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Morfologia 1. Área dos Nomes - Substantivo (Regente) - Adjetivo (regido) - Artigo (regido) - Numeral adjetivo (regido) - Pronome adjetivo (regido) Observação: Artigo/Adjetivo/Pronome/Numeral = elementos determinantes (qualifica o determinado); Substantivo = elemento determinado (rege os determinantes). Atenção: Diante de pronome possessivo adjetivo o uso do artigo é facultativo/optativo. Exemplo: 1 - "inevitabilidade da minha morte" 2 - "inevitabilidade de minha morte" 1. Área dos Verbos - Verbo (Regente) - Locução adverbial (regido) Adjetivo - Advérbio (regido) Advérbio 1. Área dos Conectivos - Preposição (conectivo nominal) - Conjunção (conectivo oracional) Pronome É uma palavra variável que acompanha ou substitui uma expressão nominal. Há, no contexto oracional, dois tipos de pronomes: pronome substantivo (substitui o substantivo) e pronome adjetivo (refere-se ao substantivo). Numeral É uma palavra variável que, em regra, possui função quantificadora ou ordenadora. Como ocorre com os pronomes, há no texto dois tipos de numeral: numeral substantivo (substitui o substantivo) e numeral adjetivo (refere-se ao substantivo). Atenção - Pronome ou Numeral Adjetivo = Acompanha o substantivo expresso; - Pronome ou Numeral Substantivo = Substitui o substantivo. Exemplos Pron. adjetivo 1. A mineira Kroton, líder no ensino superior do Brasil, aumentou sua proposta para comprar a Estácio e ela foi aceita pelo conselho da empresa fluminense. Pron. Substantivo 2. Os dois deputados chegaram Numeral adjetivo 3. A Joana e a Maria chegaram. As duas estão confusas. Numeral substantivo Dica: Sempre usar setas para identificar a classificação das palavras dentro do texto, pois a depender do contexto as classes de palavras podem sofrer uma derivação imprópria, ou seja, podem assumir uma nova classificação gramatical dentro do texto sem que haja alteração na forma. Derivação Imprópria As palavras podem mudar de classe ou subclasse gramatical sem sofrer modificação na forma. Basta, por exemplo, antepor-se o artigo a qualquer vocábulo da língua para que ele se torne um substantivo. A este processo de enriquecimento vocabular pela mudança de classe das palavras dá-se o nome de DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA, e por ele se explica a passagem: a) de substantivos próprios a comuns; b) de substantivos comuns a próprios; c) de adjetivos a substantivos; d) de substantivos a adjetivos; e) de substantivos, adjetivos e verbos a interjeições; f) de verbos a substantivos; g) de verbos e advérbios a conjunções. Exemplo: O feito do professor foi heroico. Feito na classificação vertical é considerado verbo no particípio, já dentro do texto passou a ser considerado substantivo devido a presença do artigo. A palavra foi substantivada. Advérbio – Considerações Especiais - Palavra invariável. Exceção: TODO. (Pode variar em nome da concordância eufônica ou concordância extraordinária); - Refere-se apenas a verbos, adjetivos ou a outro advérbio; - Um adjetivo pode ser considerado advérbio dentro do texto. Trata-se do fenômeno: adverbialização do adjetivo (quando transforma o adjetivo em advérbio sem acrescentar o sufixo “mente”); - Recomenda-se evitar a repetição do sufixo “mente” como recurso estilístico. (quando houver dois ou mais advérbios numa mesma frase, recomenda-se o uso do sufixo apenas no último). Atenção: Nem toda expressão que dá ideia de lugar é uma locução adverbial. Lembre-se que locuções adverbiais se referem ao verbo e dão ideia de circunstância. Exemplo: Na manhã de 13 de dezembro de 2009, um avião de pequeno porte decolou de imperatriz, no Maranhão, com destino a Timon, no mesmo estado. Locução Substantiva Observação A palavra “afinal” advérbio de enunciado – interferência emocional do enunciado (pesquisar) Bizú O “A” pode ser: AP. Dem Demons P. Oblíquo Prep. Artigo - Conjunção coordenativa “e” Une termos com a mesma função morfossintática. Ex: (...) um país social e economicamente desenvolvido. País = substantivo Social = advérbio Economicamente = advérbio Desenvolvido = adjetivo Observe que a palavra “social” foi classificada como advérbio por referir-se ao adjetivo “desenvolvido” (um advérbio pode referir-se a um verbo, adjetivo ou outro advérbio). Neste caso, embora a palavra social esteja próxima ao substantivo “país”, não poderia ser considerada adjetivo devido à presença da conjunção “e” empregada para ligar termos com uma mesma função morfossintática (economicamente é advérbio juntamente com a palavra social). - Concordância nominal Ex: (...) Por outro lado, passível de discussão e pendente de provas científicas, estão os malefícios ao meio ambiente. Dica: Toda palavra que se refere a um substantivo concorda com ele. No exemplo acima as palavras “passível” e “pendente” devem ser flexionadas para o plural por exigência do substantivo “malefícios”, uma vez que essas palavras estão ligadas a esse substantivo. Fica mais fácil identificar o erro quando colocamos a frase na ordem direta. Veja: Os malefícios do meio ambiente estão, por outro lado, PASSÍVEIS de discussão e PENDENTES de provas científicas. - Artigo Acompanha, em regra, termo expresso (escrito). Bizú: Ao resolver uma questão envolvendo artigo é importante considerar a possibilidade de se tratar de um pronome demonstrativo (aquele, aquela, aquilo). Exemplo: (...) O (art.) melhor para a (art.) democracia seria separar os (art.) fundos partidários dos (de + aqueles) destinados às (prep. + art.) campanhas eleitorais. - Termos com função adjetiva Adjetivo Locução Adjetiva Oração Adjetiva Numeral Adjetivo Pronome Adjetivo Exemplo 1: Boa parte dos eleitores de hoje... “De hoje” refere-se ao substantivo “eleitores”, portanto assume uma função adjetiva por se tratar de uma locução adjetiva. Exemplo 2: (...)ainda na velha poltrona da sala”. Velha = adjetivo Poltrona = substantivo Da sala = locução adjetiva Observação: Em regra, uma locução adjetiva não pode ser separada por vírgula, porque na sintaxe é classificada como adjunto adnominal, ou seja, deve ficar junto ao nome. Atenção: Pesquisar o que é locução substantiva. - Ordem do adjetivo O adjetivo poderá apresentar sentido diverso a depender da ordem na qual for empregado. Substantivo + Adjetivo = valor objetivo (ordem direta) Adjetivo + Substantivo = valor subjetivo (ordem indireta) Exemplo Homem grande = sentido objetivo (grandeza física); Grande homem = sentido subjetivo (grandeza interna, homem de valor). Importante! Verbo no particípio é o único que flexiona em gênero, por esse motivo é muito comum confundi-lo com adjetivo. Bizú: verificar se o termo em análise apresenta sentido de ação. Exemplo: (...) o primeiro é regido por valores como amor e lealdade. Verbo no particípio = estrutura de voz passiva analítica. - Adjetivo de relação São derivados de substantivos. Exemplo: Nota mensal (= mensal relativa ao mês) Movimento estudantil (= movimento feito por estudantes) Casa paterna (= casa onde habitam os pais) Vinho português (= vinho proveniente de Portugal) - Preposição De uma coisa a outra Entre uma coisa e outra Exemplo: Entre 17 de dezembro de 1663 e 28 de setembro de 1665. De 17 de dezembro de 1663 a 28 de setembro de 1665. Morfossintaxe Morfologia - Classe de Palavras Sintaxe - Organização - Contexto Oracional; Substantivo Núcleo dos Termos; Artigo Adjunto Adnominal; Adjetivo Adjunto Adnominal ou Predicativo; Advérbio/Locução Adverbial Adjunto Adverbial; Preposição Não possui função; Conjunção Não possui função; Pronome Substantivo Núcleo dos Termos; Pronome Adjetivo Adjunto Adnominal; Numeral Substantivo Núcleo dos Termos; Numeral Adjetivo Adjunto Adnominal; Verbo VTD, VTI, VTDI, VI, VL. Observação: Prejuízo Sintático (Solecismos - erros de estruturação sintática) - Pontuação; - Concordância; - Regência;- Oposição; - Contraste. Conclusivas Exemplo 1: Causa Consequência A humidade estava baixa,/ por isso fiquei indisposto. O. C. Conclusiva Observação: A oração conclusiva estabelece uma relação de causa e efeito, porém a conjunção está na consequência. Exemplo 2: Estou doente;/ não conte, pois, comigo. O. Coordenada Sindética Conclusiva Observações: O “pois” será conclusivo se vier depois do verbo. O “pois” pode ser explicativo (antes do verbo), causal ou conclusivo (depois do verbo). O “pois” também poderá ser usado com sentido adversativo. Exemplo: André passou, pois eu não. André passou, mas eu não. Explicativa Exemplo 1: Explicativa Conforme-se, /porque a vida é assim mesmo. Exemplo 2: Guarda o teu coração, /pois dele procedem as fontes da vida. O. Coordenada Explicativa Exemplo 3: Estude,/ pois você precisa. O. C. Explicativa Dica de pontuação: Nas orações causais e explicativas o uso dos (:) é permitido como recurso estilístico para omitir as conjunções. Exemplos: a) Estude: você precisa. b) Ela foi embora: eu não a amava mais. Orações Subordinadas Adverbiais (outros exemplos) Algumas orações subordinadas podem ser confundidas com orações coordenadas, por esse motivo é importante estudar as duas matérias de forma integrada. (Atenção redobrada quanto às explicativas e às causais). Causa Exemplo 1: Consequência Causa Fiquei indisposto,/ porque a humidade estava baixa. O. Sub. Adv. Causal Observação 1: No eixo argumentativo toda causa é uma explicação. Observação 2: Um mesmo porque pode denotar tanto causa quanto explicação (somente nos casos das causais). Exemplo 2: Causa Consequência Como a humidade estava baixa,/ fiquei indisposto. O. S. Adv. Causal Observações: 1. O “como” também pode ser causal, porém ele virá no início do período. 2. O exemplo acima introduz uma subordinação, pois existe dependência sintática entre as duas orações. Exemplo 3: Consequência Causa O jornalista acabou sendo preso,/ porque se negou a prestar depoimento. O. S. Adv. Causal Observações: - O “porque” pode introduzir uma explicação (deve vir antes do verbo) ou uma causa. O “porque” equivale a “porquanto”. - Se o “porque” introduzir uma explicação será uma oração coordenada, caso introduza uma causa será uma oração subordinada. Exemplo 4: Causa Consequência Por se negar a prestar depoimento, /o jornalista acabou sendo preso. Verbo no infinitivo + ausência de conjunção: O.S. Adv. Causal Reduzida. Pontuação Período Simples Ordem Direta: Sujeito + Verbo + Complemento + Adjunto Adverbial - Entre sujeito e verbo: proibido; - Entre verbo e complemento proibido; - Entre complemento e adjunto adverbial: facultativo. Observação: Um termo para ser classificado como adjunto adverbial além denotar circunstância precisa se referir ao verbo, do contrário receberá outra classificação. Exemplo: O presidente do STF desmembrou o processo, na última terça-feira. Sujeito VTD OD Adj. Adv. tempo vírgula facultativa Exemplo 2: Adjunto adverbial topicalizado Na última terça-feira, o presidente do STF desmembrou o processo. Vírgula obrigatória Quando o adjunto adverbial de longa extensão estiver deslocado, a vírgula será obrigatória. A gramática não explica o conceito de “longa extensão”, porém a tendência das bancas é considerar como de longa extensão uma expressão de três ou mais elementos. Adjunto adverbial intercalado Exemplo: O presidente do STF, na última terça-feira, desmembrou o processo. Adj Adv tempo As vírgulas empregadas no exemplo acima são obrigatórias, pois estão intercaladas (entre dois elementos: sujeito e verbo) e apresentam longa extensão. Aposto Explicativo Exemplo O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, é favorável ao desmembramento. Sujeito Aposto Explicativo Observação: O aposto é explicativo, pois entre o aposto e o termo fundamental existe uma relação de identidade com característica única. A vírgula é OBRIGATÓRIA. Exemplo 2: O ministro do STF Ricardo Lewandowski é favorável ao desmembramento. Sujeito Aposto Restritivo. Observação: A vírgula é PROIBIDA, pois o exemplo acima introduz uma oração restritiva. A restrição é uma parte do todo. Explicações no final do período Nas explicações no final do período é permitido usar dois pontos, travessão ou parênteses. Exemplo: Adj Adv Sujeito Aposto Na sexta-feira, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, durante a reunião do Conselho de Ministros, que solicitou o VTD Adj Adv intercalado OD Aposto explicativo retorno a Caracas do embaixador venezuelano no Brasil, Alberto Castellar. termo fundamental “:”, “-“ ou “()” Uso de vírgula e travessão É possível usar travessão e vírgula juntos quando houver acúmulo de motivos. Exemplo Adj Adv Aposto Explicativo Nos Estados Unidos – país com maior número de aparelhos por habitante –, a autoridade máxima afirmava que a tecnologia aproxima Sujeito VTD OD (O. S. S. OD) as pessoas. Travessão isola o aposto vírgula marca o adj. adv. topicalizado de longa extensão. Tirando a prova: Para confirmar se o uso da vírgula é obrigatório ou não basta retirar o termo que está dentro do travessão. Se ao analisar o trecho você identificar que o uso da vírgula é justificável, então será permitido o acúmulo da pontuação. Aposto explicativo x Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Exemplo: Sujeito Aposto Explicativo O Subordinada Adjetiva Explicativa O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), que tem se especializado em provocar o Planalto, voltou a criticar ontem o governo após almoço com o ex-presidente Lula. VTD Adj adv OD Observação: O trecho sublinhado, embora introduza uma explicação e esteja se referindo a uma expressão substantiva, jamais poderia ser classificado como aposto explicativo, pois dentro do termo existe verbo e um aposto só se refere a termos de natureza substantiva. Regência A matéria regência pode envolver os seguintes elementos: - Regente - Regido - Preposição - Transitividade - Pronome Oblíquo Átono - Pronomes relativos - CRASE Pronomes Oblíquos Átonos 1 – O uso dos pronomes oblíquos átonos está aliado à regência. a, as, o, os = objeto direto lhe, lhes = objeto indireto me, te, se, nos, vos, se = objeto direto ou objeto indireto. Exemplo 1: Não lhe vejo mais. (errado) VTD Observação: O “lhe” é um complemento indireto, logo no exemplo acima o seu emprego está incorreto porque o verbo “ver” pede complementação direta. Exemplo 2: Não o vejo mais. (correto) VTD O exemplo acima está correto, pois o verbo “ver” exige um complemento transitivo direto. Exemplo 3: Não te vejo. (certo) O pronome “te” podeservir como complemento direito ou indireto. É o coringa. Exemplo 4: Acato, mas não o obedeço. (errado) VTI Observação: o verbo “obedecer” é transitivo indireto, logo exigirá complementação indireta. Acato, mas não lhe obedeço. (correto) Acato, mas não te obedeço. (correto) Pronomes átonos x tônicos Pronome Oblíquo Átono Pronome Oblíquo Tônico (sempre c/ prep.) Me a mim, comigo Te a ti, contigo Se, o, a, lhe a si, consigo, a ela, a ele Nos a nós, conosco Vos a vós, convosco Se, os, as, lhes a si, consigo, a elas, a eles *Coringas* O particípio NÃO admite pronome oblíquo átono enclítico (POA depois do verbo). Exemplo: Tenho contado-lhe alguns segredos. VTDI OI OD No exemplo acima o pronome oblíquo “lhe” pode ser utilizado de forma proclítica ou podemos substituí-lo por seu equivalente tônico “a ele”. Exemplos: a) Tenho lhe contado alguns segredos. (certo) b) Tenho contado a ele alguns segredos. Exemplo 2: Obedecido-vos (errado: ênclise acompanhado de verbo no particípio) VTI OI Correção: Obedecido a vós. (pronome oblíquo tônico). Atenção! Os verbos assistir (sentido de ver), visar (sentido de desejar/objetivar) e aspirar (sentido de desejar) NÃO admitem pronome oblíquo átono. Neste caso será necessário substituir pelo correspondente tônico. Exemplo: (ver) Os professores assistem a todo esse movimento. Sujeito VTI OI (...) assistem-lhe. (errado) VTI POA (...) assistem a ele (certo) VTI POT Importante: 1. Verbos VTD com terminação R, S e Z serão substituídos por: La, Lo, Las, Los. (Para ênclise). Exemplo: Afrontar o Estado VTD OD Reescrita Afrontá-lo VTD OD Cuidado! Os verbos PAGAR, PERDOAR e AGRADECER poderão ser VTD ou VTI a depender do que se referir: VTD = coisa; VTI= pessoa. Exemplo: Pessoa Embora o filho pedisse perdão, o pai não quis perdoá-lo. (errado) VTI OD Vírgula obrigatória. A oração subordinada está anteposta à principal. Observação: No exemplo acima não poderia utilizar um objeto direto porque o verbo exige complementação indireta, uma vez que o verbo perdoar relacionado à pessoa terá regência indireta. Correção: (...) perdoar-lhe (...) perdoar a ele. Revisão: O verbo “pedisse” foi grafado no modo subjuntivo por exigência do vocábulo “embora”. As orações concessivas desenvolvidas exigem o modo subjuntivo. 