representada por tamanhos pro-
porcionalmente diferentes de círculos, de acordo com o risco da atividade, conforme a tabela 6.2.
Tabela 6.2 – Simbologia de grau de risco
Símbolo Proporção Tipos de Risco
4 Elevado 
(Grande)
2 Moderado 
(Médio)
1 Leve (Pequeno)
M
ap
a 
de
 R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
 e
 M
ed
id
as
 d
e 
Co
nt
ro
le
58
Simbologia das Cores
No mapa de riscos são representados os respectivos agentes ambientais de acordo com 
suas intensidades, conforme disposto na tabela 6.3.
Tabela 6.3 – Simbologia das cores em mapas de riscos
 Risco Químico Leve
Risco Químico Moderado
Risco Químico Elevado
Risco Físico Leve
Risco Físico Moderado
Risco Físico Elevado
Risco Biológico Leve
Risco Biológico Moderado
Risco Biológico Elevado
Risco Ergonômico Leve
Risco Ergonômico Moderado
Risco Ergonômico Elevado
Risco de Acidentes Leve
Risco de Acidentes Moderado
Risco de Acidentes Elevado
Modelos de Mapa de Riscos
Tabela 6.4 – Modelo geral de mapa de riscos
Mapa de Riscos Ambientais
RISCOSEmpresa: INDÚSTRIA XXXX LTDA
Responsável pela Elaboração
SESMIT da Indústria XXXX LTDA
Ano
2011
Serralheria
Recepção/Escritório
Expedição Acabamento e Pintura
 Químicos
 Físicos
 Biológicos
 Ergonômicos
 De acidentes
GRAU DE RISCO
Elevado (Grande)
Moderado (Médio)
Leve (Pequeno)
M
apa de R
iscos Am
bientais e M
edidas de Controle
59
Tabela 6.5 – Modelo de mapa de riscos de setor
Mapa de Riscos Ambientais
RISCOSEmpresa: INDÚSTRIA XXXX LTDA Setor: SERRALHERIA
Número de trabalhador(es) exposto(s) a(os) risco(s): 05(cinco)
Prevenção:
 Observar o limite máximo de peso manual por pessoa
 Máquinas e ferramentas especiais para transporte
 Ginástica laboral
 Utilizar EPI: protetor auricular
Responsável pela Elaboração
SESMIT da Indústria XXXX LTDA
Ano
2001
 Químicos
 Físicos
 Biológicos
 Ergonômicos
 De acidentes
GRAU DE RISCO
Elevado (Grande)
Moderado (Médio)
Leve (Pequeno)
Esforço físico pesado
 Transporte de barras de ferro
 Movimentação de produção
 Máquinas Elétricas
 Ferramentas
Ruído
Outros Ícones Utilizados em Mapas de Riscos
A simbologia normalizada pela NR-5, para a representação dos agentes ambientais por 
meio do mapa de riscos, pode ser auxiliada com desenhos e ilustrações mais didáticas, que 
facilitam a interpretação dos riscos existentes nos ambientes de trabalho. A tabelas 6.6 (a) e (b) 
correlacionasímbolos com atividades.
Tabelas 6.6 (a) e (b) – Ícones utilizados em mapas de risco
Ruído
Vibração
Ventilação
Umidade
Temperatura
Poeiras e fumaças
Gases e vapores
Substâncias químicas
Iluminação
Radiação
Riscos relacionados ao 
ambiente de trabalho
(a)
Posição incômoda Situação de emergência
Trabalho em grande velocidade
Trabalho não criativo
Pressão da chefia
Não poder conversar 
com os colegas
Não poder realizar atividades 
de defesa coletiva
Alta exposição
Média exposição
Esforço físico pesado
Intervalos e horas extras
Trabalho perigoso
Atenção constante
Monotonia e repetitividade
Risco de acidentes
Turno rotatório ou 
de revezamento
Riscos relacionados à atividade
Permanência no posto 
de trabalho Baixa exposição
(b)
M
ap
a 
de
 R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
 e
 M
ed
id
as
 d
e 
Co
nt
ro
le
60
Fatores que Colaboram para 
que os Produtos ou Agentes 
Causem Danos à Saúde
Nem todo produto ou agente presente no ambiente de trabalho causa, 
obrigatoriamente, dano à saúde. Para que isso ocorra, é preciso que haja uma 
inter-relação entre os seguintes fatores:
• O tempo de exposição – Quanto maior o tempo de exposição, 
de contato, maiores serão as possibilidades de se desenvolver algum 
dano à saúde e vice-versa.
• A concentração do contaminante no ambiente – Quanto maio-
res as concentrações, maiores as chances de aparecerem problemas.
• O grau de toxidade da substância – Algumas substâncias são 
mais tóxicas do que outras, se comparadas em relação a uma mesma 
concentração.
• A forma em que o contaminante se encontra – Isto é, se em 
forma de gás, líquido ou neblina, ou poeira. Isto tem relação com a 
forma de entrada do tóxico no organismo, como será visto adiante.
• A possibilidade de as pessoas absorverem as substâncias 
– Algumas substâncias só são capazes de entrar no organismo por 
inalação ou, então, pela pele. Deve-se acentuar que é importante 
conhecer cada caso em separado. Havendo dúvida quanto à existên-
cia ou não de perigo, o interessado deve procurar um membro da 
CIPA ou do serviço especializado ou, ainda, o seu gerente.
Principais Medidas de 
Controle dos Riscos 
Ambientais
As principais medidas de controle dos riscos ambientais referem-se ao 
ambiente ou ao pessoal.
Medidas Relativas ao Ambiente
• Substituição do produto tóxico – Alguns produtos podem ser subs-
tituídos por outros menos tóxicos, ou inofensivos. Esta é a medida 
ideal, desde que o substituto tenha finalidade próxima à do original e 
não venha criar um risco maior, como quando se substitui um pro-
duto tóxico por outro menos tóxico, mas que é altamente inflamável. 
M
apa de R
iscos Am
bientais e M
edidas de Controle
61
Substituir o benzeno pelo tolueno, tintas à base de chumbo, outras à 
base de zinco, jateamento com areia por jateamento de óxido de alu-
mínio, etc. são exemplos de substituição que diminuem ou eliminam o 
risco, sem causar outro maior. 
• Mudança do processo ou equipamento – Certas modificações em 
processos ou equipamentos podem reduzir muito os riscos ou, até, 
eliminá-los. Por exemplo, a pintura por imersão ao invés de à pistola, 
diminui a formação de vapores de solventes, e o uso da rebitagem em 
substituição à soldagem reduz a produção de ruídos.
• Enclausuramento ou confinamento – Consiste em isolar determi-
nada operação do resto da área, como no uso de cabine de jateamento 
de areia e no enclausuramento de uma máquina ruidosa. O enclausura-
mento diminui o número de pessoas sujeitas à exposição ao risco.
• Ventilação – Pode ser exaustora, retirando o ar contaminado no local de 
formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar limpo 
dentro do ambiente, diluindo o ar contaminado. A ventilação é funda-
mental nos tanques de solventes, nas operações com colas, nas operações 
geradoras de poeiras, nos rebolos de rebarbamento de peças fundidas.
• Umidificação – Onde há poeiras, o risco de exposição pode ser elimi-
nado ou diminuído pela aplicação de água ou neblina. Muitas operações, 
feitas a úmido, oferecem um risco bem menor à saúde, como na mistura 
de areias de fundição e na varredura a úmido.
• Segregação – Segregação quer dizer separação. Nesta medida de con-
trole, separa-se a operação ou o equipamento do restante do pessoal. O 
elemento é retirado do processo e inserido em outro local ou realizado 
em horário diferente dos demais, a fim de expor o menor número de 
trabalhadores ao risco. 
• Boa manutenção e conservação – Rigorosamente, estas medidas 
não podem ser consideradas formas específicas de prevenção de riscos. 
Entretanto, são complementos de quaisquer outras medidas. Muitas 
vezes, a má manutenção é a causa principal dos problemas ambientais. 
Os programas e cronogramas de manutenção devem ser seguidos à 
risca, dentro dos prazos propostos pelos fabricantes dos equipamentos, 
para, por exemplo, evitar-se ruídos excessivos em estruturas e mancais, 
vazamentos de produtos tóxicos ou superaquecimentos.
• Ordem e limpeza – Boas condições de ordem, limpeza e cuidados em 
geral ocupam um local de destaque nos sistemas de proteção ambiental. 
A poeira no ambiente de trabalho (bancadas, piso, etc.) pode rapidamente 
ser dispersada no ar da sala. Em locais com a presença de materiais tóxi-
cos, a atenção e os cuidados devem ser redobrados. A limpeza imediata de 
qualquer derramamento do produto tóxico é uma importante medida de 
controle. Para a limpeza de poeira, deve ser preferida a aspiração a vácuo; 
nunca o pó deve ser soprado com bicos de ar comprimido. É impossível 
manter um bom programa de prevenção de riscos ambientais sem uma 
preocupação constante com os aspectos de ordem e limpeza.
M
ap
a 
de
 R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
 e
 M
ed
id
as
 d
e 
Co
nt
ro
le
62
Medidas Relativas ao Pessoal
• Equipamento de Proteção Individual (EPI) – Deve ser sempre 
considerado como uma segunda linha de defesa, após serem tentadas 
medidas relativas ao ambiente de trabalho. Nas situações onde não são 
eficientes as medidas gerais e coletivas relativas ao ambiente, a critério 
técnico, o EPI é a forma de proteção, aliado à limitação da exposição. O 
uso correto do EPI por parte do empregado e o conhecimento das suas 
limitações e vantagens são aspectos que todo empregado deve conhecer 
através de treinamento específico, coordenado pelo pessoal especiali-
zado em Segurança e Medicina do Trabalho. Especial cuidado deve ser 
tomado na conservação da eficiência do EPI, sob pena deste se tornar 
uma arma de dois gumes, fornecendo ao empregado confiança numa 
proteção inexistente.
• Limitação de exposição – A redução dos períodos de trabalho tor-
nam-se importantes medida de controle onde e quando todas as outras 
forem impraticáveis por motivos técnicos, locais (físicos) ou econômi-
cos, não se conseguindo reduzir ou eliminar o risco. Assim, a limitação 
da exposição, dentro de critérios bem definidos tecnicamente, pode 
tornar-se uma solução eficiente em muitos casos. Exemplos: controle 
do tempo de exposição ao calor, às pressões anormais, às radiações 
ionizantes.
• Controle Médico – Exames médicos pré-admissionais e periódicos 
são medidas fundamentais de caráter permanente, constituindo-se 
numa das atividades principais dos serviços médicos da empresa. Uma 
boa seleção na admissão pode evitar a contratação de pessoas que têm 
maior sensibilidade e que poderiam adquirir doenças relacionadas com 
certas atividades. Os exames médicos periódicos dos empregados pos-
sibilitam, além de um controle de saúde geral do pessoal, a descoberta e 
a detenção de fatores que podem levar a uma doença profissional, num 
estágio ainda inicial e com pouca probabilidade de danos.
Análise Preliminar de Risco 
(APR)
Além do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), outro 
documento bastante realizado nas empresas é a APR. Ela é um estudo, 
durante a fase preliminar de um novo projeto ou sistema, com a finalidade de 
se determinar os possíveis riscos que poderão ocorrer na sua fase operacional. 
Tem umaimportância especial na investigação de sistemas pouco conheci-
dos, quando a experiência em riscos na sua operação é deficiente. A partir da 
descrição dos riscos, são identificadas as causas prováveis e os possíveis danos 
vinculados, o que permite a busca e elaboração de ações e medidas de preven-
ção ou correção das possíveis falhas detectadas. Segue um exemplo de APR. 
M
apa de R
iscos Am
bientais e M
edidas de Controle
63
Formulário 6.1 – APR
Função Operação Risco Agente
Fonte 
Geradora
Medidas 
Existentes
Medidas 
Propostas
Eletricista Instalações 
elétricas;
Instalações 
de máquinas 
e equipamen-
tos elétricos;
Aterramento 
deste.
Acidente. Choque 
elétrico;
Queda de 
altura.
Máquinas e 
equipamentos;
Periferias, 
aberturas 
de pisos e 
trabalhos em 
altura.
Uso de 
luvas de 
borracha;
Uso de cinto 
de segu-
rança tipo 
paraque-
dista acima 
de 2 m.
Treinamentos; 
Atenção no 
trabalho.
Encarregado Distribuição 
de tarefas;
Auxilia o 
engenheiro.
Físico 
eventual;
Acidente.
Ruído
84 dB(A);
Queda de 
altura.
Máquinas e 
equipamentos;
Periferias, 
aberturas 
de pisos e 
trabalhos em 
altura.
Uso de 
protetor 
auricular;
Uso de cinto 
de segu-
rança tipo 
paraque-
dista acima 
de 2 m.
Realizar 
medições de 
ruído;
Atenção no 
trabalho.
Encanador Instalação 
hidráulica;
Assentamento 
de louças.
Inexistente. Inexistente. Inexistente. Inexistente. Inexistente.
Armador Montagem 
de vigas e 
pilares;
Manuseio de 
policorte;
Dobragem 
e corte de 
vergalhões.
Físico;
Acidente.
Ruído
92 dB(A);
Queda de 
altura.
Policorte;
Periferias, 
aberturas 
de pisos e 
trabalhos em 
altura.
Uso de 
protetor 
auricular;
Uso de cinto 
de segu-
rança tipo 
paraque-
dista acima 
de 2 m.
Realizar 
medições de 
ruído;
Atenção no 
trabalho.
Atividades
1) O que são Mapas de Riscos Ambientais?
2) Quais as etapas para elaboração do Mapa de Riscos 
Ambientais?
3) Como devem ser utilizadas as cores relacionadas aos riscos 
no Mapa de Riscos Ambientais?
M
ap
a 
de
 R
is
co
s 
Am
bi
en
ta
is
 e
 M
ed
id
as
 d
e 
Co
nt
ro
le
64
4) Ilustre a simbologia da intensidade do risco (Grau de Risco) 
utilizada no Mapa de Riscos Ambientais.
5) Apresente outros ícones e simbologias utilizadas no Mapa de 
Riscos Ambientais.
6) Quais as principais medidas de controle dos riscos ambientais 
relativas ao ambiente?
7) Quais as principais medidas de controle dos riscos ambientais 
relativas ao pessoal?
8) Quais os fatores que colaboram para que os produtos ou agen-
tes causem danos à saúde?
9) Considere uma empresa de pequeno porte e desenvolva as 
seguintes atividades:
a. Desenhe a planta baixa ou leiaute das instalações da 
empresa.
b. Com base na tabela I do Anexo IV da NR-5, identifique os ris-
cos ambientais em cada setor da empresa.
c. Elabore um mapa de risco geral da empresa. Utilize a simbo-
logia e o modelo estudado, e ilustre os riscos e a intensidade 
deles.
d. Elabore um mapa de risco detalhado para cada setor da 
empresa, que inclua além da simbologia, dos riscos e a intensi-
dade deles, o número de trabalhadores e métodos preventivos 
sugeridos. 
Para Pesquisar:
NR-9 – PPRA:
.
Mapa de Riscos:
.
7
Sinalização de Segurança 
65
7
Sinalização de 
Segurança 
A sinalização de segurança, assunto 
tratado na NR-26 do Ministério do 
Trabalho, tem por objetivo fixar cores que 
devem ser usadas em locais de trabalho para 
prevenção de acidentes, a fim de identifi-
car equipamentos de segurança, delimitar 
áreas, identificar canalizações empregadas 
em indústrias para a condução de líquidos e 
gases e, consequentemente, advertir contra 
riscos de acidentes. Na figura 7.1, percebe-se 
a utilização do vermelho para identificar a 
área dos extintores de incêndio. 
Segundo a norma, devem ser adotadas cores para segurança em estabe-
lecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos 
existentes. O que não quer dizer que se dispense o emprego de outras formas 
de prevenção de acidentes. 
O uso de cores deve ser o mais reduzido possível, a fim de não ocasionar 
distração, confusão e fadiga ao trabalhador. A indicação em cor, sempre que 
necessária, especialmente quando em área de trânsito para pessoas estranhas 
ao trabalho, deve ser acompanhada dos sinais convencionais ou de identifica-
ções por meio de palavras. 
Informações mais detalhadas a respeito da utilização de cores na segu-
rança no trabalho podem ser encontradas consultando-se:
• A ABNT NBR 7195: Cores para segurança;
• A ABNT NBR 13434: Sinalização de segurança contra incêndio e 
pânico;
• A ABNT NBR 6493: Emprego de cores para identificação de 
tubulações;
Figura 7.1 – Área de extintores de incêndio
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Si
na
liz
aç
ão
 d
e 
Se
gu
ra
nç
a 
66
• A ABNT NBR 14725: Ficha de informações de segurança de 
produtos químicos;
• A ABNT NBR 7500: Símbolos de risco e manuseio para o transporte 
e armazenamento de materiais;
• A IT-20: Sinalização de emergência – Instrução Técnica do Corpo de 
Bombeiros do Estado de São Paulo;
• A Portaria nº- 204/1997 do Ministério dos Transportes – Instruções 
complementares ao regulamento do transporte rodoviário de produ-
tos perigosos.
Cabe ressaltar que a adoção destas normas não isenta a responsabili-
dade das empresas no atendimento mais restritivo aos códigos municipais, 
estaduais e sanitários da jurisdição sobre o tema em questão. 
Para tanto, é sempre importante a empresa consultar os órgãos compe-
tentes para a inspeção prévia de suas instalações antes de seu funcionamento, a 
fim de garantir maior segurança à preservação da vida de seus colaboradores.
Tabelas de Aplicações 
Corretas de Cores
A seguir, apresentam-se as principais cores e suas aplicações corretas e 
sinalizações no ambiente de trabalho:
Jo
si
as
 d
o 
E
sp
ír
ito
 S
an
to
 C
or
in
ga
Figura 7.2 – Chuveiro de segurança e EPI
Jo
si
as
 d
o 
E
sp
ír
ito
 S
an
to
 C
or
in
ga
Verde
O verde é a cor que caracteriza segurança.
