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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA NATUREZA DEPARTAMENTO DE FÍSICA FÍSICA EXPERIMENTAL I YANN MARTINS DE SOUSA 20190053217 ONDAS ESTACIONÁRIAS EM CORDAS JOÃO PESSOA – PB 2021 SUMÁRIO 1. OBJETIVO 1.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS 2. MATERIAIS UTILIZADOS 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 4. RESULTADOS 5. QUESTÕES 6. CONCLUSÃO 1. OBJETIVO Neste relatório será explicado como funcionou o experimento de ondas estacionárias em cordas, feito na aula presencial na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na disciplina de Física Experimental I, com o professor Jésus Pavon. Com o objetivo de relatar um estudo da propagação de ondas estacionários em cordas, proporcionados por um gerador de ondas. 1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Estudar a propagação de ondas numa corda e o estabelecimento de ondas estacionárias; - Determinar a densidade linear de massa de um cordão. 2. MATERIAIS UTILIZADOS a) Trena; b) Cordões; c) Pesos (massas); d) Gerador de ondas; e) Roldana. 3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL O experimento foi iniciado com a instalação da roldana na mesa em que efetuaríamos o próprio, em seguida nos foi disponibilizado uma caixa, com os materiais necessários para efetuar o experimento, no qual consistia em dois cordões, um verde e um vermelho e uma trena. Com essa caixa veio informações sobre os cordões, como a sua massa, e com a trena medimos o comprimento de cada um dos cordões, em seguida, colocamos o primeiro cordão no gerador de ondas e o prendemos com um nó, no entanto, antes disso foi pego o comprimento de ambos os cordões, o cordão verde possui 2,16 centímetros, enquanto o cordão vermelho possui 2,62 centímetros. Com isso prendemos os pesos (massa), no cordão, para deixa-lo tensionado e, simultaneamente, enquanto o gerador de ondas emitia as ondas pelo cordão, para visualizar cada onda aparente, era necessária uma certa distância, no qual nós iriamos movendo o gerador de energia de posição, até que a onda ficasse bem visível, os pesos consistiam nas seguintes grama; o primeiro peso tinha o peso de 60 gramas, enquanto os subsequentes possuíam cada um 50 gramas, podendo somar até um total de 240 gramas. Este procedimento foi repetido para o segundo cordão (vermelho), constando na mudança das posições do gerador de energia, e assim no comprimento de cada onda. 4. RESULTADOS Tabela 1 – Especificações dos cordões utilizados CORDÃO 1 CORDÃO 2 m = 0,67g±0,01 g m = 1,16g±0,01 g L = 218,00cm±0,05 cm L = 190,00cm±0,05 cm a. Densidade linear da massa Aplicando a equação 1 para o cordão 1: μ = 0,67 218,00 = 0,003 𝑔/𝑐𝑚 Para o cordão 2, temos: μ = 1,16 190,00 = 0,006 𝑔/𝑐𝑚 Calculando a incerteza pela teoria de propagação de erros: Visto que o comprimento e a massa do cordão só foram medidos uma única vez, utiliza-se o erro estatístico de cada instrumento utilizado. Para a trena: 𝛥𝑥𝑒 = 0,05 𝑐𝑚 Para a balança: 𝛥𝑥𝑒 = 0,01 𝑔 Utilizando a equação 2, encontra-se a seguinte incerteza da densidade linear para o cordão 1: Fazendo o mesmo procedimento para o cordão 2, obtém-se o seguinte: b. Comprimento de onda para cada modo Para calcular o comprimento de onda para cada modo, utiliza-se a seguinte equação: Calculando a incerteza pela teoria de propagação de erros: Esse cálculo é feito para cada modo (n) e para cada cordão (1 e 2). Para n = 1: Para n = 2 Para n = 3 Os valores calculados foram alocados nas tabelas abaixo: Tabela 2 – Comprimento (L) e λn (m) do cordão 1 CORDÃO 1 Massa = 60g Massa = 110g Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) n=1 