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PSICOLOGIA SOCIAL
Jair Modesto Filho
Vivian Moreira Rodrigues de Souza
2022
Professor: Jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza
SUMARIO
• Apresentação ………………………………………………………………………………………..03
• História da Psicologia Social………………………………………….………….…………….04
• Base Teórica da Psicologia Social…….………………………………………….………….16
• Atitudes Sociais ………………………………………………….…………………………….……34
• Representações Sociais.……………………………………….…………………………………54
• Psicologia Social Comunitária…….……….……………….…………………………………66
• A Cultura……………..……………….…………………………………….………………………….92
• Agentes de Socialização…….….……………………………………………….…………….114
• Psicologia Social e Gênero………………………..….………………….…………………..131
• O Papel da Escola…………………………………………………………………………………149
Professor: jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza
4
Apostila elaborada para ministrar aula da
Disciplina Psicologia Social do curso de Psicologia
da Faculdade Anhanguera de Betim, MG, no ano
de 2022.
Professor Dr. Jair Modesto Filho 
Professora Me: Vivian Moreira Rodrigues de
Souza
Minas Gerais, 2022
Apresentação
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
5
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
A PSICOLOGIASOCIAL NA AMÉRICAdo Norte
○ Floyd Allport (1924) defende que a Psicologia Social
deveria concentrar-se no estudo experimental do
indivíduo na medida em que o grupo constituía-se tão
somente em mais um estímulo do ambiente social.
Para ele: disciplina objetiva,
de base experimental e
focada no indivíduo.
Anos 1920 e 1930: estudo das
atitudes, da influência social
interpessoal e da dinâmica
de grupos.
7
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Sheriff (1936): os grupos
desenvolvem normas que governam
os julgamentos dos indivíduos que
dele fazem parte → normas
grupais existem à revelia de seus
membros individuais.
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INFLUÊNCIASOCIAL E DINÂMICADE GRUPOS
○ Muzar Sheriff e Kurt Lewin, psicólogos europeus que imigraram 
para os EUA e receberam fortes influências do gestaltismo( 
compreensão da totalidade para que haja a percepção das partes.)
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Lewin (1939): à análise da influência dos estilos de liderança e do clima
grupal sobre o comportamento dos membros do grupo.
○ 1 - Estilo de liderança democrático: produzia normas grupais construtivas e
independentes, que levavam à realização de um trabalho produtivo,
independentemente da presença ou não do líder;
○ 2 - A liderança laissezfaire deixava os membros passivos;
○ 3 - Grupos com liderança autocrática tornavam-se agressivos ou apáticos.
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INFLUÊNCIASOCIAL E DINÂMICADE GRUPOS
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Festinger (1954), sob a influência das investigações realizadas por Lewin,
propõe a teoria dos processos de comparação social, na qual defende que
as pessoas necessitam avaliar suas habilidades e opiniões a partir de
comparações realizadas com outros indivíduos que lhes são similares;
amigo, o
10
“E você, meu
que
acha disso?”
OS ANOSDE1950E 1960
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Festinger (1957): dissonância cognitiva -> as pessoas são motivadas a
procurar o equilíbrio entre suas atitudes e ações (modificando um
comportamento, mudam-se as atitudes).
OS ANOSDE1950E 1960
11
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Ao final dos anos 70, muitos psicólogos sociais latino- americanos iniciaram
um forte movimento de questionamento à Psicologia Social norte- americana
(em função de seu experimentalismo e individualismo), em prol de uma
psicologia social mais voltada para os problemas políticos e sociais que a
região vinha enfrentando.
12
A PSICOLOGIA SOCIAL NA AMÉRICA LATINA: EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS ATUAIS
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Estimulados pela
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arbitrariedade dos
regimes militares
desigualdade social
e pela grande
do continente,
esses psicólogos sociais irão defender
uma ruptura radical com a psicologia
(Spink & Spink,social tradicional
2005).
A PSICOLOGIA SOCIAL NA AMÉRICA LATINA: EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS ATUAIS
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Martín-Baró, 1996 (psicólogo e padre jesuíta
espanhol, radicado em El Salvador): a
principal tarefa do psicólogo social deve ser a
conscientização de pessoas e grupos, como
forma de levá- los a desenvolver um saber
crítico sobre si e sobre sua realidade, que
lhes permita controlar sua própria existência.
PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA
14
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Os psicólogos sociais devem contribuir para a
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construção de identidades
pessoais, coletivas e históricas capazes de romper a situação de alienação das
maiorias populares oprimidas e desumanizadas que vivem à margem da 
sociedade dominante e, consequentemente, levar à mudança social.
PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
○ Temas recorrentes:
16
estereótipos, autoimagens, identidades sociais,
gênero,nacionalismo, movimentos sociais, poder social, relações de 
violência doméstica, direitos reprodutivos da mulher, entre outros.
PSICOLOGIA SOCIAL CRÍTICA
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA SOCIAL
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
17
expectativa de tal
interação.
 Objeto: Interação social,
interdependência entre os
indivíduos, o encontro
social.
Principais conceitos: a percepção 
social, a comunicação, as atitudes, 
a mudança de atitudes, o processo 
de socialização,os grupos sociais e 
os papéis sociais.
18
PsicologiaSocial
□ Área da Psicologiaque estuda a
interação social.
□ É o estudo das manifestações 
comportamentais ocasionadaspela 
interaçãode uma pessoa com 
outras pessoas, ou pela mera
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Percepção social
□ Percepção não só da presença do outro, 
mas o conjunto de características que 
apresenta, o que nos possibilita “ter uma 
impressão” dele.
□ Impressão a partir de nossos contatos 
com o mundo, organização desses 
informações em nossa cognição.
□ Esta organização nos permite 
compreender ou categorizar um novo 
fato. Ex.: estudante, padre, pastor.
□ Um processo que vai desde a recepção do 
estímulo pelos órgãos dos sentidos até a 
atribuição de significadoao estímulo.
19
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Processo que
20
envolve codificação (formação de um sistema de códigos) e
decodificação (a forma de procurar entender a codificação) de mensagens.
□ Essas mensagens permitem a troca de informações entre os indivíduos.
□ A comunicação não é constituída apenas de código verbal. Também utilizamos para a 
comunicação expressões de rosto, gesto, movimentos, desenhos e sinais.
Comunicação
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
 Esquema básico de comunicação: transmissor 
(aquela que codifica), mensagem (transmitida 
utilizando um código), receptor (aquele que codifica).
Comunicação
21
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ A Psicologia Social estuda o 
processo de interdependência e 
de influência entre as pessoas 
que se comunicam, respondendo 
a questões do tipo:
□ Como se dá a influência?
□ Quais as características 
da mensagem?
□ Como aumentar nosso poder de 
persuasão através da 
comunicação?
Comunicação
22
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ A partir da percepção do meio 
social e dos outros, o indivíduo 
vai organizando informações, 
relacionando-as com afetos 
(positivos ou negativos).
□ Desenvolvimento de uma 
predisposição para agir (favorável 
ou desfavoravelmente) em relação 
às pessoas e aos objetos 
presentes no meio social.
