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Direitos reservados ao C.N.P.J. 03.282.218/0001-74 
É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico, reprográfico, 
etc., sem a autorização por escrito da editora.
Série Ouro
As lamentáveis estatísticas do trânsito brasileiro permitem deduzir que nós, condutores, ainda não 
compreendemos muito bem esse complexo sistema social. 
Gostamos de pensar que somos bons motoristas, e que dirigimos muito bem. Mesmo que fosse 
verdade, esquecemos de que isso não é suficiente. É preciso conhecer, compreender e adaptar-se a 
um complexo conjunto de regras, criadas para estimular comportamentos coerentes com as atuais 
exigências da sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança. 
Quando temos nosso direito de dirigir suspenso, é sinal que algo não deu certo. Independente de quais 
tenham sido os motivos, uma decisão inteligente, é aproveitar o momento para fazer uma revisão real 
de conceitos.
A metodologia Tecnodata oferece todos os recursos para que isso aconteça de forma completa, 
eficiente e agradável. 
CURSO DE RECICLAGEM PARA
CONDUTORES INFRATORES
29ª Edição - Julho 2024
Atualizada pelas Resoluções Vigentes do CONTRAN.
EXPEDIENTE
Projeto e Redação final
César B. Bruns
Pesquisa, Redação e Revisão
Carlos B. Bruns
Celso A. Mariano
César B. Bruns
Elaine Sizilo
Mariana L. Czerwonka
Ruclécia Sottomaior
Consultoria Técnica em Primeiros Socorros
Francisco Félix da Costa Filho (socorrista)
Capa
Marcelo Peralta
Projeto Gráfico e Diagramação
Tecnodata Educacional
Ilustrações
Carlos Alberto Noviski
Cléberson Orcheski
Marco Aurélio Pereira
Paulo Roberto Cavalcanti
Agradecimentos Especiais
Dr. David Duarte Lima
Dr. Roberto Luiz d’Avila
Alessandro C. Martins
Anna Maria Prediger
Erico Bratfish
Fabrício Medeiros
Neuclair Silvestrini
A todos os instrutores do Brasil que 
colaboram enviando sugestões para a 
melhoria dos materiais.
FICHA CATALOGRÁFICA
Curso de Reciclagem para Condutores Infratores / pesquisa e redação final 
César B. Bruns. Curitiba: TECNODATA, 2024. 120 P.: il.col.; 15x21 cm.
1. Trânsito - Legislação Brasil. 2. Trânsito - Sinais e sinalização - Brasil 
3. Motoristas - Educação. I. Bruns, César B. II. TECNODATA.
 
CDD (20a ed.)
38 8.31
Dados internacionais de catalogação na publicação
Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira
TELEVENDAS 0800 600 1800
Vendas e Distribuição:
TECNODATA Trânsito Ltda
Rua Suécia, 623 - Tarumã CEP: 82.800-060 - Curitiba - PR
Fone/fax: (0**41) 3361-1800 
E-mail: tecnodata@tecnodataeducacional.com.br
w w w . t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . c o m . b r
ÍNDICE
Legislação de trânsito
Introdução 5
Código de Trânsito Brasileiro 5
Direitos e deveres do cidadão no trânsito 6
Sistema Nacional de Trânsito 6
As vias 7
Velocidade máxima nas vias 8
Classificação geral dos veículos 9
Identificação dos veículos 9
Transferência de propriedade 11
Identificação do condutor 12
Processo de habilitação 12
Categorias de CNH 13
Renovação da CNH 14
Normas gerais de circulação e conduta 15
Trafegando 16
Restrições de uso das vias 16
Prioridade de passagem 16
Cruzamentos 17
Mudanças de direção e manobras 17
Ultrapassagens 18
Reduzir, frear, parar e estacionar 19
Uso de luzes e buzina 20
Normas de circulação para ciclos 20
Normas de circulação para pedestres 21
Sinistros de trânsito (acidentes) 21
Crimes de trânsito 21
Questões 24
Infrações de trânsito
Infração, penalidades e medidas administrativas 25
Condutor 28
Habilitação: dirigir ou permitir que alguém dirija 29
Veículos 30
Veículo - identificação e documentação 30
Circulação 31
Parar ou imobilizar o veículo 31
Não parar 32
Transitar com veículo automotor 32
Velocidade 32
Não reduzir 33
Efetuar retornos e conversões 33
Não dar passagem ou preferência 33
Efetuar ultrapassagens 34
Estacionar 34
Luzes e sinais 35
Buzina e som 35
Motocicleta, motoneta e ciclomotor 35
Transportes e cargas 36
Pedestres e veículos não motorizados 36
Sinistros de trânsito (acidentes) 37
Questões 37
Sinalização
Resolução 973/22 38
Sinalização vertical: 38
De regulamentação 38
De advertência 41
Especial de advertência 43
De indicação 44
Sinalização horizontal 47
Dispositivos auxiliares 48
Semafórica 50
De obras 50
Gestos dos agentes de trânsito 50
Gestos de condutores 51
Sinais sonoros 51
Questões 51
Direção defensiva
Introdução 52
Negligência, imprudência e imperícia 52
Elementos da direção e da pilotagem defensiva 53
Conhecimento 54
Condições adversas: 55
De iluminação 55
De tempo 56
Das vias 59
De trânsito 61
Do veículo 62
De cargas 62
De passageiros 63
Do condutor: 64
Álcool 65
Medicamentos 66
Drogas 67
Uso do celular ao dirigir 67
Sono e fadiga 67
Condições adversas – considerações finais 68
Atenção 69
Previsão 69
Habilidade 70
Ação 70
Cinto de segurança 70
Equipamentos de segurança do motociclista 71
Acidentes 72
ÍNDICE
Como evitar acidentes: 73
Acidentes com motos 73
Velocidade compatível 74
Evitando colisões: 75
Com o veículo da frente 75
Com o veículo de trás 76
Com os demais veículos 76
Com veículos em sentido contrário 77
Em ultrapassagens 77
Em curvas 78
Em cruzamentos 79
Em marcha à ré 79
Veículos de pequeno X grande porte 79
Pontos cegos 80
Entre automóveis e motocicletas 81
Com veículos não motorizados 82
Com pedestres 83
Com animais 84
Com elementos fixos 85
Direção ou pilotagem defensiva em rodovias 85
Questões 86
Primeiros socorros
Introdução 88
Quem deve prestar socorro às vítimas? 88
Primeiros procedimentos em caso de acidente 
de trânsito 90
Análise do local do acidente 91
Protegendo-se contra infecções 91
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito 92
Atendendo as vítimas 92
Avaliação primária e suporte básico de vida 92
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respi-
rar 93
RCP – Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmo-
nar 93
Respiração artificial (American Heart Association) 94
Avaliação secundária em vítimas de acidentes 95
Desmaio 95
Estado de choque 96
Convulsões 97
Hemorragias 97
Fraturas: 98
Fechadas 99
Abertas ou expostas 99
Lesão na coluna vertebral 100
De crânio 101
De costelas 101
De quadril 101
Queimaduras 102
Ferimentos nos olhos 103
Ferimentos no tórax e abdômen 103
Acidentes envolvendo veículos que transportam 
produtos perigosos 104
Como prestar auxílio em caso de acidente 
com motociclista 104
Movimentação e transporte de emergência 104
Questões 105
Relacionamento interpessoal
Introdução 107
O indivíduo, o grupo e a sociedade 107
Diferenças individuais 108
O bom relacionamento 108
Bom relacionamento no trânsito 109
Qualidade no relacionamento interpessoal 110
O cidadão e o trânsito 111
Comportamento no trânsito 112
Tipos de comportamento 113
Conflitos no trânsito 115
O estresse 115
O estresse e o trânsito 116
Questões 117
Gabarito das questões 118
Bibliografia 118
Anotações 119
5Legislação de Trânsito 
LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO 
A legislação de trânsito no Brasil é formada pela Lei nº 9.503/97 – 
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e por um conjunto de resoluções, 
portarias, decretos e normatizações complementares.
O Código de Trânsito Brasileiro – CTB fundamenta seu conteúdo na 
segurança do trânsito, no respeito pela vida e na defesa e preservação 
do meio ambiente.
O CTB define atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito, 
fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego, estabelece normas de 
conduta, define infrações e penalidades para os usuários do trânsito.
Nesta obra analisamos e interpretamos a legislação de trânsito sob o 
ponto de vista do usuário das vias, com ênfase para o condutor.
O Código de Trânsito Brasileiro tem como base a Constituição do Brasil, 
respeita a Convenção de Viena e o Acordo do Mercosul. 
Convenção de Viena – 1968
A padronização da sinalização e normas de trânsito internacionais, ado-
tadas pelo Brasil e diversos países,5 195,23 Multa e retenção para regularização
Seguradora não comunicar a perda do veículo e 
devolver placas e documentos
243 Grave 5 195,23
Multa e recolhimento das placas e do-
cumentos
Em desacordo com as especificações ou sem iden-
tificação exigida por lei
237 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Iluminação e sinalização com defeito ou lâmpada 
queimada
230 Média 4 130,16 Multa
Veículo - Identificação e documentação
Ausência, violação, falsificação ou falta de legibili-
dade, das placas, do lacre e do número do chassi
230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Prestar falsa declaração de domicílio 242 Gravíssima 7 293,47 Multa
Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Não entregar documento para averiguação mediante 
recibo
238 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Falsificar ou adulterar documento de habilitação ou 
identificação de veículo
234 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Não promover a baixa de veículo irrecuperável 240 Grave 5 195,23
Multa, recolhimento do CRV e 
licenciamento anual
Não registrar transferência de propriedade em 30 
dias 
233 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Placas em desacordo com especificações e mode-
los estabelecidos pelo CONTRAN
221 Média 4 130,16
Multa, retenção do veículo e apreensão 
das placas
Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 88,38 Multa e retenção do veículo
Não atualizar cadastro de registro de veículo ou 
de habilitação
241 Leve 3 88,38 Multa
31Infrações de Trânsito
Circulação
Promover ou participar de competição não autori-
zada, exibição demonstração de perícia**
174
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70
Multa, recolhimento da CNH, apreensão 
e remoção do veículo e suspensão do 
direito de dirigir
Disputar corrida (competição ou rivalidade) em vias 
públicas**
173
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70
Multa, recolhimento da CNH, apreensão 
e remoção do veículo e suspensão do 
direito de dirigir
Efetuar manobras perigosas, arrancadas, derrapa-
gens, ou frenagens em vias públicas**
175
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70
Multa, recolhimento da CNH, apreensão 
e remoção do veículo e suspensão do 
direito de dirigir
Ameaçar pedestres ou veículos que cruzam a via 170 Gravíssima 7 293,47
Multa, recolhimento da CNH, retenção 
do veículo e suspensão do direito de 
dirigir
Trafegar em faixa ou via de trânsito exclusiva para 
circulação de veículos do transporte público coleti-
vo de passageiros
184 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo 
Trafegar na faixa da esquerda, quando ela for des-
tinada a outro tipo de veículo
184 Grave 5 195,23 Multa
Arremessar água ou detritos sobre pedestres ou 
veículos
171 Média 4 130,16 Multa
Trafegar fora da faixa destinada ao veículo, exceto 
em emergência
185 Média 4 130,16 Multa
Veículo lento e de maior porte trafegando fora da 
faixa da direita
185 Média 4 130,16 Multa
Não se deslocar para a faixa mais à direita ou mais 
à esquerda para realizar conversões para um des-
ses lados
197 Média 4 130,16 Multa
Conduzir de forma desatenta ou descuidada 169 Leve 3 88,38 Multa
Trafegar na faixa da direita, quando ela for destina-
da a outro tipo de veículo
184 Leve 3 88,38 Multa
Parar ou imobilizar o veículo
Usar qualquer veículo para, deliberadamente, inter-
romper, restringir ou perturbar a circulação na via**
253-A
Gravíssima
(20X)
7 5.869,40
Multa, suspensão do direito de dirigir 
por 12 meses, remoção do veículo
* Multa agravada em 60X aos organi-
zadores.
