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Membros inferiores e marcha OBJETIVO 1: Descrever a morfofisiologia das articulações, músculos e ossos dos membros inferiores. OBJETIVO 2: Compreender o ciclo da marcha. Ossos dos membros inferiores ⟶ Os ossos do membro inferior conferem sustentação, locomoção e absorção do impacto, sendo adaptados para suportar o peso corporal e transmitir forças ao solo durante a marcha. Cintura pélvica (ossos do quadril) ⟶ Formada pelos ossos ilíaco, ísquio e púbis, que se fundem no acetábulo, cavidade articular destinada à cabeça do fêmur. Esta estrutura garante estabilidade à articulação do quadril e possibilita a distribuição de cargas entre o tronco e os membros inferiores. Ossos da coxa: fêmur e patela ⟶ Maior e mais resistente osso do corpo humano. Sua diáfise alongada atua como alavanca para os músculos da coxa, enquanto a epífise proximal, com a cabeça femoral, se articula ao acetábulo, formando a articulação coxofemoral. A diáfise apresenta leve inclinação medial (ângulo de inclinação femoral), o que favorece o alinhamento com o joelho. Membros inferiores e marcha Patela ⟶ Maior osso sesamoide do corpo, triangular, situado no tendão do quadríceps. ⟶ Função: proteger a articulação do joelho e aumentar a eficiência do quadríceps na extensão. Face anterior convexa e rugosa; face posterior lisa, recoberta por cartilagem hialina, adaptada ao deslizamento femoropatelar. Base voltada superiormente e ápice inferior para inserção do ligamento patelar. Fêmur ⟶ Epífise proximal: Cabeça femoral: hemisférica, articula-se com o acetábulo. Fóvea da Cabeça do Fêmur – localiza-se na cabeça do fêmur Colo do fêmur: une a cabeça ao corpo, formando o ângulo de inclinação (~125° no adulto). Trocânter maior e menor: proeminências para a inserção dos glúteos e iliopsoas. Linha Intetrocantérica – se dirige do trocânter maior para o trocânter menor na face anterior Crista Intetrocantérica – crista proeminente localizada na face posterior, correndo numa curva oblíqua do topo do trocânter maior para o menor. ⟶ Diáfise: longa e ligeiramente arqueada Linha áspera: crista posterior robusta, origem dos adutores e inserção dos músculos posteriores da coxa. → Epífise distal: Côndilos medial e lateral: articulam-se com a tíbia. Fossa intercondilar: alojamento para os ligamentos cruzados. Fácies patelar: superfície anterior para a articulação com a patela. Fíbula ⟶ Mais delgada, localizada lateralmente à tíbia. ⟶ Apresenta como função o reforço estrutural da perna e estabilização muscular. Não suporta peso significativo. Atua como suporte para a inserção muscular e estabilizador lateral do tornozelo. Epífise distal forma o maléolo lateral, essencial na contenção dosmovimentos do tálus. Membros inferiores e marcha Tíbia ⟶É o principal osso da perna e suporta a maior carga. Epífise proximal: Platôs tibiais: medial e lateral, recobertos por meniscos. Tuberosidade tibial: inserção do ligamento patelar. ⟶ Diáfise: triangular em corte transversal Borda anterior: proeminente, formando a “canela”. Face medial: subcutânea, facilmente palpável. → Epífise distal: Maléolo medial: proeminência que estabiliza a articulação talocrural. Incisura fibular: articulação com a fíbula ⟶ Função: suporte de peso e transmissão de força para o pé. Articulações dos membros inferiores ⟶ As articulações do membro inferior são adaptadas tanto para a estabilidade (suporte de peso), quanto para a mobilidade (locomoção). Diferentemente do membro superior, em que predomina a mobilidade, no membro inferior há uma maior exigência de sustentação