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Aparelhos e produção de raios X
Aparelhos de raios X são equipametos responsáveis pela produção dos raios X, não possuem nenhum material radiotivo e somente produzirão raios X conectados a rede elétrica. São constituídos por base, corpo, braço articular e cabeçote. O corpo possui, ainda, autotransformador, estabilizador de voltagem, lâmpada piloto, dispositivo sonoro, seletor de tempo e deflagrador. O cabeçote é um componente blindado aonde é colocado a ampola de raios X.
Elementos essenciais para a produção de raios X: gerador de elétrons, acelerador de elétrons, alvo ou anteparo e vácuo.
A produção de raios X se dá quando elétrons são acelerados por uma diferença de potencial em meio rarefeito e adquirem energia cinética e, quando freados bruscamente contra um anteparo, essa energia é transformada em calor (mais de 99%) e em raios X (menos de 1%).
O cabeçote é constituído por uma ampola de raios X, transformador de alta tensão e de baixa tensão, óleo, câmara de expansão, janela, filtro de alumínio, diafragma de chumbo, colimador e cilindro localizador.
O cátodo é o polo negativo, é um refletor côncavo de molibdênio que contém um filamento de tungstênio. O ânodo é o polo negativo, é uma área focal de tungstênio incrustada na haste de cobre com angulação de 20 graus com a vertical (Efeito Benson); radiador de aletas. Os requisitos para a área focal, isto é, o ânodo, é que tenha um alto número atômico, alto ponto de fusão e seja um bom condutor de calor, por isso é usado o tungstênio, já que o cobre possui baixo ponto de fusão para tal função.
O Efeito Benson, ou princípio do foco linear, ocorre com a inclinação de 20 graus da área focal em relação ao plano vertical, proporcionando uma área efetiva quadrangular de uma projeção focal retangular.
Na ampola, está o transformador de alta tensão com a finalidade de promover o campo elétrico para a aceleração dos elétrons (ele é o acelerador de elétrons) e o transformador de baixa tensão, que vai fornecer os elétrons através do aquecimento do filamento de tungstênio do cátodo (ele é a fonte geradora de elétrons).
O transformador de alta tensão relaciona-se ao kVp. Quanto maior a quilovoltagem do aparelho de raios X, maior é a qualidade dos raios X produzidos. Qualidade é o poder de penetração na matéria.
O transformação de baixa tensão relaciona-se ao mA. Quanto maior a miliamperagem do aparelho de raios X maior é a quantidade de raios X produzidos.
O filtro de alumínio absorve os raios X de alto comprimento de onda e baixo poder de penetração.
O diafragma de chumbo elimina os raios X mais divergentes, eitando que a área de incidênccia no paciente ultrapasse o diâmetro de 6 cm.
O colimador direciona o feixe de radiação aproveitando os feixes menos divergentes, sendo que o colimador retangular reduz ainda mais a área de tecido exposta sem necessidade.
Radiação é a emissão e transmissão de energia através do espaço e da matéria, sendo ela de dois tipos: radiações corpusculares que possuem massa e carga, pois componentes subatômicos do átomo ou núcleos atômicos deslocam-se em alta velocidade; radiações eletromagnéticas, cuja energia movimenta-se através do espaço-matéria por campos elétricos e magnéticos, não havendo transporte de massa.
Frenquência é o número de ondas na unidade de tempo e lâmbida é o comprimento de cada onda. Quanto menor o comprimento de onda, maior é a frequência e maior é o poder de penetração através da matéria. Raios X são ondas eletromagnéticas (componete vertical é o campo elétrico e componente horizontal é magnético) de lâmbida muito curto.
Raios X são ondas eletromagnéticas que surgem da colisão de raios catódicos contra anteparos duros. Assim como a luz visível, caminham em linha reta, possuem a mesma velocidade que a luz no vácuo, são divergentes, não são desviados por campo elétrico nem magnético e podem sensibilizar chapas fotográficas.