2. VTD com terminação nasal (AM/ EM/ÃO/ÕE) depois do verbo. Serão substituídos por: NA, NO, NAS, NOS. Equivalem a (a, o, as, os). Exemplo: Afrontaram o Estado VTD OD Reescrita Afrontaram-no VTD OD Pronomes Tônicos Os pronomes tônicos sempre serão preposicionados. É por esse motivo que às vezes nos deparamos com um VTD acompanhado de um Objeto Direto preposicionado. Exemplo: Eu te encontrei. OD VTD Encontrei a ti. VTD OD Preposicionado Observações sobre Regência 1. Pronome relativo precedido de preposição Emprego de pronomes relativos precedidos de preposição tem sido uma abordagem frequente em provas de concursos públicos. Exemplos: a) A aluna que me refiro foi a primeira colocada no concurso. (construção espúria) b) A aluna a que me refiro foi a primeira colocada no concurso. (construção escorreita) 2. União de verbos a complementos diferentes São frequentes, na linguagem popular, construções que unem verbos de regências diferentes com o mesmo complemento. Exemplos: a) Assisti e gostei da aula. (construção espúria) VTD(a) VTI (de) Assisti à aula e dela gostei. (construção escorreita) VTI OI OI VTI b) Entrei e saí da sala. (construção espúria) VTI(em) VTI(de) Entrei na sala e dela saí. (construção escorreita) VTI OI OI VTI Sinal indicativo de Crase (acento grave) CRASE (fusão/mistura) Regra nº 1 a + a(s) = à(s) preposição + artigo O fenômeno da crase dependerá da relação entre o regente e seu regido. Exemplos: O deputado se referiu à manifestação. VTI prep + art. O deputado se referiu às manifestações. VTI prep + art (as). O deputado se referiu a manifestações. VTI preposição apenas. Observação: uma preposição não pede outra preposição. Exceção: preposição até (facultativo). Exemplo: A aula será até às 20h. (Facultativo). A aula será até as 20h. Regra nº 2 A fusão será da preposição + pronome demonstrativo: a + (aquele (s), aquela (s), aquilo, aqueloutro). a + aquela(s) = àquela(s) Exemplo: Agradeci àquela aluna. VTI pron. demonstrativo Exemplo: Características semelhantes às da legislação eleitoral. pron. demonstrativo. O artigo, em regra, acompanhará um termo expresso, por esse motivo o “a” do exemplo não está classificado como artigo. O exemplo acima introduziu o sinal indicativo de crase com a fusão da preposição “a” exigida pelo termo semelhantes + o pronome demonstrativo “a”. Crase e o pronome relativo ”que” Regra: O “a” antes do “que” não aceita sinal indicativo de crase, pois o pronome relativo “que” não aceita artigo. Exceção: Quando o “que” vier acompanhado por pronome demonstrativo “a” (equivalente a aquela). Exemplo: 1 2 1 A aula/ a que os alunos assistiram ontem/ foi excelente. VTI (assistir a) O “a” antes do “que” não receberá a crase, pois no exemplo acima temos apenas a presença da preposição exigida pelo verbo “assistir”. Exemplo: 1 2 A minha caneta é igual à /que eu te dei. prep. + pron. demonstrativo. No exemplo acima ocorre a fusão da preposição exigida pelo termo “igual” + o pronome demonstrativo “a” (equivale a aquela). Revisão da 2ª regra: O sinal indicativo de crase pode vir em: “aquelas”, “a que” ou “as da”. Atenção: A racionalização do uso da crase pode derivar da relação entre regente (quando o verbo exige ou não a preposição) ou regido (quando o termo aceita ou não o artigo). Nos casos em que o verbo possuir dupla regência a crase será facultativa. Exemplo: Atendi àquela cliente. (crase facultativa) O verbo atender poder ser VTD ou VTI. Regra nº 3 (Expressões Fixas) Utiliza-se sinal indicativo de crase nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas, independente de o regente pedir preposição. Locuções adverbiais Exemplo 1: Vendo somente à vista. VI L. Adv Exemplo 2: Trazer à tona reflexões. VTD L. Adv. OD Exemplo 3: Às vezes estudo. L. Adv. Exemplo 4: Comprei à crédito (errado) palavra masculina Exemplo 5: Coma à vontade. L. Adv. Exemplo 6: Escrevo à Machado de Assis. (certo) a maneira/a moda de (expressão masculina) Apesar de se referir a palavra masculina implicitamente existe a ideia de “a moda de/maneira de”. Neste caso será possível o uso da crase. Locuções Prepositivas Exemplo 1: À espera de um milagre. Loc. prep. fem. Exemplo 2: À procura da felicidade. Loc. prep. fem. Exemplo 3: À custa de meu marido. Loc. prep. fem. Exemplo 4: À despeito de (...) Errado despeito tem gênero masculino. Exemplo 5: À distância de cinco metros do professor. locução prepositiva determinada. Locuções Conjuntivas Exemplo 1: À medida que malho, fico forte. Exemplo 2: À proporção que(...) Topônimos (Nome de Lugares) Vou a Brasília (volto de) não há preposição Vou à Bahia (volto da) preposição + artigo Observação: quando o topônimo estiver determinado haverá artigo. Vouà Brasília de JK. está determinando Brasília. Questões de prova 1. Das janelas assistia-se à vontade à movimentação das pessoas nas ruas. Loc. adv fem. prep. + art. (assistir a). 2. Estudava de manhã, e as tardes passava perambulando de uma praça a outra. equivale a “passava o dia” No exemplo 2 não há expressão adverbial, pois o termo “as tardes” equivale a dia e funciona como objeto direto. (Quem passa, passa algo: o dia na rua). Crase + Pronome Possessivo Adjetivo Antes de pronome possessivo adjetivo (aquele que se refere a um substantivo expresso), o uso do ARTIGO é facultativo. Exemplo 1: Obedeço à minha tia. (Correto). VTI prep. + art. Obedeço a minha tia. (Correto). VTI apenas prep. Exemplo 2: Visitei à minha tia. (errado) VTD apenas artigo. O exemplo 2 introduz um caso de crase proibida, pois o verbo “visitei” não exige preposição. Exemplo 3: Agradeci às minhas tias. (Certo) VTI prep. + art. O exemplo 3 introduz um caso de crase obrigatória, pois o verbo “agradecer” relacionado à pessoa exige preposição e o artigo ao estar flexionado no plural não deixa dúvidas sobre a presença do artigo no texto. Questão de concurso Celso Cunha tinha, na minha geração literária, a posição que, na geração anterior à nossa, coube a Souza da Silveira. Observação: “Nossa” é um pronome possessivo que se refere a substantivo não expresso (a palavra geração está implícita), portanto a crase é obrigatória. Questão de Concurso ANS – 2013 – Técnico Texto: As operadoras de planos de saúde deverão criar ouvidorias vinculadas às suas estruturas organizacionais. (...) Na linha 2, o emprego do sinal indicativo de crase em “às suas” justifica-se porque o termo “vinculadas” exige complemento regido pela preposição a e o pronome possessivo “suas” vem antecedido por artigo definido feminino plural. (correto) Comentário: O artigo definido é facultativo diante de pronome possessivo. Mas, para a crase ser facultativa, esse pronome possessivo deve ser feminino singular. a) Refiro-me à minha amiga. - Crase facultativa. b) Refiro-me a minha amiga. - Crase facultativa. c) Refiro-me às minhas amigas. - Crase obrigatória. d) Refiro-me a minhas amigas. - Crase proibida. Paralelismo Tratamento igualitário/simétrico O paralelismo é considerado em relação ao uso da preposição. Exemplo 1: Assistência para mães e crianças. (correto) No exemplo acima a palavra “assistência” exige a preposição “para” que rege dois elementos “mães” e “crianças”. (Temos um regente e dois regidos). A preposição veio expressa no primeiro e foi omitida no termo seguinte. Essa construção é possível e não incorre em quebra de paralelismo, na verdade trata-se de um recurso estilístico para evitar a repetição de palavras. Exemplo 2: Direito ao trabalho e à remuneração. (crase obrigatória) a + o a + a No exemplo acima existem termos coordenados que estão acompanhados por artigo. Neste caso o uso da crase será obrigatório, porque existe a fusão da preposição exigida pelo termo “direito” + o artigo expresso exigido pelo paralelismo dos termos que estão coordenados entre si. Exemplo 3: Direito a trabalho e a remuneração. (crase proibida) só prep. só prep. No exemplo acima a crase é proibida, pois há somente a presença da preposição exigida pelo termo “direito”. As palavras “trabalho” e “remuneração” estão coordenadas por estarem ligadas ao mesmo referente “direito” e nesta situação caso haja a inserção de artigo então será obrigatória para os dois elementos. Exemplo 4: Das 19h às 23h. de + as a + a Crase obrigatória, pois a combinação “de + a” evidencia a presença do artigo “a” que estabelece uma relação de coordenação entre os elementos do texto. Exemplo 5: De 19h a 23h. (correto) prep. prep. Exemplo 6: De 19h às 23h. (errado) prep. prep. + art. Questão de prova Em muitos lugares, as mulheres não têm apoio para funções essenciais da vida humana. Elas são menos nutridas que os homens, menos saudáveis e mais vulneráveis à violência física e ao abuso sexual. (CESPE/TRT/Analista 2013) A supressão do sinal indicativo de crase, em “vulneráveis à violência física e ao abuso sexual” (linha 2), prejudicaria a correção gramatical do período, ainda que o termo “ao” fosse também suprimido. (ERRADO) Reescritura: Vulneráveis a violência e abuso sexual. (Estrutura correta) Não prejudicaria, pois ao retirar o artigo da estrutura não causa quebra de paralelismo. Posso manter a preposição na primeira ocorrência e omitir nas demais. É um recurso estilístico. Crase com artigo no singular É bastante difícil identificar se um artigo no singular está empregado de forma obrigatória. Para tirar a prova basta inserirmos o artigo indefinido “uma” (terá sentido de qualquer) na construção textual para verificar se o elemento em questão está se referindo a um termo específico ou genérico. Exemplo 1: Obedeço à lei. (correto) art + prep Exemplo 2: Obedeço a uma lei. (correto) prep. + art. indefinido O artigo indefinido pôde ser empregado no texto sem causar incorreção. Neste caso fica evidente que o artigo definido “a” não é obrigatório. Exemplo 3: Obedeço a lei. (correto) O artigo é facultativo. Questão de prova: 1 Que obra de boa qualidade sempre se destaca é uma afirmação sem valor, se aplicada a uma obra de qualidade realmente boa se por “destacada” quer-se fazer referência à aceitação na sua própria época. (CESPE IRBr) Seria mantida a correção gramatical do texto, caso fosse suprimido o acento indicativo de crase empregado em “à aceitação na sua própria época”. (Correto) Reescritura (...) fazer referência a uma aceitação na sua própria época. Cabe a inserção do artigo indefinido “uma”. Questão de prova: 2 Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras, em 1971, mas faleceu antes da eleição, ao cair no poço do elevador de seu prédio, em 11 de março de 1971, quando saía para visitar Aurélio Buarque de Holanda. (CESPE/FUB/2015) O emprego do acento indicativo de crase em “Candidatou-se à Academia Brasileira de Letras” (linha 1) é obrigatório, devido à fusão da preposição que segue a forma verbal com o artigo definido feminino singular que precede o termo “Academia”. (Correto) Reescritura: Candidatou-se a uma Academia Brasileira de Letras (errado) A expressão Brasileira de Letras está determinando a palavra Academia, logo não é possível inserir o artigo uma antes do substantivo, porque estamos diante de uma Academia específica. Portanto a preposição será obrigatória devido a exigência do artigo definido “a”. Regência extraída de provas Verbo Preferir - Não aceita o termo mais; - Não aceita a expressão "do que". Exemplos: Prefiro mais estudar do que trabalhar (errado) Prefiro estudar a trabalhar. (correto) Verbo Ir (a ou para) Vou em Goiânia (errado); Vou a Goiânia (certo); Vou para Goiânia (certo). Verbo Renunciar - Verbo de dupla regência; - Pode ser usado como direto ou indireto. Verbos Lembrar, Recordar, Esquecer e Admirar - Não Pronominal: VTD - Pronominal: VTI Exemplos: a) Lembrei o nome do aluno. (VTD = não pronominal) b) Lembrei-me do nome do aluno. (VTI = pronominal) Implicar (VTD) - Acarretar/Resultar Exemplo: O não pagamento implica multa. (correto) VOZES VERBAIS - Voz ativa - Voz passiva - Voz reflexiva 1. Em regra, voz passiva ocorre com VTD. 2. Na voz passiva, há VTD; mas não, OD. 3. Existem dois tipos de voz passiva: Analítica e Sintética Características da voz passiva analítica: 1. A voz passiva analítica é formada pelos verbos auxiliares ser ou estar + particípio. 2. Geralmente, virá com agente da passiva expresso. Características da voz passiva sintética: 1. Pronome apassivador “se”. 