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LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 
 
 
 
SEMÂNTICA .................................................................................................................................................. 1 
TIPOLOGIAS TEXTUAIS ........................................................................................................................... 4 
FONOLOGIA ................................................................................................................................................ 7 
ORTOGRAFIA - EMPREGO DE PALAVRAS ...................................................................................... 10 
ORTOGRAFIA - EMPREGO DO HÍFEN ................................................................................................13 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA ....................................................................................................................... 16 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS ................................................................................. 19 
PRONOMES ................................................................................................................................................21 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL .............................................................................................................. 28 
VERBOS ...................................................................................................................................................... 33 
SUBSTANTIVO E ARTIGO ..................................................................................................................... 42 
ADJETIVO E NUMERAL ........................................................................................................................ 50 
CONJUNÇÃO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO ........................................................ 57 
TERMOS DA ORAÇÃO ............................................................................................................................ 61 
ORAÇÕES COORDENADAS ................................................................................................................ 67 
ORAÇÃO SUBORDINADAS.................................................................................................................. 69 
PONTUAÇÃO............................................................................................................................................ 74 
CONCORDÂNCIA NOMINAL ............................................................................................................... 78 
CONCORDÂNCIA VERBAL .................................................................................................................. 82 
REGÊNCIA ................................................................................................................................................. 87 
CRASE ......................................................................................................................................................... 93 
FUNÇÕES DO QUE ................................................................................................................................. 97 
FUNÇÕES DO SE ..................................................................................................................................... 99 
COESÃO TEXTUAL ................................................................................................................................ 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
SEMÂNTICA 
 
Em linguística, Semântica estuda o significado e a interpretação de uma palavra, 
de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Nesse campo de es-
tudo, analisam-se, também, as mudanças de sentido que ocorrem nas formas linguísti-
cas devido a alguns fatores, tais como tempo e espaço geográfico. 
✓ Domingo, vou à praia. (Presente com ideia de futuro) 
✓ Não furtarás. (Futuro com ideia de presente e de Imperativo) 
 
DENOTAÇÃO E CONOTAÇÃO 
As palavras podem ser usadas no sentido próprio ou figurado. 
✓ Ela tem um coração de gelo. (sentido figurado) 
✓ Sempre tomo uísque com gelo. (sentido próprio) 
 
A) Denotação 
É uso da palavra com seu sentido original, usual. 
✓ Quebrei o braço direito durante o futebol. 
✓ O prato cheio do garoto o engordava. 
 
B) Conotação 
É o uso da palavra diferente do seu sentido original. 
✓ Aquele funcionário era o braço direito do patrão. 
✓ O que você disse foi um prato cheio para uma discussão. 
 
Leia: 
“Sinto que o tempo 
sobre mim abate 
sua mão pesada. 
Rugas, dentes, calva... 
(Carlos Drummond de Andrade) 
 
Nesse trecho, a palavra MÃO foi usada em sentido figurado, pois representa os efeitos 
causados pelo tempo. 
 
Abaixo, o eu lírico diz estar sempre longe, como se estivesse em outro plano, pensando 
coisas não convencionais. 
“Eu vivo sempre no mundo da lua, porque sou um cientista, o meu papo é futurista, é 
lunático.” (Guilherme Arantes, em Lindo Balão Azul) 
 
SINÔNIMOS (SINONÍMIA) 
São palavras que apresentam, entre si, o mesmo significado. 
✓ triste = melancólico. 
✓ resgatar = recuperar 
✓ maciço = compacto 
✓ ratificar = confirmar 
✓ digno = decente, honesto 
✓ reminiscências = lembranças 
✓ insipiente = ignorante. 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Significação Contextual 
1. Passei na padaria e comprei um sonho. 
2. O meu sonho é ser aprovado nesse concurso público. 
3. Hoje tive um sonho muito estranho. 
 
ANTÔNIMOS (ANTONÍMIA) 
São palavras que apresentam, entre si, sentidos opostos, contrários. 
✓ bom x mau 
✓ bem x mal 
✓ condenar x absolver 
✓ simplificar x complicar 
✓ nascer x morrer 
✓ sair x chegar 
 
HOMÔNIMOS (HOMONÍMIA) 
São palavras que possuem a mesma pronúncia (algumas vezes, a mesma grafia), mas 
significados diferentes. Veja alguns exemplos a seguir: 
✓ Acender: colocar fogo 
✓ Ascender: subir 
✓ Cela: pequeno quarto 
✓ Sela: arreio; forma do verbo selar. 
✓ Incipiente: iniciante 
✓ Insipiente: ignorante 
 
HÁ TRÊS TIPOS DE HOMÔNIMOS 
 
a) Homógrafas heterofônicas 
 Iguais na escrita, mas diferentes na pronúncia. 
✓ colher (forma verbal) e colher (substantivo); 
✓ jogo (forma verbal) e jogo (substantivo); 
✓ gosto (subst.) e gosto (verbo). 
 
b) Homófonas heterográficas 
 Iguais na pronúncia, mas diferentes na escrita. 
✓ ascender (subir) e acender (pôr fogo); 
✓ cela (prisão) e sela (arreio/forma verbal). 
 
c) Homófonas homográficas 
 Iguais na pronúncia e na escrita. 
✓ cedo (forma verbal) e cedo (advérbio); 
✓ manga (fruta) e manga (parte de um vestuário). 
 
PARÔNIMAS (PARONÍMIA) 
 É a relação que se estabelece entre palavras que possuem significados diferentes, 
mas são muito parecidas na pronúncia e na escrita. Veja alguns parônimos a seguir: 
✓ Absolver: perdoar, inocentar 
✓ Absorver: aspirar, sorver 
 
 
 
 
 
 
3 
✓ Delatar: denunciar 
✓ Dilatar: alargar 
✓ Ratificar: confirmar 
✓ Retificar: corrigir 
✓ Tráfego: trânsito 
✓ Tráfico: comercio ilegal 
 
HIPERÔNIMOS (HIPERONÍMIA) e HIPÔNIMOS (HIPONÍMIA) 
a) Hiperônimo: termo geral→ veículo. 
b) Hipônimo: termo específico→ carro. 
 
Hiperônimo ------------ Hipônimo 
Eletrodoméstico Liquidificador 
Cidade Paris 
Talher Garfo 
Fruta Abacaxi 
Animal Cachorro 
Cachorro Beagle 
 
POLISSEMIA 
É o fato de uma palavra ter mais de uma significação. Exemplos: 
 
Palavra GATO 
✓ O rapaz é um tremendo gato. 
✓ Meu gato não come essa ração. 
✓ Precisei fazer um gato para que a energia voltasse. 
 
Palavra MÃO 
✓ Ela tem uma mão para cozinhar que dá inveja! 
✓ Vamos! Coloque logo a mão na massa! 
✓ As crianças estão com as mãos sujas. 
✓ Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. 
 
AMBIGUIDADE 
Diz respeito ao duplo sentido que gera falta de clareza. Exemplos: 
✓ A água do rio era limpa, possibilitando a visão dos peixes. 
✓ O guarda deteve o bandido em sua casa. 
✓ A nomeaçãomais-que-perfeito composto 
 É formado pelo pretérito imperfeito do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o 
particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Se ele você tivesse amado mais, seria infinitamente mais feliz. 
 Se o vigia não tivesse dormido no posto, os ladrões não invadiriam o prédio. 
 
Futuro composto 
 É formado pelo futuro do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: Quando eu tiver concluído (=concluir) o trabalho, irei tirar umas férias. 
Quando ele tiver passado no vestibular, ganhará um caro do pai. 
 
Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto no modo subjuntivo. Não 
há também imperativo composto. 
 
C) FORMAS NOMINAIS 
 
Infinitivo impessoal composto 
 É formado pelo infinito impessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: Ter programado (=programar) a excursão foi muito importante. 
 
Infinitivo pessoal composto 
 É formado pelo infinito pessoal dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qual-
quer verbo. 
Ex.: Passaram no vestibular somente depois de terem estudado (=estudarem) bas-
tante. 
 
Gerúndio composto 
 
 
 
 
 
 
38 
 É formado pelo gerúndio dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de qualquer 
verbo. 
Ex.: Tendo estudado (=estudando) muito, conseguiu aprovação em primeiro lugar. 
 
Obs.: Não existe particípio composto. 
 
Verbos especiais de 1ª, 2ª e 3ª conjugações 
 
1. Verbos especiais de 1ª. conjugação 
a) Verbos terminados em EAR 
 Em verbos terminados em ear, a vogal e transforma-se no ditongo ei no presente 
do indicativo e nos derivados, exceto nas formas arrizotônicas (1ª. e 2ª. pessoas do plural). 
 
Obs.: O i (formador do ditongo) não aparece nos demais tempos e modos verbais. 
b) Verbos terminados em IAR 
 Nos verbos MEDIAR, ANSIAR, REMEDIAR, INCENDIAR e ODIAR, o i final transforma-
se no ditongo ei no presente do indicativo e derivados, exceto nas formas arrizotônicas 
(1ª. e 2ª. pessoas do plural). 
 
Obs¹: Nos demais tempos e modos, o e (formador do ditongo) não aparece. 
Obs²: Os demais verbos terminados em iar são regulares. Ex.: copiar, anunciar, adiar, no-
ticiar, etc. 
 
IV. VERBOS ABUNDANTES 
 
 São aqueles que apresentam mais de uma forma para determinar flexão. Isso 
ocorre principalmente com o verbo haver na 1ª e 2ª pessoas do plural no presente do 
indicativo (hemos/havemos e heis/haveis) e com verbos no particípio, os quais apresen-
tam particípios duplos. Observe alguns exemplos a seguir: 
 
a) 1ª conjugação 
 
Particípio regular Particípio irregular 
aceitado aceito 
expressado expresso 
expulsado expulso 
falhado falho 
ganhado ganho 
gastado gasto 
pagado pago 
salvado salvo 
 
b) 2ª conjugação 
 
Particípio regular Particípio irregular 
absolvido absolto 
absorvido absorto 
elegido eleito 
 
 
 
 
 
 
39 
prendido preso 
submetido submisso 
suspendido suspenso 
 
c) 3ª conjugação 
 
Particípio regular Particípio irregular 
distinguido distinto 
excluído excluso 
expelido expulso 
imprimido impresso 
oprimido opresso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
V. VERBOS DEFECTIVOS 
 
 São aqueles cuja conjugação não é completa. São divididos em impessoais, unipes-
soais e pessoais. 
 
a) Impessoais 
 São verbos que integram orações sem sujeito. Surgem apenas na terceira pessoa 
do singular. Ex.: 
→ amanhecer, anoitecer, chover, entardecer, gear, nevar, relampejar, trovejar, ventar, 
etc. (expressam fenômenos naturais) 
→ verbo haver com sentido de existir, acontecer e ocorrer. 
→ verbo fazer na indicação de tempo cronológico (decorrido) ou meteorológico (fenô-
meno natural). 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Usa-se o particípio regular com os auxiliares Ter ou HAVER; os particípios irregulares, 
com os auxiliares SER ou ESTAR. Ex.: 
 
A) Tinha/Havia gastado, pagado, agradecido, acendido, comprimido e imprimido. 
 
B) Foi/Estava gasto, pago, grato, aceso, compresso e impresso. 
 
OBSERVAÇÃO 
Conotativamente, os verbos que expressam fenômenos da natureza podem ocorrer 
em outra pessoa. 
Ex.: Anoiteço e amanheço pensando em você. 
 
 
 
 
 
 
40 
b) Unipessoais 
 Apresentam-se somente terceira do singular e do plural. São verbos que expressam 
ocorrência (acontecer, convir, suceder, sobrevir, ocorrer, etc.) e exprimem vozes de ani-
mais (berrar, grunhir, latir, miar, mugir, uivar, etc.) 
 
c) Pessoais 
 São aqueles que não apresentam algumas pessoas por questão de eufonia (som 
agradável). Por essa razão, deixam de ter algumas flexões por formalidade, visto que a 
sonoridade é algo relativo, pois depende muito de cada região e da sensibilidade dos 
usuários da língua. Dividem-se em três grupos: 
 
*1º grupo 
 Verbos que não apresentam a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e seus 
derivados (presente do subjuntivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo 
afirmativo). 
Ex.: abolir, banir, carpir, colorir, delinquir, demolir, exaurir, extorquir, fremir, fulgir, retor-
quir, etc. 
 
 
 
 
2º grupo 
 São verbos que, no presente do indicativo, só apresentam a 1ª e a 2ª pessoas do 
plural (formas arrizotônicas); consequentemente, não apresentam presente do subjun-
tivo, imperativo negativo e algumas formas do imperativo afirmativo. Conjugam-se so-
mente nas formas em que a letra i vem após o radical. 
Ex.: aguerrir, combalir, comedir-se, embair, falir, remir, renhir, etc. 
 
 
 
 
 
 
3º grupo 
 É constituído dos verbos: precaver-se e reaver. 
 
a) Precaver-se 
 No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e na 2ª pessoa do plural (for-
mas arrizotônicas). Consequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem im-
perativo negativo. No imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Ex.: 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo 
Nós nos precavemos Precavei-vos 
Vós vos precaveis 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 
OBSERVAÇÃO 
Nos demais tempos verbais, são conjugados normalmente 
OBSERVAÇÃO 
Nos demais tempos verbais, é conjugado normalmente 
 
 
 
 
 
 
41 
 
b) Reaver 
 No presente do indicativo, é conjugado apenas na 1ª e a 2ª pessoas do plural. Con-
sequentemente, não apresenta presente do subjuntivo nem imperativo negativo. No 
imperativo afirmativo, há somente a 2ª pessoa do plural. Conjuga-se pelo verbo haver, 
quando este apresenta a letra v. Ex.: 
 
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo 
Reavemos Reavei vós 
Reaveis 
 
VI. VOZES DO VERBO 
 
A) Voz Ativa 
 
A voz ativa representa um sujeito que pratica uma ação que é expressa pelo verbo. 
• Ex.: A mãe penteou a criança, (mãe é o sujeito da oração). 
 
B) Voz Passiva 
A voz passiva indica que sujeito da oração é um sujeito paciente, ele sofre a ação que é 
expressa pelo verbo. 
• Ex.: A criança foi penteada pala mãe, (criança é o sujeito da oração). 
 
C) Voz Reflexiva 
A voz reflexiva pratica e sofre ação que é expressa pelo verbo. 
• Ex.: A criança penteou-se, (criança é o sujeito da oração). 
 
Estudo da Voz Passiva 
A voz passiva pode ser: Sintética ou Analítica. 
 
1. Voz Passiva Sintética 
 
Ocorre quando o verbo está acompanhandode um pronome apassivador (se). 
Exemplo: 
• Prenderam-se todos no congestionamento. 
• Fechou-se a padaria. 
 
 
2. Voz passiva Analítica 
 
Formada por um verbo auxiliar (ser, estar, ficar), acompanhado de um particípio do 
verbo que se refere. 
Exemplo: 
• Muitos ficaram cercados pelos policiais. 
 
Conversão da voz ativa em voz passiva analítica 
 
É analisado na conversão da voz ativa em voz passiva analítica que: 
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42 
1. O sujeito da Ativa adquire as funções de Agente da Passiva; 
2. O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 
3. O predicativo do Objeto direto da Ativa adquire as funções de Predicativo do Sujeito 
da passiva; 
4. Os verbo. auxiliares da Passiva (ser, estar, ficar), não são alterados da forma Ativa. 
5. O verbo da Ativa adquire a forma do Particípio na Passiva. 
 
Voz Ativa: Alice buscou as crianças. 
 
Voz Passiva: As crianças foram buscadas por Alice. 
 
Conversão da voz ativa em voz passiva sintética 
 
É observado na transformação da Voz ativa em Voz passiva sintética: 
 
• O objeto direto da Ativa adquire as funções de Sujeito da Passiva; 
• O Predicativo do Objeto direto da ativa adquire as funções de Predicativo do sujeito da 
passiva; 
• Adiciona-se a partícula se ao verbo da Ativa que adquire as funções de Pronome Apas-
sivador (ou Partícula Apassivadora). 
 
Por exemplo: Ganharam um delicioso bolo (Obj. Direto) de aniversário. (Ativa). 
Ganhou-se (P.A) um delicioso bolo (suj. paciente) de aniversário. 
 
SUBSTANTIVO E ARTIGO 
 
I. SUBSTANTIVO 
O substantivo pode ser definido a partir de três critérios, a saber: morfológico, sintá-
tico e semântico. 
➢ Aspecto Morfológico→palavra variável em gênero, número e grau. Exemplos: ga-
roto, garota, garotos, garotas, garotinho, garotão. 
 
➢ Aspecto Sintático→ desempenha as mais diversas funções: sujeito, predicativo, 
objeto direto, objeto indireto, complemento nominal, aposto e vocativo. Em todos 
esses termos, ele é núcleo. 
 
➢ Aspecto Semântico→ palavra que nomeia: 
a) seres: leão, homem; 
b) objetos: computador, caneta; 
c) ações: leitura, reciclagem; 
d) qualidade: honestidade, amabilidade; 
e) sentimento: inveja, amor; 
f) condição: riqueza, pobreza; 
g) estado: saúde, doença; 
h) doutrina/concepção: darwinismo, Iluminismo; 
i) lugar: Roma, Fortaleza; 
j) acontecimento: sonho, evento. 
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43 
CLASSIFICAÇÃO DO SUBSTANTIVO 
Há duas formas de classificação do substantivo: quanto à forma e à significação. 
 
1) Quanto à forma, podem ser: simples e compostos, primitivos e derivados. 
a) Substantivos simples: apresentam apenas um radical: sol, flor. 
b) Substantivos compostos: apresentam mais de um radical: girassol, couve-flor. 
c) Substantivos primitivos: não apresentam prefixo nem sufixo: ferro, pedra. 
d) Substantivos derivados: apresentam prefixo nem sufixo. Exemplos: ferreiro, pedrada. 
 
2) Quanto à significação, podem ser: comuns e próprios, concretos e abstratos e co-
letivos. 
a) Substantivos comuns→ designam todos os seres de uma mesma espécie: criança, 
continente. 
b) Substantivos próprios→ designam os seres de uma espécie de forma particular: Pe-
dro, Europa. 
c) Substantivos concretos→ designam o ser que existe (mundo real), que imaginamos 
existir (mundo fictício/imaginário), independentemente de outros seres: tempo, luz, uni-
verso, fada, Zeus, duende, mesa, copo, água. 
d) Substantivos abstratos→designam concepções, doutrinas, estado, qualidade, senti-
mentos, ações, condição. Nomeiam o que depende de outros seres para existir: capita-
lismo, espiritismo, felicidade, paz, ódio, jardinagem, vida. 
e) Substantivos coletivos→designam um conjunto de seres da mesma espécie: 
• Coletivo de objetos: bateria (de canhões), biblioteca (de livros), feixe (de lenha), pi-
nacoteca (de quadros/pinturas), resma (de papel), molho (de chaves). 
• Coletivos de pessoas: banca (de examinadores), clero (de padres/sacerdotes), 
elenco (de atores/artistas), farândola (de mendigos), prole (de filhos), súcia (de de-
sonestos), time (de jogadores). 
• Coletivos de plantas: buquê/ramalhete (de flores), cacho/penca (de frutas), pomar 
(de árvores frutíferas), bosque (de árvores), réstia (de alho/cebola). 
• Coletivos de animais: alcateia (de lobos), cáfila (de camelos/dromedários), col-
meia/enxame (de abelhas), fato (de cabras), Nuvem (de gafanhotos), vara (de por-
cos). 
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO 
Os substantivos podem variar em GÊNERO (masculino e feminino), NÚMERO (singular 
e plural) e GRAU (aumentativo e diminutivo). 
 
1) GÊNERO: os gêneros do substantivo podem ser uniformes,biformes ou epicenos. 
 
a) Uniformes→ podem ser comuns de dois ou sobrecomuns. 
 
Comuns de dois→ a designação de gênero é feita por meio de um determinante (artigo, 
pronome, adjetivo ou numeral): o jovem, a jovem; meu dentista, minha dentista; gerente 
atencioso, gerente atenciosa; dois assistentes, duas assistentes. 
 
 
 
 
 
 
 
44 
Sobrecomuns→existe somente uma forma para masculino ou feminino. Por essa razão, 
o gênero do substantivo é definido pelo contexto: o ídolo, a pessoa, a criatura, a criança, 
a testemunha, o carrasco, a vítima, o cônjuge, o algoz. 
 
b) Biformes→ apresentam uma forma para o masculino e para o feminino:ator, atriz; ba-
charel, bacharela; cavalheiro, dama; cavaleiro, amazona; capitão, capitã; filho, filha; galo, 
galinha; monge, monja; oficial, oficiala; obstetra, obstetriz; perdigão, perdiz. 
 
c) Epicenos→são aqueles que nomeiam espécies vegetais e animais. Seu gênero é iden-
tificado por determinantes (masculino e feminino). O sexo é identificado pelas palavras 
“macho” e “fêmea”:a cobra macho / a cobra fêmea; o jacaré macho/ o jacaré fêmea; o 
mamoeiro macho / o mamoeiro fêmea; a jiboia macho / a jiboia fêmea; a serpente ma-
cho / a serpente fêmea. 
 
OBSERVAÇÕES: 
1. São substantivos masculinos: o alvará, o aneurisma, o apêndice, o clarinete, o eczema, 
o estratagema, o herpes, o púbis, o pernoite. 
 
2. São substantivos femininos: a alface, a apendicite, a cal, a comichão, a derme, a dina-
mite, a sentinela, a mascote, a musse. 
 
3. São substantivos masculinos ou femininos: o/a avestruz, o/a agravante, o/a cata-
plasma, o/a componente, o/a diabetes, o gambá, a gambá, o/a gênesis, o/a omelete, o/a 
pijama, o/a sabiá, o/a usucapião. 
 
4. O feminino de “o todo-poderoso” é “a todo-poderosa”. 
 
2) NÚMERO: os substantivos podem apresentar singular e plural. 
 
a)PLURAL DOS SUBSTANTIVOS SIMPLES 
 
➢ Os substantivos terminados em -ão fazem o plural de três maneiras: 
• Substituindo-se o -ão por -ões: coração – corações 
• Substituindo-se o -ão por -ães: pão -pães 
• Substituindo -se o -ão por -ãos: cidadão – cidadãos 
 
●Alguns substantivos apresentam mais de uma forma no plural. Exem-
plos: 
»ancião: anciãos, anciães, anciões; 
» aldeão: aldeãos, aldeães, aldeões; 
» cirurgião: cirurgiães, cirurgiões; 
» charlatão: charlatães, charlatões; 
» corrimão: corrimãos, corrimões; 
» guardião: guardiães, guardiões; 
» refrão: refrães, refrões. 
 
 
 
 
 
 
45 
➢ Os substantivos terminados em -r e -z fazem o plural pelo acréscimo de -es: juiz – 
juízes; revólver – revólveres. 
O plural de caráter é caracteres. 
 
➢ Os substantivos terminados em ditongo e vogal fazem o plural com o acréscimo 
de -s: história – histórias; degrau – degraus; troféu – troféus; casa – casas. 
 
➢ Os substantivos terminados em -al, -el, -ol, -ul flexionam-se no plural, substituindo 
o -l por -is: letal – letais; coronel – coronéis; caracol – caracóis; paul – pauis. 
Exceções: cônsul - cônsules; mal – males. Além desses vocábulos, vale o 
registro dos seguintes plurais: mel (méis/meles); aval (avais/avales). 
 
➢ Os substantivos terminados em -il fazem o plural de duas maneiras: 
• Quando oxítonos, em -is. Por exemplo: perfil – perfis 
• Quando paroxítonos, em -eis. Porexemplo: fóssil – fósseis 
 
➢ Os substantivos terminados em n fazem o plural em-s ou -es: 
• abdômen – abdomens ou abdômenes 
• hífen → hifens ou hífenes 
• nêutron → nêutrons ou nêutrones 
• pólen → polens ou pólenes. 
 
No entanto, o plural de cânon é apenas cânones. 
 
➢ Substantivos terminados em -m fazem o plural em –ns: armazém – armazéns; 
dom – dons. 
 
➢ Substantivos terminados em -s fazem o plural de duas maneiras: 
• Quando monossilábicos ou oxítonos, com o acréscimo de -es: lilás – lilases; 
revés – reveses. 
• Quando paroxítonos ou proparoxítonos, são invariáveis: o lápis - os lápis; 
o ônibus - os ônibus. 
 
➢ Substantivos terminados em –x são invariáveis: o látex - os látex / o tórax – os tórax. 
PLURAL METAFÔNICO 
Certos substantivos fazem o plural com mudança de timbre. Exemplos: caroço (ô) – ca-
roços (ó); 
• corpo(ô) – corpos (ó); 
• esforço(ô) – esforços (ó), 
• fogo (ô) – fogos (ó); 
• forno (ô) – fornos (ó) ; 
• imposto (ô) – impostos (ó); 
 
 
 
 
 
 
46 
• olho (ô) – olhos (ó); 
• osso (ô) – ossos (ó); 
• ovo (ô) – ovos (ó); 
• poço(ô) – poços (ó); 
• porto (ô) – portos (ó); 
• tijolo (ô) – tijolos (ó). 
 
No entanto, muitos substantivos mantêm o timbre fechado no plural, tais como: 
• adorno – adornos; 
• almoço – almoços; 
• cachorro – cachorros; 
• dorso – dorsos; 
• esposos – esposos; 
• estojo – estojos; 
• gosto- gostos; 
• morro – morros; 
• rosto – rostos; 
• sogro – sogros; 
 
b) PLURAL DOS SUBSTANTIVOS COMPOSTOS 
 Para se obter o plural de substantivos compostos, é preciso observar o seguinte: 
✓ São variáveis: adjetivos, numerais e substantivos. 
✓ São invariáveis: advérbios e verbos. 
 
Exemplos: 
• o guarda-chuva → os guarda-chuvas (verbo + substantivo) 
• o abaixo-assinado → os abaixo-assinados (advérbio + adjetivo) 
• a segunda-feira → as segundas-feiras (numeral + substantivo) 
• o guarda-noturno → os guardas-noturnos (substantivo + adjetivo) 
• o bota-fora → os bota-fora (verbo + advérbio) 
• o alto-falante → os alto-falantes (advérbio + adjetivo) 
• o cachorro-quente → os cachorros-quentes (substantivo + adjetivo) 
• o beija-flor → os beija-flores (verbo + substantivo) 
• o guarda-roupa → os guarda-roupas (verbo + substantivo) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Quando o substantivo simples é invariável, continua invariável no substantivo com-
posto. Exemplo: o porta-lápis, os porta-lápis. 
 
2. Se há preposição entre substantivos, apenas o primeiro elemento vai para o plural. 
Exemplos: mulas sem cabeça, rosas dos ventos, pés de moleque, pores do sol, bichos 
de sete cabeças, foras da lei, pães de ló. 
3. Em substantivos compostos com verbos repetidos, pode variar apenas o segundo 
elemento do substantivo composto ou os dois. Exemplos: os corre-corres, os corres-
corres; os pega-pegas, os pegas-pegas; os pisca-piscas, os piscas-piscas. 
 