Deve ser empregado para identificar:
• canalizações de água;
• caixas de equipamento de socorro 
de urgência;
• caixas contendo máscaras contra 
gases;
• chuveiros de segurança; 
• macas;
• fontes lavadoras de olhos;
• quadros de cartazes, boletins, 
avisos de segurança, etc.;
• porta de entrada de salas de curati-
vos de urgência;
• localização de equipamento de 
proteção individual (EPI); caixas 
contendo EPI;
• emblemas de segurança;
• dispositivos de segurança;
• mangueiras de oxigênio, como na solda oxiacetilênica.
Sinalização de Segurança 
67
Vermelho
O vermelho deve ser 
usado para distinguir e 
indicar equipamentos e 
aparelhos de proteção 
e combate a incêndio. 
Não deve ser usado na 
indústria para assinalar 
perigo, por ser de pouca 
visibilidade em compa-
ração com o amarelo, 
de alta visibilidade, e o 
alaranjado, que significa 
alerta.
É empregado para identificar:
• caixa de alarme de incêndio;
• hidrantes;
• bombas de incêndio;
• sirenes de alarme de incêndio;
• caixas com cobertores para abafar chamas;
• extintores e sua localização;
• indicações de extintores, visível a distância, dentro da área de uso do 
extintor;
• localização de mangueiras de incêndio. A cor deve ser usada no carretel, 
suporte, moldura da caixa ou nicho;
• baldes de areia ou água, para extinção de incêndio;
• tubulações, válvulas e hastes do sistema de aspersão de água;
• transporte com equipamentos de combate a incêndio;
• portas de saídas de emergência;
• rede de água para incêndio (sprinklers);
• mangueira de acetileno (solda oxiacetilênica).
A cor vermelha é usada excepcionalmente com sentido de advertência de 
perigo:
• Nas luzes a serem colocadas em barricadas, tapumes de construções e 
quaisquer outras obstruções temporárias;
• Em botões interruptores de circuitos elétricos para paradas de emergência.
Figura 7.3 – Localizaçãode mangueiras de incêndios e ponto para 
instalação de hidrante
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Si
na
liz
aç
ão
 d
e 
Se
gu
ra
nç
a 
68
Amarelo
Em canalizações, deve-se utilizar 
o amarelo para identificar gases 
liquefeitos, como o gás liquefeito de 
petróleo (GLP) e o gás de cozinha 
(Figura 7.4).
O amarelo é empregado para indicar 
cuidado, assinalando:
• partes baixas de escadas portáteis;
• corrimões, parapeitos, pisos e 
partes inferiores de escadas que 
apresentem risco;
• espelhos de degraus de escadas;
• bordas desguarnecidas de aber-
turas no solo, como de poços, 
entradas subterrâneas, etc. e de 
plataformas que não possam ter 
corrimões;
• bordas horizontais de portas 
de elevadores que se fecham 
verticalmente;
• faixas no piso da entrada de 
elevadores e plataformas de 
carregamento;
• meios-fios, onde haja necessidade 
de chamar a atenção;
• paredes de fundo de corredores sem saída;
• vigas colocadas à baixa altura;
• cabines, caçambas, pontes-rolantes, guindastes, escavadeiras, etc.;
• equipamentos de transporte e manipulação de material, tais como empi-
lhadeiras, tratores industriais, pontes-rolantes, reboques, etc.;
• fundos de letreiros e avisos de advertência;
• pilastras, vigas, postes, colunas e partes salientes de estruturas e equipa-
mentos em que se possa esbarrar;
• cavaletes, porteiras e lanças de cancelas;
• bandeiras como sinal de advertência, combinado ao preto;
• comandos e equipamentos suspensos que ofereçam risco;
• pára-choques para veículos de transporte pesados, com listras pretas.
Listras verticais ou inclinadas e quadrados pretos são usados sobre o ama-
relo quando há necessidade de se melhorar a visibilidade da sinalização.
Figura 7.4 – Tubulação de gás liquefeito acima, 
em seguida mangueira de gás.
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Sinalização de Segurança 
69
Azul
O azul é utilizado para indicar cuidado, ficando o seu emprego limitado a avi-
sos contra uso e movimentação de equipamentos, que devem permanecer 
fora de serviço.
É empregado em barreiras e bandeirolas de advertência a serem localizadas 
nos pontos de comando, de partida ou fontes de energia dos equipamentos.
Também é empregado em:
• canalizações de ar comprimido;
• prevenção contra movimento de equipamentos em manutenção;
• avisos colocados no ponto de arranque ou fontes de potência.
AVISO
NÃO 
REMOVA 
ESTE 
AVISO
Está aqui porque 
tem finalidade.
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
Figura 7.5 – O azul é utilizado para indicar cuidado
Figura 7.6 – Prensa
Laranja
O laranja deve ser empregado para identificar:
• canalizações contendo ácidos;
• partes móveis de máquinas e equipamentos;
• partes internas das guardas de máquinas que 
possam ser removidas ou abertas;
• faces internas de caixas protetoras de dispositi-
vos elétricos;
• faces externas de polias e engrenagens;
• botões de arranque de segurança;
• dispositivos de corte, borda de serras, prensas.
Si
na
liz
aç
ão
 d
e 
Se
gu
ra
nç
a 
70
Branco
O branco é empregado em:
• passarelas e corredores de circulação, por meio de faixas de localização e 
largura;
• direção e circulação, por meio de sinais;
• localização e coletores de resíduos;
• localização de bebedouros;
• áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a 
incêndio ou outros equipamentos de emergência;
• áreas destinadas à armazenagem;
• zonas de segurança.
Preto
O preto é empregado para indicar as 
canalizações de inflamáveis e combustí-
veis de alta viscosidade, óleo lubrificante, 
asfalto, óleo combustível, alcatrão, piche, 
etc.
O preto poder ser usado em substituição 
ao branco, ou combinado a este, quando 
condições especiais o exigirem.
Figura 7.7 – Tubulação
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Cinza
Cinza claro – dever ser usado para identificar canalizações em vácuo;
Cinza escuro – dever ser usado para identificar eletrodutos.
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Figura 7.8 – Eletroduto
Sinalização de Segurança 
71
Alumínio
O alumínio é utilizado em canalizações contendo gases liquefeitos, inflamáveis 
e combustíveis de baixa viscosidade, óleo diesel, gasolina, querosene, óleo 
lubrificante, etc.
Púrpura
A púrpura deve ser usada 
para indicar os perigos 
provenientes das radiações 
eletromagnéticas penetran-
tes de partículas nucleares.
Deverá ser empregado púr-
pura em:
• portas e aberturas que 
dão acesso a locais 
onde se manipulam ou 
armazenam materiais 
radioativos ou mate-
riais contaminados pela 
radioatividade;
• locais onde tenham sido enterrados materiais e equipamentos 
contaminados;
• recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e 
equipamentos contaminados;
• sinais luminosos para indicar equipamentos; 
• produtores de radiações eletromagnéticas penetrantes e partículas 
nucleares.
Figura 7.9 – Iluminação indicativa de radiação eletromagnética
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
/
Marrom
O marrom pode ser adotado, a critério da empresa, para identificar 
qualquer fluído não identificável pelas demais cores.
Algumas observações apontadas pela Norma NR-26 em relação às cores 
para sinalização:
• O corpo das máquinas deve ser pintado em branco, preto ou verde.
• As canalizações industriais, para condução de líquidos e gases, devem 
receber a aplicação de cores, em toda sua extensão, a fim de facilitar a 
identificação do produto e evitar acidentes.
• Obrigatoriamente, a canalização de água potável deve ser diferen-
ciada das demais.
• Quando houver a necessidade de uma identificação mais detalhada 
como concentração, temperatura, pressões, pureza, etc., a diferencia-
ção se faz por meio de faixas de cores diferentes, aplicadas sobre a cor 
básica.
Si
na
liz
aç
ão
 d
e 
Se
gu
ra
nç
a 
72
• A identificação por meio de faixas deve ser feita de modo que possibilite facilmente a 
sua visualização em qualquer parte da canalização.
• Todos os acessórios das tubulações devem ser pintados nas cores básicas, de acordo 
com a natureza do produto a ser transportado.
• O sentido de transporte do fluido, quando necessário, deve ser indicado por meio de 
seta pintada em cor de contraste sobre a cor básica da tubulação.
• Para fins de segurança, os depósitos ou tanques fixos que armazenam fluidos devem 
ser identificados pelo mesmo sistema de cores que as canalizações. 
Armazenamento e Transporte de 
Substâncias Perigosas
Segundo a NR-26, o armazenamento de substâncias perigosas deve seguir padrões 
internacionais. Considera-se substância perigosa todo material que seja, isoladamente ou 
não, corrosivo, tóxico, radioativo, oxidante, e que, durante o seu manejo, armazenamento, 
processamento, embalagem, transporte, possa produzir efeitos prejudiciais aos trabalhadores, 
equipamentos, ambiente de trabalho. Na movimentação de materiais no transporte terrestre, 
marítimo, aéreo e intermodal (que envolve mais de uma modalidade de transporte), devem ser 
seguidas as normas técnicas sobre simbologia vigentes no país.
3
LÍQUIDO
INFLAMÁVEL CORROSIVO
8
ATENÇÃO
ESTOQUE DE
PRODUTOS
QUÍMICOS
Figura 7.10 – Placas de sinalização de substâncias perigosas
Os números identificados em placas de sinalização de substân-
cias perigosas e/ou inflamáveis informam a classe da substância e seu 
respectivo risco, devendo estar de acordo com o texto da Resolução 
Nº 420, de 12 de fevereiro de 2004, da ANTT (Agência Nacional de 
Transportes Terrestres), disponível nos sites: 
Resolução: .
Anexo Complementar: .
Sinalização de Segurança 
73
Rotulagem Preventiva de Produtos 
Perigosos e Nocivos à Saúde 
A rotulagem dos produtos perigosos ou nocivos à saúde deverá ser feita conforme normas 
internacionais. Segundo a norma, todas as instruções dos rótulos devem ser breves, precisas, 
redigidas em termos simples e de fácil compreensão. Alinguagem deve ser prática, não se 
baseando somente nas propriedades inerentes a um produto, mas dirigida de modo a evitar os 
riscos resultantes do uso, manipulação e armazenagem do produto. No rótulo devem constar 
os seguintes tópicos: 
• nome técnico do produto;
• indicações de risco;
• palavra de advertência, designando o grau de risco;
• medidas preventivas, abrangendo aquelas a serem tomadas em caso de acidentes;
• primeiros socorros;
• informações para médicos, em casos de acidentes;
• instruções especiais em caso de fogo, derrame ou vazamento, quando for o caso. 
Atividades
1) Qual a importância da sinalização de segurança nas empresas?
2) Qual é o objetivo da NR-26?
3) Além da NR-26, cite outras fontes normativas e legislativas que 
estão voltadas ao tema de sinalização de segurança.
4) Faça uma pesquisa na NR-2 e responda: Qual é o objetivo da 
inspeção prévia?
5) Qual a relação entre a NR-2 e a NR-26?
6) Pesquise a Resolução Nº 420/2004 da ANTT e responda: Qual 
a importância da sinalização de segurança no transporte de 
substâncias perigosas?
7) Ainda na pesquisa da Resolução Nº 420/2004 da ANTT, res-
ponda: como deve ser utilizada a simbologia em sinalização 
de transporte de substâncias perigosas?
Si
na
liz
aç
ão
 d
e 
Se
gu
ra
nç
a 
74
8) De acordo com a NR-26, as cores deverão ser adotadas para 
segurança em estabelecimentos comerciais ou locais de tra-
balho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. 
Qual o significado das cores listadas abaixo, quando aplicadas 
em canalizações e em sinalização de indicação/advertência no 
ambiente de trabalho:
a. Vermelho
b. Amarelo
c. Verde
d. Laranja
e. Preto
f. Alumínio
9) Quais os principais tópicos que deverão constar na rotulagem 
preventiva de produtos perigosos e nocivos à saúde?
10) Faça uma pesquisa na Instrução Técnica – IT-20 do Corpo 
de Bombeiros do Estado de São Paulo que dispõe sobre a 
Sinalização de Emergência e responda: qual o objetivo e 
campo de aplicação de legislação desta natureza.
Para Pesquisar:
NR-26 – Sinalização de Segurança:
.
Transporte de Substâncias Perigosas:
.
NR-2 – Inspeção Prévia:
.
Instrução Técnica – IT-20:
.
8
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
75
8
Equipamentos de 
Proteção Individual 
e Coletiva
Equipamentos de Proteção 
Individual (EPI)
De acordo com a Norma Regulamentadora NR-6, do Ministério do 
Trabalho, considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo 
dispositivo de uso individual destinado a proteger a integridade física do 
trabalhador.
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco a que eles estão expostos, e em perfeito estado de conserva-
ção e funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
• sempre que as medidas de proteção coletiva forem incompatíveis e/
ou não oferecerem completa proteção contra os riscos de acidentes 
do trabalho e/ou de doenças ocupacionais;
• enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo 
implantadas;
• para atender a situações de emergência.
São obrigações do empregador: 
• adquirir o EPI adequado à atividade do empregado;
• fornecer ao empregado somente EPI aprovado pelo Ministério do 
Trabalho (MTE);
• treinar o trabalhador sobre uso adequado do EPI;
• tornar obrigatório o uso do EPI;
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
76
• substituir o EPI, imediatamente, quando danificado ou extraviado;
• responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica do EPI;
• comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada no EPI 
adquirido.
São obrigações do empregado: 
• utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
• responsabilizar-se por guardar e conservar o EPI;
• comunicar ao empregador qualquer alteração que torne o EPI impró-
prio para uso.
São obrigações do fabricante:
• comercializar somente EPI com Certificado de Aprovação do 
Ministério do Trabalho (CA);
• renovar o CA, quando vencido o prazo de validade estipulado pelo 
Ministério do Trabalho;
• requerer novo CA, quando houver alteração das especificações do 
equipamento aprovado.
O acesso ao CA na Internet pode ser feito pelo 
site: .
O uso de equipamento de proteção individual, além da indicação téc-
nica para operações, os locais e o emprego determinado, é exigência constante 
de textos legais. Segundo a CLT:
“Art. 166 – A empresa é obrigada a fornecer aos 
empregados, gratuitamente, equipamento de proteção 
individual adequado ao risco e em perfeito estado de 
conservação e funcionamento, sempre que as medi-
das de ordem geral não ofereçam completa proteção 
contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos 
empregados.”
“Art. 167 – O equipamento de proteção só poderá 
ser posto à venda ou utilizado com a indicação do 
CA.”
Por outro lado, a regulamentação de segurança e medicina do trabalho 
alerta o trabalhador quanto aos cuidados com o Equipamento de Proteção 
Individual, mencionando, entre outras coisas, as obrigações do empregado, 
que incluem o dever de utilizar a proteção fornecida pela empresa e zelar pela 
sua guarda, limpeza e bom uso.
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
77
Figura 8.2 – Responsabilidade mútua por EPI
Além das obrigações de empregado e empregador a respeito de EPI, 
ambas as partes devem atentar para: 
• Entregar um EPI sem CA a um funcionário ou entregá-lo sem que 
tenha havido o devido treinamento, para os fins legais, é o mesmo 
que não entregar o EPI. Só o recibo de entrega não é suficiente.
• Para formalizar o ato da 
entrega, a empresa deve 
providenciar o recibo 
de entrega de EPI e o 
certificado de treina-
mento para utilização 
do EPI, ministrado por 
profissional competente 
na área de segurança do 
trabalho.
• Outras informações em 
relação aos EPIs a serem utilizados podem ser observadas nas ordens 
de serviço(s) e mapas de riscos ambientais dos setores envolvidos.
• É importante ressaltar que os EPIs devem ser substituídos quando 
danificados, cabendo sempre à empresa a responsabilidade pela 
fiscalização como um todo, incluindo troca e até acompanhamento 
na higienização dos EPIs, que devem ser sempre priorizadas a fim 
de evitar riscos à saúde do trabalhador.
Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional, a empresa 
deve fornecer aos trabalhadores EPI para proteção da cabeça, dos olhos e 
da face, do aparelho auditivo, do tronco, das vias respiratórias, dos mem-
bros superiores e inferiores, do corpo inteiro, contra quedas com diferença 
de nível. 
Figura 8.1 – Não basta entregar somente o CA sem 
que o funcionário tenha feito o devido treinamento
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
78
EPI para Proteção da Cabeça
Capacete
Capacete de segurança para proteção:
• contra impactos de objetos sobre o crânio;
•	 contra choques elétricos;
•	 do crânio e face contra riscos provenientes de fontes geradoras de 
calor nos trabalhos de combate a incêndio.
Capuz 
Capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço contra:
•	 riscos de origem térmica;
•	 respingos de produtos químicos.
(a)
(b)
(c)
Acervo Editora
Figura 8.3 – (a) capacete de segurança; (b) capacete de proteção contra riscos provenientes de fontes 
geradoras de calor; (c) capuz de proteção contra infravermelho, ultravioleta e partículas
EPI para Proteção de Olhos e Face
Óculos
Óculos de segurança para proteção dos olhos contra:
•	 impactos de partículas volantes;
•	 luminosidade intensa;
•	 radiação ultravioleta;
•	 radiação infravermelha;
•	 respingos de produtos químicos.
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
79
Protetor Facial
Protetor facial de segurançapara proteção:
• da face contra impactos de partículas volantes;
• da face contra respingos de produtos químicos;
• da face contra radiação infravermelha;
• dos olhos contra luminosidade intensa.
Máscara de Solda
Máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e face contra:
•	 impactos de partículas volantes;
•	 radiação ultravioleta;
•	 radiação infravermelha;
•	 luminosidade intensa.
