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1/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Amplificadores Operacionais O amplificador operacional é um dispositivo que pode realizar operações matemáticas como adição, subtração, multiplicação, divisão, diferenciação, integração e logaritmo, além de outras funções como comparação e amplificação. É comum as bibliografias técnicas tratarem esse dispositivo simplesmente por AO. É um circuito complexo composto de inúmeros transistores, diodos e resistores, encapsulado em um Circuito Integrado. Comercialmente, há diversos tipos de circuitos integrados de amplificadores operacionais. Características + VCC – VCC V – V + Vo Fig. 19 – Amplificadores operacionais Apresentação Situação Prática Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Amplificadores Operacionais 2/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Possui duas entradas: inversora (V-) e não inversora (V+); uma saída (Vo); e dois terminais de alimentação (+Vcc, -Vcc). Alguns amplificadores só funcionam com alimentação simétrica. Circuito Equivalente V – V + Ve VoAo • VeZi Zo Fig. 20 – Circuito equivalente Principais especificações: » Entrada diferencial (Ve = V+ - V-) » Impedância de entrada (Zi) » Ganho de tensão (Ao) » Impedância de Saída (Zo) A operação básica é a amplificação da tensão diferencial da entrada: Vo = Ao . (V+ - V-) ou Vo = Ao . Ve 3/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas V G V Fig. 21 – Operação do Amplificador Operacional Especificações 1 – Impedância de entrada (Zi): no amplificador ideal é infinita, garantindo sensibilidade máxima. No amplificador real é extremamente alta, aproximadamente 1 MΩ. 2 – Impedância de saída (Zo): no amplificador ideal é nula, garantindo máximo rendimento em relação ao sinal amplificado. No amplificador real é muito baixa, aproximadamente 75 Ω. 4/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas 3 – Ganho de tensão em malha aberta (Ao): no amplificador ideal é infinito, garantindo amplificação máxima. No amplificador real é muito elevado, na ordem de 100.000. Por maior que seja o valor do ganho, a tensão de saída está limitada à tensão de alimentação do amplificador (+Vsat e -Vsat). Assista agora à videoaula sobre Amplificadores Operacionais – Características. Aplicações Básicas Amplificador Inversor Entrada de sinal ligada ao terminal inversor (V-) por meio de R1. Terminal não inversor (V+) aterrado. Entre os terminais de saída (Vo) e inversor, há um resistor R2 para realimentação. R2 R1Vi Vo Ve I Fig. 22 – Amplificador inversor Apresentação Situação Prática Características Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas 5/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Apresentação Situação Prática Características Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Como a impedância de entrada do amplificador é muito alta, a corrente que flui por R1 é desviada para R2. Aplicando a Lei de Ohm: Vi - Ve = - (Vo - Ve) a - R2 = Vo - Ve R1 R2 R1 Vo - Ve Mas Vo é o resultado da amplificação, portanto: Vo = Ao . Ve a Ve = Vo Ao Como o ganho do Ao é muito elevado, pode-se dizer que Ao é infinito e, sendo assim, Ve = 0. Ajustando a expressão: - R2 = Vo - Ve a - R2 = Vo - 0 a - R2 = Vo R1 Vi - Ve R1 Vi - 0 R1 Vi Pelo fato do posicionamento de R2, a relação Vo e Vi, que reflete a amplificação do Ao, é denominada ganho de tensão em malha fechada, e representada por Av para diferenciar da malha aberta: Av = - R2 R1 O sinal negativo da fórmula representa a inversão de fase que ocorre no sinal de saída em relação ao sinal de entrada. 6/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Amplificador Não Inversor Neste circuito, a tensão de saída estará em fase com a de entrada. A realimentação continua negativa, mas o sinal a ser amplificado é posicionado na entrada não inversora: R2 R1 Vi Vo Fig. 23 – Amplificador não inversor As mesmas considerações do amplificador inversor valem para o amplificador não inversor, para obtenção do ganho com realimentação Av (ou Avf) = VS / Ve: Ve = R1 . I1 e VS = (R1 + R2) . I1 Avf = VS/Ve = (R1 + R2) . I1/R1 . I1 = (R1 + R2)/R1 Avf = R1 + R2 = 1 + R2 R1 R1 Buffer Este circuito tem ganho igual a 1 e é utilizado principalmente para acoplamento de uma carga de baixa resistência a um circuito de alta resistência (impedância): 7/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas RL Rof VS + VCC - VCCVe Rif Fig. 24 – Circuito buffer Como exemplo, podemos demonstrar a transferência de tensão de uma fonte para uma carga, mas que por diversos fatores adversos pode apresentar uma resistência entre fonte e carga: 8/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas RS 10K RL12 V DCV 1.09 1K Fig. 25 – Transferência de tensão Utilizando um amplificador operacional, configurado como buffer, a tensão será totalmente transferida para a carga: 9/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas DCV 12.00 RL12 V 10 K 1K - VCC + VCC Fig. 26 – Transferência de tensão para carga Assista agora à videoaula sobre Amplificadores Operacionais – Aplicações Básicas. Características de um AO Real Diversas características podem divergir da teoria quando aplicados na prática. Algumas serão observadas apenas em determinadas aplicações, e podem não influenciar na maioria das aplicações. Contudo, é importante conhecer as situações em que o AO não se comporta como ideal. Ganho de Tensão e Largura de Faixa Na prática o ganho de tensão e a largura de faixa não são infinitos. O ganho de tensão diminui com o aumento da frequência. Veja a curva de resposta em frequência em malha aberta de um AO típico: 10/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas 100000 100.00 80.00 60.00 40.00 20.00 1.00 0 G an ho (d B ) 10000 1000 100 10 1 10.00 100.00 1.00K 10.00K 100.00K 1.00M - 20dB/década Fig. 27 – Frequência em malha aberta No gráfico existem duas escalas, sendo uma em dB e a outra relacionando a tensão de saída com a de entrada (Vs/Ve), existindo uma relação entre elas: Ganho (dB) = 20 . log Vs/Ve Slew Rate (Taxa de Inclinação) Para compreendermos o significado do Slew Rate, vamos considerar o circuito buffer, alimentado por alguns pulsos, e observando as saídas ideal e real: 11/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas + VCC – VCC VS Ve Fig. 28 – Circuito Buffer 12/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Ve VS 4 V t 2 V 3µs 3µs 2µs 2µs 1µs 4 V 2 V 4 V 2 V VS t t Fig. 29 – Slew Rate (Taxa de inclinação) O Slew Rate ou taxa de inclinação é a máxima taxa de variação da tensão de saída com o tempo: SR = ΔVs/Δt 13/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas No gráfico anterior, o AO tem um slew rate de: SR= 2 V / 1 μs, que é a inclinação da tensão de saída. Isso significa que a tensão de saída não pode variar mais rapidamente do que 2 V a cada 1 μs. Curva Característica de Transferência Em qualquer amplificador o gráfico que relaciona saída (VS) e entrada (Ve) chama-se curva característica de transferência. Desta forma, pode-se observar qual será o comportamento da saída em determinados valores aplicados à entrada do AO, demonstrando a aplicação da configuração escolhida. VS (V) Vi (mV) 10 V - 0,1 mV - 0,1 mV - 10 V Ideal Real Fig. 30 – Curva característica de transferência Assista agora à videoaula sobre Amplificadores Operacionais – Características de um AO Real. 14/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Aplicações Lineares Nestas aplicações, a configuração do AO utiliza-se de uma realimentação do sinal de saída para a entrada, por meio de um resistor Rf. São basicamente aplicações que realizam operações aritméticas entre os diversos sinais das entradas. Amplificador Somador Inversor É um circuito derivado do amplificador inversor, mas contendo mais de uma entrada, cujo objetivo é a soma destes valores. O resultado, além de considerar a soma dos valores das entradas, tem sinal invertido. VS Rf R1 R2 R3 Ve3 Ve2 Ve1 If I1 I2 I3 +VCC -VCC Fig. 31 – Amplificador somador inversor 15/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas I1 = Ve1/R1, I2 = Ve2/R2, I3 = Ve3/R3 como VS = - Rf . If VS = - Rf . (Ve1/R1 + Ve2/R2 + Ve3/R3) A tensão de saída é uma combinação linear das entradas. Se fizermos R1 = R2 = R3 = R: VS = - Rf/R . (Ve1 + Ve2 + Ve3) E se Rf = R: VS = - (Ve1 + Ve2 + Ve3) Amplificador Subtrator de Tensão O objetivo desta configuração é a subtração dos sinais de entrada, que têm os mesmos ganhos, nas entradas inversora e não inversora. 16/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VS V1 R1 R2 R3 R4 V2 Fig. 32 – Amplificador subtrator de tensão Vo = R4 . V2 - R2 . V1 R3 R1 Caso R4/R3 = R2/R1, então: Vo = R2 . (V2 - V1) R1 E caso R1 = R2 = R3 = R4: Vo = V2 - V1 17/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Amplificador Integrador Neste circuito, a realimentação se dá por um capacitor ao invés de um resistor. O resultado é a adição de uma integral à equação matemática da configuração. VS - VCC + VCC R C Ve VC Fig. 33 – Amplificador integrador VS = - 1 . ∫ Vedt R . C A tensão de saída é proporcional à integral da tensão de entrada. 