 
 
 
 
 
47 
 
4. O plural de “o louva-a-deus” é “os louva-a-deus”. 
 
5. Se o substantivo composto é formado com pronome invariável, o pronome perma-
nece sem plural no substantivo composto. 
Exemplo: o joão-ninguém, os joões-ninguém. 
 
6. Se o substantivo composto é formado por onomatopeia, apenas o último elemento 
varia. Exemplos: bangue-bangues, tique-taques, pingue-pongues. 
 
7. Quando o substantivo composto é formado por dois substantivos, se o segundo ele-
mento delimita o primeiro, indicando função ou finalidade, ocorrerá o seguinte: ambos 
os termos podem ir para o plural ou apenas o primeiro. 
 
Exemplos: os pombos-correios/os pombos-correio; os públicos-alvos/os públicos-alvo; 
as bombas-relógios/as bombas-relógio; os salários-famílias/os salários-família; os na-
vios-escolas /os navios-escola. 
 
8. Os elementos grã e grão permanecem invariáveis no substantivo composto. 
Exemplos: grã-duquesas, grão-duques. 
 
9. Varia apenas o segundo elemento, quando o substantivo composto não tem hífen. 
Exemplos: alvinegros, fidalgos, girassóis, mandachuvas, madressilvas, planaltos, pon-
tapés, rodapés, vinagres. 
 
10. Varia apenas o segundo elemento, se o substantivo composto indica origem, pro-
cedência. 
Exemplos: os afro-americanos, os ítalo-franceses, os franco-italianos. 
11. O plural do substantivo composto “mestre de obras” é “mestres de obras”. 
 
12. Em palavras formadas por prefixação, o plural é apenas do substantivo. 
Exemplos: os vice-presidentes, os ex-atletas. 
 
3) GRAU: Os substantivos flexionam-se nos graus aumentativo e diminutivo. A variação 
de grau representa, portanto, a forma aumentada ou diminuída dos seres. 
Grau aumentativo: pode ser sintético ou analítico. 
• Sintético: casarão, copázio. 
• Analítico: casa grande, copo grande. 
Grau diminutivo: pode ser sintético ou analítico. 
• Sintético: casinha, copinho. 
• Analítico: casa pequena, copo pequeno. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Plural de substantivos no grau diminutivo: 
a) coloca-se o substantivo no plural; 
 
 
 
 
 
 
48 
b) retira-se o S final; 
c) acrescenta-se o sufixo (zito, zinho) no plural. 
Exemplos: farol → faróis →faroi + zinhos → faroizinhos 
 bar → bares → bare + zinhos → barezinhos 
 coração → corações → coraçõe + zinhos → coraçõezinhos 
 cão → cães →cãe+zitos → cãezitos 
 
2. Com o tempo, em toda língua viva, palavras e termos costumam ser ressignificados. 
Sendo assim, muitos substantivos perderam a noção de grau, mesmo com sufixo indi-
cando grau aumentativo ou diminutivo. 
Exemplos: o bandeirinha, a calcinha, o calção, a cartilha, o cavalete, o flanelinha, o portão. 
 
II. ARTIGO 
O artigo é uma classe de palavra variável em gênero e em número. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS 
Os artigos podem ser definidos ou indefinidos. 
• Artigos definidos: o, os, a, as. 
• Artigos indefinidos: um, uns, uma, umas. 
 
Semanticamente, há diferença entre eles. Observe: 
• O filme começou. 
• Um filme começou. 
 
Perceba que, na primeira frase (O filme começou), o filme que começa é aquele es-
perado pelo espectador; na segunda frase (Um filme começou), um filme qualquer co-
meçou. 
 
 Quando o artigo é indefinido, costuma revelar (1) generalização ou desconhecimento, 
(2) proximidade ou (3) origem familiar. 
• Uns fiscais da prefeitura estiveram aqui hoje. 
• Eles me fizeram umas dez perguntas sobre a obra. 
• Ele não era um Rockefeller. 
 
O artigo pode ser contraído com preposição. 
• à(s), ao(s) 
• do(s), da(s), dum, duns, duma(s) 
• no(s), na(s), num, nuns, numa(s) 
• pelo(s), pela(s) 
 
No entanto, é preciso considerar o seguinte: 
 
➢ Se o artigo introduz o sujeito da oração, ele não se contrai com preposição: 
• Eles fugiram antes de os guardas chegarem. (correto) 
• Eles fugiram antes dos guardas chegarem. (errado) 
 
 
 
 
 
 
 
49 
➢ Se o artigo faz parte de nome de obras (jornal, livro, revista, por exemplo), ele não 
se contrai com preposição. 
• A seca é abordada em “O Quinze” e em “Os sertões”, respectivamente obras de 
Rachel de Queiroz e de Euclides da Cunha. 
• Li em “Os Lusíadas”, do poeta clássico Luiz Vaz de Camões, a saga lusitana pelos 
mares bravios. 
 
Vejamos a seguir as principais funções do artigo: 
 
1. Acompanha substantivo: 
• Os alunos participaram de um teste vocacional. 
• A casa parecia um castelo. 
 
2. Substantiva palavras: 
• O bravo se acovardou. (adjetivo → substantivo) 
• O sim dela fez a diferença. (advérbio → substantivo) 
• O cantar do pássaro era triste, pois estava preso. (verbo → substantivo) 
 
3. Substitui substantivo expresso na frase anteriormente, a fim de evitar repetição des-
necessária. Desse modo, ocorre a elipse do substantivo: 
• Ele comprou um carro para ele e um para ela. 
• Ele devolveu o terno cinza e o preto. 
 
4. Contribui para manter o paralelismo: 
✓ O governador e o prefeito reuniram-se para avaliar a situação. 
✓ A sala e a cozinha foram reformadas. 
 
5. Enfatiza as qualidades de um ser: 
• Ela é a especialista! Espere e verá! 
• Ele não é apenas um médico. Ele é o médico! 
 
6. Define número: 
• o ônibus, o lápis (singular) 
• osônibus, os lápis (plural) 
 
7. Identifica gênero: 
• o cliente, o atendente (masculino) 
• a cliente, a atendente (feminino) 
 
 
8. Distingue significado: 
• o capital (dinheiro), o grama (unidade de massa) 
• a capital (cidade), a grama (vegetal) 
 
OBSERVAÇÕES 
 
1. O artigo é facultativo: 
 
 
 
 
 
 
50 
 
a) antes de pronome possessivo. 
• Meu pai sempre disse isso. 
• O meu pai sempre disse isso. 
• Minha mãe também pensava assim. 
• A minha mãe também pensava assim. 
 
b) antes de nome de pessoa, a menos que indique familiaridade ou intimidade. 
• Pedro / o Pedro 
• Maria / a Maria 
 
2. O artigo é proibido depois do pronome relativo CUJO: 
• cujo o pai, cujos os pais, cuja a mãe, cujas as mães (errado) 
• cujo pai, cujos pais, cuja mãe, cujas mães (certo) 
 
3. Com o pronome indefinido “todo”, há mudança de significado. 
• Toda sala irá participar da gincana. (toda = qualquer) 
• Toda a sala irá participar da gincana. (toda a = inteira) 
 
Numa questão que envolve reescrita, vale destacar o seguinte: 
• Todo o litoral é um oásis = O litoral todo é um oásis. 
ADJETIVO E NUMERAL 
 
I. ADJETIVO 
O adjetivo expressa uma qualidade ou uma característica do substantivo. É a 
classe de palavra variável em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) 
e grau (aumentativo e diminutivo). 
O adjetivo é um modificador de sentido, isto é, caracteriza o substantivo, uma vez 
que pode indicar diversas características, tais como estado, condição, defeito, qualidade: 
• Criança feliz (estado) 
• comunidade pobre (condição) 
• indivíduo arrogante (defeito) 
• mulher resiliente (qualidade) 
CLASSIFICAÇÃO 
O adjetivo pode ser simples ou composto, primitivo ou derivado, gentílico ou pátrio, 
restritivo ou explicativo. 
 
1.Adjetivo Simples: é formado por apenas um radical. 
• Jovem responsável 
• Abraço sincero 
• Pessoa humilde 
 
2. Adjetivo Composto: é formado por mais de um radical. 
• Lente côncavo-convexa 
• Vestido vermelho-sangue 
 
 
 
 
 
 
51 
• Produto luso-brasileiro 
 
3. Adjetivo Primitivo: não apresenta prefixo nem sufixo. 
• Dia feliz 
• Homem cruel 
• Povo culto 
 
4. Adjetivo Derivado: apresenta afixos (prefixo ou sufixo). 
• Bolo delicioso 
• Problema dificílimo 
• Resposta corretíssima 
 
5. Adjetivo Gentílico ou Pátrio: o adjetivo gentílicoou étnico refere-se a raça e a povo, 
indicando origem; o adjetivo pátrio se refere nomes de lugar (continentes, países, regi-
ões, estado, cidade). 
• nação israelense 
• povo americano 
• estudante capixaba 
• jovem potiguar 
• mulheres asiáticas 
• tribos indígenas 
• atleta canadense 
• crianças africanas 
• humoristas nordestinos 
 
6. Adjetivo Restritivo: particulariza o significado do substantivo a que se refere, expri-
mindo qualidade que não é própria do substantivo. 
• Pressão alta 
• Estudante brasileiro 
• Céu avermelhado 
 
7. Adjetivo Explicativo: exprime característica própria do substantivo. 
• Fogo quente 
• Gelo frio 
• Céu azul 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Quanto à posição, o adjetivo pode vir antes ou depois do substantivo. Em alguns casos, 
pode haver mudança de significado com a anteposição ou a posposição do adjetivo. 
 
a) sem mudança de significado: 
• lindo entardecer / entardecer lindo 
• dia chuvoso / chuvoso dia 
• experiência vasta / vasta experiência 
 
b) com mudança de significado: 
 
 
 
 
 
 
52 
• carro novo / novo carro 
• homem pobre / pobre homem 
• amigo velho / velho amigo 
• médico falso / falso médico 
 
ADJETIVO DE RELAÇÃO 
É aquele que 
» não varia em grau superlativo, isto é, não pode ser intensificado; 
» vem posposto ao substantivo; 
» é derivado de um substantivo por sufixação; 
» é objetivo, ou seja, não expressa ponto de vista, pois não tem valor se-
mântico subjetivo; 
» pode indicar origem, procedência ou finalidade. 
 
Exemplos: 
» vinho chileno, reforma estudantil, palácio presidencial, plataforma pe-
trolífera, charuto cubano, revista mensal, bandeira americana, economia 
mundial. 
 
LOCUÇÃO ADJETIVA 
Ocorre locução adjetiva quando há mais de uma palavra funcionando como adje-
tivo (qualificando ou especificando o substantivo). 
• Pessoa sem discrição 
• reunião de hoje 
• apartamento para alugar 
• vida dos dois 
• terra de ninguém 
 
FLEXÃO DO ADJETIVO 
O adjetivo flexiona-se em gênero (masculino e feminino), número (singular e plural) 
e grau (aumentativo e diminutivo). 
 
1. FLEXÃO DE GÊNERO 
O gênero do adjetivo pode ser uniforme ou biforme. 
 
Gênero uniforme: é aquele que apresenta apenas uma forma para o masculino e para 
o feminino. 
• homem/ mulher audaz, capaz, feliz 
• rapaz / moça simples, reles 
• problema / força superior, maior, interior 
 
Gênero biforme: é aquele que apresenta uma forma para o masculino e para o feminino. 
• cheio / cheia 
• lindo / linda 
• severo / severa 
 
 
 
 
 
 
53 
• traidor / traidora 
 
2. FLEXÃO DE NÚMERO 
 
O adjetivo é variável em número (singular e plural). 
• educado / educados 
• capaz / capazes 
• caro / caros 
• hediondo / hediondos 
• fabulosa / fabulosas 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Não há flexão de substantivo usado como adjetivo. 
• camisetas cinza 
• cerâmicas musgo 
• ternos vinho 
 
2. Estes adjetivos nunca variam: 
• verde-musgo, ultravioleta, furta-cor, sem-terra, zero-quilômetro, sem-sal, azul-
marinho, azul-celeste, político-social. 
 
PLURAL DE ADJETIVO COMPOSTO 
Adjetivo composto é aquele que apresenta mais de um radical. Assim, é preciso 
observar o seguinte: 
 
1. Varia apenas o último elemento. 
• tratados franco-italianos 
• lentes côncavo-convexas 
• olhos castanho-escuros 
 
2. É invariável se elemento do adjetivo composto é um substantivo adjetivado. 
• ternos marrom-café 
• tecidos verde-abacate 
• olhos verde-mar 
• saias vermelho-sangue 
• uniformes amarelo-ouro 
 
3. Com o adjetivo “surdo-mudo”, os dois radicais variam em gênero e em número. 
• garoto surdo-mudo / garotos surdos-mudos 
• menina surda-muda / meninas surdas-mudas 
 
Com o adjetivo “claro-escuro”, os dois radicais variam em gênero e em 
número. 
» ambiente claro-escuro / ambientes claros-escuros 
» sala clara-escura / salas claras-escuras 
 
 
 
 
 
 
 
54 
3. FLEXÃO DE GRAU 
 O grau do adjetivo pode ser Comparativo ou Superlativo. 
 
I) Grau Comparativo: pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Aqui, 
são comparadas as características do mesmo ser ou características entre seres. 
 
• Ela é tão esforçado quanto ele. (comparativo de igualdade – tão...quanto/como) 
 
• Ela é mais esforçado (do) que ele. (comparativo de superioridade – mais...(do) que) 
 
• Ela é menos esforçado (do) que ele. (comparativo de inferioridade – menos...(do) 
que) 
 
OBSERVAÇÕES 
a) As formas “mais bom” e “mais grande” só estão corretamente empregadas quando 
comparam características do mesmo ser. 
• Este apartamento é mais grande do que ventilado. (CERTO) 
• Este apartamento é mais grande do que aquele. (ERRADO) 
 
b) Os adjetivos pequeno, grande, bom, mau/ruim só têm a forma sintética. Observe: 
• menor, maior, melhor, pior. 
 
II) Grau Superlativo: o grau superlativo pode ser absoluto ou relativo. 
 
• Superlativo absoluto analítico→ Ele é muito rico. (o adjetivo é modificado por um 
advérbio) 
 
• Superlativo absoluto sintético → Ele é riquíssimo. (ocorre uso dos sufixos: íssimo, 
imo, érrimo) 
 
Abaixo, segue uma lista de superlativos absolutos sintéticos: 
• Alto → supremo, sumo ou altíssimo 
• Ágil → agílimo 
• Amargo → amaríssimo ou amarguíssimo 
• Amigo → amicíssimo 
• Antigo → antiquíssimo 
• Áspero → aspérrimo 
• Audaz → audacíssimo 
• Baixo → ínfimo ou baixíssimo 
• Benéfico → beneficentíssimo 
• Bom → boníssimo ou ótimo 
• Célebre → celebérrimo 
• Fácil → facílimo 
• Feliz → felicíssimo 
• Fiel → fidelíssimo 
• Fraco → fraquíssimo 
• Frágil → fragílimo 
 
 
 
 
 
 
55 
• Frio → friíssimo ou frigidíssimo 
• Grande → grandessíssimo 
• Humilde → humílimo ou humildíssimo 
• Infame → infamérrimo 
• Inimigo →inimicíssimo 
 
• Superlativo relativo de superioridade: a qualidade de um ser é intensificada em 
relação a um conjunto de seres. 
✓ Ela é a mais inteligente da sala. 
✓ Ele é o mais atencioso dentre todos da sala. 
 
No superlativo relativo de superioridade, ocorrem estas construções: o mais + adje-
tivo+de/dentre; a mais + adjetivo+de/dentre. 
 
• Superlativo relativo de inferioridade: a qualidade de um ser é desvalorizada. 
✓ Ele é o menos esperto do grupo. 
✓ Ela é a menos inteligente da equipe. 
 
Aqui, ocorrem as seguintes construções: o menos + adjetivo+ de/dentre; a menos + 
adjetivo+ de/dentre. 
 
II. NUMERAL 
O numeral é a classe de palavra variável em gênero e em número que acompanha 
substantivo, indicando quantidade. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS NUMERAIS 
Eles podem ser cardinal, ordinal, multiplicativo, fracionário e coletivo. 
 
a) Numerais cardinais: indicam quantidade absoluta. 
• zero, cinco, vinte, quarenta, duzentos... 
 
b) Numerais ordinais: indicam ordem, sequência, posição. Também variam em gênero 
e em número. 
• Primeiro – 1º / Primeira – 2ª 
• Segundo – 2º / Segunda – 2ª 
• Décimo – 10º / Décima – 10ª 
• Sexagésimo – 60º / Sexagésima – 60ª 
• Centésimo – 100º / Centésima – 100ª 
• Milésimo – 1.000º / Milésima – 1.000ª 
• Milionésimo - 1.000.000º / Milionésima – 1.000.000ª 
 
c) Numerais multiplicativos: indicam multiplicação. 
• dobro, duplo, dúplice – 2x 
• triplo, tríplice - 3x 
• quádruplo – 4x 
• quíntuplo – 5x 
 
 
 
 
 
 
56 
• sêxtuplo – 6x 
• sétuplo – 7x 
• óctuplo – 8x 
• nônuplo – 9x 
• décuplo – 10x 
• cêntuplo - 100x 
 
d) Numerais fracionários: indicam fração. 
• Meio, metade – 2 
• Terço – 3 
• Quarto – 4 
• Quinto – 5 
• Sexto – 6 
• Sétimo – 7 
• Oitavo – 8 
• Nono – 9 
• Décimo – 10 
• Onze avos – 11 
 
EMPREGO DOS NUMERAIS 
1. Para designar príncipes, reis, imperadores, papas, séculos, partes de uma obra, utili-
zam-se os numerais ordinais até o décimo. A partir daí, usam-se os cardinais. 
• Dom Pedro I (primeiro) 
• Carlos X (décimo) 
• Capítulo IX (nono) 
• Papa Pio VI (sexto) 
• Papa Bento XVI (dezesseis) 
• Século XIX (dezenove) 
• Canto VIII (oitavo) 
 
2. Em textos jurídicos (decretos, leis, portarias, artigos, incisos, parágrafos), utilizam-se os 
numerais ordinais até o nono. A partir daí, usam-se os cardinais. 
• Artigo 9º (nono) 
• Artigo 10 (dez) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Se o numeral vem antes do substantivo, utilizam-se sempre os ordinais, independen-
temente do que vimos acima. 
• Décimo sexto papa 
• Vigésimo quarto decreto 
 
2. “Ambos” é numeral. Acompanhando de substantivo, vem seguido de artigo. 
• Ambos os irmãos foram selecionados. 
• Ambas as irmãs passaram no concurso. 
• Ambos agora estão em férias. 
 
 
 
 
 
 
 
57 
3. Para designar o primeiro dia do mês, usa-se o numeral ordinal, e não o cardinal. 
• 1º de janeiro (e não 1 de janeiro) 
• 1º de maio (e não 1 de maio) 
 
4. O correto é dizer “meio-dia e meia” (e não “meio-dia e meio”), em se tratando do ho-
rário “12h30min”. 
 
CONJUNÇÃO, ADVÉRBIO, PREPOSIÇÃO E INTERJEIÇÃO 
 
1. CONJUNÇÃO 
Classe de palavra inviável que geralmente liga orações. Elas podem ser classificadas em 
COORDENATIVAS e SUBORDINATIVAS. 
 
A) COORDENATIVAS 
 Classificam-se as conjunções coordenativas em ADITIVAS, ADVERSATIVAS, AL-
TERNATIVAS, CONCLUSIVAS e EXPLICATIVAS. 
I) ADITIVAS: servem para ligar simplesmente dois termos ou duas orações de idêntica 
função, dando ideia de soma: e, nem, não só...mas/como (também), 
tanto...quanto/como 
Ex. Meu pai trabalha no quartel e minha mãe cuida de casa. 
Aquele rapaz não estudava nem trabalhava. 
 
II) ADVERSATIVAS: ligam dois termos ou duas orações de igual função, acrescen-
tando-lhes, porém, uma ideia de contraste, oposição, advertência: mas, porém, toda-
via, contudo, no entanto, entretanto, não obstante. 
 
Ex. Seu quarto é pobre, mas nada lhe falta. 
 O sinal estava fechado; os carros, porém, não paravam. 
 A rodovia é bem sinalizada, no entanto é muito perigosa. 
 
III) ALTERNATIVAS: ligam dois termos ou orações de sentido distinto, indicando 
que, ao cumprir-se um fato, o outro não se cumpre: ou..., ou...ou, ora...ora, quer...quer, 
seja...seja, nem...nem, já...já, etc. 
Ex. Ou eu me retiro ou tu te afastas. 
 Ora chorava ora sorria. 
 
IV) CONCLUSIVAS: servem para ligar à anterior uma oração que exprime conclusão, 
consequência: logo, pois (= portanto), portanto, por conseguinte, por isso, assim, en-
tão. 
Ex. Ele não é favorável à lei e à ordem; é, pois, um rebelde. 
 Aprova será difícil, portanto devemos estudar. 
 
V) EXPLICATIVAS: ligam duas orações, a segunda das quais justifica a ideia contida na 
primeira: que, porque, pois (= porque). 
Ex: Volte logo, pois já é tarde. 
 Choveu, porque as ruas estão alagadas. 
http://simplesmenteportugues.blogspot.com/2009/11/conjuncoes-conjuncoes-coordenativas.html
 
 
 
 
 
 
58 
 
B) SUBORDINATIVAS 
São aquelas que ligam duas orações, sendo uma delas dependente da outra. A oração 
dependente, introduzida pelas conjunções subordinativas, recebe o nome de oração 
subordinada. 
Veja o exemplo: 
O baile já tinha começado quando ela chegou. 
 
* O baile já tinha começado: oração principal 
* quando: conjunção subordinativa 
* ela chegou: oração subordinada 
 
 As conjunções subordinativas subdividem-se em integrantes e adverbiais: 
 
I. Integrantes 
 Indicam que a oração subordinada por elas introduzida completa ou integra o 
sentido da principal. Introduzem orações que equivalem a substantivos. São elas: que, 
se. 
 
Por exemplo: 
Espero que você volte. (Espero sua volta.) 
Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.) 
 
II. Adverbiais 
Indicam que a oração subordinada por elas introduzida exerce a função de adjunto ad-
verbial da principal. De acordo com a circunstância que expressam, classificam-se em: 
 
a) Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da oração principal. São 
elas: porque, que, como (= porque, no início da frase), visto que, uma vez que, por-
quanto, já que, na medida em que, etc. Por exemplo: 
Ele não fez a pesquisa porque não dispunha de meios. 
Como não se interessa por arte, desistiu do curso. 
 
b) Concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia contrária à da principal, 
sem, no entanto, impedir sua realização. São elas: embora, ainda que, apesar de que, 
se bem que, mesmo que, por mais que, posto que, conquanto, etc. Por exemplo: 
Embora fosse tarde, fomos visitá-lo. 
Eu não desistirei desse plano, mesmo que todos me abandonem. 
 
c) Condicionais: introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para 
ocorrência da principal. São elas: se, caso, contanto que, salvo se, a não ser que, 
desde que, a menos que, sem que, etc. Por exemplo: 
Se precisar de minha ajuda, telefone-me. 
Não irei ao escritório hoje, a não ser que haja algum negócio muito urgente. 
 
d) Conformativas: introduzem uma oração em que se exprime a conformidade de um 
fato com outro. São elas: conforme, como (=conforme), segundo, consoante, etc. Por 
exemplo: 
 
 
 
 
 
 
59 
O passeio ocorreu como havíamos planejado. 
Arrume a exposição segundo as ordens do professor. 
 
e) Finais: introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se 
realiza a principal. São elas: para que, a fim de que, que, porque (= para que), que, etc. 
 
Por exemplo: 
Toque o sinal para que todos entrem no salão. 
Aproxime-se a fim de que possamos vê-lo melhor. 
 
f) Proporcionais: introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporci-
onalmente à ocorrência da principal. São elas: à medida que, à proporção que, ao 
passo que e as combinações quanto mais... (mais), quanto menos...(menos), 
quanto menos ...(mais), quanto menos...(menos), etc. 
 
Por exemplo: 
O preço fica mais caro à medida que os produtos escasseiam. 
 
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo 
ao fato expresso na oração principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depoisque, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal 
(= assim que), etc. 
 
Por exemplo: 
A briga começou assim que saímos da festa. 
A cidade ficou mais triste depois que ele partiu. 
 
h) Comparativas: introduzem uma oração que expressa ideia de comparação com re-
ferência à oração principal. São elas: como, assim como, tal como, como se, 
(tão)...como, tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que 
nem, que (combinado com menos ou mais), etc. 
 
Por exemplo: 
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem. 
Ele é preguiçoso tal qual o irmão. 
 
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa a consequência da principal. 
São elas: de sorte que, de modo que, sem que (= que não), de forma que, de jeito 
que, que (tendo como antecedente na oração principal uma palavra como tal, 
tão, cada, tanto, tamanho), etc. 
 
Por exemplo: 
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do exame. 
A dor era tamanha que a moça desmaiou. 
 
2. ADVÉRBIO 
É uma palavra que modifica o sentido do verbo, do adjetivo e do próprio advérbio 
• Ele fala bem. 
 
 
 
 
 
 
60 
• Ele fala muito bem. 
• Ela é muito esperta. 
 
Classificação dos Advérbios 
Afirmação: sim, certamente, realmente, decerto, efetivamente, certo, decididamente, 
realmente, deveras, indubitavelmente. 
Dúvida: acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, quiçá, talvez, casualmente, 
por certo, quem sabe. 
Inclusão: ainda, até, mesmo, inclusivamente, também. 
Exclusão: apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente, simplesmente, só, unica-
mente. 
Intensidade: muito, demais, pouco, tão, menos, em excesso, bastante, mais, menos, de-
masiado, quanto, quão, tanto, assaz, que (equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de 
todo, de muito, por completo, extremamente, intensamente, grandemente, bem. 
Modo: bem, mal, assim, adrede, melhor, pior, depressa, acinte, debalde, devagar, às pres-
sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, desse jeito, desse 
modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão e a maior 
parte dos que terminam em "mente": calmamente, tristemente, propositadamente, pa-
cientemente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosamente, genero-
samente. 
Negação: não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de forma nenhuma, tampouco, de 
jeito nenhum. 
Ordem: depois, primeiramente, ultimamente. 
 
3. PREPOSIÇÃO 
Preposição é a palavra que estabelece uma relação entre dois ou mais termos da oração. 
 
Classificação das Preposições 
 
a) Essenciais: a, ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, 
sob, sobre. 
 
b) Acidentais: como (= na qualidade de), conforme (= de acordo com), segundo (= con-
forme), consoante (= conforme), durante, salvo, fora, mediante, tirante, exceto, senão, 
visto (=por). 
 