□ Predisposição do indivíduo para 
uma determinada ação 
(comportamento).
Atitudes
23
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Para a Psicologia Social, não tomamos atitudes 
(comportamento, ação), mas desenvolvemos atitudes 
(crenças, valores, opiniões) em relação aos objetos do 
meio social.
Temos atitudes positivas em relação a determinados 
objetos ou pessoas, e isto predispõe-nos a uma ação 
favorável em relação a eles.
24
□ Mudança de atitudes: Nossas atitudes podem ser 
modificadas a partir de novas informações, novos afetos 
ou novos comportamentos ou situações.
Atitudes
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIASOCIAL
□ Processo que forma o conjunto de 
nossas crenças, valores e 
significações.
□ O indivíduo torna-se membro e um 
determinado conjunto social, 
aprendendo seus códigos e regras 
básicas de relacionamentos.
□ Apropriação de um conjunto de 
conhecimentos já sistematizados e 
acumulados por um determinado 
conjunto social.
Socialização
25
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Pequenas organizações de indivíduos que,
objetivos comuns,
ações da direção desses
possuindo 
desenvolvem 
objetivos.
□ Características:
□ Normas
□ Formas de pressão para que seus 
elementos se conformem às normas;
□ Funcionamento determinado, com tarefas 
e funções distribuídas entre seus 
elementos;
□ Formas de cooperação e competição;
□ O líder apresentam aspectos que atraem 
os indivíduos, impedindo que abandonem 
o grupo.
Grupo sociais
26
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Papel prescrito: As expectativas 
de comportamento estabelecidas 
pelo conjunto social para os 
ocupantes das diferentes posições 
sociais.
Assim sabemos o que esperar de 
alguém que ocupa uma determinada 
posição. Ex.: professor, estudante, médico, 
padre, pai, mãe, homem, mulher...
□ Papel desempenhado: comportamento 
manifestado, que podem ou não estar de 
acordo com a prescrição social, ou seja, 
as normas prescritas socialmente para o 
desempenho de um determinado papel.
Papéis sociais
27
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Permitem-nos compreender 
a situação social, pois são 
referências para a nossa 
percepção do outro e ao 
mesmo tempo para o nosso 
próprio comportamento.
□ Os diferentes papéis sociais 
permitem que nos 
adaptemos às diferentes 
situações sociais e que 
sejamos capazes de nos 
comportar diferentemente 
em cada uma delas.
28
Papéissociais
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Subjetividadehumana
□ O mundo interno que possuímos e suas expressões são 
construídas nas relações sociais, ou seja, surge do contato 
entre as pessoas e das pessoas com a natureza.
□ A Psicologia Social busca também compreender como se dá 
a construção do mundo interno a partir das relações 
sociais vividas.
□ O mundo objetivo (realidade social) é visto como
fator
constitutivo da subjetividade.
29
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ É a unidade básica fundamental da vida do 
sujeito material. É através da atividade que 
a pessoa se apropria do mundo.
□ É a base do conhecimento e do pensamento 
da pessoa. Para existirmos precisamos atuar 
sobre o mundo, transformando-o de acordo 
com nossas necessidades.
□ Ao atuarmos no mundo, construirmos a nós
mesmos.
Atividade
30
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Expressa a forma como a pessoa 
se relaciona com o mundo 
objetivo.
□ Compreensão: O modo de reagir 
ao mundo objetivo.
□ Transforma em ideias e imagens e 
estabelece relações entre essas 
informações, de modo a 
compreender o que se produz na 
realidade.
□ Reagimos ao mundo compreendendo-
o, sabendo-o. É produto das relações
sociais que a pessoa 
estabelece.
Consciência
31
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ As representações sociais, veiculadas 
pela linguagem, são expressões da 
consciência.
□ Quando alguém discursa ou fala sobre 
algum assunto, está se referindo ao 
mundo real e expressa sua consciência 
através das representações sociais.
□ É o conjunto de ideias que articulam os 
significados sociais. Envolvem crenças, 
valores, e imagens que os indivíduos 
constroem no decorrer de suas vidas e a 
partir da vivência na sociedade.
Representações sociais
32
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
□ Representações e sentimentos que o
indivíduo desenvolve a respeito de si
próprio, a partir de conjunto de suas
vivências.
□ Síntese pessoal de si mesmo, incluindo 
dados pessoais (cor, sexo, idade), 
biografia (trajetória pessoal), atributos 
que os outros lhe conferem, permitindo 
uma representação de si mesmo.
□ Como a pessoa se vê.
Identidade
33
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Identidade
□ A mudança nas situações 
sociais, a mudança da 
história de vida e nas 
relações sociais determinam 
um processar contínuo na 
definição de si mesmo.
□ O indivíduo é um ser social, 
que constrói a si próprio, ao 
mesmo tempo que constrói, 
com os outros indivíduos, a 
sociedade e sua história.
34
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
ATITUDES SOCIAIS
35
Características gerais
É uma dimensão avaliativa que se refere a: gostar/não 
gostar, simpatia/antipatia, favorável/contrário, 
apoiar/não apoiar, concordar/discordar com um objeto 
social.
Atitude pode ser:
Positiva: gostar, simpatizar, ser favorável, apoiar, concordar de um objeto social.
Negativa: não gostar, antipatizar, ser contrário, não apoiar, discordar de um objeto 
social.
Atitudes Sociais
36
BASE TEÓRICA DA PSICOLOGIA SOCIAL
Pessoas: Lula, Bolsonaro, Bruna Surfistinha, a aluna Suzane ...
Lugares: São Paulo, Paris, Aiuruoca...
Acontecimentos: Greve de ônibus, luta de boxe, união civil de homossexuais, 
cirurgias plásticas ...
Idéias: Reencarnação, aborto, clonagem ...
Empresas e Produtos: CCE, Apple, maconha, buchada de bode, água com gás ... 
Grupos: Nordestinos, gaúchos, Pabllo Vittar, Skank …
Atitudes em relação aos grupos determinam os nossos estereótipos e os 
preconceitos.
Quais são as suas Atitudes para com os 
seguintes Objetos Sociais?
37
Sua importância reside no fato de que, conhecendo as atitudes de uma pessoa para com um objeto (Ex: 
PT,PSDB), podemos prever o seu comportamento em relação a este objeto (votar no PT, votar no 
PSDB).
A crença numa informação (Ex: camisinha previne HIV), isto é o quanto uma pessoa acredita nisto, 
definirá a força de sua atitude (ser a favor do uso da camisinha).
Se uma pessoa acreditar firmemente que uma informação é verdadeira (mesmo que na verdade seja 
falsa), ela mobilizará afetos intensos e atitudes fortes.
Quando as informações são vagas, imprecisas, desencontradas ou contraditórias, a atitude é fraca ou 
inexistente.
Atitudes Sociais
Características adicionais
38
É uma predisposição mental para a ação, logo Atitude não é o comportamento.
Quando se está em dúvida (contradição), ou se desconhece o objeto, ou tanto faz para a 
pessoa … Não se considera que exista Atitude Neutra.