Propriedades particulares dos raios X: é invisível; pode penetrar em corpos opacos; não sofrem reflexão e refração; produz ionização nos sistemas biológicos, alterando o metabolismo celular, mitose e produzindo quebras cromossômicas; produz fluorescência e fosforescência em várias substâncias.
Tipos de radiografias
Intrabucais: periapicais, interproximais e oclusais.
Extrabucais: panorâmica e telerradiografia.
Pré-requisitos das tecnicas radiográficas: aparelho radiográfico, filmes radiográficos, processamento radiográfico e tecnologia digital ou convencional.
Técnicas radiográficas intrabucais
Quanto menor o tamanho da área focal, menor será a penumbra. Quanto mais afastada estiver a fonte do objeto e superfície de registro, mais fiel será a imagem, aproximando-se do tamanho do objeto. O objeto deverá estar mais próximo ao filme e paralelo a ele. Os raios X centrais devem ser perpendiculares ao objeto e ao filme. A direção dos raios X deverá ser perpendicular a bissetriz do ângulo formado pelo longo eixo do dente e do filme, incluindo a região periápice.
Técnicas intrabucais: periapical, interproximal e oclusal.
Técnica peri (ao redor) + apical (ápice, final da raiz do dente):
Essa técnica tem indicações para ver: fraturas radiculares; anomalias radiculares; tamanho, forma e número das raízes e dos condutos radiculares; dentes inclusos e sua posição intra-óssea; relação das raízes com os seios maxilares; relação das raízes com o canal mandibular; relação do germe permanente com o dente temporário; cronologia de erupção; reabsorções radiculares; periapicopatia; entre outras.
Pode ser feita com duas técnicas diferentes, a da bissetriz e a do paralelismo. Segundo a lei de Cieszynski, 1907, devemos orientar o feixe de raios X perpendicularmente ao plano da bissetriz formado entre o longo eixo do dente e do filme.
Para realizar a técnica da bissetriz, deve-se estar atento ao posicionamento da cabeça do paciente, do filme, assim como a manutenção do mesmo dentro da cavidade oral do paciente, além da angulação vertical e horizontal com base em pontos de referência.
Para a maxila, ao posicionamento da cabeça do paciente deve ser feito de modo que a linha de trágus a asa do nariz fique paralela ao solo (na horizontal) e o plano sagital mediano, o PMS, fique perpendicular ao solo. Na mandíbula, a linha do ponto de trágus a comissura labial deverá ficar paralela ao solo e o PMS também perpendicular ao solo.
O posicionamento do filme deve ser feito de modo que o lado de exposição fique voltado para o feixe de raio X, o picote voltado para a face oclusal ou incisal e a borda superior ou inferior do filme ultrapasse a face oclusao ou incisal de 2 a 3 mm. Nos dentes anteriores o filme deverá ficar na vertical e os dentes posteriores na horizontal.
Para a manutenção do filme na boca, na maxila usa-se o dedo polegar da mão oposta aquele que será radiografado e na mandíbula usa-se o dedo indicador da mão do lado oposto ao examinado.
O ângulo vertical pode ser positivo (maxila) ou negativo (mandíbula) e o ângulo horizontal relaciona-se ao PSM, com o movimento horizontal do cabeçote de modo que o feixe de raios X passe entre as faces de contato dos dentes.
Na técnica do paralelismo ou cone longo, a posição da cabeça do paciente é idêntica da bissetriz. Utiliza-se porta-filmes ou posicionadores, de forma que o ângulo vertical, horizontal e ponto de referência é fornecido pelo anel localizador. O número de filmes para uma boca completa é de 16 e a distância foco-filme é de cerca de 40 cm.
Comparando as duas técnicas descritas, pode-se dizer que as vantagens da bissetriz são o posicionamento do filme confortável e uma imagem real se as angulações forem estimadas corretamente. Já o paralelismo aponta mais vantagens: pode-se ver os níveis ósseos periodontais detalhados, ela permite a detecção de cárie interproximal, o posicionamento não depende diretamente da posição da cabeça do paciente, além de ser simples e rápido.
Técnica interproximal:
É indicada para visualização de lesão cariosa nas faces interproximais e oclusal, reabsorção
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