2. Geralmente, virá sem agente da passiva. IMPORTANTE!!! Agente da passiva: termo que pratica ação verbal na voz passiva. Observação: o agente da passivaé regido pelas preposições por (mais comum) ou de (pouco utiliza em textos modernos). As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República. O governador foi denunciado pelo Ministério Público Federal. O deputado é estimado de todos TRANSPOSIÇÃO DE VOZ VERBAL Voz Ativa Voz Passiva OD Sujeito da passiva Sujeito da Ativa Agente da Passiva Exemplos: A Juíza Valéria Magalhães expediu os mandados de prisão. (Voz Ativa) Sujeito (agente) VTD OD Os mandados de prisão foram expedidos pela Juíza Valéria Magalhães. (Voz Passiva Analítica) Sujeito (paciente) V. aux. VP Agente da Passiva Expediram-se os mandados de prisão. (Voz Passiva Sintética) VTD PA Sujeito(paciente) Perceba que ao acrescentar a partícula “se” a informação fica impessoalizada. A retirada da partícula “se” modifica a voz verbal. Passará de passiva para ativa. Veja: Expediram os mandados de prisão. (Voz Ativa) VTD OD No exemplo acima o sujeito está indeterminado (eles). Observação: Na voz passiva não temos objeto, porque ao realizar a transposição da voz o objeto assumirá a função de sujeito paciente (só há objeto direto na voz ativa). Outros Exemplos: Ordem inversa É assegurado o direito de resposta (Voz passiva analítica) V. ser + part. Sujeito paciente Ordem direta O direito de resposta é assegurado (Voz passiva analítica) Sujeito Paciente V. ser + part. Asseguram o direito de resposta. (Voz ativa) VTD 3ª pl. OD É assegurado por quem? Neste exemplo o agente da passiva está indeterminado. Observação: Para transpor a voz passiva para ativa o agente da passiva passará a ser o sujeito da ativa, porém, no exemplo acima o agente da está indeterminado. Neste caso ao transpor a voz passiva para a ativa teremos um sujeito indeterminado. Veja: (eles) Asseguram o direito de resposta. (Voz ativa) VTD 3ª pl. OD Observação: Não poderíamos usar o verbo “assegura”, porque o agente da passiva está indeterminado e nesta situação o verbo precisa ser flexionado na 3ª pessoa do plural para preservar a indeterminação do sujeito. Exemplo: Assegura-se o direito de resposta. (Voz passiva sintética) VTD PA Sujeito (paciente) No exemplo acima o verbo está no singular por exigência do sujeito que também está no singular. Exemplo Discutem-se as leis. (Voz passiva sintética) VTD PA Suj. paciente Ao retirar o “se” temos uma mudança sintática, pois o sujeito passará a ser indeterminado e o sujeito paciente da voz passiva passará a ser objeto direto na voz ativa. Observação: a informação está impessoalizada em razão da omissão do agente da passiva. Exemplo: (eles) --- sujeito indeterminado Discutem as leis. (Voz ativa) VTD OD A ênfase é na ação. Exemplo: As leis são discutidas. (Voz passiva analítica) Suj. pac VTD Verbo ser + part. A ênfase está no alvo da ação. Importante: Agentes da ação - Voz ativa = Sujeito - Voz passiva = Agente da passiva Voz passiva analítica – papéis: - Omitir o agente da ação; - Dar ênfase para o alvo da ação. Índice de Indeterminação do Sujeito – IIS Visa-se aos cargos públicos. (Voz ativa) VTI IIS OI Observações: 1. A informação está impessoalizada em razão da omissão do sujeito. 2. Não poderia ser uma PA, porque estamos diante de um verbo VTI. 3. Quando estivermos diante de um IIS o verbo ficará na 3ª pessoa do singular, porque não possui sujeito para concordar. Bizú: quando a informação estiver impessoalizada ela só poderá ser uma PA ou um IIS. Exemplo Assiste-se aos jogos em bares. VTI IIS OI Adj Adv - Sujeito indeterminado - Verbo na 3ª pessoa do singular, pois não há sujeito para estabelecer a concordância com o verbo. Bizú: Para resolver questões envolvendo a partícula “se”, após identificar que a informação está impessoalizada, basta olhar se os elementos do texto estão preposicionados, pois o núcleo do sujeito não pode está acompanhado por preposição. Assim eliminaremos a possibilidade de estarmos diante de uma “PA”. (Não esquecer de verificar a transitividade do verbo). Funções do SE Partícula Apassivadora – PA Índice de Indeterminação do Sujeito – IIS VTD ou VTDI VTI, VI, VL, VTD + OD preposicionado Voz Passiva Sintética Voz Ativa Há sujeito passivo mas não OD Sujeito Indeterminado O verbo pode ser flexionado no plural O verbo deve ser empregado na 3ªp do singular Há impessoalização da informação desde que não haja agente da passiva. Há impessoalização da informação. Exemplo 1: Louva-se aos deputados pela criação de mais de 2 mil leis. VTD IIS OD + prep. Observe que no exemplo acima todos os elementos que poderiam ser classificados como sujeito estão preposicionados, logo não existe possibilidade de o “se” ser classificado como uma “PA”. Exemplo 2: Lula se dá o direito de decidir tudo. Suj. VTDI OD OI reflexivo. No exemplo acima só pelo fato de a oração apresentar um sujeito já elimina a possibilidade de o “se” ser classificado com IIS. Em relação à partícula apassivadora também não há possibilidade de o “se” ser classificado como “PA”, pois para tanto o sujeito deveria ser paciente. Note que a relação é reflexiva, ou seja, ele pratica e sofre a ação. (Lula dá o direito a si mesmo) Exemplo 3: A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo. Suj. paciente VTD PA Agente da passiva. O exemplo acima aborda um caso de voz passiva sintética com agente da passiva expresso. Essa estrutura está em desuso, porém é gramaticalmente correta. Observação: Ficar ligando quando o sujeito paciente vier anteposto à partícula “se”, pois é comum confundi-lo com pronome reflexivo. Exemplo 4: O concurso se realizou no dia dez. Suj pac. PA Realizou-se o concurso no dia dez. PA Suj. paciente. Exemplo 5: Sujeito paciente O DF reger-se-á por lei orgânica. VTD PA Agente da passiva O DF vai reger ele mesmo pela lei orgânica? NÃO! O DF será regido pela lei orgânica, ou seja, a partícula não pode ser classificada como pronome recíproco e sim como partícula apassivadora. A lei orgânica (agente da passiva) é quem vai praticar a ação de reger o DF. Exemplo 6: O professor se queixou da falta de empenho dos alunos. Sujeito PIV VTI OI O “se” é parte integrante do verbo. Ocorrerá com verbos essencialmente pronominais, ou seja, aqueles que só podem ser conjugados com o pronome. (O pronome faz parte do verbo). Esquema PIV: - Verbo essencialmente pronominal (que só pode ser conjugado como pronome); - Paralelismo - pronome e verbo (devem estar na mesma pessoa); - Não é função sintática, e sim uma extensão do verbo; - Perguntinha (tente conjugar o verbo) Exemplo (presente do indicativo) Eu me queixo. PIV Eu queixo? Errado! A conjugação exige o pronome. Exemplo 7: O aluno se tornou disciplinado. Suj. PIV VL predicativo do sujeito Exemplo 8: O rapaz se matou. Suj VTD OD reflexivo Verbo pronominal acidental, pois a ação de matar pode recair para um terceiro. Exemplo 9: O rapaz se suicidou. Suj. PIV VI Verbo pronominal essencial, pois a ação de se suicidar não pode cair para um terceiro. O PIV é obrigatório. Atenção: O PIV e o OD reflexivo são pronomes reflexivos, porém a reflexibilidade do exemplo 8 é acentuada e a do exemplo 9 é atenuada. Concordância - Concordância Verbal 1ª regra: O verbo concorda com o núcleo do sujeito. Atenção: Ao resolver questões de concordância é importante identificar o núcleo do sujeito para assim estabelecer uma relação entre o nome e o verbo. Geralmente as bancas constroem textos com termos intercalados ou até mesmo com o sujeito posposto e isso dificulta a análise da estrutura textual. Exemplo: CESPE Sujeito Assim, ascondições de acesso crítico ao texto escrito, possibilitando a existência de um leitor ativo que dialogue com o texto, a ponto de essa leitura interferir em sua vida, pressupõe uma rede complexa de inter-relações que vão da questão macroeconômica, social, educacional e cultural até à micropessoal. No exemplo acima a flexão do verbo (singular) está incorreta, pois deveria concordar com o núcleo do sujeito “condições” (plural). Perceba que entre o sujeito e o verbo existe uma oração intercalada o que nos induz a cometer erro de concordância. Atenção: Tomar cuidado quando o objeto estiver anteposto ao verbo. A possibilidade de confundirmos o objeto com o sujeito é muito grande. Exemplo: Grande escândalo é este, mas a circunstância o faz ainda maior. Sujeito VTD Objeto direto Reescritura: Grandes escândalos são estes, mas a circunstância os fazem ainda maiores. (errado) Sujeito VTD Objeto direto No exemplo acima o erro reside na flexão indevida do verbo que deveria estar no singular para concordar com o núcleo do sujeito “circunstância”. Em relação ao objeto direto “os” a flexão está correta, pois o pronome em questão foi empregado para substituir a expressão “escândalos” do início da frase. Reescritura correta: Grandes escândalos são estes, mas a circunstância os faz ainda maiores. (correta) Tomar cuidado com termos no plural que estejam ao lado do verbo, pois nos induzem ao erro. Considerações Importantes 1. Coletivo Partitivo: representação da parte de um todo. A concordância poderá ser com o núcleo ou com o termo preposicionado. (Poderá concordar com a parte ou com o todo). Exemplos: a) A maioria dos ministros votará a favor. Concordância com a parte. b) A maioria dos ministros votarão a favor. Concordância com o todo. 2. Porcentagem Anteposta: (sem artigo e sem pronome como determinante). A concordância poderá ser feita com o numeral ou com o termo preposicionado. Observação: o sujeito não pode estar POSPOSTO. Exemplo: a) 30% do parlamento estão envolvidos. Concordância com o numeral. Exemplo: b) 30% do parlamento está envolvido. Concordância com o termo preposicionado. Observação: a concordância com o numeral será no plural a partir de 2. (2 ou + fica no plural). Exemplo: d) Os 30% do parlamento estão envolvidos. A presença do artigo impede a concordância com o termo preposicionado. Exemplo: e) Envolvidos estão 30% do parlamento. Sujeito está posposto. Aqui a regra não se aplica. A concordância será somente com o núcleo. 2ª Regra Sujeito Composto anteposto: o verbo vai para o plural. Considerações importantes: 1. Núcleos com aproximação semântica a) Medo e temor rondam a economia do país. (correto) b) Medo e temor ronda a economia do país. (correto) Os núcleos estão articulados pelo sentido. As duas formas são gramaticalmente corretas. 2. Núcleos no infinitivo (sem artigo) a) Trabalhar e estudar faz bem. (somente no singular) sujeito no infinitivo b) O trabalhar e o estudar fazem bem. No exemplo acima a flexão no plural é obrigatória devido a presença do artigo. Atenção: Sorrir e chorar fazem bem. Sujeito infinitivo Quando estivermos diante de ideias opostas o verbo ficará no plural. 3ª Regra Sujeito composto posposto: o verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo. Exemplo: a) Dos parlamentares dependerá a definição dos projetos e a aprovação das medidas. OI VTI Sujeito Composto Posposto. Concordância com o núcleo mais próximo. b) Dos parlamentares dependerão a definição dos projetos e a aprovação das medidas. OI VTI Sujeito Composto Posposto. Concordância com os dois núcleos. Casos Especiais 1. Concordância com sujeito oracional Neste caso o verbo ficará sempre na terceira pessoa do singular. Às médicas cabem atender os pacientes. (construção incorreta) OI VTI Sujeito Oracional Às médicas cabe atender os pacientes. (construção correta) OI VTI Sujeito Oracional Exemplo 2: Sabem-se que os genes herdados exercem influência fundamental. (construção incorreta) Sabe-se que os genes herdados exercem influência fundamental. (construção correta) No exemplo acima o “se” possui função apassivadora, logo a estrutura em questão apresentará um sujeito que, portanto, estabelecerá uma relação de concordância com o verbo. (O verbo ficará no singular porque dentro do sujeito existe um verbo). Ficar atento com a partícula se numa construção textual, pois é um elemento importantíssimo para a concordância. 2. Concordâncias nas orações reduzidas de infinitivo Em regra, nas orações reduzidas de infinitivo – quando o sujeito semântico estiver na oração principal e for plural –, a flexão do infinitivo torna-se facultativa. O. Principal O. Subordinada a) Os alunos foram à coordenação /para reclamar do professor. (correto) O. Subordinada Adv. Final Red. de Infinitivo b) Os alunos foram à coordenação para reclamarem do professor. (correto) Observação: Sujeito semântico é aquele que é interpretado, que não está escrito na oração. Na oração principal temos um sujeito sintático (expresso) e na oração subordinada temos um sujeito semântico (interpretado). Questão de prova: (CESPE SERPRO Analista) Oração Principal Oração Subordinada A violência instalada nas grandes cidades levou muitos brasileiros /a fazer o caminho oposto ao dos antepassados. VTDI OD OI Em “levou muitos brasileiros a fazer o caminho oposto ao dos antepassados”, a forma verbal fazer poderia ser corretamente flexionada no plural – fazerem. (Correto) No exemplo acima o sujeito semântico do verbo “fazer” é “muitos brasileiros” que na oração principal está exercendo a função de objeto direto. 3. Verbo Haver (impessoal) - Sentido de existir/ocorrer - Verbo impessoal (não tem sujeito) – sempre na 3º pessoa do singular Exemplos: a) Haviam interesses particulares. (errado) VTD OD b) Havia interesses particulares. (certo) VTD OD c) Existiam interesses particulares. VI Sujeito O verbo existir é pessoal, ou seja, deverá concordar com o sujeito. 4. Concordância nas locuções verbais. Nas locuções verbais, flexiona-se o verbo auxiliar. Exemplo: V. Principal a) Devem existir interesses particulares.(certo) V. Aux Sujeito V. Principal b) Devem haver interesses particulares. (errado) V. Aux OD O verbo auxiliar fica no singular porque o principal é impessoal, ou seja, é o verbo principal quem controla a flexão do seu auxiliar. V. principal c) Deve haver interesses particulares. (certo) V. Aux OD Cuidado! Parecer + infinitivo Exemplo: Os efeitos da borda não parecem ser importantes. Os efeitos da borda não parece serem importantes. Neste caso tanto o verbo parecer quanto o verbo no infinitivo (ser) podem ser flexionados. Um ou outro, nunca os dois juntos. 