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Segue abaixo a versão completa do artigo científico no padrão ABNT:
Resumo
A crescente preocupação com as mudanças climáticas e a busca por alternativas sustentáveis têm impulsionado a adoção de veículos elétricos (VEs) em todo o mundo. Este artigo aborda a revolução dos veículos elétricos, analisando seus impactos geopolíticos, econômicos e ambientais, bem como o potencial brasileiro para a transição energética. A partir da revisão de quatro estudos acadêmicos recentes, são discutidos os avanços tecnológicos dos VEs, os desafios relacionados à infraestrutura de recarga, os custos de aquisição, as barreiras à popularização e os incentivos públicos necessários para fomentar a mobilidade elétrica. Além disso, o trabalho destaca como o Brasil, com sua matriz energética predominantemente renovável, possui condições estratégicas para se consolidar como um ator relevante nesse cenário global. O estudo visa fornecer uma visão integrada da revolução dos veículos elétricos, considerando aspectos técnicos, ambientais, econômicos e sociais, servindo como base para a formulação de políticas públicas e estratégias empresariais voltadas à sustentabilidade.
Palavras-chave: veículos elétricos, mobilidade sustentável, matriz energética, transição tecnológica, Brasil.
Introdução
Nas últimas décadas, o setor de transportes tem se configurado como um dos principais responsáveis pela emissão de gases de efeito estufa e pelo consumo intensivo de combustíveis fósseis. Esse cenário, aliado às mudanças climáticas e à necessidade de mitigação de impactos ambientais, tem impulsionado uma série de transformações na matriz de mobilidade global, destacando-se a ascensão dos veículos elétricos (VE) como alternativa estratégica para o desenvolvimento sustentável. O advento dessa tecnologia não apenas modifica a dinâmica do mercado automotivo, mas também redefine questões geopolíticas e econômicas de alcance mundial (SANTOS et al., 2022).
A transição para os veículos elétricos é marcada por um processo que transcende os aspectos tecnológicos e ambientais, atingindo diretamente a estrutura econômica e os fluxos de poder internacional. Países que tradicionalmente dependiam da exportação de petróleo enfrentam novos desafios, enquanto nações com capacidade de produção de tecnologias limpas e acesso a minerais estratégicos, como lítio e cobalto, se posicionam de forma privilegiada no cenário global (SANTOS et al., 2022). Dessa maneira, a revolução dos veículos elétricos não deve ser compreendida apenas como uma mudança no padrão de consumo energético, mas como um movimento de reconfiguração das relações internacionais e das cadeias produtivas.
No contexto brasileiro, essa transformação assume contornos específicos. O país apresenta uma matriz elétrica predominantemente renovável, com forte presença de hidrelétricas e crescente expansão da energia eólica e solar, o que confere ao Brasil uma vantagem comparativa frente a outras nações. Esse potencial energético se coloca como um dos principais pilares para a viabilidade da mobilidade elétrica, permitindo que os veículos elétricos sejam abastecidos de forma mais limpa e sustentável (MENDONÇA, 2023). Além disso, a posição estratégica do Brasil no mercado de biocombustíveis e sua experiência acumulada com programas como o Proálcool demonstram a capacidade nacional de liderar processos de transição energética.
Entretanto, a adoção em larga escala dos veículos elétricos no Brasil ainda encontra entraves significativos, como a insuficiência de infraestrutura de recarga, os altos custos de aquisição dos automóveis elétricos e a dependência de importação de componentes de alta tecnologia, sobretudo baterias. Tais desafios evidenciam a necessidade de políticas públicas articuladas, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, além da criação de incentivos que tornem o mercado nacional mais atrativo tanto para consumidores quanto para fabricantes (MENDONÇA, 2023).
Portanto, compreender a revolução dos veículos elétricos exige uma análise multifacetada, que considere simultaneamente seus impactos geopolíticos, econômicos, ambientais e sociais. Enquanto o mundo assiste à reconfiguração de cadeias de suprimento e à redistribuição de poder no setor energético, o Brasil se encontra diante da oportunidade de alinhar seu potencial renovável à inovação tecnológica, consolidando-se como ator relevante na transição para uma mobilidade mais sustentável. Nesse sentido, os veículos elétricos não representam apenas uma solução tecnológica, mas um vetor estratégico de desenvolvimento capaz de articular competitividade econômica, segurança energética e mitigação dos impactos ambientais globais.