4. INTERJEIÇÃO 
Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensações, estados de espírito, 
ou que procura agir sobre o interlocutor, levando-o a adotar certo comportamento sem 
que, para isso, seja necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas. Ex: 
✓ Cuidado! 
✓ Devagar! 
✓ Calma! 
✓ Sentido! 
✓ Atenção! 
✓ Coragem! 
✓ Adiante! 
✓ Firme! 
 
 
 
 
 
 
61 
✓ Cruzes! 
 
TERMOS DA ORAÇÃO 
 
Nesta aula, damos início ao estudo da sintaxe do período simples. Nosso ponto de 
partida são os termos da oração: essenciais, integrantes e acessórios. 
 
1. TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO 
➢ SUJEITO 
➢ PREDICADO 
 
SUJEITO 
O sujeito é o termo da oração com o qual o verbo concorda. Nos exemplos abaixo, 
você pode observar isso: 
✓ O aluno passou no concurso. (sujeito: o aluno) 
✓ Os carros são novos. (sujeito: os carros) 
✓ De sorvete a menina gosta. (sujeito: a menina) 
 
OBSERVAÇÕES 
I. Para identificar o sujeito, pergunte ao verbo: QUÊ? QUEM? A resposta será o sujeito. 
✓ O vaso quebrou. (O que quebrou? Resposta: o vaso) 
 
II. O sujeito não pode ser expresso por ADJETIVO, ADVÉRBIO, TERMO PREPOSICIO-
NADO. 
✓ Você é inteligente. (O adjetivo inteligente exerce, na frase, função sintática de pre-
dicativo do sujeito. 
✓ Aqui se estuda muito. (Os advérbios aqui e muito exercem, respectivamente, fun-
ções sintáticas de adjunto adverbial de lugar e de intensidade. 
✓ Referi-me a você. (O termo a você exerce função sintática de objeto indireto do 
verbo referir-se.) 
 
III. Quando o sujeito é representado por um grupo de palavras, o verbo concorda com o 
núcleo. 
✓ O pensamento dos grevistas se manteve o mesmo. (O sujeito é o termo “o pensa-
mento dos grevistas, e o núcleo é o substantivo “pensamento”. Vale lembrar que 
termo preposicionado não pode ser núcleo do sujeito.) 
 
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO 
I) Sujeito Simples: apresenta apenas um núcleo explícito, que pode estar no singular ou 
no plural. Exemplos: 
✓ Meu tio era professor. (sujeito simples: meu tio / núcleo: tio) 
✓ Meus pais cuidaram de nossa educação. (sujeito: meus pais / núcleo: pais) 
 
II) Sujeito Composto: apresenta mais de um núcleo explícito. Exemplos: 
✓ Meu avô e minha avó eram naturais de São Paulo. (sujeito: meu avô e minha avó 
/ núcleos: “avô” e “avó”) 
 
 
 
 
 
 
 
 
62 
OBSERVAÇÃO 
Se o sujeito não foi grafado na frase, ou seja, se ele está implícito, é chamado de 
oculto, desinencial ou elíptico. 
✓ Saímos antes do horário previsto. (sujeito oculto: nós) 
✓ Fale sempre a verdade. (sujeito oculto: você) 
 
III) Sujeito Indeterminado: não se pode identificar pelo contexto ou pela desinência do 
verbo. Ocorre em três situações: 
 
a) Com verbo na terceira pessoa do plural sem referente no texto 
✓ Estão falando muito sobre isso na feira. 
 
b) Com VI+SE, VTI+SE, VL +SE, VTD+SE+TERMO PREPOSICIONADO: 
✓ VI + SE: Vive-se bem por aqui. 
✓ VTI + SE: Aspira-se a dias melhores. 
✓ VL + SE: Só se é feliz dessa maneira. 
✓ VTD + SE + TERMO PREPOSICIONADO: Ama-se a Deus. 
 
c) Com infinitivo impessoal: infinitivo impessoal é aquele tem sentido genérico ou in-
definido. 
✓ Para viver plenamente, é preciso abstrair toda negatividade. 
 
OBSERVAÇÃO 
Se verbos transitivos diretos são tratados como verbos intransitivos, acompanha-
dos do SE, o sujeito é indeterminado. 
✓ Comia-se muito nas férias. 
 
IV. Oração sem Sujeito 
 
a) Com verbos que indicam fenômenos naturais. 
✓ Choveu durante a tarde. 
✓ Nevou à noite. 
✓ Escureceu de repente. 
 
b) Com verbo SER indicando data, hora, distância, aspectos naturais e tempo vago. 
✓ Hoje são 15 de agosto. 
✓ Já são 16h. 
✓ Daqui a minha casa são doze quilômetros. 
✓ Era muito calor naquele verão. 
✓ Era uma vez, uma linda princesa de cachinhos dourados. 
 
c) Com as construções BASTA DE, CHEGA DE, PASSA DE. 
✓ Basta de risos tolos! 
✓ Chega de fingimento! 
✓ Já passa da meia-noite. 
 
d) Com verbo HAVER no sentido de EXISTIR, de OCORRER ou de TEMPO DECORRIDO. 
✓ Haverá muitas aprovações. 
 
 
 
 
 
 
63 
✓ Houve problemas naquele dia por causa da chuva. 
✓ Há dias não a vejo. 
 
e) Com verbo FAZER indicando tempo meteorológico ou cronológico. 
✓ Faz invernos rigorosos na Rússia. 
✓ Faz meses desde sua partida. 
 
PREDICADO 
O predicado é o que se declara a respeito do sujeito. Identificado o sujeito, os de-
mais termos da oração são o predicado. Se o sujeito é indeterminado ou não existe, toda 
a frase é o predicado. 
A seguir, o predicado está destacado em toda as orações. 
✓ O Brasil tem dimensão continental. 
✓ No meu entender, a questão merecia atenção especial. 
✓ Já era madrugada quando começou a nevar. 
✓ Acredita-se em discos voadores em muitas regiões do país. 
 
TIPOS DE PREDICADO 
 
1. Predicado Nominal: apresenta verbo de ligação + predicativo (qualidade/atributo). O 
núcleo do predicado nominal é o predicativo. 
✓ Ele parecia feliz. (predicado: parecia feliz / núcleo: feliz) 
✓ Eles eram muito amáveis e solidários. (predicado: eram muito amáveis e solidá-
rios / núcleos: “amáveis” e “solidários”) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Mesmo com oração sem sujeito, pode haver predicado nominal. 
✓Eram cinco horas da tarde. 
✓ Estava frio. 
 
2. O predicativo (núcleo do predicado nominal) pode ser expresso por locução adjetiva. 
✓ Nossa aliança é de ouro. 
 
3. O predicativo pode ser expresso ainda por pronome, adjetivo, substantivo, numeral e 
verbo. 
✓ Eu não sou você. (pronome) 
✓ Você é diferente. (adjetivo) 
✓ Isto é vida. (substantivo) 
✓ Eles são cinco. (numeral) 
✓ Isso é viver. (verbo) 
 
2. Predicado Verbal: apresenta verbo nocional(verbo de ação: intransitivo, transitivo di-
reto, transitivo indireto, transitivo direto e indireto) sem predicativo. No predicado verbal, 
o núcleo é o verbo. 
✓ Ele adormeceu.(verbo intransitivo) 
✓ Comprei um carro.(verbo transitivo direto) 
✓ Preciso do emprego. (verbo transitivo indireto) 
✓ Devolvi o dinheiro ao dono.(verbo transitivo direto e indireto) 
 
 
 
 
 
 
64 
 
3. Predicado Verbo-Nominal: apresenta verbo nocional(de ação)+ predicativo. Esse pre-
dicativo pode ser do sujeito ou do objeto. No predicado verbo-nominal, há dois núcleos: 
o verbo de ação e o predicativo. 
✓ Ele chegou animado.(verbo intransitivo + predicativo do sujeito) 
✓ Eu considero-as inteligentes. (verbo transitivo direto + predicativo do objeto) 
 
2. INTEGRANTES DA ORAÇÃO 
Os termos integrantes da oração são estes: objeto direto e objeto indireto (com-
plementos verbais), complemento nominal e agente da passiva. Neste bloco, estudare-
mos somente os complementos verbais. 
 
COMPLEMENTOS VERBAIS 
OBJETO DIRETO 
Termo que complementa o sentido de um verbo transitivo direto ou transitivo di-
reto e indireto sem preposição exigida pelo verbo. 
✓ Ele visitou seus familiares. (VTD: visitar / OD: seus familiares) 
✓ Ela ofereceu seu apoio aos manifestantes. (VTDI: oferecer / OD: seu apoio) 
 
OBSERVAÇÃO 
Os pronomes o, a, os,as, me, te, nos, vos podem funcionar sintaticamente como ob-
jetos diretos. 
✓ Eu o aguardo. (VTD: aguardar / OD: o) 
✓ Ele me esperou por muito tempo? (VTD: esperar / OD: me) 
 
 
OBJETO INDIRETO 
Termo que complementa o sentido de um verbo transitivo indireto ou de um 
verbo transitivo direto e indireto. Quando não é representado por pronome oblíquo 
átono, vemacompanhado sempre de uma destas preposições: A, DE, EM PARA, COM, 
POR. 
✓ Necessito de sua ajuda. (OI: de sua ajuda) 
✓ Ela pensava sempre em você. (OI: em você) 
✓ Ela se preocupava com os filhos. (OI: com os filhos) 
 
OBSERVAÇÃO 
1. Os pronomes me, te, nos, vos, lhe e lhes podem funcionar sintaticamente como obje-
tos indiretos. 
✓ Eles sempre me obedeceram. (VTI: obedecer / OI: me) 
✓ Entreguei-lhe flores. (VTDI: entregar / OI: lhe) 
 
2. O pronome oblíquo lhe(s) jamais funciona como objeto direto. 
✓ Eu lhe aguardo. (uso errado do lhe, pois o verbo aguardar é transitivo direto) 
✓ Eu lhe admiro muito. (uso errado do lhe, pois o verbo admirar é transitivo direto) 
 
COMPLEMENTO NOMINAL 
 
 
 
 
 
 
65 
É o termo que completa o sentido de nomes transitivos, que pedem complemento, 
tais como substantivos abstratos, adjetivos e advérbios. O complemento nominal liga-
se a esses nomes por meio de preposição (a, de, em, para, com, por, contra). 
✓ Tenho amor às artes. (complemento nominal: às artes) 
✓ A decisão do diretor foi favorável aos alunos. (complemento nominal: aos alunos) 
✓ Eles estavam longe de casa. (complemento nominal: de casa) 
 
O complemento nominal pode ser expresso por pronome oblíquo. 
✓ Isso lhe será útil. (complemento nominal: lhe) 
✓ A ideia nos pareceu interessante. (complemento nominal: nos) 
 
AGENTE DA PASSIVA 
 É o termo que pratica ação na voz passiva, sobretudo na voz passiva analítica (com 
verbo de ligação + verbo no particípio). É introduzido pelas seguintes preposições: de, 
por, pelo(s), pela(s). 
✓ A casa foi vendida pelo dono. (agente da passiva: pelo dono) 
✓ A rua estava cercada de policiais. (agente da passiva: de policiais) 
 
 OBSERVAÇÃO 
 O agente da passiva, o objeto indireto e o complemento nominal são regidos por 
preposição. Muitas vezes, há dúvidas na diferenciação dos três. Quando isso acontecer, 
basta observar o sujeito da oração. Para ser agente da passiva o sujeito precisa ser paci-
ente. 
✓ O barco foi levado pelas ondas. (agente da passiva) 
✓ Ela sentia-se livre do problema. (complemento nominal) 
✓ Preciso de sua opinião. (objeto indireto) 
 
3. TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO 
Apesar de prescindíveis, são necessários para o entendimento do enunciado por-
que informam alguma característica ou circunstância dos substantivos, pronomes ou 
verbos que os acompanham. 
 
ADJUNTO ADNOMINAL 
 São palavras que acompanham o substantivo (concreto ou abstrato) para carac-
terizá-lo, determiná-lo ou individualizá-lo. O adjunto adnominal pode ser representado 
por diversas classes gramaticais, a saber: adjetivo, artigo, numeral, pronome adjetivo e 
locução adjetiva. 
✓ As casas antigas eram mais trabalhadas. (adjunto adnominal representado por 
→artigo: as / adjetivo: antigas) 
✓ Três convidados não puderam vir. (adjunto adnominal representado por → nume-
ral: três) 
✓ Aquelas alunas eram competentes. (adjunto adnominal representado por →pro-
nome adjetivo: aquelas) 
✓ Suco de maçã é delicioso. (adjunto adnominal representado por →locução adje-
tiva: de maçã) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. O adjunto adnominal pode ser expresso por pronome oblíquo com ideia de posse. 
 
 
 
 
 
 
66 
✓ Levaram-nos o carro. (adjunto adnominal: nos / ideia de posse = o nosso carro) 
✓ Cortaram-me o cabelo. (adjunto adnominal: me / ideia de posse = o meu cabelo) 
 
 2. Cuidado para não confundir adjunto adnominal com complemento nominal. Na dú-
vida, observe o seguinte: 
➢ O complemento nominal é passivo, sofre ação. 
➢ O adjunto adnominal é ativo, indica posse. 
✓ A resposta ao aluno agradou. (complemento nominal: ao aluno / termo passivo) 
✓ A resposta do aluno agradou. (adjunto adnominal: do aluno / termo ativo) 
✓ A reforma da casa foi comemorada. (complemento nominal: da casa / termo 
passivo) 
✓ A reforma do engenheiro foi comemorada. (adjunto adnominal: do engenheiro 
/ termo ativo) 
 
3. O complemento nominal não se liga a substantivo concreto, e sim o adjunto adnomi-
nal. 
✓ porta de vidro (adjunto adnominal) 
✓ relógio de ouro (adjunto adnominal) 
✓ parede de gesso (adjunto adnominal) 
 
 ADJUNTO ADVERBIAL 
É o termo que se refere a verbo, a adjetivo ou a outro advérbio, indicando uma 
circunstância. 
✓ Só obtivemos os gabaritos da prova no dia seguinte. (circunstância de tempo) 
✓ O trânsito está engarrafado no centro da cidade. (circunstância de lugar) 
✓ Comemos bastante no almoço. (circunstância de intensidade) 
✓ Estávamos tremendo de frio. (circunstância de causa) 
✓ Vou sair com você. (circunstância de companhia) 
✓ Com a vassoura, retirou a sujeira da sala. (circunstância de instrumento) 
✓ Certamente chegaremos atrasados. (circunstância de afirmação) 
✓ Estudo para concurso público. (circunstância de finalidade) 
✓ Olhe para cima. (circunstância de direção) 
✓ Para mim, você tem razão. (circunstância de referência) 
✓ Prefiro viajar de carro. (circunstância de meio) 
✓ Conversamos sobre economia. (circunstância de assunto) 
✓ Não farei isso. (circunstância de negação) 
✓ Talvez eu vá. (circunstância de dúvida) 
✓ Sem mim, não irás. (circunstância de condição) 
✓ Apesar disso, tudo acabou bem. (circunstância de concessão) 
✓ Não havia nada entre mim e ela. (circunstância de reciprocidade) 
✓ Além disso, havia outros problemas. (circunstância de adição) 
✓ Você agiu bem. (circunstância de modo) 
 
APOSTO 
 É o termo que tem por objetivo explicar, resumir ou comentar algo sobre outro 
termo da oração. Exemplos: 
✓ Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, recebe muitos turistas. (aposto explicativo) 
✓ Amigos, parentes, vizinhos, todos o ajudaram. (aposto resumidor) 
 
 
 
 
 
 
67 
✓ O padre João é carismático. (aposto especificador) 
✓ Comprei vários objetos: lápis, caneta, borracha, tesoura e régua. (aposto enume-
rativo) 
✓ Machado de Assis e Drummond são grandes nomes da literaturanacional; este 
na poesia e aquele na prosa. (aposto distributivo) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. O aposto pode aparecer anteposto ao termo a que se refere. 
✓ Confiante e atenta, dona Maria sempre ia sozinha receber o dinheiro da sua apo-
sentadoria. 
✓ Bela cidade, Paris é um encanto o ano inteiro. 
 
2. Não confunda aposto especificador com adjunto adnominal. 
➢ O aposto especificador é representado por um nome próprio que especifica o 
nome comum. 
➢ O adjunto adnominal apenas qualifica ou especifica o substantivo. 
✓ cidade de Gramado (aposto especificador) 
✓ clima de Gramado (adjunto adnominal) 
✓ cidade de São Paulo (aposto especificador) 
✓ trânsito de São Paulo (adjunto adnominal) 
 
ORAÇÕES COORDENADAS 
 
A coordenação envolve a relação de independência entre orações. Exemplo: 
➢ Cheguei à empresa, cumprimentei uns colegas de trabalho, dirigi-me à minha 
sala, sentei e comecei a trabalhar. 
No período acima, há cinco orações, todas independentes: 
(1) Cheguei à empresa; 
(2) cumprimentei colegas de trabalho; 
(3) dirigi-me à minha sala; 
(4) sentei; 
(5) e comecei a trabalhar. 
 
Todas as orações do período acima têm estrutura sintática completa. É isso que 
lhes dá a classificação de coordenadas. Embora estejam no mesmo período, não têm 
vinculação de subordinação. 
As orações coordenadas classificam-se de duas maneiras: assindéticas e sindéticas. 
 
ORAÇÕES COORDENADAS ASSINDÉTICAS 
São aquelas em que não há a presença do síndeto (conjunção). Nesse caso, as ora-
ções são justapostas, ligando-se apenas por meio de algum sinal de pontuação. Exem-
plos: 
• Ao rico, não faltes; ao pobre, não prometas. (provérbio popular) 
• Bebeu, cantou, dançou. (Manuel Bandeira) 
• Livre nasci, livre vivo, livre morrerei. (Pietro Aretino) 
 
 
 
 
 
 
68 
Nos exemplos acima, todas as orações são independentes e justapostas. Por essa 
razão, são chamadas de assindéticas. 
OBSERVAÇÃO 
Mesmo com verbo em elipse, supresso, pode haver oração coordenada assindé-
tica. Observe: 
• Eu estava com frio; ela, com calor. 
 
ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
São as orações independentes, ligadas por conjunção ou locução conjuntiva coor-
denativa. Desse modo, a depender do conectivo presente na oração, elas podem ser 
classificadas em cinco grupos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explica-
tivas. 
Assim, fica muito mais fácil reconhecer as orações e classificá-las. 
 
➢ ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADITIVAS 
Exprimem ideia de soma, de adição. São introduzidas por conjunções coordenati-
vas aditivas. Exemplos: 
• O rapaz trabalha e estuda. 
• O rapaz não só trabalha como também estuda. 
• O rapaz não só trabalha mas também estuda. 
• O rapaz tanto trabalha quanto estuda. 
• O rapaz não trabalha nem estuda. 
 
➢ ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ADVERSATIVAS 
Exprimem ideia de oposição. São introduzidas por conjunções coordenativas ad-
versativas. Exemplos: 
• Eles queriam passear, no entanto estava chovendo. 
• Ela não estudou, porém se deu bem nas provas. 
• Ele manteve silêncio; esperava, todavia, uma resposta. 
• Trabalho bastante, não obstante sempre estou sem dinheiro. 
 
➢ ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS ALTERNATIVAS 
Exprimem ideia de alternância, de exclusão. São introduzidas por conjunções coor-
denativas alternativas. Exemplos 
• Estude ou trabalhe. 
• Ora chove, ora faz sol. 
• Faça as pazes com seu irmão, quer queira, quer não queira. 
• Nossa filha mais nova já ri, já chora. 
 
➢ ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS CONCLUSIVAS 
Exprimem ideia de conclusão ou de consequência. São introduzidas por conjun-
ções coordenativas conclusivas. Exemplos: 
• Ela é muito dedicada aos estudos, portanto será aprovada em breve no pró-
ximo concurso. 
 
 
 
 
 
 
69 
• Confio muito em você, por isso lhe emprestarei meu carro. 
• Trabalhei a semana inteira, logo este descanso é merecido. 
 
➢ ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS EXPLICATIVAS 
Exprimem ideia de justificativa ou explicação. São introduzidas por conjunções co-
ordenativas explicativas. Exemplos: 
• Trabalhe duro, que você terá uma vida melhor! 
• Ela parece estar muito feliz, porque esbanja um grande sorriso. 
• Os pais voltaram logo do passeio, pois já estavam com saudade dos filhos. 
ORAÇÃO SUBORDINADAS 
 
1. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
São aquelas que exercem função de adjetivo ou de locução adjetiva. Elas sempre 
se referem a um substantivo ou a um pronome substantivo da oração principal. Quando 
desenvolvidas, são iniciadas por pronomes relativos. 
 Por exemplo: 
➢ Reconheço uma pessoa inteligente de longe. (adjunto adnominal) 
➢ Reconheço uma pessoa que é inteligente de longe. (oração subordinada ad-
jetiva) 
 
Como dito acima, é condição essencial para identificação de uma oração adjetiva 
conhecer os pronomes relativos. Exemplos: 
➢ Tudo quanto ele disse era verdade. (pronome relativo: quanto) 
➢ Já lhe disse o modo como quitarei minha dívida. (pronome relativo: como) 
➢ Chegou o professor com o qual conversei semana passada. (pronome rela-
tivo: o qual) 
➢ A pessoa a quem você procura foi vista ontem. (pronome relativo: quem) 
➢ Já lhe disse o nome da rua onde moro. (pronome relativo: onde) 
➢ A paciente, de cujo problema lhe falei, receberá alta hoje. (pronome relativo: 
cujo) 
➢ O político que age assim merece ter seu mandato cassado. (pronome rela-
tivo: que) 
➢ Esta é a hora quando o sol se põe. (pronome relativo: quando) 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS 
 As orações subordinadas adjetivas podem ser restritivas ou explicativas. 
 
➢ Orações Subordinadas Adjetivas Restritivas → são aquelas que não vêm separa-
das por nenhum sinal de pontuação. Elas exercem a função de limitar, restrin-
gindo o significado do termo a que se referem. Exemplos: 
 
• O brasileiro que não gosta de trabalhar é preguiçoso. 
 
• O indivíduo que é racista deve ser punido na forma da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
70 
• O idoso que é mais frágil fisicamente precisa de cuidados especiais. 
 
• Meu professor que morou em Londres é fluente em inglês. 
 
➢ Orações Subordinadas Adjetivas Explicativas → são aquelas que vêm separadas 
por algum sinal de pontuação (travessão, parênteses, vírgulas). Elas exercem o pa-
pel de explicar, de generalizar, funcionando como uma espécie de aposto da ora-
ção principal. Exemplos: 
 
• O Brasil, que tem a maior parte de seu território no hemisfério sul, tem clima pre-
dominantemente tropical. 
 
• O norte-americano, que nasceu em um país desenvolvido, tende a ter mais proje-
ção de crescimento nas áreas de educação, ciência e tecnologia. 
 
2. ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
Orações subordinadas substantivas são aquelas que exercem as mesmas funções 
que um substantivo exerce em um período, a saber: sujeito, predicativo, objeto direto, 
objeto indireto, complemento nominal e aposto. 
 
Assim, podemos afirmar o seguinte: 
1. Oração Subordinada Substantiva Subjetiva é o sujeito da oração principal; 
2. Oração Subordinada Substantiva Predicativa é o predicativo da oração principal; 
3. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta é o objeto direto da oração prin-
cipal; 
4. Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta é o objeto indireto da oração 
principal; 
5. Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal é o complemento nominal 
da oração principal; 
6. Oração Subordinada Substantiva Apositiva é o aposto da oração principal. 
 
Para exemplificar o que listamos acima, observe os exemplos abaixo: 
 
➢ Todos tinham receio de sua renúncia. (complemento nominal) 
➢ Todos tinham receio de que você renunciasse. (oração subordinada substantiva 
completiva nominal.) 
 
Vale destacar que as orações subordinadas substantivas são iniciadas pelas conjun-
ções integrantes QUE ou SE. 
 
OBSERVAÇÃO 
Uma dica rápida para você saber se a oração subordinada é substantiva ou não: 
basta trocá-la por ISTO ou ISSO. Veja: 
➢ Ele temia que soubessem seu segredo. (Ele temia isto.) 
➢ É essencial que você seja pontual. (É essencial isto.)71 
Desse modo, nota-se que as duas orações destacadas acima, sem dúvida, são subs-
tantivas: a primeira, objetiva direta; a segunda, subjetiva. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS 
1. SUBJETIVAS → exercem função de sujeito da oração principal. Apresentam a seguinte 
estrutura: 
➢ Verbo de Ligação + Substantivo + Oração Subjetiva. 
• É mentira que ele era um homem letrado. 
 
➢ Verbo de Ligação + Advérbio + Oração Subjetiva. 
• Foi assim que ele obteve sua riqueza. 
 
➢ Verbo de Ligação + Adjetivo + Oração Subjetiva. 
• É necessário que ele decida isso logo. 
 
➢ VTD + SE + Oração Subjetiva. 
• Viu-se que ele estava certo. 
• Conta-se que isso era verdade. 
 
 
➢ Verbo de Ligação + Particípio + Oração Subjetiva. 
• Foi confirmado que sua versão dos fatos era verídica. 
• Estava provado que eles eram inocentes. 
 
➢ Verbo Intransitivo + Oração Subjetiva. 
• No livro de ponto, não consta que ele veio trabalhar hoje. 
• Convém que eu estude mais este ano. 
 
OBSERVAÇÃO 
Em alguns casos, pode ocorrer oração subordinada subjetiva com verbos transiti-
vos indiretos. 
• Importa-nos que a empresa tenha lucro. 
 
2. PREDICATIVAS → exercem função de predicativo da oração principal. Apresentam a 
seguinte estrutura: 
➢ Sujeito + Verbo de Ligação + Oração Predicativa. 
• O importante era que estudasses mais. 
• O fato é que ele estava certo. 
 
3. OBJETIVAS DIRETAS → exercem função de objeto direto da oração principal. Apre-
sentam a seguinte estrutura: 
➢ Verbo Transitivo Direto + Oração Objetiva Direta. 
• Quero que você pense nisso. 
• Não sei se eles chegaram cedo ao local de prova. 
 
 
 
 
 
 
72 
OBSERVAÇÃO 
A oração subordinada substantiva objetiva direta também pode aparecer com 
verbo transitivo direto e indireto. 
• Anunciaram aos funcionários que haveria redução de salário. 
• Comunicaram aos alunos que as provas foram adiadas. 
 
4. OBJETIVAS INDIRETAS → exercem função de objeto indireto da oração principal. 
Apresentam a seguinte estrutura: 
➢ Verbo Transitivo Indireto + Oração Objetiva Indireta. 
• Não te esqueças de que me deves uma carona. 
• Lembre-se de que haverá represália. 
 