Bloqueando a via com o veículo 253 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Sobre ciclovia ou ciclofaixa 182 Grave 5 195,23 Multa
Sobre a pista nas estradas, vias de trânsito rápido, 
vias com acostamento, ciclovia ou ciclofaixa
182 Grave 5 195,23 Multa
Para reparos na via, em rodovia e via de trânsito 
rápido
179 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Em viadutos, pontes e túneis, locais e horários não 
permitidos
182 Média 4 130,16 Multa
A menos de 5m das esquinas, nos cruzamentos, 
na contramão de direção, ou afastado mais de 1m 
do meio-fio
182 Média 4 130,16 Multa
Sobre faixa de pedestres na mudança de sinal 183 Média 4 130,16 Multa
Permanecer imobilizado por falta de combustível 180 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Afastado de 0,5 a 1m do meio-fio, na faixa para 
pedestres, no passeio, ilhas, refúgios, canteiros, 
divisores de pista e marcas de canalização em de-
sacordo às posições estabelecidas no CTB
182 Leve 3 88,38 Multa
Para reparo do veículo, nas demais vias 179 Leve 3 88,38 Multa
32 Infrações de Trânsito
Não parar 
Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 293,47 Multa
Em sinal vermelho do semáforo ou o de parada 
obrigatória, exceto onde houver sinalização que 
permita a livre conversão à direita prevista no 
art. 44-A 
208 Gravíssima 7 293,47 Multa
Para agrupamento de pessoas, passeatas, desfiles 213 Gravíssima 7 293,47 Multa
Retirar do local o veículo retido por agente de 
trânsito
239 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo 
Ao se aproximar de bloqueio policial (transpor) 210 Gravíssima 7 293,47
Multa, recolhimento da CNH, apreensão 
e remoção do veículo e suspensão do 
direito de dirigir
Para agrupamento de veículos, cortejos, forma-
ções militares
213 Grave 5 195,23 Multa
Transpor bloqueio viário, área de pesagem ou 
evadir-se de pedágio
209 Grave 5 195,23 Multa
Desobedecer ordens de autoridades ou agentes 
de trânsito
195 Grave 5 195,23 Multa
No acostamento da direita, antes de fazer conver-
são à esquerda em vias com acostamento e sem 
local apropriado para retorno
204 Grave 5 195,23 Multa
Transitar com veículo automotor
Nas calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, 
ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, can-
teiros centrais e divisores de pista de rolamento, 
acostamentos, marcas de canalização, gramados 
e jardins
193
Gravíssima
(3X)
7 880,41 Multa
Na contramão, em vias de sentido único 186 Gravíssima 7 293,47 Multa
Na contramão, em vias de sentido duplo 186 Grave 5 195,23 Multa
De ré em trechos longos ou com perigo 194 Grave 5 195,23 Multa
Sem manter distância segura lateral ou frontal dos 
demais veículos ou do bordo da via
192 Grave 5 195,23 Multa
Em locais e horários não permitidos 187 Média 4 130,16 Multa
Ao lado de outro veículo, interrompendo o trânsito 188 Média 4 130,16 Multa
Com motor desligado ou com o câmbio desengre-
nado, em declive
231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo
Velocidade 
Transitar em qualquer via em velocidade superior à 
máxima em mais de 50%
218
Gravíssima
(3X)
7 880,41 Multa e suspensão do direito de dirigir
Transitar em qualquer via em velocidade entre 20% 
e 50% superior à máxima 
218 Grave 5 195,23 Multa
Transitar em qualquer via em velocidade até 20% 
superior à máxima
218 Média 4 130,16 Multa
Inferior à metade da velocidade máxima permi-
tida, exceto na faixa da direita ou em condições 
adversas
219 Média 4 130,16 Multa
33Infrações de Trânsito
Não reduzir 
Ao aproximar-se de passeatas, cortejos, aglome-
rações, desfiles, hospitais, escolas, estações de 
embarque/desembarque
220 Gravíssima 7 293,47 Multa
Ao ultrapassar ciclista 220 Gravíssima 7 293,47 Multa
Ao aproximar-se de interseção não sinalizada, da 
guia de calçada, acostamento ou locais controla-
dos pelo agente 
220 Grave 5 195,23 Multa
Em vias rurais, sem cercas ou com animais 
próximos
220 Grave 5 195,23 Multa
Ao aproximar-se de trabalhadores na pista ou 
obras sinalizadas
220 Grave 5 195,23 Multa
Sob chuva, neblina, cerração e condições de pouca 
visibilidade
220 Grave 5 195,23 Multa
Em pista escorregadia, defeituosa ou avariada, cur-
vas fechadas ou declive
220 Grave 5 195,23 Multa
Efetuar retornos e conversões
Em curvas, aclives, declives, pontes, viadutos, 
túneis, interseções e em locais proibidos pela 
sinalização
206 Gravíssima 7 293,47 Multa
Passando por cima de calçadas, ilhas, canteiros, 
faixas depedestres ou passagem de veículos não 
motorizados
206 Gravíssima 7 293,47 Multa
Prejudicando a livre circulação ou a segurança, 
ainda que em locais permitidos
206 Gravíssima 7 293,47 Multa
Conversões em locais proibidos pela sinalização 207 Grave 5 195,23 Multa
Não dar passagem ou preferência 
Para batedores ou veículos quando em serviço 
de urgência e devidamente identificados por 
dispositivos regulamentados de alarme sonoro 
e iluminação intermitente, ou veículos por eles 
precedidos 
189 Gravíssima 7 293,47 Multa
A pedestres com deficiência, crianças, idosos e 
gestantes
214 Gravíssima 7 293,47 Multa
A veículos não motorizados e pedestres em faixas 
a eles destinadas ou que não tenham concluído a 
travessia ainda que o sinal tenha mudado
214 Gravíssima 7 293,47 Multa
Seguir veículo em serviço de urgência, estando 
este com prioridade de passagem devidamente 
identificada por dispositivos regulamentares de 
alarme sonoro e iluminação intermitente
190 Grave 5 195,23 Multa
Aos que trafegam por rodovia; aos que já estejam 
circulando na rotatória; aos que se aproximem 
pela direita em cruzamentos não sinalizados; de-
sobedecer ao sinal “Dê a preferência”
215 Grave 5 195,23 Multa
Aos pedestres que já tenham iniciado a travessia, 
mesmo em cruzamentos sem sinal; ou que este-
jam atravessando a via transversal
214 Grave 5 195,23 Multa
Aos demais veículos e pedestres ao entrar ou sair 
de fila de estacionamento
217 Média 4 130,16 Multa
Ao entrar ou sair de áreas laterais, sem posicionar 
adequadamente o veículo, e sem precauções
216 Média 4 130,16 Multa
Não dar passagem pela esquerda, quando solicitado 198 Média 4 130,16 Multa
34 Infrações de Trânsito
Efetuar ultrapassagens 
Efetuar ou tentar ultrapassagem sem que haja es-
paço suficiente para realizar a manobra com segu-
rança (forçar passagem) **
191
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70 Multa e suspensão do direito de dirigir
Pela contramão em curvas, aclives, declives, fai-
xas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e locais 
proibidos pela sinalização **
203
Gravíssima 
(5X)
7 1.467,35 Multa
Pela contramão em sinais luminosos, porteiras e 
cruzamentos **
203
Gravíssima 
(5X)
7 1.467,35 Multa
Havendo faixa contínua, dupla ou simples, amarela, 
dividindo o fluxo **
203
Gravíssima 
(5X)
7 1.467,35 Multa
Pelo acostamento, em cruzamentos e passagens 
de nível
202
Gravíssima 
(5X)
7 1.467,35 Multa
Pela direita de coletivo ou escolar parado para em-
barque/desembarque
200 Gravíssima 7 293,47 Multa
De veículos parados em fila por sinal luminoso, 
cancela, em bloqueio parcial ou outro obstáculo, 
com exceção dos não motorizados
211 Grave 5 195,23 Multa
Deixando menos de 1,5m ao passar ou ultrapassar 
bicicleta
201 Média 4 130,16 Multa
Pela direita, salvo se o veículo da frente sinalizar 
que vai entrar à esquerda
199 Média 4 130,16 Multa
De veículo que integre cortejo, desfile e formações 
militares
205 Leve 3 88,38 Multa
Estacionar
Na pista das estradas, rodovias, vias de trânsito 
rápido e vias com acostamento
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
Nas vagas reservadas às pessoas com deficiên-
cia ou idosos, sem credencial que comprove tal 
condição
181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
A mais de 1m da calçada, em fila dupla, ou sobre 
passeios, áreas de cruzamento, faixas de pedes-
tres, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros 
centrais, marcas de canalização, divisores de pista 
de rolamento, jardins, gramados, viadutos, pontes 
e túneis 
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Em locais de estacionamento e de parada proibida 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Em desacordo com as placas de estacionamento 
regulamentado
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Nas esquinas, a menos de 5m da transversal, 
perto de hidrantes, ou fora da posição indicada, 
entrada e saída de veículos, a menos de 10m de 
paradas de ônibus
181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Na contramão 181 Média 4 130,16 Multa 
Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Em locais e horários em que é proibido por placa 
de proibido estacionar
181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Afastado da calçada de 0,5 a 1m, ou no acosta-
mento
181 Leve 3 88,38 Multa e remoção do veículo
35Infrações de Trânsito
Luzes e sinais
Com farol desregulado ou usando a luz alta para 
ofuscar 
223 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Sem usar sinal luminoso ou gesto indicador de 
mudança de direção, mudança de faixa ou parada
196 Grave 5 195,23 Multa
Sem sinalizar ao precisar remover o veículo da pis-
ta ou permanecer no acostamento
225 Grave 5 195,23 Multa
Veículos especiais de emergência que não man-
tenham ligado, nas situações de atendimento de 
emergência, o sistema de iluminação ainda que 
parados
222 Média 4 130,16 Multa
Sem manter as luzes de posição acesas à noite, 
quando parado para embarque e desembarque ou 
para carga e descarga 
249 Média 4 130,16 Multa
Sem usar luz baixa à noite ou de dia nos túneis, 
sob chuva, neblina ou cerração e em rodovias de 
pista simples situadas fora dos perímetros urba-
nos, no caso de veículos desprovidos de luzes de 
rodagem diurna 
250 Média 4 130,16 Multa
Sem usar luz baixa de dia e à noite, veículos de 
transporte coletivo
250 Média 4 130,16 Multa
Sem manter acesa, à noite, a luz de placa traseira 250 Média 4 130,16 Multa
Uso indevido de sinais de luz alta e do pisca-alerta 251 Média 4 130,16 Multa
Uso de luz alta em vias iluminadas 224 Leve 3 88,38 Multa
Buzina e som 
Aparelho de som em desacordo com o CONTRAN 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 130,16 Multa, apreensão e remoção do veículo
Uso inadequado da buzina (local, horário e finalidade) 227 Leve 3 88,38 Multa
Motocicleta, motoneta e ciclomotor
Falta de capacete ou vestuário exigido por lei 244
Gravíssi-
ma
7 293,47
Multa, retenção do veículo até regulariza-
ção, recolhimento da CNH e suspensão do 
direito de dirigir
Passageiro sem capacete ou fora do banco ou carro 
lateral
244
Gravíssi-
ma
7 293,47
Multa, retenção do veículo até regulariza-
ção, recolhimento da CNH e suspensão do 
direito de dirigir
Fazendo malabarismo ou equilibrando-se em uma 
roda
244
Gravíssi-
ma
7 293,47
Multa, retenção do veículo até regulariza-
ção, recolhimento da CNH e suspensão do 
direito de dirigir
Com criança menor de 10 anos ou sem condições 
de cuidar-se 
244
Gravíssi-
ma
7 293,47
Multa, retenção do veículo até regulariza-
ção, recolhimento da CNH e suspensão do 
direito de dirigir
Pilotando com apenas uma das mãos, rebocando outro 
veículo ou com carga incompatível ou em desacordo ao 
CTB 
244 Grave 5 195,23
Multa e apreensão do veículo para re-
gularização
Transitando em vias de trânsito rápido ou rodovias, 
salvo em acostamento ou faixa própria (ciclomotores)
244 Média 4 130,16 Multa
Uso de capacete de segurança sem viseira ou óculos 
de proteção ou com viseira ou óculos de proteção 
em desacordo com a regulamentação do Contran ou 
transportando passageiro com capacete nas condi-
ções citadas. 
244 Média 4 130,16
Multa e retenção do veículo até regula-
rização
Deixar de manter a luz baixa acesa de dia, no caso 
de motocicletas, motonetas e ciclomotores.
250 Média 4 130,16 Multa
36 Infrações de Trânsito
Transportes e cargas 
Transporte escolar sem autorização 230
Gravíssima 
(5X)
7 1.467,35 Multa e remoção do veículo
Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 293,47
A multa poderá ser multiplicada em até 
5 vezes a critério da autoridade
Passageiro no compartimento de carga 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo
Derramar ou arrastar carga, objetos, ou combus-
tível na via
231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
Transporte remunerado não licenciado 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo
Deixar o veículo de transporte público coletivo de 
passageiros oude escolares de manter a porta 
fechada
250 Gravíssima 7 293,47
Multa e retenção do veículo até regula-
rização
Veículo ou carga fora das dimensões regulamentadas 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Autorização especial por excesso de dimensões 
vencida ou em desacordo
231 Grave 5 195,23 Multa, apreensão e remoção do veículo
De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 195,23 Multa, retenção do veículo e transbordo
Trafegar carregando pessoas, animais ou carga, 
externamente
235 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo
Não sinalizar carga derramada na via 225 Grave 5 195,23 Multa
Estacionar em aclive ou declive, sem freio e/ou 
sem calço (PBT superior a 3.500 kg) 
181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo
Usar a via para depósito de materiais, sem auto-
rização
245 Grave 5 195,23 Multa e remoção da mercadoria
Motofretista (motoboy) ou mototaxista efetuando 
transporte em desacordo com a legislação 
244 Grave 5 195,23
Multa e apreensão do veículo para re-
gularização
Motorista de veículo de carga ou de passageiros: 
em desacordo com o tempo de permanência ao 
volante e/ou intervalos para descanso.
230 Média 4 130,16
Multa e retenção do veículo para cum-
primento do tempo de descanso. A in-
fração torna-se grave, se houver reinci-
dência no período de 12 meses
Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Média 4 130,16 Multa
Falta de inscrições e informações previstas para 
transporte de carga
230 Média 4 130,16 Multa
Com excesso de peso ou lotação 231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo
Usar objeto de sinalização temporária e não reti-
rá-lo após o uso
226 Média 4 130,16 Multa
Excedendo a Capacidade Máxima de Tração (CMT) 231
De Média a 
Gravíssima
4 
a 
7
130,16 a 
293,47
Multa, retenção do veículo e transbordo 
de carga excedente
Pedestres e veículos não motorizados 
Condutores de veículos de propulsão humana e tra-
ção animal, que não trafegarem pelo bordo da pista, 
pelo acostamento ou pela faixa especial
247 Média 4 130,16 Multa
Conduzir a bicicleta (pedalando) em passeios onde não 
seja permitida sua circulação, ou de forma agressiva 
(ciclos) 
255 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo
Ficar ou andar nas pistas de rolamento, exceto para 
cruzá-las (pedestres)
254 Leve 3 44,19 Multa
Cruzar a pista em viadutos, pontes ou túneis e áreas 
de cruzamento, fora da faixa, passarela ou passa-
gem especial (pedestre)
254 Leve 3 44,19 Multa
Promover aglomerações na via, sem permissão, ou 
desobedecer à sinalização específica
254 Leve 3 44,19 Multa
Observação: parece incoerente falar de multas e pontos para pedestres e veículos não motorizados, pois se não existe habilitação, 
não há como multar ou aplicar as penalidades. Mencionamos estes itens, porque constam do Código de Trânsito Brasileiro.
37Infrações de Trânsito
Sinistros de trânsito (acidentes)
Deixar de: prestar ou providenciar socorro às víti-
mas ou evadir-se do local; preservar o local para 
facilitar a perícia; remover o veículo quando deter-
minado pela autoridade 
176
Gravíssima
(5X)
7 1.467,35
Multa, recolhimento da CNH e suspen-
são do direito de dirigir
Deixar de: sinalizar e afastar o perigo; identificar-se; 
prestar informações ou acatar determinações da 
autoridade
176
Gravíssima
(5X)
7 1.467,35
Multa, recolhimento da CNH e suspen-
são do direito de dirigir
Deixar de prestar ajuda, quando solicitado pela 
autoridade
177 Grave 5 195,23 Multa
Deixar de remover o veículo, em sinistros sem ví-
timas
178 Média 4 130,16 Multa
Questões - INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
01. É responsável pelas infrações na direção do 
veículo:
a) o proprietário do veículo.
b) o proprietário do veículo e o condutor.
c) os pais ou responsáveis pelo condutor.
d) a pessoa que assumir a responsabilidade.
e) o condutor.
02. A penalidade por transitar em velocidade 
incompatível com a segurança, diante de 
escolas ou onde haja movimentação de 
pedestres, é:
a) apreensão do veículo e multa.
b) multa.
c) retenção do veículo e multa.
d) apreensão do veículo, da CNH e multa.
e) advertência.
03. É infração de trânsito a desobediência a 
qualquer sinal de:
a) regulamentação. 
b) indicação.
c) educação.
d) advertência.
e) orientação.
04. A punição por estacionar junto aos pontos 
de parada de coletivos é:
a) apreensão do veículo e multa.
b) apreensão do veículo.
c) apreensão da CNH e multa.
d) remoção do veículo e multa.
e) multa, apenas.
05. A punição por ultrapassar em curvas e acli-
ves sem visibilidade é:
a) retenção do veículo e multa.
b) apreensão do veículo e multa.
c) recolhimento do veículo ao DETRAN.
d) multa.
e) uma advertência.
06. A penalidade por ultrapassar na contramão 
e nos cruzamentos é:
a) multa.
b) remoção do veículo.
c) retenção do veículo.
d) recolhimento do veículo ao DETRAN.
e) um acidente.
07. A punição por dirigir com CNH cassada é: 
a) remoção do veículo, apenas.
b) retenção do veículo, apenas.
c) apreensão da CNH, apenas.
d) multa, recolhimento da CNH e retenção 
do veículo até a apresentação de condutor 
habilitado.
e) duas multas.
08. A punição para estacionar sobre calçada ou 
a faixa de pedestres é:
a) multa, apenas.
b) apreensão do veículo e multa.
c) remoção do veículo e multa.
d) apreensão da CNH e multa.
e) advertência e multa.
09. A punição por estacionar próximo a hidran-
tes de incêndio é:
a) multa, apenas.
b) apreensão do veículo e multa.
c) remoção do veículo e multa.
d) apreensão da CNH.
e) cassação da CNH.
10. A punição por estacionar sobre a pista de 
rolamento das estradas é:
a) multa, apenas.
b) apreensão da CNH e multa.
c) apreensão do veículo e multa.
d) remoção do veículo e multa.
e) cassação da CNH.
38 Sinalização de Trânsito
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 973/22
Os sinais de trânsito são usados para orien-
tar, advertir e disciplinar a circulação dos 
usuários do trânsito ao longo das vias. 
Padronização: sempre será utilizada a sinali-
zação padronizada prevista no Art. 80.
Direitos e Deveres quanto à sinalização: todo 
cidadão tem o dever de conhecer, proteger, 
respeitar e obedecer a sinalização de trânsito 
(Art. 72 e 73).
Os usuários têm direito a vias sinalizadas e 
seguras, Art 1°, §2° e §3° do CTB.
Colocação: a sinalização deverá ser colocada 
onde seja facilmente visível e legível, tanto 
de dia como à noite, em distância compatível 
com a segurança (Art. 80).
Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstru-
ções, construções, vegetação, publicidade e 
inscrições, que possam confundir, interferir ou 
prejudicar a interpretação ou a visibilidade dos 
usuários do trânsito, comprometendo sua se-
gurança (Art. 81).
Obrigação de sinalizar: nenhuma via poderá 
ser aberta ou reaberta enquanto não estiver 
completa e devidamente sinalizada (Art. 88).
Aplicação das Penalidades: as penalidades 
das infrações de sinalização não serão aplica-
das aos condutores se a sinalização for inexis-
tente ou deficiente (Art. 90).
Responsabilidade: o órgão com jurisdição so-
bre a via é que deverá sinalizá-la, podendo ser 
responsabilizado em caso de insuficiência, falta 
ou erros de sinalização.
Classificação:
1. Sinalização Vertical
2. Sinalização Horizontal
3. Dispositivos Auxiliares
4. Sinalização Semafórica
5. Sinalização de Obras
6. Gestos
7. Sinais Sonoros
1. Sinalização vertical 
Os sinais viários, normalmente placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via ou sus-
pensos sobre ela. Transmitem mensagens através de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e 
servem para aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários das vias. 