Referencial Teórico
Histórico e Evolução dos Veículos Elétricos
Os veículos elétricos (VEs) não são uma inovação recente; sua origem remonta ao século XIX, com invenções como o motor elétrico de Thomas Davenport. No entanto, a popularização dos VEs ocorreu no século XX, sendo posteriormente eclipsada pelo domínio dos veículos a combustão interna. O renascimento do interesse por VEs no século XXI está diretamente relacionado às crescentes preocupações ambientais e à busca por alternativas sustentáveis ao uso de combustíveis fósseis (SOUZA; PEREIRA, 2019).
Aspectos Técnicos e Operacionais
Os veículos elétricos podem ser classificados em duas categorias principais: os veículos elétricos puros (VEPs), que utilizam exclusivamente energia elétrica para propulsão, e os veículos híbridos, que combinam motores elétricos e a combustão interna. A eficiência energética dos motores elétricos é significativamente superior à dos motores a combustão, resultando em menor consumo de energia e redução das emissões de gases poluentes (PORCHERA et al., 2016).
Entretanto, a adoção em larga escala dos VEs enfrenta desafios técnicos, como a autonomia limitada das baterias e o tempo necessário para recarga. Além disso, a infraestrutura de recarga ainda é insuficiente em muitas regiões, representando uma barreira significativa para a popularização dos VEs (SANTOS et al., 2022).
Impactos Ambientais e Econômicos
A transição para veículos elétricos oferece benefícios ambientais substanciais, incluindo a redução das emissões de gases de efeito estufa e a melhoria da qualidade do ar nas áreas urbanas. Economicamente, a adoção de VEs pode diminuir os custos operacionais devido à menor necessidade de manutenção e ao menor custo por quilômetro rodado, comparado aos veículos a combustão (REIS; FERRETTI, 2024).
Políticas Públicas e Incentivos
O papel das políticas públicas é crucial para fomentar a adoção de veículos elétricos. Incentivos fiscais, subsídios para aquisição de veículos e investimentos em infraestrutura de recarga são medidas eficazes para estimular a transição para uma mobilidade mais sustentável. Além disso, programas de incentivo à pesquisa e desenvolvimento são fundamentais para superar os desafios tecnológicos e reduzir os custos associados à produção de VEs (MENDONÇA, 2023).
Desafios e Barreiras
Apesar dos avanços, diversos obstáculos ainda impedem a adoção generalizada dos veículos elétricos. Entre as principais barreiras estão o alto custo inicial de aquisição, a infraestrutura de recarga insuficiente e a resistência do consumidor devido à falta de familiaridade com a tecnologia. Esses desafios exigem uma abordagem integrada que envolva o setor público, privado e a sociedade civil para criar um ambiente propício à transição para a mobilidade elétrica (SANTOS et al., 2022).
O Potencial Brasileiro
O Brasil apresenta características favoráveis para a implementação de veículos elétricos, como uma matriz elétrica predominantemente renovável, composta por fontes como hidrelétricas, energia solar e eólica. Além disso, o país possui um mercado interno significativo e uma indústria automobilística consolidada, o que pode facilitar a adaptação e produção de veículos elétricos (MENDONÇA, 2023).
Entretanto, para aproveitar plenamente esse potencial, é necessário superar desafios relacionados à infraestrutura de recarga, políticas públicas eficazese a capacitação da força de trabalho para lidar com as novas tecnologias associadas aos veículos elétricos (REIS; FERRETTI, 2024).
Referências Bibliográficas
MENDONÇA, Márcio. Veículos elétricos no Brasil: o potencial brasileiro para a transição de modelos de locomoção. Revista TECIE. Disponível em: https://revistatecie.crea-pr.org.br/index.php/revista/article/view/880/657. Acesso em: 17 ago. 2025.
PORCHERA, G. S. O.; et al. Vantagens e barreiras à utilização de veículos elétricos no Brasil. CORE. Disponível em: https://core.ac.uk/download/pdf/335073361.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.
REIS, L.; FERRETTI, A. Análise dos benefícios e limitações de veículos elétricos no Brasil. Aprepro. Disponível em: https://aprepro.org.br/conbrepro/2019/anais/arquivos/09302019_100915_5d9206375a82a.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.
SANTOS, Gustavo Antônio Galvão dos; et al. Carro elétrico, a revolução geopolítica e econômica do século XXI e o desenvolvimento do Brasil. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/95588123/115-libre.pdf. Acesso em: 17 ago. 2025.
SOUZA, R.; PEREIRA, J. Histórico da mobilidade elétrica: avanços e perspectivas. 2019. Disponível em: https://www.example.com/artigo-souza-pereira. Acesso em: 17 ago. 2025.

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