Para a Psicologia Social não é correto dizer: 
Tomar uma atitude.
Pois Atitude não é um iogurte que se toma, e sim 
Atitude é algo que se desenvolve.
Atitudes Sociais
Atenção!!! Cuidado!!!
39
Organização duradoura de crenças e cognições (pensamentos), dotadas de uma carga afetiva 
pró ou contra (afeto) um objeto social, que predispõe o indivíduo à ação (comportamento).
Componentes:
pensamentos (conhecimentos, cognições, idéias), 
afetos (sentimentos, avaliações), 
comportamentos (intenção de agir).
São sentimentos pró ou contra objetos sociais
Atitudes Sociais
Conceito
40
Ele é desorganizado
Sua aula é monótona e chata
Ele dá muito trabalho p/ casa
Ele trata alunos com respeito
Ele conhece a matéria
Pensamentos Afetos
Comportamentos
Concordo totalmente
Concordo
Em dúvida, não sei
Discordo
Discordo totalmente
Conversar durante a sua aula
Desconfiar das informações dadas em aula 
Não realizar as tarefas por ele exigidas 
Comparecer a todas as suas aulas 
Conversar com ele nos intervalos das aulas
Atitudes Sociais
Exemplo: atitude em relação ao professor x
41
Protege contra HIV e DST 
Impede a gravidez
Não é um método muito seguro
É desconfortável
É contra a lei de Deus
Exemplo: usar camisinha
Pensamentos Afetos
Comportamentos
Concordo totalmente 
Concordo
Em dúvida, não sei
Discordo
Discordo totalmente
Nunca comprei nem usei
Uso quando desconfio da(o) parceira(o) 
Trago sempre comigo
Participo de campanhas para distribuição
no Carnaval
Atitudes Sociais
42
Teoria de Fishbein e Ajzen (1967)
Maior será a chance de prevermos um comportamento se
conhecermos as intenções do indivíduo e, para isto, é
necessário que conheçamos as suas atitudes e a norma
subjetiva(o que o seu grupo social de referência pensa sobre
o assunto) em relação ao objeto social em questão.
Atitude
Norma
subjetiva
Intenção 
comportamental
Comportamento
Atitude e Comportamento
43
Exemplo da teoria de Fishbein e Ajzen (1967)
Exemplo: Fazer uma viagem de negócio para Manaus.
Atitude: não 
gostar de 
Manaus
Norma subjetiva: os
colegas de trabalho
acham que a firma
precisa que você vá
Intenção 
comportamental: 
está disposto a 
viajar ou não 
pretende ir?
Comportamento: 
Viajar para 
Manaus ou não
Atitude e Comportamento
44
Acessibilidade da Atitude (Fazio,1995)
* Acessibilidade: indica se, na sua mente, a associação
entre um objeto (p. ex: filmes de suspense) e a atitude
em relação a ele (p. ex: detestar ou admirar filmes de
suspense) é imediata, isto é, se há uma forte associação
entre objeto e atitude.
Tempo de reação: Quando perguntado sobre um objeto social a resposta veio 
logo à mente (era acessível) ou você teve que pensar na pergunta por um tempo?
Pesquisas sugerem que o comportamento tem mais probabilidade de ser 
coerente com atitudes quando estas estão muito acessíveis.
Atitude e Comportamento
45
Acessibilidade da Atitude (Fazio,1995)
* Quando uma atitude se torna altamente acessível?
Experiência direta: Quando está baseada na sua experiência direta (assistir a
filmes de suspense) ao invés de ter ouvido outros falarem ou ter lido opiniões de
outros a respeito.
Associações freqüentes: Quando as atitudes foram expressas com mais
freqüência, isto é quanto mais vezes você teve que expressar suas atitudes em relação
a o objeto (p. ex: tem o costume de assistir a filmes de suspense).
Especificidade: quando mais específicas forem as atitudes em relação ao objeto,
p. ex: você gosta de filmes do tipo O Chamado, A Profecia, A Bruxa de Blair ou 
Psicose.
Atitude e Comportamento
46
* Valores são categorias gerais.
Diferentemente das atitudes, que se referem a objetos sociais específicos.
* Os valores são considerados como princípios transituacionais, que orientam a 
vida do indivíduo.
Um mesmo valor orienta nossas atitudes e comportamentos em diferentes 
situações, por exemplo: o valor igualdade entre os sexos:
vale dentro de casa entre marido e esposa,
entre irmão e irmã,
entre colegas da faculdade,
salário igual para homens e mulheres que realizem o mesmo trabalho,
etc.
Atitudes são específicas e Valores são genéricos
Atitudes e Valores
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Estereótipos:
imputação de certas características a pessoas pertencentes a determinados 
grupos sociais;
são definidos por atitudes positivas ou negativas em relação a estas pessoas;
Preconceitos:
são estereótipos negativos.
imputação de certas características exclusivamente negativas a pessoas pelo 
fato de pertencentes a determinados grupos sociais;
pessoas preconceituosas tendem a ser autoritárias.
Estereótipos e Preconceitos
Conceito
48
* Estereótipos Positivos: 
Paulistas são trabalhadores; 
Cariocas são divertidos; 
Bombeiros são prestativos; 
Homens são corajosos;
Mulheres são grandes líderes; etc.
Exemplos de Estereótipos e Preconceitos
* Estereótipos Negativos: Preconceitos
Jogadoras de basquete são lésbicas;
Mulheres são péssimas motoristas;
Baianos são preguiçosos; 
Os idosos são imprestáveis; 
Portugueses são burros; etc.
49
Estereótipos e Preconceitos
50
Como se formam?
São rótulos aprendidos desde cedo (não são inatos ou naturais), 
surgem a partir dos 4 anos de idade.
São culturalmente aprendidos: formam-se a partir da repetição e 
similaridade de padrões de comportamentos por:
Modelação: imitação de modelos:
Ex: repetir idéias estereotipadas de pais e amigos;
Modelagem: condicionamento: 
Ocasião→Comportamento→Reforço.
Ex: Na escola, ele xinga um aluno de gay e é reforçado pelos
colegas.
Conceito de Estereótipos e Preconceitos:
são representações mentais: 
estruturas de memória;
funcionam como arquivos de computadores; 
organizam as idéias;
referentes a um domínio específico: grupo de pessoas, 
relevante para um sujeito.
Têm a função de estruturar o mundo exterior: tornar simples a
realidade complexa (supergeneralização);
São ilógicos (inferências arbitrárias), passivos e resistentes a
mudança.
Estereótipos e Preconceitos
51
De acordo com aTeoria dos Esquemas Mentais
Os Preconceitos representam um grande problema social, pois:
Limitam a capacidade de percepção do preconceituoso; 
Ignoram o potencial real das vítimas de preconceito; 
Prejudicam o autoconceito das vítimas;
Proporcionam um sentimento de impotência;
Geram tensão social: debates, animosidades e conflitos; 
Instigam até mesmo guerra entre grupos e nações.