5. Sujeito coletivo Quando o sujeito é um vocábulo coletivo no singular, o verbo ficará geralmente no singular. Exemplo: O povo se reuniu na praça. Cuidado com a Silepse de número! Silepse é a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com a ideia que essas palavras expressam – ou seja, há nesta figurade construção uma concordância ideológica. Veja, agora, os tipos de silepse. * Silepse de número pode ocorrer com termos coletivos. Ela se acentua à medida que o verbo se distância do sujeito coletivo. Exemplo: (ESAF) Essa é uma das metas do grupo que se reuniu no início desse mês em Miami, nos Estados Unidos, para discutirem a importância de os Governos envolvidos nesse processo iniciarem as negociações. Atenção: O verbo “discutirem” pode ser flexionado no plural devido à concordância ideológica com o núcleo do sujeito “grupo”. Essa concordância só foi possível devido o distanciamento entre o sujeito e o verbo. Se eles estivessem próximos, não caberia tal emprego. * Silepse de pessoa Exemplo: Todos bebemos coca-cola. (eu também bebo). Neste tipo de construção é costumeiro flexionar o verbo na 3ª pessoa do plural (todos eles bebem), porém quando nos incluímos no discurso a concordância pode ser realizada na 1ª pessoa do plural (todos nós bebemos). *Silepse de gênero Exemplo: São Paulo é movimentada. (concorda com a ideia de cidade) Embora “São Paulo” seja uma palavra masculina, a concordância poderá ser com a palavra “cidade”, subtendida no texto. 6. Sendo sintaticamente sujeito o pronome relativo “que”, o verbo concordará com o antecedente imediato. Exemplo: Transferidas para escolas maiores, crianças /que até então só conheciam giz e quadro-negro. No exemplo acima o verbo “conheciam” concorda com a palavra crianças (sujeito semântico da oração subordinada), palavra imediatamente anterior ao pronome relativo que. A concordância JAMAIS será com o pronome que. Cuidado!!! Existem construções que permitem mais de uma concordância, observe o exemplo abaixo: CESPE a) A transição para a estabilidade foi ainda dificultada pelos impactos da crise mexicana de 1994/5, que levaram o Banco Central a adotar medidas excepcionais de controle monetário e esfriamento da economia. Observação: O pronome relativo que retoma o termo antecedente juntamente com os seus regidos, ou seja, poderá retomar o termo maior - os impactos da crise mexicana de 1994/5 – ou o termo menor: crise mexicana. Esse tipo de concordância será possível, desde que seja coerente. b) A transição para a estabilidade foi ainda dificultada pelos impactos da crise mexicana de 1994/5, que levou o Banco Central a adotar medidas excepcionais de controle monetário e esfriamento da economia . Observação: o pronome relativo “que” pode retomar tanto “impactos”, como “crise mexicana”. 7. Sujeito de infinitivo ou sujeito acusativo Quando o sujeito de infinitivo for um substantivo no plural, pode-se empregar tanto o infinitivo não flexionado quanto o flexionado. Recordando: Causativos Sensitivos Mandar Ver Deixar Ouvir Fazer Sentir Os verbos acima + infinitivo não formam locução verbal, ou seja, cada verbo terá o seu próprio sujeito. Exemplo: Para não fitá-la, deixei cair os olhos. (correto) Sujeito do verbo deixar = Eu Sujeito do verbo cair = Os olhos (sujeito de infinitivo/acusativo/latino). ou Para não fita-la, deixei caírem os olhos. (correto) Questão de Prova Demais, a casa em que morava, assobradada como a nossa, posto que menor, era propriedade dele. Comprou-a com a sorte grande que lhe saiu num meio bilhete de loteria, dez contos de réis. A primeira ideia do Pádua, quando lhe saiu o prêmio, foi comprar um cavalo do Cabo, um adereço de brilhantes para a mulher, uma sepultura perpétua de família, mandar vir da Europa alguns pássaros etc.; mas... (CESPE MI Técnico 2009) Em “mandar vir da Europa alguns pássaros”, a forma verbal “vir” poderia concordar com a expressão nominal “alguns pássaros”, que é o sujeito desse verbo. (CORRETO) O sujeito do verbo vir é “alguns pássaros”. Lembrando que quando estivermos diante de verbos causativos ou sensitivos (como na questão) acompanhado de outro verbo no infinitivo, cada um dos verbos terá o seu próprio sujeito, pois a união deles não formará uma locução verbal. SEDF – 2017 (Q768257) TEXTO: “ É evidente que a interlocução comunicativa permite o entendimento, proporciona o intercâmbio de ideias e nos faz refletir e argumentar com maior propriedade em defesa de nossos direitos e deveres como cidadãos”. Na linha 13, o pronome “nos” exerce a função de complemento da forma verbal “refletir” (errado) Comentário: Verbo sensitivos (ver, ouvir, sentir) ou verbos causativos (mandar, deixar, fazer) acompanhados de verbo no infinitivo: Se houver pronome oblíquo átono, este será o sujeito do verbo no infinitivo. Atenção: É o único caso em que um pronome oblíquo átono pode funcionar como sujeito. Relembrando Quando estivermos diante de uma locução verbal somente o verbo auxiliar flexionará. Questão de prova: Nesse cenário, a educação tem peso de ouro e as universidades passam a assumir um papel fundamental no processo reflexivo da sociedade. (CESPE/FUB) A flexão do infinitivo em “passam a assumir” (linha 1) — passam a assumirem — mantém a correção gramatical do texto. (ERRADO) A questão está incorreta, pois quando estivermos diante de uma locução verbal somente o verbo auxiliar poderá flexionar (neste exemplo somente o verbo passar é que poderá ser flexionado). Colocação Pronominal Pronomes Oblíquos Átonos Me Te Se, a, o, lhe Nos Vos Se, as, os, lhes. Próclise – antes do verbo; Mesóclise – no meio do verbo; Ênclise – depois do verbo. Fatores de atração (Somente para próclise) - Advérbio - Palavra negativa - Pronome relativo - Conjunção subordinativa - Pronome indefinido - Pronome demonstrativo - Pronome interrogativo - em + gerúndio - Frases interrogativas, exclamativas e optativas. - Orações Subordinadas (orientação do Celso Cunha) Considerações Importantes 1. Em regra, não se emprega pronome oblíquo átono após sinal de pontuação. (Exceção: termo intercalado). Exemplo: a) Recentemente me pediram explicação. (certo) b) Recentemente, me pediram explicação. (errado) 2. Com verbos no infinitivo posso usar próclise ou ênclise, independente de fator de atração. Verbo invariável (sem flexão) ou solto (sem locução verbal). Exemplo: A fim de não encontrá-la, deixei para ir no dia seguinte. infinitivo terminado em R acrescenta “la”. A fim de não a encontrar... (certo) Questão de Prova Há outro medo, muito mais profundo, que disfarça e não mostra o medo que tem, exatamente porque teme tanto que tem medo de aparentar medo. É o medo que engendra a omissão, o não importar-se com o que ocorra, ou o não assumir-se em nada. É um medo-fuga. (CESPE/STF/Técnico 2013) No trecho “o não importar-se com o que ocorra” (linha 2), é opcional a colocação do pronome “se” antes de “importar-se”: o não se importar com o que ocorra. (Correto) Trata-se da regra do verbo no infinitivo invariável e solto. Independe de fator de atração. 3. MESÓCLISE Usa-se a mesóclise com verbos no futuro do presente e futuro do pretérito. a) A cerimônia se realizará amanhã. (correto) b) A cerimônia realizar-se-á amanhã. (correto) mesóclise - realizará c) A cerimônia realizará-se amanhã. (errado) Outros exemplos de mesóclise Errado Fazer-te-ei (fazerei) Trazer-te-ei (trazerei) Dizer-te-ei (dizerei) Correto Far-te-ei (farei) Trar-te-ei (trarei) Dir-te-ei (direi) Para saber se o uso da mesóclise está correto basta retirar o pronome obliquo átono, se forma um verbo no futuro do presente ou do pretérito é porque o seu emprego está correto. Observações: 1. Com verbos no futuro não se usa ênclise. Regra absoluta. 2. O uso da mesóclise será obrigatório quando a próclise for proibida. Exemplo: Realizar-se-á a cerimônia no dia dez de maio de 2011. (mesóclise obrigatória) 3. Verbo no futuro com fator de atração não permite o uso da mesóclise. Exemplo: Amanhã serão definidos os nomes do presidente da República e dos governadores de alguns estados. (mesóclise proibida) O advérbio “amanhã” é fator de atração de próclise. Observação Celso Cunha diz: nas orações subordinadas, deve-se preferir o uso da próclise. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕESVERBAIS Regra 1: V.aux O Claiton tem de construir. Sujeito V. principal. Sem fator de atração, posso colocar em qualquer lugar. Exemplos: a) O Claiton a tem de construir. b) O Claiton tem de a construir. c) O Claiton tem de construí-la. Regra 2: O Claiton não tem de construir. Com fator de atração, só nas extremidades. Exemplos: a) O Claiton não a tem de construir. b) O Claiton não tem de construí-la. Locução verbal de gerúndio Regra 1: (Sem fator de atração) O Claiton está construindo. Sem fator de atração posso usar em qualquer lugar. Exemplos: a) O Claiton a está construindo b) O Claiton está construindo a. c) O Claiton está a construindo. Regra 2: (Com fator de atração) V. aux. O Claiton não está construindo. V. Principal. Com fator de atração, apenas nas extremidades. c) O Claiton não a está construindo. b) O Claiton não está construindo a. Locução verbal de particípio Regra 1: (sem fator de atração) O Claiton havia construído. Sem fator de atração: em qualquer lugar, exceto após o particípio. Exemplos: a) O Claiton a havia construído. b) O Claiton havia a construído. Regra 2: (com fator de atração) O Claiton não havia construído Com fator de atração: apenas nas extremidades. Exceto após o particípio. Exemplo: O Claiton não a havia construído. Observações: a) Não usamos pronome oblíquo átono após o verbo no particípio. b) O particípio é a única exceção. Curiosidade Apossínclise = Trabalha com duplo fator de atração ou pode ser uma simples antecipação do pronome ao fator de atração. Exemplo: a) Eu não te vejo. (certo) b) Eu te não vejo. (certo) * É bastante utilizada na literatura clássica. Verbos Modo Entende-se por modo a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal (de certeza, de dúvida, de ordem etc.). Os modos dos verbos são os seguintes: *Indicativo – apresenta o fato como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro. Exemplo: O empreiteiro fez a delação premiada. O empreiteiro fará a delação premiada. *Subjuntivo (conjuntivo) – apresenta o fato como incerto, duvidoso, ou seja, um fato que se situa no campo das possibilidades. Observação: apesar de o subjuntivo aparecer em orações independentes, ele é próprio das orações dependentes (subordinadas). Exemplo: Espero que ele faça a delação. (não há certeza da concretização dessa ação) *Imperativo – exprime uma ordem, um pedido ou um conselho. Exemplo: Faça a delação. Tempo No conceito de verbo, afirmamos que ele indica um processo devidamente localizado no tempo. Há três tempos verbais básicos: presente, pretérito e futuro. OS TEMPOS DO MODO INDICATIVO PRESENTE 1º emprego: Eu leio sempre as obras de Machado de Assis. O verbo ler está empregado no presente do indicativo. Contudo, é fato que essa pessoa não está lendo no momento em que está falando. O verbo está no presente, mas sua função é indicar um fato que se repete, um hábito, um costume. 2º emprego Todo homem é mortal. Todos são iguais perante a lei. O emprego do presente do indicativo nas duas construções acima expressa algo sempre ou geralmente válido, ou as chamadas verdades universais. 3º emprego Naquele momento, Caim mata a Abel. O Verbo matar está no presente, mas isso aconteceu no passado. É fato que Abel não está sendo morto no momento em que o emissor fala. Esse é o “presente histórico”, utilizado para tornar mais próximo e mais emocionante o que está sendo narrado. 4º emprego O presente do indicativo é empregado também para designar algo que acontecerá em um futuro próximo. Ele chega daqui a duas horas Amanhã, Vou a Goiânia. PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa do singular: ia / va / nha) Expressa uma ação passada, mostra o acontecimento em sua duração, como algo não limitado no tempo e, portanto, como não acabado. Exemplo: Renan Calheiros se defendia a todo momento. Quando morava em Taguatinga, eu soltava pipa. Bizú: Usar o advérbio antigamente para saber se o verbo está no pretérito imperfeito. Exemplo: Antigamente eu viajava sozinha. Empregos importantes do pretérito imperfeito: 1 – O pretérito imperfeito é usado ainda para exprimir um processo que estava em desenvolvimento quando da interrupção por outro evento. Exemplo: Ele falava sobre futebol quando o professor interrompeu. 2 – Também se emprega o imperfeito no lugar do presente do indicativo para manifestar cortesia. Exemplos: Professor, você pode me explicar o assunto? (presente) Professor, você podia me explicar o assunto? (imperfeito) PRETÉRITO PERFEITO (Terminação da 1ª pessoa do singular: i) Exprime um fato passado e totalmente acabado. Exemplo: “O governador mostrou a solução para o problema”. PRETÉRITO MAIS-QUE-PERFEITO (Terminação de 1ª pessoa do singular: ra) Expressa um fato concluído, anterior a outro fato do passado. Exemplo: Quando o professor chegou, o João já tinha feito os exercícios. Pretérito + que perfeito composto. Nota-se que o João fez os exercícios antes da chegada do professor. A ação de fazer os exercícios é anterior à de chegar. Observação 1: Como você já sabe, a forma verbal chegou está no pretérito perfeito, Indica ação passada, completamente realizada e de duração definida. Se tinha feito indica ação anterior a chegou, que está no pretérito perfeito, é mais velha que a que está no perfeito. Se esse fato é mais velho que o que está no perfeito, só pode ser mais-que-perfeito. Observação 2: Tinha feito é a forma composta do pretérito mais-que-perfeito e equivale à forma simples fizera. Pretérito + que perfeito composto = verbo tinha ou havia + particípio. FUTURO DO PRESENTE (terminação da 1ª pessoa do singular: rei) Indica um fato futuro em relação ao momento em que se fala ou escreve. Amanhã entrará em campo. Amanhã chegarei na hora exata. O concurso se realizará no próximo ano. 1 – O futuro do presente pode assumir, dependendo do contexto, valor de imperativo: “Amarás a Deus sobre todas as coisas...” “Não tomarás seu santo nome em vão..” 2 – O futuro do presente pode ser empregado em construções que dão a idéia de dúvida ou incerteza: Quem será? Onde estarão os meus familiares nessas turbulências? *Futuro do presente composto = verbo ir + infinitivo Exemplo: Vou estudar. FUTURO DO PRETÉRITO (terminação da 1ª pessoa do singular: ria) Exprime um fato futuro tomado em relação a um fato passado. Naquele instante, o deputado constatou que o projeto seria barrado. Observe que “seria barrado” é posterior ao momento da constatação do deputado. 