A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser:
1.1 Sinalização de Regulamentação
1.2 Sinalização de Advertência
1.3 Sinalização de Indicação
1.1 Sinalização de regulamentação
A cor predominante VERMELHA indica imposição a OBRIGAÇÕES, PROIBIÇÕES ou RESTRIÇÕES 
impostas no ponto ou trecho sinalizado. Desobedecer aos sinais de regulamentação significa 
infringir as normas de trânsito e, portanto, estar sujeitoa penalidades e medidas administrativas. 
As proibições são sinalizadas pela tarja diagonal vermelha. O formato diferente dos sinais R-1 e 
R-2 permite que estes sejam reconhecidos à distância.
Parada obrigatória 
Obriga o condutor a parar com-
pletamente o seu veículo antes 
de entrar na via.
Dê a preferência 
Determina que o condutor reduza 
a velocidade ou pare o veículo, 
para dar a preferência aos veícu-
los que transitam pela via em que 
pretende entrar ou cruzar.
Sentido proibido
Assinala a proibição de se se-
guir em frente ou entrar na rua 
ou área em restrição.
R-1 R-2 R-3
Proibido virar à esquerda
Proíbe o condutor de realizar 
conversão à esquerda.
Proibido virar à direita 
Proíbe o condutor de realizar 
conversão à direita.
Proibido retornar à esquerda
Proíbe o condutor de realizar 
retorno à esquerda.
R-4a R-4b R-5a
39Sinalização de Trânsito
Sinalização de regulamentação (Continuação) 
Proibido retornar à direita
Proíbe o condutor de realizar 
retorno à direita.
Proibido estacionar
Determina ao condutor a proi-
bição de estacionar no trecho 
abrangido pela restrição.
Estacionamento 
regulamentado
Permite ao condutor estacionar 
na via, trecho ou área regula-
mentada.
R-5b R-6a R-6b
Proibido parar e estacionar
Proíbe ao condutor parar, ainda 
que por pouco tempo, mesmo 
em operações de embarque e 
desembarque.
Proibido ultrapassar
Proíbe a operação de ultrapas-
sagem no trecho regulamen-
tado.
Proibido mudar de faixa 
ou pista de trânsito da 
esquerda para a direita
Proíbe o condutor de mudar 
de faixa ou pista no sentido 
indicado.R-6c R-7 R-8a
Proibido mudar de faixa ou 
pista de trânsito da direita 
para a esquerda
Proíbe o condutor de mudar 
de faixa ou pista no sentido 
indicado.
Proibido trânsito de 
caminhões
Proíbe a entrada ou passagem 
de veículos de carga na área 
sinalizada.
Proibido trânsito de veículos 
automotores
Proíbe a entrada ou passagem 
de qualquer veículo automotor 
na área ou via sinalizada.
R-8b R-9 R-10
Proibido trânsito de veículos 
de tração animal
Proíbe a circulação de qualquer 
veículo de tração animal na via 
ou área sinalizada.
Proibido trânsito de 
bicicletas
Proíbe a circulação de bicicle-
tas na área ou via sinalizada.
Proibido trânsito de tratores 
e máquinas de obras
Proíbe aos operadores a circu-
lação de toda espécie de tra-
tores e máquinas de obras na 
área restrita.R-11 R-12 R-13
Peso bruto total máximo 
permitido
Determina o peso total máximo 
permitido aos veículos em circu-
lação na área ou via sinalizada.
Altura máxima permitida
Determina a altura máxima 
permitida aos veículo em circu-
lação no local sinalizado.
Largura máxima permitida
Determina a largura máxima 
permitida aos veículos que cir-
culam no local sinalizado.
R-14 R-15 R-16
Peso máximo permitido 
por eixo
Determina o peso máximo per-
mitido, por eixo, aos veículos 
que transitam no trecho sina-
lizado.
Comprimento máximo 
permitido
Determina o comprimento má-
ximo permitido aos veículos 
ou combinação de veículos no 
trecho sinalizado.
Velocidade máxima 
permitida
Determina o limite máximo 
de velocidade permitida. Esta 
deve ser considerada até onde 
houver outra que a modifique.R-17 R-18 R-19
Proibido acionar buzina ou 
sinal sonoro
Proíbe o condutor de acionar 
buzina ou qualquer outro tipo 
de sinal sonoro no local regu-
lamentado.
Alfândega
Determina a presença de uma 
repartição alfandegária, onde a 
parada é obrigatória.
Uso obrigatório de corrente
Assinala aos condutores o uso 
de correntes atreladas às ro-
das do veículo. Pelo menos, ao 
par de rodas motrizes.
R-20 R-21 R-22
Conserve-se à direita
Determina ao condutor que se 
mantenha à direita da pista de 
rolamento, deixando a faixa da 
esquerda livre.
Sentido de circulação da 
via/pista
Obriga o condutor a circular no 
sentido indicado.
Passagem obrigatória
Determina ao condutor que 
existe um obstáculo e que a 
passagem é obrigatoriamente 
feita à direita do mesmo.
R-23 R-24a R-24b
Vire à esquerda
Assinala ao condutor a obriga-
toriedade de virar à esquerda.
Vire à direita
Assinala ao condutor a obriga-
toriedade de virar à direita.
Siga em frente ou à 
esquerda
Permite ao condutor os senti-
dos de circulação à esquerda 
ou em frente.R-25a R-25b R-25c
Siga em frente ou à direita
Permite ao condutor os senti-
dos de circulação à direita ou 
em frente.
Siga em frente
Determina que o sentido obri-
gatório de circulação é em 
frente.
Ônibus, caminhões e 
veículos de grande porte, 
mantenham-se à direita
Assinala ao condutor de ônibus 
ou caminhão a obrigação de cir-
cular pela faixa mais à direita.R-25d R-26 R-27
Duplo sentido de circulação
Determina ao condutor que 
transitava por via de sentido 
único, que esta passará a ter 
sentido duplo.
Proibido trânsito de 
pedestres
Proíbe a circulação de pedes-
tres na via ou área sinalizada.
Pedestre, ande pela 
esquerda
Assinala ao pedestre a obriga-
toriedade de andar pelo lado 
esquerdo da via.R-28 R-29 R-30
40 Sinalização de Trânsito
Sinalização de regulamentação (Continuação) 
Pedestre, ande pela direita
Assinala ao pedestre a obriga-
toriedade de andar pelo lado 
direito da via.
Circulação exclusiva de
veículos de transporte
público coletivo
Indica que a via destina-se à cir-
culação exclusiva de veículos de 
transporte público coletivo.
Sentido de circulação na 
rotatória
Indica o sentido que o condutor 
deve circular na rotatória.
R-31 R-32 R-33
Circulação exclusiva de 
bicicletas
Indica que a via destina-se à cir-
culação exclusiva de bicicletas.
Ciclista, transite à esquerda
Indica ao ciclista a obrigatorie-
dade de trafegar pelo lado es-
querdo da via.
Ciclista, transite à direita
Indica ao ciclista a obrigatorie-
dade de trafegar pelo lado direi-
to da via.
R-34 R-35a R-35b
Ciclistas à esquerda, 
pedestres à direita
Indica a obrigação do ciclista tra-
fegar pelo lado esquerdo da via 
e o pedestre pelo lado direito.
Pedestres à esquerda, 
ciclistas à direita
Indica a obrigação do ciclista tra-
fegar pelo lado direito da via e 
o pedestre pelo lado esquerdo.
Proibido trânsito de 
motocicletas, motonetas e 
ciclomotores
Proíbe a circulação de motoci-
cletas, motonetas e ciclomoto-
res na via sinalizada.R-36a R-36b R-37
Proibido trânsito de ônibus
Proíbe a circulação de ônibus na 
via sinalizada.
Circulação exclusiva de 
caminhão
Indica que a via é de uso exclu-
sivo para caminhões.
Trânsito proibido a carros 
de mão
Proíbe a circulação de carros de 
mão na via sinalizada.
R-38 R-39 R-40
Circulação exclusiva de VLT/
bonde
Determina que a via se destina 
à circulação exclusiva de VLT/ 
bonde.
Ciclistas à esquerda, VLT à 
direita
Determina que ciclistas trafe-
guem pela esquerda e VLT pelo 
lado direito da via.
Ciclistas à direita, VLT à 
esquerda
Determina que ciclistas trafe-
guem pela direita e VLT pelo 
lado esquerdo da via.
R-41 R-42a R-42b
Veículos à esquerda, VLT à 
direita
Determina que veículos leves 
trafeguem pela esquerda e VLT 
pelo lado direito da via.
Veículos à direita, VLT à 
esquerda
Determina que veículos leves 
trafeguem pela direita e VLT 
pelo lado esquerdo da via.
Circulação compartilhada de 
ciclistas e pedestres
Indica a circulação compartilha-
da de ciclistas e pedestres.
A placa R-36c muda para R-44.R-43a R-43b R-44
Informações complementares à sinalização de regulamentação
São informações adicionais à sinalização de regulamentação, podendo ser utilizada uma placa 
adicional ou incorporada à placa principal, formando um só conjunto.
INÍCIO TÁXI
2ª a 6ª h
h
h 2ª a 6ª 07 19h
Sábados 07 13h
ESTACIONAMENTO
ROTATIVO
Obrigatório o uso de cartão
01 hora 1 cartão 
02 hora 2 cartões 
2ª a 6ª 7 - 20h 
 CCAARRGGAA EE
DDEESSCCAARRGGAA
 18 20h 
2ª a 6ª 7 9h 
PERMITIDA
41Sinalização de Trânsito
 NA LINHA AMARELA 
2ª a 6ª h 
Sábados h 
 h 
 ÁREA 
 DE 
PEDESTRESSÓ
 ÔNIBUS 
 CAMINHÕES
 E ÔNIBUS
 OBRIGATÓRIO 
 FAIXA DA 
 DIREITA 
OBRIGATÓRIO 
USO DO CARTÃO
EXCLUSIVO
DEFICIENTE
FÍSICO
04 VAGAS A 60°
EXCLUSIVO
IDOSO
OBRIGATÓRIO 
USO DO CARTÃO
04 VAGAS A 60°
1.2 Sinalização de advertência
A cor predominante AMARELA indica ATENÇÃO, PERIGO, e serve para alertar, com antecedência, 
sobre situações que o condutor irá encontrar na via, para que ele possa reagir de forma ade-
quada. Por isso, é preciso estar sempre alerta a esses sinais, saber interpretá-los, redobrar a 
atenção, reduzir a velocidade e tomar os cuidados necessários para cada situação. Desrespeitar 
a sinalização de advertência significa imprudência e negligência.
Curva acentuada à esquerda
Alerta o condutor que à frente 
existe uma curva acentuada à 
esquerda.
Curva acentuada à direita
Alerta o condutor que à frente 
existe uma curva acentuada à 
direita.
Curva à esquerda
Alerta o condutor que à frente 
existe uma curva à esquerda.
A-1a A-1b A-2a
Curva à direita
Alerta o condutor que à frente 
existe uma curva à direita.
Pista sinuosa à esquerda
Alerta o condutor que à frente 
existem três ou mais curvas 
sucessivas, sendo a primeira 
à esquerda.
Pista sinuosa à direita
Alerta o condutor que à frente 
existem três ou mais curvas 
sucessivas, sendo a primeira 
à direita.A-2b A-3a A-3b
Curva acentuada em “S” à 
esquerda
Alerta o condutor que 
existem à frente duas curvas 
sucessivas em “S” sendo pelo 
menos uma delas acentuada 
e começando pela esquerda.
Curva acentuada em “S” 
à direita
Alerta o condutor que existem 
à frente duas curvas sucessi-
vas em “S” sendo pelo menos 
uma delas acentuada e come-
çando pela direita.
Curva em “S” à esquerda
Adverte ao condutor da exis-
tência de duas curvas em “S” 
sucessivas adiante, sendo a 
primeira pela esquerda.A-4a A-4b A-5a
Curva em “S” à direita
Adverte ao condutor da exis-
tência de duas curvas em “S” 
sucessivas adiante, sendo a 
primeira pela direita.
Cruzamento de vias
Alerta o condutor da exis-
tência de um cruzamento 
adiante.
Via lateral à esquerda
Alerta para a existência adian-
te de uma via lateral à esquer-
da.
A-5b A-6 A-7a
Via lateral à direita
Alerta para a existência adian-
te de uma via lateral à direita.
Interseção em “T”
Alerta o condutor da existên-
cia à frente de uma interseção 
em forma de T.
Bifurcação em “Y”
Alerta o condutor que à frente 
existe uma bifurcação em for-
ma de Y.
A-7b A-8 A-9
Entroncamento oblíquo à 
esquerda
Adverte o condutor da existên-
cia adiante de um entronca-
mento à esquerda.
Entroncamento oblíquo à 
direita
Adverte o condutor da existên-
cia adiante de um entronca-
mento à direita.
Junções sucessivas 
contrárias 1a à esquerda
Adverte o condutor da presen-
ça adiante de junções contrá-
rias sucessivas, estando a 
primeira via lateral à esquerda.
A-10a A-10b A-11a
Junções sucessivas 
contrárias 1a à direita
Adverte o condutor da 
presença adiante de junções 
contrárias sucessivas, 
estando a primeira via lateral 
à direita.
Interseção em círculo
Adverte da presença adiante 
de uma interseção de circula-
ção feita em rótula.
Confluência à esquerda
Adverte o condutor para a exis-
tência adiante de uma conflu-
ência de trânsito à esquerda 
que se incorpora à via na qual 
está circulando.A-11b A-12 A-13a
42 Sinalização de Trânsito
Sinalização de advertência (Continuação)
Confluência à direita
Adverte o condutor para a 
existência adiante de uma 
confluência de trânsito à 
direita que se incorpora à via 
na qual está circulando.
Semáforo à frente
Alerta o condutor para a 
existência de um semáforo 
adiante.
PAR E
Parada obrigatória à frente
Alerta o condutor para a exis-
tência adiante de uma parada 
obrigatória.
A-13b A-14 A-15
Bonde/VLT
Adverte o condutor da exis-
tência, à frente, de passagem 
para bonde.
Pista irregular
Adverte o condutor, de que há 
adiante um trecho de via com 
superfície irregular.
Saliência ou lombada
Alerta o condutor para a exis-
tência, sobre a superfície de 
rolamento, de saliência ou 
lombada.
A-16 A-17 A-18
Depressão
Adverte o condutor para a exis-
tência, na pista de rolamento, 
de uma depressão.
Declive acentuado
Adverte o condutor, que à fren-
te existe uma descida forte.
Aclive acentuado
Adverte o condutor, que à frente 
existe uma subida forte.
A-19 A-20a A-20b
Estreitamento de pista ao 
centro
Adverte o condutor da existên-
cia adiante de estreitamento de 
pista de ambos os lados.
Estreitamento de pista à 
esquerda
Adverte o condutor da existên-
cia de estreitamento de pista 
à esquerda.
Estreitamento de pista à 
direita
Adverte o condutor da existên-
cia de estreitamento de pista 
à direita.
A-21a A-21b A-21c
Alargamento de pista à 
esquerda
Adverte o condutor da existên-
cia de alargamento de pista à 
esquerda.
Alargamento de pista à direita
Adverte o condutor da existên-
cia de alargamento de pista à 
direita.
Ponte estreita
Alerta o condutor da existência 
de ponte mais estreita que a 
pista de rolamento, adiante.
A-21d A-21e A-22
Ponte móvel
Alerta para a existência adiante 
de uma ponte móvel.
Obras
Alerta o condutor da existência 
de obras no leito de uma via, 
adiante.
Mão dupla adiante
Adverte o condutor da altera-
ção, adiante, do sentido único 
da pista para duplo sentido de 
trânsito.
A-23 A-24 A-25
Sentido único
Alerta o condutor da existên-
cia, adiante, de uma mudança 
brusca de direção no sentido 
indicado.
Sentido duplo
Alerta o condutor da existên-
cia, adiante, de uma mudança 
brusca de direção nos senti-
dos indicados.
Área com desmoronamento
Alerta para área adiante sujeita 
a desmoronamento.
A-26a A-26b A-27
Pista escorregadia
Adverte o condutor para a exis-
tência de trecho de pista que 
pode tornar-se escorregadio, 
adiante.