OBSERVAÇÃO 
A oração subordinada substantiva objetiva indireta também pode aparecer com 
verbo transitivo direto e indireto. 
• Informei-os de que retornarias ainda hoje. 
• Comuniquei o grupo de que isso poderia ocorrer. 
 
5. COMPLETIVAS NOMINAIS → exercem função de complemento nominal da oração 
principal. Apresentam a seguinte estrutura: 
➢ Nome Transitivo + Oração Completiva Nominal. 
• Todos tinham certeza de que ela seria aprovada. 
• Tenho consciência de que fiz a coisa certa. 
• Estou certo de que vencerás mais essa batalha. 
 
OBSERVAÇÃO 
 Com orações subordinadas substantivas completivas nominais, a substituição da 
conjunção integrante QUE por SE dispensa a preposição. 
• Não estava confiante de que ele venceria a corrida. 
• Não estava confiante se que ele venceria a corrida. 
 
6. APOSITIVAS → exercem função de aposto da oração principal. Podem vir depois de 
dois-pontos ou entre vírgulas. 
• Alimento o seguinte sonho: que você seja aprovado este ano. 
• Meu sonho, que você seja provado este ano, irá realizar-se. 
 
3. ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
Orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem função de adjunto ad-
verbial em relação à oração principal. 
➢ Se desejas a paz, não provoques a guerra. (adjunto adverbial oracional de 
condição) 
➢ Ele não a fez desistir daquela ideia, por mais que tentasse. (adjunto adver-
bial oracional de concessão) 
 
 
 
 
 
 
 
73 
Quando as orações subordinadas adverbiais estão desenvolvidas, elas são inicia-
das por conjunções ou por locuções subordinativas adverbiais, como vimos nos exem-
plos anteriores. 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS 
As orações subordinadas adverbiais são classificadas de acordo com a conjunção 
ou a locução conjuntiva que as introduz. Outro detalhe é que elas podem vir em qual-
quer posição na frase. Desse modo, elas podem ser: 
 
1. CAUSAIS → expressam ideia de causa. 
• Como a conheço pouco, prefiro não opinar sobre ela. 
• Ela passou no concurso, visto que estudou bastante. 
 
Principais Conjunções: porque, já que, visto que, uma vez que, como, porquanto, 
na medida em que. 
 
2. COMPARATIVAS → expressam ideia de comparação. 
• Lute como um leão. 
• Ele, assim como os irmãos, é muito inteligente. 
 
3. CONCESSIVAS → expressam ideia de concessão. 
• Mesmo que ele esteja errado, não gosta de se contrariado. 
• Ele estudou muito hoje, embora fosse feriado. 
 
Principais Conjunções: embora, mesmo que, ainda que, por mais que, conquanto, 
posto que. 
OBSERVAÇÃO 
✓ Treinou duro, não obstante estivesse exausto. 
(Oração subordinada adverbial concessiva) 
 
✓ Ele nunca apostou nela, não obstante sabia da competência da menininha. 
(Oração coordenada sindética adversativa) 
 
4. CONDICIONAIS → expressam ideia de condição. 
• Basta me telefonar, se quiser falar comigo. 
• Contanto que se esforce, alcançará seus objetivos. 
 
Principais Conjunções: se, caso, desde que, contanto que, a menos que, a não ser 
que, sem que. 
 
OBSERVAÇÃO 
✓ Uma vez que estude, passará. (oração subordinada adverbial condicional) 
✓ Uma vez que estudou, passou. (oração subordinada adverbial causal) 
 
 
 
 
 
 
 
74 
 
5. CONFORMATIVAS → expressam ideia de conformidade. 
• Fizemos tudo como o manual determinava. 
• Segundo contam as testemunhas, ele sempre agiu assim. 
 
Principais Conjunções: como, conforme, segundo, consoante. 
 
6. CONSECUTIVAS → expressam ideia de consequência. 
• Estudei tanto que passei. 
• O sítio estava tão caro que desisti da compra. 
 
7. FINAIS → expressam ideia de finalidade. 
• Para que você possa viver melhor, aprenda a refrear sua língua. 
• Economize bastante dinheiro, de modo que não lhe falte em tempos de crise. 
 
 
8. PROPORCIONAIS → expressam ideia de proporção. 
• Ao passo que vivemos, amadurecemos. 
• Somos mais seletivos com quem gastamos nosso tempo, à proporção que enve-
lhecemos. 
 
OBSERVAÇÃO 
✓ À medida que envelhecemos, amadurecemos. (oração subordinada adverbial 
proporcional) 
✓ Na medida em que era cuidadoso com suas finanças, não tinha dívidas. (oração 
subordinada adverbial causal) 
 
9. TEMPORAIS → expressam ideia de tempo. 
• Quando acordei, eles não estavam mais lá. 
• Mal cheguei, fui abordado pelo supervisor. 
 
OBSERVAÇÃO 
✓ Desde que chegou, não parou de escrever. (oração subordinada adverbial tempo-
ral) 
✓ Desde que estude, passará. (oração subordinada adverbial condicional) 
 
PONTUAÇÃO 
 
USO DA VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES 
➢ Para separar o nome de um autor da obra produzida por ele: 
• Em “O Quinze”, de Rachel de Queiroz, a seca nordestina é um dos temas 
principais. 
➢ Para separar adjunto adverbial deslocado: 
 
 
 
 
 
 
75 
• Naquele ano de 1897, a tropa não teve mais regalias. 
• A tropa, naquele ano de 1897, não teve mais regalias. 
 
➢ Para separar vocativo: 
• Garota, precisamos conversar. 
• Precisamos conversar, garota! 
 
➢ Para separar aposto explicativo: 
• Dona Leonora, mulher de garra e firmeza, criou sozinha os dez filhos. 
• Fortaleza, terra do sol, recebe muitos turistas. 
 
➢ Para separar expressões adverbiais repetidas com valor superlativo: 
• Logo, logo você será aprovado! 
 
➢ Para separar termos de mesmo valor sintático: 
• Ela é inteligente, meiga, culta e generosa. 
• França, Inglaterra, Espanha e Bélgica aderiram ao acordo. 
 
➢ Para separar termos repetidos: 
• Amigos, amigos, amigos! Quão poucos amigos existem! 
 
➢ Para separar o termo vice-versa: 
• O rei desconfiava de seus ministros, e vice-versa. 
 
➢ Para separar termos intercalados: 
• Ela prestou, aliás, um grande serviço a seu país. 
➢ Para separar complemento verbal anteposto ao verbo (com objeto pleonástico): 
• Aquele livro, já o li mais de uma vez. 
• Aos alunos, o coordenador entregou-lhes as provas. 
 
➢ Paraseparar SIM e NÃO em respostas iniciando oração: 
• Sim, farei o que for preciso para resolver isso. 
• Não, sinto muito. 
 
➢ Antes de “e sim” e “e não”: 
• Ela não foi aprovada para a PF, e sim para a PRF. 
 
➢ Para separar, em correspondências, nome de lugar da data: 
• Fortaleza, 23 de agosto de 2022. 
 
 
 
 
 
 
 
76 
➢ Para separar termos a que se quer dar ênfase ligados por E: 
• Faça o que deve ser feito, e logo! 
 
NÃO HÁ VÍRGULA NO PERÍODO SIMPLES 
➢ Entre o sujeito e o predicado: 
• Todos os médicos da Santa Casa da capital e do interior do estado reivindi-
cavam melhores salários durante a paralisação daquele ano. 
 
➢ Entre verbos transitivos e seus complementos: 
• Entregaram o carro à locadora em tempo hábil. 
 
➢ Entre nomes e seus complementos nominais: 
• A reforma da casa foi concluída. 
• A sentença foi favorável ao réu. 
• Eles estavam longe de casa. 
 
➢ Entre nomes e adjuntos adnominais: 
• Todas as questões sociais do estado lhe diziam respeito. 
 
➢ Entre nomes ou termos coordenados por conjunção aditiva ou alternativa: 
• O ministro e o assessor dele não encontraram erro no relatório da promoto-
ria. 
• A vida ou a morte sempre era sua escolha de cada dia. 
 
USO DA VÍRGULA NO PERÍODO COMPOSTO 
➢ Para separar orações coordenadas assindéticas. Exemplos: 
• O professor chegou, cumprimentou os alunos, colocou sua pasta sobre a 
mesa, pegou os pincéis e começou a escrever. 
• O atleta acordava cedo, tomava uns complexos vitamínicos, preparava sua 
roupa de treino, fazia suas preces e começava sua rotina diária. 
 
➢ Para separar orações coordenadas sindéticas adversativas. Exemplos: 
 
• Não tenha pressa, mas não se atrase. 
• Não compareceu à festa de formatura, porém justificou sua ausência. 
 
➢ Para separar orações coordenadas sindéticas conclusivas. Exemplos: 
 
• Fiz boa prova, logo espero ser aprovado. 
• Acredito em você, portanto pode contar comigo. 
 
➢ Para separar orações coordenadas sindéticas explicativas. Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
77 
 
• Eles ficaram noivos, porque estão muito felizes. 
• Venha aqui, pois preciso confidenciar-lhe algo. 
 
OBSERVAÇÃO 
Com relação à vírgula antes do conectivo E, ocorrem as seguintes situações: 
 
» É obrigatória quando tem valor adversativo. Exemplo: 
✓ Eles saíram, e ainda não voltaram. (e = mas) 
 
» É obrigatória quando tem valor conclusivo. Exemplo: 
✓ Eles estudaram muito, e foram aprovados. (e = por isso) 
 
»É obrigatória quando integra oração com valor enfático. Exemplo: 
✓ Ele disse, e repetiu, todas aquelas acusações. 
 
» É facultativa se liga orações com sujeito diferente. Exemplo: 
✓ Ele a convidou para sair, e ela aceitou o convite. 
✓ Ele a convidou para sair e ela aceitou o convite. 
 
➢ Para separar oração subordinada adjetiva explicativa. Exemplo: 
• Meu avô paterno, que é engenheiro, trabalhou na construção de Brasília. 
• A Amazônia, que tem sua maior extensão no território brasileiro, jamais 
será entregue a especuladores do capitalismo global. 
 
➢ Para separar oração subordinada substantiva apositiva. Exemplo: 
• O sonho dos meus pais, que eu seja a provado, será realizado este ano. 
 
➢ Para separar oração subordinada adverbial que vem antes da principal. Exemplos: 
• Como não sabia o endereço, não conseguiu chegar ao destino. 
• Embora estivesse cansado, prosseguiu na rotina de estudos. 
 
OBSERVAÇÃO 
Se a oração subordinada adverbial encerra o período, a vírgula é facultativa. Exem-
plo: 
✓ Estudava muito, a fim de que fosse aprovado em primeiro lugar. 
✓ Estudava muito a fim de que fosse aprovado em primeiro lugar. 
 
➢ Para separar oração subordinada adverbial interposta. Exemplos: 
• É fato que, à medida que vivemos, amadurecemos. 
• Minha mãe, quando insiste numa coisa, não desiste. 
 
➢ Para separar termo intercalado. Exemplo: 
• Ele almeja, com isso, que os resultados sejam positivos. 
• Eles desejavam, portanto, que tudo lhes corresse bem. 
 
 
 
 
 
 
 
78 
➢ Para separar oração intercalada. Exemplo: 
• Seu mandato, diziam os políticos de oposição, deve ser cassado. 
• Minha dedicação ao trabalho, comentavam todos, era ímpar. 
 
➢ Para indicar elipse verbal. Exemplo: 
• Adoro o verão; ela, o inverno. 
• Prefiro sair aos finais de semana; ela, ficar em casa. 
 
➢ Para separar termos corretivos ou explicativos. Exemplos: 
• Ele não mentiu, ou seja, foi honesto em cada palavra que disse. 
• Ela comeu, ou melhor, devorou o almoço. 
• Nosso prefeito sempre cumpre o que promete, isto é, faz uma política como 
deve ser. 
➢ Para separar oração iniciada pelo advérbio NÃO com conjunção adversativa su-
bentendida. Exemplo: 
• É necessário investir na saúde e na educação, não usar o erário irresponsa-
velmente. 
 
➢ Para separar termos ligados por conjunções repetidas. Exemplos: 
• Não trabalhava, nem estudava, nem saía de casa, nem se divertia, nem se 
preocupava com isso. 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
 
CONCORDÂNCIA NOMINAL 
A concordância nominal ocupa-se da relação entre nomes. Exemplos: 
✓ Aquela aluna estudiosa passará no concurso. 
✓ Aquelas alunas estudiosas passarão no concurso. 
✓ Aquele aluno estudioso passará no concurso. 
✓ Aqueles alunos estudiosos passarão no concurso. 
 
Casos especiais de concordância nominal 
1. Junto / Anexo / Incluso 
Concordam com o nome a que se referem. 
✓ Os garotos caminhavam juntos. 
✓ Juntas, elas seguiam pela calçada. 
✓ A carta segue anexa. 
✓ Os recibos seguem anexos. 
✓ As contas de luz seguem inclusas. 
✓ Vão todos os documentos inclusos. 
 
Obs.: A expressão “em anexo” é invariável. 
✓ Seguem, em anexo, as cartas. 
2. Pseudo / Menos / Alerta 
São invariáveis. 
✓ Eram pseudoamigos. 
 
 
 
 
 
 
79 
✓ Quero menos conversa e mais ação. 
✓ Os vigias sempre devem estar alerta. 
 
3. Obrigado / Agradecido / Grato 
Concordam com o nome a que se referem. 
✓ A garota, satisfeita com o presente, disse: muito obrigada. 
✓ Quando o rapaz chegou a casa e viu o que ganhara do pai, disse: obrigado. 
✓ Estou muito agradecido, disse o rapaz. 
✓ Depois de receber o presente do pai, a garota disse que estava muito agradecida. 
✓ Somos gratos a você, disseram os alunos. 
✓ As alunas disseram ao professor que estavam gratas. 
 
4. Mesmo / Próprio 
Concordam com o nome a que se referem. 
✓ Ela mesma fez o trabalho. 
✓ O professor mesmo disse isso. 
✓ Elas próprias estiveram aqui. 
✓ Ele próprio resolveu o problema. 
Obs.: Mesmo = certamente ou inclusive → invariável. 
✓ As professoras viajarão mesmo para o exterior. 
✓ Mesmo a professora não conseguiu resolver a questão. 
 
5. Leso /Quite 
Concordam com o nome a que se referem. 
✓ Aquele foi um crime leso-patriotismo / lesa-pátria. 
✓ Estás quite com o serviço militar? 
✓ Estamos quites com o serviço militar. 
 
6. Bastante 
Variável = suficientes, muitos ou muitas 
Invariável = muito 
✓ Suas notas foram bastantes para sua aprovação. 
✓ Comprei bastantes livros ontem. 
✓ Conheço bastantes cidades europeias. 
✓ Nossos alunos passarão porque estudam bastante. 
7. Meio 
Variável (substantivo, adjetivo, numeral) 
Invariável (advérbio = um tanto, um pouco) 
✓ Você acha que os fins justificam os meios? 
✓ Acredite nisto: não sou uma pessoa de meias palavras. 
✓ Não acredito que comeu meia melancia. 
✓ A atleta disse que estava meio cansada naquela manhã. 
 
8. Caro /Barato 
 
 
 
 
 
 
80 
Variáveis = quando usados como modificadores de substantivos ou com verbo de liga-
ção. 
✓ Gosto de usar roupas caras / baratas. 
✓ Sempre usou sapatos caros / baratos. 
Invariáveis = quando modificam verbo, principalmente o custar. 
✓ Essas roupas custaram caro / barato. 
9. Particípio 
Só não varia quando acompanhado dos auxiliares Ter ou Haver. 
✓ Encerradas as aulas, todos saíram. 
✓ Terminados os exames, os alunos saíram. 
✓ O professor tinha explicado os conteúdos à turma. 
10. Todo 
Varia sempre, ainda que seja advérbio. 
✓ O prédio foi todo reformado. 
✓ A casa foi toda reformada. 
Todo(a) = qualquer . 
✓ Todo estado brasileiro elegeudo ministro foi muito comemorada. 
✓ Conheço a filha do gerente que viajou. 
 
ANOTAÇÕES: 
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
4 
TIPOLOGIAS TEXTUAIS 
 
TIPOLOGIAS TEXTUAIS 
 
Principais Tipologias Textuais: 
I. Narração 
II. Descrição 
III. Dissertação 
IV. Injunção 
 
I. NARRAÇÃO 
 O texto narrativo tem o objetivo principal de contar um fato ou de relatar fatos 
ocorridos ou imaginados. Além disso, num tempo e espaços determinados pelo narra-
dor, a história pressupõe a finalidade de divertir ou de ensinar, embora assuma o fictício, 
tendo como ponto de partida o mundo real. Em qualquer narração, o mundo é artisti-
camente real. 
 
Tragédia brasileira 
Misael, Funcionário da Fazenda, com sessenta e três anos de idade. Conheceu Ma-
ria Elvira na Lapa – prostituída, com sífilis, dermite nos dedos, uma aliança empenhada 
e os dentes em petição de miséria. 
 Misael tirou a Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou me-
dico, dentista, manicura... Dava tudo quanto ela queria. 
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado. 
 Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um tiro, uma facada. Não fez 
nada disso: mudou de casa. 
Viveram três anos assim. Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael 
mudava de casa. 
 Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria, Ra-
mos, Bom Sucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua Clapp, 
outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato, Inválidos... Por 
fim na rua da Constituição, onde Misael, privado de sentidos e de inteligência, matou-a 
com seis tiros, e a policia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal, vestida de organdi 
azul. 
(BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. 4ª ed. Rio de Janeiro, J. Olympio. 1973. pp. 
146-7) 
 
Pertencem ao gênero narrativo: conto, novela, romance, crônica, fábula, apólogo, pará-
bola, depoimento, relato, história em quadrinhos, tirinhas, charge... 
 
II. DESCRIÇÃO 
O que é descrever? 
➢ é caracterizar detalhadamente seres, objetos, acontecimentos, cenários, lugares, 
situações; 
➢ é construir imagens, utilizando linguagem verbal, daquilo que pode ser visto, sen-
tido ou imaginado; 
➢ é fazer um “retrato verbal” do mundo físico, psicológico ou imaginário. 
 
 
 
 
 
 
5 
Este foi meu primeiro brinquedo que ganhei na infância: uma lancha. Ela era 
branca, movida à pilha. Havia um pequeno motor atrás e duas hélices. Media aproxi-
madamente vinte centímetros e pesava quase meio quilo. Na parte dianteira, encon-
travam-se dois faróis e um mastro, no qual havia a bandeira brasileira. Tinha um piloto 
que usava roupas pretas e um colete vermelho. Ele ficava na parte lateral do brin-
quedo, sempre com as mãos no volante. 
Muitas vezes, o texto descritivo serve como enriquecimento do texto narra-
tivo. 
Daí a pouco, em volta das bicas era um zunzum crescente, uma aglomeração 
tumultuosa de machos e fêmeas. Uns, após outros, lavavam a cara, incomodamente, 
debaixo do fio de água que escorria da altura de uns cinco palmos. O chão inundava-
se. As mulheres precisavam já prender as saias entre as coxas para não as molhar; via-
se-lhes a tostada nudez dos braços e do pescoço, que elas despiam, suspendendo o 
cabelo todo para o alto do casco; os homens, esses não se preocupavam em não mo-
lhar o pelo, ao contrário metiam a cabeça bem debaixo da água e esfregavam com 
força as ventas e as barbas, fossando e fungando contra as palmas das mãos. As por-
tas das latrinas não descansavam, era um subir e fechar a cada instante, um entrar e 
sair sem tréguas. Não se demoravam lá dentro e vinham ainda amarrando as calças 
ou as saias; as crianças não se davam ao trabalho de lá ir, despachavam-se ali mesmo 
no capinzal dos fundos, por trás da estalagem ou no recanto das hortas. 
(Aluízio Azevedo. O cortiço.) 
 
Textos descritivos também são encontrados em verbetes e em textos poéticos. 
 
Texto 1 
“... o estresse representa um sinal de que estamos saudáveis. (...) é uma carga de ansie-
dade que todos recebemos para evoluir na vida.” (WESTPHAL, Cristina. Superinteres-
sante.) 
 
Texto 2 
Eu, filho do carbono e do amoníaco / Monstro de escuridão e rutilância / Sofro, desde a 
epigênesis da infância / A influência má dos signos do zodíaco. (Augusto dos Anjos. Psi-
cologia de um vencido.) 
 
III. DISSERTAÇÃO 
A dissertação é uma exposição, uma discussão ou uma interpretação de uma de-
terminada ideia. Pressupõe um exame crítico do assunto, lógica, raciocínio, clareza, co-
erência, objetividade na exposição, um planejamento de trabalho e uma habilidade de 
expressão. 
 
Dissertação expositiva – é a simples apresentação por alguém de um saber próprio ou 
de uma opinião, sem a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da men-
sagem. 
 As bactérias são seres unicelulares e estão entre os menores organismos conhe-
cidos. Podem viver isolados ou formar colônias e são encontradas em praticamente 
todos os lugares do planeta, incluindo o corpo de humanos e animais. Estes pequenos 
seres podem viver na presença de oxigênio (aeróbias), na ausência de ar (anaeróbias) 
ou, ainda, serem facultativas e viverem em ambientes com ou sem ar. 
 
 
 
 
 
 
6 
(Fonte: https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/tudo-sobre-bacterias/) 
 
Dissertação argumentativa – é a apresentação por alguém de um saber próprio ou de 
uma opinião, com a intenção de influenciar e formar a opinião do receptor da mensa-
gem. 
Há diferença entre preconceito e discriminação? Indubitavelmente, sim. O pre-
conceito é uma opinião feita de forma superficial em relação a determinada pessoa 
ou grupo, que não é baseada em uma experiência real ou na razão. A discriminação, 
por sua vez, refere-se ao tratamento injusto ou negativo de uma pessoa ou grupo, por 
ela pertencer a certo grupo (como etnia, idade ou gênero). É o preconceito em forma 
de ação. (Juliana Bezerra. Adaptado.) 
 
CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS DA TIPOLOGIA DISSERTATIVA 
1. Trabalha com ideias, por isso é temático, e não figurativo; 
2. A função da linguagem predominante é a referencial (informação); 
3. Texto construído para tecer comentários gerais sobre um dado assunto. 
4. Apresenta uma construção ideológica gradativa. 
 
São gêneros da dissertação: 
✓ Textos Expositivos: nota de enciclopédia, verbete, prefácio, texto científico, etc. 
✓ Textos Argumentativos: artigo de opinião, editorial, resenha, parecer crítico, crô-
nica argumentativa, carta argumentativa... 
 
IV. INJUNÇÃO 
• Textos Instrucionais: manual de instruções; códigos de conduta; receitas de bolo... 
• Textos Prescritivos: bula de um remédio; receita médica; exigências de um edital... 
 
V. CONVERSACIONAIS ou DIALOGAIS 
• carta, tirinha, charge, entrevista, roteiro de cinema, peça de teatro... 
 
VI. POÉTICO 
• soneto, ode, haicai, redondilha... 
 
VII. DIGITAIS 
• blog, chat, e-mail, fórum... 
 
VIII. JORNALÍSTICOS 
• crônica, artigo de opinião, editorial, notícia, reportagem, entrevista e carta de lei-
tor. 
 
IX. PUBLICITÁRIOS 
• anúncio, campanha, classificados, panfleto, cartaz... 
 
 
 
 
 
https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/tudo-sobre-bacterias/
 
 
 
 
 
 
7 
FONOLOGIA 
 
Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da língua produzidos pelo ser 
humano. Assim, nesta aula, estudaremos o fonema, unidade acústica que nos permite 
formar sílabas e palavras e distinguir significados. 
FONEMA E LETRA 
a) FONEMA: menor unidade sonora capazgovernante. 
Todo(a) o (a) = inteiro. 
✓ Todo o país foi às urnas eleger seus representantes políticos. 
Obs.: No plural só não acompanha os, as, quando seguido de alguns pronomes. 
✓ Todos os dias, lembro-me de você. 
✓ Todos aqueles momentos que passamos juntos foram inesquecíveis. 
11. Substantivo usado como adjetivo 
É invariável. 
✓ Ela gostava muito de blusas vinho. 
✓ Só usava sapatos cinza. 
12. Adjetivo composto 
Se os elementos da palavra composta são adjetivos, varia apenas o último. 
✓ Seus olhos eram verde-claros. 
✓ Eram lentes côncavo-convexas. 
 
Se um dos elementos da palavra composta for substantivo, o composto é invariável. 
✓ Os olhos dela eram verde-mar. 
 
Ambos os elementos de “surdo-mudo” variam. 
✓ Eram garotos surdos-mudos. 
✓ Eram garotas surdas-mudas. 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÃO 
Os adjetivos azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são invariáveis. 
 
 
 
 
 
 
81 
13. Adjetivo seguido de vários substantivos 
Geralmente, concorda com o substantivo mais próximo. 
✓ Esta é uma má hora e lugar para falar disso. 
✓ Escolhi mau lugar e hora para falar desse assunto. 
 
Se for predicativo, concorda com o núcleo mais próximo ou vai para o plural. 
✓ Sempre julguei esforçada/esforçados a garota e o namorado. 
 
 
 
 
 
 
Se os substantivos indicarem parentesco ou forem nomes próprios, o plural do adjetivo 
é obrigatório. 
✓ Os inteligentes Maria e José passaram no difícil concurso de que participaram. 
✓ Os amoráveis avô e avó adoravam passas as férias com seus netos. 
 
14. Adjetivo precedido de vários substantivos 
Concorda com o substantivo mais próximo ou vai para o plural. 
✓ Comprei uva e maçã nacional/nacionais. 
 
Vai para o plural se os substantivos são antônimos. 
✓ Ontem, na serra gaúcha, houve dia e noite muito frios. 
 
 
 
 
 
 
Se o adjetivo for predicativo, o plural é obrigatório. 
✓ O aluno e a aluna eram esforçados. 
O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo quando só a ele pode se referir. 
✓ Comprei no supermercado carne fresca e bananas bastante maduras. 
15. Só 
É variável quando é adjetivo; equivale a sozinho. 
✓ Os garotos ficaram sós (sozinhos) em casa. 
 
É invariável quando é advérbio; equivale a somente. 
✓ Os pais viajaram, e só (somente) os filhos ficaram em casa. 
Observação: A expressão “a sós” é invariável. 
 
16. TAL QUAL 
OBSERVAÇÃO 
Quando os substantivos são de gêneros diferentes, o plural do adjetivo é usado no 
masculino. 
OBSERVAÇÃO 
Se os substantivos são considerados sinônimos, o adjetivo concorda com o núcleo 
mais próximo. 
 
 
 
 
 
 
82 
Tal concorda com o termo anterior e Qual com o substantivo posterior. 
✓ Ele era tal qual o pai. 
✓ Eles eram tais quais os pais. 
✓ Eles eram tais qual o pai. 
✓ Ele era tal quais os pais. 
17. É necessário - É proibido - É permitido - É bom 
O Adjetivo (predicativo) varia somente quando se refere um substantivo feminino de-
terminado. 
✓ É permitido entrada de visitantes. 
✓ É permitida a entrada de visitantes. 
CONCORDÂNCIA VERBAL 
 
Regra Geral 
O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa. Exemplos: 
✓ O professor resolveu o problema 
✓ Tu decidiste partir. 
✓ Nós saímos cedo. 
✓ Eles foram a Paris. 
 