1 – O futuro do pretérito pode exprimir dúvida ou incerteza em relação a um fato passado: Quem seria aquele homem que morreu? Haveria poucos alunos na sala. Observe a seguinte construção: Se ela for embora, o que você faria? A frase tem um defeito básico: os tempos verbais não foram corretamente selecionados. •For se correlaciona com fará (futuro do presente): Se ela for embora, o que você fará? •Para empregar faria (futuro do pretérito), é necessário usar fosse: Se ela fosse embora, o que você faria? OS TEMPOS DO MODO SUBJUNTIVO PRESENTE (terminação da 1ª pessoa do singular: A / E) É empregado nas orações subordinadas para expressar fatos presentes ou futuros. É justo que eles fiquem. Desejo que todos compareçam. Construções espúrias: Você quer que eu compro? Você quer que eu sirvo? Construções escorreitas: Você quer que eu compre? Você quer que eu sirva? PRETÉRITO IMPERFEITO (terminação da 1ª pessoa do singular: SSE) Indica uma ação passada, presente ou futura em relação ao verbo da oração principal. Emprega-se com as conjunções quando, que, se. Importante! Em regra, emprega-se o pretérito imperfeito do subjuntivo, em correlação com o futuro do pretérito do indicativo. Se neste momento eu tivesse coragem, contaria a verdade. (presente) Mesmo que saísse antes, não teria chegado a tempo. (passado) Ficaria feliz se ele fosse à minha casa. (futuro) Ainda queeu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine. FUTURO DO SUBJUNTIVO Em regra, emprega-se em correlação com o futuro do presente do indicativo. Quando ele passar no concurso, viajaremos mais. (oração subordinadas adverbial temporal) Se ele fizer a prova, será o primeiro colocado. (oração subordinada adverbial condicional) 2 – O pretérito imperfeito do subjuntivo pode correlacionar-se com o pretérito perfeito do indicativo e com o pretérito imperfeito do indicativo. Sugeri a você que não vendesse o carro. Esperava que você fosse atencioso com ele. FUTURO (terminação da 1ª pessoa do singular: R) Indica fatos prováveis, possíveis, mas ainda não realizados. Emprega-se com as conjunções se e quando. Quando o Roriz vier, tudo será solucionado. -------------------------------------- Anotações importantes – questões CESPE - Não confundir aposto enumerativo com termos coordenados. a) refere-se a um substantivo (aposto é termo acessório) b) termos coordenados assindéticos: termos com a mesma função dentro da oração não ligados por conjunção. Banco do Brasil 2007 No segundo período do texto, o emprego de vírgula após as palavras "pedofilia" e "bancárias" justifica-se por isolar aposto. (errado) Os principais alvos da Polícia são pedofilia, fraudes bancárias, hackers e pirataria de arquivos de vídeo e áudio. Os principais alvos da Polícia = Objeto direto São: VTD Pedofilia, fraudes bancárias, hackers e pirataria de arquivos de vídeo e áudio: Sujeito com elementos coordenados.- Crase; - Colocação Pronominal. Termos Essenciais da Oração - Sujeito; - Predicado. Termos Integrantes da Oração - Complemento Nominal - Objeto Direto; - Objeto Indireto; - Agente da Passiva. Termos Acessórios da Oração - Adjunto Adnominal; - Adjunto Adverbial; - Aposto. Termos Relacionados a Verbos - Objeto Direto alvos da ação - Objeto Indireto - Adjunto Adverbial advérbio ou locução adverbial - Agente da Passiva. Termos essenciais da oração Sujeito e Predicado Classificações do predicado PV = o núcleo é o verbo significativo. PN = o núcleo é o predicativo PVN = verbo significativo + predicativo Predicado: tudo aquilo que não é sujeito. Verbo Significativo: todos os verbos, exceto o de ligação. Exemplos: Predicado 1. Os deputados/ saíram atônitos do plenário. (PVN – Verbo + Predicativo) SUJ VI ADJ ADV PRED. SUJ ADJ ADV Predicado 2. Havia muitos torcedores na rua. (PV – Somente Verbo) VTD OD ADV ADJ ADV Predicado 3. O professor/se encontra ocupado. (PN – Somente Predicativo, VL não é significativo) SUJ VL ADJ PRED SUJ Adjunto Adnominal X Predicativo do Sujeito Adjunto Adnominal = Termo interno. Como identificar? 1° passo: delimitar o sujeito da oração; 2° passo: classificar os elementos presentes no sujeito (usar a morfologia para chegar à sintaxe). Exemplo: 1° passo: A produção industrial ficou estável em março. (Sujeito) 2º passo: A = artigo adjunto adnominal Produção = substantivo núcleo do sujeito Industrial = adjetivo adjunto adnominal (Não poderia ser um predicativo, pois o termo está dentro do sujeito). Atenção: Poderá ser adjunto adnominal: artigo, adjetivo, pronome adjetivo e numeral adjetivo. Pronomes e numerais substantivos serão classificados como núcleo, pois sua função é substituir o substantivo. Predicativo do Sujeito = Termo autônomo. Como identificar? Usar a morfologia para chegar a uma conclusão. O predicativo do sujeito morfologicamente é classificado como adjetivo, ou seja, se o elemento em questão for um adjetivo e não estiver dentro do sujeito e ainda assim se referir ao núcleo, então será um predicativo do sujeito. Exemplo: A produção industrial ficou estável em março. (sujeito) (adjetivo) Estável é um adjetivo que se refere ao núcleo (produção) e está destacado do sujeito, logo estamos diante de um predicativo do sujeito (termo autônomo). Observação: Sintaticamente o adjetivo poderá ser classificado como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). Considerações sobre Predicado, Adjunto Adnominal e Predicativo Exemplos: 1. O professor deixou a turma apreensiva, quando resolveu a questão. A questão 1 será analisada de forma desmembrada para facilitar a compreensão. Predicado Verbo Nominal a) O professor/ deixou a turma apreensiva. SUJ VTD OD PRED. OBJ Substituição Lexical: O professor a deixou apreensiva. (ok) SUJ OD VTD ADJ PRED OB Predicado Verbal b) Quando resolveu a questão difícil. VTD OD ADJ ADJ ADN Substituição Lexical: Quando a resolveu difícil. (errado) Observação: O adjetivo difícil não poderia ser classificado como predicativo, pois não admite substituição lexical. Predicado Nominal 2. O examinador/tornou a questão complexa. SUJ VL OD ADJ PRED OBJ Substituição Lexical: O examinador tornou a complexa. (ok) Predicado Verbal 3. O repórter/ entrevistou o jogador internacional. SUJ VTD OD ADJ ADJ ADN Substituição Lexical: O repórter o entrevistou internacional. (errado) O adjetivo internacional não poderia ser classificado como predicativo, pois não admite substituição lexical. Predicado Nominal 4. A chuva/ tornou-se forte. SUJ VL ADJ PRED SUJ Neste exemplo o adjetivo “forte” poderia ser um adjunto adnominal ou um predicativo do sujeito, pois o termo em questão não está próximo a um objeto como nos exemplos anteriores. Neste caso temos um predicativo do sujeito, pois o adjetivo “forte” está se referindo ao sujeito “a chuva”. Predicado Verbo Nominal 5. Chamei o professor de intransigente. VTD OD ADJ PRED. OBJ PREPOSICIONADO Não poderíamos classificar o verbo “chamei” como VTDI colocando o termo “de intransigente” como OI, pois o adjetivo intransigente está qualificando o objeto, portanto a classificação adequada é predicativo do objeto. Atenção: O predicativo do objeto pode vir preposicionado. Transitividade Verbal Dica: para descobrir a transitividade verbal é indicado usar a técnica da eliminação, ou seja, primeiro classifique os termos presentes na oração de acordo com a morfologia e em seguida verifique a relação que o verbo mantém com os termos listados. Os verbos podem ser classificados como: Verbo Transitivo Direto = VTD Verbo Transitivo Indireto = VTI Verbo Transitivo Direto e Indireto (Bitransitivo) = VTDI Verbo Intransitivo = VI Verbo de Ligação = VL Verbo Transitivo Direto É o complemento verbal exigido pelo verbo sem a necessidade de preposição. Exemplo 1: A operação lava jato colocou, no banco dos réus, vários parlamentares. SUJEITO VTD OD Observação 1: A pergunta a ser feita ao verbo não exige a presença de preposição, pois trata-se de um verbo com transitividade direta. Observação 2: O termo “no banco dos réus”, embora possua a preposição “em”, não poderia ser classificado como objeto indireto por dois motivos: 1° A termo em questão refere-se ao verbo e indica uma circunstância de lugar, ou seja, estamos diante de um adjunto adverbial de lugar. (Morfologicamente seria classificado como locução adverbial e nesse caso jamais poderia receber uma classificação sintática diferente, uma vez que locuções adverbiais só podem assumir a função sintática de ADJUNTO ADVERBIAL); 2° O termo “no banco dos réus” está grafado entre vírgulas. Novamente não poderia ser classificado como objeto indireto, pois não se separa verbo do seu complemento.Objeto Direto Exemplo 2: O ministro da CGU, Jorge Hage, pediu acesso, mais de uma vez, aos depoimentos da delação premiada. Classificação sintática: O ministro da CGU = Sujeito Jorge Hage = Aposto explicativo Pediu = VTD Acesso aos depoimentos da delação premiada = Objeto Direto Mais uma vez = Adjunto Adverbial de Frequência deslocado dentro do objeto direto. Exemplo 3 SUJEITO APOSTO VTD OD Continuação OD O ministro da CGU, Jorge Hage, pediu acesso, mais de uma vez, aos depoimentos da delação premiada. Loc. Adv. (Adj. Adv) Pesquisar sobre objeto direto pleonástico. (Ver questão QC 910489 – Prova EMAP) Verbo Transitivo Indireto É o complemento verbal que exige preposição. Exemplo 1: PIV O presidente se queixou das barganhas do Legislativo. VTI OI de+ as Verbo Intransitivo Pode vir acompanhado por um adjunto adverbial, predicativo ou simplesmente vir sozinho dentro da oração. Exemplos 1 VI + Adjunto Adverbial O deputado saiu do plenário. SUJEITO VI ADJ ADV Observe que o verbo exigiu um complemento circunstancial e neste caso não poderia ser atribuído a ele a qualidade de objeto indireto, pois implicitamente podemos enxergar o valor de lugar presente na pergunta “onde” que é feita ao verbo. Exemplo: O deputado saiu de onde? Podemos dizer que o objeto é uma informação necessária, enquanto que o adjunto adverbial é uma informação acessória. (Primeiro perguntamos o que é e só depois perguntamos onde). Exemplo 2 SUJEITO VI O ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva viaja a Brasília nesta quarta-feira. Adj adv. Adj. Adv VI + Predicativo do Sujeito O deputado saiu assustado. (sujeito) VI (adjetivo – Predicativo do sujeito) Observação Geralmente quando nos deparamos com um adjetivo próximo ao verbo a primeira impressão que temos é a de estar diante de um advérbio, nessas situações é indicado tentar flexionar o termo em questão (fem/masc ou sing/plur), caso seja possível podemos eliminar a possibilidade de se tratar de um advérbio, pois tal classe morfológica é invariável. Exemplo: A deputada saiu assustada. (flexão de gênero) Os deputados saíram assustados. (flexão de número) Note-se que o termo em questão flexionou em ambos os casos para concordar com o substantivo no qual ele se refere. Trata-se de um adjetivo posicionado fora do sujeito que se refere ao núcleo, portanto estamos diante de um predicativo do sujeito (termo autônomo). VI + Nada O deputado saiu. (sujeito) VI Neste caso, por eliminação, só poderia ser atribuído ao verbo a qualidade de Verbo Intransitivo pela ausência de complementos. Verbo de Ligação Para ser considerado Verbo de Ligação são necessárias duas condições: Predicativo do sujeito + verbo indicando de estado OU característica. Exemplo 1: O aluno se tornou disciplinado. (sujeito) VL Predicativo Obs1: “Disciplinado”, morfologicamente, é classificado como adjetivo e se refere ao sujeito “o aluno”, logo estamos diante de um predicativo do sujeito. Obs2: O verbo “se tornou” indica estado. Exemplo 2: Pedro é pedra. (SUJ) VL (predicativo) No exemplo acima temos um caso especial em que um substantivo (pedra) textualmente assume a função adjetiva. Atenção: Ficar ligada quando surgir um verbo locativo (ir, vir etc.) dentro de uma oração, é possível que ao invés de um objeto tenhamos um adjunto adverbial de lugar como complemento. Termos relacionados a nomes 1. Aposto 1. Adjunto Adnominal 1. Complemento Nominal 1. Predicativo 1 – Aposto Características: 1. Refere-se a nome (substantivo x substantivo) 1. Expressão de natureza substantiva; 1. Identidade semântica (uma coisa remete a outra); 1. Característica única. O Aposto pode ser explicativo, restritivo ou enumerativo. Obs: Sigla TF = Termo fundamental. É o elemento central na análise do aposto, pois o termo substantivo a ser analisado refere-se a ele. É o termo que está sendo explicado. Atenção: A supressão de um aposto em um texto provoca perda SEMÂNTICA! Aposto Explicativo Ex: O presidente do STF, Ricardo Lewandowski, negou o recurso do advogado de Dilma. (TF) Aposto Explicativo Como analisar? 1. “Ricardo Lewandowski” refere-se a uma expressão de valor substantivo: “O presidente do STF” (Termo Fundamental); 2. A expressão Ricardo Lewandowski possui natureza substantiva; 3. Existe uma identidade semântica entre as expressões “Ricardo Lewandowski” e “O presidente do STF”, ou seja, quando falamos sobre o presidente do STF facilmente o ligamos ao nome “Ricardo Lewandowski”; 4. Característica única: só há um único Presidente no STF e este presidente é o Ricardo Lewandowski. Aposto Restritivo Não possui característica única, ou seja, é parte do todo. É um termo interno que pode vir dentro de um sujeito, objeto ou até mesmo dentro de um aposto. Aposto restritivo dentro do Sujeito Exemplo 1: O Ministro do STF Ricardo Lewandowski negou o recurso do advogado de Dilma. (TF) Aposto Restritivo Como Analisar? Avaliar se o termo fundamental é um elemento único ou se é apenas parte de um todo. Exemplo: Dentro do STF existem 11 ministros, ou seja, Ricardo L. é apenas parte de um todo de 11 membros. Aposto restritivo dentro de outro aposto Exemplo O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, visitou o presidente do PSDB, senador Aécio Neves. Comentário: No exemplo acima temos três ocorrências de aposto. A primeira introduz um aposto explicativo em que o termo “presidente da Câmara” se liga ao aposto “Rodrigo Maia” formando uma característica única. A segunda ocorrência temos o aposto explicativo “senador Aécio Neves” que se liga ao termo “o presidente do PSDB” que novamente forma um vínculo no qual podemos identificar a presença de uma característica única entre os elementos relacionados. A terceira ocorrência, diferentemente das demais, introduz um aposto restritivo dentro do próprio aposto. Temos a palavra “senador” como termo fundamental e “Aécio Neves” como aposto que restringe a ideia a qual se refere. Nesse exemplo extraímos o entendimento de “parte do todo”, uma vez que dentro do senado existem diversos senadores e o texto refere-se a um senador específico restringindo o alcance do aposto. Aposto restritivo dentro de um objeto Exemplo: Aposto Enumerativo Sempre terá cunho explicativo, a diferença é porque possui 2 ou + elementos. Exemplo: Janot denunciou quatro caciques do PMDB: Cunha, Renan, Sarney e Jucá. (Aposto Enumerativo) ATENÇÃO: O aposto equivale sintaticamente ao termo que ele se refere. (DE ACORDO COM CELSO CUNHA). Aposto Topicalizado É usado para enfatizar determinada informação. É bastante utilizada no meio jornalístico para dar ênfase a profissão