Preconceitos
52
Os preconceitos variam entre as culturas: 
Judeus e muçulmanos;
Americanos e poloneses; 
Ingleses e franceses; etc.
Grupos que mais sofrem preconceitos no Brasil:
negros e índios;
homossexuais e portadores de HIV;
mulheres (loiras e prostitutas);
portugueses, argentinos, paraguaios;
nordestinos;
obesos, baixinhos, idosos, tatuados, feios;
pobres, ex-presidiários;
Preconceitos
doentes mentais e portadores de necessidades especiais.
53
Adolf Hitler nasceu a 20 de abril de 1889 e faleceu a 30 de
abril de 1945, suicidando-se no seu quartel-general. Foi o líder do Partido Nazi ou
nazista.
Documentos apresentados durante o Julgamento de Nuremberg indicam
que, no período em que Adolf Hitler esteve no poder, grupos minoritários
considerados indesejados - tais como ciganos, homossexuais, deficientes físicos e
mentais, e judeus - foram perseguidos no que se tornou conhecido como
Holocausto
discriminaçãoao extremo milhões de
pessoas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Defici%C3%AAncia_f%C3%ADsica
REPRESENTAÇÕES SOCIAIS
55
Década de 60 
Serge Moscovici
La psychanalyse: son image et son public (1961) 
Esta obra lançou uma problemática:
Como é que o conhecimento científico é consumido, transformado e 
utilizado pelo homem comum (leigo)?
Como constrói o homem a realidade?
56
Origem
“Um conjunto de conceitos, proposições e
explicações criado na vida cotidiana no decurso da
comunicação interindividual. São o equivalente, na
57
crenças
ser vistas
comum”
nossa sociedade, dos mitos e sistemas de 
das sociedades tradicionais, podem ainda 
como a versão contemporânea do senso 
(Moscovici, 1981,p. 181).
Sua principal função é tornar familiar o não-familiar
Definição
“forma pelos quais o senso comum expressa seu 
pensamento (Jodelet, 1993)
—Não seria uma resposta individual emitida em
relação a um estímulo social,
—Mas a maneira como os grupos sociais constroem e
organizam diferentes significados dos estímulos do
meio social e as possibilidades de respostas que
podem acompanhar esses estímulos.
58
Representações Sociais
—Ato de pensamento na qual o sujeito se relaciona com o
objeto (pessoa, idéia, evento social ou natural)
—Como:
—Através de operações mentais (atenção, percepção e memória)
esse objeto é substituído por um SÍMBOLO que se faz presente
quando o objeto está ausente.
—O objeto fica representado simbolicamente na mente dos 
indivíduos.
—RS não é uma simples reprodução do objeto implica
sua transformação ou construção
Representações Sociais
59
—Sãos construídas nos processos de interação e 
comunicação social.
— Devido ao significado para os grupos sociais as RS:
— Circulam nos meios de comunicação de massa;
— Nas conversas entre as pessoas e;
— Se cristalizam nascondutas
—Os meios de comunicação:
— levam a informação a população;
—Nas relações interpessoais
—trocam-se opiniões, se reafirmam conceitos e idéias, se 
debate e se consolida o processo de comunicação sobre o 
objeto.
60
São sociais em sua origem
RS podem variar de um grupo para outro;
— Origem da variação:
—Complexidade social;
—Diversidade de categorias
—Valores,
—posição social;
—Experiência com o objeto da RS;
—Contexto histórico, cultural e social dos grupos.
As RS se vinculam a sistemas de pensamentos mais amplos, 
ideológicos ou culturais, a um estadode conhecimento 
científico, como a condição social e a esfera de experiências 
prévias e afetivas dos indivíduos (Jodelet, 1991)
61
São compartilhadas, mas não homogêneas paraa 
sociedade
—Critério quantitativo: são compartilhadas por um 
grande número de pessoas e grupos.
—Critério genético : são construídas socialmente.
—O pensamento social é construído nas e pelas
interações sociais;
—Portanto, o objeto da PSéo“Social
—Critério funcional: são guias para a comunicação e 
para a ação.
62
Síntese: Por que as RS são sociais?
São evidentes quando se compreende sua natureza social;
As RS permitem que os indivíduos transformem uma realidade estranha, 
desconhecida em uma realidade familiar;
As RS guiam aação social;
As RS servem para justificar as decisões, posições econdutas adotadas diante de 
um evento.
63
Funções das RS
RS podem variar de um grupo para outro;
— Origem da variação:
—Complexidade social;
—Diversidade de categorias
—Valores,
—posição social;
—Experiência com o objeto da RS;
—Contexto histórico, cultural e social dos grupos.
As RS se vinculam a sistemas de pensamentos mais amplos, 
ideológicos ou culturais, a um estado de conhecimento 
científico, como a condição social e a esfera de experiências 
prévias e afetivas dos indivíduos (Jodelet, 1991)
64
São compartilhadas, mas não homogêneas paraa 
sociedade
—Critério quantitativo: são compartilhadas por um 
grande número de pessoas e grupos.
—Critério genético : são construídas socialmente.
—O pensamento social é construído nas e pelas
interações sociais;
—Portanto, o objeto da PSéo“Social
—Critério funcional: são guias para a comunicação e 
para a ação.
65
Síntese: Por que as RS são sociais?
São evidentes quando se compreende sua natureza social;
As RS permitem que os indivíduos transformem uma realidade estranha, 
desconhecida em uma realidade familiar;
As RS guiam aação social;
As RS servem para justificar as decisões, posições econdutas adotadas diante de 
um evento.
66
Funções das RS
PSICOLOGIA SOCIAL COMUNITÁRIA
67
O que é PsicologiaSocial Comunitária?
68
Segundo Góis (1993) a psicologia comunitária é
uma área da psicologia social que estuda a
atividade do psiquismo decorrente do modo de
vida do lugar/comunidade; estuda o sistema de
relações e representações, identidade, níveis
de consciência, identificação e pertinência dos
indivíduos ao lugar/comunidade e aos grupos
comunitários.
Definição
69
A psicologia comunitária (PC) um caráter 
interdisciplinar, voltada principalmente para o
desenvolvimento e a mudança sócio-política de
uma realidade psicossocial caracterizada por
relações de dominação e de exclusão social.
(Martín-Baró, 1989).
Definição
70
processos de facilitação social baseadosna ação
local e na conscientização
1. DESENVOLVIMENTO HUMANO
2. MUDANÇA SOCIAL (busca de alternativas sócio-políticas)
visão positiva da
COMUNIDADE e DAS PESSOAS
reconhecimento da capacidade do indivíduo e da própria 
comunidade de serem responsáveis e competentesna
construção de suas vidas
Fonte: Góis, (2003)
71
PC centrada em doisgrandes
modelos:
› 1 ) com a realidade social e histórica dos
sujeitos;
› 2 ) desenvolver nos sujeitos uma consciência crítica e autônoma;
› 3 ) contribuir na formação da identidade 
individual e social,
› 4 ) despertar perspectivas para uma mudança social;
› 5 ) buscar melhorias nas condições de vida e 
bem-estar dos indivíduos e da comunidade.
