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PROGRAMA DE
GRADUAÇÃO
EM DIREITO
PROFª. ME SYLVIA DE PAULA SORIANO
TEORIA GERAL DO CRIME
TEMPO DO CRIME
Art. 4º - Considera-se praticado o crime no
momento da ação ou omissão, ainda que
outro seja o momento do resultado.
• A lei em si já sintetiza a teoria adotada pelo
Código Penal, que é a da atividade.
Exemplo: Vítima atingida por disparo de arma de
fogo vem a falecer dois dias após o fato,
considera-se praticado o crime no momento em
que a vítima foi atingida e não no momento em
que faleceu.
“A” com 17 anos e 11 meses e 28 dias
desfere uma faca em “B”
5 dias depois
“B” morre
“A” completou a maioridade
penal – 18 anos
“A” não poderá será processado ou punido pela Justiça
Penal, pois no momento em que praticou a conduta, ou
seja a facada em “B”, era inimputável perante o direito
penal.
O menor de idade pego em flagrante de ato infracional será
encaminhado à autoridade policial competente.
A pessoa imputável será assim considerada a apta a ser responsabilizada
pelo crime cometido. Em sentido contrário, a pessoa inimputável será o
agente que não compreende a ilicitude de sua conduta – em razão de
doença mental ou desenvolvimento mental incompleto, por exemplo – de
modo que não será punido.
TERRITORIALIDADE ART. 5º, CP
• Como regra geral, como expressão da
soberania, no Brasil se adota o princípio da
territorialidade.
• Independentemente da nacionalidade do autor
e da vítima do delito, aplica-se a lei brasileira ao
crime praticado no território nacional.
• Para efeitos penais, o §1.º do art. 5.º do CP
estabelece como extensão do território nacional
as embarcações ou aeronaves brasileiras nas
seguintes condições:
• § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos
crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil
Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de
convenções, tratados e regras de direito internacional, ao
crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão
do território nacional as embarcações e aeronaves
brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as
aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
 § 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações
estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas
em pouso no território nacional ou em vôo no espaço aéreo
correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.
EXTRATERRITORIALIDADE
• Este dispositivo descreve situações em que a lei brasileira se
aplica a fatos que não foram praticados dentro do território
nacional, mas que ainda assim o Brasil se reserva o direito de
julgá-los.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no
estrangeiro:
I - os crimes:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal,
de Estado, de Território, de Município, de empresa pública,
sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo
Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no
Brasil;
II - os crimes:
a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir;
b) praticados por brasileiro;
c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes
ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não
sejam julgados.
§ 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira,
ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
§ 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do
concurso das seguintes condições:
a) entrar o agente no território nacional;
b) ser o fato punível também no país em que foi praticado;
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a
extradição;
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a
pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não
estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável.
§ 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro
contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no
parágrafo anterior:
a) não foi pedida ou foi negada a extradição;
 b) houve requisição do Ministro da Justiça.
IMUNIDADES
• Imunidades não se confundem com privilégios.
• São prerrogativas.
• O certo é dizer foro por prerrogativa de função e
não foro privilegiado, pois a imunidade é uma
prerrogativa do cargo.
EXCEÇÃO AO
PRINCIPIO DA
TERRITORIALIDADE.
TERRITORIALIDADE TEMPERADA
PRIVILÉGIO PRERROGATIVA
Exceção da lei comum
deduzida da situação de
superioridade das pessoas que
as desfrutam.
Conjunto de precaução que
rodeiam a função e que
servem para o exercício desta.
É subjetivo e anterior a lei É objetiva e deriva da lei
Tem uma essência pessoal É anexa a qualidade do
cargo
É poder frente a lei É conduto para que a lei se
cumpra
Extradição, Deportação e Expulsão 
São instrumentos jurídicos utilizados pelo estado soberano
no qual consiste em enviar uma pessoa que se encontra
refugiada em seu território a outro estado estrangeiro.
A EXTRADIÇÃO 
É um ato de cooperação internacional que consiste na
entrega de uma pessoa, acusada ou condenada por um ou
mais crimes, ao país que a reclama. É importante ressaltar
que o da extradição exige decretação ou condenação de
pena privativa de liberdade.
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - Art. 5º
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
em caso de crime comum, praticado antes da naturalização,
ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins, na forma da lei;
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
político ou de opinião;
EXPULSÃO
Aplicável ao estrangeiro que de qualquer forma atentar
contra a segurança nacional, a ordem política ou social, a
tranquilidade ou moralidade pública e a economia popular,
ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos
interesses nacionais.
Prevista também na Lei de Migração, a expulsão é uma
medida administrativa de retirada compulsória de migrante
ou visitante do território brasileiro e impedimento de
reingresso no país, por prazo determinado. O que pode dar
causa à expulsão é a condenação por genocídio ou por
crimes contra a humanidade, de guerra ou de agressão,
bem como a prática de crime doloso, quando há a intenção,
passível de prisão.
Lei nº 13.445/2017 – Lei de Migração
Seção IV
Da Expulsão
Art. 54. A expulsão consiste em medida administrativa de
retirada compulsória de migrante ou visitante do território
nacional, conjugada com o impedimento de reingresso por
prazo determinado.
§ 1º Poderá dar causa à expulsão a condenação com sentença
transitada em julgado relativa à prática de:
I - crime de genocídio, crime contra a humanidade, crime de
guerra ou crime de agressão, nos termos definidos pelo Estatuto
de Roma do Tribunal Penal Internacional, de 1998, promulgado
pelo Decreto nº 4.388, de 25 de setembro de 2002 ; ou
II - crime comum doloso passível de pena privativa de liberdade,
consideradas a gravidade e as possibilidades de ressocialização
em território nacional.
DEPORTAÇÃO
A deportação é a devolução compulsória,
ao Estado de sua nacionalidade ou
procedência, de um estrangeiro que entra
ou permanece irregularmente no
território de outro Estado.
A deportação, prevista na Lei 13.445/2017, conhecida
como Lei de Migração, consiste na retirada
compulsória de pessoa em situação migratória
irregular no país. 
Lei nº 13.445/2017 – Lei de Migração
Capítulo V
Das Medidas de Retirada Compulsória
Seção III
Da Deportação
Art. 50. A deportaçãoé medida decorrente de procedimento
administrativo que consiste na retirada compulsória de pessoa
que se encontre em situação migratória irregular em território
nacional.
§ 1º A deportação será precedida de notificação pessoal ao
deportando, da qual constem, expressamente, as
irregularidades verificadas e prazo para a regularização não
inferior a 60 (sessenta) dias, podendo ser prorrogado, por igual
período, por despacho fundamentado e mediante compromisso
de a pessoa manter atualizadas suas informações domiciliares.

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