Prévia do material em texto
MORFOSSINTAXE CLÁUDIA MOTTA CLASSIFICAÇÃO DOS VOCÁBULOS - SUBSTANTIVO GRAMÁTICA NORMATIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA, ROCHA LIMA, 1992. CONCEITO – é a palavra com que nomeamos os seres em geral, e as qualidades, ações, ou estados, considerados em si mesmos, independente dos seres com que se relacionam. CLASSIFICAÇÃO Concretos x abstratos Comuns x próprios Coletivos GÊNERO 1. Gênero único Sobrecomuns – o algoz, a criança. Epicenos – a águia, o rinoceronte. Designa coisas, minerais, objetos, entidades, instituições, qualidades – o diamante, o livro, o tribunal, , o vento, a rosa, a estrela, a beleza, a alma. 2 – Dois gêneros – comum de dois gêneros o/a agente, o/a artista, o/a colega, o/a dentista, o/a gerente 3 – Semanticamente opositivos Bode – cabra, cavalo – égua, homem – mulher, macho – fêmea. 4 – Pela flexão Aldeão – aldeã, irmão – irmã, cirurgião – cirurgiã Pavão – pavoa, leão – leoa, tabelião – tabelioa Figurão – figurona, resmungão – resmungona, solteirão – solteirona. 5 – Com duplo gênero Pijama, personagem, laringe, préa 6 – Um gênero específico Masculinos – ágape, alvará, clã, sanduiche, soprano. Feminino – análise, áspide, cal, juriti, omoplata, sentinela 7 – Variação com a mudança de gênero O cabeça – a cabeça, o caixa – a caixa, o moral – a moral, o capital – a capital, o crisma – a crisma, o guarda – a guarda, o guia – a guia, o lente – a lente. TEXTO – O MELRO TOMA A DECISÃO – PAULO COELHO Um velho melro encontrou um miolo de pão e saiu voando com ele. Ao vê-lo, os pássaros mais jovens correram para atacá-lo. Diante do combate iminente, o melro largou o miolo de pão na boca de uma serpente, pensando consigo mesmo. “Quando se está velho a gente vê a vida de outra maneira: perdi meu alimento, é verdade, mas posso encontrar outro miolo de pão amanhã. Entretanto, se insistisse em carregá-lo comigo, eu iria deflagrar uma guerra no céu; o vencedor passaria a ser invejado, Os outros se armariam para combatê-lo, o ódio encheria o coração dos pássaros, e tal situação podia durar por muito tempo. A sabedoria da velhice é essa: saber trocar as vitórias imediatas pelas conquistas duradouras”. ATIVIDADE 01. Retire todos os substantivos presentes no texto e classifique-os de acordo com Rocha Lima. 02. Emita um posicionamento argumentativo acerca da classificação de Rocha Lima. (Confira em outra gramática se a classificação é a mesma e quais as diferenças). VERBO REGULARES IRREGULARES ANÔMALOS AUXILIARES DEFECTIVOS ABUNDANTES VERBOS REGULARES PRIMEIRA CONJUGAÇÃO – AR SEGUNDA CONJUGAÇÃO – ER TERCEIRA CONJUGAÇÃO – IR MORFEMAS LEXICAIS 1ª CONJUGAÇÃO – AM(ar), DANÇ(ar), CANT(ar) 2ª CONJUGAÇÃO – BEB(er), POR, VER, VIV(er) 3ª CONJUGAÇÃO – PART(ir), RIR, SORRIR, DORM(ir) MORFEMAS GRAMATICAIS VOGAIS TEMÁTICAS 1ª CONJUGAÇÃO – A 2ª CONJUGAÇÃO – E 3ª CONJUGAÇÃO - I MORFEMAS GRAMATICAIS NÚMERO-PESSOAL 1ª PESSOA DO SINGULAR – O 2º PESSOA DO SINGULAR – S 3ª PESSOA DO SINGULAR – 1ª PESSOA DO PLURAL – MOS 2ª PESSOA DO PLURAL – IS/DES 3ª PESSOA DO PLURAL – M CONJUGAÇÃO – CANTAR MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL CANT O O CANT A S CANT A CANT A MOS CANT A IS CANT A M CONJUGAÇÃO – VIV-E-R MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL VIV O O VIV E S VIV E VIV E MOS VIV E IS VIV E M CONJUGAÇÃO – SORR-I-R MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNECIA DE NÚMERO PESSOAL SORR I O O SORR I S SORR I SORR I MOS SORR I (E)M MORFEMA GRAMATICAL - DESINÊNCIA DESINÊNCIA NÚMERO PESSOAL DESINÊNCIA MODO TEMPORAL DESINÊNCIA MODO TEMPORAL CONJUGAÇ ÃO PRESENTE DO INDICATIVO PRETÉRITO PERFEITO PRETÉRITO IMPERFEITO PRETÉRITO MAIS QUE PERFEITO FUTURO DO PRESENTE FUTURO DO PRETÉRITO AR O STE VA/VE RA/RE REI/RAS RIA/RIE ER O STE IA/IE RA/RE REI/RAS RIA/RIE IR O STE IA/IE RA/RE REI/RAS RIA/RIE DESINÊNCIA MODO TEMPORAL CONJUGAÇÕES PRESENTE DO SUBJUNTIVO PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO FUTURO DO SUBJUNTIVO AR E SSE R ER A SSE R IR A SSE R DESINÊNCIA MODO TEMPORAL INFINITIVO R GERÚNDIO NDO PARTICÍPIO DO CONJUGAÇÃO – PRESENTE DO SUBJUNTIVO – CANTAR MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL CANT E CANT E S CANT E CANT E MOS CANT E IS CANT E M CONJUGAÇÃO – PRETÉRITO IMPERFEITO DO SUBJUNTIVO – VIVER MORFEMA LEXICAL VOGAL TEMÁTICA DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL VIV E SSE VIV E SSE S VIV E SSE VIV E SSE MOS VIV E SSE IS VIV E SSE M ATIVIDADES 01. RETIRE DO TEXTO OS VERBOS IDENTIFICANDO O TEMPO E O MODO. AS MARCAS DO TEMPO (23/04/2019) Maria sempre foi muito educada, cordata, um exemplo de filha, uma aluna perfeita, uma amiga incomparável, uma esposa fiel e uma mãe protetora. Um dia ela acordou sentindo muitas dores nas articulações; então, percebeu que não era mais humana, transformara-se em um bicho feio, corpo mole. Isso causou asco a todos, inclusive aos familiares e aos amigos. Ela sofreu durante meses naquele quarto escuro, fétido. Ninguém a visitava. Arrastava-se pelo quarto para buscar o alimento que era colocado numa pequena brecha da porta. Abandonada, chorou muito tempo. Até que percebeu estar dentro de uma casca muito dura, começou, então, a movimentar-se