Acervo Editora
Acervo Editora
A
lm
ir
o 
W
ei
ss
Figura 8.4 – Óculos, protetor facial e máscara de solda 
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
80
EPI para Proteção Auditiva
Protetor Auditivo
•	 Circum-auricular;
•	 De inserção, tipo plug;
•	 Semiauricular.
http://commons.wikimedia.org
Figura 8.5 – Protetores auditivos plug e circum-auricular
EPI para Proteção do Tronco
• Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tronco contra ris-
cos de origem térmica, mecânica, química, radioativa e meteorológica e 
umidade proveniente de operações com uso de água.
• Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem 
portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem 
mecânica.
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
Figura 8.6 – Colete a prova de balas
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
81
EPI para Proteção Respiratória
Respirador Purificador de Ar
Respirador purificador de ar para proteção das vias respiratórias contra:
•	 poeiras e névoas;
•	 poeiras, névoas e fumos;
•	 poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
•	 vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com concentração 
inferior a 50 ppm (parte por milhão);
•	 gases emanados de produtos químicos.
Respirador de Adução de Ar
•	 Respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para proteção 
das vias respiratórias em atmosferas com concentração imediatamente 
perigosa à vida e à saúde e em ambientes confinados.
•	 Máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para proteção das vias 
respiratórias em atmosferas com concentração imediatamente perigosa 
à vida e à saúde e em ambientes confinados.
Respirador de Fuga
•	 Respirador de fuga para proteção das vias respiratórias contra agentes 
químicos em condições de escape de atmosferas imediatamente peri-
gosa à vida e à saúde ou com concentração de oxigênio menor que 18 % 
em volume.
ht
tp
://
co
m
m
on
s.
w
ik
im
ed
ia
.o
rg
Acervo Editora
Figura 8.7 – À esquerda, respirador purificador; à direita, respirador meia-peça facial
Radionuclídeos:
O que apresenta radioatividade.
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
82
EPI para Proteção dos Membros Superiores 
Luva
Luva de segurança para proteção das mãos contra:
•	 agentes abrasivos e escoriantes;
•	 agentes cortantes e perfurantes;
•	 choques elétricos;
•	 agentes térmicos;
•	 agentes biológicos;
•	 agentes químicos;
•	 vibrações;
•	 radiações ionizantes.
Creme Protetor
•	 Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra 
agentes químicos.
Manga
Manga de segurança para proteção do braço e do antebraço contra:
•	 choques elétricos;
•	 agentes abrasivos e escoriantes;
•	 agentes cortantes e perfurantes.
•	 umidade proveniente de operações com uso de água;
•	 agentes térmicos.
Braçadeira
•	 Braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra agentes cortantes.
Dedeira 
•	 Dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e 
escoriantes.
Rever
Figura 8.8 – Manga de proteção para alta temperatura e dedeira 
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
83
EPI para Proteção de Membros 
Inferiores 
Calçado
Calçado de segurança para proteção dos pés contra:
•	 impactos de quedas de objetos sobre os artelhos;
•	 choques elétricos;
•	 agentes térmicos;
•	 agentes cortantes e escoriantes;
•	 umidade de operações com uso de água;
•	 respingos de produtos químicos.
Meia
•	 Meia de segurança para proteção dos pés contra baixas temperaturas.
Perneira
Perneira de segurança para proteção da perna contra:
•	 agentes abrasivos e escoriantes;
•	 agentes térmicos;
•	 respingos de produtos químicos;
•	 agentes cortantes e perfurantes;
•	 umidade de operações com uso de água.
Calça 
Calça de segurança para proteção das pernas contra:
•	 agentes abrasivos e escoriantes;
•	 respingos de produtos químicos;
•	 agentes térmicos;
•	 umidade de operações com uso de água.
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
84
EPI para Proteção do Corpo Inteiro
Macacão
Macacão de segurança para proteção do tronco e membros superiores e 
inferiores contra:
•	 chamas;
•	 agentes térmicos;
•	 respingos de produtos químicos;
•	 umidade proveniente de operações com uso de água.
Conjunto
Conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaqueta ou paletó, 
para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra:
•	 agentes térmicos;
•	 respingos de produtos químicos;
•	 umidade proveniente de operações com uso de água;
•	 chamas.
Vestimenta de Corpo Inteiro 
Vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo contra:
•	 respingos de produtos químicos;
•	 umidade proveniente de operações com água;
•	 choques elétricos, neste caso a vestimenta é condutiva. 
EPI para Proteção Contra Quedas com 
Diferença de Nível 
Dispositivo Trava-queda
•	 Dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuário 
contra quedas em operações com movimentação vertical ou hori-
zontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção 
contra quedas.
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
85
Cinturão
Cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos de queda:
•	 em trabalhos em altura;
•	 no posicionamento em trabalhos em altura.
Figura 8.9 – Cinturão de segurança para trabalhos em altura e dispositivo trava-quedas
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Equipamento de Proteção 
Coletiva (EPC)
Como o nome sugere, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC) 
dizem respeito à proteção coletiva dos trabalhadores. Deve-se também 
proteger, além dos riscos individuais, todos os trabalhadores expostos a deter-
minados riscos de acidentes do trabalho enquanto um grupo de pessoas realiza 
determinada tarefa ou atividade no ambiente de trabalho.
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
86
São exemplos de EPC: sinalizadores, placas de sinalização, correntes, 
cones, extintores, fitas zebradas, iluminação de emergência, portas corta-fogo, 
chuveiros automáticos (sprinklers), corrimãos, cavaletes, pisos especiais, kit de 
primeiros socorros, avisos de segurança entre outros.
Acervo Editora
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Figura 8.10 – À esquerda sprinklers, iluminação de emergência, à direita.
EPC – Os Extintores e a Prevenção e 
Combate à Incêndios 
Os extintores e outros agentes 
de prevenção e combate a incêndios 
são de grande importância para a 
segurança dos profissionais em seu 
ambiente de trabalho. O conheci-
mento dos tipos de extintores e suas 
aplicações são imprescindíveis para 
garantir a segurança no ambiente de 
trabalho.
Faça parte da Brigada de Incêndio da sua empresa
A Brigada de Incêndio é um grupo organizado 
de pessoas especialmente capacitadas para atuar 
para a empresa, na prevenção, abandono e combate 
a um princípio de incêndio, e que também estejam 
aptas a prestar os primeiros socorros a possíveis víti-
mas. Ela é formada com a participação dos próprios 
funcionários, preferencialmente voluntários, ou desig-
nados para tal, treinados e habilitados para atuarem 
no ambiente de trabalho.
Fonte: Disponível em:. Acesso em: 10 maio 2011.
Em caso de emergência, fique calmo. 
Ligue para o número 193.
Mantendo a calma, identifique-se forne-
cendo nome e o telefone de contato, relate o que 
realmente está acontecendo e se há vítimas.
Informe corretamente o endereço da 
ocorrência.
Equipamentos de Proteção Individual e Coletiva
87
Classes de Incêndios e Agentes Extintores
Devido ao fato de os incêndios terem causas, local de ocorrência, inten-
sidades, temperaturas, etc. diferentes, eles são classificados em A, B, C, D e 
K, conforme a tabela 8.1. E para cada classificação deve-se utilizar o agente 
extintor especificado.
Classe de incêndios
Tabela 8.1– Classificação dos incêndios
 CLASSE A CLASSE B
APARAS DE PAPEL 
MADEIRASA
LÍQUIDOS 
INFLAMÁVEISB
Assim é identificado o fogo em materiais 
sólidos que deixam resíduos, como madeira, 
papel, tecido e borracha.
Ocorre quando a queima acontece em 
líquidos inflamáveis, graxas e gases 
combustíveis.
CLASSE C CLASSE D
EQUIPAMENTOS 
ELÉTRICOSC METAIS 
COMBUSTÍVEISD
Classe de incêndio em equipamentos 
elétricos energizados. A extinção deve ser 
feita por agente extintor que não conduza 
eletricidade.
Classe de incêndio, que tem como 
combustível os metais pirofóricos, como 
magnésio, selênio, antimônio, lítio, potás-
sio, alumínio fragmentado, zinco, titânio, 
sódio, urânio e zircônio.
Agentes extintores
De acordo com a redação da Instrução Técnica – IT-21 do Corpo de 
Bombeiros do Estado de São Paulo, são definições de agentes extintores:
• Pó Químico – Quebra a reação em cadeia, interrompendo o processo 
de combustão. Há várias composições de pós, divididas em tipo BC 
(líquidos inflamáveis e energia elétrica); ABC (múltiplo uso, poliva-
lente, para fogo em sólidos, líquidos inflamáveis e eletricidade); e D 
(metais combustíveis).
• Compostos Halogenados – Compostos químicos que provocam 
a quebra da reação em cadeia. Também agem por abafamento. Não 
danificam equipamentos eletrônicos sensíveis. São aplicáveis para as 
classes de fogo A, B e C.
Eq
ui
pa
m
en
to
s 
de
 P
ro
te
çã
o 
In
di
vi
du
al
 e
 C
ol
et
iv
a
88
• Gás Carbônico (CO2) – Age por abafamento e por resfriamento 
em ação secundária. É um gás sem cheiro, sem cor e não conduz 
eletricidade, sendo recomendado na extinção de fogo classes B e 
C. É asfixiante e, por isso, deve-se evitar seu uso em ambientes 
pequenos e fechados.
• Espuma Mecânica – Age primeiro por abafamento e por res-
friamento. Quando a espuma é do tipo AFFF, o líquido drenado 
forma um filme aquoso na superfície do combustível, dificul-
tando a reignição. É ideal para extinguir fogo classe B. Também é 
eficiente na extinção de fogo classe A.
• Água – Age inicialmente por resfriamento. Sua ação por abafa-
mento ocorre devido à sua capacidade de transformação em vapor, 
na razão de 1 litro de água para 1 500 litros de vapor. Específico 
para classe A.
Tabela 8.2 – Como empregar agentes extintores
Classe 
Agentes Extintores
Água 
Espuma 
Química ou 
Mecânica
Pó 
Químico
Gás 
Carbônico 
(CO2)
Halon
A
Madeira, papel, 
tecidos, plásticos, 
cortinas, poltronas, 
etc.
SIM
Excelente
SIM
Excelente
NÃO
Só para 
pequenos 
incêndios
NÃO
Só para 
pequenos 
incêndios
NÃO
Só no início
B 
Gasolina, álcool, 
querosene, óleo, 
cera, tinta, graxa, 
etc.
NÃO
O líquido 
incentiva o 
fogo
SIM
Excelente
SIM
Excelente
SIM 
Excelente
SIM
Excelente
C
Equipamentos e 
instalações elétricas 
energizadas
NÃO
Condutos de 
eletricidade
NÃO
Condutor de 
eletricidade
SIM
Excelente
SIM
Excelente
SIM
Excelente
Obs.: Para incêndios classe D (materiais pirofóricos: sódio, potássio, magnésio, alumínio em pó, etc.) os agentes 
extintores utilizados são: grafite em pó, areia seca, limalha de ferro fundido
Saiba Mais:
Para maiores informações sobre incêndios e sua pre-
venção e combate, consultar a NR-23 e as instruções 
técnicas do Corpo de Bombeiros do seu estado.
Equipam
entos de Proteção Individual e Coletiva
89
Para Pesquisar:
NR-6 – EPI:
.
CLT:
.
Instrução Técnica – IT-21
.
Atividades
1) Qual a definição de EPI.
2) Como podemos definir EPC.
3) Em relação ao EPI quais são as obrigações:
a. Do empregador?
b. Do funcionário?
c. Do fabricante?
4) Qual Lei determina a obrigatoriedade na utilização do EPI?
5) O que é o CA de um EPI? E, qual a sua importância?
6) De acordo com as partes do corpo humano, como são classi-
ficados os EPIs? Exemplifique. 
7) Explique a aplicação de 5 EPIs. 
8) Cite 5 exemplos de EPCs.
9) Quais materiais compõem as classes A, B, e C de incêndios? 
Liste os agentes extintores para cada classe.
10) Como são definidos os agentes extintores?
O
 P
CM
SO
 e
 a
 C
IP
A 
na
s 
Em
pr
es
as
 
90
9
O PCMSO e a CIPA nas 
Empresas 
A NR-07 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e todas as instituições que admitam trabalhado-
res como empregados, o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO), com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos 
seus trabalhadores. 
Esta norma regulamentadora estabeleceu parâmetros mínimos e diretri-
zes gerais a serem observados na sua execução, podendo ser ampliados mediante 
negociação coletiva de trabalho. Lembrando que o PCMSO é parte integrante do 
conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no campo da saúde dos trabalhado-
res, e deve estar articulado com o disposto nas demais normas regulamentadoras.
O PCMSO deve considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a cole-
tividade de trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na 
abordagem da relação entre saúde e trabalho. Deve ter caráter de prevenção, rastrea-
mento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive 
de natureza subclínica, além da constatação 
da existência de casos de doenças profis-
sionais ou danos irreversíveis à saúde dos 
trabalhadores. Deve, ainda, ser planejado 
e implantado com base nos riscos à saúde 
dos trabalhadores, especialmente os iden-
tificados nas avaliações previstas em lei.
Embora o Programa PCMSO deva ter articu-
lação com todas as Normas Regulamentadoras, 
a articulação básica deve ser com o Programa 
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, pre-
visto na Norma Regulamentadora nº- 9 (NR-9).
O
 PCM
SO
 e a CIPA nas Em
presas 
91
Assim, o mínimo que se requer do programa é um estudo in loco, no 
caso, no local de trabalho, para reconhecimento prévio dos riscos ocupacio-
nais existentes. O reconhecimento de riscos deve ser feito em visitas aos locais 
de trabalho para análise dos procedimentos produtivos, postos de trabalho, 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), informações sobre 
ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, atas de CIPA, 
quando houver, mapas de risco, estudos bibliográficos, etc.
São responsabilidades do empregador:
• garantir a elaboração e efetiva implementação do PCMSO;
• zelar pela sua eficácia;
• custear sem ônus para o empregado todos os procedimentos; 
• indicar um médico coordenador responsável pela execução do 
PCMSO.
Compete ao médico coordenador:
• realizar os exames médicos necessários para desempenhar o cargo/
função ou encarregar estes exames a um médico familiarizado com 
os princípios da patologia ocupacional e suas causas, bem como com 
o ambiente, as condições de trabalho e os riscos a que está ou será 
exposto cada trabalhador da empresa a ser examinado;
• encarregar, dos exames com-
plementares previstos nos 
itens, quadros e anexos desta 
NR profissionais e/ou entida-
des devidamente capacitados, 
equipados e qualificados.
Desenvolvimento do PCMSO
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos 
exames médicos, conforme segue:
• admissional;
• periódico;
• de retorno ao trabalho;
• de mudança de função;
• demissional.
Os exames compreendem: avaliação clínica, abrangendo 
anamnese ocupacional e exame físico e mental, bem como todos 
os exames complementares previstos.
Anamnese:
É uma entrevista prévia realizada 
por um profissionalde Insalubridade Previsto na NR-15 .................................................... 95
Adicional de Periculosidade Previsto na NR-16................................................... 95
Adicional Noturno Previsto na CLT ........................................................................ 96
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA (NR-5) ............................ 96
Atividades ............................................................................................................... 98
Gestão de Segurança do TrabalhoCAPÍTULO 10 – 99
Gerência de Riscos ................................................................................................ 100
Conceitos de Segurança Aplicáveis à Gerência de Riscos ................................. 101
Natureza dos Riscos .............................................................................................. 101
Linha de Atuação para Atingir a Segurança ........................................................ 102
Como Fazer Segurança nas Áreas de Risco ....................................................... 103
Fator Pessoal de Insegurança como Fator de Risco .......................................... 104
Lei de Murphy e os Acidentes do Trabalho .......................................................... 106
Sistema de Gestão de Saúde e Segurança 18001 (OHSAS 18001) ................. 106
Importância do Comprometimento da Alta Administração ............................... 108
Importância do Trabalho em Equipe .................................................................... 108
Teoria das Necessidades Humanas de Maslow .................................................. 109
Atividades ............................................................................................................... 111
Referências Bibliográficas 112
Introdução
9
1
Introdução
É sabido que a maioria dos trabalhadores brasileiros, em geral, não se 
apega à prevenção, seja ela de acidentes do trabalho ou não. Nos currícu-
los escolares pouco, ou quase nada, é dedicado às técnicas de prevenção de 
acidentes. Assim, há a grande necessidade de as empresas investirem em trei-
namento, em equipamentos e em métodos de trabalho que proporcionem a 
conscientização dos trabalhadores quanto ao espírito prevencionista, por meio 
de técnicas específicas e da sensibilização para combater acidentes de trabalho 
que, além dos danos à integridade física e mental dos trabalhadores, atingem 
a qualidade, a produção e o custo nas empresas.
Faz poucos anos, a literatura didática direcionada à Administração de 
Empresas dava pouco destaque às técnicas de Segurança do Trabalho, por a 
considerarem simples e, portanto, não merecedoras de pesquisa e estudo pro-
fundo. Felizmente, hoje em dia, a realidade é diferente, pois a segurança no 
trabalho ampliou-se e apresenta tantos detalhes e implicações que se torna 
cada vez mais importante e necessária para o bom desempenho das empresas. 
Não é exagero afirmar que o êxito de qualquer atividade empresarial é dire-
tamente proporcional à manutenção das desejáveis condições de saúde que, 
aliadas a um ambiente saudável, facilitam se atingirem o ideal de qualidade e 
de produtividade. Em resumo, o nível de rendimento do trabalhador é direta-
mente proporcional ao nível de segurança do trabalho nas empresas.
É certo que toda atividade profissional envolve algum tipo de risco, mas 
a diferença entre a bem-sucedida, um negócio sólido, e a aventureira, é uma 
questão de segurança. Um empreendimento necessita que os riscos sejam cons-
tantemente calculados, segurados, transferidos ou acautelados, pois sempre há 
alguma probabilidade de alterações contextuais que podem acarretar em novos 
riscos, e estes precisam ser estudados e prevenidos.
Portanto, a Segurança do Trabalho é uma função empresarial. Ela con-
siste em estudar, localizar, classificar, diminuir, assumir ou transferir os riscos 
inerentes a qualquer atividade, de modo a oferecer cobertura contra o infor-
túnio e dotar o organismo de relativa estabilidade, fundamental para o bom 
funcionamento da empresa.
