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Pincel Atômico - 03/11/2025 12:48:10 1/5 MURILO ROSSI Avaliação Online (SALA EAD) - Todos Capitulos/Referencias Atividade finalizada em 02/11/2025 09:34:51 (5331274 / 1) LEGENDA Resposta correta na questão # Resposta correta - Questão Anulada X Resposta selecionada pelo Aluno Disciplina: OPTATIVA - HISTÓRIA DA CULTURA AFRODESCENDENTES E INDÍGENA [450453] - Avaliação com 10 questões, com o peso total de 50,00 pontos [capítulos - Todos] Turma: Graduação: Educação Física - Bacharelado - Grupo: JUNHO/2022 - EDUBAR/JUN22 [65971] Aluno(a): 91317372 - MURILO ROSSI - Respondeu 9 questões corretas, obtendo um total de 45,00 pontos como nota [370109_45] Questão 001 (IF-SC ADAPTADO) A respeito dos estudos contemporâneos sobre a diáspora africana, avalie as afirmações: I. ressaltam eventos socioculturais e políticos como a luta em prol dos direitos civis dos descendentes africanos norte-americanos e os movimentos antico-loniais na África. II. representam uma inovação historiográfica, ao privilegiar uma visão da histó-ria da África que ultrapassa a simples visão moderna do escravismo ou do imperialismo da era contemporânea. III. revelam aspectos amplos e complexos a respeito da história dos grupos ét-nicos africanos originais e a estrutura de suas relações sociais no continente africano. IV. atribuem a importância do foco na diáspora como uma forma de suscitar o interesse por uma historiografia transnacional que seja capaz de conectar o passado e o presente das populações negras. V. buscam compreender a África na conjuntura transnacional, através de um olhar propriamente afro-centrado, afastando-se da concepção epistemoló-gica tradicional e etnocêntrica. Estão corretas X I, II, IV e V. I e IV. II, III e IV. II, IV e V. I, II e III, [370109_35] Questão 002 (IF-PA/professor de história) “Os negros escravizados procuraram sempre que puderam resistir à opressão a eles imposta no interior dos complexos mundos da escravidão. Buscavam nas diversas formas de enfrentamento [...] conquistar aquilo que concebiam como liberdade” GOMES, Flávio dos Santos. Em torno dos bumerangues: outras histórias de mocambos na Amazônia colonial, IRevista USP, São Paulo (28), Dez-Fev. 1995, p. 41. Com base nos debates historiográficos sobre os mundos da escravidão e a resistência escrava é possível assinalar que X fugitivos escravos buscavam a liberdade até com mocambos em regiões de fronteira. Como hidras renasciam em todo lugar e contavam com a ajuda de cativos nas plantações, vendeiros, índios, vaqueiros, comerciantes, camponeses, soldados e marinheiros numa rede de cooperação e conflito. pesquisas recentes reforçam os quilombos como um dos grandes exemplos do protesto negro. Sua manutenção fundamentava-se no distanciamento geográfico e o isolamento total dos quilombolas, que garantiu por sua vez, a experiência da liberdade, com forte solidariedade entre seus membros. várias foram as experiências de resistência da massa escrava na Amazônia como reação ao sistema opressor, mas os protestos assumiram dimensão política quando do calor e da efervescência das campanhas abolicionistas no século XIX. estudos revelam novos mundos, marcados por dores, lutas e embates cotidianos de africanos e índios. Quando aquilombados, andavam armados, caçavam, “salgavam” carne para comercializar, faziam roças, tijolos, extraiam madeiras etc..., contudo, não amedrontavam as autoridades locais certas que o “fantasma haitiano” não chegou à Amazônia. historiadores ainda defendem que a presença negra foi pouco significativa na economia regional dos séculos XVII e XVIII, fundada predominantemente sobre o trabalho indígena. Afirmam que os africanos não conheciam a região e nem a floresta e, por isso, preferiam-se os índios. Pincel Atômico - 03/11/2025 12:48:10 2/5 [370109_12] Questão 003 Em seu artigo Bahia de todos santos, João José Reis reconta o seguinte acontecimento ocorrido no contexto do século XIX: “Em 1828, um juiz de paz prendeu mulheres, tanto africanas quanto pretas brasileiras, dançando para deuses africanos em Salvador, na freguesia de Brotas. Aquilo representava outro passo largo na formação do candomblé baiano: a incorporação ritual dos negros nascidos do lado de cá do Atlântico. Considerando sua reação, o juiz que invadiu o terreiro se defrontara com algo novo. Em longos e coléricos relatórios ao presidente da província, ele argumentou que a mistura de crioulas (negras brasileiras) e africanas para celebrar deuses d’álem-mar era a ruptura de uma norma comportamental perigosa para a ordem