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No capítulo 17 fala sobre a crueldade e a clemência, e se é preferível ser 
amado do que temido. 
Maquiavel aborda um dos tópicos mais controversos e debatidos de sua 
obra onde o mesmo relata a aplicação da crueldade e a dinâmica entre o amor 
e o temor no exercício do poder. Ele parte da pergunta fundamental: Se é mais 
vantajoso para um príncipe ser amado ou temido? 
O mesmo defende que, em teoria, um príncipe deveria ser amado e 
temido simultaneamente, mas devido à dificuldade de equilibrar essas duas 
qualidades, é mais seguro ser temido do que amado, caso seja necessário fazer 
uma escolha. 
Entretanto ele adverte que o príncipe deve se esforçar para não ser 
odiado. Para ele, o medo pode ser gerido; em contraste, o ódio é incontrolável. 
O uso de crueldade pode ser justificável se forem utilizadas de maneira 
adequada: aplicadas de forma concentrada no início do governo, a fim de 
assegurar a estabilidade. Por outro lado, os benefícios devem ser distribuídos 
gradualmente, para preservar a boa vontade da população. 
Demasiada clemência pode resultar em desordem e falta de punição, o 
que coloca em risco o Estado. Assim, o governante deve agir com determinação 
quando necessário, mesmo que isso implique em tomar decisões rigorosas. 
Maquiavel menciona exemplos de governantes que aplicaram a crueldade 
de forma estratégica, como César Bórgia, que assegurou sua autoridade por 
meio de ações severas que, embora duras, foram eficazes para manter a ordem. 
Neste capítulo expõe a perspectiva realista e prática de Maquiavel a 
respeito do poder. Ele desafia a noção romantizada de que um líder deve ser 
sempre virtuoso, argumentando que a manutenção da estabilidade do Estado 
justifica algumas medidas rigorosas. Para ele, a política não é conduzida pela 
moral convencional, mas sim pela sua eficácia. 
No capítulo 18 fala sobre o modo os príncipes devem manter a palavra 
dada. 
Trabalho sobre o livro: O príncipe de Maquiavel 
Maquiavel explora a questão sobre se um governante deve 
necessariamente honrar suas promessas. Sua posição é clara e provocativa 
sendo isso nem sempre necessário. 
De acordo com Maquiavel, um príncipe não precisa cumprir suas 
promessas nas em algumas situações: Quando isso contraria seus próprios 
interesses, quando as condições mudam e quando os demais envolvidos 
descumprem o acordo. 
Ele ainda salienta que os líderes devem agir tanto como homens quanto 
como bestas, equilibrando as características da raposa mostrando suas 
habilidades como a do leão mostrando seu poder. A raposa simboliza a 
sagacidade e capacidade de enganar; o leão por sua vez representa a aplicação 
da sua força. Um príncipe eficaz deve aplicar ambas as abordagens, de acordo 
com o que o momento requer. 
Exemplo são usados por ele tais como: Papa Alexandre VI, que prometia 
muito, mas entregava pouco, e mesmo assim alcançou seu êxito político pela 
habilidade de usar o engano. 
Nesse capítulo tem a reafirmação da perspectiva pragmática e estratégia 
de Maquiavel a respeito do poder. Para ele, a política não deve se basear 
unicamente na moral clássica. Um governante deve ter a capacidade de 
manipular, enganar, e se adaptar para a autoridade e assegurar a estabilidade 
do Estado. A eficiência é mais crucial que a integridade total. 
No capítulo 19 fala como deve-se prevenir o desprezo e o ódio. 
Neste capítulo, Maquiavel investiga as maneiras pelas quais um príncipe 
pode preservar sua autoridade evitando ser alvo de ódio ou desprezo, que para 
ele são as mais graves ameaças ao domínio de um governante. 