de peso e locomoção, o que se reflete em cápsulas espessas, ligamentos robustos e superfícies articulares adaptadas ao suporte de carga. Membros inferiores e marcha Ossos do pé ⟶O pé é composto por 26 ossos, organizados em tarso, metatarso e falanges. Tarso (7 ossos): Tálus: articula-se com a tíbia e a fíbula, transmitindo peso ao pé. Calcâneo: Maior osso do tarso, ponto de inserção do tendão calcâneo (Aquiles). Navicular: medial, articula-se com os cuneiformes. Cuboide e cuneiformes (3): Completam a estrutura articular e dão suporte aos arcos plantares. Metatarso (5 ossos): ⟶ longos, numerados I a V, sustentam o peso durante a marcha. Falanges (14 ossos): ⟶ Cada dedo possui 3 falanges (proximal, medial e distal), exceto o hálux (2 falanges). OBS: Hálux. Seu metatarso (I metatarsal) é mais espesso e robusto, pois suporta grande parte da carga durante a marcha e a fase de impulsão do passo. Coxofemoral (quadril) ⟶ São do tipo sinovial (tipo mais móvel de articulação do corpo humano). Unem ossos por meio de uma cápsula articular preenchida por líquido sinovial, o que garante mobilidade, lubrificação e absorção do impacto. ⟶ Superfícies articulares: Cabeça do fêmur: recoberta por cartilagem hialina, exceto na fóvea da cabeça, onde se insere o ligamento da cabeça do fêmur. Acetábulo: formado pelo ílio, ísquio e púbis, apresenta a face semilunar cartilaginosa e o lábio acetabular, fibrocartilagem que amplia a profundidade. Articulações do joelho ⟶ Classificação: sinovial gínglimo modificada (permite flexo-extensão + rotações). Superfícies articulares: Côndilos femorais convexos. Platôs tibiais relativamente planos, recobertos pelos meniscos. Membros inferiores e marcha ⟶ Luxação congênita do quadril: instabilidade por falhas no acetábulo. ⟶ Fratura do colo femoral: pode lesar a irrigação da cabeça, levando à necrose avascular. Coxofemoral (quadril) ⟶ Cápsula articular: É espessa, inserida no lábio acetabular e linha introcantérica, cobre o colo femoral anteriormente, mas deixa exposta a parte posterior, pré-dispondo a fraturas. ⟶ Ligamentos extracapsulares: Iliofemoral (em Y): limita a extensão excessiva. Pubofemoral: limita abdução e extensão. Isquiofemoral: reforço posterior, limita rotação interna. ⟶ Movimentos: Flexão (~120° com o joelho fletido) Extensão (~20°) Abdução (~45°) Adução (30°) Rotação medial e lateral (~40° cada). – Patela: articula-se com a tróclea femoral. Cápsula articular: delgada, reforçada por retináculos patelares e ligamentos. Estruturas especiais: Menisco medial: fixo, em forma de C, mais suscetível a lesão. Menisco lateral: mais móvel, quase circular. Corpos adiposos infrapatelares: amortecem impactos. Ligamentos: Patelar: une patela à tuberosidade tibial. Colateral medial (tibial): fundido ao menisco medial. Colateral lateral (fibular): independente, não adere ao menisco. Cruzado anterior (LCA): impede translação anterior da tíbia. Cruzado posterior (LCP): impede translação posterior da tíbia. Poplíteos oblíquo e arqueado: reforçam a cápsula posterior. . Articulação candilar, gínglimo e okana Articulações do joelho ⟶ Classificação: sinovial gínglimo modificada (permite flexo-extensão + rotações). Superfícies articulares: Côndilos femorais convexos. Platôs tibiais relativamente planos, recobertos pelos meniscos. Membros inferiores e marcha ⟶ Luxação congênita do quadril: instabilidade por falhas no acetábulo. ⟶ Fratura do colo femoral: pode lesar a irrigação da cabeça, levando à necrose avascular. Coxofemoral (quadril) ⟶ Cápsula articular: É espessa, inserida no lábio acetabular e linha