da pessoa de quem se fala. (É o fenômeno da “coisificação”). Exemplo: Ex-ministro do STF, Eros Grau disse que o impeachment não é golpe. (aposto) (TF) Adjunto Adnominal x Predicativo do Objeto - Termo interno - Termo autônomo; - Não admite substituição Lexical - Admite substituição; - Característica permanente - Característica temporária. Como diferenciá-los? Observar se o elemento em questão (adjetivo na morfologia) está ao lado do nome na maioria das vezes não é suficiente para classificá-lo como Adjunto Adnominal ou Predicativo do Objeto. Para descobrir a classificação correta será necessário fazer uma substituição lexical (substituir o núcleo do objeto por um pronome), se for possível estaremos diante de um Predicativo do Objeto, do contrário será um Adjunto adnominal e este último integrará o próprio objeto, uma vez que todo Adjunto Adnominal é um termo interno. Atenção: O predicativo do objeto pode vir preposicionado. Tomar cuidado para não confundir a transitividade do verbo e classificar o predicativo como objeto indireto. Exemplos Predicativo do Objeto Exemplo 1 O examinador tornou a prova difícil. Suj. VTD OD POD A substituição lexical é possível, veja: O examinador a tornou difícil. Exemplo 2 Linha dura contra mulçumanos tornou França alvo de radicais Suj. VTD OD POD A substituição lexical é possível, veja: Linha dura contra mulçumanos a tornou alvo de radicais. Exemplo 3 Os alunos consideraram o professor intransigente Suj. VTD OD POD A substituição lexical é possível, veja: Os alunos o consideraram intransigente. Exemplo 4 O diretor acusou o professor de injusto. (Exemplo de predicativodo objeto preposicionado) Suj. VTD OD PDO A substituição lexical é possível, veja: O diretor o acusou de injusto. Atenção: No exemplo acima temos um verbo com transitividade direta. O termo “de injusto” não pode ser classificado como objeto indireto, pois morfologicamente o termo em questão possui sentido adjetivo, dessa forma jamais poderia ser classificado como objeto. (Adjetivos só podem ser classificados em Adjunto Adnominal ou Predicativo pela sintaxe). Adjunto Adnominal Exemplo 1 O repórter entrevistou o jogador internacional. Suj. VTD OD A. Adnominal. A substituição lexical não é possível. Veja: O repórter o entrevistou internacional. (Há quebra de coesão). Exemplo 2 Os alunos resolveram as questões complexas. Suj. VTD OD A. Adnominal. A substituição lexical não é possível. Veja: Os alunos as resolveram complexas. (há quebra de coesão). Questão para fixação O adjetivo “viva” na oração “Deixo a aranha viva” exerce a mesma função sintática que em Uma aranha viva assustou o escritor. Deixo a aranha viva Deixo-a viva. (Substituição ok) Eu = Sujeito elíptico Deixo = VTD A aranha = Objeto direto Viva = adjetivo Predicativo do Objeto Uma aranha viva assustou o escritor. Sujeito VTD OD No exemplo acima temos indiscutivelmente um adjunto adnominal, uma vez que tal elemento integra o próprio sujeito, portanto a questão está incorreta. Adjunto Adnominal x Complemento Nominal Adjunto Adnominal Complemento Nominal Substantivo Concreto Adjetivo - Advérbio Substantivo Abstrato Substantivo Abstrato Com ou Sem Preposição Com Preposição · Quando o termo em questão se referir a um adjetivo ou a um advérbio estaremos diante de um Complemento Nominal. · Quando o termo objeto de análise se referir a um substantivo concreto estaremos diante de um Adjunto Adnominal. · Quando o termo não preposicionado referir-se a um substantivo abstrato será um Adjunto Adnominal. · Quando o termo preposicionado referir-se a um Substantivo Abstrato poderá ser classificado como Adjunto Adnominal ou Complemento Nominal. Como diferenciar um substantivo abstrato de um substantivo concreto? Substantivos Abstratos: sua existência depende de uma ação verbal. (Substantivos deverbais). Exemplos: Contratação = precisa de alguém para contratar; Invenção = precisa de alguém para inventar. Os substantivos abstratos designam: Qualidades Sensações Sentimentos Ações Bizú: Geralmente são derivados de adjetivos ou verbos: Exemplo: Simplicidades = simples Aviso = avisar Substantivos Concretos: possuem existência independente. Designam: Nome de pessoas Lugares Organizações Fenômenos reais, possíveis ou fictícios, materiais, mentais ou espirituais. Exemplos: Deus, fada, alma, chuva, dia, carro etc. Importante: Adjuntos Adnominais geralmente indicam posse, matéria, qualidade, origem, especialidade. Adjunto Adnominal relacionado a Substantivo Concreto: Exemplos: A polícia encontrou o carro do professor. Subs.C (A.A Posse) Comprei a mesa de madeira. Subs.C (A.A Matéria) Você é um rapaz de ouro. Subs.C (A.A Qualidade) A aluna de Goiânia foi a primeira no concurso de bolsa da escola de inglês. Subs.C (A.A Origem) Subs.C (A.A Qualidade) Atenção: No texto um adjunto adnominal pode ser confundido com um predicativo (do sujeito ou do objeto) ou com um complemento nominal. Complemento Nominal relacionado a Adjetivo Exemplo: Deus é digno de louvor. Adj. C.N Complemento Nominal relacionado a Advérbio Exemplo: O condutor defensivo previne acidentes, independente de fatores externos. Adv. CN Substantivo Abstrato Preposicionado · Será CN: Quando o termo que completa o nome for alvo da ação (relação objetiva). Bizú: ideia de paciente; · Será Adj. Adnominal: Caso o termo preposicionado seja possuidor do termo regente ou agente da ação. (Relação subjetiva). Bizú: Ideia de agente. Relação Objetiva x Relação Subjetiva Como identificar no texto? Transforme o substantivo abstrato (deverbal) em verbo e faça uma paráfrase dos elementos existentes na construção anterior. Se o termo que completa o nome for classificado como sujeito nesta nova construção, estaremos diante de um Adjunto Adnominal. Se o termo em questão for classificado como objeto, estaremos diante de um Complemento nominal. Exemplos: Complemento Nominal S. Abst. CN A invenção de palavras caracteriza o estilo de Guimarães Rosa. Paráfrase: Guimarães Rosa inventa as palavras. Sujeito VTD OD ou As palavras são inventadas = ideia passiva (paciente) S. Abst. CN A invasão do palácio causou medo. Paráfrase: (...) invadiram o palácio. VTD OD Ou O palácio foi invadido = ideia passiva (paciente) Adjunto Adnominal S. Abst. A.A Movimento de turistas em Istambul dá lugar para clima pesado e instável. Paráfrase: Os turistas se movimentam. Sujeito Obs: os turistas são os agentes da ação. S. Abst. A.A A invasão de João Dias causou medo. Paráfrase: João Dias invadiu. Sujeito Obs: João Dias é o agente da ação. Exemplos interessantes Exemplo 1 A plantação de trigo foi destruída pelo incêndio. (CN) Plantação – substantivo concreto o trigo foi plantado - paciente Exemplo 2 A plantação de trigo cria divisas para o país. (Adj. Adn.) Plantação – substantivo abstrato Atividade de plantar cria divisas, gera riquezas. Não se refere a uma plantação qualquer. Exemplo 3 É-lhe difícil comportar-se bem. (CN) É difícil para/a ele (a preposição está implícita) Estabelece relação com o adjetivo difícil Situação especial Há situações em que será necessário consultar o contexto para determinar a classificação do termo em questão. Exemplo: A lembrança do meu pai alegrou-me. Agente A.A = o meu pai lembrou Paciente CN = o meu pai é lembrado. 1. Questão de Concurso (Q930030) (Lhe indicando posse = adjunto adnominal) Na frase “o arrastar na sombra denunciava-lhe prestígio negativo” (l. 7 e 8), a substituição do pronome oblíquo “lhe” por a ela prejudicaria a correção gramatical do texto. (Correto) Correção: o arrastar na sombra denunciava o prestígio negativo " DELA” (DA CLASSE PROPRIETÁRIA). Observação: Em regra o pronome lhe funciona como objeto indireto, substituindo pessoas, uma das exceções será quando funcionar como adjunto adnominal tendo valor de posse, sendo então substituído por pronomes possessivos: seu, sua, dele, dela etc. 2. Questão de Concurso (FGV/TJPI/2015) O segmento textual em que a preposição é uma exigência de um termo anterior é: (A) digitação de mensagens; CN – mensagens são digitadas (relação passiva) (B) fones de ouvido; (adjunto adnominal) (C) letras de seus celulares; (adjunto adnominal) (D) teclados de computadores; (adjunto adnominal) (E) casos de adultério (adjunto adnominal) Observações - Só será caso de regência nominal quando houver complemento nominal. - O complemento nominal está para o nome assim como o complemento verbal está para o verbo. - Quando o adjunto adnominal estiver preposicionado ele será uma locução adjetiva (função caraterizadora, ou seja, não é caso de regência). Preposições x Adjuntos Adnominais e Complementos Nominais/Verbais Preposições podem ser de dois tipos: gramaticais e nocionais. - Gramaticais: são exigidas pela regência de termos anteriores. - Nocionais: são empregadas para veicular algum sentido. Regência (Preposição) Verbal: obedeço à lei. VTI OI Nominal: obediência à lei. S. ABST CN Observação: O nome está para o complemento nominal assim como o verbo está para o complemento verbal. Preposições Gramaticais: ocorrem quando sãoexigidas pelo verbo ou complemento nominal (regência verbal ou nominal). Preposições Nocionais: ocorrem quando a relação é com adjunto adnominal. Lembre-se de que a relação do adjunto adnominal é subjetiva (de SUJEITO), ou seja, a preposição não decorre de regência. Período Composto 1. Por subordinação (dependência sintática): Orações subordinadas substantivas Orações subordinadas adjetivas Orações subordinadas adverbiais 2. Por coordenação (independência sintática): Orações coordenadas assindéticas Orações coordenadas sindéticas Orações subordinadas substantivas Podem ser: a. Subjetivas; b. Objetivas direta; c. Objetivas indireta; d. Apositivas; e. Completivas nominais; f. Predicativas. Orações subordinadas adjetivas Podem ser: a. Explicativas; b. Restritivas. Orações subordinadas adverbiais Podem ser: a. Temporais b. Causais; c. Condicionais; e. Finais; f. Proporcionais; g. Comparativas; h. Conformativas; i. Consecutivas. Dica para resolver questões sobre período composto: 1º passo: identificar os verbos na oração e separar no local em que houver um conectivo e nos demais verbos. 2º passo: usar a morfologia para entender a função dos termos em questão e assim chegar à resposta. Obs: Dependência sintática ocorre quando uma oração exerce uma função sobre a outra. (Fuja daquela ideia de que só haverá dependência sintática quando a retirada da oração causar prejuízo para o entendimento do texto, pois nesse caso a análise recairá sobre a semântica e não sobre a sintaxe). Orações subordinadas adjetivas Observações importantes: A restrição reside na diferença. É uma parte do todo. A oração restritiva equivale a um adjunto adnominal, por esse motivo não é permitido inserir vírgula nessas orações. (Para tirar a prova basta transformar o período composto em simples e em seguida realizar uma análise sintática dos elementos). A oração explicativa será grafada entre vírgulas porque se assemelha a um aposto explicativo. (Nesse caso ela não equivalerá, pois dentro de um aposto não tem verbo). Exemplo 1: O.P O.P O ministro Celso de Mello/, que é decano da mais Alta Corte do País,/não se posicionou. O. S. Adj. Explicativa Obs: As orações explicativas se ASSEMELHAM a um aposto explicativo. Nesse caso para aplicar o sentido pretendido à oração basta fazer a pergunta para o termo fundamental (quantos ministros Celso de Mello existem no STF?), se a resposta informar que só há um elemento dentro do universo em questão então estaremos diante do TODO, ou seja, uma explicação. Exemplo 2: O ministro Celso de Mello, decano da mais Alta Corte do País, não se posicionou. (Aposto explicativo). Obs: Nesse exemplo, com a retirada do verbo, temos um aposto explicativo numa estrutura de período simples. Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas As mulheres/ que tirarem a mama /deverão ser submetidas a uma cirurgia de reconstituição. O. S. Adj. Restritiva Tirarem = Futuro do Subjuntivo (indica dúvida, hipótese) Somente as enfermas tirarão as mamas, ou seja, parte do todo. Observação: As orações adjetivas com verbo no modo SUBJUNTIVO sempre serão RESTRITIVAS. Uma explicação recai sobre algo certo, por esse motivo o modo subjuntivo não pode indicar uma explicação, uma vez que este modo verbal denota incerteza, dúvida. Aprofundando 1) Entre os autores mais antigos é comum marcar com a vírgula a pausa no fim da oração adjetiva restritiva, especialmente “quando esta é constituída por dizeres muito longos” (Said Ali, Gramática Secundária, 3. ed., Brasília, Ed. da UnB, 1964, p. 229). Exemplo: OP Oração 2 “As famílias / que se estabeleceram naquelas encostas meridionais das longas serranias chamadas pelos antigos Montes Marianos, /conservaram por mais tempo os hábitos erradios dos povos pastores.” Virgula marcando a pausa (recurso estilístico) Evanildo Bechara afirma: “Para separar, quase sempre, as orações adjetivas restritivas de certa extensão, principalmente quando os verbos de duas orações diferentes se juntam. (Gramática Escolar) Exemplo: OP O. Restritiva OP “As injúrias/ de que se reveste, /são o assunto habitual de chocarrices parlamentares.” Separação de verbos – recurso estilístico Bizú: CESPE - sinônimos de restringir: especificar, delimitar. Oração Subordinada Adjetiva Explicativa Observação: existem construções textuais que não permitem a retirada ou a inserção de vírgula, pois o contexto não autoriza uma mudança de sentido. Exemplo: O. S. Adj. Explicativa O presidente do STF, que assumirá a condução do julgamento do impeachment, foi indicado no governo Lula. No exemplo acima a vírgula é obrigatória e sua retirada causa prejuízo gramatical, porque no STF só há um Presidente e neste caso não cabe uma interpretação restritiva (não bate com a realidade). Pronome Relativo - QUE 1. Oração subordinada adjetiva; 2. Admite substituição lexical por “o qual” ou variações; 3. É um termo anafórico (referente anterior); 4. Possui função sintática. Obs1: o PR retoma o Substantivo e os seus regidos. Regidos pelo substantivo: - Artigo - Adjetivo - Numeral - Pronome - Locução Adjetiva. Obs2: A função que o QUE exerce é a função que o termo que ele substitui exerceria. Obs3: para descobrir se uma oração é subordinada adjetiva basta substituir o elemento em questão pelo termo anterior (o termo anterior deve ser um substantivo), e em seguida organizar a oração na ordem direta. Se a oração produzir uma informação lógica, estaremos diante de um pronome relativo. Obs4: as bancas costumam cobrar a função sintática exercida pelo “que”, para resolver questões desse tipo primeiro verifique se o termo