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Insalubridade, Periculosidade e Noturno: fuja dos processos campeões na Justiça do Trabalho [ EBOOK ] Níveis de aprofundamento de conteúdo: INTERMEDIÁRIO Neste nível, estão os conteúdos direcionados para profissionais que já estão familiarizados com os temas, processos e obrigações de Recursos Humanos. Aqui, os conteúdos são mais aprofundados, solucionando questões mais complexas. AVANÇADO Estes são os materiais mais completos produzidos pela Metadados. São conteúdos indicados para profissionais com experiência na área e que buscam aprofundar seus conhecimentos. Aqui, trataremos desde os conceitos mais básicos de RH, até questões mais complexas e específicas da área. Este conteúdo é ideal para profissionais que estão ingressando no mundo de Recursos Humanos. Aqui, abordaremos os temas relacionados ao RH de forma introdutória, didática e fácil. Estes são os principais conteúdos para quem deseja aprender algo novo! INICIANTE Adicionais x passivos trabalhistas 4 Cap. 1 | Adicional de Insalubridade: o campeão de processos 5 Cap. 2 | Adicional de Periculosidade: fatores de risco e erros comuns 15 Cap. 3 | Adicional Noturno: o menosprezado que gera ação 24 Proteja-se dos processos 33 ANEXO | Tabela Comparativa: Insalubridade x Periculosidade 35 Saiba como a Metadados pode te ajudar! 36 Encerramento 37 Índice 4EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Adicionais x passivos trabalhistas Não por acaso os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno ocupam lugar cativo nos tribunais trabalhistas. São temas aparentemente dominados por boa parte dos profissionais de Departamento Pessoal, mas que continuam sendo alvos de milhares de ações judiciais por erros que poderiam ser evitados com ajustes interpretação, cálculo ou documentação. Segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST), somente até junho de 2025, os números são expressivos: • Adicional de insalubridade: com 361.439 processos, é o líder em judicializações. • Adicional de periculosidade: com 109.739 ações, ocupa o 19º lugar entre os assuntos mais demandados. • Adicional noturno: com 101.827 processos, também no topo da lista, na 20ª posição. Esses números se referem ao ranking de assuntos mais recorrentes na Justiça do Trabalho no primeiro semestre do ano. O cenário aponta para uma questão preocupante: a falsa sensação de segurança ao lidar com esses assuntos, sustentada pelo hábito, por fórmulas prontas ou pela confiança em processos herdados. É justamente aí que mora o perigo. Afinal, o que parece simples pode se tornar uma fonte de condenação judicial ou de multas administrativas se for feito de forma equivocada. É por isso que este eBook existe. Para aprofundar o entendimento técnico sobre esses três adicionais na folha de pagamento, descomplicar a linguagem legal e mostrar como o DP pode proteger a empresa. Boa leitura! 5EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Cap. 1 Adicional de Insalubridade: o campeão de processos A insalubridade é caracterizada pela exposição habitual do trabalhador a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância permitidos por lei. Essa exposição pode ocorrer por contato com agentes físicos, químicos ou biológicos que, com o tempo, prejudicam a integridade física do colaborador. Base legal na CLT O ponto de partida legal está no artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT): “Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.” 6EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno As regras relativas ao Adicional de Insalubridade são complementadas pela Norma Regulamentadora 15 (NR-15) do Ministério do Trabalho. Ela detalha os agentes insalubres e os respectivos limites de tolerância de cada um. Assim, define os critérios para caracterização e classificação da insalubridade. Entre os agentes insalubres listados na NR-15, destacam-se: • Agentes físicos: ruído, calor, radiações ionizantes e não ionizantes, vibrações, frio, umidade; • Agentes químicos: poeiras minerais, benzeno, solventes, fumos metálicos, gases tóxicos; • Agentes biológicos: vírus, bactérias, fungos, trabalho em ambientes hospitalares, coleta de lixo urbano, limpeza de banheiros públicos etc. 1.1 Graus de insalubridade e impacto na folha A NR-15 define os graus de insalubridade das atividades desenvolvidas. Eles são determinados conforme o nível de risco à saúde e a intensidade da exposição aos agentes nocivos no ambiente de trabalho. A definição do grau depende diretamente de um laudo técnico. Não existe “padrão fixo” por função. Duas pessoas na mesma ocupação em locais diferentes podem ter graus distintos de insalubridade. Conforme o grau em que está enquadrado, o colaborador vai receber um percentual diferente de adicional no salário. Confira a seguir quais são os graus e os impactos deles na folha. 7EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Grau Mínimo – 10% Aplica-se quando a exposição do trabalhador a agentes nocivos está presente, mas em nível de baixa intensidade ou com perigo reduzido. Apesar de menos agressivo, o risco à saúde existe e é contínuo. • Exemplo: atividades com umidade frequente ou contato com agentes químicos diluídos em concentrações baixas. • Impacto na folha: pagamento de 10% sobre o salário mínimo por colaborador enquadrado nesse grau de insalubridade. Grau Médio – 20% É o grau mais comum no mercado de trabalho. Indica uma exposição moderada e com risco mais significativo, mas ainda passível de controle com medidas de proteção. • Exemplo: contato frequente com ruído contínuo em níveis intermediários, poeiras minerais, ou limpeza de banheiros de uso coletivo. • Impacto na folha: adicional de 20% sobre o salário mínimo por colaborador enquadrado nesse grau de insalubridade. 8EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Grau Máximo – 40% Representa uma exposição elevada a agentes insalubres, com alto potencial de danos à saúde, mesmo com o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). As atividades enquadradas nesse grau geralmente envolvem riscos severos e são alvos frequentes de fiscalizações e ações trabalhistas. • Exemplo: trabalho em locais com radiações ionizantes, contato com agentes cancerígenos ou manipulação de resíduos hospitalares infectantes. • Impacto na folha: pagamento de 40% sobre o salário mínimo por colaborador enquadrado nesse grau de insalubridade. Base de Cálculo O cálculo do adicional de insalubridade deve ser feito sobre o salário mínimo nacional. A exceção é se houver previsão mais favorável ao colaborador em acordo ou convenção coletiva. 9EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 1.2 Impactos do adicional de insalubridade na folha O impacto financeiro do adicional de insalubridade pode ser substancial em empresas com grande quantidade de colaboradores expostos. Além de incidir sobre a folha mensal, o adicional integra a base de cálculo com reflexos em: • 13º salário; • Férias + 1/3; • Horas extras; • Aviso prévio; • FGTS e INSS; • Verbas rescisórias. Portanto, o pagamento incorreto ou indevido pode gerar passivos significativos em uma eventual reclamação trabalhista. 1.3 Como a insalubridade é determinada Quem define se uma atividade é insalubre é o profissional habilitado que faz uma perícia técnica especializada. Nessa perícia, o médico ou engenheiro do trabalho também aponta o grau de insalubridade. Isso está previsto na CLT e na NR-15. CLT, Art. 195, § 2º: A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, serão feitas através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, registradosno Ministério do Trabalho. 10EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno A perícia técnica avalia: • A presença dos agentes nocivos no ambiente; • A intensidade e a frequência da exposição do trabalhador; • Se os limites de tolerância da NR-15 estão sendo ultrapassados; • Se há medidas de controle eficazes (como ventilação, barreiras físicas e EPIs adequados); • Qual o grau de insalubridade aplicável. Sem esse laudo técnico, qualquer pagamento do adicional é arriscado. É comum encontrar empresas que pagam o adicional por “achar que é devido”, com base apenas na descrição da atividade, como limpeza, operação de máquinas ou contato com agentes químicos. Isso pode gerar despesas desnecessárias ou inclusão em grau incorreto. Existem também empregadores que deixam de pagar o adicional sem consultar laudo, confiando apenas na entrega de EPIs ou na rotina da função. Nesse caso, o risco é de passivo trabalhista. 11EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 1.4 Casos clássicos que viram processos Mesmo quando a empresa acredita estar em conformidade, erros recorrentes na gestão do adicional de insalubridade acabam resultando em ações trabalhistas. Muitas vezes, são situações simples, com rotinas mal documentadas, interpretações equivocadas da legislação ou ausência de respaldo técnico. A seguir, confira exemplos práticos. Limpeza de banheiros e áreas comuns sem análise técnica • Situação: uma auxiliar de serviços gerais atuava na limpeza de banheiros de uso coletivo em uma empresa. O empregador não pagava insalubridade, entendendo que a atividade não se enquadrava no Anexo 14 da NR-15 (agentes biológicos). • O que houve: na Justiça, o laudo pericial confirmou que os banheiros atendiam grande fluxo de pessoas e havia risco de contato com agentes infectantes. • Decisão: reconhecimento do direito ao adicional em grau médio (20%), com reflexos salariais e retroatividade de 5 anos. • Lição: não confiar em julgamentos subjetivos. Toda atividade com potencial de exposição a agentes biológicos precisa ser avaliada tecnicamente. 12EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Ruído contínuo com EPI, mas sem controle de uso • Situação: operador de máquina exposto a ruído constante. A empresa fornecia protetores auriculares, mas não documentava treinamentos, nem fiscalizava o uso. • O que houve: em ação judicial, a perícia identificou que a empresa não demonstrou controle da eficácia dos EPIs, nem entrega contínua. • Decisão: pagamento de adicional de insalubridade em grau médio (20%), com todos os reflexos legais. • Lição: fornecer EPI não basta. É necessário comprovar que são eficazes, que há orientação ao trabalhador e que o uso está sendo monitorado. Contato com produtos químicos diluídos sem análise de concentração • Situação: colaboradora da área de limpeza utilizava desinfetantes e produtos de limpeza industrial. O DP presumiu que os produtos eram diluídos e, por isso, não pagava adicional. • O que houve: a perícia constatou que, mesmo diluídos, os produtos ainda apresentavam concentração superior aos limites da NR-15, além de ausência de ventilação adequada. • Decisão: reconhecimento da insalubridade em grau mínimo (10%). • Lição: mesmo produtos “comuns” precisam de avaliação técnica. A concentração e a forma de aplicação fazem diferença na caracterização do adicional. 13EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Laudo vencido ou genérico usado como justificativa • Situação: empresa utilizava um laudo técnico de insalubridade feito há mais de 6 anos, com descrição ampla e sem avaliar as condições reais dos postos de trabalho. • O que houve: na ação trabalhista, o perito judicial desconsiderou o laudo antigo e elaborou nova análise, constatando insalubridade em grau máximo (40%) por contato com óleos minerais em área de manutenção. • Decisão: condenação retroativa e reflexos em todas as verbas trabalhistas. • Lição: laudos técnicos precisam ser atuais, específicos por função e ambiente, e devem refletir a realidade prática do trabalho. Atividade com exposição a agentes biológicos não reconhecida • Situação: trabalhador de coleta de lixo hospitalar terceirizado não recebia insalubridade. A contratante afirmava que a responsabilidade era da empresa terceirizada, e a contratada alegava que os EPIs eram suficientes. • O que houve: a Justiça reconheceu a exposição habitual a agentes infectantes e condenou ambas as empresas de forma solidária. • Decisão: pagamento do adicional em grau máximo (40%), com reflexos, além de responsabilidade solidária entre tomadora e prestadora de serviços. • Lição: atividades com risco biológico têm alta judicialização. O DP precisa exigir laudos da contratada e garantir que o ambiente está coberto legalmente. 14EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Resumo para o DP: Quando o adicional é devido ou não Situação Adicional é devido? Exposição habitual e acima dos limites da NR-15 Sim Exposição eventual ou intermitente Não EPI eficaz e bem utilizado, com comprovação Não Laudo técnico aponta inexistência de insalubridade Não Exposição dentro dos limites tolerados pela NR-15 Não EPI fornecido ≠ EPI eficaz Entregar o EPI ao colaborador não basta. O que a Justiça do Trabalho e as Normas Regulamentadoras exigem é que o Equipamento de Proteção Individual seja eficaz na prática. A NR-15 (item 15.4.1, alínea “b”) diz: “A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: (...) b) com a utilização de equipamentos de proteção individual. EPI fornecido deve ser: • Entregue fisicamente ao colaborador; • Registrado em ficha de entrega; • Aprovado pelo CA (Certificado de Aprovação); • Documentado em treinamentos formais. O EPI eficaz é: • Adequado ao agente insalubre identificado; • Entregue com regularidade e substituição periódica; • Utilizado corretamente pelo colaborador; • Fiscalizado quanto ao uso real no ambiente de trabalho; • Comprovadamente capaz de neutralizar ou reduzir o risco abaixo dos limites da NR-15 (medido em laudo técnico). 15EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Cap. 2 Adicional de Periculosidade: fatores de risco e erros comuns O adicional de periculosidade é um direito trabalhista garantido aos trabalhadores que exercem atividades em condições que colocam em risco direto vida ou integridade física deles. Está relacionado ao perigo iminente de acidentes graves ou fatais. Os colaboradores que desenvolvem atividades perigosas têm direito a receber 30% a mais sobre o salário base. A base legal para o adicional está na CLT, que define: Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. III – colisões, atropelamentos ou outras espécies de acidentes ou violências nas atividades profissionais dos agentes das autoridades de trânsito. Além disso, a CLT prevê: § 4o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº 12.997, de 2014) 16EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Essa previsão legal é complementada pelas diretrizes técnicas da Norma Regulamentadora 16 (NR-16), que detalha as atividades que caracterizam a periculosidade. A norma é dividida em anexos, que listam as situações mais comuns de risco acentuado. 