Regras Especiais 
 
1. Sujeito representado por pronomes interrogativos ou indefinidos seguidos de pro-
nomes pessoais: 
a) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no singular, o verbo não se 
flexiona. 
Qual de nós passará nesse concurso? 
 Algum de nós passará em tal concurso? 
 
b) Se os pronomes indefinidos ou interrogativos estiverem no plural, o verbo concordará 
com eles ou com o pronome pessoal. Exemplos: 
 Alguns de nós farão/faremos a prova. 
 Quais de nós terão/teremos êxito no exame? 
 
2. Sujeito representado pelos pronomes relativos QUE e QUEM 
a) Com o relativo QUE, o verbo concorda com o termo antecedente. 
Ex – Fui eu que refiz o percurso. 
 Fomos nós que saímos cedo. 
 
b) Com o pronome relativo QUEM, o verbo fica na terceira pessoa do singular (concorda 
com ele) ou concorda com o termo antecedente. 
 Fui eu quem fiz/fez o exame. 
 Foste tu quem me procurou/ procuraste no clube? 
 
3. Sujeito representado por pronome de tratamento: o verbo concordará com o nú-
mero do pronome. 
Vossa senhoria está bem? 
Vossas senhorias precisam de algo? 
 
 
 
 
 
 
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4. Sujeito representado por expressões partitivas. 
a) O verbo concorda com tal expressão. 
Boa parte do grupo compareceu à reunião. 
Grande parte do grupo estava na reunião. 
 
b) O verbo poderá ir para o plural ou ficar no singular, se a expressão vier seguida de 
nome no plural. 
Boa parte dos alunos saiu/saíram cedo. 
 
5. Verbos FAZER e HAVER como impessoais: 
a) O verbo FAZER, quando indica tempo cronológico ou meteorológico, fica na terceira 
pessoa do singular. 
 Faz cinco anos que não te vejo. 
 Faz rigorosos invernos no Sul. 
 
Obs: Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. 
Vai fazer dez anos que não a vejo. 
Pode fazer invernos rigorosos próximo ano no Brasil. 
 
b) Verbo HAVER com sentido de existir, ocorrer e acontecer ou indicando tempo pas-
sado fica na terceira pessoa do singular. 
 Havia pobres e ricos na cerimônia. 
 Haverá sempre problemas sem solução. 
 
Obs: Em locuções verbais, o verbo auxiliar não terá plural. Exemplos: 
 Deve haver pessoas honestas trabalhando no caso. 
 Poderá haver muitas vantagens na aquisição desse imóvel. 
 
6. Verbos ACONTECER, EXISTIR e OCORRER: 
a) Tais verbos são intransitivos e concordam com os seus sujeitos, os quais geralmente 
vêm pospostos a eles. 
 Aconteceram cenas inusitadas durante o evento. 
 Ocorreram fatos desagradáveis. 
 
b) Se vierem em locução verbal, a locução será flexionada, se o sujeito for plural: 
 Devem existir sérios motivos para sua ausência. 
 Podem ocorrer acidentes durante o ensaio. 
 
7. “MAIS DE” – O VERBO CONCORDA COM O SUBSTANTIVO 
 Mais de um aluno chegou. 
 Mais de dez alunos foram bem classificados. 
 
8. “UM DOS QUE” – VERBO NO SINGULAR OU NO PLURAL 
 Ele foi um dos que passou no exame. 
 Ela foi uma das que passaram no exame. 
 
9. Sujeito composto seguido de aposto resumidor: 
 
 
 
 
 
 
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O verbo concordará com a palavra resumidora. 
 Dinheiro, fama, prazeres, mulheres, nada o alegrava. 
 Vizinhos, colegas, parentes, todos o ajudaram. 
 
10. Sujeito representado por coletivo: 
a) O verbo vai para a terceira pessoa do singular ou do plural conforme o número do 
coletivo. 
 O pelotão marchava cadenciadamente. 
 Os pelotões marchavam cadenciadamente. 
 
b) Caso o coletivo venha seguido de nome no plural, o verbo concordará com este ou 
com aquele: 
 Uma multidão de desabrigados cobrava/cobravam soluções ao governo. 
 
11. Nomes só usados no plural: 
a) Se o nome não vier precedido de artigo, o verbo ficará para o plural: 
Estados Unidos domina o mercado financeiro internacional. 
 
b) Se o nome vier procedido de artigo, o verbo irá para o plural: 
Os Estados Unidos dominam o mercado financeiro internacional. 
 
12. Verbo “SER” 
a) Se o sujeito representa quantidade, o predicativo e o verbo ficam no singular, ou am-
bos se flexionam: 
✓ Dez mil reais é suficiente. 
✓ Dez mil reais são suficientes. 
 
b) O verbo concorda com expressões que indicam hora, data e distância: 
✓ Já são 9h30min. 
✓ Hoje são 14 de janeiro. 
✓ Da minha casa ao colégio são 2km. 
 
c) Quando o sujeito e o predicativo não representam pessoa, o verbo concorda com um 
ou com o outro indiferentemente: 
✓ Aquilo é ou eram mentiras dela. 
✓ A vida será ou serão estas ilusões? 
 
d) Se o sujeito ou o predicativo representar pessoa, o verbo concordará com o termo em 
que há pessoa: 
✓ Os homens são pó. 
✓ Aquela criança adotada era os sonhos dos pais. 
 
e) Se o sujeito ou o predicativo é representado por pronome pessoal do caso reto, a con-cordância será com tal pronome: 
✓ O engenheiro és tu. 
✓ A pátria somos nós. 
 
 
 
 
 
 
 
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f) Se houver pronome pessoal do caso reto no sujeito e no predicativo, a concordância 
será com o pronome que vem antes do verbo: 
✓ Tu não és ele. 
✓ Ele não é eu. 
 
13. Sujeito composto anteposto ao verbo 
A) O verbo irá para o plural: 
✓ Pedro e João fizeram os exercícios. 
 
B) O verbo admite o singular se os núcleos forem sinônimos, vierem em gradação ou se 
forem verbos no infinitivo: 
✓ A paz e a harmonia constituía(m) seu viver. 
✓ Uma alegria, uma satisfação enorme, uma felicidade intensa o dominava(m). 
✓ Caminhar e nadar faz(em) bem à saúde. 
 
C) Se os verbos no infinitivo forem antônimos, o plural é obrigatório: 
✓ Na vida, rir e chorar se alternam. 
 
 
14. Sujeito composto posposto ao verbo 
O verbo vai para o plural ou concorda com o núcleo mais próximo: 
✓ Voa(m), sem que percebamos, a vida e os anos. 
✓ Voam, sem que percebamos, os anos e a vida. 
 
15. Verbo PARECER + INFINITIVO 
A) Concorda com o sujeito se a expressão constituir locução: 
✓ As estrelas parecem brilhar. 
 
B) Haverá duas orações, se não constituir locução verbal. Nesse caso, o verbo “parecer” 
fica no singular, e o infinitivo pode ir para o plural, dependendo do seu sujeito: 
✓ Parece brilharem as estrelas (ou: Parece que as estrelas brilham) 
 
16. Verbos DAR, BATER e SOAR, indicando horas. 
Concordam com o sujeito expresso na frase: 
✓ Deram/Bateram/Soaram 10h os sinos da catedral. 
✓ Deu/Bateu/Soou uma hora nos sinos da catedral. 
 
17. Verbo com índice de indeterminação do sujeito e com partícula apassivadora: 
a) Com SE índice de indeterminação do sujeito, o verbo fica sempre em terceira pessoa 
do singular: 
✓ Precisa-se de funcionários. 
✓ Não se obedecia às leis naquela região. 
 
b) Com SE partícula apassivadora, o verbo concorda com o sujeito: 
✓ Aluga-se carro. 
✓ Alugam-se carros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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18. Termos ligados pela preposição COM 
✓ O pai como filho pintaram a casa. 
✓ O pai, com o filho, pintou a casa. 
✓ O pai pintou a casa com o filho. 
 
 
19. Sujeito representado por pronomes pessoais: 
a) Se, entre os elementos, houver o pronome EU, o verbo irá para a primeira pessoa do 
plural. 
✓ Ele, tu e eu sairemos hoje. 
✓ Pedro, Lucas e eu iremos ao cinema. 
 
b) Se a segunda e a terceira pessoa formarem o sujeito, o verbo irá para o plural em 
segunda ou terceira pessoa: 
✓ Tu e ele saireis/sairão hoje? 
✓ Tu e ele ireis/irão ao cinema? 
 
c) O verbo concordará com o elemento mais próximo ou com quem tem primazia, se o 
sujeito for posposto: 
✓ Saireis/saíram/sairás tu e ele hoje? 
✓ Sairemos/Sairei eu, tu e ela hoje? 
 
20. Núcleos do sujeito ligados pela conjunção “OU”: 
a) O verbo concorda com o elemento mais próximo quando não indica inclusão: 
✓ Maria ou Paula será escolhida secretária. 
✓ Os trabalhadores ou o trabalhador reivindicava aumento de salário. 
✓ O trabalhador ou trabalhadores reivindicavam aumento de salário. 
✓ Os professores ou a direção tomará providências. 
 
b) O verbo irá para o plural se tais elementos indicarem inclusão: 
✓ A fome ou a sede me incomodam bastante. 
✓ O seu choro ou o meu lamento entristecem muito a ela. 
 
21. Flexão do infinitivo: 
Ocorre quando tem sujeito diferente do sujeito do outro verbo: 
✓ Ela viu correrem os ladrões. 
✓ Mandei entrarem os convidados. 
✓ Deixaram saírem os alunos 
 
Obs.: Lembre-se de que os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR não 
formam locução verbal. 
 
22. Sujeito representado pelas expressões: um e outro, nem... nem 
a) O verbo fica no singular ou no plural com as expressões UM e OUTRO, se houver a 
ideia de reciprocidade, o plural é obrigatório: 
✓ Um e outro fará/farão os exames. 
✓ Um e outro se beijaram durante o encontro. 
 
 
 
 
 
 
 
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b) A expressão NEM... NEM leva o verbo para o singular ou plural: 
✓ Nem meu pedido nem sua súplica mudaram/mudou sua conduta. 
 
23. Sujeito representado pelas expressões: UM OU OUTRO, NEM UM NEM OUTRO. 
 
a) Com a expressão UM OU OUTRO o verbo fica no singular: 
✓ Dizem que um ou outro passará nas provas. 
✓ Um ou outro chegou cedo. 
 
b) O verbo também concorda com a expressão NEM UM NEM OUTRO apenas no singu-
lar: 
✓ Nem um nem outro pagou o que devia. 
 
REGÊNCIA 
 
REGÊNCIA 
 A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre os verbos e os termos 
que os complementam (objetos diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos 
adverbiais). 
 
Verbos Intransitivos 
Os verbos intransitivos não possuem complemento. É importante, no entanto, destacar 
alguns detalhes relativos aos adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. 
 
a) Chegar, Ir 
Normalmente vêm acompanhados de adjuntos adverbiais de lugar. Na língua culta, as 
preposições usadas para indicar destino ou direção são: a, para. 
 Fui ao teatro. 
Ricardo foi para a Espanha. 
 
Obs: "Ir para algum lugar" enfatiza a direção, a partida." Ir a algum lugar" sugere tam-
bém o retorno. 
 
b) Comparecer 
O adjunto adverbial de lugar pode ser introduzido por em ou a. 
Comparecemos ao estádio (ou no estádio) para ver o último jogo. 
 
c) Morar/Residir/Situar-se 
São verbos intransitivos, os quais são seguidos da preposição EM 
Moro na rua Fernando Cabral, 136. 
 Resido na avenida Antônio Sales 
 O colégio situa-se na avenida Osório de Paiva. 
 
São verbos transitivos diretos, dentre outros: 
abandonar, abençoar, aborrecer, abraçar, acompanhar, acusar, admirar, adorar, alegrar, 
ameaçar, amolar, amparar, auxiliar, castigar, condenar, conhecer, conservar, convidar, 
 
 
 
 
 
 
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defender, eleger, estimar, humilhar, namorar, ouvir, prejudicar, prezar, proteger, respei-
tar, socorrer, suportar, ver, visitar. 
 
Namorar 
→ VTD 
Ex.: Pedro namora Maria há bastante tempo. 
 Maria namora João há um ano. 
 
Verbos Transitivos Indiretos 
Os verbos transitivos indiretos são complementados por objetos indiretos. Isso significa 
que esses verbos exigem uma preposição para o estabelecimento da relação de regên-
cia. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de terceira pessoa que podem atuar como 
objetos indiretos são lhe, lhes (ambos para substituir pessoas). Não se utilizam os prono-
mes o, os, a, as como complementos de verbos transitivos indiretos. Com os objetos in-
diretos que não representam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos de terceira 
pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos lhe, lhes. São verbos transitivos indire-
tos, dentre outros: 
a) Consistir 
Tem complemento introduzido pela preposição "em". 
A modernidade verdadeira consiste em direitos iguais para todos. 
b) Obedecer e Desobedecer: 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "a". 
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. 
Eles desobedeceram às leis do trânsito. 
c) Responder 
Tem complemento introduzido pela preposição "a". Esse verbo pede objeto indireto 
para indicar "a quem" ou "ao que" se responde. 
Respondi ao meu patrão. 
Respondemos às perguntas. 
Respondeu-lhe à altura. 
 
Obs.: o verbo responder, apesar de transitivo indireto quando exprime aquilo a que se 
responde, admite voz passiva analítica. Veja: 
 
O questionário foi respondido corretamente. 
Todas as perguntas foram respondidas satisfatoriamente. 
d) Simpatizar e Antipatizar 
Possuem seus complementos introduzidos pela preposição "com". Por Exemplo: 
Antipatizo com aquela apresentadora. 
Simpatizo com os que condenam os políticos que governam para uma minoria privile-
giada. 
 
Verbos Transitivos Diretos e Indiretos 
Os verbos transitivos diretos e indiretos são acompanhados de um objeto direto e um 
indireto. Merecem destaque, nesse grupo: 
Agradecer, Perdoar e Pagar - São verbos que apresentam objeto direto relacio-
nado a coisas e objeto indireto relacionado a pessoas. 
 
 
 
 
 
 
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Agradeço aos ouvintes a audiência. 
Cristo ensina que é preciso perdoar o pecado ao pecador. 
Paguei o débito ao cobrador. 
 
O uso dospronomes oblíquos átonos deve ser feito com particular cuidado. 
Agradeci o presente. / Agradeci-o. 
Agradeço a você. / Agradeço-lhe. 
Perdoei a ofensa. / Perdoei-a. 
Perdoei ao agressor. / Perdoei-lhe. 
Paguei minhas contas. / Paguei-as. 
Paguei aos meus credores. / Paguei-lhes. 
 
Saiba que: 
Com os verbos agradecer, perdoar e pagar a pessoa deve sempre aparecer como ob-
jeto indireto, mesmo que na frase não haja objeto direto. 
 
A empresa não paga aos funcionários desde setembro. 
Já perdoei aos que me acusaram. 
Agradeço aos eleitores que confiaram em mim. 
 
Informar - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto indireto ao se referir a 
pessoas, ou vice-versa. 
Informe os novos preços aos clientes. 
Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos preços) 
 
Na utilização de pronomes como complementos, veja as construções: 
Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços. 
Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou sobre eles) 
 
Obs.: a mesma regência do verbo “informar” é usada para os seguintes: avisar, cer-
tificar, notificar, cientificar, prevenir. 
Comparar - Quando seguido de dois objetos, esse verbo admite as preposi-
ções "a" ou "com" para introduzir o complemento indireto. 
Comparei seu comportamento ao (ou com o) de uma criança. 
 
Pedir - Esse verbo pede objeto direto de coisa (geralmente na forma de oração subor-
dinada substantiva) e indireto de pessoa. 
Pedi-lhe favores. 
 Pedi-lhe que se mantivesse em silêncio. 
 
Preferir - Na língua culta, esse verbo deve apresentar objeto indireto introduzido pela 
preposição "a". 
Prefiro qualquer coisa a abrir mão de meus ideais. 
Prefiro trem a ônibus. 
 
Obs.: na língua culta, o verbo "preferir" deve ser usado sem termos intensificadores, 
tais como: muito, antes, mil vezes, um milhão de vezes, mais. 
 
 
 
 
 
 
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MUDANÇA DE TRANSITIVIDADE VERSUS MUDANÇA DE SIGNIFICADO 
Há verbos que, de acordo com a mudança de transitividade, apresentam mudança de 
significado. O conhecimento das diferentes regências desses verbos é um recurso lin-
guístico muito importante, pois além de permitir a correta interpretação de passagens 
escritas, oferece possibilidades expressivas a quem fala ou escreve. Dentre os principais, 
estão: 
 
1. Agradar 
→ mimar, acariciar : VTD 
→ contentar, ser agradável : VTI 
Ex.: A menina agradava seu gatinho. 
 O palhaço não agradou ao público. 
 
2. Aspirar 
→ inalar, sorver: VTD 
→ anelar, almejar: VTI 
Ex.: Aspirei o gás tóxico e passei muito mal. 
 Aspiramos a uma vaga nesse concurso. 
 
3. Assistir: 
→ ajudar: VTD 
→ presenciar, ver: VTI 
→ caber: VTI 
→ residir: VI 
 
Ex.: É dever do profissional de saúde assistir os pacientes. 
 Assistimos a todo o espetáculo. 
 Votar é um direito que lhe assiste. 
 O governador assiste em Fortaleza. 
 
4. Chamar 
→ invocar, convocar: VTD 
→ tachar, apelidar: VTD ou VTI + predicativo do objeto com ou sem preposição 
 
Ex.: O supervisou chamou os alunos. 
 O professor chamou o aluno inteligente. 
 O professor chamou o aluno de inteligente. 
 O professor chamou ao aluno inteligente. 
 O professor chamou ao aluno de inteligente. 
 
5. Custar 
→ acarretar: VTDI 
Ex.: O estudo custa muito gasto aos pais. 
 
→ ser difícil , custoso: VTI 
Ex.: Custam-me muito conseguir tal aprovação. 
 
Obs.: Não aceita pessoa ou coisa como sujeito; tem como sujeito uma oração. 
 
 
 
 
 
 
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 Ex.: Custou-me aprender inglês. 
 
6. Implicar 
→ ter implicância: VTI 
Ex.: Aquela aluna implicava com os colegas. 
 
→ acarretar: VTD 
Ex.: Passar no vestibular implica muita dedicação. 
 
→ envolver-se: VTI 
Ex.: O político implicou-se em problemas. 
 
→ envolver: VTDI 
Ex.: Implicaram o rapaz em problemas. 
 
7. Proceder 
→ agir: VI 
→ origem, procedência: VI 
→ dar andamento, dar início: VTI 
Ex.: Aquele político precedeu mal. 
 Donde você procede? 
 Procederam ao sorteio do bingo. 
 
8. Querer 
→ estimar, querer bem: VTI 
→ desejar, almejar: VTD 
Ex.: Quero muito a meus colegas. 
 Quero muito essa vaga na universidade federal. 
 
 
9. Servir 
→ atender: VTD 
→ ser útil: VTI 
Ex.: O garçom ainda não serviu a sobremesa. 
 Esse computador servirá muito ao meu escritório. 
 
10. Visar 
→ mirar: VTD 
→ pôr o visto: VTD 
→ almejar, desejar: VTI 
Ex.: O atirador visou o centro do alvo. 
 O professor visou a prova dos alunos. 
 Visamos a um mundo melhor. 
 
II. REGÊNCIA NOMINAL 
 
 
 
 
 
 
 
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Regência Nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, 
adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre inter-
mediada por uma preposição. 
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposi-
ções que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar 
esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece. 
 
Substantivos 
 
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo de 
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a 
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por 
Bacharel em Horror a Proeminência sobre 
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, 
por 
 
Adjetivos 
 
Acessível a Entendido em Necessário a 
Acostumado a, com Equivalente a Nocivo a 
Agradável a Escasso de Paralelo a 
Alheio a, de Essencial a, para Passível de 
Análogo a Fácil de Preferível a 
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a 
Apto a, para Favorável a Prestes a 
Ávido de Generoso com Propício a 
Benéfico a Grato a, por Próximo a 
Capaz de, para Hábil em Relacionado com 
Compatível com Habituado a Relativo a 
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por 
Contíguo a Impróprio para Semelhante a 
Contrário a Indeciso em Sensível a 
Descontente com Insensível a Sito em 
Desejoso de Liberal com Suspeito de 
Diferente de Natural de Vazio de 
 
 
Advérbios 
 
Longe de 
Perto de 
 
 
 
 
 
 
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Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos 
de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. 
 
CRASE 
 
Crase é a fusão da preposição a com o artigo a(s), com a o a(s) pronome demonstrativo 
(= aquela(s) ) e com o a dos pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo. Para 
indicar essa fusão, contração usa-se o acento grave ( ` ) - indicador de crase. 
 
Geralmente, a preposição a é regida por alguns substantivos abstratos, adjetivos e ad-
vérbios e por certos verbos transitivos e intransitivos. Veja estes exemplos: 
 
I. Aquele artista tem grande amor às (a + as) artes. 
II. Sou indiferente à (a + a) ideia apresentada pelo grupo. 
 III. O diretor agiu favoravelmente às (a + as) propostas dos alunos. 
 IV. Ontem não pude assistir à (a + a) aula. 
 V. A coordenação entregou flores às (a + as) alunas. 
 VI. Cheguei cedo à (a + a) sala de reuniões. 
 
Para não ter dúvidas quanto à ocorrência da crase com os pronomes demonstrativos 
apresentados no parágrafo inicial, pode-se usar o seguinte critério: 
àquele(s) = a esse(s) 
àquela(s) = a essa(s) 
àquilo(s) = a isso 
à(s) = àquela(s) = a essa(s) 
 
Observe os exemplos: 
I. Jamais fiz referência àquele (= a esse) aluno. 
II. Estou atento àquela (= a essa) figura ébria que se aproxima do ponto de táxi. 
III. Aspiro àquilo (= a isso) que você me sugeriu ontem. 
IV. Não me refiro à (= àquela) senhora que esta sentada, mas à (=àquela) que está em pé. 
 
Na ausência da preposição, não haverá crase: 
I. Visitei aquele (= esse) país maravilhoso ano passado. 
II. Conheço aquela (= essa) senhora há bastante tempo. 
III. Li aquilo (= isso) que você pediu. 
IV. Reconheço a (= aquela) que sentou, não a (= aquela) que levantou. 
 
CRASE NAS LOCUÇÕES FEMININAS 
1. Prepositivas 
Ex.: à espera de; à frente de; à custa de; à moda de; à mercê de; à procura de; à exceção 
de. 
 
Observação: Não há crase com as expressões a respeito de, a favor de, a serviço de por-
que são masculinas.2. Adverbiais 
 
 
 
 
 
 
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Ex.: às pressas; à vontade; à mingua; à direita; à esquerda; à tarde; à noite; à toa; às es-
condidas; às ocultas; às claras. 
 
OBSERVAÇÕES: 
a) Não ocorre crase com as expressões adverbiais de meio ou de instrumento. 
Ex.: matar a bala; escrever a mão; bater a máquina, etc. 
 
b) Só se usa o acento indicador de crase com tais expressões para manter a clareza 
textual. 
Ex.: O vendedor, irritado, bateu a porta. 
 O insistente vendedor batia à porta. 
 
Perceba que, no primeiro trecho, há agressividade por parte do vendedor; no segundo, 
ele apenas chama alguém e espera ser atendido. 
 
c) Nas locuções adverbiais de modo, não ocorre crase se o a está no singular seguido 
de nome no plural. 
Ex.: Construí esse patrimônio a duras penas. 
 O político foi recebido a pedradas. 
 
d) Ocorre crase com as locuções adverbiais de tempo iniciadas pela preposição a 
quando, no lugar dela, se puder usar a preposição em. 
Ex.: àquele (naquele) momento, tudo se fez silêncio; à (na) chegada do ministro à cidade, 
ouviram-se vaias. 
 
3. Conjuntivas 
Ex.: à medida que; à proporção que. 
 
DÚVIDAS MAIS COMUNS 
1. Crase nas expressões indicadoras de horas: 
 Com tais expressões, ocorre crase se forem adverbiais femininas. 
Ex.: Cheguei aqui às 13h. 
 Se dissermos, porém, “Estou aqui desde as 13h.”, a expressão destacada na frase é 
apenas artigo seguido de numeral e substantivo; não constitui, portanto, locução ad-
verbial feminina. 
 
2. Acento grave na expressão às vezes 
 Ocorrerá crase se a expressão for uma locução adverbial feminina de tempo. Nesse 
caso, ela pode ser substituída por um dia qualquer da semana. Havendo preposição + 
artigo no termo usado na substituição, o mesmo fato se dará a locução às vezes. Caso 
contrário, o termo representará apenas um artigo acompanhando um substantivo no 
plural. 
Ex.: Às vezes (aos domingos), vou ao cinema, porém, nem todas as vezes gosto do filme 
que vejo. 
 
3. Acento grave antes de nomes de cidades, estados, países e continentes (topôni-
mos) 
 
 
 
 
 
 
 
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Usa-se o acento grave no a / as quando podem ser substituídos sem problemas porpara 
a ou para as. Percebe-se que haverá o encontro do a preposição com o a artigo que 
antecede o nome de lugar, o qual será uma palavra feminina. 
Ex.: Fui à (para a) Europa com um grupo de amigos. 
 Irei à (para a) Bahia após o vestibular. 
 
Observação: Se o nome de lugar vier seguido de um determinante feminino, haverá 
crase. 
Ex.: Vou à (para a) Roma de Júlio César nas férias. 
 Iremos à (para a) histórica Olinda no réveillon. 
 
 
CASOS EM QUE NÃO OCORRE CRASE 
Não se deve usar o acento indicador de crase nos seguintes casos: 
 
1. No sujeito: 
Ex.: A professora acabara de chegar. 
 
2. No objeto direto: 
Ex.: Já devolvi as provas aos alunos. 
 
3. Antes de palavra masculina: 
Ex.: Sua roupa está cheirando a suor. 
 
4. Antes de verbo: 
Ex.: A partir daquele dia, não nos vimos mais. 
 
5. Antes de artigo indefinido: 
Ex.: Domingo, irei a uma praia do litoral leste. 
 
6. Após preposição: 
Ex.: Os soldados ingleses estavam perante a rainha. 
 
7. Entre palavras repetidas: 
Ex.: Ficaram cara a cara. 
 
8. Com A no singular seguido de nome no plural 
Ex.: Não costumo ir a reuniões nem a festas da empresa. 
 
9. Antes de pronomes que não são precedidos de artigo: 
Ex.: Entreguei o livro a ela. 
 Comunico a vossa senhoria que os relatórios já estão prontos. 
 A praia a que me refiro é encantadora. 
 Darei a essa jovem o que ela me está pedindo. 
 Entregue um panfleto destes a toda pessoa que passar por aqui. 
 Você entregou o dinheiro a quem? 
 