para sair dali, após meses de esforço contínuo e dolorido, libertou-se. Percebeu que tinha asas brilhantes e coloridas. Ela havia se transformado em uma linda borboleta. Levantou-se majestosa e radiante. Abriu a janela e saiu. Boquiabertos todos a viram voar. Chamaram-na em vão. Ela foi conhecer o mundo. As rugas e os cabelos brancos, normalmente, denunciam os anos que consumimos. Já recebi muitos elogios por não ter rugas ao redor dos olhos. Infelizmente, muitas pessoas não percebem que os olhos não são os únicos locais privilegiados. As minhas estão na testa, local ideal para retratar quem muito pensa e quem muito procura construir. Elas estão também no pescoço, que sustenta minha cabeça e não a deixa abaixar- se demais; no vai e vem de subir e descer, nos momentos certos, as rugas vão se aprofundando. Não pretendo removê-las, pois elas são a memória viva e eterna de minha luta para sobreviver neste mundo ora de Deus, ora de cão/seres humanos. Nunca me dei muito tempo para chorar ou para sorrir, mas fui atingida várias vezes, semelhante a todo mundo. Todos temos nossas marcas, mazelas e misérias. Ser humano significa uma obra em construção. Se pudesse voltar ao passado, como no filme ‘Click’, eu falaria mais, brigaria mais e xingaria mais, choraria por nada e sorriria por tudo até por uma piada como: - Sabe qual a piada do pinto? – Não. – Piu!!!! Mesmo que me chamassem de bipolar não me sentiria doente, pois sou apenas um ser humano, igual a todo mundo. Acredito que a verdadeira doença só se instala quando adotamos o método romano de ‘controlar o corpo, cuidar de si’, bem explicado por Foucault. Isso de querer ser ideal e não real vai nos transformando em fantoches humanos e marionetes dos ditames sociais em uma sociedade sem alma. Os contos de fada, que li na infância e adolescência, descrevem comportamentos de seres humanos perfeitos, manipulados por uma sociedade hipócrita. Sendo mulher, devo brincar com meninas, usar rosa, aprender a cozinhar e a cuidar de uma casa, ter filhos sadios e inteligentes. Devo também esconder o meu desejo de ser fêmea, pois não devo demonstrar que quero sentir prazer. Tenho me surpreendido com meninas,atualmente, que não respeitam essas regras, são livres e libertinas. Esses comportamentos são o resultado de desejos reprimidos durante séculos. Para mim, revelam o extremo do limite humano. Ser santa ou ser impura. Por que não simplesmente SER? E viver, aprender com os erros e acertos. Defendo que devamos praticar mais a tolerância e o respeito pelas escolhas dos outros. Mais que isso, nos questionar sobre o que nos faz feliz e o que nos torna mais humanos. MORFEMA LEXICAL DOS NOMES RADICAL – Parte principal, a que traz a genética, significação do nome. Faz parte da maioria dos nomes atuais. RAIZ – Parte principal, a que traz a genética, significação do nome. Faz parte da origem das palavras. Ex.: ponere > poner > poer> pôr – a raiz é poner; o radical é pôr. MORFEMA LEXICAL DOS NOMES 1. Sensibile – raiz ‘sensibil’ – dá origem a ‘sensibilíssimo’. Sensível – radical ‘sensível’. 2. Felice – raiz ‘felic’ – origina ‘felicidade’. Feliz – radical ‘feliz’. 3. Feroce – raiz ‘feroc’ – dá origem ‘ferocíssimo’. Feroz – radical ‘feroz’. MORFEMAS GRAMATICAIS – VOGAIS TEMÁTICAS A – casa, barata, letra, gramática, normativa, cadeira. E – elefante, pele, mole, gole, feixe, tenente. O – texto, colo, aspecto, selo, bolo, polvo, elenco, cacho. Não existem vogais temáticas em nomes que terminam em vogais tônicas: pé, ré, mamão, seleção, cajá, sabiá. Não existem vogais temáticas em nomes que terminam em consoantes: animal, cruz, azul, canal, repórter, carnaval. MORFEMAS GRAMATICAIS – DESINÊNCIAS DE GÊNERO A – utilizada palavra o feminino – bel-a; gostos-a; esbelt-a; gat-a; malhad-a; bonit-a; saboros-a; medros-a; magestos-a. O ‘o’ do masculino é considerado vogal temática: bel-o; gostos-o; esbelt-o; gat-o; malhad-o; bonit-o; saboros-o; medros-o; magestos-o. MORFEMAS GRAMATICAIS – DESINÊNCIA DE NÚMERO S – indica o plural: gat-a-s; gat-o-s; mal-a-s; benção-s; azui-s; mar-e-s; bel-a-s; elefant-e-s; malhari-a-s; gostos-a-s; cãe-s; comid-a-s; bonit-a-s; velh-a-s; marmit-a-s; fit-a-s; caracter-e-s. Obs.: Palavras que terminam em vogais tônicas e em consoantes, no plural, podem ganhar uma vogal temática. MORFEMAS GRAMATICAIS – AFIXOS PREFIXO – vem antes do radical: in-feliz; in-constante, des- memoriado, re-fazer, des-fazer, a-cotovelar, in-desejado. SUFIXO – vem depois do radical: feliz-mente; constante- mente; débil-mente; felic-idade; floresc-imento; completa- mente. INFIXO – não existe na língua portuguesa. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO Gas-ô-metro Café-z-inho Milha-r-al Leite-i-ro Casa-i-zinhos QUESTIONAMENTO Como é apresentado o grau nas gramáticas tradicionais? Há desinência de grau? Pesquise em Mattoso Câmara e em artigos, monografias e dissertações. Os advérbio fazem parte dos nomes, todavia não se flexionam. Como você explica a expressão ‘flexão de grau nos advérbios’; a qual está presente nas gramáticas tradicionais? ATIVIDADES Divida as palavras seguintes, desestruturando-as e classificando-as quanto aos morfemas: Fenômeno – cavalheiros – especialidades – desestruturação – declarações – especialmente – infidelidades – florescer – comunicadores – complementávamos – rides – confidencialmente – tardinha – comunicásseis – florescendo – dormiriam – canteis – faláveis – pensardes. FENÔMENO, CAVALHEIROS, ESPECIALIDADES, DESESTRUTURAÇÃO 1. FENOMEN – RADICAL, O – VOGAL TEMÁTICA 2. CAVALHEIR – RADICAL, O – VOGAL TEMÁTICA 3. ESPECIAL – RADICAL, I – CONSOANTE DE LIGAÇÃO, DAD – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA 4. DES – RADICAL, ESTRUTUR – RADICAL, AÇÃO – SUFIXO. DECLARAÇÕES, ESPECIALMENTE, INFIDELIDADES, FLORESCER 5. DECLAR – RADICAL, AÇÕE – SUFIXO, S – DESINÊNCIA DE NÚMERO 6. ESPECIAL – RADICAL, MENT – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA 7. IN – PREFIXO, FIDEL – RADICAL, I – VOGAL DE LIGAÇÃO, DAD – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA, S – DESINÊNCIA DE NÚMERO. 8. FLOR – RADICAL, ESC – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA, R – DESINÊNCIA DE INFINITIVO. COMUNICADORES, COMPLEMENTÁVAMOS, RIDES, CONFIDENCIALMENTE 9. COMUNIC – RADICAL, ADOR – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA, S – DESINÊNCIA DE NÚMERO 10. COMPLEMENT – RADICAL, Á – VOGAL TEMÁTICA, VA – DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL, MOS – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL 11. RI – RADICAL, DES – DESINÊNCIA DE NÚMEERO PESSOAL 12. CONFIDENCIAL – RADICAL, MENT – SUFIXO, E – VOGAL TEMÁTICA. TARDINHA, COMUNICÁSSEIS, FLORESCENDO, DORMIRIAM 13. TARD – RADICAL, INH – SUFIXO, A – VOGAL TEMÁTICA 14. COMUNIC – RADICAL, Á – VOGAL TEMÁTICA, SSE – DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL, IS – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL 15. FLORESC – RADICAL, E – VOGAL TEMÁTICA, NDO – DESINÊNCIA DE GERÚNDIO 16.DORM – RADICAL, I – VOGAL TEMÁTICA, RIA – DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL, M – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL. CANTEIS, FALÁVEIS, PENSARDES 17. CANT – RADICAL, E – DESINÊNCIA DE DE MODO TEMPORAL, IS – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL 18. FAL – RADICAL, Á – VOGAL TEMÁTICA, VE – DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL, IS – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL 19. PENS – RADICAL, A – VOGAL TEMÁTICA, R – DESINÊNCIA DE MODO TEMPORAL, DES – DESINÊNCIA DE NÚMERO PESSOAL. FLEXÃO DE GRAU ROCHA LIMA defende que a significação de um adjetivo pode receber intensidade maior, ou menor. Daí a existência de dois graus: aumentativo e diminuitivo. GRAU COMPARATIVO 1. DE SUPERIORIDADE – Esta cidade é mais ANTIGA que a nossa. 2. DE INFERIORIDADE – Esta cidade é menos ANTIGA que a nossa. 3. DE IGUALDADE – Esta cidade é tão ANTIGA quanto aquela. FLEXÃO DE GRAU – SUPERLATIVO RELATIVO: 1. DE SUPERIORIDADE – Esta cidade é a mais ANTIGA do Brasil. 2. INFERIORIDADE – Esta cidade é a menos ANTIGA da cidade. ABSOLUTO: 1. SINTÉTICO – ADJETIVO MAIS UM SUFIXO PECULIAR – Ele é ELEGANTÍSSIMO 2. ANALÍTICO – ADJETIVO MAIS UM ADVÉRBIO DE INTENSIDADE – Ele é muito elegante. FORMAS LITERÁRIAS DO SUPERLATIVO ABSOLUTO SINTÉTICO Acre – acérrimo Agudo – acutíssimo Amargo – amaríssimo Amigo – amicíssimo Antigo – antiquíssimo Áspero - aspérrimo Célebre – celebérrimo Crível – credibilíssimo Cruel – crudelíssimo Doce – dulcíssimo Fiel – fidelíssimo Frio - frigidíssimo Geral – generalíssimo Humilde – humílimo Incrível - incredibílissimo VOCÁBULO FORMAL OU MORFOLÓGICO, é a unidade a que se chega quando não é possível nova divisão em duas ou mais formas livres. FORMAS 1. LIVRES – constituem uma sequência que pode funcionar isoladamente como comunicação suficiente. Ex.: O que você leu para argumentar tão precisamente sobre o assunto? – Li LIVROS - Dê sua resposta. – NÃO. - O que é isso? – Bolsa. VOCÁBULO FORMAL 2. PRESAS – só funcionam ligadas a outras, como prefixo e o sufixo, vogais temáticas, desinência e radicais que não formam palavras completas de significado. Ex.: livre-IRO, caju-EIRO, IN-feliz-MENTE, gradual-MENTE, flor-ESCER, medita-ÇÃO, PRE-fabrica-ÇÃO, FELICI-DADE, continua-MENTE, IN-CONSTITUC- IONAL, ANIMAI-S, gat-O-S 3. DEPENDENTES – funcionam ligadas às livres. São preposições, conjunções, pronomes oblíquos átonos, artigos. Ex.: Ela chegou cedo E ele depois; Sou feliz, MAS você é tristre; gosto DE conversar. ATIVIDADES – Desconstrua os vocábulos e classifique-os em formas livres, presas e dependentes. Construímos nosso próprio futuro. Nós somos agente da nossa vida. Ninguém decide por nós, nós temos o livre-arbítrio. O essencial é nunca deixarmos de acreditar que a vida vale a pena, mesmo na solidão, nas dificuldades. Devemos enfrentar tudo como um desafio. Deus no comando e nós na direção de nossas vidas. É importante levantarmos e continuar a caminhada. Viver vale a pena e buscar alegria mesmo nos momentos mais difíceis não é uma tarefa fácil, mas é recompensador. Então, parabéns a vida e a bondade divina. CONSTRU – rad. (L); Í – v.t (P); MOS – d. m-t (P) NOSS – rad. (L); O – v.t (P) PRÓPRI – rad. (P); O – v.t (P) FUTUR – rad. (p); O – v.t (P) NÓS – rad. (L) SO- rad. (P); MOS – d.m-t (P) AGENT – rad. (P); E – v.t (P) DA – (DEPENDENTE) NOSS – rad. (P); A – d. gênero (P) VID – rad; A – v.t (P) Ninguémdecide por nós, nós temos o livre-arbítrio FORMAS DEPENDENTES: por, o Ninguém – radical (L) Decid – rad. (P) , e – vogal temática, variação de ‘i’ – P Nós – rad. (L) Te – rad. (P); mos – d.m-t (P) Livr – rad. (P); e – vogal temática (P); arbítri – rad. (P); o – vogal temática (P). O essencial é nunca deixarmos de acreditar que a vida vale a pena, mesmo na solidão, nas dificuldades. FORMAS DEPENDENTES – o, de, que, a a, mesmo, na nas Essencial – rad. (L) é – rad. (L) Nunc – rad. (P); a – vogal temática (P) Deix – rad. (P); a – v.t (P); r – d.m-t (P); mos – d.n-p (P) Acredit – rad. (P); a – v.t (P); r – desinência de infinitivo (P) Vid – rad (P); a – v.t (P) Val – rad. (P); e – v.t (P) Pen – rad. (P); a – v.t (P) Solidão – rad. (L) Dificuldad – rad. (P); e – v.t (P); s – des. Número (P). Devemos enfrentar tudo como um desafio. FORMAS DEPENDENTES: como, um Dev – rad (P); e – v.t (P); mos – d.n-p (P) Enfrent – rad (P); a – v.t (P); r – des. infinitivo (P) Tud – rad. (P); o – v.t (P) Desafi – rad. (P); o – v.t (P). Deus no comando e nós na direção de nossas vidas FORMAS DEPENDENTES: no, e, na de Deus rad. (L) Comand – rad. (P); o – v.t (P) Direção – rad (L) Noss – rad. (P); a – des. gênero (P); s – des. número (P) Vid – rad. (P); a – v.t (P), s – des. número (P) É importante levantarmos e continuar a caminhada. Viver vale a pena e buscar alegria mesmo nos momentos mais difíceis não é uma tarefa fácil, mas é recompensador. Então, parabéns a vida e a bondade divina. FORMAS DEPENDENTES: e, a, a, e, nos, mais, uma, mas, a, e, a Important – rad (P); e – v.t (P) Levant – rad. (P); a – v.t (P); r – d. m-t (P); mos – d.n-p (P) Continu – rad. (P); a – v.t (P); r – des. Infinitivo (P) Caminhad – rad. (P); a – v.t (P) Alegri – rad. (P); a – v.t (P) ANÁLISE MÓRFICA: PRINCÍPIOS BÁSICOS E AUXILIARES ANÁLISE MÓRFICA – consiste na descrição da estrutura de vocábulos mórficos, depreendendo suas formas mínimas ou morfemas, de acordo com uma significação e uma função elementar que lhe são atribuídas dentro da significação e da função total do vocábulo. COMUTAÇÃO – operação constrativa por meio de permuta de elementos para a qual são necessários: 1. segmentação do vocábulo em subconjuntos; 2. a pertinência paradigmática entre os subconjuntos, que vão ser comutados. SEGMENTAÇÃO – divisão do vocábulo em morfemas Usos de voz humana – morfema lexical Cant – ar Grit – ar Fal – ar Evidencia a vogal temática Jog – a – ríamos Beb – e – ríamos Ped – i – ríamos Marca de modo e tempo Joga – ría – mos Joga – va – mos Joga – re – mos Marca de número e pessoa Jogaría – mos Jogaria – s Jogarie – is ALOMORFIA e MUDANÇA MORFOFONÊMICA ALOMORFIA – consiste na possibilidade de variação de uma forma mínima – morfemas de uma forma geral: Ex.: RIA/RIE (desinência modo-temporal) – cantaRIAmos, cantaRIEis S/ES (plural dos nomes) – gatoS, luz-ES ORDEM/ORDEN/ORDIN (morfemas lexicais) – ordem, ordenar, ordinário. ALOMORFIA FONOLOGICAMENTE NÃO CONDICIONADA – implica variações livres, que independem de causas fonéticas. Ex.: alternância vocálica - faz, fiz, fez ALOMORFIA FONOLOGICAMENTE CONDICIONADA – consiste na aglutinação de fonemas nas partes finais e iniciais de constituintes em sequência, acarretando mudanças fonéticas; é uma mudança morfofonêmica, porque operando entre fonemas, afeta o plano mórfico da língua. Ex.: mudança de /in/ a /i/ diante de consoante nasal da sílaba seguinte: incapaz/imutável; o aparecimento de uma semivogal na forma ‘passeio’ do verbo ‘passear’. OUTROS EXEMPLOS Chuva – pluvio (pluviômetro) Águia – aquilino Chumbo – plúmbeo Pai – paterno Mãe – materno Irmão – fraterno Ouro – áureo NEUTRALIZAÇÃO Consiste na perda de oposição entre unidades significativas diferentes. Como alomorfia, ela pode se dar apenas no plano mórfico ou ser resultante de condicionamento fonológico. Ex.: eu cantava – ele/ela cantava; eu cantaria – ele/ela cantaria (plano mórfico) Ex.: os verbos de 2ª e 3ª conjugações – E e I – a oposição entre essas conjugações aparecem quando a vogal temática é átona final – TEMER, temes, teme, temem; PARTIR, partes, parte, partem. OUTROS EXEMPLOS Verbos VIR e VER – nós vimos (VER – pretérito perfeito do indicativo); nós vimos (VIR – presente do indicativo). Manga – verbo MANGAR; substantivo Calça – verbo CALÇAR; substantivo TIPOS DE MORFEMAS OS MORFEMAS GRAMATICAIS PODEM SER ENQUADRADOS, EM LÍNGUA PORTUGUESA, EM QUATRO TIPOS: 1. Classificatórios 2. Flexionais 3. Derivacionais 4. Relacionais MORFEMAS CLASSIFICATÓRIOS VOGAIS TEMÁTICAS, cuja função é a de enquadrar os vocábulos em classes de nomes (substantivos e adjetivos) e de verbos; daí a sua subdivisão em nominais –a, -e, -o; verbais –a, -e, -i. A ausência de vogais temáticas em alguns nomes cria a forma atemática (radical/raiz + vogal temática). Acontecem com palavras terminadas em consoantes e vogais tônicas. Incorporadas aos morfemas lexicais, as vogais temáticas formam a base para a anexação dos morfemas flexionais. MORFEMAS FLEXIONAIS Fletem ou alteram os morfemas lexicais, adaptando-os à expressão das categorias gramaticais que sua classe admite: Nomes – gênero, número Verbos – modo, tempo, número, pessoa São morfemas flexionais em português: aditivos, subtrativos, alternativos, morfema zero, morfema latente. Relação fechada. 