2.1 Caracterização da periculosidade As condições de perigo na atividade laboral devem ser comprovadas por meio de laudo técnico elaborado por engenheiro de segurança ou médico do trabalho, conforme determina o artigo 195 da CLT. A periculosidade não depende da ocorrência de acidentes, mas sim da possibilidade real de exposiçãoao perigo de forma contínua ou habitual. Isso significa que não basta o risco existir no ambiente: é preciso que o trabalhador esteja sujeito a ele de forma permanente durante a jornada, ainda que não esteja exposto o tempo todo. As principais características que configuram a periculosidade incluem: • Contato habitual e permanente com agentes perigosos, como explosivos, inflamáveis, eletricidade ou materiais radioativos; • Presença do risco em parcela significativa da jornada de trabalho: mesmo que de forma intermitente, desde que repetida e previsível; • Previsão específica na NR-16, que lista as atividades e operações que geram o direito ao adicional. 17EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Ficou em dúvida sobre situações que geram o adicional de periculosidade? Confira exemplos práticos: • Trabalhadores que atuam com inflamáveis: abastecedores de combustíveis, operadores de caldeiras, ou empregados que armazenam, transportam ou manipulam líquidos ou gases inflamáveis em quantidades acima dos limites definidos pela NR-16; • Eletricistas: trabalham em instalações ou redes energizadas, inclusive em baixa tensão, quando há risco real de choque elétrico; • Seguranças armados, vigilantes patrimoniais ou escoltas armadas. A jurisprudência também tem reconhecido o direito em casos de seguranças desarmados, a depender da exposição ao risco de violência; • Motociclistas profissionais: motoboys, entregadores e cobradores que utilizam motocicleta como meio principal de trabalho; • Trabalhadores em áreas com explosivos, como minas, pedreiras e fábricas de fogos de artifício; • Trabalhadores que atuam em hospitais ou laboratórios com fontes radioativas, radiações ionizantes ou materiais controlados pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). ATENÇÃO! Mesmo em atividades não listadas diretamente na NR-16, o risco pode ser reconhecido pela Justiça se comprovado por perícia e respaldado por jurisprudência. Por isso, o DP deve atuar com cautela: o adicional de periculosidade não pode ser pago por convenção, suposição ou analogia. A concessão deve ser sempre baseada em laudo técnico atualizado e específico para cada ambiente e função. 18EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 2.2 Pagamento é integral, não proporcional Uma dúvida frequente se o pagamento deve ser proporcional ao tempo de exposição ou integral. A resposta está na combinação entre o que diz a CLT, o entendimento consolidado da jurisprudência do TST e a análise da frequência da exposição ao risco. A CLT diz: “Art. 193, §1º – O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. “ A Súmula 364 do TST – item I reforça o pagamento integral: “Faz jus ao adicional de periculosidade o empregado exposto permanentemente ou que, de forma intermitente, sujeita-se a condições de risco. Indevido, apenas, quando o contato dá-se de forma eventual, assim considerado o fortuito, ou o que, sendo habitual, dá-se por tempo extremamente reduzido.” 19EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Mas o que define o tipo de exposição? A jurisprudência costuma classificar a exposição ao risco em três tipos: • Exposição habitual: é aquela presente durante uma parte significativa ou previsível da jornada, ainda que o trabalhador não esteja o tempo todo em contato direto com o agente perigoso. Dá direito ao adicional. É o caso de um motoboy que faz entregas externas várias vezes ao dia ou vigilante que permanece em posto fixo com arma de fogo. • Exposição intermitente: ocorre de forma recorrente, mas alternada com períodos de não exposição. Ainda assim, se essa exposição for parte da rotina de trabalho, a Justiça entende que existe risco contínuo e direito ao adicional. É o caso de um eletricista que alterna tarefas administrativas com atividades em campo energizado, mas realiza atendimentos com regularidade. • Exposição eventual: é aquela que ocorre de forma esporádica, imprevisível ou excepcional. Ou seja, não integra a rotina da função e, por isso, não há direito ao adicional. Exemplo: auxiliar administrativo que, em raras ocasiões, acompanha o motorista em uma entrega externa com moto. Nesse caso, não há o direito ao adicional. 20EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 2.3 Casos clássicos que viram processo A maioria dos processos sobre adicional de periculosidade nasce de dois grandes erros cometidos pelas empresas: deixar de pagar quando o risco está presente ou pagar indevidamente, sem respaldo técnico. A seguir, confira exemplos práticos. Motoboys e entregadores sem adicional • Situação: empresa contratava motoboys para entregas urbanas, mas não pagava o adicional de periculosidade. Alegava que o uso da motocicleta era eventual. • O que houve: a Justiça entendeu que a utilização da motocicleta era habitual, ainda que por algumas horas ao dia, configurando exposição ao risco. • Decisão: condenação ao pagamento de 30% de adicional de periculosidade retroativo, com reflexos sobre todas as verbas. • Lição: qualquer trabalhador que usa motocicleta como meio principal de trabalho tem direito ao adicional, conforme a Lei 12.997/2014. 21EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Eletricistas que atuam em baixa tensão sem análise de risco • Situação: eletricista atuava em manutenção predial com redes de até 380 volts. A empresa não pagava o adicional, acreditando que “baixa tensão não é perigosa”. • O que houve: a perícia comprovou que, mesmo em baixa tensão, havia risco de choque com potencial letal e ausência de bloqueio adequado de energia. • Decisão: pagamento integral do adicional, com base no Anexo 3 da NR-16. • Lição: a tensão ser “baixa” não elimina o risco, especialmente se não houver medidas efetivas de controle e isolamento. Frentistas e abastecedores com tanque de combustível no pátio • Situação: um trabalhador realizava abastecimento de empilhadeiras no pátio com galões e tambores, sem atuar em posto de gasolina. A empresa não pagava periculosidade por não considerar “atividade de risco”. • O que houve: o TST entendeu que o manuseio de líquidos inflamáveis em quantidade significativa, mesmo fora de posto, configura risco acentuado. • Decisão: adicional de 30% devido, com repercussão em férias, 13º e FGTS. • Lição: a atividade com inflamáveis não precisa ocorrer em ambiente típico (posto, indústria química) para gerar direito ao adicional. 22EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Seguranças desarmados em ambientes de risco • Situação: vigilante terceirizado atuava em shopping, sem porte de arma. A contratante alegava que, por estar desarmado, não havia risco. Portanto, não pagava o adicional. • O que houve: o perito concluiu que o trabalhador estava exposto ao risco de assaltos e conflitos, mesmo sem arma de fogo. • Decisão: o TST reconheceu o direito ao adicional com base no risco da função, e não apenas na presença de armamento. • Lição: a natureza da atividade e o ambiente de trabalho são fatores mais relevantes que o uso de armamento em si. 2.4 Impactos do adicional de periculosidade na folha O adicional de periculosidade tem peso significativo na folha de pagamento. De acordo com o Art. 193, §1º da CLT, esse adicional corresponde a 30% sobre o salário-base do trabalhador, sem considerar gratificações, adicionais ou outras verbas. Exemplo prático: • Salário-base: R$ 3.000,00 • Adicional de periculosidade (30%): R$ 900,00 • Total mensal com adicional: R$ 3.900,00 23EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Esse valor se repete todos os meses enquanto durar a exposição ao risco caracterizado pela NR-16, com laudo técnico vigente. Assim como a insalubridade, o adicional de periculosidade integra a remuneração para diversos efeitos trabalhistas e previdenciários, gerando aumento nos seguintesitens: • 13º salário; • Férias + 1/3 constitucional; • Aviso prévio; • FGTS + multa de 40%; • INSS; • Horas extras (quando a base de cálculo inclui remuneração total); • Rescisão do contrato de trabalho. Posso pagar periculosidade e insalubridade juntos? A resposta está no artigo 193 da CLT: não é permitido o pagamento cumulativo dos adicionais de insalubridade e periculosidade para o mesmo colaborador. Se o trabalhador estiver simultaneamente exposto a riscos à saúde (insalubridade) e a riscos à vida (periculosidade), ele poderá escolher qual adicional receber, com base no que for mais vantajoso para ele. Na prática, o DP deve solicitar um laudo técnico que avalie as duas exposições. Caso ambas sejam reconhecidas, é preciso registrar a opção do colaborador por escrito. O sistema de folha deve incluir somente o adicional escolhido, sem acúmulo. 24EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Cap. 3 Adicional Noturno: o menosprezado que gera ação O adicional noturno é um direito previsto no Artigo 73 da CLT. Ele estabelece que os trabalhadores que prestam serviços no período noturno devem receber um acréscimo sobre o valor da hora diurna. Art. 73 da CLT – caput: “Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna”. As horas consideradas de jornada noturna e os percentuais do adicional variam conforme o tipo de atividade. Confira a seguir. 25EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Trabalhador urbano (regido pela CLT) Para os trabalhadores urbanos, a jornada noturna ocorre das 22h às 5h. O adicional é de ao menos 20% sobre o valor da hora diurna, mas pode ser maior se houver previsão em convenção ou acordo coletivo. Além disso, a hora noturna é reduzida por força do artigo 73, §1º da CLT. Ou seja, cada hora de trabalho noturno equivale a apenas 52 minutos e 30 segundos. Isso significa que o colaborador realiza menos tempo efetivo de atividades, mas recebe como se tivesse trabalhado uma hora cheia. Exemplo prático: Um colaborador inicia a jornada às 22h e termina às 5h. No relógio, são 7 horas trabalhadas. No entanto, como cada hora equivale a apenas 52min30s, o total de horas noturnas a serem pagas será: 7h ÷ 52min30s = 8 horas trabalhadas (aproximadamente) Na prática, a empresa paga mais horas do que o tempo efetivamente registrado, o que afeta diretamente: • A folha mensal; • O cálculo de horas extras noturnas; • As verbas rescisórias; • Os encargos como INSS e FGTS. 26EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Trabalhador rural (lavoura e pecuária) A Lei nº 5.889/73, que trata do trabalho rural, não especifica percentual de adicional noturno, mas a jurisprudência e a Instrução Normativa nº 20/2001 do MTE orientam que sejam aplicados: • 25% para trabalhadores da lavoura, cujo horário noturno vai das 21h às 5h; • 25% para trabalhadores da pecuária, com horário noturno entre 20h e 4h. Em muitos casos, esse percentual é confirmado ou ampliado em acordos e convenções coletivas do setor agrícola ou agropecuário. Há ainda debate sobre aplicação da hora reduzida. Não existe exigência na lei que rege o trabalho noturno rural. Mas há casos de empregadores adotam por analogia a mesma regra da CLT, para evitar litígios futuros. Trabalhador doméstico A Lei Complementar nº 150/2015, que regulamenta o contrato de trabalho doméstico, define o horário noturno como sendo das 22h às 5h, com adicional mínimo de 20% sobre a hora diurna. Porém, não há previsão de hora reduzida. Ou seja, hora noturna do trabalhador doméstico continua com 60 minutos de duração. É preciso apenas aplicar o percentual do adicional, sem converter o tempo em horas reduzidas. 27EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 3.1 Como calcular corretamente o adicional noturno em situações especiais Mesmo quando o adicional noturno parece dominado pela equipe de DP, há dois pontos que recorrentemente escapam da atenção e acabam gerando falhas graves no cálculo: a soma de adicionais quando há horas extras no período noturno e a jornada que cruza os limites do horário noturno. É sobre isso que tratamos a seguir. 3.1.1 Adicional sobre horas extras noturnas Quando o colaborador faz hora extra dentro do período noturno, ele tem direito a dois acréscimos distintos, acumulados: adicional de horas extras e adicional noturno. Esses adicionais não são excludentes. Eles são somados, já que remuneram fatores diferentes: um pelo excesso da jornada, o outro pelo período noturno. Nesse caso, é preciso fazer o cálculo dos percentuais para garantir que o trabalhador receba corretamente os valores. Também é preciso considerar as negociações coletivas, que podem prever percentuais de adicionais noturno ou de hora extra maiores dos que estabelecidos na CLT. Caso isso não seja observado, a empresa corre risco de processos e multas. Exemplo prático: Um colaborador encerra a jornada habitual às 22h, mas em um determinado dia trabalha até 1h da manhã. Essas 3 horas extras estão dentro do período noturno. O cálculo será: • Valor da hora normal; • 50% (hora extra); • 20% (adicional noturno); • = 170% da hora base. 28EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 3.1.2 Jornada que inicia antes ou termina depois do período noturno Outra situação que gera confusão é a jornada mista, quando o trabalhador começa antes das 22h ou termina depois das 5h em atividades urbanas, por exemplo. Nesses casos, o adicional noturno só é devido pelas horas trabalhadas entre 22h e 5h. As horas fora desse intervalo devem ser pagas sem o adicional. Porém, existem duas exceções. Uma delas é se a convenção coletiva ampliar o horário noturno. A outra é se houver prorrogação da hora noturna, como determina a Súmula 60 do TST. Ou seja, quando a jornada começa dentro do horário noturno e continua depois dele, o adicional noturno continua sendo pago. Mas isso só vale se essa prorrogação for a continuidade direta da jornada noturna — e não, por exemplo, se o colaborador sair e voltar mais tarde para um novo turno. Confira na prática: • Exemplo 1: Jornada das 22h às 7h – todas as horas trabalhadas até