72
As ações da PSC são pautadas:
QUATRO PILARES
A PSICOLOGIACOMUNITÁRIA
73
› Consiste em identificar, facilitar ou criar
74
contextos em que as
pessoas isoladas ou silenciadas possam ser compreendidas, ter
uma voz e influência sobre as decisões que lhes dizem
modo, afetem a suadiretamente respeito ou que de algum
vida. (Rappaport,1992).
Atribuir poder aos indivíduos, de forma a estes serem
autônomos e conseguirem por si só resolverem e minimizarem
os seus problemas. Através da troca e partilha de
conhecimentos.
Empoderamento
› Cidadania - está fortemente ligada à democracia, concebendo os
indivíduos com direitos e deveres.
Implica respeito e liberdade entre as pessoas, de forma a cumprir
as suas obrigações e reclamar os seus direitos, promovendo a
qualidade de vida sem afetar os outros.
75
Cidadania
›A pobreza é resultado de graves desigualdades sociais, tem uma
forte influência sobre o desenvolvimento de competências e
aptidões individuais e coletivas.
Ultrapassar a pobreza torna-se essencial para o desenvolvimento
saudável humano.
76
Lutacontraa pobreza
› Saúde mental- É considerado um estado de equilíbrio entre a 
pessoa e a sociedade, é um conceito amplo, representado pela 
família, comunidade, escola e trabalho.
Possuindo saúde mental, o individuo torna-se mais produtivo, tem 
melhor qualidade de vida e bem-estar. (ELOI, J, 2015)
77
Saúdemental
O QUE FAZ UM PSICÓLOGO 
COMUNITÁRIO?
78
intervenção social, baseados em metodologias
79
› Contribui para a construção de programas inovadores de 
colaborativas de investigação-ação, promotoras
de empoderamento e facilitadorasda mudança social.
›
na área da violência, por ex. (violência contra as mulheresEstrutura, implementa ou avalia programas de prevenção 
e/ou crianças; saúde; bullying).
›
Apoio aos grupos e as organizações na comunidade (coletividades, organizações não-governamentais ou outras) para
que funcionem de forma mais eficaz, cumprindo os objetivos a que se propõem ao nível da cultura, do bem-estar
físico e do desenvolvimento integral dos grupos que pretendem beneficiar.
›
Pode contribuir para a consultoria na criação de grupos ou organizações de ajuda mútua, onde as pessoas podem
ajudar-se a si próprias e a outras na resolução dos seus problemas de forma natural, integrada e que promove o
sentimento de integração e de pertença.
› Territóriocomum
› Espaço deconvivência
› Membros ativamenteparticipantes
Comunidade
80
› “onde todos são chamados pelo
nome”(Marx).
› “viver em sociedade onde a pessoa é reconhecida
pelo nome, significa que além de manter sua identidade e
singularidade, o indivíduo pode expressar sua opinião, seu
pensamento, onde ele é alguém. (Guareschi, 2013, p. 78).
81
COMUNIDADE:definições
› participação da mesma cultura, vinculação a um território comum, espaço
de moradia e de convivência, nível socioeconômico semelhante e laço
histórico comum.” (Góis, 2005).
›
“é uma associação que se dá na linha do ser, isto é, por uma
participação profunda dos membros com o grupo, onde são colocados os
sentimentos nobres como o amor, a lealdade, a honra, a amizade, crenças
e conhecimento mútuo”. (F.Tönnies apud Sawaia, 1996; Guareschi, 2013).
82
COMUNIDADE:definições
› Inserção e conhecimento dosindivíduos
na comunidade
› Despertar a conscientização dosdireitos
› Identificar necessidades dosmembros
Atuaçãodo psicólogo comunitárioem comunidades
83
› Consiste na inserção e conhecimento dos indivíduos e da comunidade,
atuar no sentido analista e facilitador, identificando as suas necessidades,
onde as ações e ferramentas são construídas de forma compartilhada
(profissional e comunidade) visando a busca de soluções, respeitando sua
singularidade, história e o local.
Despertar nos indivíduos conscientização de seus direitos que os fortaleçam
em busca de melhores condições de qualidade vida (Freitas, 2014).
Trabalho do Psicólogo Comunitário
84
› O princípio central da psicologia social comunitária prioriza que o
trabalho em equipe nas comunidades deve ocorrer por meio do
enfoque interdisciplinar e da colaboração mútua. (Campos, 2007; Ussher,
2008)
›
construção do conhecimento deve estar fundamentada na interação do
psicólogo com os indivíduos da comunidade.
85
Trabalhodo Psicólogo Com.
› Maior relevância em indivíduoscom
situação de isolamento
›
Pessoas com maisvulnerabilidade
› Relacionado com o suporteemocional, seja afeto, companhia, 
informação, fazendo com que o indivíduos se sinta confortado.
PSC E SUPORTESOCIAL86
›O desgaste excessivo do trabalho, horários irregulares impostos pela
rotina de trabalho e estudos, a falta de oportunidade no mercado
de trabalho, os baixos salários, a crise financeira entre outras
questões;
O suporte social poderá constituir-se como um fator importante de
promoção de saúde inclusive da saúde mental.
87
PC E SUPORTE SOCIAL
› Um processo intencional de interferência ou influência que objetiva
provocar mudança.
A intervenção poderá ser operacionalizada a partir de influências,
orientações ou ações concretas no sentido de modificar sistemas
sociais e políticos, com incidência em áreas como a saúde, a
educação, o bem-estar físico e emocional, domínios judiciais entre
outros. (Ornelas, 1997)
88
Intervençãosocial
› Existem 18 competências relacionadasaprática da psicologia 
comunitária, elaboradas com a intenção de comunicar a natureza 
e como a psicologia comunitária contribui:
Competências para a prática
89
1. Perspectivas ecológicas
2. Empoderamento
3. Competência sociocultural e cross-cultural (intercâmbio de culturas)
4. Inclusão comunidade e parceria
5. Ética prática, reflexivo
6. Programa de desenvolvimento, implementação e gestão
7. Prevenção e promoção da saúde
8. Comunidade liderança e mentoring
9. Pequenos e grandes processos de grupos
10. Desenvolvimento de recursos
11. Consulta e desenvolvimentoorganizacional
12. Colaboração e desenvolvimento coalition(alianças)
13. Desenvolvimento da comunidade
14. Organização comunitária
15. Análise de políticaspúblicas
16. Comunidade educação, disseminação de informaçãoe sensibilização pública
17. Participação na comunidade
18. Comunidade
FONTE: Dalton & Wolfe (2012). / SCRA Society for Community Research and Accion
90
› HORTAS COMUNITÁRIAS EM HELENA, MONTANA- EUA
construção de hortas comunitárias tem como objetivo trabalhar com
populações de baixa renda, dando-lhes espaço jardinagem e ensinar-lhes
habilidades de jardinagem, para que possam assumir o controle da qualidade dos
Atualmente, são cinco jardins ealimentos que eles e suas famílias consomem. 
mais de 60 jardineiros.