em questão estabelece conexão com um substantivo em seguida verifique se a substituição vocabular é permitida, se a resposta for positiva estaremos diante de um PR. Exemplo 1: Oração 1 Oração 2 Oração 1 A Venezuela,/ que passa por grave crise,/ é citada por alguns adversários da presidente afastada como o suposto "modelo" /que os governos petistas almejariam. Oração 3 Oração 2: A Venezuela passa por grave crise. Sujeito VTI OI Oração 3: (...) os governos petistas almejariam o suposto modelo. Sujeito VTD OI Na primeira ocorrência PR que retoma “A Venezuela” possui função de sujeito, já na segunda retoma “o suposto modelo” classificando-se sintaticamente em objeto direto. Exemplo 2: Oração 1 Oração 2 O abandono dos estudos aumenta desde 2001 nas cidades /em que há mais beneficiados. (...) há mais beneficiados nas cidades. VTD OD Adj. Adv lugar Oração 2: O PR retoma “as cidades” (a preposição “em” presente na oração 1 não acompanhará “as cidades”, pois não faz parte do rol de termos regidos pelo substantivo) e ao ser combinada com a preposição “em” da oração 2 forma a expressão locativa “na”. A Oração acima não tem sujeito porque o verbo haver é impessoal. Atenção O “que” pode ser: pronome relativo, partícula expletiva ou conjunção integrante. Ocasionalmente pode ser empregada para introduzir uma oração adverbial. (Verificar a semântica). Observação: quando o “que” puder ser substituído pelo pronome indefinido “qual” numa oração substantiva,então o “que” não será uma conjunção integrante. (Ver questão Q542233). Atenção 2: O “que” relativo é importante para a concordância/regência. Exemplo 1: A transição foi dificultada pelos impactos da crise mexicana /que levaram o Banco Central a adotar medidas excepcionais. O verbo “levaram” encontra-se no plural por concordar com o sujeito “os impactos da crise mexicana”. Embora a expressão esteja preposicionada não haverá incorreção na classificação sintática, pois o PR retomará apenas o termo com valor substantivo juntamente com os seus regidos, ou seja, a combinação “pelos” é a junção da preposição “por” + o artigo “os” e neste caso o PR retomará apenas a parte referente ao artigo deixando a preposição de fora. Análise sintática: Os impactos da crise mexicana levaram o Banco Central a adotar medidas excepcionais. Sujeito VTDI OD OI Observação: é possível a substituição do verbo “levaram” pelo verbo “levou”, porém o sentido seria alterado. Ao fazer a substituição proposta o sujeito seria modificado e o verbo passaria a concordar com a expressão “a crise mexicana”. Exemplo: A transição foi dificultada pelos impactos da crise mexicana /que levou o Banco Central a adotar medidas excepcionais. Análise sintática A crise mexicana levou o Banco Central a adotar medidas excepcionais. Sujeito VTDI OD OI. Exemplo de prova: Questão Ladrões teriam usado a estrutura do próprio equipamento como alavanca para quebrar as travas de segurança nas estações, que, a não ser por isso, permaneceram intactas. (CESPE SERPRO 2010) A forma verbal “permaneceram” concorda com seu referente, que é “travas de segurança”. (errado) O PR “que” retoma apenas palavras substantivas e seus regidos (retomará “as estações), logo as preposições estão excluídas. Observação: Não seria possível o verbo referir-se a “travas de segurança”, pois seria incoerente. Interpretando: A não ser por isso (pela quebra das travas de segurança), as estações permaneceram intactas. Oração Adjetiva Reduzida - Não há pronome relativo; - Verbo na forma nominal: Infinitivo (jogar); Gerúndio (jogando); ou Particípio (jogada). Obs: o particípio é a única forma verbal que flexiona em gênero. (Muitas vezes é confundida com adjetivo). Exemplo: O. S. Adjetiva Explicativa Reduzida de Particípio A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito. Atenção: o trecho destacado, embora tenha natureza explicativa, jamais poderia ser confundido com um aposto explicativo devido a presença de verbo. Orações Subordinadas Substantivas Que: Conjunção Integrante - Oração subordinada substantiva; - Não possui função sintática (porque não estabelece relação anafórica). Observação: segundo a gramática normativa, temos apenas duas conjunções integrantes: “que” e “se”, porém é possível encontrar outras palavras exercendo a função integrante. (Sempre avaliar o contexto). A oração subordinada terá valor de substantivo, para tirar a prova basta substituir a oração subordinada por um substantivo ou expressão substantiva, se fizer sentido então será uma Oração Subordinada Substantiva. Elas podem ser: subjetiva, objetiva direta, objetiva indireta, apositiva, completiva nominal e predicativa. Como classificar? 1º identificar os verbos; 2º verificar se há ou não conjunção; 3º fazer a análise sintática da oração principal. Aquilo que faltar na oração principal será o termo responsável por valorar a oração subordinada. Oração Subordinada Objetiva Direta OP. CI. O. S. S. O.D Franceses perguntam/ se os ataques terroristas se tornarão “o novo normal”. Suj. VTD O que falta? = Objeto Direto. Oração Subordinada Objetiva Direta Exemplo 1: Adj. Adv O. S. S. O. I. Jamais duvidei/ de que as coisas mudariam. VTI o que falta? = Objeto Indireto Observação: a oração acima não poderia ser subjetiva, porque o sujeito está elíptico. Exemplo 2: Oração 1 Oração 2 Oração 3 Oração2 Organização diz / que tunisiano Mohamed Bouhlel,/ morto pela polícia no atentado,/ é um Sujeito VTD (CI) O. S. S. Obj. Direta O. S. Adj. Expl. Red. Particípio soldado do Estado Islâmico. Observação: Ao mesmo tempo em que a oração “2” é subordinada oração “1”, a oração “2” também é a oração principal da subordinada “3”. Oração Subordinada Completiva Nominal Exemplo: Sujeito VTD OD (o que falta?) CN O ministro da Justiça tem a convicção/ de que o armamento da sociedade é um retrocesso. CI. O “que” retoma o substantivo “convicção”, porém a sua função é completar o sentido do nome, logo o “que” não poderia ser classificado como PR, porque ao fazer a substituição não obteríamos uma informação lógica. (Quem tem convicção tem convicção de). Tirando a prova: O ministro da Justiça tem a convicção/ de que o armamento da sociedade é um retrocesso. 1ª possibilidade: Da convicção o armamento da sociedade é um retrocesso. (Sem coerência). 2ª possibilidade: O armamento da sociedade é um retrocesso da convicção. (Sem coerência). Atenção: Não confundir a conjunção integrante presente numa oração completiva nominal com um pronome relativo. Ambas as construções se referem a um substantivo, a diferença é que nas orações adjetivas o PR retoma o termo antecedente e produz uma informação lógica, já no caso das completivas nominais o termo subordinado completará o sentido do substantivo. Nas orações Completivas nominais não há necessidade de estabelecer uma diferença entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal, pois caso a oração complete o sentido de um nome (substantivo), então estaremos diante de um Complemento Nominal. (As orações com valor de adjunto adnominal serão adjetivas restritivas). Observação: existem duas orações substantivas que vêm com preposições exigidas pelo termo da oração principal: objetiva indireta e completiva nominal. Exemplo: 2 Oração 1 Oração 2 (OP) Oração 3 Quem anda pelos tribunais/ tem a sensação/ de que se pode iniciar um bombardeio. O. S. S. Subjetiva VTD OD O. S. S. CN. Observações 1: A oração 1 não é desenvolvida, tampouco reduzida (pois não possui o conectivo e não apresenta verbo no infinitivo). Essa oração é denominada justaposta (oração posta ao lado da outra sem conjunção). 2: A oração 1 completa o sentido da 2 e a oração 3 completa o sentido do nome “sensação”. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Exemplo 1: Oração desenvolvida VI O. S. S. Subjetiva Convém /que vocês estudem. o que falta? = sujeito Observação: a oração subjetiva é o mesmo que sujeito oracional. Exemplo 2: Pred. Suj. É necessário /que você estude. VL o que falta? = sujeito Oração reduzida OP. O. S. S. Subjetiva Reduzida de Infinitivo Convém/ estudar. (VI) o que falta? = sujeito Orações Subordinadas Substantivas Reduzidas - Não há Conjunção; - Verbo na forma nominal infinitivo. Exemplo 1: O.S.S.CN Tenho medo/ de morrer. VTD OD medo de que? = CN Exemplo 2: O.P O. S. S. Obj. Ind. Reduzida de Infinitivo. O professor obrigou os alunos / a fazer os exercícios. (Sujeito) VTDI OD OI. Curiosidade: Quando o sujeito semântico da oração reduzida de infinitivo estiver na oração principale for plural, a flexão do infinitivo será facultativa. Exemplo: Plural. O professor obrigou os alunos a fazerem os exercícios. flexão facultativa. Aprofundando 1. O Que (“O” = pronome demonstrativo e “Que” = pronome relativo) Exemplo: Suj. (VTD) OD Suj. VTD Todos sabem o / que o deputado acusado fez. Aquilo o que retoma o termo “aquilo” que exercerá a função de OD. Observação: Quando couber substituição por aquilo a divisão sempre será feita entre o “o” e o “que”. Para chegar a esta classificação, devem-se seguir alguns passos: 1) Faça a substituição lexical: “Todos sabem aquilo que o deputado fez”. 2) Divida as orações entre o demonstrativo “o” e o relativo “que”: Todos sabem o|que o deputado fez”. 3) Estabeleça a relação anafórica, ou seja, o “que” pronome relativo, como já estudamos, retoma o termo imediatamente anterior – que, neste caso, é o pronome demonstrativo “o” (aquilo). 4) Agora, depois da retomada do antecedente, classifique sintaticamente o pronome relativo “que”: “o deputado fez aquilo” (aquilo = objeto direto). Ressalte-se que a função do vocábulo “aquilo”, na oração 2, é a função sintática do pronome relativo “que” (objeto direto), porquanto este pronome retoma o demonstrativo “o” (aquilo). Atenção: 1. Ficar esperta quando vir o “o” e o “que” juntos. 2. O “o” pode ser retirado sem causar prejuízo sintático ou semântico, pois se trate de um mero apoio fonético. 2. É QUE (locução expletiva) A expressão “é que”, como locução expletiva ou de realce, é empregada para evidenciar um termo da oração, e não lhe cabe função sintática alguma. Exemplo: Os deputados é que saíram ganhando. (período simples) Suj. L. Expl. VI Adj. Adv. Observação: Se a expressão puder ser retirada sem prejudicar a estrutura da oração, então será uma locução de realce. Será considerado período simples, pois só há um verbo na oração. Exemplo 2: Foi por meio da teoria que o professor explicou a matéria. “Foi que” também pode ser retirada sem causar alteração na estrutura da oração. (É o mais perigoso nas provas). Observação: às vezes a retirada da locução expletiva causa mudança no sentido, porém geralmente as bancas não costumam abordar esse assunto por haver controvérsias entre os gramáticos. Exemplo: 1. Nós somos brasileiros. 2. Nós é que somos brasileiros. Observação: às vezes os termos da expressão “é que” vêm distante uma da outra. Quando você vir o “É” numa oração, primeiro verifique se o seu emprego está sendo relacionado ao “que”, se a resposta for positiva estaremos diante de um período simples. Exemplo de Prova: Texto: No começo da modernidade, Torquatto Accetto defendeu a ideia de uma dissimulação honesta como a necessidade, própria do caráter precário da condição humana, de adiantamento da verdade na esfera pública. Questão: O caráter explicativo do aposto nas linhas 3 e 4 permite que sejam inseridos os termos que é antes de “própria” (L.3), transformando-o em oração subordinada, sem se prejudicar a correção gramatical nem a coerência do texto. Certo: Reescritura Suj. VTD OD O. S. S. A.EXPL Torquato defendeu a ideia de uma dissimulação honesta como a necessidade,/ que é própria do caráter precário da condição humana, de adiantamento (...). Tirando a prova: A necessidade é própria do caráter precário (...) Exemplo 2: Comprei roupa confeccionada em Paris. (Adj. Adnominal) Comprei roupa que é confeccionada em Paris. (O. Sub. Adjetiva Restritiva) Atenção Quando houver a expressão "é que" num texto não será possível utilizar vírgulas para isolar a partícula de realce, pois o termo expletivo estabelece uma relação com o termo anterior, ou seja, o termo expletivo goza de uma relação de ênfase com o termo antecedente, por esse motivo não é permito a inserção de vírgula. Exemplo com questão de prova: (CESPE/IRBR/Diplomata/2015) Texto: Na literatura de ficção é que a falta de caráter dos brasileiros se revelou escandalosamente. Em geral, os nossos escritores mostraram uma admirável ignorância das coisas que estavam perto deles. Dada a posição que ocupa na oração, o termo adverbial “Na literatura de ficção” (linha 1) deveria estar isolado por vírgula, se atendido o rigor gramatical. (errado) Comentário: é proibida a inserção da vírgula entre a expressão de realce e seu referente. O qual e variações Este pronome concorda com o antecedente (pode flexionar) e pode substituir o “que” nas orações subordinadas adjetivas. Situações em que o emprego do “o qual” será obrigatório: a) Em regra – quando o pronome estiver precedido de preposição com duas ou mais sílabas –, deve-se empregar “o qual”, em vez de “que”. Exemplo: Esta é uma questão contra que a população pobre não reage. (incorreta) Esta é uma questão contra a qual a população pobre não reage. (correta) b) Empregam-se obrigatoriamente “o qual” e variações em vez de “que” quando este promover ambiguidade (anfibologia). Exemplo: Encontrei o autor da lei a que o professor fez referência. (construção ambígua) O professor fez referência ao autor ou à lei? Para eliminar a ambiguidade basta substituir o “que” por “a qual” ou por “o qual”, pois tais expressões flexionam para concordar com o seu referente. Exemplo1: Encontrei o autor da lei à qual o professor fez referência. O PR retoma “a lei”. Exemplo 2: Encontrei o autor da lei ao qual o professor fez referência. O PR retoma “o autor”. Observação: foi acrescentada uma preposição ao PR por exigência do substantivo “referência” (regência nominal). Observação 2: O pronome relativo “que” por ser invariável não aceita a presença de artigo, por esse motivo, em regra, não receberá o acento grave da crase. Exceção: quando o pronome “que” vier acompanhado por pronome demonstrativo e algum termo exigir preposição. Exemplo: A minha caneta é igual à que eu te dei. aquela. O substantivo igual exigiu a preposição “a” que será fundida com o pronome demonstrativo “a”. Pontuação nas orações subordinadas substantivas OP + Oração subordinada substantiva (em regra, não há vírgula). Exceção: Oração subordinada substantiva apositiva Atenção: Orações subordinadas substantivas + emprego de dois pontos Para gerar um efeito suspensivo da