as 7h terão adicional noturno, pois a jornada começou no período noturno e foi contínua até o fim. • Exemplo 2: Jornada iniciando às 6h – não há pagamento de adicional noturno, pois o trabalho não começou no período noturno, mesmo que parte do turno ocorra antes das 7h. 29EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno 3.2 Impactos do adicional noturno na folha O adicional noturno integra a remuneração para todos os efeitos legais. Isso significa que ele gera reflexos nas seguintes verbas: • 13º salário; • Férias + 1/3 constitucional; • Aviso prévio; • FGTS; • INSS; • FGTS e multa de 40%. Portanto, uma falha no cálculo do adicional noturno afeta toda a cadeia de encargos e direitos trabalhistas. Se o erro se repetir por anos, o valor do passivo pode ser alto. 3.3 Casos clássicos que viram processos O que chama atenção é que a maioria dos processos sobre adicional noturno decorre de falhas operacionais simples, muitas vezes ligadas à parametrização da folha ou à interpretação equivocada das regras. Confira a seguir exemplos práticos de situações que servem de alerta para o DP. 30EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Esquecer da hora noturna reduzida • Situação: o colaborador trabalha em jornada noturna das 22h às 5h. A empresa registra e paga 7 horas comuns, aplicando os 20% de adicional, mas sem considerar que a hora noturna equivale a 52min30s. • Resultado: o trabalhador entra com ação pedindo a recontagem das horas noturnas, alegando que trabalhou o equivalente a 8 horas legais. A Justiça reconhece a diferença. • Lição: a hora reduzida deve ser considerada no cálculo. Caso contrário, há pagamento incompleto, mesmo que oadicional de 20% tenha sido aplicado corretamente. Não pagar o adicional nas horas prorrogadas após as 5h • Situação: o colaborador faz jornada das 22h às 7h. A empresa aplica o adicional apenas até as 5h, entendendo que após esse horário, o trabalho é diurno. • Resultado: o TST já consolidou o entendimento de que as horas prorrogadas da jornada noturna também recebem adicional noturno, conforme a Súmula 60, item II. A empresa é condenada a pagar as diferenças. • Lição: se a jornada começa no horário noturno e avança para o dia, todas as horas subsequentes devem ser pagas com adicional, enquanto durar o turno direto. 08:0 7 31EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Deixar de pagar adicional noturno em escalas alternadas ou revezamentos • Situação: empregados em escala 12x36 trabalham parte do tempo à noite, mas a empresa entende que não há habitualidade e não aplica o adicional noturno. • Resultado: a Justiça entende que basta a prestação do serviço no período noturno, ainda que em dias alternados, para que o direito seja configurado. • Lição: a habitualidade não precisa ser diária. O adicional é devido sempre que o colaborador atua no intervalo legal entre 22h e 5h, mesmo que em sistema de revezamento. Não acumular adicional noturno com hora extra • Situação: colaborador faz hora extra das 22h às 0h. A empresa paga somente o adicional de 50% da hora extra, esquecendo de aplicar os 20% do adicional noturno. • Resultado: o colaborador ingressa com ação e ganha. O entendimento consolidado é que os dois adicionais são devidos cumulativamente, já que se referem a fatos distintos (jornada estendida + trabalho em horário noturno). • Lição: sempre que a hora extra ocorrer dentro do período noturno, ambos os adicionais devem ser somados. 32EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Ausência de registro correto na folha • Situação: a empresa adota controle de ponto manual ou informal. Vários colaboradores relatam trabalho noturno, mas não há marcação clara no sistema. O adicional é pago só em alguns casos. • Resultado: a Justiça presume a veracidade das alegações do trabalhador, na ausência de prova em contrário por parte da empresa, e condena ao pagamento do adicional com base em jornada estimada. • Lição: sem controle de ponto confiável e bem documentado, o DP perde a segurança jurídica e a empresa fica vulnerável a condenações por estimativa. Como calcular a hora noturna reduzida A hora reduzida ou hora ficta está prevista em lei. Conhecer como ela funciona é fundamental para garantir que a aplicação do adicional noturno está sendo feito corretamente. Confira: A lógica da conversão • A hora normal tem 60 minutos. • A hora noturna tem 52 minutos e 30 segundos. • Isso quer dizer que a cada 52min30s de trabalho real, deve-se pagar 1 hora noturna. Como converter horas reais em horas noturnas Para facilitar o cálculo, você pode usar a seguinte fórmula: • Horas noturnas = Tempo real de trabalho ÷ 52,5 × 60 33EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Proteja-se dos processos Os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno não são apenas itens da folha de