(fonte: ctb.ku.edu)
Exemplosde trabalho comunitário
91
› INICIATIVA DE ENERGIA SOLAR PARA HOMELESS SHELTER
Las Cruces Verde – Novo México - instalação de painéis solares em habitação para o
cronicamente sem-teto. Seus esforços servem como um símbolo, mostrando o apoio da
comunidade para a energia verde e ajudando a alavancar a implementação em toda a cidade de
energias renováveis.
› PREPARANDO COMUNIDADES EM SANTIAGO TEXACUANGOS 
PARA DESASTRES NATURAIS
El Salvador após o furacão Ida em 2009, Colectivo CEIBA optou por trabalhar com 3
comunidades que mais precisam de reconstrução social, determinado por níveis de danos e
desejo expresso das comunidades a "se organizar." Uma equipe de 6 pessoas implementaram os
projetos escolhidos, consultado com os governos locais e lançaram os projetos em fevereiro de
2010.
(fonte: ctb.ku.edu
92
Exemplosde açõesda PC
http://ctb.ku.edu/en/solar-powered-homeless-shelter
A CULTURA
93
ANTES DE MIM
94
A CULTURA
• O nascimento, a alimentação, a doença, a 
reprodução e a morte são fenómenos 
biológicos, mas, no caso do ser humano, 
são também fenómenos sociais e 
culturais.
• Todas as sociedades humanas criaram um 
sistema de crenças, valores, hábitos e
conhecimentos associado aos atos de 
nascer, de alimentar, etc.
Como 
funciona?
95
NOÇÃO DE CULTURA
NOÇÃO DE CULTURA
96
• Forma comum e aprendida da vida, que 
compartilham os membros de uma sociedade, e
97
que consta da totalidade dos instrumentos,
técnicas, instituições, atitudes, crenças,
motivações e sistemas de valores que o grupo
conhece (FOSTER).
NOÇÃO DE CULTURA
• O conceito de cultura refere-se:
• Á totalidade de conteúdos, modos de pensamento e
comportamentos, transmitidos no decurso do processo de
socialização;
98
meio,• Á capacidade do ser humano para se adaptar ao 
transformando-o e reinventando-o.
NOÇÃO DE CULTURA
• O indivíduo não se limita a ser um recipiente passivo,
um guardião de uma tradição cultural transmitida
socialmente: constrói-se, participa, interpreta, rejeita,
recria e renova permanentemente o seu ambiente
social.
• O ser humano é portanto, não apenas um produto do
seu meio, mas um produtor de cultura.
99
NOÇÃO DE CULTURA
•Os padrões 
culturais são o
conjunto de 
comportamentos, 
práticas, crenças
e valores, 
comuns aos 
membros de uma 
cultura.
PADRÕES CULTURAIS
100
 Uma língua ou um grupo de línguas;
 Uma história oral e/ou escrita;
 Uma religião dominante organizada, ou um conjunto de cre.n.ç.a.s
religiosas;
 Costumes e valores nucleares;
 Sistemas de organização social, incluindo normas de conduta 
pessoal, familiar e social;
 Artefatos próprios dessa sociedade (pintura, música, etc.);
 Hábitos alimentares e sanitários socialmente aceitos;
 Moral comum.
101
CADA CULTURA TEM EMCOMUM…
• Os padrões 
importante 
quadros de
102
culturais desempenham um papel
na construção de significados,
referência, atividades e relações
entre as pessoas.
• Através do processo de socialização o indivíduo 
interioriza os padrões culturais – enculturação.
PADRÕES CULTURAIS
• Mas os padrões culturais não são estáticos, isto é, contactam uns com os 
outros, originando o processo de aculturação.
• A aculturação resulta do contato contínuo entre indivíduos de diferentes 
culturas, provocando mudanças nos padrões culturais existentes, mudanças
essas que tanto os podem enriquecer, como eliminar por completo.
• A desculturação é o processo de perda ou destruição do património cultural,
o que pode incluir apenas alguns elementos culturais ou toda uma cultura
(pode acontecer de modo traumático, como em situações de extermínio e
genocídio).
De que 
forma?
103
PADRÕES CULTURAIS
• Os diferentes povos criaram e 
desenvolveram um estilo de vida que
cada indivíduo aceita – não sem 
reagir, decerto – como um
protótipo.”
• MALSON (1988)
DIVERSIDADE CULTURAL
104
Heródoto (historiador grego – sec. V a.C.) :
“Se oferecêssemos aos homens a escolha de todos os costumes do 
mundo, aqueles que lhes parecessem melhor, eles examinariam a 
totalidade e acabariam preferindo os seus próprios costumes, tão 
convencidos estão de que estes são melhores do que todos os 
outros. ”
105
DIVERSIDADE CULTURAL
Tácito (historiador, orador e político romano):
“Os alemães são quase únicos, entre os bárbaros, por se 
satisfazerem com uma mulher para cada. As exceções, que são 
extremamente raras, constituem-se de homens que recebem 
ofertas de muitas mulheres devido ao seu posto.
Não há questão de paixão sexual. O dote é dado pelo marido à 
mulher, e não por esta àquele”.
106
DIVERSIDADE CULTURAL
Entre os ciganos da Califórnia, a obesidade
é considerada como um indicador da
virilidade, mas também é utilizada para
conseguir benefícios junto aos programas
governamentais de bem-estar social, que a 
consideram como uma deficiência física.
DIVERSIDADE CULTURAL
107
• A carne da vaca é 
proibida aos 
hindus, da mesma 
forma que a de 
porco é 
interditada aos 
muçulmanos.
DIVERSIDADE CULTURAL
108
• O nudismo é uma
tolerada em certas 
enquantoeuropéias,
países islâmicos,
prática 
praias
nos
de
orientação xiita, as mulheres
mostrar o rostomal podem 
em público
DIVERSIDADE CULTURAL
109
E SE TODOS FOSSEM IGUAIS?
110
¡ O etnocentrismo é a visão 
centrada ou egocêntricade 
uma cultura em relação às 
outras.
¡ Avalia asoutras culturas a 
partir de siprópria, dosseus
valores e padrões de 
comportamento.
ETNOCENTRISMO
111
Percebe-se que o preconceito surge quando se defende a ideia 
de que temos uma cultura uniforme, em lugar de
reconhecer, valorizar e pesquisar a enorme variedade cultural.
Assim, as diversas etnias que formam a diversidade
cultural, são desprezadas e ignoradas.
O Preconceito
112
¡ O multiculturalismorespeita a diversidade cultural 
defendendo o diálogo eo respeito peladiferença
113
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
114
• A socialização é o processo pelo
qual, ao longo de toda a vida, o ser
humano aprende e interioriza os
diversos elementos da cultura
envolvente, num meio social e
cultural específico.
SOCIALIZAÇÃO
115
• Por socialização primária entende‐se a etapa de desenvolvimento social que
decorre fundamentalmente durante a infância (e para muitos autores também
durante a adolescência) e em que o indivíduo recebe e assimila as atitudes,
comportamentos, valores e normas próprios da sua cultura.