In
tr
od
uç
ão
10
Em resumo, a Segurança do Trabalho é a função 
empresarial de gerência de riscos.
É necessário considerar que, dentro, das operações manuais e meca-
nizadas no ambiente de trabalho, não existe cobertura total, pois sempre há 
probabilidade de infortúnio nos empreendimentos humanos, que precisam 
ser diagnosticados e considerados no negócio, o que reforça a noção de que a 
segurança é trabalho imprescindível para o bom desempenho empresarial.
Histórico da Segurança do 
Trabalho
Antes de 1900, o emprego 
sempre foi pensado como exe-
cução de tarefa e não como uma 
função a ser exercida. Com o sur-
gimento das indústrias, no início 
do século 20, o trabalho tem-
porário começou a ser pensado 
de outra maneira. A mudança 
mais significativa foi a de que 
as pessoas deixaram de fazer as 
tarefas orientadas pelo tempo da 
natureza para serem regidas pela 
contagem do tempo. O emprego 
não permitia, portanto, a livre 
passagem de uma tarefa para outra nem apressar a conclusão destas tarefas para 
dela estar livre. O trabalhador passou, então, a seguir as regras do emprego.
Do período que precede a 
Revolução Industrial até o início do 
século XX o trabalho foi modificado 
e passou a ter o sentido do mercado, 
ou seja, virou mercadoria. A mão de 
obra, que deslocada da agricultura 
encontrou absorção no setor indus-
trial, tornou-se o modelo do trabalho 
assalariado e a ferramenta de produ-
ção das indústrias e, a partir daí, o 
trabalhador passou a ser chamado 
de operário, laborando em jorna-
das definidas e numa época em que 
não existia qualquer segurança ou 
garantia. 
Figura 1.1 – Tecelagem manufatura manual – trabalho por tarefa
Figura 1.2 – Lançadeira volante para o tear, acelerando o 
processo de tecelagem do século XVII
Introdução
11
A redução do trabalho artesanal graças à produtividade oferecida pelas 
máquinas é uma das maiores contribuições da sociedade pós-moderna. Criam-se 
novas possibilidades de uso do tempo livre e uma transformação da autonomia 
no trabalho, valorizando o aprendizado criativo, e fazendo com que no trabalho 
surjam novos valores sobre o qual todos os demais se hierarquizam.
Uma pesquisa em documentos voltados à segurança do trabalho nos 
permite observar que os riscos nas atividades produtivas estão vinculados às 
necessidades do homem de lograr a sua sobrevivência. Antigamente, grande 
parte dos trabalhos era desenvolvida de forma manual, uma prática que encon-
tramos em muitos dos trabalhos dos dias de hoje e que expõe os trabalhadores 
a riscos de acidentes.
A história da Segurança no Trabalho inicia-se 
com a Constituição de 1824, seguida por inúmeros 
fatos relevantes para os direitos e para a segurança do 
trabalhador no Brasil. Observe um breve histórico a 
seguir.
• 1824 – 1ª- Constituição do Brasil: liberdade 
de trabalho e a extinção das corporações de 
ofício.
• 1888 – Abolição dos Escravos.
• 1903 – Criação da lei que dava direito à organização sindical.
• 1911 – Criação do Departamento Nacional do Trabalho, por 
meio do Decreto nº- 3.550.
• 1912 – Constituição da Confederação Brasileira do Trabalho 
(CBT).
• 1919 – Surgimento da Lei dos Acidentes do Trabalho.
• De 1919 a 1930
– Criação da Organização Internacional do Trabalho – OIT, após a 
1ª- Guerra Mundial – durante o Tratado de Versalhes, na qual o 
Brasil ingressou. Começou a cogitar-se um aprimoramento das 
leis então existentes, tendentes à proteção dos trabalhadores que 
já começavam a se concentrar nas cidades.
– Leis do Seguro Social dos Trabalhadores em empresas privadas: 
Seguro contra o risco profissional (Lei nº 3.274 de 1 919); Caixa 
de Aposentadoria e Pensões (Lei nº 4 682 de 1 923); Conselho 
Nacional do Trabalho (Decreto nº 16 027 de 1 923).
– A legislação de assistência aos trabalhadores se fez por meio da 
Previdência Social, principalmente em diplomas legislativos.
• 1930 – Criadode saúde ao 
seu paciente, com intenção de 
se adotar um ponto inicial no 
diagnóstico de uma doença.
Segundo a NR-4, ficam desobrigadas de indi-
car médico coordenador as empresas de grau e 
risco 1 e 2 com até 25 (vinte e cinto) emprega-
dos e aquelas de grau de risco 3 e 4 com até 10 
(dez) empregados (Alterado pela Portaria no 8, 
de 5 de maio de 1996).
•
9
O
 P
CM
SO
 e
 a
 C
IP
A 
na
s 
Em
pr
es
as
 
92
A Periodicidade na Realização dos Exames
São intervalos mínimos de tempo para a realização dos exames médicos:
• para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impli-
quem o desencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, 
para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas. Os exames deverão 
ser repetidos em caráter anual, ou a intervalos menores, a critério do médico 
encarregado, ou se notificado pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou, 
ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho;
• para os demais trabalhadores deve ser anual, quando menores de 18 (dezoito) 
anos e maiores de 45 (quarenta e cinco) anos de idade e a cada dois anos, 
para os trabalhadores entre 18 (dezoito) anos e 45 (quarenta e cinco) anos 
de idade.
Dos Exames e suas Particularidades
Os dados obtidos nos exames médicos 
– incluindo a avaliação clínica e os exames com-
plementares, as conclusões e as medidas aplicadas, 
deverão ser registrados em prontuário clínico indi-
vidual, que ficará sob a responsabilidade do médico 
coordenador do PCMSO.
Sendo constatada a ocorrência ou agravamento 
de doenças profissionais, por meio de exames médicos que incluam os definidos 
nesta NR, ou sendo verificadas alterações que revelem qualquer tipo de disfunção 
de órgão ou sistema biológico, cabe ao médico coordenador ou encarregado:
• solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidente do Trabalho 
(CAT);
• indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição 
ao risco, ou do trabalho;
• encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento 
de nexo causal, avaliação de incapacidade e definição da conduta 
previdenciária em relação ao trabalho;
• orientar o empregador quanto à necessidade de adoção 
de medidas de controle no ambiente de trabalho.
Relatório Anual do PCMSO 
O PCMSO deve obedecer a um planejamento em que estejam previstas as 
ações de saúde a serem executadas durante o ano, devendo estas ser objeto de rela-
tório anual. O relatório anual deve discriminar, por setores da empresa, o número e 
a natureza dos exames médicos, incluindo avaliações clínicas e exames complemen-
tares, estatísticas de resultados considerados anormais, assim como o planejamento 
para o próximo ano. O relatório anual deve ser apresentado e discutido na CIPA, 
quando existente na empresa. 
Nexo causal:
É o vínculo entre a conduta 
ilícita e o dano.
Os registros do PCMSO deverão 
ser mantidos por período mínimo de 
20 (vinte) anos após o desligamento 
do trabalhador da empresa.
O
 PCM
SO
 e a CIPA nas Em
presas 
93
O relatório anual do PCMSO pode ser 
armazenado na forma de arquivo informatizado, 
desde que este seja mantido de modo a propor-
cionar o imediato acesso por parte do agente da 
inspeção do trabalho. 
Dos Primeiros Socorros
Segundo a NR-7, todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à 
prestação dos primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida, 
manter esse material guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse 
fim, com informações e esclarecimentos suficientes para auxiliar na condução de eventos desta 
natureza.
Atestado de Saúde Ocupacional 
(ASO)
Para cada exame médico realizado, o médico emitirá o Atestado de Saúde Ocupacional 
(ASO), em duas vias, sendo:
• A primeira via do ASO ficará arquivada no local de trabalho do trabalhador, inclusive 
frente de trabalho ou canteiro de obras, à disposição da fiscalização do trabalho.
• A segunda via do ASO será obrigatoriamente entregue ao trabalhador, mediante recibo 
da primeira via.
O ASO deverá, no mínimo, conter: 
• nome completo do trabalhador, o número da identidade e sua função;
• os riscos ocupacionais específicos existentes;
• indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o trabalhador, incluindo os 
exames complementares e a data em que foram realizados;
• o nome do médico coordenador, quando houver, com respectivo número de inscrição 
no Conselho Regional de Medicina (CRM);
• definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador exercerá, exerce 
ou exerceu;
• nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato;
• data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de 
inscrição no CRM.
As empresas desobrigadas de indicarem 
médico coordenador ficam dispensadas de ela-
borar o relatório anual.
O
 P
CM
SO
 e
 a
 C
IP
A 
na
s 
Em
pr
es
as
 
94
Modelo de Atestado de Saúde Ocupacional (ASO) 
NOME E ENDEREÇO DA EMPRESA E/OU MÉDICO RESPONSÁVEL
ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL – ASO
Tipo de exame:
[ ] Admissional [ ] Periódico [ ] Demissional
[ ] De retorno ao trabalho [ ] De mudança de função
Atestamos que o(a) Sr(a) , identidade nº
submeteu-se à avaliação de saúde em conformidade com a NR-7 da Portaria nº 3.214/78, 
sendo o(a) considerado(a) [ ] apto(a) [ ] inapto(a) para a função de:
A presente avaliação constou dos procedimentos abaixo discriminados:
Exames realizados Data
Riscos ocupacionais específicos existentes na atividade do empregado:
Nome e CRM do médico coordenador do PCMSO:
Declaro que recebi a 2ª via deste documento,
em___/___/_____
, de de
Dr.
CRM nº
Ass. empregado
Observações:
1. A 1ª via deste atestado deverá ficar arquivada no local de trabalho à disposição da 
fiscalização do trabalho, sendo que a 2ª via deverá ser obrigatoriamente entregue ao 
trabalhador.
2. Os dados obtidos na presente avaliação estão registrados em prontuário clínico individual 
sob responsabilidade do médico encarregado do exame.
Existem outros modelos de ASO disponíveis na Internet: 
.
O
 PCM
SO
 e a CIPA nas Em
presas 
95
Adicional de Insalubridade 
Previsto na NR-15
Os ambientes avaliados qualitativamente por laudos específicos, isto é, 
de acordo com o tipo de agente de risco, sob a responsabilidade técnica de um 
engenheiro de segurança ou médico do trabalho, que apresentem níveis capa-
zes de oferecer danos à saúde dos trabalhadores, são considerados insalubres.
Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por 
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados 
a riscos nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados nas Normas 
Regulamentadoras em razão da natureza, intensidade e do tempo de exposi-
ção a seus efeitos. Há 3 graus de insalubridade: máximo, médio e mínimo, 
que asseguram aos trabalhadores um adicional no salário profissional corres-
pondente a 40%, 20% e 10%, respectivamente, desde que não seja possível a 
eliminação ou neutralização da insalubridade por meios preventivos.
A Norma NR-15 define os critérios para determinação dos limites de 
tolerância e caracterização de insalubridade dos ambientes de trabalho e seus 
agentes relacionados. São riscos ambientais que podem oferecer condições 
insalubres: ruído, calor, frio, produtos químicos, vapores, poeira, vibrações, 
radiações, micro-organismos, entre outros.
A eliminação ou neutralização da insalubridade deve ocorrer:
• com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente 
de trabalho dentro dos limites de tolerância;
• com a utilização de equipamento de proteção individual. 
Cabe ressaltar que, no caso de incidência de mais de um fator de insa-
lubridade,será apenas considerado o de grau mais elevado, para efeito de 
acréscimo salarial, sendo vedada a percepção cumulativa.
Adicional de Periculosidade 
Previsto na NR-16
São consideradas atividades ou operações 
perigosas aquelas que, por sua natureza, impli-
quem no contato permanente do trabalhador 
com inflamáveis, explosivos e energia elétrica 
em condições de risco acentuado. O trabalhador 
que atua nestas condições recebe um adicional 
de 30% sobre o salário efetivo. A Norma NR-16 define os critérios para deter-
minação das Operações e Atividades Perigosas e seus agentes relacionados. 
Se o trabalhador atuar em área insalubre e 
perigosa, deverá optar pelo adicional de um dos 
dois.
O
 P
CM
SO
 e
 a
 C
IP
A 
na
s 
Em
pr
es
as
 
96
Adicional Noturno Previsto 
na CLT
A Constituição Federal do Brasil, no seu Art. 7º, Inciso IX, estabe-
lece que são direitos dos trabalhadores, além de outros, remuneração do 
trabalho noturno superior à do diurno. Tem direito ao adicional noturno o 
empregado que trabalha no período entre as 22 horas de um dia e às 5 horas 
do dia seguinte. O valor do adicional noturno a ser acrescido ao salário é de 
20%, pelo menos, sobre a hora diurna.
Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes – 
CIPA (NR-5)
A NR-5 determina a existência e o papel da Comissão Interna de 
Prevenção de Acidentes – CIPA, composta meio a meio de representantes 
indicados da empresa e de representantes eleitos pelos trabalhadores em voto 
secreto. O número de membros da CIPA depende do número total de traba-
lhadores do estabelecimento e do ramo de atividade da empresa, de acordo 
com o agrupamento de setores econômicos pela Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas – CNAE existente no anexo da Norma.
A CIPA representa um importante papel na defesa da saúde dos traba-
lhadores nos locais de trabalho, por meio de seu papel preventivo, tendo com 
atribuições preventivas:
• identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa 
de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, 
com assessoria do SESMT, onde houver;
• elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solu-
ção de problemas de segurança e saúde no trabalho;
• participar da implementação e do controle da qualidade das medidas 
de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de 
ação nos locais de trabalho;
• realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de 
trabalho visando à identificação de situações que venham trazer ris-
cos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
• realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas 
em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram 
identificadas;
O
 PCM
SO
 e a CIPA nas Em
presas 
97
• divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde 
no trabalho;
• participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promo-
vidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no 
ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde 
dos trabalhadores;
• requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisa-
ção de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente 
à segurança e saúde dos trabalhadores;
• colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA 
e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
• divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, 
bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, 
relativas à segurança e saúde no trabalho;
• participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o 
empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho 
e propor medidas de solução dos problemas identificados;
• requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões 
que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
• requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
• promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver, a 
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
• participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas 
de Prevenção de Doenças. 
A NR-5 também diz que cabe ao empregador proporcionar aos membros da 
CIPA os meios necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo sufi-
ciente para a realização das tarefas constantes do plano de trabalho.
Quando houver denúncia de situação de risco grave e iminente que 
determine aplicação de medidas corretivas de emergência, ou ainda 
acidente grave ou fatal, deverão ser realizadas, necessariamente, reuniões 
extraordinárias.
A NR-5 também prevê a existência de integração entre a CIPA’s, sem-
pre que duas ou mais empresas atuarem em um mesmo estabelecimento. 
As empresas contratantes e contratadas devem implementar medidas de 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho de forma integrada, garan-
tindo o mesmo nível de proteção em matéria de segurança e saúde a todos 
os trabalhadores do estabelecimento. Cabe à empresa contratante adotar as 
medidas necessárias para que as empresas contratadas, suas CIPA’s, os desig-
nados e os demais trabalhadores lotados naquele estabelecimento recebam 
as informações sobre os riscos presentes nos ambientes de trabalho, bem 
como sobre as medidas de proteção adequadas.
O
 P
CM
SO
 e
 a
 C
IP
A 
na
s 
Em
pr
es
as
 
98
Para Pesquisar:
NR 7 – PCMSO:
.
CLT:
.
NR15:
.
CIPA:
.
Atividades
1) O que é PCMSO e qual a sua importância?
2) Quais exames médicos são obrigatórios de acordo com a NR-7?
3) Com que frequência devem ser realizados os exames médi-
cos obrigatórios para o PCMSO?
4) O que é ASO? Quais informações devem constar neste 
documento?
5) Qual a definição de insalubridade?
6) Quais os graus de insalubridade e a sua relação com o salário 
do trabalhador?
7) Qual a definição de periculosidade?
8) O que é estabelecido no Adicional Noturno, previsto na CLT?
9) O que é CIPA e qual a sua importância?
10) De acordo com o texto, baseado na NR-5, identifique as princi-
pais atribuições preventivas da CIPA.
G
estão de Segurança do Trabalho 
99
10
Gestão de Segurança 
do Trabalho 
A gestão, termo originário da área da administração de empresas, busca 
organizar as contribuições que as diversas áreas têm a dar à organização, 
servindo como linha orientadora à integração dos esforços desenvolvidos 
pelos vários especialistas, dispersos pela organização, objetivando o mesmo 
resultado.
Pode-se definir a gestão de segurança como um 
conjunto de medidas planejadas e efetivamente toma-
das para evitar a ocorrência de acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais em empresas.
A gestão de segurança estuda os empreendimentos empresariais com o 
objetivo de alcançar um resultado eficaz na preservação dos recursos huma-
nos e materias das empresas, visto que não se pode falar em gestão sem falar 
em metas a serem atingidas.
O maior desafio da gestão de segurança é a transformação dos concei-
tos e definições de segurança do trabalho em comportamentos de rotina dos 
trabalhadores no seu dia a dia, por meio da conscientização da importância da 
adoção das medidas preventivas.
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
100
Gerência de Riscos
Gerenciamento dos riscos é um processo usado para identificar, em 
uma organização, os riscos de acidentes e oportunidades de sucesso, esti-
mar o impacto potencial destes eventos e fornecer métodos para tratar 
impactos, para reduzir as ameaças até um nível aceitável ou para alcan-
çar as metas da organização. Não é um processo para evitar riscos, mas 
gerenciar os riscos envolvidos em todas as atividades, para maximizar as 
oportunidades e minimizar os efeitos adversos. Basicamente o processo de 
gerenciamentodos riscos envolve:
• A identificação dos riscos de acidentes e oportunidades de sucesso;
• A medição e avaliação de riscos nos setores;
• A determinação de uma meta de exposição;
• Um plano de gerenciamento que envolva controles, ações e proces-
sos para evoluir do estado atual para atingir as metas.