Observação: 
 
 
 
 
 
 
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Pode ocorrer crase com os pronomes de tratamento senhora e senhorita, que vêm pre-
cedidos de artigo. 
Ex.: Contarei à senhora tudo o que vi naquela noite. 
 Estou levando à senhorita os produtos que encomendou. 
 
10. Antes de numerais cardinais: 
Ex.: O número de feridos pode chegar a cinco mil. 
 
Observação: Pode haver crase com o a que antecede numeral ordinal feminino. 
Ex.: Sempre me refiro à primeira vez que nos vimos. 
 
CASOS FACULTATIVOS DE CRASE 
1. Após a preposição ATÉ, antes de nomes femininos. 
Ex.: Vou caminhar daqui até a praia ou até à praia. 
 Fui até a ou até à padaria, mas já estava fechada. 
 
2. Antes de pronome possessivo feminino. 
Ex.: Disse a verdade a/à sua tia e a/à sua mãe. 
 Ofereceram um salário muito baixo a/à nossa irmã. 
 
Observação: Ocorre crase obrigatoriamente antes de pronome possessivo feminino, 
quando, após ele, há um substantivo feminino subentendido. 
Ex.: Não estou fazendo referência a/à minha escola, mas à sua. 
 
3. Com nomes de mulheres. 
Ex.: Dediquei a/à Joana a atenção de que precisava. 
 
Observação: O artigo antes de nomes de pessoas denota familiaridade. Quando se trata 
de nome pessoas célebres, o artigo não aparece, consequentemente não haverá crase. 
Ex.: Sempre faço alusão a Cleópatra. 
 
CASOS ESPECIAIS 
1. Com a palavra casa, no sentido de lar 
 Só ocorre crase quando o vocábulo casa vêm seguido de um determinante, que 
pode ser masculino ou feminino. 
Ex.: Fui a casa pegar uns livros. 
 De volta a casa, pretendo reorganizar minha vida. 
 Irei à casa de meus avós nas férias. 
 Vou à casa do prefeito amanhã. 
 
2. Com a palavra terra, quando se opõe a bordo 
 Não ocorre crase se ela vier sozinha, sem um determinante. 
 Ex.: Os marinheiros desceram a terra. 
 A tripulação do navio chegou a terra. 
 
Observação: Se o vocábulo terra, porém, vier com um modificador, não se opondo à ideia 
de estar numa embarcação, haverá crase. 
Ex.: Pretendo ir à terra de meus tios no feriado. 
 
 
 
 
 
 
97 
 
3. Com a palavra distância 
Não ocorre crase se o vocábulo vier sem um determinante, um termo que o delimite. 
Ex: Antigamente, víamos violência a distância, o que não ocorre hoje. 
 Os curiosos ficaram a distância. 
 
Observação: Se o vocábulo vier especificado, definido, haverá crase. 
Ex.: A explosão aconteceu à distância de cem metros de onde estávamos. 
 
FUNÇÕES DO QUE 
 
A palavra QUE apresenta diversas classificações. Nesta aula, estudaremos suas fun-
ções morfológicas. 
 
1. PRONOME RELATIVO 
Inicia oração adjetiva. Pode ser substituído por o qual, a qual, os quais, as 
quais. Quando o QUE é pronome relativo, ele substitui um substantivo ou um pro-
nome substantivo: 
✓ O aluno que estuda passa. 
✓ Li o livro que você recomendou. 
 
2. PARTÍCULA EXPLETIVA ou DE REALCE 
 Pode ser retirada da frase sem causar prejuízo a ela: 
✓ Quase que caí da escada. 
✓ Ela que sofre por nossa causa. 
 
OBSERVAÇÃO 
Quando o vocábulo QUE, expletivo, aparece em oração com o verbo SER, esse verbo 
não conta como oração. 
✓ Nós é que somos o futuro do país. 
✓ São os amigos do seu filho que fazem isso. 
 
3. PREPOSIÇÃO 
 Pode ser substituído pela preposição A/PARA ou DE: 
✓ Você tem muito que me explicar. 
✓ Tenho que fazer algo por eles. 
✓ Antes que tudo, gostaria de contar-lhe o que houve ontem aqui. 
 
4. PRONOME ADJETIVO 
Acompanha substantivo: 
✓ Que solução inteligente! 
✓ Que pessoas maravilhosas! 
✓ Que lugar encantador! 
 
5. CONJUNÇÃO COORDENATIVA 
 Liga orações independentes, coordenadas: 
✓ Ela, impaciente, mexia que mexia no berço. (que = e → conjunção aditiva) 
 
 
 
 
 
 
98 
✓ Acuse-os, que não a mim. (que = mas → conjunção adversativa) 
✓ Que chova, que faça sol, iremos à praia amanhã! (que = quer → conjunção 
alternativa) 
✓ Volte logo, que preciso falar com você! (que = pois → conjunção explicativa) 
 
6. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
Liga orações sintaticamente dependentes: 
✓ Irei caminhar mais tarde que parou de chover. (que = porque → conjunção 
causal) 
✓ Eu estudo mais que você. (que → conjunção comparativa) 
✓ Gostei do dinheiro da premiação, pouco que fosse. (que = embora → conjun-
ção concessiva) 
✓ Ah! Que eu fosse aprovadonesse concurso! (que = se → conjunção condicio-
nal) 
✓ Eu estudei tanto que passei no concurso de primeira. (que → conjunção con-
secutiva) 
✓ Minha mãe fez um sinal que ficássemos quietos. (que =para que → conjunção 
final) 
✓ Hoje que eu iria caminhar ao ar livre, está chovendo! (que = quando → con-
junção temporal) 
✓ Ela disse que se atrasaria. (que → conjunção integrante) 
 
7. INTERJEIÇÃO 
 Expressa sentimento, emoção, admiração. Nesse caso, vem sempre com 
acento: 
✓ Quê! Não posso acreditar nisso! 
✓ Quê! Ela faria isso? 
 
8. ADVÉRBIO DE INTENSIDADE 
 Equivale a quão. Modifica adjetivo ou advérbio: 
✓ Que bom saber disso! 
✓ Que longe dele nos encontrávamos! 
 
9. SUBSTANTIVO 
 Costuma vir precedido de artigo, numeral ou pronome. Nesse caso, é sem-
pre acentuado: 
✓ A casa sempre teve um quê de mistério que me intrigava. 
✓ Havia apenas dois quês na redação do aluno. 
✓ Não escreva tantos quês assim no seu texto. 
 
10. PRONOME SUBSTANTIVO 
 Substitui um substantivo: 
✓ Que pensas a respeito disso? 
✓ Que compraste no shopping? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
99 
FUNÇÕES DO SE 
 
A palavra “se” apresenta diversas funções, a saber: 
 
1. PARTÍCULA APASSIVADORA 
 Acompanha verbo transitivo direto ou verbo transitivo direto e indireto, for-
mando a voz passiva sintética. Não tem função sintática. Exemplos: 
✓ Compram-se e vendem-se casas. 
✓ Entregou-se o carro ao dono. 
 
OBSERVAÇÃO 
A partícula apassivadora também acontece na oração principal, em período com-
posto por subordinação. Exemplos: 
✓ Confirmou-se que ele estava certo. 
✓ Sabe-se que você é comprometido com a empresa. 
 
2. ÍNDICE DE INDETERMINAÇÃO DO SUJEITO 
Ocorre quando se liga a verbo intransitivo, verbo transitivo indireto, verbo de liga-
ção e verbo transitivo direto seguido de termo preposicionado na terceira pessoa do 
singular. Não tem função sintática. Exemplos: 
✓ Vive-se bem no litoral. 
✓ Acredita-se em discos voadores. 
✓ Era-se feliz naquele tempo. 
✓ Ama-se a Deus. 
 
3. PARTÍCULA INTEGRANTE DO VERBO 
 Acompanha geralmente verbo pronominal. Não tem função sintática. Exemplos: 
✓ Ele absteve-se de votar. 
✓ O garoto abraçou-se ao pai. 
✓ As nuvens se moviam rapidamente. 
✓ A lua se erguia cedo no horizonte. 
 
4. PARTÍCULA EXPLETIVA OU DE REALCE 
 Pode ser retirada da frase sem causar prejuízo a ela. Não tem função sintática. 
Exemplos: 
✓ Murchou-se a flor. 
✓ Vai-se depressa minha paciência. 
✓ Saiu-se rindo da situação. 
 
5. CONJUNÇÃO SUBORDINATIVA 
Inicia oração sintaticamente dependente. Não tem função sintática. Exemplos: 
✓ Não sabemos se o resultado do exame sai hoje. (conjunção integrante) 
✓ Se você estudar, passará. (conjunção condicional) 
✓ Se você quer tanto seu emprego de volta, por que não luta por ele? (se = já 
que → conjunção causal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
100 
6. PRONOME REFLEXIVO 
 Quando o “se” é pronome reflexivo, o sujeito é agente e paciente da ação verbal 
simultaneamente. Assim, tem-se a voz reflexiva. O “se”, nesse caso, equivale a si mesmo 
(e variantes). Exerce as funções sintáticas de sujeito, de objeto direto e de objeto indireto. 
Exemplos: 
 
a) Sujeito de infinitivo: 
✓ Ela deixou-se iludir pelas promessas do noivo. 
✓ O garoto viu-se cair em tentação. 
 
b) Objeto direto: 
✓ Ele secou-se rapidamente a fim de não pegar um resfriado. 
✓ Ela cobriu-se com o edredom, pois estava frio. 
 
c) Objeto indireto: 
✓ Ela deu-se o luxo de passear em New York. 
 
7. PRONOME RECÍPROCO 
Ocorre quando o pronome “se” equivale a um ao outro (e variantes). Exerce função 
sintática de objeto direto. Exemplos: 
✓ Os parlamentares se ofenderam durante a reunião. 
✓ Os adolescentes olhavam-se afetuosamente. 
 
8. SUBSTANTIVO 
Vem precedido de um determinante, que pode ser um pronome, um artigo ou um 
numeral. Embora sua função sintática não costume ser cobrada em provas, pode exer-
cer funções sintáticas próprias do substantivo. Exemplos: 
✓ Nenhum se estava corretamente analisado. 
✓ Nesta aula, estudamos o se. 
✓ O verbo precisa de um se apenas para estar correto. 
 
COESÃO TEXTUAL 
 
A coesão pode ocorrer de três maneiras. Ela pode ser referencial, recorrencial ou 
sequencial. 
 
COESÃO REFERENCIAL 
A coesão referencial se dá pela retomada ou pela antecipação de termos. Quando 
ocorre retomada de termos, a coesão é referencial anafórica. Quando ocorre pela ante-
cipação de termos, a coesão é referencial catafórica. 
 
a) Coesão Referencial Anafórica 
➢ Mãe e filha resolveram estudar para concurso. Acredito que ambas serão apro-
vadas logo. 
➢ Machado de Assis e Manuel Bandeira são grandes nomes da literatura brasi-
leira; este na poesia e aquele na prosa. 
 
 
 
 
 
 
101 
➢ O aluno que se dedica aos estudos passa. 
➢ Adoro esta cidade. Já é a quarta vez que venho aqui. 
➢ Airton Sena fez história na F-1. Ainda hoje, Senna é uma inspiração para o 
mundo dos esportes. 
➢ Castro Alves teve uma poesia de luta social. Para o poeta dos escravos, a poe-
sia deveria ter mais do que função estética. 
➢ Sou um grande leitor de Kafka. O escritor tcheco é um dos meus preferidos. 
➢ Preciso de outro talher, porque este garfo acabou de cair no chão. 
➢ Ele era um grande criador de vacas leiteiras. Dez mil cabeças de gado na sua 
fazenda produziam milhares de litros de leite por dia. 
b) Coesão Referencial Catafórica 
➢ Escute bem isto: logo, você será aprovado! 
➢ Ele sabia bem o que queria. Não é à toa que João era tão focado nos estudos. 
 
COESÃO SEQUENCIAL 
Diz respeito ao encadeamento de segmentos de texto. 
➢ Estudei muito, por conseguinte farei uma excelente prova. 
➢ Estude, porque a concorrência é grande. 
➢ Passei, porquanto estudei muito. 
➢ Passei, embora a prova estivesse difícil. 
➢ Passei, na medida em que estudei. 
➢ Não estudei o suficiente, no entanto fiz boa prova. 
➢ Primeiro, abri aporta. Em seguida, acendi a luz. 
 
Muitas vezes, quando a questão trata de coesão sequencial, ela pode exigir que 
você perceba: 
 
a) Relações de causa e consequência entre frases ou parágrafos. 
Estudei tanto que passei. 
b) Relações lógicas presentes no texto, marcadas por diversas classes de palavras, como 
conjunções, locuções conjuntivas, advérbios e locuções adverbiais. 
➢ Venha aqui, que precisamos conversar. 
➢ Estude ou trabalhe. 
➢ Ademais, ele tinha razão. 
➢ Malgrado a chuva, fomos à praia. 
➢ Em suma, é isso que deve ser feito. 
➢ Todos foram ao cinema, até eu. 
➢ Fora os convidados, os demais não deveriam estar aqui. 
➢ Por outro lado, tal argumento fazia sentido. 
 
A coesão também pode ocorrer por elipse. 
➢ Competições esportivas são muito importantes, uma vez que ajudam a forta-
lecer a união entre as pessoas.de produzir mudança de significado. Eles 
permitem distinguir significado de palavras, como ocorre nos seguintes casos: 
Bato, Cato, Fato, Gato, Jato, Mato, Nato, Pato, Rato, Tato 
 
 Você percebe que a distinção entre todas essas palavras se dá a partir dos fone-
mas iniciais /b/ (lê-se: bê), /k/ (lê-se: kê), /f/ (lê-se: fê), /g/, /ʒ/ (lê-se: gê), /m/ (lê-se: mê), /n/ 
(lê-se: nê), /p/ (lê-se: pê), /R/ (lê-se: rrê), /t/ (lê-se: tê). 
 
 
 
 
 
 
Os fonemas são classificados em: 
 
1. Vogais: sons formados quando o ar passa livremente (sem interrupção) pela 
boca. Exemplos: faz, dez, giz, nós, cruz. 
 
 
 
 
 
 
 
2. Semivogais: são os fonemas que apresentam um som mais fraco. Eles se jun-
tam a uma vogal para formação de uma sílaba. Exemplos: pai, vai, cacau, 
pauta. 
 
3. Consoantes: são os sons que resultam de algum obstáculo na passagem do 
ar pela boca. Elas se juntam às vogais para formar sílaba. Exemplos: sapato, 
caderno. 
 
b) LETRA: representação gráfica do fonema. Atualmente, nosso alfabeto é composto 
de 26 letras, a saber: A/a B/b, C/c, D/d, E/e, F/f, G/g, H/h, I/i, J/j, K/k, L/l, M/m, N/n, O/o, 
P/p, Q/q, R/r, S/s, T/t, U/u V/v, W/w, X/x, Y/y, Z/z. 
 
Vale destacar que, nem sempre, o número de letras e de fonemas é o mesmo em 
uma palavra. Essa informação é muito importante! Com certa frequência, ques-
tões abordam isso. Exemplos: 
 
OBSERVAÇÃO 
Graficamente, os fonemas são expressos entre barras, como fizemos acima. 
OBSERVAÇÃO 
Em língua portuguesa, não há sílaba sem vogal nem duas vogais na mesma sílaba. Outro 
detalhe também é que o “a” é sempre vogal em nosso idioma. 
Exemplos: ca-sa, sa-pa-to, ba-ú, sa-í-da. 
 
 
 
 
 
 
8 
P-Á-S-S-A-R-O - A palavra acima tem 7 letras e 6 fonemas. Isso acontece porque 
as letras “SS” representam um único som, o fonema /s/ (lê-se: sê). 
 
C-A-R-R-O - A palavra “carro” tem 5 letras e 4 fonemas, porque as letras “RR” re-
presentam o fonema /R/ (lê-se:rrê). 
 
ENCONTROS VOCÁLICOS: DITONGO, TRITONGO E HIATO 
Encontros vocálicos é o encontro de vogais e semivogais na mesma sílaba e de 
vogais em sílabas diferentes. Os encontros vocálicos se classificam da seguinte 
maneira. 
 
a) DITONGO CRESCENTE: é o encontro de uma semivogal e de uma vogal, respec-
tivamente, na mesma sílaba: quase, tênue, liquidificador, vácuo, gêmea, petró-
leo, história, minissérie, sério, mágoa. 
 
b) DITONGO DECRESCENTE: é o encontro de uma vogal e de uma semivogal, res-
pectivamente, na mesma sílaba: mãe, pai, caule, deitar, seu, réu, saiu, rói, supõe, 
intuito. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Geralmente, entende-se por vogal as letras A, E, e O; e as letras I e U, por semivo-
gal. No entanto, como estamos falando de fonema (som), e não de letra, as semivogais 
pode ser representadas também pelas letras E e O. Exemplos: (a) palavra “mãe”, em que 
os fonemas são grafados assim: /mãi/; (b) palavra “não”, em que os fonemas são assim 
representados: /nãu/. 
2. Na formação de sílabas, os fonemas semivocálicos /i/e /u/ podem ceder lugar 
para os fonemas vocálicos I e U. Exemplos: raiz, urubu, Icaraí, Acaraú. Nesses casos, o I e 
o U são vogais, e não semivogais, porque, em língua portuguesa, não existe sílaba sem 
vogal. 
3. As semivogais /i/e /u/ podem ser representadas pelas letras M e N. Exemplos: 
(a) cantem (ditongo nasal decrescente em): a letra M representa o fonema semivocálico 
/i/; (b) falam (ditongo nasal decrescente am): a letra M representa o fonema semivocálico 
/u/; (c) hífen (ditongo nasal decrescente en): a letra M representa o fonema semivocálico 
/i/. A letra N só representa o fonema /i/. 
 
c) TRITONGO: é o encontro de uma semivogal+vogal+semivogal na mesma sílaba: 
desiguais, averiguei, uou – averiguou, saguão, saguões. 
 
d) HIATO: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: ra-iz, pa-ís, sa-ú-de, ra 
–ul. 
 
ENCONTROS CONSONANTAIS 
É o encontro de consoantes na mesma sílaba ou em sílabas diferentes. Exemplos: 
vi-dra-ça, pra-to, per-da, car-ta 
 
 
 
 
 
 
 
9 
DÍGRAFOS E DÍFONO 
a) DÍGRAFO: é a reunião de duas letras que representam um fonema. Os dígrafos 
podem ser consonantais ou vocálicos. 
 
DÍGRAFOS CONSONANTAIS 
✓ ch – chuva → representa o fonema /ʃ/ (lê-se: Xê) 
✓ lh – galho → representa o fonema /ʎ/ (lê-se: lhê) 
✓ nh – manhã → representa o fonema /ɲ/ (lê-se: nhê) 
✓ gu – sangue → representa o fonema /g/ (lê-se: guê) 
✓ qu – querido → representa o fonema /k/ (lê-se: kê) 
✓ rr – corrida → representa o fonema /R/ (lê-se: rrê) 
✓ ss – assunto → representa o fonema /s/ (lê-se: sê) 
✓ sc – adolescente →representa o fonema /s/ (lê-se: sê) 
✓ sc – desça →representa o fonema /s/ (lê-se: sê) 
✓ xc – exceto →representa o fonema /s/ (lê-se: sê) 
✓ xs – exsudar →representa o fonema /s/ (lê-se: sê) 
 
DÍGRAFOS VOCÁLICOS 
✓ am – rampa →representa o fonema /ã/ (lê-se: ã) 
✓ an – manta → representa o fonema /ã/ (lê-se: ã) 
✓ em – tempo → representa o fonema /ẽ/ (lê-se: ẽ) 
✓ en – vento → representa o fonema /ẽ/ (lê-se: ẽ) 
✓ im – limpo → representa o fonema /ĩ/ (lê-se: ĩ) 
✓ in – tinto → representa o fonema /ĩ/ (lê-se: ĩ) 
✓ om – bomba → representa o fonema /õ/ (lê-se: õ) 
✓ on – recontar → representa o fonema /õ/ (lê-se: õ) 
✓ um – tumba → representa o fonema /ũ/ (lê-se: ũ) 
✓ un – anunciar → representa o fonema /ũ/ (lê-se: ũ) 
 
 
 
 
 
b) DÍFONO: é o contrário do dígrafo. Nesse caso, uma letra representa dois fonemas. 
Em língua portuguesa, o dífono é expresso unicamente pela letra X, que repre-
senta os fonemas /ks/. Observe: Táxi, Tóxico, Complexo, Anexo, Fixo. 
ANOTAÇÕES: 
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________ 
OBSERVAÇÃO 
As letras M e N, depois de vogal, nasalizando-as, não representam fonema. Você ob-
serva isso nos dígrafos vocálicos listados acima. 
 
 
 
 
 
 
10 
ORTOGRAFIA - EMPREGO DE PALAVRAS 
 
1. HÁ- A 
HÁ: forma verbal. Indica tempo passado, decorrido. Pode ser ainda verbo auxiliar ou ter 
o valor de existir.Exemplos: 
✓ Há meses, não o vejo. 
✓ Há de existir uma forma de se resolver o problema. 
✓ Há muitos miseráveis no Brasil. 
 
A: é empregado nos demais casos, sobretudo quando se refere a futuro.Exemplos: 
✓ Daqui a alguns meses, estarei aprovado(a) no concurso dos meus sonhos. 
 
2. ACERCA DE – A CERCA DE – HÁ CERCA DE 
ACERCA DE: significa a respeito de.Exemplo: 
✓ Os alunos conversavam acerca de concurso público. 
 
A CERCA DE: equivale a aproximadamente ou a uma distância de.Exemplos: 
✓ Ele discursava a cerca de mil pessoas. 
✓ Moro a cerca de dois quilômetros da faculdade. 
 
HÁ CERCA DE: tem o valor de existir e pode indicar ainda tempo decorrido.Exemplos: 
✓ Há cerca de duzentos alunos na sala. 
✓ Há cerca de um mês, não a vejo. 
 
3. AONDE – ONDE - DONDE 
AONDE: é empregado com verbos que dão ideia de movimento. Geralmente, equivale 
a para onde. Exemplos: 
Aonde você está indo a esta hora? 
Aonde você quer chegar com esta conversa sem sentido? 
ONDE: é usado com verbos que não são dinâmicos, isto é, que não dão ideia de movi-
mento, de deslocamento. Geralmente, esses verbos regem a preposição em.Exemplos: 
✓ Onde você mora? 
✓ Você sabe onde fica a biblioteca? 
DONDE: indica origem, procedência.Exemplo: 
✓ Donde vens a esta hora? 
✓ Donde procede a sua família? 
 
4. AO ENCONTRO DE – DE ENCONTRO A 
AO ENCONTRO DE: sinaliza uma situação favorável. Exemplo: 
✓ O rapaz apaixonado correudesesperadamente ao encontro da adorável na-
morada. 
 
DE ENCONTRO A: indica oposição, sinalizando uma situação desfavorável. Exemplos: 
Um carro desgovernado foi de encontro ao poste. 
Descontente com a situação, ele foi de encontro ao colega para exigir explicações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
5. AO INVÉS DE – EM VEZ DE 
AO INVÉS DE: indica oposição, contrariedade. Equivale a ao contrário de. Exemplo: 
✓ Ao invés de passar o dia dormindo, acorde e vá estudar! 
 
EM VEZ DE: indica substituição. Equivale a em lugar de. Exemplo: 
✓ Em vez da filha, a mãe foi ao banco resolver o problema com o cheque. 
 
6.CESSÃO - SEÇÃO - SESSÃO 
CESSÃO: ato de ceder, de doar. Exemplo: 
✓ A empresa fez a cessão do dinheiro àquela instituição de caridade. 
 
SEÇÃO: significa setor, repartição, segmento. Exemplos: 
✓ Onde fica a seção de frutas? 
✓ Você vota em que seção? 
 
SESSÃO: é o intervalo de tempo que dura uma reunião, formal ou informal. Exemplo: 
✓ Na sessão plenária de hoje, foi votado um importante projeto que beneficia 
os concurseiros. 
 
7. DEMAIS – DE MAIS 
DEMAIS: modifica verbo, adjetivo e advérbio. É um advérbio de intensidade. Exemplos: 
✓ Você pensa demais! 
✓ Ela é inteligente demais. 
✓ Dessa vez, ele foi longe demais! 
 
DE MAIS: acompanha substantivo e o pronome indefinido nada. É uma locução adje-
tiva.Exemplos: 
✓ Havia pessoas de mais na festa. 
✓ Ela não disse nada de mais. 
 
8. MAL – MAU - MÁ 
MAL: pode ser advérbio de modo, substantivo ou conjunção subordinativa temporal. 
Exemplos: 
✓ Ele canta mal. 
✓ O mal que ela me fez já foi esquecido por mim. 
✓ Mal cheguei, fui abordado pelo gerente. 
 
MAU: é adjetivo; acompanha substantivo. Precedido de artigo, é substantivo. Exemplos: 
✓ Comprar aquele carro foi um mau negócio. 
✓ Os maus não prevalecerão para sempre. 
 
MÁ: é o feminino de MAU. Exemplo: 
Ela não é uma pessoa má. 
 
9. MAIS / MAS 
 
MAIS: pode ser advérbio de intensidade, pronome ou conjunção aditiva. Exemplos: 
✓ Estude mais! 
 
 
 
 
 
 
12 
✓ Chegaram mais convidados. 
✓ O pai mais o filho resolveram o problema. 
 
MAS: é conjunção adversativa. Pode ser substituída por porém. Exemplo: 
✓ Elas saíram cedo, mas ainda não voltaram. 
 
 
10. PORQUE - PORQUÊ - POR QUE - POR QUÊ 
 
PORQUE: é conjunção causal ou explicativa. Pode ser usada em frase interrogativa, afir-
mativa ou exclamativa. Exemplos: 
✓ Ele está chorando assim porque o namoro acabou? 
✓ Ele está chorando porque o namoro acabou. 
✓ Estude, porque a prova será difícil! 
 
PORQUÊ: é um substantivo. Vem acompanhado de artigo ou de outro determinante. 
Pode ser substituído pela palavra motivo e aparecer em frase afirmativa ou interroga-
tiva. Exemplos: 
Não sei o porquê de ela não ter aceitado essa oferta de trabalho. 
Qual o porquê disso tudo? 
 
POR QUE: (1) é usado quando equivale a pelo(a) qual, pelos(as) quais (preposição + pro-
nome relativo); (2) equivale também a por qual razão (preposição + pronome interroga-
tivo). Pode vir em frase interrogativa direta ou indireta. Exemplos: 
✓ Esse é o motivo por que eu não frequento mais aquele lugar. 
✓ Por que isso sempre acontece comigo? 
 