0,2650 ± 0,0005 m 0,5300 ± 0,001 n=1 0,3500 ± 0,0005 m 0,7000 ± 0,001 n=2 0,5100 ± 0,0005 m 0,5100 ± 0,0005 n=2 0,7200 ± 0,0005 m 0,7200 ± 0,0005 n=3 0,7950 ± 0,0005 m 0,5300 ± 0,0003 n=3 1,0700 ± 0,0005 m 0,7133 ± 0,0003 Tabela 3 – Comprimento (L) e λn (m) do cordão 1 Tabela 4 – Comprimento (L) e λn (m) do cordão 2 CORDÃO 2 Massa = 60g Massa = 110g Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) n=1 0,1300 ± 0,0005 m 0,2600 ± 0,001 n=1 0,1750 ± 0,0005 m 0,3500 ± 0,001 n=2 0,2650 ± 0,0005 m 0,2650 ± 0,0005 n=2 0,3600 ± 0,0005 m 0,3600 ± 0,0005 n=3 0,4000 ± 0,0005 m 0,2667 ± 0,0003 n=3 1,5350 ± 0,0005 m 1,0233 ± 0,0003 Tabela 5 – Comprimento (L) e λn (m) do cordão 2 c. Tensão de cada massa e comprimento de onda médio Para realizar o cálculo da tensão, foi usada a equação 3 para as quatro massas diferentes. Já o comprimento de onda médio, utilizou-se os valores de λn adquiridos na tabela 1 e 2, e calculou-se as médias para cada massa. Os valores obtidos seguem abaixo na tabela 3. Adotou-se g = 9,78 m/s² CORDÃO 1 Massa = 160g Massa = 210g Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) n=1 0,4400 ± 0,0005 m 0,8800 ± 0,001 n=1 0,4800 ± 0,0005 m 0,9600 ± 0,001 n=2 0,8700 ± 0,0005 m 0,8700 ± 0,0005 n=2 0,9900 ± 0,0005 m 0,9900 ± 0,0005 n=3 1,0700 ± 0,0005 m 0,8467 ± 0,0003 n=3 1,4400 ± 0,0005 m 0,9600 ± 0,0003 CORDÃO 2 Massa = 160g Massa = 210g Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) Modo L (m) ± 0,0005 m λn (m) n=1 0,2150 ± 0,0005 m 0,4300 ± 0,001 n=1 0,2450 ± 0,0005 m 0,4900 ± 0,001 n=2 0,4300 ± 0,0005 m 0,4300 ± 0,0005 n=2 0,4900 ± 0,0005 m 0,4900 ± 0,0005 n=3 0,6450 ± 0,0005 m 0,4300 ± 0,0003 n=3 0,7400 ± 0,0005 m 0,4933 ± 0,0003 Considerando que a incerteza da medida da massa é 1g, a incerteza da tensão pode ser calculada com a equação abaixo: ∆T = ∆m ∙ g ∆T = 0,01 ∙ 9,78 = 0,0978 N Tabela 6 – Comprimento da onda médio e tensão d. Gráfico de λ em função da tensão em papel di-log Para plotar os gráficos di-log, utilizou-se a equação 6 para a linearização transformando-a na equação 7, como mostra abaixo: Onde log T = x e log λ = y, assim, construiu-se a tabela 7 para a organização dos valores obtidos. E em seguida os gráficos 1 e 2 com o ajuste linear. Tabela 7 – log T e log λ tensão da corda e comprimento de onda médio CORDÃO 1 CORDÃO 2 Massas T (N) λ̅ (m) Log T Log λ T (N) λ̅ (m) Log T Log λ m = 60g 0,5868 0,5233 -0,2315 -0,2812 0,5868 0,2639 -0,2315 -0,5786 m = 110g 1,0758 0,7111 0,0317 -0,1481 1,0758 0,5778 0,0317 -0,2382 m = 160g 1,5648 0,8656 0,1945 -0,0627 1,5648 0,4300 0,1945 -0,3665 m = 210g 2,0538 0,9700 0,3126 -0,0132 2,0538 0,4911 0,3126 -0,3088 CORDÃO 1 CORDÃO 2 Massas T (N) λ̅ (m) T (N) λ̅ (m) m = 60g 0,5868 ± 0,0978 0,5233 0,5868 ± 0,0978 0,2639 m = 110g 1,0758 ± 0,0978 0,7111 1,0758 ± 0,0978 0,5778 m = 160g 1,5648 ± 0,0978 0,8656 1,5648 ± 0,0978 0,4300 m = 210g 2,0538 ± 0,0978 0,9700 2,0538 ± 0,0978 0,4911 d. Cálculo das incertezas a partir do ajuste da reta Para o cálculo das incertezas a partir do ajuste da reta, foi utilizado o método de mínimos quadrados. Sendo assim, as seguintes equações foram usadas: Coeficiente angular: Coeficiente Linear: Incerteza do coeficiente angular: Incerteza do coeficiente linear: Os valores obtidos por essas equações foram organizados nas tabelas 8 e 9 tanto para o cordão 1, tanto para o cordão 2, respectivamente. log λ x log T cordão 1 log λ x log T cordão 2 Tabela 8 – Resultados calculados das incertezas da medida do cordão 2 Tabela 9 – Resultados calculados das incertezas da medida do cordão2 e. Relação das equações Para melhor comparação de resultados, foi ajustada a equação 6 com a seguinte relação: Assim, obteve-se os seguintes valores: CORDÃO 1 Log T = x Log λ = y x*y x^2 -0,2315 -0,2812 0,0651 0,0536 0,0317 -0,1481 -0,0047 0,0010 0,1945 -0,0627 -0,0122 0,0378 0,3126 -0,0132 -0,0041 0,0977 Soma 0,3072 -0,5052 0,0441 0,1901 a b a b 0,4978 -0,1645 CORDÃO 2 Log T = x Log λ = y x*y x^2 -0,2315 -0,5786 0,1339 0,0536 0,0317 -0,2382 -0,0076 0,0010 0,1945 -0,3665 -0,0713 0,0378 0,3126 -0,3088 -0,0965 0,0977 Soma 0,3072 -1,4922 -0,0414 0,1901 a b a b 0,7243 0,4042 -0,3741 0,0528 0,0100 A partir desses valores, pôde-se observar que o valor de b = 1 2 é referente ao valor de a nas tabelas 9 e 10. Assim, comparando os valores, percebeu-se que o resultado deu aproximadamente igual com o esperado teoricamente no experimento realizado. Cordão 1 a = 0,4978, o esperado era b = 0,5. Cordão 2 a = 0,4042, o esperado era b = 0,5. Já comparando k, manipulou-se a equação 14 para obter seu resultado para cada cordão, como mostra abaixo: A equação 15 é utilizada para descobrir μ (densidade linear). A frequência utilizada foi de f = 120Hz Comparando esses valores de μ com os do item a dessa seção de resultados, observa- se que existe um erro experimental entre eles. Vale ressaltar que esses existem diversos fatores que influenciam no experimento em si, assim, já se espera uma margem de erro. 5. QUESTIONÁRIO 1. Encostando lateralmente uma régua na corda que vibra em ressonância, o que acontece ao tocarmos um nó? E ao tocarmos um antinó? Explique. R: Quando se toca tanto o nó quanto o antinó do cordão em vibração, as ondas desaparecem no mesmo instante. Isso acontece devido a interferência da régua na corda (força externa), assim, não é possível que as vibrações continuem de forma harmônica. 2. Para uma dada tensão compare a amplitude de dois modos de vibração diferentes. O que acontece com a amplitude ao aumentarmos o modo de vibração? Explique. R: As amplitudes diminuíram devido a inércia do sistema aumentar com o aumento da massa utilizada. 3. Compare a amplitude de um determinado modo para duas tensões diferentes. O que acontece com a amplitude ao aumentarmos a tensão no cordão? Explique. R: Aumentou, pois, a massa do sistema sofreu alteração, ela aumentou também. 4. Se o sistema estiver em ressonância com a corda vibrando com um único ventre, ele ainda estará em ressonância se a tensão for dividida por um fator quatro? Tente realizar essa experiência, tire suas conclusões e explique. R: Sim, ao longo do experimento foi observado esse ponto. Com base nisso, tanto para a tensão normal quanto para ela dividida por quatro a corda vibra em ressonância. Contudo, alguns pontos foram alterados de um para o outro, como por exemplo, quando houve o aumento da massa, o gerador era puxado em direção ao chão, além disso, como já comentado, as amplitudes também sofrem alterações de um sistema para outro. 6. CONCLUSÃO A partir deste relatório, podemos concluir que o experimento em questão, possui resultados que possibilitam várias análise, podendo ter erros de medições, pela falta de experiência no uso dos materiais e pelos erros proporcionais aos mesmos. Podemos concluir, que os resultados teram uma margem de erro, proporcionada pelos erros que viram pelo uso indevido dos instrumentos, no qual de pouco em pouco, se distanciará de um resultado exato. Portanto, o presente relatório, sendo de cunho acadêmico, com o intuito de nós apresentar as medições que são possibilitadas por esse experimento, está realizado. De forma que o estudo de propagação de ondas estacionárias (ondas que não se movem para a esquerda nem para a direita) em dois cordões de massa, está concluído, mesmo com possíveis erros instrumentais e humanos.