1. MORFEMA ADITIVO Resulta do acréscimo de um ou mais de um fonemas ao morfema lexical. Ex.: rapaz + es; professor + a (gênero, número – nomes) Ex.: espera+ vá +mos (modo/temporal; número pessoal – são cumulativos) MORFEMAS CUMULATIVOS – número-pessoal; modo-temporal – acumulação de mais de uma noção gramatical. 2. MORFEMA SUBTRATIVO Resulta da supressão de um segmento fônico do morfema lexical. Ex.: órfão – órfã; irmão – irmã Noção de feminino aparece de forma subtraída, ou seja, com menos um fonema. 3. MORFEMA ALTERNATIVO Resulta da alternância ou permuta de um fonema no interior do vocábulo. Entre os nomes, a vogal tônica /ô/ do masculino singular pode alternar com um /ó/ no feminino e no plural. Ex.: formoso – formosos – formosa. A alternância nos nomes é um traço morfológico secundário, porque ele complementa as flexões de gênero e de número. 4. MORFEMA ZERO Resulta da ausência de marca para expressar determinada categoria gramatical. Só ocorre quando há oposição, isto é, quando o morfema lexical isolado assume uma significação gramatical em virtude da ausência do morfema que expressa a significação oposta. Ex.: mar – a ausência de plural (ES) indica o singular. Ex.: professor – a ausência do morfema de feminino (A) indica o gênero masculino. 5. MORFEMA LATENTE Ou alomorfe zero; embora tenha em comum com o morfema zero a ausência de marca, distingue-se daquele porque não apresenta morfema gramatical próprio para indicar qualquer categoria, isto é, não traz em si mesmo o contraste entre as categorias gramaticais. Ex.: lápis, artista (funcionam isolados e inalterados para indicar as significações gramaticais de singular e plural e de masculino e feminino). A designação latente provém do fato de que essas significações revelam-se indiretamente no contexto. Trata-se dos morfemas básicos de plural /S/ e de feminino /A/que se realizam algumas vezes como alomorfe zero na qualidade de alomorfes. Ex.: O artista chegou – a artista chegou. Ex.: O lápis caiu – Os lápis caíram. MORFEMAS DERIVACIONAIS Criam novas palavras na língua a partir do morfema lexical. Ocorrem com afixos – prefixos e sufixos. livr+o - livr +EIRO, livr + INHO, livr + ARIA Não obedecem a uma sistematização obrigatória. Estão concatenados em paradigmas coesos e com pequena margem de variação. Relações abertas. MORFEMAS RELACIONAIS Ordenam os elementos da frase, possibilitando a concatenação dos morfemas lexicais entre si, como as preposições, conjunções e pronomes relativos. A manipulação desses elementos pertencem a sintaxe: Ex.: A cada DE MariaEx.: Aceito, MAS não compreendo ATIVIDADE AVALIATIVA Pesquisar prefixos e sufixos gregos e latinos (arcaicos, neologismos, normais – utilizados nos dias atuais). Cinquenta palavras – no total Data para correção – 19/10/2020 RADICAIS LATINOS Radical Sentido Exemplo agri campo agricultor ambi ambos, duplicidade ambíguo arbori árvore arborizar avi ave avicultura beli guerra beligerante bi, bis duas vezes bípede, bisavô calor (i) calor calorimetria capit (i) cabeça decapitar cida que mata suicida cola que cultiva ou habita vinícola, agrícola cruci cruz crucificar cultura cultivar apicultura curvi curvo curvilíneo ego eu egocentrismo equi igual equivalente evo idade medievo fero que contém ou produz mamífero fico que faz ou produz frigorífico fide fé fidelidade forme forma uniforme frater irmão fraterno fugo que foge centrífugo gero que contém ou produz benéfico herbi erva herbicida loco lugar localizar ludo jogo ludoterapia mater mãe materno mater mãe materno morti morte mortífero multi muito multinacional oni todo onipresente pari igual paridade paro que produz ovíparo pater pai paterno pade pé pedestre pisci peixe psicultura pluri vários pluricelular pluvi chuva pluvial puer crinaça pueril quadri quatro quadrilátero reti reto, direito retilíneo sacar açúcar sacarose sapo sabão saponáceo sesqui um e meio sesquipedal silvi floresta silvícola taur (i) touro taurino tri três tricolor umbra sombra penumbra uxor esposa uxoricida vermi verme vermífugo PREFIXOS LATINOS Prefixo Sentido Exemplo ab (abs) afastamento abstrair ad (a) proximidade, direção adjazer ambi duplicidade ambidestro ante anterioridade antedatar bem bem, bom êxito bendizer bi dois bissexual circum movimento em torno circunavegação cis posição aquém cisalpino com (con ou co) companhia combater, colaborar, contemporâneo contra oposição contradizer de origem, afastamento deportar des negação, separação, ação contrária desleal, desfazer em (en ou in) movimento para dentro enterrar ex (es ou e) movimento para fora exportar extra fora de extra-oficial in negação imberbe, infeliz infra abaixo infra-assinado inter entre, posição intermediária intervir intra posição interior intravenoso intro movimento para dentro introduzir justa junto de justapor mal mal maldizer ob oposição obstar pene quase penúltimo per movimento através percorrer pos posição posterior pospor pre anterioridade predizer preter além de preternatural pro anterioridade, em frente