 
 
 
 
 
 
11. SE NÃO - SENÃO 
 
SE NÃO: equivale a se por acaso não, caso não.Exemplo: 
✓ Se não chover, irei à praia com você amanhã. 
 
SENÃO: equivale a “a não ser, mais do que, caso contrário, defeito, mas”.Exemplos: 
✓ Não havia na festa de ontem senão oitenta pessoas. 
✓ Estude, senão o resultado do concurso pode ser desfavorável a você. 
✓ Não houve um senão no discurso dele. 
✓ Temos carro não por luxo, senão por necessidade. 
 
12. TAMPOUCO / TÃO POUCO 
 
TAMPOUCO: significa também não.Exemplo: 
✓ Ele não estuda, tampouco trabalha. 
OBSERVAÇÃO 
“Por que”, em final de frase, é acentuado. 
Exemplo: Você fez isso por quê? 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
TÃO POUCO: significa muito pouco. Exemplo: 
✓ Estudei tão pouco ontem. 
 
ORTOGRAFIA - EMPREGO DO HÍFEN 
 
1. Em palavras formadas por prefixos terminados com R + palavra iniciada por R ou H. 
Exemplos: 
Hiper-realista 
Inter-racial 
Super-homem 
Hiper-hidrose 
 
2. Em palavras formadas por prefixos ou pseudoprefixos terminados em VOGAL + pala-
vra iniciada por H ou pela mesma vogal que termina o prefixo. Exemplos: 
Anti-higiênico 
Anti-inflamatório 
Micro-ônibus 
Sobre-humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Em palavras formadas pelos prefixos CIRCUM e PAN + palavras iniciadas por VOGAL, 
H, M ou N. 
✓ Circum-murado, Circum-navegação, Circum-hospitalar, Circum-ambiente, Pan-
americano, Pan-helenístico, Pan-marítimo. 
 
4. Em palavras iniciadas por PRÉ, PRÓ e PÓS (com significados próprios), diante de qual-
quer palavra. Pré-natal 
✓ Pré-escolar, Pró-democracia, Pró-desarmamento, Pós-gaduação, Pós-parto. 
 
 
 
 
 
 
 
OBSERVAÇÕES 
Não se usa hífen na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos terminados em 
vogal + segundo elemento começa com vogal diferente. Exemplos: autoajuda, auto-
atendimento, autoestrada, autoanálise, intraocular, plurianual, contraindicação, in-
fraestrutura. 
Não se usa hífen também na seguinte formação: prefixos ou pseudoprefixos 
terminados em vogal + palavra iniciada por R ou S. Nesse caso, duplica-se o R e o S. 
Exemplos: infrassom, contrassenso, extrasseco, neorrealista, autorretrato, antirreligi-
oso, antissemita, semissintético, antessala, minissaia, arquirrivalidade, antirrugas. 
 
OBSERVAÇÃO 
Se os prefixos não são autônomos, não há hífen. 
Exemplos: pressupor, predeterminado, premeditar, propor, pospor. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
5. Em palavras terminadas por sufixos de origem tupi-guarani, como AÇU, GUAÇU e 
MIRIM. Exemplos: 
✓ Capim-açu, Sabiá-guaçu, Jacaré-mirim. 
 
6. Em palavras formadas pelos elementos ALÉM, AQUÉM, RECÉM e SEM. Exemplos: 
✓ Além-mar, Aquém-oceano, Recém-nascido, Sem-teto. 
 
7. Em compostos em que o primeiro elemento é um numeral. Exemplos: 
✓ Primeira-dama, Primeiro-ministro, Segunda-feira, Quinta-feira. 
 
8. Não se usa hífen com os prefixos CO e RE. 
✓ Coautor, Coexistir, Copiloto, Recomeçar, Refazer 
 
 
 
 
 
 
 
9. Em palavras compostas que designam espécies botânicas ou zoológicas, ligadas ou 
não por preposição. 
✓ Água-viva, Andorinha-do-mar, Bem-te-vi, Bem-me-quer, Chá-mate, Cravo-da-ín-
dia, Couve-flor, Erva-doce, Feijão-verde, Fruta-pão, João-de-barro. 
 
10. Em palavras compostas formadas de palavras repetidas ou de mesma classe gra-
matical. 
✓ Reco-reco, Corre-corre, Blá-blá-blá, Quebra-quebra, Ítalo-brasileiro. 
 
11. Com o elemento MAL, antes de palavra incida por VOGAL, H ou L.. 
✓ Mal-estar, Mal-empregado, Mal-entendido, Mal-assombrado, Mal-humorado, 
Mal-limpo. 
 
12. Com o elemento BEM, antes de palavra incida por VOGAL, H ou CONSOANTE. 
✓ Bem-aventurado, Bem-humorado, Bem-criado, Bem-visto. 
 
13. Não se usa hífen nas locuções de qualquer tipo (prepositivas, conjuntivas, adjetivas, 
substantivas, pronominais), exceto naquelas já consagradas pelo uso. 
✓ À flor da pele, A pão e água, Balão de oxigênio, Cão de guarda, Cartão de visita, 
Conto de fadas, Dona de casa, Dor de cotovelo, Fim de semana, Golpe de mestre, 
Lua de mel, Pé de moleque, Mão de obra, Mestre de obras, Pé de cabra, Pão de 
ló, Saco de pancada, Sala de estar, Sala de jantar. 
 
OBSERVAÇÕES 
I. Nas palavras já consagradas pelo uso, o hífen se mantém. 
✓ ao deus-dará, água-de-colônia, à queima-roupa, arco-da-velha, cor-de-rosa, pé-
de-meia. 
 
OBSERVAÇÃO 
Não se usa hífen com a palavra NÃO, associado a substantivo, a adjetivo e a verbo no 
particípio. 
✓ Não assalariado, Não comparecimento, Não fumante, Não linear. 
 
 
 
 
 
 
 
15 
II. Não há hífen nos substantivos compostos que perderam, de certo modo, sua noção 
de composição. 
✓ girassol, pontapé, rodapé, paraquedista, paraquedas, mandachuva, madressilva. 
 
Cuidado! 
✓ Para-lama, Para-brisa e Para-choque são escritos com hífen. 
 
III. Com o elemento “socio” não se usa hífen, exceto se o termo seguinte é iniciado por 
letra “o” ou “h”. Exemplos: socioambiental, socioeconômico,socioeducador, sociolinguís-
tico, socio-humanitário, socio-histórico. 
 
Cuidado! 
Não se acentua a sílaba “so” nesses casos. Outro detalhe: se o termo “sócio” é um subs-
tantivo, dando ideia de “associado”, há hífen no composto. Exemplos: sócio-diretor, só-
cio-fundador, sócio-gerente. 
 
IV. Com o elemento AFRO, há hífen se compõe um adjetivo pátrio. Exemplos: afro-bra-
sileiro, afro-chinês, afro-espanhol. 
 
Cuidado! 
“Afrodescendente” é grafado sem hífen. 
 
V. A seguir, para enriquecer seu vocabulário, há uma lista de palavras em que o hífen é 
usado: 
abaixo-assinado, abre-alas, afro-americano, algodão-doce, alta-costura, alta-tensão, 
ameixa-preta, amizade-colorida, alto-astral, alto-falante, alto-relevo, amigo-secreto, ami-
zade-colorida, amor-próprio, ano-base, ano-luz, arranca-rabo, arranha-céu, arroz-doce, 
arrasta-pé, arte-final, auxílio-maternidade, baixo-astral, banana-maçã, banho-maria, ba-
tata-doce, bate-boca, bate-papo, bel-prazer, boca-livre, cabeça-dura, cabra-cega, caça-
níqueis, caixa-forte, caixa-preta, caixeiro-viajante, casa-grande, cata-vento, cavalo-mari-
nho, cidade-satélite, cine-teatro, cessar-fogo, côncavo-convexo, conta-gotas, corta-luz, 
criado-mudo, curta-metragem, custo-benefício, dedo-duro, editor-chefe, erva-cidreira, 
espalha-brasa, fã-clube, faz-tudo, força-tarefa, franco-atirador, fruta-pão, guarda-pó, ga-
roto-propaganda, gato-pintado, grão-de-bico, guarda-volumes, jogo-treino, lero-lero, lu-
gar-comum, lustra-móveis, macaco-prego, má-criação, má-fé, maria-mole, mata-mos-
quito, matéria-prima, mau-caráter, mau-olhado, maus-tratos, meia-calça, meia-sola, 
meio-termo, mesa-redonda, roleta-russa, meia-idade, mosca-morta, mundo-cão, papel-
moeda, porquinho-da-índia, redator-chefe, relações-públicas, roda-gigante, roda-viva, 
rubro-negro, sabe-tudo, saca-rolhas, saci-pererê, sal-gema, salto-mortal, salva-vidas, 
salvo-conduto, samba-enredo, seguro-saúde, seguro-desemprego, seguro-viagem, tio-
avô, vaga-lume, vira-lata. 
 
ANOTAÇÕES: 
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
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ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
 
PALAVRAS OXÍTONAS 
São acentuadas aquelas que apresentam as seguintes terminações: A(s), E(s), O(s), 
Em(ens). Exemplos: 
✓ Sofá(s), maracujá(s) 
✓ Café(s), cortês 
✓ Cipó(s), avós 
✓ Refém, armazéns 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Na acentuação de verbos oxítonos, o pronome oblíquo enclítico (depois do 
verbo) não é considerado. Exemplos: consertá-las, desfazê-las. 
 
2. As oxítonas terminadas em –i ou em –u não devem ser acentuadas. Exemplos: 
saci, juriti, tatu, xampu. 
 
PALAVRAS PAROXÍTONAS 
São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em: 
R → caráter 
L → túnel 
N → pólen 
X → tórax 
PS → bíceps 
DITONGO → história 
ON (s) → próton(s) 
UM(s) → álbum, álbuns 
I(s), táxi, grátis 
US → vírus 
Ã(s) → ímã(s) 
ÃO(s) → órgão(s) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Paroxítonas terminadas em -m não são acentuadas. Exemplos: item, cantem, 
falam, vibram, exercem. 
2. Paroxítonas terminadas em -ens não recebem acento gráfico. Exemplos: itens, 
hifens. 
3. Não são acentuados os prefixos terminado em –i ou em –r. Exemplos: arqui, anti, 
mini, hiper, super, inter. 
 
PALAVRAS PROPAROXÍTONAS 
 Todas as proparoxítonas são acentuadas. Exemplos: 
✓ Dúvida 
✓ Líquido 
✓ Lâmpada 
✓ Símbolo 
✓ Plástico 
 
 
 
 
 
 
17 
ACENTUAÇÃO DOS MONOSSÍLABOS TÔNICOS 
Recebem acento gráfico, agudo ou circunflexo, os monossílabos tônicos termina-
dos em: 
A(s) → já, lá, vá 
E(s) → fé, ré, lê, mês 
O(s) → nó, só, pôs 
 
OBSERVAÇÃO 
1. Na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, os verbos ter e vir recebem 
acento circunflexo. Exemplos: eles têm, eles vêm. 
 
REGRA DO HIATO 
São acentuados o I e o U, 2ª vogal tônica do hiato, quando sozinhos na sílaba ou 
seguidos de S. Exemplos: 
✓ Juízes (ju-í-zes) 
✓ Raízes (ra-í-zes) 
✓ Baú (ba-ú) 
✓ Saúde (sa-ú-de) 
✓ Saída (sa-í-da) 
✓ País (pa-ís) 
✓ Balaústre (ba-la-ús-tre) 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Não levam acento gráfico (I e U) se vêm precedidos de letra repetida, exceto nas 
formas proparoxítonas. Exemplos: xiita, sucuuba, seriíssimo (proparoxítona), duúnviro 
(proparoxítona). 
2. Não leva acento gráfico o I seguido de NH. Exemplos: ladainha, rainha, campai-
nha. 
3. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U não recebem acento gráfico após ditongo 
decrescente. Exemplos: feiura, baiuca. 
4. Nos vocábulos paroxítonos, o I e o U recebem acento gráfico após ditongo cres-
cente. Exemplos: Guaíba, Guaíra. 
5. Acentuam-se o I e o U, após ditongos decrescentes, em palavras oxítonas: Pi-au-
í, tui-iu-ú. 
6. Não são acentuados o I e o U se seguidos de letra que não é S. Exemplos: ju-iz, 
ra-iz, Ra-ul, ca-ir, ru-ir. 
7. Acentuam-se o I e o U seguidos de pronomes oblíquos átonos. Exemplos: pos-
suí-lo, distribuí-lo. 
8. Não levam acento gráficos hiatos OO e EE. Exemplos: voo, enjoo, deem, leem, 
creem, veem (verbo ver). 
 
DITONGO ABERTO 
Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU, seguidos ou não de S. 
Exemplos: 
✓ Céu(s) 
✓ Pastéis 
✓ Coronéis 
✓ Troféu(s) 
 
 
 
 
 
 
18 
✓ Herói(s) 
✓ Véu(s) 
✓ Réu(s) 
✓ Dói 
 
OBSERVAÇÃO 
Não se acentua o ditongo aberto se não vem em palavras monossílabas ou em po-
sição final em uma palavra. Exemplos: heroico, assembleia, plateia, jiboia. 
 
ACENTO DIFERENCIAL 
O acento diferencial, que marca distinção de pronúncia, significado e de classe gra-
matical, permanece para os seguintes vocábulos: 
Pôr (verbo) ≠ Por (preposição) 
Exemplos: Você deve pôr as tarefas em dia. 
 Fiz tudo isso por você. 
Pôde (pretérito perfeito do verbo “poder”) ≠ Pode (presente do indicativo do 
verbo “poder) 
Exemplos: Você pôde fazer o que lhe pedi? 
 Você pode fazer isso por mim? 
 
Porquê (substantivo = MOTIVO) ≠ Porque (conjunção causal ou explicativa) 
Exemplos: Qual o porquê dessa atitude? 
 Ele passou no concurso porque estudou muito. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. O vocábulo QUE é acentuado quando vem em final de frase e quando é um 
substantivo. Exemplos: 
 Ela estava precisando de quê? 
 Certamente, há um quê de mistério nessa história. 
 
2. As palavras “Fôrma/Forma” e “Dêmos (presente do subjuntivo) e “Demos (pre-
térito perfeito) têm acento opcional. 
 
TREMA 
O trema só é usado em palavras estrangeiras e em seus derivados. Exemplos: Mül-
ler, mülleriano, Hübner, hübneriano. 
 
OBSERVAÇÕES 
1. Veja, a seguir, algumas formas variantes na pronúncia e na escrita: biopsia/bióp-
sia, ortoepia/ortoépia, xerox/xérox, projetil/projétil, acrobata/acróbata, boemia/boêmia, 
zangão/zângão, necropsia/necrópsia, hieroglifo/hieróglifo, reptil/réptil, eletrodo/elé-
trodo, transistor/transístor, alopata/alópata, Oceania/Oceânia. 
 
2. Algumas palavras mudam a pronúncia, o sentido e a classificação gramatical 
com o acento gráfico. 
Exemplos: 
✓ amém e amem 
✓ médico e medico 
 
 
 
 
 
 
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✓ está e esta 
✓ ai e aí 
✓ secretária e secretaria 
✓ sabiá, sábia e sabia 
✓ número e numero 
✓ camelô e camelo 
✓ doído e doido 
✓ público e publico 
✓ carnê e carne 
✓ babá e baba 
✓ vívida e vivida 
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
 
ESTRUTURAS DAS PALAVRAS 
Em geral, as palavras são divididas em unidades menores, chamadas de morfemas 
ou elementos mórficos, que correspondem à menor unidade a que uma palavra pode 
ser reduzida. 
 
Observe a palavra “desamorosos”. Se isolarmos os morfemas desse vocábulo, tere-
mos a seguinte composição: DES-AMOR-OSO-S (prefixo+radical+sufixo+desinência de 
número). 
 
Para nosso estudo neste nesta aula, focaremos apenas em três elementos mórficos: 
radical, prefixo e sufixo. 
➢ RADICAL:é a base da palavra, responsável pelo sentido principal de uma palavra 
e pelo surgimento de outras palavras. Exemplo: Ferro, ferreiro, ferrugem, ferra-
gem, ferramenta, ferradura, ferrolho, ferrar. 
➢ PREFIXO: vem antes do radical, produzindo uma nova palavra. Exemplos: contra-
dizer, incapaz, infravermelhos, retroativo, transatlântico, ultrassom. 
 
➢ SUFIXO: vem depois do radical, produzindo uma nova palavra. Exemplos: cor-
panzil, copázio, vozeirão, dentuço, homenzarrão, barbicha, soneca, folheto, pla-
nilha, florista, surrealismo. 
 
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS 
I. DERIVAÇÃO: diz respeito à formação de uma nova palavra a partir do acréscimo de 
prefixos e sufixos. 
a) DERIVAÇÃO PREFIXAL 
É resultado do acréscimo de um prefixo à palavra primitiva. Exemplos: proativo, 
subsolo, bisavó, intermunicipal, ultraleve, tricampeão. 
 
b) DERIVAÇÃO SUFIXAL 
Resulta do acréscimo de um sufixo à palavra primitiva. Exemplos:papelaria, aprendi-
zagem, casebre, chuvisco, ferrugem, ouvinte, terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
20 
c) DERIVAÇÃO PREFIXAL E SUFIXAL 
Há derivação prefixal e sufixal quando a palavra primitiva recebe prefixo e sufixo de 
forma não simultânea. Exemplos: deslealdade, infelizmente. 
 
d) DERIVAÇÃO PARASSINTÉTICA 
Há derivação parassintética quando a palavra primitiva é acrescida simultanea-
mente de prefixo e sufixo. Exemplos: apedrejar, avermelhado, conterrâneo, envelhecer, 
desalmado. 
 
e) DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA 
Há derivação imprópria quando há mudança da classe gramatical da palavra. Exem-
plos: 
✓ Advérbio →Substantivo: o hoje. 
✓ Adjetivo → Advérbio: Fale baixo! 
✓ Adjetivo → Interjeição: Bravo! 
✓ Verbo → Interjeição: Viva! 
 
f) DERIVAÇÃO REGRESSIVA 
Aqui, a derivação se dá por redução. Nesse caso, a palavra derivada é um substantivo 
abstrato que denota ação ou resultado de ação. Assim, o substantivo deriva de verbo eé 
chamado de deverbal. Exemplos: 
✓ Gargarejar→ gargarejo 
✓ Mergulhar→ mergulho 
✓ Pescar→ pesca 
✓ Tossir→ tosse 
II. COMPOSIÇÃO: uma palavra é formada por mais de um radical, resultando em uma-
palavra composta. A composição pode ser por justaposição e por aglutinação. 
 
a) COMPOSIÇÃO POR JUSTAPOSIÇÃO:radicais se unem sem perda fonética de 
qualquer um deles. Exemplos: pontapé, rodapé, girassol, couve-flor, sexta-feira. 
 
b) COMPOSIÇÃO POR AGLUTINAÇÃO: radicais se unem (sempre sem hífen) para 
formar uma nova palavra com perda fonética de pelo menos um radical. Exem-
plos: embora (em+boa+hora), aguardente (água+ ardente), vinagre (vinho+acre), 
alvinegro (alvo + negro). 
 
III. OUTROS PROCESSOS DE FORMAÇÃO 
 
➢ ABREVIAÇÃO ou REDUÇÃO: uma palavra é reduzida até o limite máximo de com-
preensão. Exemplos:Cine (cinema), analfa (analfabeto), pneu (pneumático), moto 
(motocicleta), foto (fotografia). 
 
➢ ABREVIATURA: uma palavra é representada por meio de uma ou de algumas le-
tras. Exemplos:anat. (anatomia), bel. (bacharel), lat. (latitude, latim), séc. (século), 
Ten. (tenente), V. M. (Vossa Majestade). 
 
 
 
 
 
 
 
21 
➢ SIGLA: PF, PRF, ONU, CNH, INSS, IPVA, TJMG. 
➢ ONOMATOPEIA: diz respeito à imitação de sons. Exemplos: atchim, au...au, 
vrum...vrum, hahaha, din-don. 
➢ HIBRIDISMO: palavras são formadas a partir de elementos de outros idiomas. 
Exemplos:automóvel (grego + latim → auto + móvel), burocracia (francês + grego 
→ buro + cracia), televisão (grego + latim → tele + visão), sociologia (latim + grego 
→ socio + logia). 
➢ NEOLOGISMOS: palavras novas, que não foram dicionarizadas. Exemplos: apê, es-
canear, deletar, linkar, sabadou. 
 
➢ PALAVRA-VALISE: formada pela junção de radicais, criando uma palavra não di-
cionarizada em língua portuguesa. Exemplos: bebemorar (beber e comemorar), 
portunhol (português e espanhol), grenal (grêmio e internacional). 
PRONOMES 
 
Pronome é uma palavra que acompanha nome ou substitui nome. Apresenta seis 
subclasses, a saber: demonstrativos, indefinidos, interrogativos, pessoais, possessivos e 
relativos. 
 
1. PRONOMES PESSOAIS 
São os que substituem substantivos, fazendo referência às pessoas do discurso (1ª, 
2ª e 3ª) no singular e no plural. 
Podem ser do caso reto, do caso oblíquo e de tratamento. 
Na sequência de nosso estudo, conheceremos as peculiares de cada um para con-
cursos públicos. 
 
PRONOMES RETOS 
➢ 1ª pessoa do singular: eu 
➢ 2ª pessoa do singular: tu 
➢ 3ª pessoa do singular: ele, ela 
➢ 1ª pessoa do plural: nós 
➢ 2ª pessoa do plural: vós 
➢ 3ª pessoa do plural: eles, elas 
 
1. Funcionam como sujeito ou como predicativo. 
✓ Ela saiu. (ela → sujeito) 
✓ Eu não sou ele. (eu → sujeito / ele → predicativo) 
 
2. Não podem ser usados como objeto direto. 
✓ Encontrei ela na academia. (errado) 
✓ Encontrei-a na academia. (certo) 
 
3. Não devem ser contraídos com preposição na função de sujeito. 
 
 
 
 
 
 
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✓ Os convidados chegaram antes dele estar presente na festa. (errado) 
✓ Os convidados chegaram antes de ele estar presente na festa. (certo) 
 
PRONOMES OBLÍQUOS 
Podem ser átonos ou tônicos. 
 
a) Pronomes Oblíquos Átonos 
➢ 1ª pessoa do singular: me 
➢ 2ª pessoa do singular: te 
➢ 3ª pessoa do singular: se, o, a, lhe 
➢ 1ª pessoa do plural: nos 
➢ 2ª pessoa do plural: vos 
➢ 3ª pessoa do plural: se, os, as, lhes 
 
EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS 
Quanto à morfologia, tem-se o seguinte: 
 
1. Se um verbo termina em -R, -Sou-Z, os pronomes oblíquos o(s), a(s), depois da forma 
verbal, são grafados lo(s), la(s), e as terminações verbal -R, -S ou –Z são retiradas. 
✓ Comprar + a → comprá-la 
✓ Vender + o → vendê-lo 
✓ Fiz+ as → fi-las 
✓ Comunicamos + o → comunicamo-lo 
 
2. Quando verbo termina com fonema nasal, os pronomes oblíquos o(s), a(s) assumem 
as formas no(s), na(s). 
✓ Puseram = o → puseram-no 
✓ Venderam = as → venderam-nas 
Quanto à sintaxe, os pronomes oblíquos átonos exercem diversas funções, tais como: 
1. Com exceção do LHE, todos os pronomes oblíquos átonos podem ser objeto direto. 
✓ Ele me avistou de longe. 
✓ Nós a vimos hoje. 
✓ Nunca mais nos encontramos. 
 
2. Os pronomes me, te, se, nos e vos podem ser objetos diretos ou indiretos. 
✓ Ela me abraçou forte. 
✓ Ele sempre me obedeceu. 
 
3. Os pronomes me, te, se, nos, vos e lhes(s) podem ser complementos nominais. 
✓ Isto lhe será útil. (lhe → complementa o nome transitivo útil) 
✓ O presente nos será útil. (nos → complementa o nome transitivo útil) 
 
4. Indicando posse, os pronomes me, te, se, nos, vos e lhes(s) funcionam sintaticamente 
como adjuntos adnominais. 
✓ Tomaram-nos o passaporte. (nos = nosso) 
✓ Roubam-me o carro. (me = meu) 
 
 
 
 
 
 
23 
 
5. O pronome LHE, enquanto complemento verbal, só pode ser objeto indireto. 
✓ Devolva-lhe as chaves do carro. 
 
6. Com os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR, todo pronome oblí-
quo átono pode ser sujeito de verbo no infinitivo. 
✓ Deixaram-me ficar. (me → sujeito de ficar) 
✓ Eles viram-se cair em tentação. ( se→ sujeito de cair) 
✓ Fizeram-nos trabalhar no fim de semana. (nos → sujeito de trabalhar) 
 
 
 
 
 
 
b) Pronomes Oblíquos Tônicos 
➢ 1ª pessoa do singular: mim, comigo 
➢ 2ª pessoa do singular: ti, contigo 
➢ 3ª pessoa do singular: si, consigo, ele, ela 
➢ 1ª pessoa do plural: nós, conosco 
➢ 2ª pessoa do plural: vós, convosco 
➢ 3ª pessoa do plural: si, consigo, eles, elas 
 
EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS TÔNICOS 
1. Os pronomes SI e CONSIGO são reflexivos ou recíprocos de terceira pessoa. São usados 
quando a ação praticada pelo sujeito incide sobre ele mesmo. 
✓ Ela só pensa em si. 
✓ Ela falava consigo mesma. 
 
2. Os pronomes CONOSCO e CONVOSCO são substituídos pelas formas COM NÓS e 
COM VÓS quando seguidos de um determinante, geralmente numeral ou pronome. 
✓ Você quer ir à praia conosco? 
✓ Você quer ir à praia com nós dois? 
✓ Irei convosco ao cinema. 
✓ Irei com vós todos aocinema. 
 
3. Usam-se os pronomes MIM e TI, precedidos de preposição, sem exercerem função de 
sujeito. 
✓ Ele fez referência a ti e a mim. 
✓ Estou precisando de ti. 
✓ Nunca houve nada entre mim e você. 
✓ Nunca houve nada entre você e mim. 
✓ Eles não fazem nada sem ti. 
 
 
 
Os verbos MANDAR, DEIXAR, FAZER, VER, OUVIR e SENTIR não formam locução 
verbal e sempre têm próprio sujeito. 
» Eles me viram chegar no horário. (eles → sujeito de ver / me → sujeito de chegar) 
 
 
 
 
 
 
 
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OBSERVAÇÕES 
1. Como os pronomes MIM e TI não exercem função de sujeito, usam-se os pronomes 
EU e TU. 
» Não saia sem eu permitir. 
» Este livro é para eu ler. 
»Consegui uma vaga para tu trabalhares na empresa. 
 