Projeção de cascalho
Adverte o condutor para a 
existência adiante de trecho 
onde pode ocorrer projeção de 
cascalho.
Trânsito de ciclistas
Adverte o condutor para a exis-
tência, adiante, de local de tra-
vessia de ciclistas ou onde há 
a possibilidade de circulação de 
ciclistas.A-28 A-29 A-30a
Passagem sinalizada de 
ciclistas
Alerta o condutor para a existên-
cia de trecho, adiante, onde há 
travessia sinalizada de ciclistas.
Trânsito compartilhado por 
ciclistas e pedestres
Alerta o condutor para a pre-
sença de ciclistas e pedestres 
na via.
Trânsito de tratores ou 
maquinária agrícola
Adverte o condutor para a exis-
tência de local de cruzamento 
ou trânsito eventual de tratores 
ou maquinário agrícola.A-30b A-30c A-31
Trânsito de pedestres
Alerta o condutor para a existên-
cia de trecho, adiante, onde há 
travessia de pedestres.
Passagem sinalizada de 
pedestres
Adverte que à frente, há uma 
faixa sinalizada para a passa-
gem de pedestre.
Área escolar
Alerta o condutor para a existên-
cia de área escolar, adiante.
A-32a A-32b A-33a
43Sinalização de Trânsito
Sinalização de advertência (Continuação)
Passagem sinalizada de 
escolares
Alerta que à frente há uma faixa 
sinalizada para passagem de 
escolares.
Crianças
Alerta para a existência de 
área de lazer para crianças, 
adiante.
Animais
Alerta o condutor para a exis-
tência de trecho onde pode de-
parar-se com animais, adiante.
A-33b A-34 A-35
Animais selvagens
Alerta o condutor para a exis-
tência de trecho, adiante, onde 
pode deparar-se com animais 
selvagens cruzando a pista.
Altura limitada
Adverte o condutor para a exis-
tência de local onde há restri-
ção à altura dos veículos em 
circulação, adiante.
Largura limitada
Adverte o condutor para a 
existência, adiante, de local 
onde há restrições à largura 
permitida para os veículos em 
circulação.
A-36 A-37 A-38
Passagem de nível sem 
barreira
Alerta o condutor para a exis-
tência adiante de cruzamento 
com linha férrea, sem barreira, 
em nível.
Passagem de nível com 
barreira
Adverte o condutor para a 
existência adiante de um cru-
zamento com linha férrea, em 
nível, com barreira.
Cruz de Santo André
Alerta o condutor para a existên-
cia de um cruzamento com linha 
férrea,em nível, no local.
A-39 A-40 A-41
Início de pista dupla
Alerta o condutor que, adiante, 
os fluxos opostos de tráfego da 
via passam a ser separados por 
um canteiro central.
Fim de pista dupla
Alerta o condutor que, adiante, 
os fluxos opostos de tráfego da 
via deixam de ser separados 
por um canteiro central.
Pista dividida
Alerta que à frente, o fluxo de 
tráfego, ainda na mesma dire-
ção, será dividido.
A-42a A-42b A-42c
Aeroporto
Adverte o condutor da presen-
ça, adiante, de aeroporto ou 
campo de pouso, onde pode 
haver aviões em baixa altura.
Vento lateral
Alerta o condutor para a exis-
tência de local onde frequen-
temente há vento lateral forte.
Rua sem saída
Adverte que o trânsito é local e 
a via não tem prosseguimento.
A-43 A-44 A-45
Peso bruto total limitado
Adverte para a existência, adian-
te, de restrição para peso e 
informa o peso bruto total má-
ximo admissível.
Peso limitado por eixo
Adverte para a existência, adian-
te, de restrição para peso e 
informa o peso máximo admis-
sível por eixo.
Comprimento limitado
Adverte para a existência, adian-
te, de restrição, e informa o 
comprimento máximo admissí-
vel do veículo.A-46 A-47 A-48
Pedestres à esquerda, VLT 
à direita
Adverte que na via, à frente, 
pedestres trafegam pelo lado 
esquerdo e VLT pelo lado 
direito da via.
Pedestres à direita, VLT à 
esquerda
Adverte que na via à frente, 
pedestres trafegam pelo 
lado direito e VLT pelo lado 
esquerdo da via.
Veículos à esquerda, VLT à 
direita
Adverte que na via à frente, veí-
culos trafegam pelo lado esquer-
do e VLT pelo lado direito da via.
A-49a A-49b A-50a
Veículos à direita, VLT à 
esquerda
Adverte que na via à frente, veí-
culos trafegam pelo lado direito 
e VLT pelo lado esquerdo da via.
A-50b
* Estamos de olho: Notamos algumas inconsistências nos manuais de sinalização, como o ícone das placas (A-49a 
e A-49b) que mostra um ciclista e a descrição cita pedestre, dentre outras. A Tecnodata já alertou a Senatran que 
consciente desse fato disse que os manuais passarão por revisão. Por enquanto, optamos por publicar como está 
na legislação.
Sinalização especial de advertência
a) Para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus
ÔNIBUS
NO CONTRA FLUXO
A100m 
PISTA EXCLUSIVA
DE ÔNIBUS
A 150m 
FIM DA FAIXA
EXCLUSIVA
A 100m 
44 Sinalização de Trânsito
Sinalização especial de advertência (Continuação)
b) Para Pedestres c) Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito Rápido
 Pedestre
veículos nos 
dois sentidos
 Pedestre
bicicleta nos 
dois sentidos
100
km/h
40
km/h
A 500 m A 1 km
6,0 m
4,0 m
Informações complementares aos sinais de advertência
Pode estar incorporada à placa principal ou em uma placa adicional abaixo da principal.
ATENÇÃO
CURVA
PERIGOSA
A 50 m
A 50 m
A 50 m
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
LOMBADA
1.3 Sinalização de indicação
Tem caráter informativo ou educativo. Servem para indicar vias, locais de interesse, distâncias e 
orientar condutores sobre percursos, destinos e serviços auxiliares.
Placas de Identificação
De Rodovias e Estradas De Municípios Regiões de interesse de tráfego
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
BRASIL
Pan-Americana
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
PR
BR-116
Federal
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
PR
410
Estadual
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
GOIÂNIA
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
Lapa
Zona Oeste
De Pontes, Viadutos, 
Túneis e Passarelas
Quilométrica De Limite de Municípios, Divisa de Estados, Fronteira, Perímetro Urbano
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
 Ponte
Cidade Jardim
Zona Azul
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
km
123
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
LIMITE DE MUNICÍPIOS
 Recife 
Jaboatão
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
DIVISA DE ESTADOS
 Minas Gerais
 Espírito Santo
Placas de Pedágio Placas Indicativas de Sentido
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
PEDÁGIO 1 km
AUTOMÓVEL
UTILITÁRIO
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
PEDÁGIO 1 km
 ÔNIBUS
CAMINHÃO
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
Zona Leste
Dutra
PPRR
BR-116
Placas Indicativas de Distância Placas Diagramadas
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
 S. J. dos Campos 16 km
 Caraguatatuba 85 km
 Campos do Jordão 95 km
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
A 500m
Rio de Janeiro
Jacareí
Sta. Branca
Salesópolis
A 50 m
A 50 m
ÚLTIMA
SAÍDA
 
FAIXA ADICIONAL
A 500m
ZZoonnaa NNoorrttee
Centro
PR
BR-116 Dutra
45Sinalização de Trânsito
Sinalização de indicação (Continuação)
Placas Educativas
MOTOCICLISTA
USE SEMPRE 
O CAPACETE
NÃO FECHE
O CRUZAMENTO
USE O CINTO
DE SEGURANÇA
Placas Educativas para Pedestres
Pedestre
Atravesse na
Faixa
Pedestre
Aguarde o 
Sinal Verde
Utilize a
Passagem
Protegida
Placas de serviços auxiliares
Identificam e orientam aos usuários das vias onde dispor dos serviços indicados.
PLACAS PARA PEDESTRES
PED-01
Símbolo de 
Pedestre
PED-02
Travessia de 
Pedestres
PED-03
Rampa de Acesso 
Passarela
PED-04
Rampa de Acesso 
Subterrânea
PED-05
Escada de Aces-
so Passarela
PED-06
Escada de Aces-
so Subterrânea
PED-07
Botoeira de 
Semáforo
DEF-01
Símbolo Interna-
cional de Acesso
Exemplos de Placas
Travessia
de
Pedestres
Travessia
de
Pedestres
Travessia
de
Pedestres
DEF-02
Faixa de 
Travessia
DEF-03
Rampa de Aces-
so Passarela
DEF-04
Rampa de Acesso 
Subterrânea
PLACAS PARA CONDUTORES
E
SAU-01
Área de 
Estacionamento
SAU-02
Informações 
Turísticas
SAU-03
Câmbio
SAU-04
Correio
SAU-05
Rua 24 horas
SAU-06
Serviço 
Telefônico
SAU-07
Serviço 
Mecânico
SAU-08
Borracharia
SAU-09
Abastecimento
SAU-10
Pronto-socorro
SAU-11
Serviço Sanitário
SAU-12
Restaurante
SAU-13
Hotel
SAU-14
Área de 
Campismo
SAU-15
Estacionamento 
de Trailler
SAU-16
Banho
SAU-17
Cemitério
SAU-18
Pedágio
SAU-19
Terminal Rodoviário
SAU-20
Terminal Ferroviário e 
Metroviário
SAU-21
Aeroporto
SAU-22
Heliporto
SAU-23
Porto
SAU-24
Transporte 
sobre Água
Exemplos de Placas
A 500 m 1 Km
SAU-25
Terminal 
Aquaviário
SAU-26
Ponto de 
Parada
SAU-27
Cobrança 
Automática
SAU-28
Fiscalização 
Eletrônica
SAU-29
Via Monitorada
46 Sinalização de Trânsito
PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS
ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS
TNA-01
Montanha
TNA-02
Praia
TNA-03
Ilha
THC-01
Arquitetura Religiosa
THC-02
Arquitetura Militar
THC-03
Arquitetura Histórica
THC-04
Monumento
THC-05
Museu
TNA-04
Rio, Lago, Lagoa
TNA-05
Cachoeira
TNA-06
Patrimônio Natural
THC-06
Ruína
THC-07
Patrimônio Cultural
THC-08
Sítio Arqueológico
THC-09
Farol
THC-10
Centro de Cultura
Placas de Identificação de Atrativo Turístico
 Praia 
de Pajuçara
 Parque Nacional
 de Itatiaia
TNA-07
Gruta
TNA-08
Turismo Rural
TNA-09
Estância 
Hidromineral
THC-11
Biblioteca
ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTES
TAD-01
Esportes
TAD-02
Esportes Equestres
TAD-03
Esportes Automobilísticos
TAD-04
Esportes Náuticos
TAD-05
Mergulho
TAD-06
Voo Livre
TAD-07
Surfe
TAD-08
Canoagem
TAD-09
Pesca Submarina
TAD-10
Pesca Esportiva
TAD-11
Montanhismo
TAD-12
Golfe
TAD-13
Aeroclube
TAD-14
Marina
TAD-15
Futebol
TAD-16
Ciclismo
ÁREAS DE RECREAÇÃO
TAR-01
Praça
TAR-02
Barco de Passeio
TAR-03
Parque Urbano
TAR-04
Represa
TAR-05
Teleférico
TAR-06
Mirante
TAR-07
Parque de Diversões
LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE TURÍSTICO
TIT-01
Festas Populares
TIT-02
Teatro
TIT-03
Convenções
TIT-04
Artesanato 
TIT-05
Zoológico
TIT-06
Zoossafari
TIT-07
Planetário
TIT-08
Feira Típica
Placas Indicativasde Sentido 
de Atrativo Turístico
Placas Indicativas de Distância 
de Atrativo Turístico
Museu Regional
Igr. Bom Jesus do Bonfim
Sobrados Mouriscos
Parque das Ruínas
Mus. Chac. do Céu
Taperapuã
Rio do Mangue 4 km
Ponta Grande 6 km 
2 Km
Pal. Boa Vista 6 km
Mus. Felícia Leirner 9 km 
TIT-09
Exposição 
Agropecuária
TIT-10
Rodeio
TIT-11
Pavilhão de 
Feiras e 
Exposições
47Sinalização de Trânsito
2. Sinalização horizontal
São faixas, símbolos ou inscrições gravados na pista, que complementam a sinalização vertical, 
e servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres. 
Marcas Longitudinais: ordenam o tráfego, definem faixas de mesmo sentido, de fluxos opostos, 
de uso exclusivo ou preferencial por tipo de veículo, de orientação para ultrapassagens, etc.
Linhas de Divisão de Fluxo Opostos Linhas de Divisão de Fluxos 
no Mesmo Sentido
Linha simples contínua Linha simples seccionada Linha simples seccionada
Via de mão dupla - proibida a ultra-
passagem em ambos os sentidos
Via de mão dupla - permitida a ultra-
passagem em ambos os sentidos
Via de mão única - permitida mudança de faixa
Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua
Via de mão dupla - proibida a ultra-
passagem em ambos os sentidos
Via de mão dupla - ultrapassagem 
proibida no lado contínuo e permitida 
no lado tracejado
Via de mão única - proibida mudança de faixa
Marcas de Canalização: são colocadas no início e no fim de canteiros ou obstáculos centrais.
Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários
Inscrições no Pavimento: informam as condições de operação da via.
Siga em 
Frente
Vire à 
Esquerda
Vire à Direita Siga em Frente 
ou Vire à Esquerda
Siga em Frente 
ou Vire à Direita
Retorno à Esquerda Retorno à Direita
Deficiente 
Físico
Serviços de 
Saúde
Cruzamento Ferroviário Bicicleta Dê a 
Preferência
Mudança Obrigatória 
de Faixa
Curva Acentuada
48 Sinalização de Trânsito
Exemplos de marcas viárias
Faixa de Integração
Faixa de Desaceleração
Faixa de Travessia de
Pedestres
Linha de
Retenção
Legenda
Marcação de
Área de Conflito
Não Estacione
Linha de Bordo
Marcas para
Estacionamento
PAR
E
3. Dispositivos auxiliares
Aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos perigosos. São refleti-
vos ou luminosos para melhor visualização, principalmente durante a noite.
Dispositivos Delimitadores
Balizador
Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de velocidade 
ou sonorizadores)
Exemplo de utilização em Ponte, Viaduto, 
Túnel, Barreira e Defensa. 
Elementos refletivos
Vermelho Amarelo Branco
Dispositivos de Sinalização de Alerta
A passagem poderá ser feita 
por ambos os lados
A passagem 
deverá ser 
feita pela 
esquerda
A passagem 
deverá ser 
feita pela 
direita
Utilizado na parte 
superior do obstáculo
49Sinalização de Trânsito
Marcadores de Perigo Marcadores de Alinhamento
A passagem poderá ser feita por ambos os lados
Obstáculo
A passagem deverá ser 
feita pela esquerda
A passagem 
deverá ser feita 
pela direita
Alerta sobre alterações no alinhamento 
horizontal da via
Dispositivos Luminosos
Painéis Eletrônicos Painéis com Setas Luminosas
Dispositivos de uso temporário
Utilizados em operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo com o objetivo 
de alertar condutores, canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc.
O B R A S N A P I S T A
D E S V I O
D E S V I O
O B R A S N A P I S T A
R E D U Z A A V E L O C I D A D E
U S E C I N T O D E S E G U R A N Ç A
T A M B É M N O B A N C O T R A S E I R O
O B R A S N A P I S T A
D E S V I O
D E S V I O
O B R A S N A P I S T A
R E D U Z A A V E L O C I D A D E
U S E C I N T O D E S E G U R A N Ç A
T A M B É M N O B A N C O T R A S E I R O
Cones Tambores
Barreiras Fixas Fita Zebrada
Faixas
Cilindro
 Branco Retrorrefletivo
Laranja
Balizador Móvel 
Laranja
 Branco Retrorrefletivo
50 Sinalização de Trânsito
4. Sinalização semafórica
Sinais luminosos automatizados, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres.
Regulamentação para Veículos Regulamentação para Pedestres Advertência
ou ou
Direção Controlada
ou
ou
Significados
Amarelo:
Indica atenção, sinalizando a iminência da parada obrigatória.
Vermelho:
Indica parada obrigatória.
Verde:
Indica permissão para passar, se o cruzamento estiver livre.
Verde:
Permissão para iniciar a travessia.