pública; a seu ver, negras nascidas no Brasil deviam ser exclusivamente católicas”. (Reis, João José. Bahia de todos os santos. In: Figueiredo, L (org.) Raízes africanas. Rio de Janeiro: Sabin, 2009.) Já no trecho seguinte, um advogado candomblecista, já no século XXI, relata o seguinte: "Já me recusaram vender flores quando perceberam que seriam usadas em terreiro de candomblé. No transporte público, a pessoa se levanta por não querer ficar sentada do seu lado, se benze. É algo que infelizmente faz parte do cotidiano e que os praticantes de religiões africanas lidam todos os dias no Brasil". Disponível: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160120_intolerancia_religioes_africanas_jp_rm Considerando as informações apresentadas, é correto afirmar: As religiões de matriz africana sofrem muito preconceito atualmente em função do racismo, mas a história nos mostra que nos séculos passados eram bem aceitas pela população em geral. Os comportamentos em relação às religiões afrodescendentes são representativos da valorização e inclusão negra na cidadania. Os comportamentos em relação as religiões afrodescendentes nada dizem sobre o preconceito e discriminação historicamente construídos, eles são representativos da violência pregada por seus praticantes. Apesar das religiões afrodescendentes terem sofrido perseguição no passado, atualmente se verifica um maior conhecimento a respeito dos cultos e consequentemente maior tolerância. X A perseguição sofrida pelas religiões afrodescendentes foi historicamente construída com base em desconhecimento e preconceito, e é verificada até hoje. [370109_37] Questão 004 (Prefeitura de Suzano/SP – Professor de História) A capoeira pode ser vista, da mesma forma que as irmandades religiosas e as reuniões em batuques, como um espaço construído por escravos libertos, africanos e crioulos, para encontros e afirmação de apoio e de solidariedade entre os membros de um mesmo grupo. Esses grupos distintos de capoeiras eram conhecidos por maltas. Eram verdadeiras organizações, marcadas por hierarquias, rituais e símbolos específicos. [...] E os assobios marcavam o movimento dos componentes do grupo, a hora para atacar e o momento de retirada, além de alertarem para o perigo quando da chegada de inimigos ou policiais. Regiane A. de Mattos. História e cultura afro-brasileira De acordo com a autora, dentre as diversas possibilidades de análise, a capoeira pode ser estudada nas aulas de História como sendo um exemplo de reprodução das desigualdades sociais e culturais. superioridade cultural da etnia dos haúça. legitimação da estrutura social racista. uma cultura subdesenvolvida que sobreviveu aos dias atuais. X resistência e oposição ao sistema escravista. [370109_43] Questão 005 Temos, no Brasil, uma grande diversidade cultural e racial. Descendentes de povos africanos e de índios brasileiros, de imigrantes europeus, asiáticos e latino-americanos compõem o cenário brasileiro. Por conta disso, podemos que afirmar que atualmente, o termo “pluralidade cultural” não se aplica ao Brasil por causa da Globalização. X o Brasil é um país dotado de uma ampla “pluralidade cultural”, ou seja, diferentes culturas foram e são produzidas pelos grupos sociais que fazem parte da nossa história. https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160120_intolerancia_religioes_africanas_jp_rm Pincel Atômico - 03/11/2025 12:48:10 3/5 ações racistas e discriminatórias não existem na sociedade brasileira porcausa da grande diversidade cultural e racial do país. a mistura de todas estas raças e etnias não caracteriza a identidade do povo brasileiro. a diversidade cultural e racial não interfere nas formas com que os habitantes do Brasil organizaram sua vida social e política. [370110_6] Questão 006 A Constituição de 1988 reconheceu os direitos indígenas sobre suas terras e estabeleceu os critérios para a sua demarcação: DOS ÍNDIOS Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens. § 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. § 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. § 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. § 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. § 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. § 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa-fé. § 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º. Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Com base nisso, a demarcação X deve levar em consideração os espaços para habitação e reprodução econômica, além da sua importância cultural. é meramente simbólica, uma vez que os povos nativos já possuem a posse de suas terras há anos resguarda. reconhece o direito indígena à terra, limitando-se a identificar os espaços para reprodução econômica e habitação. passou a ser integralmente respeitada, não havendo tentativas no sentido de impedir a posse de terras pelos indígenas. avança no reconhecimento, mas não rompe com as políticas assimilacionistas historicamente instituídas. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Pincel Atômico - 03/11/2025 12:48:10 4/5 [370110_11] Questão 007 O gráfico contém dados extraídos do banco de dados The Transatlantic Slave Trade que se referem à entrada de escravizados africanos no Brasil. Indique a alternativa que pode ser confirmada pelos dados apresentados: Em 1845 se vê uma queda no número de entrada de escravizados em função da promulgação da Lei Eusébio de Queirós que acabou definitivamente com o tráfico. A alta na importação de africanos em 1840 se deve à grande crise econômica vivenciada pelos ingleses, que acabou barateando o preço dos escravizados no cenário internacional. X A queda do número em 1831 se deve à Lei Feijó que tentou proibir o tráfico e o posterior aumento do número se deve a sua ineficácia. A queda expressiva no número de importações de escravizado em 1831 se deve à promulgação do Bill Aberdeen na Inglaterra pressionando para a extinção do tráfico. A grande alta da entrada de africanos entre os anos de 1825 e 1830 se deve à baixa do preço em função da competição com o comércio de escravizados das Antilhas. [370110_10] Questão 008 Observe a tabela: De acordo com a tabela acima, a mudança da região africana com a principal fornecedora de escravizados para o Brasil se deve ao (a): Oferta de preços mais acessíveis por parte das feitorias angolas em função da alta disponibilidade de cativos prisioneiros das constantes Guerras Angolas ocorridas no século XVIII. Grande guerra tribal vivenciada na região da Costa da Mina que interrompeu a oferta de escravizados para o tráfico transatlântico. Pressão inglesa pelo fim do tráfico de escravizados, que fez com que a América Portuguesa buscasse outras regiões africanas para comprar cativos. Modificação do cenário econômico na colônia portuguesa na América que passou a precisar de mão de obra especializada para as fazendas produtoras de café. X Paulatina importância econômica da atividade aurífera nas Minas Gerais no século XVIII, em detrimento da anterior importância das lavouras de cana-de-açúcar do nordeste. Pincel Atômico - 03/11/2025 12:48:10 5/5 [370111_1] Questão 009 G ráfico e tabela 1: Dados demográficos da população indígena no Brasil. Disponível em: http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao De acordo com os dados apresentados acima, podemos afirmar que: X a perda populacional indígena deve ser explicada por diversos fatores desde a desorganização social em função da exploração até às mortes em decorrência das epidemias, fomes e guerras. até 1990, a população indígena sofreu oscilações quanto a sua quantidade se estabilizando em 1991. a perda populacional ocorrida a partir de 1500 foi uma contingência histórica inevitável, fruto do contato com os colonizadores. em função dos contatos em 1500, o que se observa é um ganho populacional indígena tendo em vista as iniciativas de isolamento por parte dos grupos nativos. o extermínio indígena foi fundamentalmente ocasionado em decorrência das epidemias consequentes dos contatos. [370111_6] Questão 010 "Não vimos a Bahia ainda a pouco ameaçada de uma medonha insurreição africana? Não sentimos aqui também os mesmos receios? Nada, nada disto é bastante para desenganar-mos que estamos continuamente com o pé sobre um vulcão" (Diário do Rio de Janeiro, 1/10/1836:1). Tendo em vista o contexto da publicação do Diário do Rio de Janeiro, analise as afirmações a seguir: I- A Insurreição africana a qual se refere o jornal é a Revolta dos Malês, com a participação de africanos islamizados. II – O trecho do jornal demonstra o receio causado por possíveis levantes de escravizados, a exemplo do ocorrido na Bahia. III – O trecho do jornal contradiz a abordagem que transformavam os africanos e descendentes em agentes passivos frente ao violento sistema a qual estavam submetidos. IV – Ao mencionar o levante baiano, o articulista do jornal em questão está referindo-se à importante Revolta de Beckman, que contou com a participação de diversos escravizados. Estão corretas X I, II e III. I apenas. II e III. I e II. II, III e IV. http://www.funai.gov.br/index.php/indios-no-brasil/quem-sao