A disciplina de Gerenciamento de Riscos evoluiu ao longo dos anos 
para um conceito chamado de Gerenciamento de Riscos Corporativo. 
Esta é a estrutura que as organizações pretendem implementar para tratar 
de todas as necessidades do gerenciamento de riscos, em toda a organiza-
ção, por meio de uma maneira estruturada e comum à empresa, de modo 
que seja possível medir, agregar e estimar o relacionamento de informa-
ções em uma base corporativa. Proporcionar a capacidade para realizar isso 
é que oferece os maiores benefícios para o negócio. 
Gerência de 
riscos
Gestão de 
pessoas
Objetivos da 
empresa
Responsabilidade 
socioambiental
Figura 10.1 – Gerenciamento de riscos
G
estão de Segurança do Trabalho 
101
Conceitos de Segurança 
Aplicáveis à Gerência de 
Riscos
O desenvolvimento e o aprimoramento de processos e controles para 
reduzir os vários tipos de riscos a que estão sujeitas as atividades empresariais 
dependem, fundamentalmente, da aplicação de conceitos voltados à segurança 
e suas linhas de atuação.
• Segurança Geral – É a garantia de um estado de bem-estar físico e 
mental traduzido por saúde, paz e harmonia.
• Segurança do Trabalhador – É a garantia de um estado satisfató-
rio de bem-estar físico e mental do empregado, no trabalho para a 
empresa e, se possível, fora do ambiente dela, como em viagem de 
trabalho, no lar, no lazer, etc.
• Segurança do Trabalho – É a parte do planejamento, organização, 
controle e execução do trabalho, que objetiva reduzir permanente-
mente as probabilidades de ocorrência de acidentes.
Natureza dos Riscos
Os riscos quanto à natureza são classificados em:
• Constantes – São aqueles que mantêm suas características de 
identificação inalteráveis, como equipamentos fixos, máquinas de 
serrar, etc.
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Figura 10.2 – Equipamento fixo – serra circular
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
102
• Variáveis – São aqueles que apresentam alterações substanciais 
por influência de fatores externos, como incêndios de bosques, que 
variam de acordo com a estação do ano, e acidentes de trânsito, 
variáveis de acordo com faixa de período.
ht
tp
://
sx
c.
hu
/
Figura 10.3 – Vegetação seca durante o outono aumenta o risco de incêndios florestais 
• Progressivo – São aqueles que apresentam maior potencialidade à 
medida que transcorre o tempo, como riscos decorrentes da idade 
avançada. 
Linha de Atuação para 
Atingir a Segurança
No plano de gerenciamento, pelo envolvimento de controles, ações e 
processos, no sentido da evolução do estado atual para atingir as metas, deve-se 
seguir as seguintes linhas de atuação:
Administração correta, consciente, com:
• pessoas capazes;
• planejamento, organização e métodos eficazes e eficientes;
• supervisão atuante, consciente;
• pessoas que acreditem em segurança e no trabalho;
• pessoas que apoiem a segurança e o trabalho.
Conscientização dos trabalhadores e empresários quanto à segu-
rança, e ao trabalho. Como já dizia o ditado; quando a pessoa acredita naquilo 
que faz, ela se torna mais produtiva e feliz.
G
estão de Segurança do Trabalho 
103
Atuação na área de risco por meio da:
• identificação de riscos;
• eliminação de riscos;
• controle de riscos;
• proteção do trabalhador (EPC, EPI, leiaute, etc.).
Atendimento de acidentados via:
• primeiros socorros;
• assessoria médico-hospitalar;
• acompanhamento psicológico e social.
Como Fazer Segurança nas 
Áreas de Risco 
Pode-se fazer segurança nas áreas de risco pela identificação dos riscos 
de acidentes: 
Com prevenção via:
• inspeção de segurança;
• análise de risco (métodos de trabalho).
Com correção via:
• investigação de acidente;
• análise de acidentes.
AcidenteAciden-
teAcidenteAciden-
teAcidente
Figura 10.4 – Investigando acidentes
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
104
Deve-se prezar muito pelas análises de riscos com prevenção, pois uma 
vez corrigido um erro, pode-se sempre rever a correção, mas um dano ocorrido 
não pode ser revisto, como no caso da morte de um trabalhador devido a um 
acidente de trabalho, a causa pode ser corrigida, mas o dano é irreversível.
Corretivamente ou preventivamente, deve-se destacar a importância de 
antecipar os riscos de acidentes ambientais para se tomar ação preventiva nos 
ambientes de trabalho por meio dos sistemas de gestão de segurança do trabalho 
das empresas ou de ferramentas similares para este fim.
Fator Pessoal de 
Insegurança como Fator de 
Risco 
O fator pessoal de insegurança é a condição que leva o ser humano a 
cometer o ato inseguro, podendo ser inconsciente ou conscientemente e ine-
rente ou não ao ser humano. Alguns fatores de caráter pessoal levam o ser 
humano a se expor ao risco de acidentes, entre eles:
• Incompetência – A falta de condições para executar certas tarefas, 
pode ser de três tipos:
– Física, como surdez, daltonismo;
– Mental, intelectual ou psíquica;
– Técnica, ou seja, falta de treinamento.
 Todas as pessoas são competentes para alguma coisa e incompetentes 
para outras, como, por exemplo, o fato de muitas pessoas não terem 
competência necessária para reger uma orquestra não as impedem de 
ter competência para comandar um grupo de pessoas em outra área.
• Irresponsabilidade – Por omissão, indisciplina ou vício por bebi-
das alcoólicas, drogas ilegais, etc.
• Excesso de Confiança – Ocorre quando o risco é subestimado, ou 
seja, superestimar a capacidade de se controlar acontecimentos.
• Falta de Confiança – Insegurança, dúvida ou medo em relação a 
alguma atividade do trabalho.
• Problemas Pessoais – Doença, preocupação ou fadiga que levam o 
trabalhador a perder a concentração da sua atividade no ambiente de 
trabalho.
• Incompatibilidade – Com as pessoas que trabalha ou com a profis-
são/função que exerce, que pode levar o trabalhador à desmotivação 
profissional, desatenção, etc. O ideal seria que fosse possível ter-se 
sempre o homem certo no lugar certo.
G
estão de Segurança do Trabalho 
105
Figura 10.5 – Irresponsabilidade, excesso e falta de confiança, problemas pessoais e incompatibilidade
A Importância da Motivação no Trabalho
Frederick Herzberg publicou, em 1959, seu livro Motivation to Work, 
como fruto de uma pesquisa por ele realizada em onze indústrias locais, sobre 
a motivação no trabalho. Essa pesquisa resultou na teoria M-H (Motivação- 
-Higiene) e, segundo Calegare, apresenta os seguintes princípios básicos: 
• Os fatores que produzem a satisfação do trabalhador são separados e 
distintos daqueles que causam insatisfação;
• Os fatores motivadores são: a autorrealização; o reconhecimento; o 
trabalho em si; a responsabilidade; a ascensão; 
• Os fatores higiênicos, tais como: condições de trabalho; supervisão; 
relações interpessoais; salários; política da empresa em geral.
Estes são pré-requisitos para uma motivação efetiva. Quando o “ambiente 
higiênico” é perdido, a motivação se deteriora rapidamente.
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
106
Você Sabia?
A questão da manutenção da motivação é de suma importância no 
campo da segurança do trabalho, para aprofundar-se nesse assunto, 
pesquise as palavras-chave: Psicologia do trabalho – motivação 
profissional.
Lei de Murphy e os 
Acidentes do Trabalho
Um engenheiro norte-americano, Edward Murphy, fez um teste de 
gravidade e, quando foi apresentar os resultados do teste, os sensores de 
registro falharam devido ao trabalho de um assistente que havia instalado 
os sensores. Segundo contam, Murphy teria dito: Se ele puder de algum modo 
cometer um erro, ele o fará! Desta frase, originou-se a teoria de que se existem 
várias maneirasde executar uma tarefa e uma delas puder resultar em desastre, 
certamente esta será escolhida por alguém para ser executada. Disto, originou-se 
o que chamamos hoje de Lei de Murphy, ou seja, se alguma coisa pode dar 
errado, com certeza dará.
Da Lei de Murphy pode-se concluir que:
• Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não importando quão 
remota seja essa possibilidade, algum dia será feita do modo errado;
• Não importa o quanto é difícil danificar um equipamento, alguém 
vai achar um jeito;
• Se algo pode falhar, esta falha deve ser esperada para ocorrer no 
momento mais inoportuno e com máximo de dano;
• Mesmo na execução da mais perigosa e complicada operação, as ins-
truções poderão ser ignoradas.
Sistema de Gestão de Saúde 
e Segurança 18001 (OHSAS 
18001)
A OHSAS 18001 é um referencial normativo internacional, que permite 
às organizações programarem um sistema de gestão de saúde e segurança, 
dotando-as das ferramentas necessárias para controlar os riscos e melhorar o 
seu desempenho. Ela permite à organização ter o controle e o conhecimento 
de todos os riscos relevantes, quer das atividades normais ou das situações 
isoladas, visando à melhoria contínua do processo.
G
estão de Segurança do Trabalho 
107
A Sigla OHSAS 18001
O significado da sigla OHSAS, 
em inglês, Occupational Health and Safety 
Assessment Specification, em português, 
Especificações para Avaliação da Saúde e 
Segurança Ocupacional. É um referen-
cial normativo internacional para fins de 
auditoria, conforme as normas da família 
ISO, que lhe permite demonstrar a sua 
capacidade de identificar, avaliar e controlar riscos no local de trabalho, com 
os devidos parâmetros de rastreabilidade para fins de correções, análises e 
melhorias.
As especificações da OHSAS são aplicáveis para qualquer organi-
zação que deseje estabelecer um sistema de gestão para Segurança e Saúde 
Ocupacional (SSO) como forma de eliminar ou minimizar os riscos aos quais 
seus funcionários e outras partes interessadas possam estar expostos quando 
da realização de suas atividades.
Os benefícios das OHSAS são: 
• Melhorar a eficiência e reduzir acidentes e custos associados;
• Aumentar o controle dos perigos, reduzindo os riscos por meio da 
definição de objetivos, metas e responsabilidades;
• Estimular e/ou manter a motivação dos colaboradores;
• Evidenciar a conformidade legal;
• Aumentar a confiança de clientes, comunidade e demais partes inte-
ressadas da organização;
• Reduzir prêmios de seguro;
• Consolidar uma estratégia de desenvolvimento sustentado;
• Melhorar e encorajar uma efetiva comunicação interna e externa.
As vantagens dos programas de gestão de SSO serão notáveis com a con-
tínua análise para melhorias. Sempre que necessário, deve ser alterado a fim de 
propor alterações em atividades, produtos, serviços, máquinas, equipamentos 
ou condições operacionais da organização, conforme o ciclo proposto: 
Implementação 
e operação
Monitoramento 
de performance
Auditoria
Verificação e 
ação corretiva
Planejamento
Fonte: Adaptado de: BS OHSAS 18 001
Diagrama 10.1 – Ciclo de implementação e operação
Prêmio de seguro:
É o valor pago pelo segurado, para a contratação do seguro.
A expressão ISO designa um grupo de normas 
técnicas que estabelecem um modelo de gestão 
da qualidade. A sigla ISO refere-se à International 
Organization for Standardization ou Organização 
Internacional para Padronização.
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
108
Importância do 
Comprometimento da Alta 
Administração 
Todos aqueles com responsabilidades gerenciais na organização devem 
demonstrar compromisso com a melhoria contínua do desempenho da pro-
moção da saúde e segurança do trabalhador.
O trabalhador em condições ótimas de saúde e num ambiente saudá-
vel proporciona condições de desempenho multiplicadas, objetivando maior 
qualidade e produtividade nas tarefas executadas, em que a segurança acaba 
sendo um reflexo das ações por ele assumidas.
O aspecto da integração, união e motivação do trabalhador também 
deve ser trabalhado pela alta administração da empresa como complemento às 
ações de saúde e segurança promovidas pela empresa. O profissional só “veste 
a camisa da empresa” quando se sente parte dela, identifica-se com ela, per-
cebe a importância dele para a empresa, para a família, para os colegas e para a 
sociedade. A responsabilidade social e o compromisso com o meio ambiente 
também são fatores relevantes na valorização pessoal do profissional.
Importância do Trabalho em 
Equipe
Muitas pessoas que atuam em organizações trabalham em grupo, mas 
não em equipe. É como se estivessem em uma linha de produção, em que o 
trabalho é individual e cada um se preocupa em realizar apenas sua tarefa sem 
se preocupar com os outros. No trabalho em equipe, cada membro sabe o que 
os outros fazem e a importância disso para o sucesso da tarefa. Eles têm obje-
tivos comuns e desenvolvem metas coletivas que tendem a ir além daquilo 
que foi determinado. Numa verdadeira equipe, na ausência de um colega no 
processo de produção se diz: nosso colega faltou, vamos ter que substituí-lo ou mudar 
o modo como estamos atuando, se não nosso trabalho será improdutivo.
Toda equipe é um grupo, porém nem todo grupo 
é uma equipe. Grupo é um conjunto de pessoas com 
objetivos comuns, em geral se reúnem por afinidades. 
Já a equipe é um conjunto de pessoas ou grupos com 
objetivos comuns atuando no cumprimento de metas 
específicas. 
G
estão de Segurança do Trabalho 
109
Para atingir resultados na gestão da saúde e segurança do trabalho não é 
diferente. Trabalho em equipe é primordial, pois os riscos de acidentes geren-
ciados na empresas, com funcionários comprometidos, cientes da política de 
segurança e do cumprimento de metas por toda a equipe da empresa, sempre 
trarão resultados positivos. Esses funcionários serão imbátíveis. 
Entretanto, este será o maior desafio na promoção da segurança do 
trabalho nas empresas.
Figura 10.6 – Equipe é um conjunto de pessoas ou grupos com objetivos comuns
Teoria das Necessidades 
Humanas de Maslow
A teoria de Maslow é conhecida como uma das mais importantes teorias 
de motivação. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma 
hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem transpostos. Isto significa 
que no momento em que o indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em 
seu lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem meios para satisfazê-la. 
Poucas, ou nenhuma pessoa, procurarão reconhecimento pessoal e status se 
suas necessidades básicas estiverem insatisfeitas.
Pesquise mais sobre Abraham Maslow na internet 
pelo site .
G
es
tã
o 
de
 S
eg
ur
an
ça
 d
o 
Tr
ab
al
ho
 
110
Autorrealização
Necessidades de Status
Necessidades Sociais
Necessidade de Segurança
Necessidades do Corpo
Necessidades Espirituais?
M
o
tiv
aç
ão
Fa
to
re
s 
H
ig
iê
ni
co
s 
D
es
m
o
tiv
aç
ão
Diagrama 10.2 – Hierarquia das necessidades humanas 
De acordo com a pirâmide de Maslow:
• Necessidades do Corpo – São as necessidades fisiológicas, necessárias 
à sobrevivência do indivíduo, como alimentação, respiração, abrigo, etc.
• Necessidades de Segurança – São aquelas referentes à estabilidade 
e/ou manutenção daquilo que o indivíduo já possui, como segurança 
física e pessoal, financeira, etc.
• Necessidades Sociais – São as necessidades do indivíduo referente 
as associações, que abrangem os relacionamentos baseados na emo-
ção, como a amizade, família, convivência social, etc.
• Necessidades de Status – Essa necessidade está ligada a estima do 
indivíduo, no caso o desejo de ser aceito e valorizado pelas outras pes-
soas. Não se trata de uma busca por aceitação do grupo, mas, sim, do 
reconhecimento das contribuições que esse indivíduo traz ao grupo.
• Necessidade de Auto-Realização – Essa necessidade é referente à 
motivação do indivíduo para realizar o potencial máximo do ser, ou 
seja, ele procuratornar-se aquilo que pode ser, explorando todas suas 
possibilidades. Esta necessidade pode ser considerada a motivação 
maior e a única verdadeiramente satisfatória para a natureza humana.
Desta forma, o comportamento humano é explicado por Maslow por 
meio desses cinco níveis de necessidades. Elas estão dispostas em ordem 
hierárquica, desde as mais primárias até as mais maduras. O indivíduo deve 
satisfazer cada necessidade, seguindo a ordem da base para o topo, onde alcan-
çará, por fim, o nível mais alto da hierarquia, a autorrealização.
G
estão de Segurança do Trabalho 
111
Atividades
1) Defina gestão de segurança do trabalho.
2) Em gerência de riscos, como são classificados 
os riscos de acordo com a sua natureza?
3) Em gerência de riscos, como classificamos as 
linhas de atuação para atingir a segurança no 
ambiente de trabalho?
4) Liste os principais fatores pessoais de 
insegurança.
5) Faça uma pesquisa em livros e sites de norma-
lização/certificação e responda: O que é ISO? 
Qual a sua importância para as empresas?
6) O que é OHSAS?
7) Quais os benefícios da implantação de OHSAS 
nas empresas?
8) O que é a teoria de Maslow e como podemos 
relacioná-la com os sistema de gestão de 
segurança do trabalho?
9) O que é a Lei de Murphy? Qual a relação dela 
com a Segurança do Trabalho nas Empresas?
10) Elabore uma definição para Segurança do 
Trabalho?
Para Pesquisar:
Normas Técnicas no Brasil: .
Informações Diversas:
.
.
112
Referências Bibliográficas
ACQUAVIVA, M. C. Dicionário Acadêmico de Direito. São Paulo: Jurídica Brasileira, 1999.
BARBOSA, A. A. R. et al. Mestre de Obras: Gestão Básica para a Construção Civil. São Paulo: 
Érica, 2011.
BASTOS, C. R. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1992. vol. 2. p. 158.
BRASIL. Governo Federal. Consolidação das Leis do Trabalho. Decreto-Lei Nº 5.452 de 1/5/1943. 
Revisão de 28/8/2002. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2011.