Vermelho: 
Não pode iniciar a travessia.
Amarelo intermitente:
Adverte a existência de 
obstáculo ou situação 
perigosa na via.
5. Sinalização de obras
Semelhantes aos sinais de advertência, porém de cor alaranjada e de caráter temporário, sempre 
relacionado à realização de obras na pista.
MÁQUINAS 
NA PISTA
A 100 m
6a. Gestos de agentes da autoridade de trânsito
Sempre que a sinalização for efetuada pelo agente, esta tem prioridade sobre as demais.
Ordem de parada para todos 
os veículos.
Ordem de parada para os veículos 
que estão transitando em sentido 
transversal aos braços.
Ordem de parada para os veículos que estão transitando em 
sentido transversal ao braço.
51Sinalização de Trânsito
01. Os sinais de trânsito podem ser: placas, 
desenhos pintados na via, e ainda sinais:
a) luminosos e sonoros.
b) luminosos e por gestos.
c) sonoros e por gestos.
d) luminosos, sonoros e por gestos.
e) luminosos.
02. O objetivo da sinalização é informar:
a) condições, restrições, obrigações e proibi-
ções no uso da via.
b) a situação do trânsito.
c) a condição do veículo.
d) a proibição de cometer imprudência.
e) a ausência de fiscalização constante.
03. O tipo de sinalização que prevalece sobre 
os demais é:
a) dos condutores de veículos.
b) dos pedestres para atravessar a via.
c) os sinais luminosos.
Ordem de diminuição da veloci-
dade.
Ordem de parada para os veículos 
aos quais a luz é dirigida.
Ordem de seguir. Gestos com a palma da mão voltada para 
trás.
6b. Gestos de condutores
São sinais auxiliares, indicativos de manobras.
Conversão à esquerda Conversão à direita Redução ou parada
7. Sinais sonoros
São os apitos do policial ou agente de trânsito.
1 silvo breve
Siga!
2 silvos breves
Pare!
1 silvo longo
Diminua a marcha!
Questões - SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
d) do agente de trânsito.
e) do passageiro de transporte coletivo.
04. As faixas que permitem ultrapassagem são:
a) amarelas contínuas. 
b) brancas contínuas.
c) contínuas. 
d) amarelas contínuas ou seccionadas.
e) seccionadas.
05. A placa obriga a:
a) circular somente para a direita.
b) reduzir a velocidade ou parar, dando prefe-
rência aos veículos que circulam pela via 
preferencial.
c) parar e olhar bem o trânsito antes de entrar 
ou cruzar a via.
d) manter a velocidade igual ou abaixo da indi-
cada na placa.
e) ver que há veículo quebrado adiante.
Direção Defensiva52
DIREÇÃO DEFENSIVA
O número de vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, atualmente, é 
bem menor do que há 10 anos, mas ainda há muito a melhorar. 
O impacto econômico e social causado pelos acidentes de trân-
sito é muito grande, porque a maioria das vítimas está em plena 
atividade produtiva.
Chama a atenção os acidentes envolvendo motos, que represen-
tam 27% da frota brasileira de veículos, mas correspondem a 
mais de 50% dos acidentes graves.
É possível reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito? 
Sim, e aqui vamos tratar do principal fator para que isso aconteça: 
o comportamento do condutor.
Causas de acidentes
 • 90% dos acidentes são causados por falhas humanas.
 • 6% são causados por falhas mecânicas.
 • 4% são causados por má condição das vias.
Em qualquer acidente, uma dessas três falhas humanas está 
sempre presente:
 • Negligência.
 • Imprudência.
 • Imperícia.
Negligente é aquele que sabe o que é certo, mas não está nem aí. O 
desleixo pode causar graves acidentes. Exemplos de negligência:
 • Proprietários de veículos que nãofazem manutenção correta ou 
adiam consertos necessários.
 • O condutor que sabe que está cansado ou que algo não está fun-
cionando bem, mas assim mesmo insiste em seguir em frente.
 • Deixar de fazer as inspeções e verificações periódicas do veículo e 
da carga durante a viagem.
Imprudente é o condutor que se expõe a riscos desnecessários, sem 
medir as consequências. Condutor imprudente é aquele que:
 • Transgride intencionalmente as regras básicas de segurança.
 • Se arrisca, dirige agressivamente, faz ultrapassagens perigosas.
 • Conduz em velocidade incompatível com as condições locais.
 • Dirige perigosamente, motivado pela pressa, pelo espírito competi-
tivo ou simplesmente porque gosta de se arriscar.
A imperícia é a falta de habilidade ou de experiência em dirigir ou em 
lidar com uma situação, e que pode resultar em um acidente:
 • Não estar suficientemente capacitado ou familiarizado para conduzir 
determinado tipo de veículo.
 • Não saber como enfrentar situações adversas com segurança.
 • Reagir de forma imprópria em situações de emergência.
Introdução
Frota brasileira de veículos
27%
motos
Falhas 
humanas
Negligência
Imprudência
Imperícia
Direção Defensiva 53
O que é direção defensiva?
Direção Defensiva, Direção Segura ou Condução Responsável é um con-
junto de técnicas que o condutor deve incorporar à sua maneira de dirigir 
para torná-la mais segura para si mesmo e para os outros usuários do 
trânsito. Na condução de motos essas técnicas podem ser chamadas de 
pilotagem defensiva.
Conduzir defensivamente é dirigir ou pilotar de forma a evitar acidentes 
ou diminuir as consequências de acidentes, apesar das condições ad-
versas, da irresponsabilidade e de eventuais erros de outros condutores 
e pedestres.
Lembre-se: conhecer as técnicas não basta. É preciso praticá-las no dia 
a dia, reconhecer e abandonar antigos vícios, maus hábitos e alterar o 
comportamento, automatizando procedimentos e atitudes corretas.
Pilotagem defensiva 
As motocicletas modernas são mais seguras que as antigas, pois os 
fabricantes trabalham constantemente para dotá-las de dispositivos de 
segurança eficientes. Entretanto, os acidentes envolvendo motocicletas 
continuam sendo muito graves e muitas vezes fatais.
Algumas características desse veículo contribuem para situações in-
seguras.
 • As motos atingem altas velocidades em curtas distâncias.
 • Por serem estreitas, acabam trafegando entre as faixas de circulação.
 • O piloto e seu eventual acompanhante não estão protegidos por 
uma cabine e também não contam com cintos de segurança ou 
airbags.
 • Motos possuem apenas duas rodas, portanto, quando ocorre derra-
pagem ou desequilíbrio do piloto, a queda é quase sempre inevitável.
Algumas atitudes do piloto também contribuem para a insegurança.
 • A capacidade de aceleração da moto estimula o piloto a abusar 
da velocidade.
 • O excesso de autoconfiança de alguns motociclistas leva a uma 
avaliação incorreta dos riscos.
 • Subestimar situações de perigo aumenta a possibilidade de envol-
ver-se em acidentes.
Elementos da direção e da pilotagem defensiva
As técnicas de direção e pilotagem defensiva estão agrupadas em 
cinco elementos básicos:
 • CONHECIMENTO.
 • ATENÇÃO.
 • PREVISÃO.
 • HABILIDADE.
 • AÇÃO.
Definição
É necessário alterar 
o comportamento
Conhecimento
Previsão
Atenção
Habilidade
Ação
Direção Defensiva54
Conhecimento 
É fundamental que o condutor defensivo conheça:
 • as leis e normas de trânsito;
 • as particularidades do veículo, seus equipamentos e acessórios;
 • as condições adversas e a maneira correta de enfrentá-las.
Conhecer as leis
O objetivo da legislação de trânsito, normas de circulação e conduta, e 
das técnicas de direção e pilotagem defensiva é o mesmo: a segurança 
no trânsito.
As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é 
necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do 
que comprovado: quem não conhece as regras comete mais infrações e 
está mais exposto a acidentes.
Conhecer os veículos
Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir aci-
dentes.
Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes 
provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo.
 • As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos 
os veículos.
 • O manual do proprietário contém informações importantes sobre o 
veículo e seus equipamentos e realmente precisa ser lido.
 • Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente familiari-
zado com o comportamento do veículo.
 • Examinar frequentemente o veículo, os equipamentos e a carga, 
tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar 
irregularidades.
 • Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de 
quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis, lanter-
nas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina.
Conhecer a moto
Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a 
moto seja adequada à utilização pretendida. O tamanho da moto deve 
ser compatível com o porte do condutor, que deverá conseguir apoiar 
ambos os pés no solo quando estiver sentado na moto.
Um bom teste para saber se o tamanho da moto está apropriado para 
seu porte físico é fazer um oito empurrando-a pelo guidão.
Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na seguran-
ça devem ser verificados periodicamente, a fim de se evitar má conser-
vação e mau funcionamento.
 • Freios: dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou pas-
tilhas, cubos ou discos, nível do fluido de freios.
Conhecer leis 
e normas 
Direção Defensiva 55
 • Suspensão: molas e amortecedores.
 • Corrente de transmissão: condições de uso e folgas.
 • Pneus: pressão e desgaste.
 • Luzes: faróis, lanternas, sinalizadores e luz de freio.
 • Buzina.
Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que contri-
buem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo compro-
meter a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e 
agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos 
adequados para cada uma delas.
Os principais tipos de situações adversas são:
 • iluminação;
 • tempo;
 • vias;
 • trânsito;
 • veículo;
 • cargas;
 • passageiros;
 • condutor.
Condições adversas de iluminação 
A luz, natural ou artificial, é um fator de segurança, pois é essencial para 
vermos e sermos vistos. Ela se torna uma condição adversa quando está 
em falta ou em excesso:
 • ofuscamento;
 • penumbra;
 • noite.
O ofuscamento, causado pelo excesso de luz, provoca uma cegueira 
momentânea nos olhos do condutor, que poderá durar alguns segundos. 
Enquanto isso, o veículo percorrerá dezenas de metros até que o condu-
tor recupere a visão plena.
Causas do ofuscamento
Incidência direta de raios solares
 • O ofuscamento direto por luz solar pode ocorrer no início da manhã 
e no final da tarde, quando o sol está próximo do horizonte. Esta 
incidência pode ser evitada com o uso do para-sol, equipamento 
obrigatório nos veículos.
Reflexos da luz solar
 • No ofuscamento indireto, os olhos do condutor são atingidos pela 
reflexão da luz solar em vidros ou espelhos de outros veículos.
Luz alta em sentido contrário
 • Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por ou-
tras condições adversas, como chuva e neblina.
Conhecer as 
condições 
adversas
Luz
Ofuscamento 
Direção Defensiva56
Luz alta no retrovisor
 • Causado quando veículo de trás está com luz alta. Retrovisor com 
dispositivo antiofuscamento é muito útil para evitar isso.
Penumbra ou lusco-fusco é a situação de pouca luminosidade que 
ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e em 
tempestades.
É uma condição adversa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o 
que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias 
e, principalmente, ver e ser visto.
Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra:• manter a luz baixa ligada;
 • reduzir a velocidade;
 • redobrar a atenção.
Devido à ausência total de luz solar, à noite a visibilidade do condutor 
depende da iluminação artificial das vias e está limitada ao alcance dos 
faróis. São necessários alguns cuidados para se conduzir à noite com 
segurança:
 • manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento;
 • manter os faróis regulados e limpos;
 • à noite, a velocidade segura é inferior a praticada durante o dia;
 • aumentar a distância de segurança dos demais veículos.
Nas estradas: prefira sempre viajar de dia, é muito mais seguro!
Para evitar o ofuscamento por luz alta vinda de veículos que trafegam em 
sentido contrário, o condutor deverá:
 • diminuir a velocidade;
 • solicitar luz baixa, com um breve lampejo de luz alta;
 • não olhar diretamente para os faróis;
 • se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem 
direita da via.
Tomar cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é uma 
causa frequente de acidentes. Usar luz baixa assim que surgirem veícu-
los em sentido contrário, não apenas quando estiverem próximos. Cuidar 
também para não ofuscar pelos retrovisores o condutor do veículo que 
vai à frente.
Condições adversas de tempo 
Interferem na segurança do trânsito, pois alteram as condições da via, 
podem reduzir a visibilidade do condutor e alterar o comportamento 
dinâmico do veículo.
As condições de mau tempo podem se agravar a ponto de impedir o des-
locamento seguro. As principais são: chuva, granizo e neblina. Condições 
como vento, frio e calor também podem comprometer a segurança.
Penumbra
Noite
Condições 
climáticas
Direção Defensiva 57
A neve não é frequente no Brasil, mas quem trafega nos países do 
MERCOSUL, como Argentina e Chile, deve estar preparado para dirigir 
sob essa condição adversa.
A condição adversa que reduz a visibilidade, diminui a aderência dos 
pneus, aumenta consideravelmente o espaço percorrido em frenagens e 
dificulta manobras de emergência.
O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura 
de água com pó e outros resíduos.
Quando for inevitável dirigir sob chuva, deve-se observar os seguintes 
pontos:
 • redobrar a atenção;
 • reduzir a velocidade;
 • aumentar a distância dos demais veículos;
 • redobrar o cuidado em curvas e frenagens;
 • manter acesa a luz baixa;
 • evitar passar sobre locais com acúmulo de água.
É preciso manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom estado 
e os vidros limpos, desengordurados e desembaçados.
Em motos, onde o condutor está exposto, é preciso manter a viseira ou 
óculos de proteção limpos e desengordurados e usar roupa apropriada, 
como capa ou macacão impermeável.
Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode pro-
vocar a AQUAPLANAGEM, situação na qual os pneus não conseguem 
remover a lâmina de água e perdem o contato com a pista. Nesse caso, 
a direção fica repentinamente leve e o condutor pode perder o controle 
do veículo.
A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores:
 • excesso de água na pista. Deve-se tomar muito cuidado ao trafe-
gar em locais onde há acúmulo de água;
 • velocidade do veículo. Quanto maior a velocidade, maior a possi-
bilidade de ocorrer aquaplanagem;
 • pneus desgastados não conseguem afastar a lâmina d’água e po-
dem perder a aderência com a pista. 
Cuidado: se a moto aquaplanar, o controle torna-se muito difícil e a que-
da é praticamente inevitável.
Procedimentos de segurança para evitar a aquaplanagem:
 • sob chuva, reduzir a velocidade e redobrar a atenção;
 • evitar passar sobre áreas com acúmulo de água na pista;
 • estabelecer um padrão de condução seguro para a situação.
Chuva
Aquaplanagem
Direção Defensiva58
O que fazer em caso de aquaplanagem:
 • segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo;
 • desacelerar o veículo sem frear bruscamente. Se as rodas esti-
verem viradas ou travadas no momento que voltar o contato dos 
pneus com a pista, o veículo poderá se desgovernar.
O ideal é evitar circular por trechos alagados. A água pode esconder bu-
racos ou obstáculos e causar acidentes, danificar o motor, dependendo 
da profundidade, além do risco de ser arrastado pela correnteza. Se for 
inevitável passar por um local alagado, deve-se escolher um trajeto onde 
a água não ultrapasse a metade da altura da roda do veículo e manter 
aceleração constante em primeira marcha.
A chuva acompanhada de pedras de gelo apresenta riscos adicionais:
 • durante a ocorrência de granizo, a visibilidade é ainda menor;
 • pode ferir pedestres, ciclistas e motociclistas e seus passageiros;
 • pode quebrar vidros, faróis, danificar a pintura e lataria do veículo;
 • o granizo pode assustar, levando as pessoas a comportamentos 
imprevisíveis, que podem causar acidentes.
Além das recomendações para chuva, deve-se também:
 • parar somente em locais seguros, para evitar acidentes com os 
demais veículos;
 • trafegar em velocidade compatível com a situação;
 • sempre que possível, motociclistas devem procurar um lugar coberto.
Em caso de quebra de para-brisas:
 • se o vidro for do tipo laminado, não haverá perda total da visibilida-
de, pois ele apresentará trincas maiores;
 • se o vidro for temperado, irá trincar em milhares de pequenos pe-
daços, impossibilitando a visão. Nesse caso, é preciso reduzir a 
velocidade, sinalizar e parar em local seguro;
 • se for inevitável dirigir sem o para-brisa, conserve as janelas do 
veículo fechadas, isso impede a entrada excessiva de ar.
Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Graves acidentes 
e engavetamentos podem ocorrer devido a essa condição adversa.