2. Com ideia de exclusão ou de inclusão, finalizando frase, depois de preposição, tam-
bém não se usam os pronomes MIM e TI. 
» Todos assistiram à palestra, até eu. 
» Todos assistiram à palestra, até tu. 
» Todos assistiram à palestra, exceto eu. 
» Todos assistiram à palestra, exceto tu. 
 
PRONOMES DE TRATAMENTO 
São usados para se dirigir à 2ª pessoa de forma mais cerimoniosa. Exemplos: 
➢ Vossa Excelência: para pessoas com alta autoridade, tais como: políticos em geral, 
militares cuja patente é superior à de coronel, juízes, embaixadores... 
➢ Vossa Magnificência: para reitores de universidade. 
➢ Vossa Senhoria: (1) para autoridades em geral na sociedade, com ou sem cargo 
eletivo, tais como gerente de banco, diretores de escola, delegado de polícia, su-
perintendes, diretores de autarquias, cônsul; (2) para militares cuja patente não é 
superior à de coronel. 
 
Para vereador em exercício da função de presidente da Câmara, usa-se “Vossa 
excelência”. Fora isso, o tratamento ao parlamentar é “Vossa Senhoria”. 
 
EMPREGO DE PRONOMES DE TRATAMENTO 
1. Diferença entre VOSSA e SUA→ Usa-se a forma VOSSA quando nos dirigimos à pes-
soa; a forma SUA é usada quando nos referimos à pessoa. 
✓ Vossa senhoria está bem? Se precisar, conte comigo! 
✓ Sua excelência está? Tenho uma reunião com ele daqui a pouco. 
 
2. Com pronome de tratamento, toda a frase fica em terceira pessoa. 
✓ Sabem vossas senhorias de suas responsabilidades? (correto) 
✓ Sabeis vossas senhorias de vossas responsabilidades? (errado) 
 
2. PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
Os pronomes demonstrativos são empregados, em geral, para estabelecer posição 
temporal ou espacial de palavras em relação a outras do discurso. 
Além disso, são usados também como elementos de coesão referencial. 
 
Os pronomes demonstrativos que nos interessam nesta aula são os seguintes: 
 
Pronomes Demonstrativos 
 
 
 
 
 
 
25 
• 1ª pessoa → esta(s), este(s), isto 
• 2ª pessoa → essa(s), esse(s), isso 
• 3ª pessoa → aquela(s), aquele(s), aquilo 
 
EMPREGO DE PRONOMES DEMONSTRATIVOS 
 
1. RELAÇÃO ESPACIAL 
 
➢ Para indicar o que está próximo do enunciador (emissor), usam-se os pronomes 
demonstrativos de 1ª pessoa. 
• Este lápis com que faço meus desenhos foi presente de um amigo. 
• Esta sala em que nos colocaram é muita fria. 
 
➢ Para indicar o que está próximo do receptor, usam-se os pronomes demonstrati-
vos de 2ª pessoa. 
• Esse colar no teu pescoço brilha mais à noite. 
• Essa revista perto de ti é tua? 
 
➢ Para indicar o que está distante do enunciador e do receptor, usam-se os prono-
mes demonstrativos de 3ª pessoa. 
• Nunca entrei naquela sala de reuniões do final do corredor. 
• Aquele helicóptero está fazendo manobras ousadas. 
 
 
 
 
 
 
2. RELAÇÃO TEMPORAL 
➢ Em relação ao presente, usam-se os pronomes demonstrativos de 1ª pessoa. 
• Nesta aula, estamos estudando o emprego de pronomes demonstrativos. 
• Neste ano que começa agora, quero me dedicar aos estudos ainda mais. 
 
➢ Em relação a passado próximo ou a futuro,usam-se os pronomes demonstrativos 
de 2ª pessoa. 
• Nesse último fim semana, estive fora da cidade. 
• Nesse mês que vem, pretendo ir à capital. 
 
➢ Em relação a passado distante, usam-se os pronomes demonstrativos de 3ª pes-
soa. 
• Naquele concílio do ano 787 (século 8º), a igreja decidiu que a composição artís-
tica pertencia aos padres. 
• Naquela época, muitas pessoas não sabiam como sobreviver à peste negra (sé-
culo XIV). 
 
 
Não se deve usar o advérbio AQUI + pronome demonstrativo de 2ª pessoa. 
» Esse carro aqui é demais! (errado) 
» Este carro aqui é demais! (certo) 
 
 
 
 
 
 
 
26 
3. RELAÇÃO REFERENCIAL 
➢ Para antecipar termos, ou seja, a fim de fazer referência ao que ainda vai ser men-
cionado pelo enunciador, usam-se pronomes demonstrativos de 1ª pessoa. 
• Guarde bem este conselho que vou dar: invista sempre em você! 
• Pense nisto: logo sua provação virá. 
 
➢ Para retomar termos, isto é, com o objetivo de fazer referência ao que já foi men-
cionado no texto, usam-se pronomes demonstrativos de 2ª pessoa. 
• Guarde, portanto, esse conselho que lhe dei. 
• Muitas pessoas falam demais, mais isso não quer dizer que elas estão com a razão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. PRONOMES RELATIVOS 
Pronome relativo é o termo que relaciona duas orações, substituindo, na oração de 
que faz parte, o termo que já apareceu na primeira oração. 
 
• Vi o garoto. O garoto estava concentrado na aula. 
 
 Na frase anterior, o termo “o garoto” se repete de forma desnecessária. Para resol-
ver essa situação, usamos um pronome relativo. 
 
• Vi o garoto, que estava concentrado na aula. 
 
Na frase anterior, o pronome relativo “que” foi empregado para manter a coesão 
textual, transformando dois períodos simples em um período composto por subordina-
ção. 
 
A seguir, tratarei de cada um deles de forma particular. 
 
a) Pronome relativo QUE 
• Substitui tudo (pessoa, animal, coisa) 
• Relativo universal (mais usado) 
• Pode ser substituído por O QUAL (e formas variantes) 
✓ O tempo que passou não volta mais. 
✓ Não fui o único que apreciou o espetáculo. 
✓ Cão que late morde sim. 
 
OBSERVAÇÃO 
Quando a relação referencial envolve aposto distributivo, procedemos da se-
guinte maneira: 
 
» usa-se o pronome demonstrativo de 1ª pessoa para retomar o termo mais pró-
ximo do pronome; 
» usa-se o pronome demonstrativo de 3ª pessoa para retomar o termo mais dis-
tante do pronome. 
● Gonçalves Dias e Basílio da Gama tematizaram, em suas obras, o índio brasi-
leiro; este no Arcadismo e aquele no Romantismo. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
O pronome relativo QUE costuma vir também depois dos pronomes demonstra-
tivos o, os, a, as. 
✓ Vi o que eles fizeram por você. (o = aquilo) 
✓ Fiquei sabendo do que eles disseram a seu respeito. (do = daquilo 
→de+aquilo) 
✓ Não ficarei conhecido como o que estraga surpresas! (o = aquele) 
✓ Não conheço a que chegou nem as que saíram há pouco. (a= aquela / as = 
aquelas) 
 
b) Pronome relativo CUJO (e formas variantes) 
• Indica posse 
• Concorda com o termo posterior a ele 
• Vem sempre seguido de substantivo 
• Nunca é precedido ou seguido de artigo 
 
✓ Para muitos, a paciência é uma árvore cuja raiz é amarga. 
✓ O garoto, cujas irmãs são gêmeas, também é muito inteligente. 
✓ O rapaz, cujo tutor era poliglota, também era versado em inúmeros idiomas. 
✓ Meu pai, cujos conselhos eram sempre oportunos, era muito sábio. 
 
 
 
 
 
 
 
c) Pronome relativo ONDE 
• Só deve ser usado se indica lugar (físico) 
• Pode ser substituído por em que, no qual (e formas variantes) 
 
✓ Casebre onde se ri tem mais valor do que mansão onde se chora. 
✓ Não conheço a empresa onde você trabalha. 
 
d) Pronome relativo QUEM 
• É usado para retomar apenas pessoa ou algo personificado 
• É sempre preposicionado 
• Pode ser substituído por O QUAL (e formas variantes) 
 
✓ O ser a quem tenho dedicado meu precioso tempo começou a falar. 
✓ O palestrante de quem te falei será o orador da turma. 
 
e) Pronome relativo O QUAL (e formas variantes) 
• Pode substituir coisa e pessoa 
• Pode vir contraído com preposição 
 
✓ Esse é o motivo pelo qual estudo tanto. 
✓ O assunto sobre o qual conversamos é sigiloso. 
OBSERVAÇÃO 
Conforme explicitadoacima, são erradas as formas “cujo o, cuja a, cujos os, cujas as”, 
pois cujo não é seguido de artigo. 
 
 
 
 
 
 
28 
✓ A pessoa da qual lhe falei está viajando. 
 
f) Pronome relativo QUANTO 
• Vem após os pronomes indefinidos TANTO (e formas variantes), TODO (e formas 
variantes), TUDO. 
 
✓ Tantos quantos queiram podem achegar-se à mesa e se servir. 
✓ Todos quantos puderem ajudar são bem-vindos. 
✓ Geralmente, perdemos tudo quanto colocamos em um prato sem fundo. 
 
g) Pronome relativo QUANDO 
• Indica tempo e atua como adjunto adverbial de tempo 
• Pode ser substituído por em que, no qual (e formas variantes) 
 
✓ Sempre chega o momento quando precisamos tomar um rumo na vida. 
 
h) Pronome relativo COMO 
• Pode se substituído por PELO QUAL (e formas variantes) 
• Costuma vir depois das palavras FORMA, MANEIRA, MODO e JEITO. 
 
✓ Sem dúvida, faz diferença a forma como oferecemos ajuda a alguém. 
✓ O jeito como você me olha é invasivo. 
 
Finalizando esta aula, gostaria de exemplificar uma afirmação feita no início: o pro-
nome relativo pode vir precedido de preposição. Para não errar quanto a isso, observe 
que preposição está sendo regida pela palavra (verbo ou nome) que vem depois do pro-
nome relativo. 
✓ Essa é a garota por quem ele está apaixonado. 
✓ Chegou o poeta de cujas ideias discordo. 
✓ Chegou o poeta com cujas ideias concordo. 
✓ Chegou o poeta a cujas ideias me referi. 
✓ Aquele é o general sob cujo comando lutei. 
✓ Chegou a pessoa por quem tenho grande afeição. 
✓ Estas são as ruas por que sempre passo. 
COLOCAÇÃO PRONOMINAL 
 
Os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, o(s), a(s), lhe(s) podem ser colo-
cados de três maneiras distintas em relação ao verbo: 
➢ próclise (pronome antes do verbo) 
➢ mesóclise (pronome no meio do verbo) 
➢ ênclise (pronome depois do verbo) 
 
PRÓCLISE 
No português do Brasil, predomina a próclise. No entanto, é preciso destacar que, 
de acordo com a norma padrão, não se deve iniciar oração com pronome oblíquo. 
• Me advertiram quanto ao estado da rodovia. (errado) 
 
 
 
 
 
 
29 
• Advertiram-me quanto ao estado da rodovia. (certo) 
 
A seguir, vejamos os principais casos de próclise: 
 
1. Com a preposição EM seguida de verbo no gerúndio. 
• Em se falando de futebol, prefiro não opinar. 
• Em se tratando de política, sou mais discreto ainda. 
 
2. Com pronomes relativos. 
• O escritor de que me falaram ganhou o prêmio Jabuti. 
• A rua onde me encontrava estava deserta. 
 
3. Com pronomes interrogativos. 
• Que nos disseste há pouco? 
• Quem te autorizou a fazer isso? 
 
4. Com pronomes indefinidos. 
• Ninguém se responsabilizou pelo ocorrido. 
• Todos se entreolharam naquele momento. 
 
5. Com pronomes demonstrativos. 
• Isso me pertence. 
• Aquilo me aborreceu bastante. 
 
Embora não seja o entendimento de muitos gramáticos, para a Academia 
Brasileira de Letras (ABL), a próclise é facultativa com pronome demonstrativo. 
» Isso me interessa. 
» Isso interessa-me. 
 
6. Com advérbio sem vírgula. 
• Ontem nos divertimos bastante. 
• Aqui se estuda português de verdade. 
 
7. Com palavras ou expressões negativas. 
• Não se esqueça da nossa reunião. 
• De modo algum lhe diria isso. 
 
8. Com conjunção coordenativa aditiva (com exceção do conectivo E). 
• Ela tanto nos viu quanto nos cumprimentou. 
• Ele não só me admira como também me idolatra. 
 
Com o conectivo E, sem palavra atrativa, a próclise é facultativa. 
» Ela foi ao meu escritório casa e me contou a verdade. 
» Ela foi ao meu escritório casa e contou-me a verdade. 
 
 
 
 
 
 
 
30 
Havendo palavra atrativa, a próclise é obrigatória. 
» Ela foi ao meu escritório casa e não me contou a verdade. 
 
9. Com conjunção coordenativa alternativa. 
• Seja nos fazendo rir, seja nos fazendo chorar, você sempre desperta grandes emo-
ções. 
• Ou se vive intensamente, ou se vive parcialmente. 
 
10. Com qualquer conjunção subordinativa. 
• Conforme me prometeu que seria, aconteceu. 
• Ele trabalha tanto que me preocupa. 
 
11. Com preposição seguida de infinitivo flexionado. 
• Por se desentenderem durante o jantar, romperam o acordo. 
• Firmaram parceria por se julgarem aptos ao trabalho em sociedade. 
 
12. Com orações que exprimem desejo (optativas). 
• Ao entrar, Deus te abençoe! 
• Ao sair, Deus te acompanhe! 
 
OBSERVAÇÕES 
A próclise é facultativa: 
 
a) Com sujeito expresso na frase sem palavra atrativa. 
• O rapaz se viu em apuros. 
• O rapaz viu-se em apuros. 
 
b) Com preposição + infinitivo não flexionado. 
• Fiz isso para os resguardar de críticas. 
• Fiz isso para resguardá-los de críticas. 
 
c) Com preposição + infinitivo não flexionado precedido de palavra negativa. 
• Ele agiu dessa maneira por não nos conhecer. 
• Ele agiu dessa maneira por não conhecer-nos. 
 
 
d) Com palavra negativa + infinitivo. 
• Desejo não o perturbar. 
• Desejo não perturbá-lo. 
MESÓCLISE 
➢ Ocorre mesóclise com verbo no futuro. 
• Devolver-te-ei o dinheiro ainda hoje. (futuro do presente) 
• Enviar-lhe-ia o documento amanhã. (futuro do pretérito) 
 
 
 
 
 
 
 
31 
➢ A mesóclise só é obrigatória se o verbo no futuro começa a frase. 
• Comunicar-te-ia o fato assim que soubesse dele. 
 
➢ Se o sujeito está expresso na frase, sem palavra atrativa, pode haver próclise além 
da mesóclise. 
• Ele te encontraria no shopping. 
• Ele encontrar-te-ia no shopping. 
 
➢ Se o verbo no futuro vem precedido de palavra atrativa, a próclise é obrigatória. 
• Nunca lhe diria essas coisas! 
 
ÊNCLISE 
A ênclise acontece nos casos a seguir: 
 
➢ Depois de verbo no imperativo afirmativo. 
• Pague-me a dívida agora! 
• Prometa-nos que fará isso por nós! 
 
➢ Com orações reduzidas de infinitivo. 
• É necessário dar-lhe as boas-novas. 
 
➢ Depois de vírgula ou de qualquer sinal de pontuação. 
• Por gentileza, ajude-me a levantar! 
• Por enquanto, saiu-se bem. 
 
Se há, no entanto, termo intercalado ou oração intercalada, o pronome oblíquo 
pode ficar depois do sinal de pontuação. 
• Todos, naquela dia, a olharam admirados. 
• Todos, naquela dia, olharam-na admirados. 
• Esse tipo de atitude, vale ressaltar, nos inspira. 
• Esse tipo de atitude, vale ressaltar, inspira-nos. 
 
➢ Se o verbo que inicia a frase não está no futuro, também ocorre ênclise. 
• Devolveram-me o dinheiro. 
• Compraram-nos uma casa nova. 
• 
NÃO HÁ ÊNCLISE 
 
1. Com verbo no futuro: 
» Enviarei-te as fotos. (errado) 
» Enviar-te-ei as fotos. (certo) 
 
2. Com verbo no particípio: 
» O metal havia fundido-se. (errado) 
» O metal se havia fundido. (certo) 
 
 
 
 
 
 
32 
» O metal havia-se fundido. (certo) 
 
EMPREGO DE PRONOMES OBLÍQUOS EM LOCUÇÕES VERBAIS 
1. Se não há palavra que obriga a próclise antes da locução verbal, o pronome oblíquo 
pode ser usado antes do verbo auxiliar, depois do verbo auxiliar e depois do verbo prin-
cipal, exceto quando está no particípio. 
 
a) verbo auxiliar + infinitivo 
• Eu lhe devia comunicar o fato. 
• Eu devia-lhe comunicar o fato. 
• Eu devia comunicar-lhe o fato. 
 
b) verbo auxiliar + gerúndio 
• Eu lhe estava devolvendo a gentileza. 
• Eu estava-lhe devolvendo a gentileza. 
• Eu estava devolvendo-lhe a gentileza. 
 
c) verbo auxiliar + particípio 
• Ele se havia ferido levemente no braço. 
• Ele havia-se ferido levemente no braço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Quando a locução verbal é precedida de palavra atrativa, o pronome oblíquo pode ser 
usado somente antes do verbo auxiliar e depois do verbo principal (exceto quando este 
vem no particípio). 
 
a) verbo auxiliar + infinitivo 
• Eu não lhe devia comunicar o fato. 
• Eu não devia comunicar-lhe o fato. 
 
b) verbo auxiliar + gerúndio 
• Eu não lhe estava devolvendo a gentileza. 
• Eu não estava devolvendo-lhe a gentileza. 
 
c) verbo auxiliar + particípio 
OBSERVAÇÃO 
Com verbo auxiliar no futuro, sem palavra atrativa, ocorre a se-
guinte composição: 
» Ela me deverá dizer a verdade. 
» Ela dever-me-ádizer a verdade. 
» Ela deverá dizer-me a verdade. 
 
Em outras palavras, o pronome oblíquo não pode ficar depois do 
verbo auxiliar. 
 
 
 
 
 
 
 
33 
• Ele não se havia ferido levemente no braço. 
 
VERBOS 
 
I. Classificação 
a) Regulares: não sofrem alteração no radical. Ex.: cantar vender e partir 
b) Irregulares: sofrem alteração no radical. Ex.: fazer e dizer 
c) Defectivos: não apresentam conjugação completa. Ex.: abolir, falir e colorir 
d) Anômalos: apresentam profundas e irregularidades. Ex.: ser e ir. 
e) Abundantes: apresentam mais de uma forma, sobretudo no particípio. Ex.: pagar, ga-
nhar e gastar. 
 
MODOS VERBAIS E TEMPOS VERBAIS 
Os modos são indicativo, subjuntivo e imperativo. Vale destacar que os modos 
verbais dizem respeito às formas como os verbos se expressam. 
Os tempos verbais são presente, pretérito e futuro. 
 
TEMPOS SIMPLES DO MODO INDICATIVO 
O modo indicativo exprime certeza e está relacionado aos tempos presente, preté-
rito (perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). 
 
a) Presente 
O presente do indicativo indica o que ocorre no momento da fala ou uma ação cos-
tumeira. 
• Estou preocupado com você. 
• Estudo sempre de madrugada. 
 
 
 
 
 
 
 
b) Pretérito Perfeito 
 O pretérito perfeito indica um fato passado já concluído em relação ao momento da 
fala. 
• Conversei isso ontem com ele. 
• Passei no teste. 
 
c) Pretérito Imperfeito 
O pretérito imperfeito representa um fato anterior ao momento da fala com diver-
sos usos, tais como: 
• Ele trabalhava dezesseis horas por dia. (ação contínua, repetitiva) 
• Era uma vez, uma linda princesa solitária num castelo. (fatos fictícios) 
OBSERVAÇÃO 
Às vezes, o presente do indicativo pode relacionar-se a outras situações: 
• Em 1500, a frota de Cabral chega por aqui. (substitui o pretérito perfeito) 
• Próximo ano, começo minha dieta. (substitui o futuro) 
 
 
 
 
 
 
 
34 
• Ele decidiu ir ao escritório para rever amigos que trabalhavam lá antes de sua 
demissão. (ação passada com possível continuidade no presente) 
 
d) Pretérito Mais-Que-Perfeito 
O pretérito mais-que-perfeito representa um fato remoto, distante, muitas vezes 
anterior a outro fato que já está no passado. 
• Isso ocorrera há muitos séculos. 
• O aluno comentou que passara no exame. 
 
 Ainda, pode expressar desejo. 
• Tomara que minha aprovação venha logo! 
 
e) Futuro do Presente 
O futuro do presente expressa ação posterior ao momento da fala. 
• Serei aprovado em breve. 
• Resolveremos isso ainda hoje. 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) Futuro do Pretérito 
O futuro do pretérito, geralmente, representa uma ação posterior a um fato pas-
sado. 
• Ele garantiu que me pagaria a dívida. 
 
 Pode ainda representar qualquer fato hipotético. 
• Se eu ganhasse na loteria, continuaria a mesma pessoa. 
• Teria ele dito isso mesmo? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEMPOS SIMPLES DO MODO SUBJUNTIVO 
O modo subjuntivo expressa, de modo geral, hipótese, possibilidade, desejo. É cha-
mado de modo verbal hipotético. 
Apresenta três tempos: presente, pretérito imperfeito e futuro. 
 
OBSERVAÇÃO 
O futuro do presente ainda pode, a depender do contexto, referir-se a uma ação 
no presente com valor de imperativo. 
• Não furtarás! 
• Não matarás! 
 
OBSERVAÇÃO 
Constitui incorreção gramatical o emprego do pretérito imperfeito no lugar do futuro 
do pretérito. 
• Se eu tivesse muita grana, comprava uma casa na serra e uma na praia. (errado 
/ pretérito imperfeito) 
• Se eu tivesse muita grana, compraria uma casa na serra e uma na praia. (certo / 
futuro do pretérito) 
 
 
 
 
 
 
 
35 
a) Presente 
• Caso o veja, dê-lhe lembranças minhas. 
• Espero que você esteja bem. 
• Caso se esforce, conseguirá essa vaga. 
• Quer fale, quer escreva, suas palavras não me convencerão do contrário. 
 
b) Pretérito Imperfeito 
Representa um fato hipotético em qualquer tempo (presente, passado ou futuro). 
• Minha mãe pediu que eu não fizesse isso. 
• Embora ele soubesse o que estava fazendo, agiu contra nossa vontade. 
• Se você quisesse, seria capaz de conquistar o mundo! 
 
c) Futuro 
Em geral, o futuro do subjuntivo expressa relações temporais. 
• Quando você passar no concurso, sua vida mudará para melhor. 
• Quanto mais estudar, mais chance terá na prova. 
 
O futuro do subjuntivo também pode expressar conformidade ou condição. 
• Façam a tarefa como quiserem. 
• Se puderem, façam a tarefa ainda hoje. 
 
MODO IMPERATIVO 
O modo imperativo pode ser afirmativo ou negativo. Geralmente, expressa ordem, 
mas também pode apresentar outros aspectos, como súplica, conselho, desejo, pedido. 
• Levante-se daí agora mesmo! 
• Não estude deitado e ouvindo música. 
• Não me demita, por favor! 
• Estude, que vale apena. 
• Fica comigo esta noite... 
• Traga um copo de água para mim, por gentileza. 
 
Além disso, vale ressaltar o seguinte: 
(1) Não apresenta a primeira pessoa do singular (eu) 
(2) Os pronomes de terceira pessoa ele, ela, eles e elas são substituídos pelos pro-
nomes você, vocês. 
 
A depender do contexto, pode ser expresso por: 
 
➢ Verbos no infinitivo e no gerúndio. 
• Tomar duas vezes por dia. 
• Circulando, senhores! 
 
➢ Tempos verbais do modo indicativo: 
• Você não sai daqui! (presente) 
• Você ficará em casa hoje. (futuro) 
 
 
 
 
 
 
36 
II. FLEXÃO VERBAL 
É preciso destacar três tempos verbais cuja flexão tem sido muito cobrada 
em provas: 
 
➢ Pretérito imperfeito do subjuntivo (desinência – SSE) 
• Se eu → coubesse, viesse (vir), visse (ver) pusesse, tivesse 
 
➢ Futuro do subjuntivo (desinência – R) 
• Quando eu → couber, vier (vir), vir (ver), puser, tiver 
 
➢ Pretérito mais-que-perfeito (desinência – RA) 
• Eu →coubera, viera (vir), vira (ver), pusera, tivera 
 Verbo INTERVIR 
O verbo intervir é bastante cobrado em provas. Por essa razão, muita 
atenção, sobretudo à terceira pessoa do singular do pretérito perfeito: 
» pretérito perfeito: eu intervim, tu intervieste, ele/ela interveio, nós inter-
viemos, vós interviestes, eles/elas intervieram. 
 
Formas derivadas do verbo VER na 1ª/3ª pessoa do singular 
• Antever → antevisse, antevir, antevira. 
• Prever → previsse, previr, previra. 
• Rever → revisse, revir, revira. 
 
III. FORMAÇÃO DOS TEMPOS COMPOSTOS 
 
A) MODO INDICATIVO 
 
Pretérito perfeito composto 
 É formado pelo presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio de 
qualquer verbo. 
Ex.: O governo tem investido (= investiu) muito em saúde e em educação em nosso 
país. 
 Eu tenho estudado (= estudei) muito para o vestibular. 
 
Pretérito mais-que-perfeito composto 
 É formado pelo pretérito imperfeito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o 
particípio de qualquer verbo. 
Ex.: A universidade havia mudado(= mudara) a data do vestibular. 
 Tu realmente havias feito (=fizeras) aqueles comentários acerca da vida íntima do 
colega? 
 
Futuro do presente composto 
 É formado pelo futuro do presente do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o 
particípio de qualquer verbo. 
Ex.: Quando o professor chegar, já terei terminado (= terminarei) as tarefas. 
Teremos feito (=faremos) o certo, se procedermos dessa maneira. 
 
 
 
 
 
 
37 
 
Futuro do pretérito composto 
 É formado pelo futuro do pretérito do indicativo dos verbos Ter ou Haver mais o 
particípio de qualquer verbo. 
Ex.: A corrupção teria diminuído (=diminuiria) se não fosse a impunidade. 
Teríamos feito (=faríamos) o melhor, se o computador não estivesse com defeito. 
 
Obs.: Não existe presente ou pretérito imperfeito composto. 
 
B) MODO SUBJUNTIVO 
 
Pretérito perfeito composto 
 É formado pelo presente do subjuntivo dos verbos Ter ou Haver mais o particípio 
de qualquer verbo. 
Ex.: Acredito que você tenha estudado bastante para o exame em que foi o primeiro 
colocado. 
 Penso que tenham facilitado a fuga dos detentos. 
 
Pretérito

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