BRASIL. Governo Federal. Constituição da República Federativa do Brasil. 5/12/1998. DOU 
de 5/10/1988. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2011.
BRASIL. Governo Federal. Normas Regulamentadoras. Portaria do Ministério de Trabalho. MTB 
Nº 3.214 de 8/06/1978. Revisão de 27/08/2008. Disponível em: . Acesso em: 25 mar. 2011.
DICIONÁRIO HOUAISS DA LÍNGUA PORTUGUESA. Rio de Janeiro: Objetiva, vol. 1. 
2010.
MILANELI, E. et al. Manual Prático de Saúde e Segurança do Trabalho. São Caetano do Sul, SP: 
Yendis, 2009.
ODA, L. A. et al. Biossegurança em Laboratórios de Saúde Pública. Brasília. Ministério da Saúde, 1998.o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio – 
Decreto nº- 19.433, assinado pelo então Presidente do Brasil Getúlio 
Vargas.
Corporações de Ofício: 
Com origem na Idade Média, as 
corporações de ofício eram produções 
artesanais constituídas por mestres, 
oficiais e aprendizes e marcadas pela 
hierarquia e tradição familiar, por meio 
da transmissão do domínio da técnica do 
ofício e da produção das mercadorias e 
pelo seu repasse para as novas gerações.
In
tr
od
uç
ão
12
• 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, disciplinando em 
seu Capítulo V, Título II, a matéria sobre a Segurança e Medicina do 
Trabalho.
• 1966 – Aprovado o Estatuto da Fundação Centro Nacional de 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO, 
órgão de apoio técnico para o controle e a supervisão das atividades 
de Segurança e Medicina do Trabalho.
• 1977 – Lei nº- 6.514/77, que modifica a CLT no capítulo relativo à 
Segurança do Trabalho.
• 1978
– Foi alterada a denominação da FUNDACENTRO para Fundação 
Jorge Duprat Figueiredo, de Segurança e Medicina do Trabalho, 
por meio da Lei nº- 6.618.
– Foi alterada a denominação do Conselho Consultivo de Mão 
de Obra para Conselho Federal de Mão de Obra, por meio do 
Decreto nº- 81.663, de 16 de maio.
– Elaboração da Portaria nº- 3.214, de 8 de junho de 1978, do 
Ministério do Trabalho, que instituía as normas regulamentado-
ras (NR), que se tornam o objeto básico do trabalho atualmente, 
pois com a globalização, tornou-se imprescindível a redução dos 
custos e o aprimoramento dos produtos. E, para isso, o elemento 
humano é a base do planejamento para o sucesso de uma empresa, 
sendo portanto, fundamental é a aplicação da gestão de segurança 
e saúde do trabalhador.
• 1988 – Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
• 1989 – Criado o Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo 
de Serviço, por meio da Lei nº- 7.839, de 12 de outubro.
• 1990 – Criado o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador (FAT).
• 2003 – Instituído o Fórum Nacional do Trabalho pelo Decreto 
nº- 4.796.
• De 2003 a 2010 – Ocorreram algumas alterações estruturais e de 
cargos vinculados ao Ministério do Trabalho com a extinção de 
conselhos deliberativos, porém continuando vigente os principais 
instrumentos da legislação trabalhista:
– CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) com algumas revoga-
ções e atualizações na sua redação.
– NR (Normas Regulamentadoras) com constante estudo e pro-
postas de atualização pela Fundacentro e o Ministério do Trabalho 
e Emprego. 
Introdução
13
A importância da medicina e segurança do trabalho preventiva
A relação entre o trabalho e a saúde/doença sur-
giu na Antiguidade, mas tornou-se um foco de atenção 
a partir da Revolução Industrial. Afinal, no trabalho 
escravo ou no regime servil, inexistia a preocupação 
em preservar a saúde dos que eram submetidos ao 
trabalho. Os trabalhadores eram equiparados a ani-
mais e ferramentas. 
Com a Revolução Industrial, o trabalhador pas-
sou a vender sua força de trabalho tornando-se presa 
da máquina e da produção rápida para acumulação 
de capital. As jornadas eram excessivas, em ambien-
tes extremamente desfavoráveis à saúde, aos quais 
se submetiam também mulheres e crianças. Esses 
ambientes inadequados propiciavam a acelerada pro-
liferação de doenças infectocontagiosas, ao mesmo 
tempo em que a periculosidade das máquinas era res-
ponsável por mutilações e mortes. 
Através dos tempos, o Estado passou a intervir 
no espaço do trabalho baseando-se no estudo da cau-
salidade das doenças. Assim, toma figura o médico do 
trabalho que vai refletir na propensão a isolar riscos 
específicos e, dessa forma, atuar sobre suas conse-
quências, medicando em função de sintomas e sinais 
ou, quando muito, associando-os a uma doença 
legalmente reconhecida. A partir daí, houve uma cres-
cente difusão da matéria de segurança e medicina do 
trabalho. 
No Brasil, a legislação trabalhista compõe-se de 
Normas Regulamentadoras, Normas Regulamentadoras 
Rurais e outras leis complementares, como portarias, 
decretos e convenções Internacionais da Organização 
Internacional do Trabalho. 
Devido ao fato de ter surgido e se mantido a som-
bra da legislação, muitos de nós não demos a devida 
importância à segurança do trabalho. Limitamo-nos 
à mera leitura da legislação sem nos preocuparmos 
com a interpretação e a cultura prevencionista. Ainda 
existe uma gama de instituições empresariais que só 
implantam os programas exigidos por lei para terem os 
documentos e papéis em seus arquivos com o obje-
tivo de apresentar aos fiscais do trabalho, em caso de 
fiscalização. 
In
tr
od
uç
ão
14
Felizmente, um maior número de pessoas já 
compreende que as doenças profissionais são aque-
las decorrentes da exposição dos trabalhadores aos 
riscos ambientais, ergonômicos ou de acidentes. 
O setor de segurança e saúde tornou-se multi-
disciplinar e busca incessantemente prevenir os riscos 
ocupacionais. Esta é a forma mais eficiente de promover 
e preservar a saúde e a integridade física dos trabalha-
dores. Nesse aspecto se destacam os profissionais da 
área, compostos por Técnico de Segurança do Trabalho, 
Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do 
Trabalho e Enfermeiro do Trabalho. Estes, por sua vez, 
atuam na eliminação ou neutralização dos riscos, pre-
venindo uma doença ou impedindo o seu agravamento. 
Para tanto, é necessária a antecipação dos riscos que 
envolvem a análise de projetos de novas instalações, 
métodos ou processos de trabalho, ou de modificação 
dos já existentes, visando identificar os riscos potenciais 
e introduzir medidas de proteção para sua redução ou eli-
minação. Outra etapa do processo de prevenção é a de 
reconhecimento dos riscos. Nesse caso, o risco já está 
presente e será preciso intervir no ambiente de trabalho. 
Reconhecer os riscos é uma tarefa que exige observação 
cuidadosa das condições ambientais, caracterização das 
atividades, entrevistas e pesquisas. A adoção das medi-
das de controle, também se torna necessária para a etapa 
da prevenção. Neste caso, o Engenheiro de Segurança 
deverá especificar e propor equipamentos, alterações no 
arranjo físico, obras e serviços nas instalações, procedi-
mentos adequados; enfim, uma série de recomendações 
técnicas pertinentes a projetos e serviços de engenharia. 
Além dessas etapas, por parte do empregador, é de 
fundamental importância o treinamento dos empregados 
para a correta utilização dos equipamentos de proteção 
individual ou coletiva. A empresa deve treinar o trabalha-
dor com recursos próprios, ou por meio dos fabricantes 
de EPI’s que já fazem este trabalho gratuitamente, por meio 
de palestras ou minicursos. Portanto, a inspeção no local 
de trabalho é procedimento essencial de antecipação intem-
péries em relação à Segurança e Medicina do Trabalho. 
Eliminando-se as condições inseguras e os atos 
inseguros, é possível reduzir os acidentes e as doenças 
ocupacionais. Esse é o papel da Medicina e Segurança 
do Trabalho Preventiva. 
RAINATO, T. A. A importância da medicina e segurança do trabalho 
preventiva. In: Revista Científica Aprender. Disponível em: . Acesso em: 24 mar. 2011
Introdução
15
Para Pesquisar:
.
.
.
.
.
Atividades
1) Descreva a importância da segurança do trabalho nas 
empresas.
2) Quais são as condições consideradas ideais aos trabalhado-
res para o êxito de qualquer atividade empresarial?
3) Qual a relação entre os riscos de acidentes e as atividades 
manuais e mecanizadas?
4) De acordo com os fatos descritos anteriormente, quais são os 
principais instrumentos de legislação vigente nos dias atuais?
5) O que eram as corporações de ofício?
6) Que Lei, vigente até os dias de hoje, rege os direitos e deveres 
de empregadores e empregados na relaçãode trabalho?
7) Pesquise sobre a Revolução Industrial, destacando a sua 
importância no contexto empresarial, e faça um resumo das 
informações encontradas.
8) Faça uma pesquisa e descubra “o que é” e “qual a importân-
cia” da FUNDACENTRO.
9) Qual a definição de segurança do trabalho apresentada neste 
capítulo?
10) Pesquise sobre a OIT (Organização Internacional do Trabalho), 
e estabeleça relações com o que foi estudado neste capítulo.
Le
gi
sl
aç
ão
 e
 N
or
m
as
16
2
Legislação e Normas
Legislação
A legislação pertinente e as normas relativas à saúde e segurança do trabalho vigentes no 
Brasil são bastante extensas e complexas. De modo a evitar tal complexidade, o estudo aqui 
proposto é o de conhecer e entender a Consolidação das Leis do Trabalho brasileiras (CLT), no 
que se refere à segurança e medicina do trabalho, e a Constituição Federal (CF). 
Para consultar a CLT e a CF acesse os sites:
 e 
 
De modo a compreender melhor a legislação e as normas, destacam-se algumas das prin-
cipais definições para a área:
• “As empresas, de acordo com normas a serem expedidas pelo Ministério do Trabalho, 
estarão obrigadas a manter serviços especializados em segurança e em medicina do 
trabalho.” CLT (Art. 162)
• “São direitos dos trabalhadores urbanos e 
rurais a melhoria de sua condição social e 
a redução dos riscos inerentes ao trabalho, 
por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança.” CF (Art. 7)
• “Incumbe ao órgão de âmbito nacional 
competente em matéria de segurança e 
medicina do trabalho estabelecer normas 
sobre a aplicação de medidas de preven-
ção de acidentes do trabalho.” CLT (Art. 
155) Figura 2.1 – Livros da Constituição Federal e da 
Consolidação das Leis do Trabalho brasileiras
A
ce
rv
o 
E
di
to
ra
Legislação e N
orm
as
17
2 Em seu Capítulo V, com o título: “Da segurança e da medicina do trabalho”, a CLT dis-
ciplina na Seção I, Disposições Gerais, artigos relevantes para o entendimento da aplicabilidade 
da segurança do trabalho nas empresas, e seu contexto local:
• “A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste Capítulo, não deso-
briga as empresas do cumprimento de outras disposições que, com relação à matéria, 
sejam incluídas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos estados ou muni-
cípios em que se situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas oriundas 
de convenções coletivas de trabalho.” CLT (Art. 154)
• “Cabe às empresas: 
I – cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho; 
II – instruir os empregados, através de ordens de serviço, quanto às precauções a tomar 
no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais; 
III – adotar as medidas que lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente; 
IV – facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente.” CLT (Art. 157)
• “Cabe aos empregados: 
I – observar as normas de segurança e medicina do trabalho adotada pelas empresas; 
II – colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos deste Capítulo. 
Parágrafo Único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada: 
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador; 
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual, fornecidos pela empresa.” 
CLT (Art. 157)
Normas Regulamentadoras (NR)
A Portaria nº- 3 214, de 8 de junho 1978 do Ministério do Trabalho instituiu as Normas 
Regulamentadoras de Segurança do Trabalho (NR), fundamentadas pela CLT e pela CF.
As Normas Regulamentadoras (NR) apresentam definições e orientações sobre procedi-
mentos obrigatórios relacionados à medicina e segurança do trabalho no Brasil. São instrumentos 
normativos que subsidiam as leis nos direitos e deveres das empresas, e são de observância obri-
gatória para a preservação da saúde e bem-estar dos trabalhadores.
Importantes do ponto de vista de padronização das ações preventivas voltadas à segurança 
do trabalho nas empresas, as NR são vigentes até os dias de hoje, e são apoiadas pela Fundação 
Jorge Duprat de Figueiredo (FUNDACENTRO), vinculada pelo Governo Federal por meio 
do Ministério do Trabalho e Emprego. A FUNDACENTRO é um órgão de apoio técnico para 
o controle e supervisão das atividades relacionadas à segurança e medicina do trabalho e à insti-
tuição de comitês especializados, revisão e constante atualização das Normas Regulamentadoras 
(NR) vigentes no Brasil. 
Para mais informação sobre a FUNDACENTRO acesse o site: 
.
Le
gi
sl
aç
ão
 e
 N
or
m
as
18
Observe, a seguir, um breve resumo do objetivo das respectivas Normas 
Regulamentadoras (NR) atualmente vigentes no Brasil:
• NR-1 – Disposições Gerais: Têm por finalidade expor o campo 
de aplicação de todas as normas regulamentadoras de segurança e 
medicina do trabalho urbano, assim como as disposições básicas dos 
direitos e deveres do Estado, das empresas e dos trabalhadores volta-
dos ao assunto.
• NR-2 – Inspeção Prévia: Estabelece as condições e os critérios para 
a solicitação de inspeção prévia ao Ministério do Trabalho e Emprego 
(MTE) das instalações nos estabelecimentos comerciais e indus-
triais, a fim de assegurar que iniciem suas atividades livre de riscos 
de acidentes e/ou doenças do trabalho. A partir da aprovação na ins-
peção, o estabelecimento receberá um Certificado de Aprovação das 
Instalações (CAI), válido enquanto não houver mudanças substan-
ciais nas instalações e/ou equipamentos existentes e inspecionados.
• NR-3 – Embargo ou Interdição: Dispõe sobre as condições e os 
critérios de embargo ou interdição nas atividades laborais que demons-
trem grave e iminente risco para o trabalhador, além das providências 
a serem adotadas para prevenção dos acidentes do trabalho.
• NR-4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e Medicina do Trabalho (SESMT): Estabelece as particularida-
des na composição e dimensionamento do SESMT nas empresas 
em função do grau de risco das atividades, número de trabalhadores 
envolvido nestas condições e regido pela CLT, com a finalidade de 
promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho. 
• NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): 
Define critérios para constituição, organização, atribuições, res-
ponsabilidades e manutenção da Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes nas empresas com o objetivo de prevenir acidentes e 
doenças do trabalho de modo a tornar compatível o trabalho com a 
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
• NR-6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Dispõe 
sobre as condições e critérios dos dispositivos, produtos e associados 
de uso individual dos trabalhadores destinado à proteção de riscos de 
acidentes suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
• NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
(PCMSO): Estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implemen-
tação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam 
trabalhadores como empregados, do PCMSO, com o objetivo de pro-
moção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores.
• NR-8 – Edificações: Estabelece requisitos técnicos mínimos que 
devem ser observados nas edificações, para garantir segurança e con-
forto aos que nelas trabalhem.
Legislação e N
orm
as
19
• NR-9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): 
Estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implementação, por 
parte de todos os empregadores e instituições que admitam traba-
lhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais, visando à preservação da saúde e da integridade dos tra-
balhadores, por meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e 
consequente controle da ocorrência de riscos ambientais existentes 
ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em conside-
ração a proteção do meio ambiente e dos recursosnaturais.
• NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade: 
Dispõe sobre os requisitos e as condições mínimas, objetivando a 
implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, de 
forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta 
ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com 
eletricidade.
• NR-11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e 
Manuseio de Materiais: Dispõe sobre os critérios de segurança 
para operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais, 
máquinas transportadoras e transportes manuais de cargas.
• NR-12 – Máquinas e Equipamentos: Define as condições mínimas 
de segurança nas instalações, dispositivos, acionamentos, proteção, 
assentos, mesas, fabricação, comercialização, manutenção e operação 
de máquinas e equipamentos.
• NR-13 – Caldeiras e Vasos de Pressão: Estabelece os critérios 
mínimos de segurança na instalação, inspeção, operação, manuten-
ção e nós treinamentos das atividades em caldeiras a vapor e vasos de 
pressão.
• NR-14 – Fornos: Ilustra as definições, instalações e os critérios de 
utilização de fornos nos ambientes de trabalho.
• NR-15 – Atividades e operações insalubres: Estabelece as con-
dições e os critérios relacionados aos agentes químicos, físicos e 
biológicos no ambiente de trabalho, relacionando os respectivos 
limites de tolerância admissíveis para fins de caracterização de insa-
lubridade das atividades laborais objetivando a preservação da saúde 
do trabalhador.
• NR-16 – Atividades e operações perigosas: Estabelece as condições 
e os critérios relacionados à periculosidade admissível nas atividades 
laborais objetivando a preservação da saúde do trabalhador.
• NR-17 – Ergonomia: Visa estabelecer parâmetros que permitam 
a adaptação das condições de trabalho às características psicofisio-
lógicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de 
conforto, segurança e desempenho eficiente nas atividades laborais.
Le
gi
sl
aç
ão
 e
 N
or
m
as
20
• NR-18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria 
da construção: Estabelece diretrizes de ordem administrativa, de 
planejamento e de organização, que objetivam a implementação de 
medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos pro-
cessos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na indústria 
da construção civil, nas atividades e serviços de demolição, reparo, 
pintura, limpeza e manutenção de edifícios em geral, de qualquer 
número de pavimentos ou tipo de construção, inclusive manutenção 
de obras de urbanização e paisagismo.
• NR-19 – Explosivos: Estabelece critérios para a fabricação, comér-
cio, depósito, manuseio e armazenagem de explosivos nas empresas, 
com objetivo de proteger a vida dos trabalhadores vinculados a estas 
atividades.