voz, acrescenta-se “:” ao invés da vírgula. Exemplo 1: OP O. S. S. O. D. Tentamos mostrar, que o idoso tem sua importância. VTD CI. Vírgula indevida. Exemplo 2: OP O. S. S. O. D. Tentamos mostrar: o idoso tem sua importância. VTD (oração justaposta) Os dois pontos podem ser usados nas Orações Subordinadas Substantivas com a vantagem estilística de se omitir a conjunção (gera o efeito suspensivo da voz). É um recurso estilístico interessante para evitar o uso excessivo do “que”. Observação: a oração do exemplo 2 não está reduzida, pois o verbo não está na forma infinitiva. Nessa construção a oração está justaposta. Observação 2: Dentro das orações substantivas há um caso em que o uso da vírgula será obrigatório devido ao seu caráter explicativo, estamos falando das Orações Apositivas. As orações apositivas são muito parecidas com as orações restritivas explicativas, entre elas existe apenas uma diferença técnica, pois no final das contas as duas são utilizadas para introduzir uma explicação. Observação 3: as orações subordinadas apositivas têm a função de explicar o que ficou vago na oração anterior. Exemplo 1: OP PR O. S. Adj. Explicativa Surge uma evidência importante, / que é o papel ordenador da linguagem. VI SUJ uma evidência importante (...) Uma evidência importante é o papel ordenadorda linguagem. Coerência OK Exemplo 2: OP CI O. S. S. Apositiva Faço apenas um pedido, que você reveja sua opinião sobre esse assunto. VTD OD um pedido (...) Um pedido você reveja sua opinião sobre esse assunto. Não há coerência. Você reveja sua opinião sobre esse assunto um pedido. Não há coerência. No exemplo 2 a substituição não produz informação lógica, por esse motivo descartamos a possibilidade do “que” ser um PR. Emprego do CUJO Cujo = sempre pronome relativo (visão morfológica) 1. Oração subordinada adjetiva; 2. Adjunto adnominal (visão sintática); 3. Ideia de posse (visão semântica); 4. Não admite posposição de artigo; 5. Estabelece concordância com o consequente; 6. Tem de existir nome antes e depois do “cujo”. Os elementos 4, 5 e 6 funcionam como um filtro para poder identificar se a construção admite o emprego do cujo. - O cujo pode introduzir orações adjetivas explicativas ou restritivas; - A oração antecedente estabelece uma relação de posse com a consequente; - A preposição “de” estará implícita por conta da ideia de posse. Exemplo 1: Antecedente Consequente Existem normas constitucionais /cujo núcleo essencial não pode ser modificado. Substantivo Subst. masculino Reescritura O núcleo essencial das normas constitucionais. Adj. Adnominal. OBS: O cujo retoma o antecedente acompanhado de uma ideia de posse. O Cujo está no masculino singular porque concorda com o substantivo “núcleo”. Exemplo 2: Feliz é a nação /cujo Deus é o Senhor. Reescritura O Deus da nação. Exemplo 3: É vedada a cassação de direitos políticos,/ cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: Reescritura perda ou suspensão de direitos políticos (...) Exemplo 4: O deputado Eduardo Cunha, /com cujas propostas Temer não concorda, /continua dando as cartas. Reescritura com propostas do deputado Eduardo Cunha. Exemplo 5: A empresa /a cuja diretora me referi/ está em recuperação judicial. Reescritura à diretora da empresa. Exemplo 6: Nas sociedades mais antigas,/ em cujas venerava-se a sabedoria dos ancestrais,/ não se manifestava qualquer repulsa. (construção incorreta) Observação: Na oração acima o cujo refere-se a um verbo, o que torna a construção incorreta, pois esse PR somente estabelecerá uma relação com termos substantivos. Proposta de correção: Nas sociedades mais antigas,/ em que se venerava a sabedoria dos ancestrais,/ não se manifestava qualquer repulsa. Observação: na nova construção o pronome oblíquo “se” deve ficar proclítico, pois o PR exerce atração sobre ele. Atenção: O “cujo” pode empregado de maneira incorreta, para tirar a prova devemos: - Aplicar o filtro; - Observar a regência, ou - Incoerência (fazer a paráfrase do texto e confirmar se a relação de posse manteve o sentido). Emprego do pronome “Onde/Aonde/Donde” O pronome “onde” apresenta ideia de lugar e a estrutura linguística deve exigir a preposição “em”, já o pronome “aonde” deve ser utilizado junto a verbos que exprimem ideia de locomoção e a estrutura linguística deve pedir a preposição “a”. Esquema: Onde: ideia de lugar + preposição “em”; Onde você esteve ontem? Se você esteve, esteve em algum lugar. (Preposição “em” exigida pelo verbo). Aonde: ideia de locomoção + preposição “a”. Aonde você vai? Quem vai, vai a algum lugar. (Preposição “a” exigida pelo verbo). Observação: o “onde” poderá ser substituído por: em que, no qual ou variações. (Quando for pronome relativo). Donde: é gramaticalmente correto. Utilizado quando a estrutura linguística exigir a preposição “de”. Donde você veio? Quem vem, vem de algum lugar. Exemplo 1: Aonde você foi morar? (Construção inadequada). Loc. Verbal. Geralmente o verbo “for” exige a preposição “a”, porém por se tratar de uma locução verbal o verbo que manda na oração é o principal (o último) e não o auxiliar. Onde você foi morar? (construção correta). Exemplo 2: OP O. S. S. Obj. Direta. O relator perguntou/ onde o deputado tem conta. Conj. integrante. No exemplo acima o termo “onde” foi exigido pelo verbo “tem” + preposição “em”, porém foi utilizado numa oração substantiva, por esse motivo assumiu o papel de conjunção integrante. Neste caso a oração será considerada justaposta, porque não apresenta em sua estrutura as conjunções “que” ou “se”. Exemplo 3: OP. O. S. Adj. Restr. OP. O local/ onde Zinho atua /é desconhecido da polícia. Zinho atua no local. Suj. VI. Adj. Adv. Lugar - Onde retoma “o local” e ao combinar a preposição “em” com o artigo “o” obtemos a palavra “no”. - O onde possui valor de adjunto adverbial de lugar. Exemplo 4: OP O. S. Adj. Explicativa Decidiram passar o 14 de julho em Nice,/ onde daria para relaxar. (relaxar em algum lugar). Daria para relaxar em Nice. Exemplo de prova Texto: Desligue as luzes nos ambientes /onde é possível usar a iluminação natural. Questão: A oração “usar a iluminação natural" (l.7) exerce a função de complemento do adjetivo “possível" (l.6). Errado: exerce função de sujeito. Pred. Suj Usar a iluminação natural é possível Suj. VL. A oração é subordinada substantiva objetiva direta reduzida de infinitivo. Orações Subordinadas Adverbais É uma oração que se refere a verbo. Exemplo: OP O. S. Adverbial Encontrei o professor, quando estive em Brasília. VTD OD Ontem/Hoje Vírgula facultativa. Dica de pontuação Em regra, quando estivermos diante de uma oração principal + Oração Subordinada Adverbial, a vírgula será facultativa. Exceção: Quando a oração estiver deslocada (Oração Subordinada Adverbial + Oração principal). Atenção: Sempre realizar a análise dos elementos do texto (classificar os termos) antes de atribuir um sentido, pois, embora a expressão contida na oração subordinada apresente sentido adverbial, ainda sim, ela poderá receber classificação diversa caso o verbo da oração principal exija complemento (OD ou OI). Vide exemplo 2. Exemplo: O. Subord. Adverbial OP Quando estive em Brasília, encontrei o professor. Vírgula obrigatória. Bizú: Objeto: completa o verbo; Adjunto adverbial: refere-se ao verbo. Atenção: saber se o adjunto adverbial é de curta ou de longa extensão só será relevante quando a análise estiver relacionada ao período simples. Exemplo 2: OP O. S. Substantiva Obj. Direta (justaposta). Todos sabem /quando Renan chega ao plenário SUJ. VTD OD. Empregado na função integrante. Observação: No exemplo acima o verbo da OP pede complemento (OD), por esse motivo não poderíamos classificar a Oração como Adverbial, pois o objeto é uma informação mais necessária enquanto o adjunto adverbial é uma informação mais acessória. Exemplo 3: O governo federal esgotará todas as alternativas/ para que não tenha o contingenciamento. Suj. VTD OD Conj. Subordinativa Atenção: Toda conjunção que introduz uma oração adverbial é chamada de conjunção subordinativa Exemplo 4: O governo federal, para que não tenha o contingenciamento, esgotará todas as alternativas. Vírgulas obrigatórias, pois a oração está deslocada. A ordem normal de uma expressão adverbial é apóso verbo. Exemplo 5: OP O. S. Substantiva Obj. Indireta. O professor contribuiu /para que os alunos entendessem a matéria. SUJ. VTI Conj. Integrante. Não caberá o emprego de vírgula, pois nas orações substantivas somente a APOSITIVA aceita pontuação. Exemplo 6: OP O. S. Adv. Red. Infinitivo A burocracia cria dificuldades/ para vender facilidades. SUJ VTD OD (finalidade). Exemplo 7: O1 O2 O3 O Terrorismo ganha força/ quando ele nos mostra /que não podemos viver segundo nossos ideais. Suj. VTD OD O. S. Adv. VTDI O. S. Substantiva OD Observações: 1. A oração 2 exerce o papel de principal em relação a oração 3. 2. O Objeto Direto do verbo “mostra” é toda a oração 3 e o Objeto Indireto é “nos” (a nós). 3. O “que” da oração 3 é uma conjunção integrante. 4. O quando da oração 2 é uma conjunção subordinativa. Exemplo 7: O. Sub. ADV Tempo OP Após retomar o poder,/ o governo expurgou 2745 juízes. Red. de Infinitivo SUJ VTD OD. A vírgula será obrigatória, pois a oração subordinada está anteposta. Exemplo 8: OP O. S. Adv. Condicional Você passará no concurso/ desde que estude com disciplina. SUJ VTI OI Geralmente o verbo estará no subjuntivo quando a oração for condicional, pois indica possibilidade. Exemplo 9: O. S. Adv. Temporal OP Desde que ela partiu, /eu nunca mais estudei. Suj Adj adv VI Observações: 1. Desde que pode ser condicional ou temporal. 2. Vírgula acima é obrigatória. Exemplo 10: Oração Absoluta O1 O2 Os dois se cumprimentaram./ Medeiros, cujo expediente atravessa a madrugada,/ suj VI Suj O. Adj. Explicativa O2 O3 O4 contou ao chefe/ que resolvera ficar no shopping /para cuidar de problemas pessoas. VTDI OI O. S. S. OD O. S. Adv. Final reduzida infinitivo. Observações: 1. A retirada das vírgulas da oração acarretará mudança de sentido? SIM, pois no exemplo acima subtende-se que há apenas um Medeiros na empresa e com a retirada extrairemos o entendimento de que há no mínimo dois Medeiros: o dedicado e o preguiçoso. 2. O que da oração 3 retoma o termo antecedente? Errado. O ”que” não estabelece relação anafórica com o termo anterior porque é uma conjunção integrante. 3. É possível substituir a preposição “para” da oração 4 por “afim de”? Errado. ”Afim de” junto apresenta sentido de afinidade. O correto seria substituir por “a fim de” separado (ideia de finalidade). Período Composto por Coordenação São independentes sintaticamente. Não há comunicação no nível sintático. Podem ser sindéticas ou assindéticas. · Orações Coordenadas Assindéticas (Sem Conjunção) Exemplo 1: Oração 1 Oração 2 Oração 3 Analisei o aditamento da defesa,/ formei minha convicção, /liberei o processo para julgamento. VTD OD VTD OD VTD OD Observação: As orações são independentes sintaticamente, embora estabeleçam relação semântica entre si. Quanto ao sujeito das orações, ele está elíptico. Observação 2: As orações coordenadas são importantes para a pontuação, pois, uma vez identificada a independência sintática entre as orações, é possível encerrar o período com o acréscimo de ponto final. Neste caso ao invés de orações coordenadas teremos períodos coordenados. (Nas subordinadas, segundo a maioria das bancas, não é possível fazer a alteração, porque acarretaria truncamento sintático). Exemplo 2: Analisei o aditamento da defesa. Formei minha convicção. Liberei o processo para julgamento. Exemplo 3: Analisei o aditamento da defesa; formei minha convicção; liberei o processo para julgamento. Observação: é possível também a utilização do ponto e vírgula nas orações coordenadas. · Orações Coordenadas Sindéticas (Com Conjunção) Possuem 5 classificações: 1. Aditivas; 2. Adversativas; 3. Alternativas; 4. Conclusivas; 5. Explicativas. Exemplo 1: Aditivas Oração Coordenada Assindética O novo presidente da estatal já baixou os custos do governo com telefonemas/ Sujeito VTD OD Oração Coordenada Sindética e ampliou o uso do pregão eletrônico. VTD OD Conjunção Aditiva. Observação: A Oração Sindética apresenta um sujeito semântico (O novo presidente da estatal). Pontuação como recurso estilístico: Em regra, nas orações coordenadas sindéticas aditivas com sujeitos idênticos não se emprega vírgula, todavia posso utilizá-la como recurso estilístico (apara enfatizar a conjunção). Entendimento recente do CESPE. Exemplo 2: O. C. Assindética O. C. Sindética As estradas da Grã-Bretanha tinham sido construídas pelos romanos, /e os sulcos foram Sujeito VTI OI Sujeito. escavados por carruagens romanas. VTI OI Observação: Nas orações aditivas com sujeitos diferentes o uso da vírgula será facultativo desde que a sua ausência não provoque ambiguidade no texto. Atenção: Toda vírgula que é facultativa torna-se obrigatória quando sua ausência acarretar ambiguidade. Exemplo 3: Assindética Sindética A soberba precede a queda, e a altivez de espírito, a ruína. Sujeito VTD OD Sujeito Zeugma (elipse) Vírgula obrigatória (sua ausência acarreta ambiguidade). Zeugma: é a omissão de um termo que já fora mencionado. No exemplo acima se a primeira vírgula fosse retirada entenderíamos que a soberba antecede a queda e a altivez de espírito e a vírgula que introduz a elipse passaria a explicar “altivez de espírito”. Adversativas (Oposição) Exemplo 1: Assindética Sindética A palavra branda desvia o furor, mas a resposta dura suscita a ira. Observação: As palavras destacadas evidenciam o contraste de ideias. Exemplo 2: Assindética Sindética Ele tem muito dinheiro,/ mas não honra seus compromissos. Observação: As palavras destacadas evidenciam uma quebra de expectativa. Importante: É possível alterar a conjunção “mas” por “e” (adversativa acidental) sem que ocorra prejuízo sintático, pois em alguns casos o “e” pode ser empregado com sentido adversativo, assim como o “mas” pode ser empregado com sentido aditivo. A substituição do “mas” pelo “e” enfraquece a ideia de oposição, porque o “mas” é originalmente opositivo e o “e” assume sentido adversativo de forma acidental. A ideia enfraquecerá, porém não acarretará mudança de sentido ou prejuízo sintático. Atenção: “Mas” é a única conjunção que não pode vir entre vírgulas, nem mesmo como recurso estilístico porque ela é a única conjunção que não foi originada de advérbio. (voltar na aula 48 e confirmar). Obs: poderá vir entre vírgulas quando houver termo intercalado. Atenção! Adversativas podem apresentar: - Quebra de expectativa; - Ressalva;