Precauções:
 • nas estradas, trechos e horários sujeitos a neblina são previsíveis 
e podem ser evitados;
 • redobrar a atenção e aumentar a distância de segurança;
 • reduzir a velocidade, mantendo um ritmo seguro e constante;
 • manter o farol baixo ou farol de neblina aceso, mesmo de dia;
 • não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade;
 • parar somente em emergências, em acostamento ou em locais 
seguros; manter o pisca-alerta ligado;
 • em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com cuidado.
Quebra de 
para-brisas
Granizo
Neblina ou 
cerração
Enchentes e 
alagamentos
Direção Defensiva 59
ATENÇÃO!
O pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento, exceto 
em situações de emergência.
Não é uma situação climática, mas provoca falta de visibilidade seme-
lhante à causada pela neblina, com diferenças importantes.
Ocorre de maneira localizada, mas é difícil avaliar a sua intensidade e 
extensão. Pode provocar irritação nos olhos, tosse ou sufocação, princi-
palmente nos motociclistas, que estão sempre mais expostos.
Deve-se evitar, sempre que possível, trafegar sob fumaça densa. Porém, 
se for inevitável, seguir as seguintes recomendações:
 • antes de entrar na fumaça, ligar pisca-alerta e reduzir a velocidade;
 • depois de entrar, é melhor não parar até sair do outro lado;
 • no caso de automóveis, fechar todas as janelas;
 • não frear bruscamente, pois pode resultar em colisão traseira.
Em motos e veículos sem ar-condicionado, além do desconforto, o calor 
pode causar sonolência. Deve-se manter o veículo ventilado, o corpo bem 
hidratado e a mente alerta. 
Frio excessivo provoca rigidez das mãos e pés, principalmente em mo-
tociclistas, exigindo vestimentas corretas. A tendência a embaçamento 
interno nos vidros dos veículos deve ser controlada com ventilação e 
recursos disponíveis no mesmo.
Condições adversas das vias 
O ideal seria transitar por vias bem projetadas; construídas, sinalizadas 
e conservadas adequadamente. Porém, isso nem sempre é possível.
As principais condições adversas das vias são:
 • sinalização inadequada ou deficiente;
 • pavimentação inexistente ou defeituosa;
 • aclives ou declives muito acentuados;
 • pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal;
 • curvas mal projetadas ou mal construídas;
 • lombadas,ondulações e desníveis;
 • acostamento inexistente ou com desnível excessivo;
 • má conservação, buracos, falhas e outras irregularidades;
 • pista escorregadia ou com drenagem deficiente, permitindo acú-
mulo de água;
 • vegetação muito próxima da pista.
É importante planejar o itinerário com antecedência, considerando as 
condições das vias, em aplicativos do tipo Google Maps ou Waze.
Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus 
perigos e deficiências, e ajustando-se às suas condições.
Fumaça
Calor e frio 
excessivos
Planejar o 
itinerário
Direção Defensiva60
A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a 
suspensão e provocar acidentes. As principais recomendações são: 
 • conduzir em velocidade compatível com a condição da via;
 • no caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo 
do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor;
 • cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar 
de buracos na pista;
 • veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, pois 
esta é a maior causa de deterioração do pavimento.
Motos
 • Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros, 
além de desequilibrar a moto.
 • Se for inevitável transpor obstáculos, lombadas, cruzar trilhos ou 
sonorizadores, deve-se reduzir a velocidade, aproximar-se em ân-
gulo de 90 graus, em linha reta e erguer-se um pouco do assento 
apoiando-se nas pedaleiras. 
 • Em caso de derrapagem, segurar firme o guidão no sentido da 
derrapagem, sem acelerar, frear nem utilizar a embreagem, para 
que a aderência se restabeleça.
As condições que podem deixar a pista com pouca aderência, são:
 • pavimento molhado, particularmente, logo após começar a chover;
 • manchas de óleo na pista;
 • pisos de terra ou acúmulo de pedregulho e areia no pavimento;
 • lama e gelo;
 • faixas pintadas na pista;
 • placas de aço, especialmente, quando molhadas.
Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca ade-
rência, deve-se:
 • é preferível reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderên-
cia, do que frear durante elas, principalmente em curvas;
 • é preciso que haja um equilíbrio entre os freios dianteiro e traseiro 
da moto, para evitar derrapagens e quedas;
 • em motos mais antigas é o condutor que regula a pressão dos 
freios, cuidando para não travar a roda traseira, que provoca derra-
pagens em pistas escorregadias; 
 • motos novas são equipadas com freios ABS, que são mais efi-
cientes e evitam o travamento das rodas; ou BBS, que distribui a 
pressão de frenagem entre rodas dianteira e traseira;
 • cuidado também para não derrapar ao acelerar, acionar a embrea-
gem ou trocar marchas durante as curvas;
 • ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por 
exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia;
 • em piso molhado, deve-se trafegar sobre os rastros dos pneus dos 
outros veículos, onde há menos água;
 • evitar faixas de areia, sujeira e folhas soltas nas laterais da pista.
Vias mal 
conservadas
Direção Defensiva 61
A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de 
risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser 
surpreendido e não se envolver em acidentes.
Em descidas íngremes ou longas, como rampas, ladeiras ou descidas de 
serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e segura 
consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com velocidade 
reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida.
Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo 
embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para veícu-
los de grande porte como ônibus, caminhões e carretas. Nesse caso, os 
freios irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios 
e os pneus, e resultar em graves sinistros. Esses acidentes são muito 
comuns em serras, que combinam descidas íngremes e curvas.
Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via 
caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor.
Condições adversas de trânsito 
Para dirigir ou pilotar com segurança é fundamental avaliar e agir de 
acordo com as condições do trânsito.
Fatores adversos mais comuns:
 • trânsito lento ou congestionado;
 • horários e locais de maior movimento;
 • áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres;
 • presença de ciclistas e outros veículos não motorizados;
 • tráfego intenso de veículos pesados;
 • comportamento imprudente ou agressivo dos demais condutores. 
O condutor defensivo procura, sempre que possível:
 • planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de conges-
tionamento;
 • sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos;
 • lembrar que nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico, 
em tempo e combustível.
As pessoas aproveitam os congestionamentos para usar o celular, pas-
sar mensagens, etc. Ao ficar desatento, o condutor pode não notar a 
movimentação do trânsito, além de ficar mais vulnerável a assaltos.
A maior parte dos assaltos ocorre quando o condutor está parado em 
semáforos ou na frente de imóveis, ou ainda, entrando ou saindo do 
veículo.
É preciso redobrar o cuidado nessas situações: condutores sozinhos, 
mulheres e idosos são mais visados.
 • Manter os vidros fechados.
 • Usar película escura que dificulta avaliar o interior do veículo.
 • Ao aproximar-se do semáforo, controlar a velocidade do veículo 
para pegar o sinal verde, sem ter que parar.
Declives 
acentuados
Vias mal 
sinalizadas
Assaltos e 
sequestros
Congestionamentos
Direção Defensiva62
 • Evitar o uso de objetos chamativos, como relógios e jóias.
 • Não deixar bolsas e outros objetos sobre os bancos.
 • Escolher criteriosamente seus roteiros e itinerários.
 • Evitar exposição desnecessária, principalmente à noite e de 
madrugada.
 • Se for assaltado, obedeça, não discuta e não reaja.
A violência no trânsito vai além dos acidentes e assaltos. É preciso evitar 
discussões e brigas. Manter a calma, não provocar nem aceitar provoca-
ções, são recomendações decisivas para evitar uma tragédia.
Condições adversas do veículo 
Aqui vamos dar atenção aos principais itens e componentes do veículo, 
cujo estado pode interferir seriamente na segurança. 
 • Lâmpadas queimadas e faróis desregulados.
 • Limpadores de para-brisas com defeito (no caso de automóveis).
 • Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes.
 • Amortecedores em mau estado.
 • Folga no sistema de direção ou no guidão.
 • Rodas desbalanceadas ou aros empenados.
 • Falta de buzina.
 • Suspensão desalinhada.
 • Pneus gastos, com defeitos ou mal calibrados.
 • Freios deficientes.
 • Quantidade insuficiente de combustível.
 • Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios.
 • Existência de qualquer tipo de vazamento.
É importante ficar atento a todos estes itens, pois eles interferem na 
segurança. Deve-se recusar dirigir ou pilotar veículos em mau estado de 
conservação ou que não tenham todos os equipamentos obrigatórios.
Condições adversas de cargas 
O transporte de cargas e até de simples objetos ou bagagens pode com-
prometer a segurança se não forem tomados os cuidados necessários.
As causas mais comuns de acidentes provocados pela carga são:
 • carga mal distribuída, mal embalada ou acondicionada inadequa-
damente;
 • falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do compar-
timento de cargas;
 • desconhecimento do tipo de carga e das suas características.
Ao transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes pontos:
 • volume e peso devem ser compatíveis com a capacidade do veículo;
 • não transportar passageiros nos compartimentos da carga ou vice-
versa;
Brigas e outros 
incidentes
Economizar na 
manutenção 
pode custar caro
A carga pode 
se tornar uma 
condição adversa
Direção Defensiva 63
 • certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada;
 • aproveitar as paradas para conferir as condiçõespermite que condutores possam 
trafegar com segurança, mesmo sem dominar o idioma local.
Acordo Mercosul – 1992
Estabeleceu normas para uniformizar o trânsito entre os países integrantes 
do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa 
desde 2017).
Código de Trânsito Brasileiro
Todo condutor tem a obrigação de conhecer e cumprir a legislação de trân-
sito, e estará sujeito a multas e penalidades sempre que transgredi-la.
O condutor é responsável por todos os seus atos no trânsito. O desco-
nhecimento da lei não pode ser usado na defesa de um infrator.
O Código de Trânsito Brasileiro é composto de 22 capítulos e 341 artigos. 
01. Disposições Preliminares.
02. Do Sistema Nacional de Trânsito.
03. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta.
03-A. Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais.
04. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados.
05. Do Cidadão.
06. Da Educação para o Trânsito.
07. Da Sinalização para o Trânsito.
08. Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do 
Policiamento Ostensivo.
09. Dos Veículos.
10. Dos Veículos em Circulação Internacional.
11. Do Registro de Veículos.
12. Do Licenciamento.
Código de 
Trânsito 
Brasileiro
Introdução
CTB: Lei 9.503 
de 23/09/97
6 Legislação de Trânsito
13. Da Condução de Escolares.
13-A. Da Condução de Motofrete.
14. Da Habilitação.
15. Das Infrações.
16. Das Penalidades.
17. Das Medidas Administrativas.
18. Do Processo Administrativo.
19. Dos Crimes de Trânsito.
20. Das Disposições Finais e Transitórias.
O Capítulo I, das Disposições Preliminares, traz algumas definições e 
atribuições interessantes em seu Artigo 1°:
 • Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, 
para circulação, parada, estacionamento e operação de carga e 
descarga (§ 1°).
 • Trânsito em condições seguras é um direito de todos (§ 2°). 
 • Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos 
causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro (§ 3°).
 • Será dada prioridade à segurança, defesa e preservação da vida e 
do meio ambiente (§ 5°).
Direitos e deveres do cidadão no trânsito
Os direitos e obrigações do cidadão no trânsito são definidos no CTB.
É seu dever:
 • Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais ele-
mentos do trânsito (Art. 26 do CTB). Todas as demais regras são 
derivadas desse conceito. 
São seus direitos:
 • Utilizar vias seguras e sinalizadas. Em caso de sinalização defi-
ciente ou inexistente, a autoridade com jurisdição sobre a via deve 
responder e ser responsabilizada (Art. 1° do CTB, § 2° e § 3°).
 • Sugerir alterações a qualquer artigo ou norma do CTB e receber 
resposta, bem como solicitar alterações em sinalização, fiscaliza-
ção e equipamentos de segurança e ser atendido ou receber res-
posta (Art. 72 e 73 do CTB).
 • Cobrar das autoridades a educação para o trânsito (Art. 74), que 
é prioridade definida pelo CTB.
Sistema Nacional de Trânsito
Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de entidades da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o 
exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, 
pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e 
reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema 
viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos 
e aplicação de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5° do CTB).
Respeito à vida 
e preservação do 
meio ambiente
Sistema Nacional 
de Trânsito
7Legislação de Trânsito 
São objetivos do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 6° do CTB): 
1 - segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental e educação; 
2 - padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros;
3 - fluxo de dados.
São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7° 
do CTB).
 • CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema.
 • CETRAN: Conselho Estadual de Trânsito.
 • CONTRANDIFE: Conselho de Trânsito do Distrito Federal.
São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8° 
ao 25° do CTB).
Federais:
 • SENATRAN: Secretaria Nacional de Trânsito.
 • DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
 • PRF: Polícia Rodoviária Federal.
Estaduais:
 • DETRANs: Departamentos Estaduais de Trânsito.
 • CIRETRANs: Circunscrições Regionais de Trânsito.
 • DERs: Departamentos de Estradas de Rodagem.
 • PMs: Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais.
Municipais:
 • Departamentos Municipais de Trânsito.
JARI: Junta Administrativa de Recurso de Infrações. Cada órgão de trân-
sito que emite multas possui uma JARI (DNIT, PRF, DETRANs, CIRETRANs, 
DERs, PMs e Departamentos Municipais de Trânsito).
Os assuntos relativos a CONDUTOR e VEÍCULO são de responsabilidade 
do DETRAN e das CIRETRANS de cada estado.
Nas cidades em que o trânsito está municipalizado é de responsabili-
dade dos Órgãos Municipais de Trânsito fiscalizar a circulação, parada 
e estacionamento dos veículos, além de implantar, manter e operar o 
sistema de sinalização nas vias urbanas.
As vias
Via Terrestre (Anexo I do CTB): é a superfície por onde transitam veícu-
los, pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acosta-
mentos, calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais. 
As vias podem ser (Art. 2° do CTB): vias internas de condomínios, ruas, 
avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias 
abertas à circulação pública e áreas de estacionamentos privados de 
uso coletivo.
Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB):
 • Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas.
 • Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções).
Órgãos normativos 
Órgãos executivos 
Vias rurais
8 Legislação de Trânsito
Classificação de Vias Urbanas (Art. 60 e Anexo I do CTB):
 • Vias de trânsito rápido: não possuem cruzamentos diretos (inter-
seções em nível), nem semáforos, nem travessia de pedestres em 
nível (diretamente sobre a pista de rolamento). 
 • Vias arteriais: ligam diferentes regiões de uma cidade, com cruzamen-
tos ou interseções geralmente controlados por semáforos. 
 • Vias coletoras: coletam e distribuem o trânsito dentro das regiões 
da cidade e dão acesso a vias de maior porte.
 • Vias locais: vias de trânsito local, com cruzamentos geralmente 
sem semáforos.
Velocidade máxima nas vias 
A velocidade máxima em cada via é definida pela legislação e pela sinali-
zação. Em vias não sinalizadas, os limites de velocidade são os seguintes 
(Art. 61 do CTB):
Em vias urbanas:
 • 30 km/h nas vias locais.
 • 40 km/h nas vias coletoras.
 • 60 km/h nas vias arteriais.
 • 80 km/h nas vias de trânsito rápido.
Em rodovias de pista dupla:
 • 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) automóveis, camio-
netas, caminhonetes e motocicletas.
 • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus, 
micro-ônibus, motor-casa e etc.
Em rodovias de pista simples:
 • 100 km/h (cem quilômetros por hora) automóveis, camionetas, 
caminhonetes e motocicletas.
 • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus, 
micro-ônibus, motor-casa e etc.
Em estradas:
 • 60 km/h (sessenta quilômetros por hora).
Velocidade mínima (Art. 62 do CTB):
 • Não poderá ser inferior à metade da máxima permitida no local, 
exceto na faixa da direita.
Velocidade Segura (Art. 43 do CTB):
 • Em vias de grande movimento e rápido escoamento, é preciso 
acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos. 
 • Em vias locais, precisamos dirigir em baixa velocidade, prevendo 
que as pessoas possam estar mais descontraídas e desatentas.
Vias urbanas
9Legislação de Trânsito 
Importante!
O condutor deve dirigir em velocidade compatível com a segurança, 
levando em conta os fatores locais como: tráfego de veículos e 
pedestres, condições climáticas, da via, etc.