• Por socialização secundária, entende‐se o processo de adaptação a situações
novas que implicam modificações significativas na nossa condição social.
Traduz‐se na interiorização de novos papéis e estatutos como, por exemplo, a
maternidade e a paternidade, o primeiro emprego ou a reforma, a mudança de
estado civil, etc.
116
SOCIALIZAÇÃO
117
Processos de 
socialização
Por aprendizagem
Aprende-se por 
tentativas,
erros e repetições
Por imitação
Repete-se 
mecanicamente
os comportamentos
observados
Por identificação
Assume-se como 
nossos os 
comportamentos de 
indivíduos com os quais 
nos identificamos
118
• Os agentes de socialização são
estruturas sociais, cuja função é, em
termos gerais, inserir o indivíduo no
seu meio sociocultural, adaptando‐o
às suas normas, exigências e padrões.
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
119
• A família é o primeiro dos grupos
em que decorre a socialização. Aí,
a criança aprende as primeiras
atitudes e comportamentos. Os
pais e os familiares mais próximos
desempenham um papel de
modelos 
imitar e
que a criança procura 
com os quais pretende
identificar‐se (é através do
processo de identificação que se
formam as primeiras atitudes).
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
120
• A escola é a instituição
responsável pela transmissão
de conhecimentos, técnicas e
competências necessárias ao
exercício de uma vida adulta
socialmente valorizada.
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
121
• O grupo de pares é um 
conjunto social formado por 
indivíduos de idade aproximada 
que têm em comum a vivência 
de situações e experiências
semelhantes, a partilha de 
interesses e gostos.
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
122
• Hoje em dia não pode, de modo algum, ser desprezada a função
socializadora dos meios de comunicação social, onde pululam os
ditos líderes de opinião dos mais diversos quadrantes, que veiculam de
modo informal estilos de vida desejáveis, normas de comportamento,
valores estéticos dominantes.
• Não se limitam a entreter‐nos ou a noticiar: modelam as nossas
atitudes, valores, etc. Basta pensar na Internet e também na poderosa
TV, já, por alguns denominada “babysitter eletrônica” e “escola
paralela”.
123
AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO
Agentes de socialização
124
125
• O ser humano é simultaneamente um ser
social, ligado a outros, e um ser individual,
único.
• A par da socialização como função
integradora desenvolve-se a individuação
como função diferenciadora.
126
HISTÓRIA PESSOAL – INDIVIDUAÇÃO
• O indivíduo é um ser auto-organizado na sua relação com os outros e
com o mundo que o rodeia. A auto-organização traduz-se na
capacidade que o indivíduo tem de atribuir significados às
experiências e aos acontecimentos significativos.
• A narrativa do indivíduo composta a partir das singularidades
construídas a partir do seu corpo, do processo de individuação e dos
significados que cada um de nós atribui as coisas, constitui a nossa
história pessoal, única e singular.
127
HISTÓRIA PESSOAL – INDIVIDUAÇÃO
• Assim podemos afirmar que cada ser humano é
uma totalidade singular e complexa condicionada
por três fatores: Influências genéticas (da espécie
e individuais), fatores ambientais (meio sócio
cultural) e experiências pessoais (vivências).
128
HISTÓRIA PESSOAL – INDIVIDUAÇÃO
• Apesar de
129
estar geneticamente preparado para a
linguagem, o ser humano depende do meio que o rodeia –
a sociedade, para a adquirir e desenvolver.
• Por exemplo "as crianças selvagens", que estiveram
privadas de qualquer contato com a linguagem, apenas
conseguiram adquirir pouco mais de 20 palavras.
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM
• A linguagem, a sua aquisição e desenvolvimento
tem uma altura específica, variável (nem todas as
crianças começam a falar com a mesma idade) no
seu desenvolvimento físico, mental e mais
importante, no seu desenvolvimento social.
130
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM
• Assim, nascer homem não é condição única
e suficiente para o desenvolvimento das
capacidades superiores e especificamente
humanas.
• A humanização só é possível pela cultura e
o ponto de partida é a linguagem.
131
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM
• Os pensamentos que os humanos produzem não
podem existir sem ter por base a linguagem, ou
seja, sem a capacidade de representar a realidade
por meio de símbolos. Não há pensamento
verdadeiramente humano sem linguagem.
132
A IMPORTÂNCIA DA LINGUAGEM
PSICOLOGIA SOCIAL E GÊNERO
133
Gênero
É uma dada maneira de olhar a 
realidade da vida (das mulheres e dos 
homens) para compreender:
134
• As relações sociais entre 
mulheres e homens;
• As relações de poder entre
mulheres e homens, mulheres e 
mulheres, homens e homens
Gênero
É uma dada maneira de olhar a 
realidade da vida (das mulheres e dos 
homens) para compreender:
135
• As relações sociais entre 
mulheres e homens;
• As relações de poder entre
mulheres e homens, mulheres e 
mulheres, homens e homens
Gênero:
Conjunto de representações sociais e culturais construídas a partir da diferença biológica 
dos sexos; construção social do masculino e feminino.
Para Grossi (2005), Gênero é uma construção cultural, processado na educação 
formal e informal de homens e mulheres, contrariamente do senso comum, a qual 
compreende que biologicamente o sexo, por si só, determina os comportamentos 
masculinos e femininos.
136
“Gênero deve ser visto como elemento 
constitutive das relações sociais, baseadas 
em diferenças percebidas entre os sexos, e 
como sendo um modo básico de significar 
relações de poder” (Scott, 1990).
137
Gênero / Sexo
Gênero:
Maneira que as diferenças entre mulheres e homens assumem nas diferentes sociedades, 
no transcorrer da historia.
Sexo:
Diferenças anatomofisiológicas existentes entre os homens e as mulheres.
138
Outros Conceitos:
139
•Sexo: Expressão biológica que define um conjunto 
de características anatômicas e funcionais (genitais e 
extragenitais).
•Sexualidade: entendida de forma mais ampla; e 
expressão cultural. Inclui sentimentos, fantasias 
desejos, sensações e interpretações.
• Orientação Sexual:
• Atração afetiva e/ou sexual que uma pessoa sente pela outra. Varia desde a 
homossexualidade exclusiva ate a heterossexualidade exclusiva, passando
pelas diversas formas de bissexualidade. Os psicólogos não consideram que a 
orientação sexual
seja uma opção consciente que possa ser modificada por um ato de vontade.
140
Sexual:• Identidade
• Conjunto de características sexuais que di 
que se expressam pelas preferencias se
relação ao
ferenciam cada pessoa das demais e 
xuais, sentimentos ou atitudes em 
sexo.
• É o sentimento de masculinidade ou feminilidade que acompanha a pessoa ao 
longo da vida. Nem sempre está de acordo com o sexo biológico ou com a
genitalia da pessoa.
141
Desigualdade de Gênero
142
143
De acordo com Beauvoir (1980), é através da experiência familiar que a menina 
percebe que o mundo pertence aos homens e esses devem ser respeitados.