prosseguir re movimento para trás, de novo refrear retro movimento para trás retroação semi metade semicírculo soto posição inferior sotopor sub inferioridade, de baixo para cima subscrever sub inferioridade, de baixo para cima subscrever super posição superior super-homem supra posição superior supracitado trans além de transpassar tri três tripartido ultra além de limite ultrapassar vis (vice) no lugar de vice-cônsul RADICAIS GREGOS Radical Sentido Exemplo acro alto, elevado acrobata aero ar aeronáutica agogo o que conduz pedagogo algia dor nevralgia (nervo + dor) amaxo carro amaxofobia (carro + aversão) andro homem andróide antropo homem antropologia arcaio/ arqueo antigo arqueologia arquia governo monarquia auto por si mesmo automóvel biblio livro biblioteca bio vida biologia caco mau cacofonia cali belo caligrafia cardio coração cardiologista cefalo cabeça acéfalo (ausência + cabeça) cloro verde clorofila cosmo mundo cosmonauta crono tempo cronômetro crono tempo cronômetro demo povo demagogo derma pele dermatologia filo amigo filosofia fobia medo/aversão acrofobia fone som/voz telefone gamia casamento poligamia gastro estômago gastrologia grafo escrever/descrever datilografia hidro água hidrofobia hipo cavalo hipódromo lito pedra aerólito lito pedra aerólito mancia adivinhação quiromancia metro medida hidrômetro morfo forma morfologia necro morte necrotério neo novo neologismo oligo poucos oligarquia ped criança pediatra pleo cheio pleonasmo poli cidade acrópole proto primeiro protótipo pseudo falso pseudônimo psico alma psicologia rizo raiz rizotônico sofia sabedoria filosofia taqui rápido taquicardia teo deus teologia topo lugar topologia xeno estranho, estrangeiro xenofobia zoo animal zoologia PREFIXOS GREGOS Prefixo Sentido Exemplo a-, an- negação ateu, anarquia ana- inversão anagrama anfi- duplicidade anfíbio anti- ação contrária antipatia apo- separação apóstata arque-, arqui-, arce- superioridade arquétipo, arcebispo cata movimento para baixo cataclismo dia- movimento através diagonal dis- dificuldade dispnéia e-, en- posição interna elipse, encéfalo ec-, ex- posição superior, movimento para fora eclipse, exorcismo endo- posição interior endoscopia epi- posição superior epitáfio, epiderme eu- bem, bom eufemismo hiper- excesso, posição superior hipertensão hipo- deficiência hipodérmico meta- mudança, transformação metamorfose, metáfora para- ao lado de, proximidade paralelo peri- em torno de perímetro pro- anteriormente prólogo, prognóstico sin- simultaneidade simpatia, sincrônico SUFIXOS NOMINAIS - SUBSTANTIVOS Sufixos nominais originam substantivos e adjetivos. Os sufixos aumentativos e diminutivos estão inseridos neste grupo. Exemplos de sufixos que formam substantivos -ismo: racismo, surrealismo, consumismo,... -ada: colherada, temporada, papelada,... -aria: cafetaria, serralharia, gritaria, -ário: funcionário, vestiário, relicário,... -eiro: cabeleireiro, tinteiro, nevoeiro,... -agem: aprendizagem, ramagem, pastagem,... -ugem: babugem, ferrugem, lanugem,... -dade: felicidade, homogeneidade, amabilidade,... -ura: brancura, feiura, fofura, doçura,... -ança: vingança, lambança, esperança,... -dor: pescador, corredor, investidor,... -douro: bebedouro, matadouro, miradouro,... -mento: impedimento, fingimento, esquecimento,... SUFIXOS QUE FORMAM ADJETIVOS -ado: amarelado, ajuizado, acostumado, animado,... -al: final, anual, pessoal, conjugal,... -ar: escolar, familiar, solar, lunar,... -ável: durável, lavável, incansável,... -oso: orgulhoso, estudioso, vergonhoso, majestoso,... -ante: brilhante, cantante, verdejante, intolerante,... -ano: mundano, baiano, luterano,... -udo: barrigudo, narigudo, cabeludo,... -ento: ciumento, rabugento, sedento,... SUFIXOS AUMENTATIVOS -ão: garotão, papelão, paredão,… -ona: mulherona, mocetona, florona,… -alhão: facalhão, vagalhão, dramalhão,… -(z)arrão: gatarrão, homenzarrão, canzarrão,… -eirão: vozeirão, asneirão, toleirão,… -aça: bigodaça, mulheraça, barcaça,… -aço: filmaço, corpaço, amigaço,… -orra: cabeçorra, manzorra,… SUFIXOS DIMINUTIVOS -inho/a: casinha, lisinho, lapisinho,… -zinho/a: animalzinho, pezinho, xicarazinha,… -zito/a: pãozito, jardinzito, florzita,… -ito/a: senhorita, casita, sapatito,… -ete: diabrete, palacete, lembrete,… -eto/a: saleta, maleta, poemeto,… -ote/a: velhota, rapazote, filhote,… -eco/a: livreco, jornaleco, soneca,… -ico/a: namorico, veranico, burrico,… FUNÇÃO DOS SUFIXOS Além de indicar o grau aumentativo e diminutivo dos nomes, os diferentes sufixos nominais transmitem diferentes significados, indicando: •uma ação: mudança, compreensão, caminhada, olhadela,... •um agente da ação: ferreiro, feirante, dentista, professor,... •um nome de um lugar: dormitório, matadouro, padaria,... •um agrupamento: arvoredo, casario, gritaria, dinheirama,... •um nome técnico: bronquite, morfema, cloreto, sulfato,... SUFIXOS VERBAIS -ar: analisar, ingressar, caprichar, tapar, afixar, chiar, parafusar,... -izar: ridicularizar, memorizar, tranquilizar, organizar, priorizar, agilizar,... -ecer: anoitecer, espairecer, amolecer, enlouquecer, amanhecer,... -ear: folhear, cabecear, casear, tapear, tatear, flautear,... SUFIXOS