Classificação geral dos veículos (Art. 96 do CTB)
Quanto à tração:
 • automotor;da carga;
 • cargas externas não devem obstruir a visão do condutor, nem as 
luzes de sinalização. Não podem oferecer riscos aos demais usuá-
rios, nem exceder as dimensões laterais do veículo.
Motocicletas – cuidados adicionais
Em motos, as condições da carga afetam diretamente a segurança.
O peso, o volume e a posição da carga alteram significativamente o com-
portamento da motocicleta nas acelerações, frenagens e curvas.
As principais causas de acidentes em motocicletas, provocados pela 
carga são:
 • compartimento de carga em mau estado ou mal fixado à motocicleta;
 • carga muito volumosa ou muito pesada para a moto;
 • carga mal colocada ou mal distribuída causando vibrações e osci-
lações na moto.
Recomendações de segurança para motos
 • Compartimento de carga, se houver, deve estar bem instalado.
 • Quanto mais alta a carga, maior o desequilíbrio que irá causar.
 • As bolsas ou malas laterais podem distribuir melhor a carga.
 • Transportar cargas maiores exige experiência. 
Condições adversas de passageiros 
Quando o comportamento dos passageiros pode afetar a segurança:
 • barulho, desordem ou brigas entre os ocupantes;
 • idosos, passageiros machucados ou passando mal;
 • crianças pequenas desacompanhadas;
 • excesso de passageiros;
 • passageiros com estado psicológico alterado (irritados, nervosos, 
inseguros, alcoolizados, drogados etc.).
Procedimentos
 • Não permitir que ocupantes desviem a atenção do condutor.
 • Crianças menores de 10 anos ou que não tenham 1,45 m devem 
permanecer no banco de trás, utilizando corretamente os equipa-
mentos de retenção.
 • Respeitar o limite de passageiros de cada veículo.
Motos
Transportar passageiro em moto exige mais habilidade e experiência. 
O transporte de crianças menores de 10 anos é proibido por lei.
Para levar passageiro, a motocicleta deverá estar equipada com:
 • assento apropriado, com espaço suficiente para o passageiro, sem 
que o piloto tenha que se deslocar para frente;
Direção Defensiva64
 • pedaleiras para que o passageiro apoie os pés firmemente;
 • equipamentos de proteção para o passageiro, iguais aos do piloto;
 • pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos.
O comportamento da motocicleta muda devido ao aumento de peso. O 
piloto precisa adequar as técnicas de pilotagem, considerando que:
 • a motocicleta terá acelerações mais lentas e será necessário mais 
espaço para se intercalar no fluxo do trânsito;
 • frenagens e paradas deverão ser feitas com mais antecedência, 
pois o espaço percorrido até a moto parar será maior;
 • as curvas serão mais difíceis de fazer;
 • a distância de segurança do veículo à frente deverá ser maior.
Instruções para o passageiro
 • Subir na moto somente depois do piloto.
 • Colocar os pés nas pedaleiras só depois que estiver sentado, e 
não tirar os pés durante as paradas.
 • Sentar próximo ao piloto segurando pela cintura ou quadril.
 • Segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas.
 • Acompanhar a inclinação do corpo do piloto nas curvas.
 • Evitar movimentos desnecessários.
 • O piloto deve alertar o passageiro antes de manobras súbitas, 
passagens sobre lombadas, etc.
 • Evitar contato direto com o escapamento e a corrente da moto. 
Condições adversas do condutor 
Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a 
capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores são:
 • deficiência visual, motora ou auditiva;
 • uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção;
 • cansaço, sono e fadiga;
 • estados psicológicos alterados e fatores comportamentais, como: 
pressa, distração, agressividade, irritação, competitividade, etc.;
 • estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas 
diante de situações de perigo ou tensão.
Deficiências físicas
Algumas deficiências físicas não impedem o indivíduo de dirigir, mas tor-
nam obrigatório o uso de acessórios, como próteses corretivas, lentes 
ou adaptações no veículo.
Com a utilização de equipamentos especiais é possível dirigir normalmente.
Capacidade necessária para dirigir
A habilidade de dirigir ou pilotar utiliza muito da capacidade intelectual do 
condutor, afinal, é o cérebro que comanda tudo.
Direção Defensiva 65
Estados mentais alterados que podem afetar a capacidade de dirigir ou 
pilotar com segurança, podem ser:
 • psíquicos ou neurológicos: epilepsia, neuroses, psicoses, etc., 
cuja intensidade pode impedir seus portadores de dirigir;
 • emocionais: estresse, depressão, irritação, raiva, insegurança ou 
alterações devido a comoções, fatalidades, mortes, traumas, etc.
Além disso, o homem interfere artificialmente nessas condições ao uti-
lizar substâncias químicas, como bebidas alcoólicas, drogas e medica-
mentos, que alteram o funcionamento cerebral.
Álcool 
Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor, é 
um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito 
no Brasil, envolvem alguém alcoolizado.
O indivíduo alcoolizado “acredita” que está bem, com reflexos e reações 
normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem-
estar que o álcool proporciona.
 • O álcool induz as pessoas a fazer coisas que normalmente não 
fariam, seja por excesso de autoconfiança ou pela perda da noção 
de perigo e respeito à vida.
Alterações provocadas pelo álcool
 • Diminuição da coordenação motora e dos reflexos.
 • Visão distorcida, dupla e fora de foco.
 • Tontura, torpor, sonolência e enjoo.
 • Falta de concentração, raciocínio e reações lentas.
 • Diminuição ou perda do espírito crítico.
 • Baixa qualidade de julgamento e alteração da noção de perigo.
A médio e longo prazo, o alcoolismo poderá impor ao seu usuário alguns 
processos degenerativos.
 • Degeneração mental: comprometimento da memória e do raciocínio.
 • Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado 
com o trabalho, com os familiares e consigo próprio.
 • Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos, comprometen-
do a saúde e o vigor físico.
No trânsito, os condutores alcoolizados têm práticas perigosas que se 
tornam elementos de risco, tais como:
 • excesso de velocidade;
 • manobras arriscadas;
 • desvios de direção e avaliação incorreta das distâncias;
 • reflexos atrasados ou reações fora de tempo;
 • perda de controle do veículo.
O etilômetro ou bafômetro é um aparelho que mede a dosagem de álcool 
contida no sangue a partir do ar expelido pelo condutor.
Comportamentos 
nocivos 
Direção Defensiva66
Dirigir ou pilotar alcoolizado não é apenas uma infração: é uma irrespon-
sabilidade, um crime que expõe pessoas inocentes a riscos desnecessá-
rios e danos irreversíveis (saiba mais em Crimes de Trânsito pág. 21).
Como você se sentiria
 • Se seu filho fosse atropelado por um condutor alcoolizado?
 • Se você provocasse a morte de alguém, ao dirigir alcoolizado?
É preciso ter consciência sobre essas questões antes de começar a 
beber, para jamais dirigir ou pilotar depois de ter ingerido qualquer quan-
tidade de álcool.
Comportamento seguro e responsável
 • “Se vai dirigir não beba, se bebeu não dirija”. Essa ainda é a me-
lhor de todas as regras.
 • Se vai sair e pretende beber, planeje deixar o carro em casa.
 • Ao sair com amigos, escolham o “motorista da vez”, aquele que 
ficará sem beber para poder dirigir.
 • Decida o que irá fazer antes de beber e cumpra o planejado.
 • Se beber, não dirija, mesmo que, aparentemente, o efeito da bebi-
da tenha passado, pois é provável que ainda haja álcool no sangue.
 • Ao presenciar alguém alcoolizado que esteja prestes a dirigir, em-
penhe-se ao máximo para fazê-lo mudar de ideia, pois é grande a 
chance dele envolver-se em um acidente. Vale a pena insistir.
 • Providencie carona ou transportes alternativos para que a pessoa 
alcoolizada chegue em casa com segurança.
 • Recuse-se a ser conduzido por pessoas alcoolizadas.
 • Tome o máximo cuidado também com outros condutores alcoolizados.
 • Evite os horários mais perigosos(entre a noite de sexta e a ma-
drugada de domingo) onde ocorre o maior número de acidentes 
envolvendo pessoas alcoolizadas.
Medicamentos 
Alguns medicamentos podem provocar alterações sensoriais ou de com-
portamento, tonturas, sonolência, etc. Condutores que utilizam modera-
dores de apetite, antidepressivos, anti-histamínicos e outras substâncias 
devem procurar conhecer os efeitos colaterais.
Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem 
drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os popu-
lares “rebites”, ingeridos com café, refrigerantes, energéticos e até com 
bebidas alcoólicas. Quando cessa o efeito, a necessidade acumulada 
de sono se manifesta repentinamente, fazendo o motorista “apagar” e, 
consequentemente, envolver-se em graves acidentes.
O consumo de medicamentos com bebidas alcoólicas deve ser evitado, 
pois é prejudicial à saúde e potencializa as alterações adversas.
“Se vai dirigir 
não beba, se bebeu 
não dirija”
Direção Defensiva 67
Drogas 
O uso de estimulantes, relaxantes ou entorpecentes é comum em todos 
os níveis da nossa sociedade. Nesse grupo de substâncias estão incluí-
dos maconha, cocaína, crack, ecstasy e muitos outros.
Essas drogas, assim como o álcool, alteram o funcionamento cerebral, 
o padrão de percepção e consciência da realidade e do perigo. Por isso, 
apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o 
efeito de drogas sente-se como se estivesse em plenas condições. 
A sensação de que tudo está sob controle é absolutamente falsa. Por 
isso, é importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de 
consumi-las, tenha consciência de que não estará em condições de dirigir.
Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação é ex-
tremamente perigosa, pois multiplica o efeito nocivo dessas substâncias.
Uso do celular ao dirigir 
A atividade de dirigir com segurança exige muita atenção, o tempo todo. 
Qualquer distração ao volante pode provocar um acidente, e os motivos 
para desviar a atenção são muitos, mas o campeão é o telefone celular.
As pessoas estão cada vez mais conectadas, não conseguem desligar 
quando estão dirigindo: atendem chamadas e até digitam mensagens.
Tirar os olhos do trânsito por apenas 2 ou 3 segundos é o suficiente para 
bater no carro da frente, mudar de pista, colidir com um objeto imóvel ou 
atropelar alguém. Em apenas 5 segundos, a 80 km/h o veículo percorre 
mais de 100 metros.
Utilizar o modo viva-voz também não é completamente seguro. Pesquisas 
comprovam que conversar ao telefone rouba a atenção necessária para 
dirigir com segurança.
Como proceder? O correto é, antes de dirigir, colocar o celular no modo 
silencioso, e não olhar nem que seja “só para ver quem está chaman-
do”. Além disso, o condutor deve retornar as ligações apenas depois de 
parar o veículo. Se estiver aguardando uma ligação importante, procure 
primeiramente um local seguro para parar.
Sono e fadiga 
A sonolência é responsável por mais de 10% dos acidentes de trânsito, 
percentual extremamente elevado quando comparado às demais causas.
O sono diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar com segurança. 
Muitas pessoas acreditam que podem controlar o sono utilizando artifí-
cios como café, música alta ou vento no rosto, mas, sem perceber elas 
podem “tirar” um cochilo fatal.
Sinais de sonolência
 • É preciso se esforçar para manter a concentração.
 • A visão perde o foco e fica difícil manter os olhos abertos.
Drogas ilegais
Não dirigir 
quando estiver 
“pedindo cama” 
Direção Defensiva68
 • A cabeça começa a pesar.
 • A pessoa não para de bocejar.
 • Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos.
 • Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do 
veículo.
Cuidados são indispensáveis
 • Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria 
dos acidentes, devido à sonolência, ocorre nesse período do dia.
 • Só dirigir ou pilotar se estiver realmente descansado e bem dis-
posto.
 • Ficar atento aos períodos em que há baixa do nível de energia, 
como após refeições e durante a madrugada.
 • Em trajetos longos, planeje paradas e revezamentos, para não che-
gar ao limite.
Motos
 • O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa. No caso do 
motociclista, manter-se aquecido é essencial.
 • Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para 
fazer longas viagens.
 • Para evitar o cansaço, pilotos experientes evitam pilotar mais do 
que seis horas por dia.
Atenção!
Pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um automóvel, principal-
mente em viagem.
Fadiga é um cansaço permanente, resultante de certas doenças como 
estresse, depressão e esgotamento, ou por má distribuição entre horas 
de trabalho e descanso, por períodos prolongados.
A dificuldade de concentração, a falta de atenção e os reflexos mais 
lentos do condutor, criam diversas pequenas situações de risco na con-
dução, aumentando a probabilidade de acidentes, principalmente para 
quem passa muitas horas no trânsito.
Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar 
com regularidade, além de planejar corretamente os períodos de trabalho 
e descanso. Se os sintomas persistirem, deve-se procurar ajuda médica.
Condições adversas – considerações finais 
Uma última advertência sobre CONDIÇÕES ADVERSAS: muitas vezes, 
encontraremos uma combinação de duas ou mais situações adversas.
São exemplos: dirigir ou pilotar à noite com chuva; dirigir ou pilotar na 
chuva com pneus em mau estado; dirigir ou pilotar cansado, à noite, por 
uma estrada mal sinalizada ou mal conservada, entre outras.
A combinação de condições multiplica os riscos e as possibilidades de 
acidentes. Por isso, deve-se redobrar os cuidados, sem esquecer que o 
melhor procedimento para qualquer situação adversa é tentar evitá-la.
Fadiga
Direção Defensiva 69
Atenção 
A atenção é o segundo elemento da direção ou pilotagem defensiva.
Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer 
displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir 
exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se 
apresentando durante o trajeto, tais como:
 • a sinalização;
 • o comportamento dos demais condutores;
 • o comportamento de pedestres, ciclistas e demais veículos não 
motorizados;
 • as prováveis condições adversas.
É necessário observar tudo constantemente, olhar de um lado ao outro 
da pista, incluindo calçadas, bem como a situação atrás e dos lados do 
veículo, detectando possíveis situações de perigo. Estar atento significa 
ficar permanentemente alerta, em busca de todas as informações neces-
sárias para efetuar uma direção segura.
Qualquer distração pode ser suficiente para causar um acidente.
Previsão 
A previsão ocorre simultaneamente com a atenção. Enquanto o condutor 
observa tudo com atenção, seu cérebro prevê e antecipa possíveis acon-
tecimentos, agindo prontamente, sem ser tomado de surpresa.
São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões.
 • Dirigindo, o condutor VÊ uma bola rolando pela via: imediatamente 
PREVÊ que uma criança distraída possa vir correndo atrás da bola.
 • Ao passar por um ponto de parada de ônibus, o condutor VÊ passa-
geiros desembarcando: ele PREVÊ que alguém poderá tentar atra-
vessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus.
 • Dirigindo pela via, o condutor passa por veículos estacionados e 
VÊ que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém 
possa tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo.
 • O condutor VÊ um veículo saindo de uma residência, cujo motorista 
está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá entrar peri-
gosamente na via, porque não notou a sua aproximação.
 • O condutor, VENDO que irá passar por um ciclista, PREVÊ um possí-
vel movimento lateral brusco, comum entre os ciclistas.
 • Se o carro à frente está com a trajetória irregular, é fácil PREVER 
que o motorista está desatento, ao celular oucom problemas.
Quanto melhor a capacidade de previsão do condutor, mais segura 
será a sua condução.
Pequenas 
distrações 
podem ser fatais
Antecipar 
os possíveis 
acontecimentos
Direção Defensiva70
Habilidade 
Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar um veículo com segurança sig-
nifica conhecer o veículo e os seus equipamentos, ter recebido correto e 
cuidadoso treinamento para manusear os controles e saber efetuar com 
segurança todas as manobras necessárias.
Para decidir e agir corretamente no trânsito, além do conhecimento é 
necessário ter experiência, que só se adquire com a prática e com o 
tempo, dependendo das características de cada pessoa.
É muito importante aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que 
corrigir vícios ou aprendizado incorreto. Daí a importância de uma forma-
ção eficiente, completa e responsável.
Ação 
A ação correta, principal ferramenta da direção ou pilotagem defensiva, 
é uma combinação de decisão e habilidade.
Com os CONHECIMENTOS necessários, dedicando toda a ATENÇÃO pos-
sível ao ato de dirigir, o condutor poderá PREVER situações de risco corre-
tamente. Estando devidamente treinado, terá HABILIDADE para DECIDIR 
e AGIR defensivamente, de modo a EVITAR ACIDENTES e PRESERVAR a 
sua SEGURANÇA e a dos demais envolvidos no trânsito.