introcantérica, cobre o colo femoral anteriormente, mas deixa exposta a parte posterior, pré-dispondo a fraturas. ⟶ Ligamentos extracapsulares: Iliofemoral (em Y): limita a extensão excessiva. Pubofemoral: limita abdução e extensão. Isquiofemoral: reforço posterior, limita rotação interna. ⟶ Movimentos: Flexão (~120° com o joelho fletido) Extensão (~20°) Abdução (~45°) Adução (30°) Rotação medial e lateral (~40° cada). – Patela: articula-se com a tróclea femoral. Cápsula articular: delgada, reforçada por retináculos patelares e ligamentos. Estruturas especiais: Menisco medial: fixo, em forma de C, mais suscetível a lesão. Menisco lateral: mais móvel, quase circular. Corpos adiposos infrapatelares: amortecem impactos. Ligamentos: Patelar: une patela à tuberosidade tibial. Colateralmedial (tibial): fundido ao menisco medial. Colateral lateral (fibular): independente, não adere ao menisco. Cruzado anterior (LCA): impede translação anterior da tíbia. Cruzado posterior (LCP): impede translação posterior da tíbia. Poplíteos oblíquo e arqueado: reforçam a cápsula posterior. . Articulação candilar, gínglimo e okana Clínica e marcha Fraqueza do glúteo médio → marcha anserina (queda da pelve). Paralisia do tibial anterior → marcha escarvante (pé arrasta). Lesão do tendão de Aquiles → perda de flexão plantar eficiente. 4. Apoio terminal (terminal stance) O calcanhar começa a se elevar. Peso distribuído pelo antepé. Quadríceps relaxa, tríceps sural (gastrocnêmio e sóleo) sustentam a propulsão. 5. Pré-oscilação (pre-swing) O hálux (dedão do pé) é o último ponto de contato. Quadril inicia flexão, joelho dobra rapidamente, tornozelo em flexão plantar máxima. Serve como “impulso” para a fase seguinte. Oscilação ⟶ É o período em que o pé está fora do solo, movendo-se para frente. Subfases: 1.Oscilação inicial (initial swing) Pé eleva-se do chão. Quadril em flexão, joelho em flexão acentuada, tornozelo em flexão dorsal para liberar o pé. 2.Oscilação média (mid swing) Perna avança, passando pelo membro de apoio. Quadril continua em flexão, joelho começa a estender. Tornozelo mantém flexão dorsal para evitar arrasto dos dedos. 3.Oscilação terminal (terminal swing) Perna prepara-se para o próximo contato inicial. Quadril permanece em flexão máxima. Joelho se estende. Ativação do tibial anterior mantém o pé em posição neutra. ⟶ 4. Coordenação Muscular Glúteo máximo: estabiliza quadril no contato inicial. Quadríceps: absorve impacto na resposta à carga. Tríceps sural (gastrocnêmio + sóleo): principal na propulsão (apoio terminal). Membros inferiores e marcha Ciclo da marcha ⟶ O ciclo da marcha corresponde ao intervalo entre dois contatos sucessivos do mesmo pé com o solo. ⟶ Ele é cíclico e rítmico, garantindo a locomoção eficiente e econômica. É dividido em 2 etapas principais: Fase de Apoio (stance phase) → cerca de 60% do ciclo. Fase de Oscilação (swing phase) → cerca de 40% do ciclo. Fase de apoio ⟶ É o período em que o pé está em contato com o solo, suportando o peso corporal. Subfases: 1. Contato inicial (heel strike): O calcâneo toca o solo primeiro. Quadril em flexão leve, joelho quase estendido, tornozelo em flexão dorsal. Função: absorção de impacto. 2. Resposta à carga (loading response) O peso corporal começa a transferir-se para a perna de apoio. Joelho faz flexão controlada (amortecimento). Músculos quadríceps e glúteo máximo ativados para estabilizar. 3. Apoio médio (mid stance) O corpo passa sobre o pé de apoio. Quadril em extensão progressiva. Tornozelo em flexão plantar controlada. Centro de gravidade desloca-se para frente. Pa parágrafo