De acordo com Maquiavel, o ódio pode ensejar revoltas, enquanto o 
desprezo resulta na desconfiança e na perda de controle. Para evitar tais 
situações, o príncipe precisa cultivar uma imagem de força, seriedade e 
competência, além de agir sempre com justiça e moderação. É fundamental que 
um governante não se envolva nos bens e nas mulheres de sus súditos, pois 
isso provoca ódio intenso. 
É vital garantir o apoio popular ou, em sistemas aristocráticos, balancear 
o poder entre a nobreza. Um príncipe pode ser temido, contando que esse temor 
não resulte em crueldade desnecessária. O medo controlável é aceitável; o ódio 
não. 
Maquiavel indica que a aparência de virtude e firmeza é tão crucial quanto 
as ações afetivas. O governante deve evitar comportamentos que o façam 
parecer ridículo ou fraco, pois isso pode comprometer sua autoridade. A visão 
estratégica e prática de Maquiavel enfatiza a manutenção do poder onde requer 
um equilíbrio entre força e sensatez. Onde um príncipe bem-sucedido 
compreende a capacidade de conquistar respeito sem suscitar ódio, já que a 
percepção pública e a imagem política são ferramentas poderosas. 
No capítulo 20 fala sobre se as fortalezas e muitas outras coisas que 
diariamente os príncipes fazem são úteis ou inúteis. 
Maquiavel analisa se fortificações, armamentos e outras estratégias de 
defesas são realmente eficazes para garantir a continuidade do poder de um 
príncipe. Ele questiona a relevância das fortificações, como castelos e outras 
estruturas de proteção, já que elas podem criar uma ilusão de segurança. Para 
ele, o suporte popular é a verdadeira fortaleza que um príncipe pode possuir. 
Príncipes recém-chegados devem evitar desarmar a população, pois isso 
provoca desconfiança e animosidade. Equipar os cidadãos, quando há um laço 
de confiança, estreita a relação entre o governante e o povo. Recorrer a 
mercenários ou tropas estrangeiras continua a ser um perigo. Embora 
precauções sejam benéficas, nada pode substituir o suporte do povo como a 
base firme para o poder. 
Maquiavel faz ilustrações que os meios físicos de proteção, como as 
fortificações, podem ser ineficazes, mas um príncipe que exerce sua autoridade 
com competência política, evita ressentimentos e conquista a lealdade do povo, 
estará muito mais resguardado mesmo sem muralhas ao seu redor. 
Esse capítulo enfatiza a perspectiva pragmática de Maquiavel sobre a 
solidez do poder não se fundamenta apenas na força militar, mas em ações 
astutas, no respeito do povo e na capacidade de governar com discernimento. 
Um governante que negligencia o apoio popular e depende exclusivamente de 
defesas físicas se encontra em uma posição vulnerável. 
No capítulo 21 fala como um príncipe deve agir para ser estimado. 
Maquiavel discute as estratégias que um príncipe deve adotar para 
ganhar prestígio e respeito, tanto do povo quanto de outros governantes. Em 
tempos de conflito o príncipe deve agir de forma decidida e corajosa. 
Neutralidade pode ser vista como fraqueza. Assumir uma posição firme gera 
admiração e confiança, mesmo que o resultado não seja sempre favorável sem 
tomar partido em guerras. Evitar alianças com os fracos e só apoiar aliados fortes 
e bem vistos, mesmo que isso possa causar desprezo. Promover grandes obras, 
festas públicas, incentivos a parte cultural e dar recompensa aos talentos, 
fortalece a imagem do governante como positiva perante o povo. Sempre 
respeitar a religião e as instituições para criar um clima de estabilidade e 
confiança, dessa maneira, valorizando a tradição local. 
Maquiavel sempre reforça a ideia de que a além da força, a imagem 
pública é uma ferramenta essencial para o poder. Quando um príncipe é 
admirado, ele consegue despertar lealdade e respeito facilmente tanto 
internamento como externamente. Sempre usar o lado estratégico e político da 
reputação. Não é só governar bem, mas deve parecer forte, justo e admirável. 
Para garantir a forma inteligente e eficaz, a construção da imagem pública evita 
ameaças.

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