pagamento. Eles são focos constantes de processos trabalhistas e, ao mesmo tempo, pontos fundamentais para a atuação do Departamento Pessoal na prevenção de prejuízos. As ações judiciais não surgem, na maioria das vezes, por descumprimento intencional, mas sim por erros técnicos, interpretações equivocadas ou ausência de documentação adequada. E a responsabilidade de evitar esses riscos não está apenas com o jurídico ou com a segurança do trabalho. O Departamento Pessoal tem papel central nessa prevenção. Muitos passivos nascem na ponta, quando um gestor define uma função, altera uma rotina ou muda o local de trabalho de um colaborador sem compreender os impactos disso nos adicionais legais. Por isso, o DP precisa ir além da folha. É necessário treinar os líderes para que saibam identificar situações de risco jurídico e acionar o Departamento Pessoal antes que se torne um problema. O alinhamento entre as áreas é o primeiro passo para blindar a empresa. Outro ponto crítico é a atualização e validade dos laudos técnicos de insalubridade e periculosidade. Eles devem refletir a realidade atual do ambiente de trabalho e conter a avaliação específica por função e local. Laudo genérico ou vencido não serve como prova em caso de ação trabalhista. É dever do DP acompanhar a validade desses documentos e cobrar a renovação junto ao SESMT ou empresa terceirizada de segurança do trabalho. Mais do que garantir que o salário esteja correto, o Departamento Pessoal atua como um escudo contra multas, autuações e condenações. 34EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno Cada vez que um adicional é pago com base em laudo válido, com cálculo correto, parametrização adequada e reflexos ajustados, o DP está blindando a empresa de um processo futuro. É o domínio técnico do DP que transforma a folha de pagamento em uma ferramenta de segurança jurídica. Continue se aprofundando, buscando atualizações e compartilhando esse conhecimento com o restante da empresa. Participe da nossa palestra online gratuita sobre como proteger sua empresa de multas e processos por erros nos adicionais trabalhistas. Clique no banner abaixo e se inscreva agora! Adicionais Trabalhistas: proteja sua empresa de processos INSCREVA-SE AGORA [ AO VIVO ] Marta Verona Especialista em Legislação Trabalhista. https://gestaorh.metadados.com.br/webinar-adicionais-trabalhistas 35EBOOK | Insalubridade, Periculosidade e Noturno ANEXO Tabela Comparativa: Insalubridade x Periculosidade Critério Adicional de Insalubridade Adicional de Periculosidade Base legal Art. 189 a 192 da CLT + NR-15 Art. 193 da CLT + NR-16 Natureza do risco Exposição a agentes nocivos à saúde (físicos, químicos ou biológicos) Exposição a risco de morte ou acidentes graves (inflamáveis, explosivos, eletricidade, radiações, violência etc.) Cálculo do adicional Percentual sobre o salário- mínimo (exceto se houver convenção coletiva mais favorável) Percentual sobre o salário-base, sem acréscimos de gratificações ou prêmios Percentuais aplicáveis • Grau mínimo: 10% • Grau médio: 20% • Grau máximo: 40% • Percentual fixo: 30% Necessidade de laudo técnico Sim. Deve ser emitido por engenheiro de segurança ou médico do trabalho e fundamentado na NR-15 Sim. Também exige laudo técnico elaborado por engenheiro de segurança ou médico do trabalho, com base na NR-16 Uso de EPI elimina o adicional? Sim, se comprovada a eficácia na neutralização do agente insalubre Não. O risco à vida não é neutralizado apenas com EPI, mesmo que ele seja eficaz Saiba como a Metadados pode te ajudar! Juntos, vamos simplificar suas rotinas de RH para que você tenha mais tempo para o que importa: as pessoas. Clique aqui e descubra https://gestaorh.metadados.com.br/lev-mao-falar-especialista https://gestaorh.metadados.com.br/lev-mao-falar-especialista Encerramento Somos especialistas em gestão de Recursos Humanos. Atendemos corporações dos mais variados portes e segmentos, em todo território nacional, contribuindo para a excelência no desempenho das diferentes tarefas dentro de uma organização. + de 1,5 mil + de 500 milhões + de 10x clientes de trabalhadores têm a folha de pagamento processada entre as melhores Fornecedoras de RH www.metadados.com.br https://www.facebook.com/pages/Metadados-Assessoria-e-Sistemas-Ltda/189555287727682 https://www.youtube.com/user/MetadadosVideos https://www.linkedin.com/company/metadadosrh https://www.metadados.com.br/blog/ https://www.metadados.com.br/ Bookmark 17 art193ii Adicionais x passivos trabalhistas Cap. 1 Adicional de Insalubridade: o campeão de processos Cap. 2 Adicional de Periculosidade: fatores de risco e erros comuns Cap. 3 Adicional Noturno: o menosprezado que gera ação Proteja-se dosprocessos ANEXO Tabela Comparativa: Insalubridade x Periculosidade Saiba como a Metadados pode te ajudar! Encerramento