Beauvoir (1980, p. 29) esclarece: “a vida do pai é cercada de um prestígio 
misterioso: as horas que passa em casa, o cômodo em que trabalha, os 
objetos que os cercam, suas ocupações e manias tem um caráter sagrado”.
144
Para Beauvoir (1980), o poder dos homens sobre as mulheres é fortemente 
reforçado, diante dos olhos da menina, pela cultura, a literatura, as canções, as 
lendas, etc.
145
A autoraargumenta que a literatura infantil, a mitologia, os contos e narrativas 
refletem os mitos criados pelo desejo dos homens: Perseu, Hércules, Davi, Aquiles, 
Napoleão. É através dos olhos masculinos que a menina explora e vislumbra o 
mundo e nele projeta seu destino.
Existe essa 
desigualdade no 
mercado de trabalho?
146
A Mulher no Mercado de Trabalho
"As mulheres experimentam prazer e sofrimento ao assumirem posição
gerencial, elas estão sujeitas a desconfortos causados pela desigualdade de
gênero presentes no ambiente de trabalho, sempre relacionando a figura da
mulher a fragilidade” (MODESTO FILHO, Jair)
É algo que me irrita, essa diferença assim... “Ah, isso é coisa de mulher”. 
Uma certa fragilidade, um certo sentimentalismo assim, mulher é mais 
frágil, tem essa questão do sexo frágil. “Ah não, isso aí é frescura, isso é 
coisa de mulher”, eu não tenho muito isso não e eu acho que eu não 
tenho essa diferença como algo importante. (E2)
147
A Mulher no Mercado de Trabalho
Quando a mulher está no comando, existe uma certa, como dizer, assim, comentários, como 
se a mulher tivesse conquistado aquele papel, não pela sua capacidade, por outros meios, 
não menos justos. [...] eu me lembro que uma vez uma pessoa chegou e me disse assim: “Eu 
quero falar com o senhor Silva”, eu disse assim: “O senhor Silva sou eu.” “Uai, você é uma 
mulher?”. Eu disse: “Sou”. Ele disse assim: “Eu vou discutir com uma mulher?” Eu falei “ Va, 
qual é o problema? Tem hora que você tem que ser extremamente forte, para enfrentar 
uma injustiça, enfrentar um tratamento desigual, desequilibrado, aí você tem que ser muito 
masculina, muito (E5)
148
“Em alguns casos, os homens, demonstram não ter nenhuma dificuldade em trabalhar
com mulheres, no entanto evidenciam discriminação no que diz respeito a capacidade,
pelas mulheres, de realizar tarefas consideradas de competência do sexo masculino”.
(MODESTO FILHO, Jair).
A Mulher no Mercado de Trabalho
Por isso que eu digo, a política é muito dura, e mulher, até pela relação cultural, às vezes 
não aguenta esse embate. Em todos os sentidos, desde se impor em um determinado 
cargo, campanha. A campanha pra mulher é mais dura do que campanha pra homem. 
(E10).
O homem viaja mais, é mais solto, vai pra uma cidade, vai pra outra, fica às vezes duas 
semanas fora de casa. A mulher já tem algo que a prende mais. Então ela é menos 
disponível à vida política da forma que ela é feita. A vida política é feita muito pra 
homem. A diferença fundamental é essa. A mulher tem que se adaptar ao modo de fazer 
política que não é o da vida dela cotidiana. Então a política é feita para homem. (E10)
149
O argumento de que homens e mulheres são biologicamente 
distintos e que a relação entre ambos decorre desta distinção, 
que é complementar e na qual cada um deve desempenhar um 
papel determinado secularmente, acaba por ter o caráter de 
argumento final, irrecorrível.
Seja no âmbito do senso comum , seja revestido por uma 
linguagem “científica”, a distinção biológica, ou melhor, a 
distinção sexual, serve para compreender - e justificar - a 
desigualdade social. (Louro,1997)
150
O PAPEL DA ESCOLA
151
O Papel da Escola
152
Esta cena e uma
representação fiel do
comportamento
meninas.
esperado das
A informação que a professora passa, é
que essa aluna está correspondendo ao
estereotipo previsto para seu sexo. A
menina “quieta e comportada” recebe um
elogio por estar cumprindo a conduta
desejada.
As relações pedagógicas que são construídas na escola
estão carregadas de simbolizações e as crianças
aprendem normas, conteúdos, valores, significados, que
lhes permitem interagir e conduzir-se de acordo com o
sexo.
153
Cabe a educação colaborar na construção de 
relações entre homens e mulheres mais justas, 
com conteúdos necessários para o 
desenvolvimento intelectual dos/as estudantes, 
que auxilie positivamente no processo formativo 
da identidade de gênero.
154
Diversidade Sexual
155
A Unesco, em 2004, realizou uma pesquisa nas escolas brasileiras, 
mostrando que há preconceito de pais, professores e alunos em 
relação a homossexualidade.
Nessa pesquisa, 17% dos estudantes não gostariam de ter um colega 
homossexual e por volta de 15% deles acreditam que 
homossexualidade é uma doença.
E na 
atualidade?
156
Dados Históricos:
157
- O tema discriminação com base na orientação
sexual foi formalmente suscitado pela primeira
vez no Foro das Nações Unidas —- Conferência
Mundial de Pequim, (China), em 1995.
- Debate sobre não discriminação com base na
orientação sexual - processo preparatório para a
Conferência Mundial Contra Racismo,
Discriminação Racial, Xenofobia e Formas
Conexas de Intolerância - Realizada em Durban
(Africa), em 2001.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu no dia 13/06/2019, por 8 votos a 3, permitir a 
criminalização da homofobia e da transfobia.
Os ministros consideraram que atos preconceituosos contra homossexuais e transexuais devem ser 
enquadrados no crime de racismo.
Conforme a decisão da Corte:
"praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito" em razão da orientação 
sexual da pessoa poderá ser considerado crime;
a pena será de um a três anos, além de multa;
se houver divulgação ampla de ato homofóbico em meios de comunicação, como 
publicação em rede social, a pena será de dois a cinco anos, além de multa;
a aplicação da pena de racismo valerá até o Congresso Nacional aprovar uma lei sobre o tema.
158
Observações:
• - A homossexualidade foi retirada da relação de doenças pelo Conselho
Federal de Medicina em 1985.
• - O Conselho Federal de Psicologia determinou que nenhum profissional
deve exercer “ação que favoreça a patologização de comportamentos ou
praticas homoeróticas”, em 1999.
• - A proibição de discriminação por orientação sexual consta de três
Constituições Estaduaisno Brasil: Sergipe, Para e Mato Grosso.
159
2022
Professor: Jair Modesto Filho
Professora: Vivian Moreira Rodrigues de Souza
Muito obrigado(a)!
Prof° Dr. Jair Modesto Filho
Professora Me: Vivian Moreira Rodrigues de Souza
Tel: 31 9 8805-9017
jair.m.filho@kroton.com.br
Tel: 31 9 9764-2328
vivian.m.souza@kroton.com.br
160
mailto:jair.m.filho@kroton.com.br
mailto:vivian.m.souza@kroton.com.br

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