VERBAIS – FUNÇÕES Os diferentes sufixos verbais transmitem diferentes significados, indicando: •uma ação repetida no tempo: espernear, folhear,velejar,... •uma ação pouco intensa: bebericar, chuviscar, escrevinhar,... •o início de um estado: escurecer, envelhecer, amadurecer,... •a atribuição de uma qualidade: dignificar, atualizar, solidificar,... SUFIXOS ADVERBIAIS Exemplos de sufixos adverbiais -mente: infelizmente, velozmente, levemente, docemente, absolutamente, rapidamente,... O sufixo –mente junta-se, normalmente, à forma feminina de um adjetivo dar origem a um advérbio de modo, como: bondosamente, lindamente, rapidamente,… No caso dos adjetivo de dois gêneros, o adjetivo permanece inalterado: arrogantemente, infelizmente, especialmente,… PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA NA RELIGIÃO • axé (do iorubá àse); •Exu (do iorubá èsu); •Iemanjá (do iorubá yè m-ndja); •macumba (do quimbundo makumba); •orixá (do iorubá òrisà); •umbanda (do quimbundo umbanda); •Xangô (do iorubá sàngó). PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA NA DANÇA, MÚSICA E JOGOS •berimbau (do quimbundombirimbau); •calango (do quimbundo kalanga); •caxixi (do quimbundo kaxaxi); •ganzá (do quimbundo nganza); •maculelê (do quicongomakalele); •samba (do quicongo samba). PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA NA CULINÁRIA •acarajé (do iorubá akarà-jẹ); •bobó (do jeje bobó); •farofa (do quimbundo falofa); •fubá (do quimbundo fuba); •jabá (do iorubá jàbàjábá); •moqueca (do quimbundomukéka); •quibebe (do quimbundo kibebe); •quitute (do quicongo kilute). PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA NA FLORA E NA FAUNA • camundongo (do quimbundo kamundongo); •caxinguelê (do quimbundo kaxijiangele); •dendê (do quimbundo ndende); •marimbondo (do quimbundomarimbondo); •mutambo (do quimbundomutamba); •quiabo (do quimbundo kingombo). OUTRAS PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA •bambambã (do quimbundombamba mbamba); •borocoxô (do quicongo bolokotó); •bunda (do quimbundombunda); •caçamba (do quimbundo kisambu); •cacimba (do quimbundo kixíma); •caçula (do quimbundo kasule); •cafuné (do quimbundo kafundu); •capanga (do quimbundo kapanga); •cochilar (do quimbundo koxila); •moleque (do quimbundomuleke); •muvuca (do quicongomvuka); •quilombo (do quimbundo kilombo); •quitanda (do quimbundo kitanda); •senzala (do quimbundo sanzala); •tanga (do quimbundo ntanga); •zumbi (do quimbundo nzumbi). PALAVRAS DE ORIGEM INDÍGENA - FAUNA •araponga (do tupiwira-pónga) •arara (do tupi arára) •ariranha (do tupi ari'rana) •baiacu (do tupiwambaiakú) •capivara (do tupi kapii-wára) •chopim (do tupi xo'pi) •cupim (do tupi kupií) •cutia (do tupi akutí) •gambá (do tupiwa-ambá) •guará (do tupi awará) •irara (do tupi (e)i'rara) •jabiru (do tupi yambï'ru) •jabuti (do tupi iawotí) •jacaré (do tupi iakaré) •jararaca (do tupi iararáka) •jaú (do tupi ya'u) •jiboia (do tupi iuy-mbóia) •mamangaba (do tupimanga'nga) •maracanã (do tupimaraka'na) •perereca (do tupi pereréka) •piranha (do tupi pira-ãia) •pirarucu (do tupi pira-urukú) •poti (do tupi po'tĩ) •sabiá (do tupi sawiá) •sagui (do tupi sawín) •sariguê (do tupi sari'gwe) •saúva (do tupi ysaúwa) •siri (do tupi sirí) •suaçu (do tupi sïwa'su) •tamanduá (do tupi tamanduá) •tatuí (do tupi tatu'i) •traíra (do tupi tare'ïra) •tucano (do tupi tukána) •urubu (do tupi uru'wu) •urucum (do tupi uru'ku) •xororó (do tupi xoro'ro) PALAVRAS DE ORIGEM INDÍGENA - FLORA •abacaxi (do tupi ywa-katí) •açaí (do tupi ywa-saí) •aipim (do tupi aipĩ) •amendoim (do tupimandu'wi) •bacaba (do tupi ïwa'kawa) •bacupari (do tupi *ïwakupa'ri) •bacuri (do tupi ywa-kurí) •bocaiuva (do tupimboka'ïwa) •buriti (do tupi *mbïrï'tï) •caatinga (do tupi kaa-tínga) •cajá (do tupi akaiá) •caju (do tupi akaiú) •capim (do tupi kapíi) •capoeira (do tupi ko'pwera) •cipó (do tupi ysypó) •cupuaçu (do tupi kupu-wasú) •inajá (do tupi ina'ya) •ipê (do tupi ypé) •jabuticaba (do tupi iawotikáwa) •jenipapo (do tupi iandypáwa) •jequitibá (do tupi yïkïtï'wa) •jerimum (do tupi yuru'mũ) •macaxeira (do tupimaka'xera) •mandioca (do tupimandióka) •piaçaba (do tupi pïa'sawa) •pindaíba (do tupi pinda'ïwa) •piranga (do tupi pi'ranga) •pitanga (do tupi pytánga) •pitomba (do tupi pi'tomba) •pupunha (do tupi pu'puña) •samambaia (do tupi sama-mbái) •sapê (do tupi yasa'pe) •tapioca (do tupi typyóka) •tucumã (do tupi tuku'ma) •uvaia (do tupi ï'waya) OUTRAS PALAVRAS DE ORIGEM INDÍGENA •arapuca (do tupiwira-púka) •biboca (do tupi ymby-mbóka) •caboclo (do tupi kara'iwa) •caipora (do tupi kaa-póra) •carioca (do tupi kariwóka) •catapora (do tupi tata-póra) •cumbuca (do tupi kui'mbuka) •curumim (do tupi kunumín) •curupira (do tupi kuru'pira) •guri (do tupi gwi'ri) •inhaca (do tupi yakwa) •jirau (do tupi yu'ra) •jururu (do tupi yuru-ru) •maniçoba (do tupimandisówa) •mingau (do tupiminga'u) •nhe-nhe-nhem (do tupi nheeng-nheeng-nheeng) •paçoca (do tupi pasóka) •pajé (tupi pa'ye) •pereba (do tupi pe'rewa) •peteca (do tupi pe'teka) •pipoca (do tupi pipóka) •pororoca (do tupi poro'roka) •potiguar (do tupi potï'war) •saci (do tupi *sa'si) •suruba (do tupi suru'ba) •taba (do tupi 'tawa) •tocaia (do