• NR-20 – Líquidos Combustíveis e Inflamáveis: Estabelece 
definições e critérios mínimos para instalações, operações, sinali-
zação e armazenagem de líquidos combustíveis, inflamáveis e seus 
derivados.
• NR-21 – Trabalhos a Céu Aberto: Estabelece definições e critérios 
mínimos nas instalações e atividades desenvolvidas a céu aberto contra 
a insolação excessiva, calor, frio, umidade e ventos inconvenientes.
• NR-22 – Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração: disci-
plina os preceitos a serem observados na organização e no ambiente 
de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e o desen-
volvimento da atividade de mineração com a busca permanente da 
segurança e da saúde dos trabalhadores.
• NR-23 – Proteção Contra Incêndios: Estabelece definições e cri-
térios mínimos de segurança nas instalações e o dimensionamento, a 
inspeção e a sinalização de agentes extintores e outros instrumentos 
vinculados na proteção contra incêndios nas atividades envolvendo 
trabalhadores.
• NR-24 – Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de 
Trabalho: Estabelece definições e critérios mínimos aceitáveis 
nas instalações de banheiros, cozinhas, refeitórios e outras áreas de 
vivência com a permanência de pessoas, com foco no ponto de vista 
sanitário e de conforto nos locais de trabalho e seus agregados.
• NR-25 – Resíduos Industriais: Estabelece medidas, métodos, 
equipamentos e dispositivos de controle do lançamento ou liberação 
de contaminantes sólidos, líquidos e gasosos sob a forma de maté-
ria ou energia, direta ou indiretamente, para controle dos limites de 
tolerância fixados pela legislação vigente.
• NR-26 – Sinalização de segurança: Tem por objetivo fixar as 
cores que devem ser usadas nos locais de trabalho para prevenção de 
acidentes, identificando os equipamentos de segurança, delimitando 
áreas, identificando as canalizações empregadas nas indústrias para a 
condução de líquidos e gases e advertindo contra seus riscos.
Legislação e N
orm
as
21
Aquaviário:
Transporte por via aquática (rios, 
mares e oceanos). Assim como 
o rodoviário, o possui legislação 
própria, critérios e particularidades. 
Maiores informações podem ser 
encontradas na ANTAQ (Agência 
Nacional de Transportes Aquaviários)
.
Silvicultura:
Ciência relacionada a atividades 
de implantação e regeneração de 
florestas. 
Aquicultura:
Ciência relacionada a organismos 
aquáticos (peixes, moluscos, 
crustáceos e anfíbios) e ao cultivo 
de plantas aquáticas.
• NR-27 – Registro Profissional do Técnico de Segurança do 
Trabalho: Dispõe sobre o exercício da profissão do técnico de segu-
rança do trabalho (Norma revogada Portaria nº- 262, de 29 de maio 
de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 30/05/2008).
• NR-28 – Fiscalização e Penalidades: Estabelece definições e 
critérios de fiscalização no cumprimento das disposições legais 
e/ou regulamentares sobre segurança e saúde do trabalhador em 
obediência ao disposto na legislação vigente, o embargo ou inter-
dição dos estabelecimentos e as penalidades quando da infração 
aos preceitos legais determinados.
• NR-29 – Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Tem por 
objetivo regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças 
profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar 
as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhado-
res portuários.
• NR-30 – Segurança e Saúde no Trabalho 
Aquaviário: Tem como objetivo a proteção e 
a regulamentação das condições de segurança e 
saúde dos trabalhadores aquaviários.
• NR-31 – Segurança e Saúde no Trabalho na 
Agricultura, Pecuária, Silvicultura, Exploração 
Florestal e Aquicultura: Busca estabelecer os 
preceitos a serem observados na organização e no 
ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível 
o planejamento e o desenvolvimento das atividades 
da agricultura, pecuária, silvicultura, exploração 
florestal e aquicultura com a segurança e saúde e o 
meio ambiente do trabalho.
• NR-32 – Segurança e Saúde no Trabalho em 
Serviços de Saúde: Tem por finalidade estabele-
cer as diretrizes básicas para a implementação de 
medidas de proteção à segurança e à saúde dos tra-
balhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem 
atividades de promoção e assistência à saúde em geral.
• NR-33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços 
Confinados: Estabelece os requisitos mínimos para identificação de 
espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento 
e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanente-
mente a segurança e a saúde dos trabalhadores que interagem direta 
ou indiretamente nestes espaços.
• NR-34 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria 
da Construção e Reparação Naval: tem por finalidade estabele-
cer os requisitos mínimos e as medidas de proteção à segurança, à 
saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de 
construção e reparação naval. Texto em fase de consulta pública em 
2010. Instituído pela Portaria SIT nº- 182, de 30 de abril de 2010.
Le
gi
sl
aç
ão
 e
 N
or
m
as
22
Normas Regulamentadoras Rurais (NRR)
As NRR são aplicadas em área rural, e devem ser 
cumpridas em conjuntocom as NR. Apresentam ordens 
de serviço sobre segurança e higiene do trabalho 
rural, considerando os riscos genéricos e específicos 
do estabelecimento e de cada atividade. Visam esta-
belecer procedimentos a serem adotados em caso de 
acidente do trabalho rural e estipulam a obrigação na 
orientação, pelas empresas, aos trabalhadores sobre 
técnicas prevencionistas a serem adotadas para evitar 
acidentes do trabalho e doenças profissionais.
Para mais informação sobre as NRR acesse o 
site: .
ABNT
A Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), fun-
dada em 1940, é o órgão responsável 
pela normalização técnica no país, 
fornecendo a base necessária ao 
desenvolvimento tecnológico brasi-
leiro. É uma entidade privada, sem 
fins lucrativos, reconhecida como 
Fórum Nacional de Normalização 
– ÚNICO. É membro fundadora 
da International Organization for 
Standardization (ISO) – responsá-
vel pela certificação de empresas, 
como ISO 9001, e, também, da Comissão Panamericana de Normas Técnicas 
(COPANT) e da Associação Mercosul de Normalização (AMN).
Normas da ABNT
As normas da ABNT são de inquestionável valia nos cursos técnicos, 
pois, apesar de não serem leis, são instrumentos legítimos que devem ser rigo-
rosamente seguidos, quando aplicáveis nas empresas, uma vez que possuem 
contexto de normalização e são juridicamente reconhecidas para complemen-
tar as leis e normas publicamente constituídas. Entre outras, estão: 
• NBR 7195 – Norma Brasileira: Cores para Segurança.
• NBR 9050 – Norma Brasileira: Acessibilidade de pessoas portado-
ras de deficiência a edificações, espaços, mobiliários e equipamentos 
urbanos.
Normalização é uma série de elementos e 
soluções, determinadas por partes interessadas, 
para a padronização das atividades e/ou espe-
cificação de um produto, processo ou serviço, 
destinada à utilização comum com vistas à resul-
tados satisfatórios.
Certificação é um conjunto de atividades 
desenvolvido com o objetivo de atestar publi-
camente, por escrito, que determinado produto, 
processo ou serviço está em conformidade com 
requisitos, nacionais, internacionais ou estrangei-
ros, previamente especificados.
Legislação e N
orm
as
23
• NBR 5410 – Norma Brasileira: Instalações Elétricas de Baixa Tensão.
• NBR ISO 9001 – Norma Brasileira: Sistema de Gestão da Qualidade.
Para pesquisar mais sobre as normas acima e outras que sejam 
de interesse, acesse o site: .
Atividades
1) O que é CLT e CF?
2) Com vistas à segurança do trabalho, quais são as principais 
definições da CLT e CF?
3) Quais as obrigações das empresas e dos funcionários apre-
sentadas no Capítulo V da CLT, relacionadas à segurança do 
trabalho?
4) O que são NRR?
5) O que são as NR (Normas Regulamentadoras)?
6) Qual a importância das NR (Normas Regulamentadoras)?
7) Que órgão público é responsável pelo controle e atualização 
das NR nos dias atuais?
8) O que é a ABNT?
9) O que são as normas da ABNT?
10) Defina certificação e normalização.
Para Pesquisar:
CLT: .
CF: .
ABN: .
Ministério do Trabalho e Emprego .
FUNDACENTRO .
Ac
id
en
te
s 
de
 T
ra
ba
lh
o
24
3
Acidentes de 
Trabalho
Conceitos e Definições
A maioria dos acidentes de trabalho acontece pela falta ou deficiência de 
algum material, ferramenta, processo ou serviço fundamental na execução das 
tarefas diárias. A segurança dos empregados em áreas de risco é função direta 
do método de trabalho que, infelizmente, não tem recebido a atenção e o res-
peito que merece. Havendo problema quanto ao método, a segurança sempre 
falha e os resultados podem ser catastróficos, como a possível ocorrência de:
• mortes;
• mutilações físicas e/ou mentais;
• perdas materiais;
• interrupções brutais do trabalho.
Figura 3.1 – A falta de segurança pode levar a resultados catastróficos
Acidentes de Trabalho
25
Veja a seguir alguns conceitos básicos sobre acidente e segurança. Esses con-
ceitos, embora estudados isoladamente, na prática ocorrem sempre em cadeia. O 
gerenciamento de riscos, e consequentemente a minimização de acidentes, está 
diretamente ligado ao domínio e à prática destes conceitos. Para fins didáticos, 
relevantes para a gestão de riscos nas empresas, nas próximas páginas os acidentes 
serão caracterizados pelo aspecto pessoal, material e administrativo.
Os conceitos clássicos de acidente têm como base o conceito legal, ou 
seja, previsto em lei, e o conceito prevencionista, que se vale das ocorrências 
imprevistas nas empresas. 
• Na perspectiva legal, acidente é o que ocorre pelo exercício do tra-
balho a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade 
para o trabalho, permanente ou temporária.
• Na concepção prevencionista, que foca na prevenção, acidente é toda 
ocorrência não programada, não desejada, que interrompe o andamento 
normal do trabalho, podendo resultar em danos pessoais, materiais ou 
administrativos ao trabalhador, à empresa ou ao meio ambiente.
• Na visão empresarial, o conceito ainda é vinculado à questão do seguro, 
ou seja, acidente é qualquer evento não programado que interfere nega-
tivamente na atividade produtiva e que tem a cobertura da seguradora.
Acidentes 
Acidente, por definição, é qualquer ocorrência não programada. No que 
se refere à segurança do trabalho, é aquela que pode produzir danos. É um 
acontecimento que não se prevê ou, se previsto, não se sabe precisar quando 
vai acontecer. Podem ser identificados pelos seguintes tipos:
• Acidente Pessoal – Ocorrência que envolve pessoas, tais como a queda 
de uma pessoa.
• Acidente Material – Ocorrência envolvendo o patrimônio da 
empresa, como a queda de um aparelho de medição, por exemplo.
• Acidente Administrativo – Ocorrência envolvendo a área admi-
nistrativa da empresa, como a súbita falência de uma empresa. 
Danos
O dano é a consequência negativa dos acidentes, ou seja, é o resultado 
negativo do acidente que gera prejuízo.
• Dano Pessoal – Pode ser físico, como uma lesão (ferimento) num 
membro do corpo, ou emocional, como uma perturbação mental. 
• Dano Material – Afeta o patrimônio, como dano num aparelho ou 
num equipamento.
• Dano Administrativo – Interfere no funcionamento da empresa, 
como prejuízo monetário ou demissão em massa. 
Ac
id
en
te
s 
de
 T
ra
ba
lh
o
26
Risco
Risco é tudo que pode causar acidente, ou com potencialidade ou pro-
babilidade de causar acidente. De um modo geral, os riscos numa tarefa são 
bastante visíveis, porém facilmente eliminados e controlados. Entretanto, 
podem estar ocultos no processo que envolve a realização das tarefas. Por meio 
de pesquisas, testes, estudos, etc., pode-se descobri-los preventivamente ou 
detectá-los corretivamente após algum acidente. Há riscos que, por sua vez, 
dificilmente são previsíveis e outros que nunca são descobertos. 
Figura 3.2 – Os inimigos ocultos são os mais perigosos!
• Risco Pessoal – Está relacionado a atos inseguros por parte das 
pessoas e que pode causar acidentes a toda hora. Relaciona-se a ato 
inseguro.
• Risco Material – É o risco no ambiente com máquinas, equipa-
mentos, ferramentas, etc., ou, ainda, a presença ou falta de algo 
no ambiente de trabalho, como gás tóxico e pessoal treinado em 
primeiros socorros, respectivamente. Ele está relacionado à con-
dição insegura.
• Risco Administrativo – Relativo à administração, à gerência, 
à supervisão ou a quem os representa diretamente. É o risco mais 
crítico da empresa. Quando a gerência é competente, o trabalho e a 
segurança funcionam a contento. Do contrário, os riscos aumentam. 
Um grande número de acidentes numa mesma empresa indica sem-
pre uma supervisão falhaou inexistente.
Acidentes de Trabalho
27
Causa
Causa é tudo o que provoca o acidente. É a responsável pela ocorrência 
do acidente e permite a transformação do risco em acidente.
A condição insegura, como, por exemplo, um piso escorregadio, é um 
risco antes de acontecer o acidente. Após a ocorrência do acidente, a condição 
insegura torna-se a causa deste, e continua sendo risco para outros acidentes. 
Os tipos de causas de acidentes são:
• Causa Pessoal – Quando uma pessoa ou pessoas provocam aciden-
tes, como, por exemplo, não utilizar capacete.
• Causa Material – Quando o acidente é provocado por equipamento 
ou parte do patrimônio, como um degrau solto numa escada.
• Causa Administrativa – Quando um ato administrativo provoca o 
acidente, como, por exemplo, uma diretriz errada, uma ordem errada 
da chefia, da gerência ou do supervisor provoca acidente.
Lembre-se:
Só passa a existir a causa após a ocorrência do acidente. Antes disto, 
a causa é um risco. Assim, é importante prevenir os riscos para não 
ocorrerem acidentes.
Ato Inseguro
Ato inseguro é a maneira pela qual, consciente ou inconscientemente, 
a pessoa física ou jurídica se expõe ao risco ou expõe as pessoas e as coisas ao 
risco. Pode ser: 
• Ato inseguro, sem outra designação, é todo ato cometido por pessoa 
física, como, por exemplo, lançar uma bituca de cigarro acesa pela 
janela. 
• Ato inseguro administrativo é aquele cometido por pessoa jurí-
dica, como, por exemplo, a ordem da chefia para trabalhar em rede 
desenergizada, sem testar ausência de tensão e sem aterrar o trecho 
desligado. 
Ac
id
en
te
s 
de
 T
ra
ba
lh
o
28
Outros Exemplos de Atos Inseguros
• O não uso ou uso incorreto de equipamento de proteção individual 
(EPI);
• Ligação de chave elétrica errada;
• Dirigir sem habilitação;
• Ligar e desligar aparelhos sem conhecer ou seguir instruções;
• Fumar em local proibido ou com risco de incêndio;
• Emissão de diretriz inadequada ou errada por parte da gerência;
• Uso de empregados como cobaias, testando teorias utilizadas em outras 
culturas, sem competência e conhecimento profundo do assunto e sem 
visão para medir as consequências futuras.
Figura 3.3 – Atos inseguros
Condição Insegura ou Condição 
Ambiente de Insegurança 
Condição ou meio que pode causar ou favorecer a ocorrência de aci-
dentes. Com já foi dito, a condição insegura antes do acidente é risco e após o 
acidente é causa. 
Acidentes de Trabalho
29
Exemplos de Condições Inseguras
• Piso defeituoso, escorregadio, com óleo;
• Ambiente com produtos nocivos à saúde;
• Ambiente com temperaturas extremas;
• Ambiente mal iluminado;
• Ambiente mal ventilado;
• Materiais mal posicionados (sem arranjo físico);
• Ferramentas e máquinas perigosas ou defeituosas;
• Substâncias químicas e outros materiais no ar respirável;
• Equipamentos energizados sem proteção e controle;
• Falta de condições essenciais à realização do trabalho.
Figura 3.4 – Condição insegura
Doenças Ocupacionais
De acordo com Decreto nº- 611/92, doenças ocupacionais são aquelas 
adquiridas em decorrência do exercício do trabalho em si ou das condições 
especiais em que o trabalho é realizado. Podem ser denominadas também 
como doenças do trabalho ou doenças profissionais. Todas serão consideradas 
como acidentes de trabalho quando delas decorrer a incapacidade para o tra-
balho. Veja alguns exemplos de doença do trabalho:
• Lesão por Esforços Repetitivos (LER) – Tendinite, uma LER, é 
a inflamação de um tendão que surge geralmente devido ao excesso 
de repetições de um mesmo movimento como, por exemplo, nas 
atividades de digitação.
• Falta de Ergonomia – Posturas inadequadas, não ergonômicas, 
durante o exercício do trabalho podem causar lesões. A figura 3.6 
demonstra como uma má postura pode causar lesão na coluna. 
Ac
id
en
te
s 
de
 T
ra
ba
lh
o
30
• Acidente que provoque doença – Por exemplo, em um labo-
ratório de coleta de sangue, se um funcionário do laboratório 
acidentalmente tiver contato com uma amostra de sangue conta-
minado, pode ser contaminado também, resultando numa doença 
provocada por acidente de trabalho. 
Figura 3.5 – Tendinite Figura 3.6 – Lesão na coluna
Não São Consideradas Doença do Trabalho
• Doença degenerativa;
• A inerente a grupo etário;
• A que não produza incapacidade para o trabalho;
• A doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que 
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição 
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
Acidente de Trajeto ou Percurso 
Acidente de trajeto (ou percurso) é o que ocorre com o funcionário no 
percurso da residência para o trabalho ou no retorno do trabalho para a sua 
residência. A Lei assegura ao trabalhador a proteção nestas condições, conside-
rando estes casos como Acidentes do Trabalho. 
Também será considerado como acidente do trabalho, qualquer ocor-
rência que envolva o funcionário da empresa no trajeto para casa, ou na volta 
para o trabalho, no horário do almoço e/ou descanso.