18/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Se a entrada for uma tensão constante positiva, a saída será uma rampa descendente, e se for uma tensão negativa, será uma rampa ascendente: VSVS Ve Ve t t t t Fig. 34 – Tensões de entrada e saída no amplificador integrador Amplificador Diferenciador O circuito é semelhante à configuração anterior, mas trocadas as posições do resistor de entrada e o capacitor da realimentação. O resultado é uma saída proporcional à derivada do sinal de entrada: 19/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VS - VCC + VCC R C Ve Fig. 35 – Amplificador diferenciador VS = - R . C . dVe dt Se a entrada for uma tensão constante, a saída será nula, pois a derivada de uma constante é zero. Se a entrada for uma rampa, a saída será constante. Se a rampa tiver inclinação positiva, a saída será negativa. E se a inclinação for negativa, a saída será constante e positiva. Assista agora à videoaula sobre Amplificadores Operacionais – Aplicações Lineares. 20/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Aplicações Não Lineares Nestas aplicações não é utilizada como base a realimentação do sinal de saída para o sinal de entrada, mas o par diferencial das duas entradas do AO. As saídas basicamente terão valores de saturação, positivos ou negativos, e não variam linearmente de acordo com os valores de entradas. Comparador de Zero Não Inversor A entrada negativa é aterrada e, assim, todos os valores aplicados à entrada positiva serão comparados à 0. VS VS +VSat -VSat Ve Ve1V- 1V Fig. 36 – Comparador de zero não inversor 21/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VS VS +VSat -VSat Ve Ve1V- 1V Fig. 37 – Comportamento do comparador de zero Quando a tensão de entrada passar por zero, a saída muda de +Vsat para –Vsat, ou vice- versa. Comparador de Zero Inversor A aplicação é idêntica à anterior, mas agora a entrada positiva é aterrada, e a entrada negativa recebe o sinal de entrada. Assim, a saída terá comportamento inverso ao circuito anterior. 22/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VS VS +VSat -VSat -VCC +VCC Ve Ve Fig. 38 – Comparador de zero inversor Quando a tensão de entrada passar por zero, a saída muda de +Vsat para –Vsat, ou vice- versa. VS VS +VSat -VSat -VCC +VCC Ve Ve Fig. 39 – Comportamento do comparador de zero inversor 23/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Comparador de Zero Inversor com Histerese A saída do AO pode ficar oscilando em +Vsat e –Vsat, caso haja uma variação na entrada em torno de um limiar que mude o estado da saída. Por causa do alto ganho dos comparadores, são sensíveis a ruídos quando a entrada estiver passando por 0. Assim, a aplicação com histerese propicia uma tolerância de variação no valor de entrada para que a saída mude de estado. VS VS -VCC 10K R2 1K R1 +VCC Ve Ve V1V2 Fig. 40 – Comparador de zero inversor com histerese 24/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VS VS -VCC 10K R2 1K R1 +VCC Ve Ve V1V2 Fig. 41 – Comportamento do Comparador de zero inversor com histerese Para mudar de +Vsat para –Vsat, o sinal tem de ser maior que V1. E para mudar de –Vsat para +Vsat, o sinal tem que ser menor que V2. V1 = + R1 . Vsat R1 + R2 V2 = - R1 . Vsat R1 + R2 25/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Comparador de Nível A tensão de entrada é comparada a uma tensão de referência em vez de terra. VS -VCC 10K R2 4V VR +VCC Ve VS (V) VR0 Ve (V) Fig. 42 – Comparador de nível VS -VCC 10K R2 4V VR +VCC Ve VS (V) VR0 Ve (V) Fig. 43 – Comportamento do Comparador de nível 26/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas Comparador de Janela Esta aplicação utiliza-se de dois AOs para estabelecer uma faixa de valores para que a saída permaneça em determinada condição. Uma tensão negativa ou nula na saída é estabelecida quando a entrada estiver dentro de uma determinada faixa de valores, e uma saída positiva quando fora da faixa: RL D1 D1 Ve VR1 VR2 VS +VCC +VCC AO1 AO2 Fig. 44 – Comparador de janela 27/33 Apresentação Situação Prática Amplificadores Operacionais Resolução da Situação Prática Referências Bibliográficas VR1 e VR2 determinam a faixa de valores. Considerando VR2 maior que VR1, obtemos as seguintes probabilidades: Ve > VR2. A saída do AO2 é +VCCe, portanto D2 conduz. A saída do AOI é -VCC, portanto D1 estará polarizado reversamente, VS = +VCC. VR1 . Acesso em: 20 abr. 2018. CRUZ, Eduardo. CHOUERI, Salomão. Eletrônica Aplicada. 2.ed. São Paulo: Érica, 2014. ELECTROLAB. AO Diferenciador e Integrador. Youtube, 2016. Disponível em: . Acesso em 20 abr. 2018. MARKUS, Otávio. Sistemas Analógicos: circuitos com diodos e transistores. 8.ed. São Paulo: Érica, 2014. ME SALVA! O Amplificador Operacional – Introdução. Youtube, 2014. Disponível em: . Acesso em: 20 abr. 2018. Se você ficou com alguma dúvida, acesse o Fale Conosco e pergunte a um especialista, mencionando o assunto: Amplificadores Operacionais.