tupi to'kaya) •tucupi (do tupi tiku'pir) •xará (do tupi xa'ra) PALAVRAS DE LOCALIDADES DE ORIGEM INDÍGENA Amapá •Copacabana •Curitiba •Goiás •Grajaú •Guanabara •Guarujá •Iguaçu •Ipanema •Ipiranga •Itapuã •Macapá •Maceió •Maranhão •Moji •Morumbi •Pará •Paraguai •Paraíba •Paraná •Pernambuco •Piauí •Piracicaba •Piraí •Piraíba •Sapucaí •Sergipe •Tietê •Tijuca •Ubatuba •Uruguai •Xingu NOMES DE PESSOAS DE ORIGEM INDÍGENA •Anaí •Araci •Aruana •Iracema •Jaciara •Jacira •Janaína •Jandira •Juçara •Juraci •Jurandir •Jurema •Kaique •Kauã •Mayara •Moacir •Moema •Roani •Tainá •Ubirajara •Yara PALAVRAS DE ORIGEM ÁRABE COM -AL •alambique (do árabe al-inbīq); •alcachofra (do árabe al-ḫaršūfah); •alcateia (do árabe al-qaṭiᶜ); •álcool (do árabe al-kuḥul); •alcova (do árabe al-qubbah); •aldeia (do árabe aḍ-ḍayᶜah); •alecrim (do árabe al-iklīl); •alecrim (do árabe al-iklīl); •aletria (do árabe al-iṭriyah); •alface (do árabe al-ḫass); •alfaiate (do árabe al-ḫayyāṭ); •alfândega (do árabe al-ḫandaq); •alfazema (do árabe al-ḫuzāmah); •algarismo (do árabe Al-Ḫuwārizmī); •álgebra (do árabe al-jabr); •algema (do árabe al-jāmiᶜah); •algodão (do árabe al-quṭn); •algoritmo (do árabe Al-Ḫuwārizmī); •algoz (do árabe al-guzz); •alicate (do árabe al-liqāṭ); •almanaque (do árabe al-munāḫ); •almofada (do árabe al-miḫaddah); •almôndega (do árabe al-bunduqah); •almoxarife (do árabe al-mušrif); •alquimia (do árabe al-kīmiyā); •alvará (do árabe al-barāᵓah). PALAVRAS DE ORIGEM ÁRABE COM –AS e –AZ •açafrão (do árabe az-zaᶜfarān); •açougue (do árabe as-sūq); •açúcar (do árabe as-sukkar); •açucena (do árabe as-sawsan); •açude (do árabe as-sudd); •armazém (do árabe al-maḫzan); •arroba (do árabe ar-rubᶜ); •arroz (do árabe ār-ruzz); •azar (do árabe az-zahr); •azeite (do árabe az-zayt); •azeitona (do árabe az-zaytūnah); •azul (do árabe lāzaward); •azulejo (do árabe az-zullayj). OUTRAS PALAVRAS DE ORIGEM ÁRABE •café (do árabe qahwa); •chafariz (do árabe ṣihrīj); •elixir (do árabe al-ᵓisksīr); •enxaqueca (do árabe aš-šaqīqah); •esfirra (do árabe ṣfīḥah); •fulano (do árabe fulān); •garrafa (do árabe garrāfah); •javali (do árabe jabalī); •laranja (do árabe nāranj); •limão (do árabe laymūn); •masmorra (do árabemaṭmūrah); •matraca (do árabemiṭraqah •mesquita (do árabemasjid); •nora (do árabe nāᶜūrah); •oxalá (do árabe law šā llah); •papagaio (do árabe babbagā); •safra (do árabe zubrah); •salamaleque (do árabe as-salāmu ᶜalayk); •sultão (do árabe sulṭān); •talco (do árabe ṭalq); •tâmara (do árabe tamrah); •tambor (do árabe ṭanbūr); •xadrez (do árabe šiṭranj); •xarope (do árabe šarāb); •xerife (do árabe šarīf); •zênite (do árabe samt); •zero (do árabe ṣifr). ESTRUTURA DAS PALAVRAS VOGAIS TEMÁTICAS – morfema classificatório, dado seu valor gramatical VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO – não têm valor mórfico, ; ocorrentesna junção dos morfemas lexicais e derivacionais cuja única função consiste em evitar dissonância na junção daqueles elementos. Ex.: gasÔgenio (formado por dois morfemas lexicais), chaleira (formada por um morfema lexical e um sufixo). Devem ser considerados casos de alomorfia fonologicamente condicionada: o morfema lexical gás apresenta uma variante gaso; o morfema derivacional eira apresenta uma variante leira. ESTRUTURA DOS VOCÁBULOS EM PORTUGUÊS 1. Apenas um morfema lexical: azul, mar, sol, feliz 2. Morfema lexical (+ ou – vogal temática) + morfemas flexionais: alun+a+s, menin+o+s, part+i+sse+mos, not+a+ra+m. 3. Morfema lexical + morfemas derivacionais (+ ou – morfemas flexionais): 3.1 Prefixo(s) + morfema lexical (+ ou – vogal temática) (+ ou – morfema flexional): in+feliz, des+em+palh+a+r, in+apt+o+s. 3.2 Morfema lexical + sufixo(s) (+ ou – vogal temática) (+ ou – morfema flexionais): mur+alh+a, cant+eir+o+s, habitu+al, levanta+ment+o, arrependi+ment+o, menina+zinh+a+s. 3.3 Prefixo (s) + morfema lexical (+ ou - elemento de ligação) + sufixo(s) (+ ou – vogal temática) (+ ou – morfemas flexionais): in- feliz-mente, re-prova-ção, des-contenta-ment-o-s. 4. Morfema lexical (+ ou – vogal temática) (+ ou – morfemas flexionais) + morfema lexical (+ ou – vogal temática) (+ ou – morfemas flexionais): couv-e-flor, guard-a-chuv-a-s, terç-a-s-feir-a-s, pé-s-de-moleque-e-s. FORMAÇÃO DERIVAÇÃO 1. PREFIXAL – des-contente 2. SUFIXAL – granda-lhão 3. PREFIXAL E SUFIXAL – in-feliz-mente 4. PARASSINTÉTICA – en-tarde-cer 5. REGRESSIVA – caça – caçar; corte – cortar. 6. IMPRÓPRIA – mudança de classe gramatical: O jantar está servido; manga-rosa, colégio-modelo, homem-aranha, COMPOSIÇÃO 1. JUSTAPOSIÇÃO – girassol, microrregião, pé-de-vento, amor- perfeito 2. AGLUTINAÇÃO – petróleo, planalto, aguardente, pontiagudo OUTROS 1. ABREVIAÇÃO – foto/ fotografia, pneu/ pneumático 2. REDUPLICAÇÃO – Zezé, Juju; onomatopeias: tique-taque, zás-trás, zum-zum. 3. SIGLAS – PTB (Partido Trabalhista Brasileiro); CESC (Centro de Estudos Superiores de Caxias); UEMA (Universidade Estadual do Maranhão). 4. HIBRIDISMO – autoclave (grego-latim); sociologia (latim-grego); futebolista (inglês-português). AVALIAÇÃO 1. Escrever uma resenha crítica sobre a flexão nominal e a flexão verbal (pode ser em dupla); 2. Deve-se citar exemplos