Entretanto, se por interesse pessoal, o funcionário alterar ou interrom-
per seu percurso normal, deixará de caracterizar-se como acidente do trabalho. 
Percurso normal é o caminho habitualmente realizado pelo trabalhador, 
locomovendo-se a pé ou usando meio de transporte (da empresa, condução 
própria ou transporte coletivo urbano).
O acidente de trajeto (ou percurso), está previsto no artigo 21 da Lei 
Previdenciária Nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que na sua redação menciona:
Acidentes de Trabalho
31
Equiparam-se também ao acidente do trabalho, o 
acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local 
e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de ser-
viço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à 
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar 
proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para 
estudo quando financiada por esta, dentro de 
seus planos, para melhor capacitação da mão de 
obra, independentemente do meio de locomo-
ção utilizado, inclusive veículo de propriedade do 
segurado; 
d) no percurso da residência para o local de trabalho 
ou deste para aquela, qualquer que seja o meio 
de locomoção, inclusive veículo de propriedade 
do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, 
ou por ocasião da satisfação de outras necessida-
des fisiológicas, no local do trabalho ou durante 
este, o empregado é considerado no exercício do 
trabalho.
§ 2º Não é considerada agravação ou complicação 
de acidente do trabalho a lesão que, resultante 
de acidente de outra origem, associe-se ou se 
superponha às consequ ências do anterior.
Para consulta completa a Lei, acesse o site: .
Figura 3.7 – Acidente de trajeto ou percurso
Ac
id
en
te
s 
de
 T
ra
ba
lh
o
32
Acidente Fora do Local e Horário de Trabalho 
Também será considerado acidente do trabalho, aquele em que o funcionário sofre um 
acidente fora do local e/ou horário de trabalho, cumprindo ordens ou realizando tarefas a ser-
viço da empresa. Como, por exemplo, quando um funcionário, em viagem pela empresa, sofre 
acidente numa cidade, que não é a de residência dele.
Todas as definições apresentadas neste capítulo visam facilitar o entendimento para a cor-
reta caracterização de acidente do trabalho e preenchimento da comunicação de acidente 
de trabalho (CAT) dentro do que preveem a Lei nº- 5.316/67 e as posteriores alterações e que 
serão vistas nos próximos capítulos.
Conhecer as siglas utilizadas em Segurança de Trabalho ajuda 
na caracterização e preenchimento da CAT. Elas podem ser obtidas no 
dicionário de segurança do trabalho, ou no site: .
Equiparam-se ao Acidente de Trabalho
• O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, tenha contribu-
ído diretamente para a morte do segurado, para a redução ou perda da sua capacidadepara 
o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação.
• O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de 
um ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de 
trabalho.
• Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao 
trabalho. 
• Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de 
trabalho.
• Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior 
no ambiente de trabalho.
• A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua 
atividade.
• O acidente sofrido pelo segurado, ainda que fora do local e horário de trabalho em viagem 
a serviço da empresa. 
• Acidentes ocorridos nos períodos destinados à refeição ou ao descanso, ou por ocasião 
da satisfação de outras necessidades fisiológicas, no local de trabalho ou durante este, o 
empregado é considerado no exercício do trabalho.
Importante:
Não é considerada agravação ou complicação de acidente do 
trabalho a lesão que, resultante de acidente de outra origem, se 
associe-se ou se superponha às consequências do anterior.
Acidentes de Trabalho
33
Atividades
1) Defina acidente pelo conceito legal.
2) Defina acidente pelo conceito prevencionista.
3) Pedro estava transportando um produto químico com a 
empilhadeira. Ao passar por um buraco, o produto caiu e espar-
ramou-se pelo chão, contaminando o local. Considerando que 
não houve lesão à pessoa, porém o produto esparramado foi 
perdido, em qual definição de acidente se enquadra o fato 
ocorrido: acidente do trabalho no conceito legal ou acidente 
do trabalho no conceito prevencionista?
4) Como podem ser identificados os tipos de acidentes? Defina e 
exemplifique-os.
5) Conceitue risco, dano e causa.
6) Explique o que é acidente de trajeto (ou percurso).
7) Antônio, ao sair do trabalho de volta para casa, resolveu pas-
sar no supermercado para comprar um produto que estava 
em oferta. Na saída do supermercado foi atropelado por um 
carro. Você considera o que aconteceu com Antônio um caso 
de acidente de trajeto, que pode ser equiparado a um acidente 
do trabalho? Note que ele “resolveu” naquele dia alterar seu 
trajeto e passar no supermercado. Justifique sua resposta.
8) O que são doenças ocupacionais? 
9) O que é LER?
10) Defina e dê exemplos de ato inseguro e condição insegura. 
Para Pesquisar:
LEI 8.213: .
Co
m
un
ic
aç
ão
 d
e 
Ac
id
en
te
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 –
 C
AT
 
34
4
Comunicação de Acidente 
de Trabalho – CAT 
Segundo o Ministério da Previdência Social (MPS), em sua Lei nº- 8.213, de 24 de julho 
de 1991, Artigo A, acidente de trabalho é:
[...] o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, 
com o segurado empregado, trabalhador avulso, bem como com o 
segurado especial, no exercício de suas atividades, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou a 
redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. 
Fonte: . Acesso em: 28 fev. 2011.
Ainda, segundo o MPS, o acidente de trabalho será caracterizado tecnicamente pela perí-
cia médica do INSS, mediante a identificação do nexo causal entre o trabalho e o agravo. 
Serão considerados acidentes de trabalho em suas diversas 
formas: o acidente típico, de trajeto (ou percurso), a doença ocupa-
cional e os acidentes fora do local e/ou horário de trabalho, desde 
que o trabalhador esteja no cumprimento de ordens ou na realiza-
ção de tarefas a serviço da empresa.
Acidente de trabalho e suas formas
Acidente 
de 
trabalho
Acidente típico
Acidente de trajeto
Doença ocupacional
Acidente fora do local 
e/ou do horário de 
trabalho
Nexo:
Coerência, conexão.
Agravo:
Dano, injúria.
Com
unicação de Acidente de Trabalho – CAT 
35
Para fins trabalhistas e previdenciários, qualquer tipo de acidente, como 
aquele que ocorre num jogo de futebol de fim de semana, nas férias, na praia, 
etc., estará coberto pela previdência social.
Como o trabalhador paga por esta seguridade, ela é garantida pela Lei 
nº 8 213/91. Porém, em casos de acidentes de trabalho, existem algumas 
obrigações adicionais, por parte das empresas, como garantia de estabili-
dade, recolocação, indenização, entre outras. Assim, é muito importante 
que as empresas e os funcionários identifiquem adequadamente o acidente 
de trabalho.
Consequências dos 
Acidentes de Trabalho
• O trabalhador acidentado, que fica incapaz, de forma total ou 
parcial, temporária ou permanente para exercer suas atividades;
• A família do trabalhador, que pode ter sua renda afetada pela 
redução ou falta dos ganhos normais; 
• O empregador, pela respectiva ausência do trabalhador no processo 
acarretando eventuais perdas de material, equipamentos e/ou adminis-
trativas, elevando seus custos operacionais; e 
• A sociedade, que mantém financeiramente os trabalhadores inválidos 
e dependentes da previdência social, o que vêm a aumentar seus gastos. 
As consequências dos acidentes de trabalho são classificadas de acordo 
com o seu afastamento, dadas a sua gravidade, conforme mencionado pela 
Lei nº 8 213/91, a seguir:
Acidente de Trabalho Sem Afastamento
É o acidente no qual o trabalhador se ausenta da empresa somente por 
algumas horas, e retorna logo em seguida ou no próximo dia de trabalho. O 
que ocorre, por exemplo, quando o acidente resulta num pequeno corte no 
dedo, e o trabalhador pode retornar ao seu trabalho normalmente.
Acidente de Trabalho com Afastamento 
É o acidente que deixa o trabalhador ausente por dias seguidos, ou meses, 
ou de forma definitiva. Ou seja, se o trabalhador acidentado não retornar ao 
trabalho imediatamente ou até na jornada seguinte, é considerado acidente 
com afastamento, que pode resultar em:
• Incapacidade Temporária – Perda da capacidade para o trabalho 
por um período limitado de tempo, após o qual o trabalhador retorna 
às suas atividades normais.
Co
m
un
ic
aç
ão
 d
e 
Ac
id
en
te
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 –
 C
AT
 
36
• Incapacidade Parcial e Permanente – É a diminuição, por toda vida, da capacidade 
física total para o trabalho. É o que acontece, por exemplo, quando ocorre a perda de 
um dedo ou de um olho.
• Incapacidade Total e Permanente – É a invalidez incurável para o trabalho. Nesse 
caso, o trabalhador não tem mais condições para trabalhar. Um exemplo é se um traba-
lhador perde a visão totalmente em um acidente. Nos casos extremos, o acidente pode 
resultar na morte do trabalhador.
Importância da Comunicação de 
Acidente de Trabalho (CAT)
A Lei nº- 8.213/91 determina no seu artigo 22 que todo acidente de trabalho ou doença 
ocupacional deverá ser comunicado pela empresa à Previdência Social sob pena de multa em 
caso de omissão.
É muito importante a comunicação e, principalmente, o completo e exato preenchimento 
do formulário CAT, porque as informações nele contidas servirão de base para dados estatísti-
cos, previdenciários, epidemiológicos, trabalhistas e sociais.
Importante!
Todo acidente de trabalho deve ser comunicado à empresa, que precisará providenciar a 
CAT no prazo máximo de 24 horas. Caso contrário, o trabalhador perderá seus direitos e a 
empresa pagará multa. Caso a empresa não notifique a Previdência Social sobre o acidente 
de trabalho, o próprio acidentado, seus dependentes, o médico ou a autoridade que lhe pres-
tou assistência ou, ainda, o sindicato da categoria do trabalhador podem encaminhar essa 
comunicação.
A comunicação será feita ao INSS por intermédio do formulário CAT preenchido em seis 
vias, destinadas:
1ª- via – à Previdência Social (INSS);
2ª- via – à Empresa;
3ª- via – ao Segurado (o trabalhador) ou dependente;
4ª- via – ao Sindicato de Classe do Trabalhador;
5ª- via – ao Sistema Único de Saúde – SUS;
6ª- via – à Delegacia Regional do Trabalho (DRT) da jurisdição.A CAT pode ser preenchida por meio de formulário específico ou 
pela Internet, no endereço eletrônico: .
Com
unicação de Acidente de Trabalho – CAT 
37
Formulário CAT 
Co
m
un
ic
aç
ão
 d
e 
Ac
id
en
te
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 –
 C
AT
 
38
É possível obter as instruções para o preenchimento da CAT 
na Internet no site: .
Com
unicação de Acidente de Trabalho – CAT 
39
Fluxograma da CAT
De acordo com a Portaria MPAS nº 5 051, de 26 de fevereiro de 1999, seus anexos 
e manuais, disponíveis em: , o fluxograma para a emissão de CAT é definido como segue
Fluxograma da CAT
Segurado se acidenta ou adquire doença do trabalho, e leva ao 
conhecimento da empresa para emissão de CAT (1).
Empresa preenche o 
Quadro I EMITENTE da 
CAT e encaminha ao 
médico.
Serviço médico da 
empresa, próprio, con-
tratado, ou da rede SUS 
examina o acidentado, 
preenche o Quadro II 
ATESTADO MÉDICO.
Empresa ou SUS encami-
nha a CAT ao INSS para 
registro.
INSS emite relatório de 
registro da CAT para infor-
mação à empresa para 
ciência do registro da CAT.
INSS gera relatório para 
acompanhamento do 
setor de fiscalização, após 
caracterizado o acidente e 
constatada a omissão.
Acidentado, sindicato de 
classe, médico assistente 
ou autoridade pública, 
preenche o Quadro I 
EMITENTE da CAT e 
encaminha ao médico.
Serviço médico contra-
tado, ou da rede SUS 
examina o acidentado, 
preenche o Quadro II 
ATESTADO MÉDICO.
O emitente ou SUS enca-
minha a CAT ao INSS para 
registro.
Empresa 
emite CAT
(1) — Emissão da CAT em 6 vias: 1ª- via para o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS; 2ª- via para o emitente; 3ª- via para o segurado 
ou dependente; 4ª- via para o sindicato de classe do trabalhador; 5ª- via para o Sistema Único de Saúde – SUS e 6ª- via para a Delegacia 
Regional do Trabalho.
Sim Não
Co
m
un
ic
aç
ão
 d
e 
Ac
id
en
te
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 –
 C
AT
 
40
Roteiro de Emissão e Registro de Comunicação 
de Acidente de Trabalho – CAT
Trabalhador com Previdência Social 
A Previdência Social é um seguro para todos. É só contribuir para a Previdência 
Social e o segurado tem direito aos benefícios oferecidos pela instituição por meio 
do INSS – Instituto Nacional do Seguro Social. A única coisa que muda são as 
categorias da contribuição. Assim, quem trabalha com carteira assinada automa-
ticamente está filiado à Previdência Social. Autônomos em geral e os que prestam 
serviços temporários podem se inscrever e pagar como contribuinte individual. E 
aqueles que não têm renda própria como estudantes, donas de casa e desempre-
gados podem ser segurados e pagar como contribuinte facultativo.
Trabalhador avulso
Trabalhador que presta serviço a várias empresas, mas é contratado por sin-
dicatos e órgãos gestores de mão de obra. Nesta categoria estão os trabalhadores 
em portos: estivador, carregador, amarrador de embarcações, quem faz limpeza e 
conservação de embarcações e vigia. Na indústria de extração de sal e no ensaca-
mento de cacau e café também há trabalhador avulso.
Contribuinte individual
Nesta categoria estão as pessoas que trabalham por conta própria (autôno-
mos) e os trabalhadores que prestam serviços de natureza eventual a empresas, 
sem vínculo empregatício. São considerados contribuintes individuais, entre outros, 
os sacerdotes, os diretores que recebem remuneração decorrente de atividade em 
empresa urbana ou rural, os síndicos remunerados, os motoristas de táxi, os ven-
dedores ambulantes, as diaristas, os pintores, os eletricistas, os associados de 
cooperativas de trabalho e outros.
Segurado especial
São os trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, 
sem utilização de mão de obra assalariada. Estão incluídos nesta categoria cônju-
ges, companheiros e filhos maiores de 16 anos que trabalham com a família em 
atividade rural. Também são considerados segurados especiais o pescador artesa-
nal e o índio que exerce atividade rural e seus familiares.
Segurado facultativo
Nesta categoria estão todas as pessoas com mais de 16 anos que não têm 
renda própria, mas decidem contribuir para a Previdência Social. Por exemplo: 
donas de casa, estudantes, síndicos de condomínio não-remunerados, desempre-
gados, presidiários não-remunerados e estudantes bolsistas.
Com
unicação de Acidente de Trabalho – CAT 
41
Dia do acidente
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do 
trabalho, a data do início da incapacidade para o exercício da atividade habitual, 
ou o dia da segregação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, 
valendo para este efeito o que ocorrer primeiro.
Caracterização do acidente
O acidente de trabalho pode ser caracterizado:
• Administrativamente, pelo setor de benefício do INSS;
• Tecnicamente, pela perícia médica do INSS, que estabelecerá o nexo de causa 
e efeito entre: o acidente e a lesão; a doença e o trabalho; a causa mortis e o 
acidente.
Auxílio-doença
O auxílio-doença será devido ao segurado que, cumprido o período de carên-
cia exigido pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, ficar incapacitado 
para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 (quinze) dias 
consecutivos. Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da 
atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empre-
gado o seu salário integral.
Para se obter mais informações, acessar o site da Previdência Social: 
.
Atividades
1) O que é CAT e qual a sua importância?
2) Que benefícios tem o trabalhador, mesmo que avulso ou autô-
nomo, que esta vinculado à Previdência Social/INSS?
 O texto a seguir é para as questões 3, 4, 5, 6 e 7.
 João é um funcionário registrado como técnico em manuten-
ção de equipamentos eletrônicos em uma empresa com sede 
em Vila Nova Esperança. O chefe de João passou-lhe uma 
ordem de serviço de manutenção a ser realizada na máquina 
de um cliente, em outro bairro da cidade. Quando João já se 
encontrava executando o trabalho, a firma do cliente foi inva-
dida por um grupo de homens armados, que anunciaram um 
assalto. Na confusão que se seguiu, João foi atingido por uma 
bala perdida. Levado ao pronto-socorro foi dispensado após a 
extração de uma bala na perna direita, com a recomendação 
médica de manter-se afastado do serviço por 15 dias. 
Co
m
un
ic
aç
ão
 d
e 
Ac
id
en
te
 d
e 
Tr
ab
al
ho
 –
 C
AT
 
42
 Com base no texto acima responda:
3) O que ocorreu com João encaixa-se na definição de acidente 
do trabalho? Por quê?
4) João sofreu lesão corporal e/ou perturbação funcional em 
decorrência do acidente?
5) O fato ocorrido é um acidente típico, um acidente de trajeto ou 
uma doença ocupacional?
6) João se enquadra na categoria de segurado especial? 
Justifique?
7) Após o acidente, qual seria o procedimento correto em relação 
à CAT?
8) Nas consequências de acidentes, como são classificados os 
afastamentos? 
9) Após o completo preenchimento, qual a destinação das vias 
da CAT?
10) Defina: contribuinte individual e segurado especial.
11) Perante a Lei, qual a definição de acidente de trabalho?
12) Maria trabalhava numa oficina de costura de segunda a 
sábado como cortadora de moldes. Certo dia, numa sex-
ta-feira, muito preocupada com os problemas domésticos, 
Maria distraiu-se e fez um corte profundo no dedo com a 
tesoura. Depois de medicada no ambulatório da empresa, 
ela foi mandada para casa com um atestado médico que 
a dispensava do trabalho por 2 dias. Identifique o tipo de 
acidente que ocorreu com Maria.
• Acidente sem afastamento.
• Acidente com afastamento e incapacidade temporária.
• Acidente com afastamento e incapacidade parcial e permanente.
• Acidente com afastamento e incapacidade

Mais conteúdos dessa disciplina