Cinto de segurança
O uso do cinto de segurança já se tornou um hábito, trazendo benefícios 
para todos e evitando muitas mortes. Muitos condutores, porém, ainda não 
exigem que os passageiros do banco de trás usem cinto de segurança.
 • O cinto de segurança deve ser utilizado por todas as pessoas que 
estão no veículo, inclusive as do banco traseiro.
 • Menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m deverão 
ocupar o banco traseiro, utilizando equipamento de retenção ade-
quado para cada caso. Utilizar a trava de segurança das portas.
 • Mulheres grávidas também devem utilizar cinto, de preferência o 
de três pontos, com a faixa inferior passando por baixo do ventre.
 • Os cintos devem ser mantidos em bom estado e prontos para o 
uso. Não usar cintos torcidos.
 • Retirar dos bolsos canetas, óculos e outros objetos. Em caso de 
colisão, eles podem provocar ferimentos.
Em caso de acidentes, o uso correto do cinto de segurança pode aumen-
tar em até 25 vezes a chance de sobrevivência dos ocupantes, porque:
 • evita que eles colidam contra as partes internas do veículo;
 • evita que sejam arremessados uns contra os outros;
 • evita que sejam arremessados para fora do veículo;
 • diminui o risco de lesão interna grave ou fatal.
A ação é uma 
combinação 
de decisão e 
habilidade
Direção Defensiva 71
É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não precisam 
usar cintos de segurança, pois em caso de acidente, eles são arremes-
sados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os ocupan-
tes da frente e contra o para-brisa.
O cinto deve ser usado sempre. Deixar de usá-lo nos percursos curtos é 
um erro grave, pois é aí que acontece a maioria dos acidentes.
Cinto de dois e três pontos
Alguns veículos ainda estão equipados com os cintos subabdominais, de 
dois pontos. É preciso ajustá-lo manualmente para que tenha eficiência. 
O cinto de três pontos é mais seguro porque passa pelo quadril e pelo 
tórax, além de ser retrátil e ajustar-se automaticamente.
Equipamentos de segurança do motociclista 
Ao circular de moto, piloto e passageiro estão sempre muito expostos.
Quase todas as colisões ou quedas geram algum tipo de lesão ou feri-
mento, com graves consequências, se os usuários não estiverem utili-
zando equipamentos de proteção.
O capacete reduz em até 40% o risco de morte e em até 70% as chances 
de ferimentos graves na cabeça, como o traumatismo craniano.
Deve-se utilizar o capacete em todos os deslocamentos com a moto, 
mesmo nos trechos curtos ou muito conhecidos, pois é nessa situação 
que ocorre a maioria dos acidentes.
A preocupação com a segurança começa na escolha do capacete ade-
quado.
Diferentes tipos de capacete oferecem diferentes níveis de proteção. Em 
geral, os capacetes mais fechados e com viseira protegem mais do que 
os capacetes abertos que exigem o uso de óculos.
Cores claras e adesivos refletivos aumentam a segurança.
É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO 
e esteja dentro do prazo de validade.
O capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e bem afivelado.
Deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar racha-
duras, tiver sofrido fortes impactos, estiver com o revestimento interno 
solto ou com as correias desfiadas.
As viseiras protegem os olhos e parte da face contra chuva, poeira, inse-
tos e detritos levantados por outros veículos. Em velocidade, o impacto 
de um pequeno objeto pode causar um grande estrago se o piloto não 
estiver suficientemente protegido.
Óculos comuns não protegem adequadamente, pois são facilmente 
arrancados até pelo vento. Além disso, mantêm exposta parte da face 
e não impedem o lacrimejamento causado pelo vento. Para capacetes 
sem viseira, deve-se usar óculos de proteção especiais para motos, que 
permitem o uso simultâneo com óculos de sol ou de grau.
Capacete
Viseiras e
óculos de proteção
Direção Defensiva72
Os óculos de proteção ou viseiras devem:
 • ser fabricados de material resistente, que não estilhace;
 • permitir uma excelente visão lateral;
 • permitir boa ventilação, para evitar o embaçamento;
 • ficar ajustados para que não sejam arrancados pelo vento;
 • estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos.
Luvas de couro e sem forro dão melhor aderência às manoplas. Servem 
para proteger as mãos do frio, das quedas e do impacto de detritos. Lu-
vas de punhos longos evitam a entrada de vento nas mangas da jaqueta.
Roupas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além 
de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motoci-
cleta. O ideal é proteger também braços e pernas, com uma boa liberda-
de de movimentos, mas sem folgas que se agitem com o vento. Existem 
jaquetas que proporcionam proteção à coluna vertebral.
As roupas em couro oferecem a proteção ideal. O tecido “jeans” também 
oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor.
 • No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias 
quentes. O calor é amenizado pelo movimento.
 • No frio: a vestimenta correta deve manter o piloto quente e seco. 
A jaqueta de inverno deve se ajustar bem na cintura, no pescoço e 
nos punhos. A capa ou agasalho de chuva deve resistir ao vento, 
sem inflar nem rasgar, mesmo em velocidades maiores.
 • Capacete e roupas de cores claras ou chamativas, com detalhes 
refletivos, ajuda a ser visto pelos demais condutores.
Calçados adequados protegem os pés do motociclista, que estão sem-
pre muito expostos, além de proporcionar bom apoio.
 • Botas de cano alto protegem os tornozelos.
 • Solas de borracha dão maior aderência.
 • Precisa ter um pequeno salto, para firmar o pé na pedaleira.
 • Se houver cordões, cuidar para que não se enrosquem na moto.
Acidentes 
Acidentes ou sinistros de trânsito, como também são chamados, são 
acontecimentos imprevistos, com consequências sempre indesejáveis.
Para efeitos meramente didáticos, os acidentes evitáveis são aqueles 
que, se os condutores tivessem agido corretamente, provavelmente não 
teriam acontecido. Acidentes considerados inevitáveis, são os que ocor-
reram apesar de os condutores – supostamente – terem agido correta-
mente. Cabe, no entanto, a dúvida: será que realmente foi feito tudo que 
era possível no sentido de evitar o acidente?
Se houver uma análise rigorosa das causas de um acidente, quase sem-
pre será possível pensar em como ele poderia ter sido evitado.
A direção defensiva, por princípio, deve considerar todos os acidentes 
como evitáveis.
Acidentes evitáveis 
e inevitáveis
Vestimentas
Luvas
Botas
Direção Defensiva 73
Acidentes ocorrem devido a um fator causador ou a uma combinação 
de fatores. A direção defensiva ajuda a preveresses fatores e ensina 
técnicas para controlá-los, de forma a evitar que eles ocorram.
Como evitar acidentes 
Todas as técnicas de direção ou pilotagem defensiva foram elaboradas 
e desenvolvidas para evitar acidentes. Com a utilização dessas técnicas, 
hoje podemos evitar sinistros que antes eram considerados inevitáveis.
Mesmo os condutores experientes e cuidadosos são expostos a situa-
ções perigosas. O condutor deverá estar treinado e qualificado para sair 
do perigo. É necessário ter habilidade para reagir rápida e corretamente.
Antes de sair o condutor de automóveis deve:
 • fazer uma breve revisão e certificar-se de que está tudo bem com 
o veículo, com os passageiros e consigo mesmo;
 • criar um ambiente tranquilo, evitando que os passageiros desviem 
a sua atenção com conversas, assuntos polêmicos ou discussões;
 • ao acionar a chave de ignição, prestar atenção a todos os indica-
dores do painel;
 • verificar se há combustível suficiente para o deslocamento pretendido;
 • colocar o cinto e certificar-se de que todos os ocupantes façam o 
mesmo;
 • ajustar corretamente o banco e os espelhos;
 • cuidar para que ninguém coloque qualquer parte do corpo para fora;
 • o lugar mais seguro para idosos e crianças é no banco de trás;
 • posicionar corretamente as duas mãos no volante é decisivo para 
executar manobras rápidas e evitar um acidente;
 • não segurar na parte inferior do volante nem na travessa central;
 • não fazer movimentos bruscos e precipitados: isso aumenta os riscos;
 • adotar um padrão de segurança e praticá-lo constantemente.
Antes de sair, o motociclista deve:
 • utilizar capacete, sempre;
 • ajustar corretamente os espelhos para que se possa ver a pista 
atrás e parte das laterais. O cotovelo ou ombro também aparecem;
 • cuidado com os espelhos que diminuem o tamanho da imagem, 
fazendo com que os objetos aparentem estar mais longe do que 
realmente estão.
Acidentes com motos 
Principais tipos de acidentes envolvendo motos: 
 • queda;
 • colisão da moto contra outro veículo ou obstáculo;
 • atropelamento de pedestre ou de ciclista;
 • colisão de outro veículo contra a moto.
Objetivo maior da 
Direção Defensiva 
Revisão mental
Direção Defensiva74
Em caso de queda
 • A moto e o piloto deslizarão até parar. É importante tentar separar-se 
imediatamente da moto para não ser ferido por ela.
 • Não aparar a queda com mãos e pés no solo, mas tentar deslizar de 
costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados.
 • O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois 
ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos.
Em caso de colisão da moto com outro veículo ou obstáculo
 • A parada súbita irá lançar o piloto por sobre o veículo ou obstáculo. 
Neste caso, tentar encostar o queixo no peito e cair de costas. 
O corpo poderá chocar-se contra o outro veículo, ocasionando 
fraturas, por isso, é importante permanecer imóvel após a queda.
Em caso de colisão iminente de outro veículo contra a moto
 • O piloto deverá levantar a perna que corre o risco de ser atingida, 
procedimento muito importante para evitar fraturas nas pernas.
Como evitar acidentes – velocidade compatível 
A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura. 
O bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com a 
situação e com os demais elementos do trânsito.
A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação 
eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há 
tempo suficiente para evitar o acidente.
 • A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo 
de piso, condições climáticas, quantidade de pessoas, veículos 
presentes.
 • Mesmo as baixas velocidades podem ser incompatíveis em caso 
de aglomerações ou outras situações de risco.
 • Nunca trafegar acima da velocidade máxima permitida para o local, 
mesmo que não existam fatores adversos.
 • Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de 
manobras em velocidade.
 • Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas. Frena-
gens bruscas devem ser usadas apenas em emergências.
 • Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio 
até o final, causando o bloqueio das rodas, fazendo com que os 
pneus “arrastem” (a menos que o veículo seja equipado com freios 
ABS).
 • O travamento das rodas deve ser evitado, porque o veículo com as 
rodas travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece 
à direção e pode sair pela tangente nas curvas.
 • No Brasil, todos os veículos fabricados após 2014 são equipados 
com freios ABS, que impedem o travamento das rodas.
 • Em pisos molhados ou irregulares, o veículo precisa de mais espaço 
para parar.
Velocidade 
compatível
Direção Defensiva 75
Em motos
 • Em frenagens de emergência os dois freios (dianteiro e traseiro) 
devem ser acionados ao mesmo tempo na motocicleta. O freio 
dianteiro é responsável por 70% da eficiência da frenagem.
 • Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo 
com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade.
 • Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o 
travamento das rodas.
Evitando colisões com o veículo da frente 
É responsabilidade do condutor do veículo de trás evitar a colisão com o 
veículo da frente. Existem três cuidados essenciais:
 • trafegar em velocidade compatível com as condições do momento;
 • manter distância segura do veículo da frente;
 • ficar atento, sem se distrair.
É o espaço que o condutor deve manter com o veículo da frente e deve 
ser suficiente para evitar a colisão, caso ele pare repentinamente.
A distância segura depende, principalmente, da velocidade. Quanto maior 
a velocidade, maior deverá ser a distância de segurança. Também deve-se 
aumentar a distância se houver fatores adversos:
 • pista mal pavimentada, esburacada, com piso molhado, etc.;
 • situações de baixa visibilidade, como sob chuva e neblina;
 • condições do veículo, eficiência dos freios e estado dos pneus;
 • tempo de reação, que varia de um condutor para o outro.
É bom saber:
 • tempo de reação: entre o momento em que o condutor decide 
frear até o momento em que aciona o freio, o veículo percorre um 
espaço, na velocidade em que estava;
 • a partir do acionamento dos freios, o veículo desacelera, percor-
rendo a distância de frenagem;
 • a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto seco, 
um automóvel leva aproximadamente 35 metros para parar;
 • uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, nas mesmas condi-
ções, leva aproximadamente 40 metros para parar;
 • a distância a ser mantida com piso molhado deve ser o dobro da 
distância segura com piso seco;
 • veículos mais pesados precisam de mais espaço para frear. Por 
isso, muito cuidado quando transitar perto de ônibus ou caminhões;
 • quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida na 
frenagem.
Distância de 
Segurança
Tipo mais 
frequente de 
acidente
Direção Defensiva76
Qual a distância segura a se manter do veículo da frente? 
Métodos usados para ajudar o condutor a calcular a distância de segu-
rança, como a regra dos dois segundos, são ineficazes porque não levam 
em conta as variáveis e fatores de risco presentes em cada situação.
O BOM SENSO ainda é o melhor método, pois, instintivamente todos nós 
sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando 
em conta a combinação de fatores presente em cada momento.
Condutores imprudentes têm o mau hábito de dirigir perto demais do 
veículo da frente, porque confiam demais na sua habilidade, gostam de 
desafiar o perigo, ou para pressionar o condutor da frente.
Dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso, resistindo 
à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente, adquirindo 
o bom hábito de deixar sempre uma distância segura e confortável.
Evitando colisões com o veículo de trás 
O condutor do veículo da frente também pode tomar algumas medidas 
de segurança para evitar acidentescom o veículo de trás.
 • Usar retrovisores com frequência, principalmente antes de frear.
 • Em estradas, ao perceber trânsito interrompido à frente, acionar o 
pisca-alerta, para alertar os condutores que vêm atrás.
 • Se outro veículo “colar” atrás, não deve-se acelerar para afastar. 
Melhor diminuir a velocidade, sinalizar e facilitar a ultrapassagem.
 • Manter distância de segurança, para ter espaço de manobra.
 • Não frear bruscamente: o risco de acidente é muito grande.
 • Ser previsível, sinalizando e antecipando as intenções de manobra.
 • Manter as luzes de freio limpas e funcionando perfeitamente.
Procedimentos simples, que podem evitar acidentes e poupar vidas.
Evitando colisões com os demais veículos 
O condutor deve estar consciente e atento a tudo o que acontece ao 
seu redor, bem como fazer-se notar pelos demais elementos do trânsito.
Para evitar colisões com os demais veículos, é muito importante:
 • sinalizar sempre e com antecedência as intenções de parada, con-
versões e outras manobras;
 • ser previsível e regular, evitando mudar constantemente de faixa;
 • manter velocidade regular, compatível com o fluxo dos demais veículos;
 • dirigir com segurança exige atenção e concentração;
 • nunca utilizar o telefone celular;
 • ser cordial, permitir manobras dos outros condutores, dar a vez, 
ceder passagem, permitir que intercalem nas ultrapassagens etc.;
 • não aceitar provocações e não revidar agressões;
 • não competir, não provocar, não reagir.
Direção Defensiva 77
Evitando colisões com veículos em sentido contrário 
Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e 
causadas principalmente por:
 • ultrapassagens mal feitas;
 • falta de perícia para fazer curvas;
 • falta de habilidade para sair de situações críticas;
 • reações inadequadas frente a condições adversas;
 • conversões mal realizadas, principalmente à esquerda.
Quando a pista estiver ocupada por outro veículo vindo em direção con-
trária, deve-se:
 • diminuir a velocidade;
 • sinalizar e deslocar-se para a direita o máximo possível.
Nessa situação, o condutor deve assumir uma atitude responsável, cola-
borar para que o outro veículo possa concluir a manobra com segurança 
e ficar satisfeito por ter ajudado a evitar um acidente.
Evitando colisões em ultrapassagens 
Ultrapassagens mal feitas, aliadas ao excesso de velocidade, patroci-
nam os acidentes mais graves. Essa manobra é a que apresenta o maior 
número de variáveis a serem levadas em conta pelo condutor. Qualquer 
variável, quando avaliada erroneamente, pode levar a um acidente.
Para ultrapassar com segurança
 • Ultrapassar somente em locais onde seja permitido, em plenas 
condições de segurança e visibilidade.
 • Ultrapassar somente pela esquerda.
 • Antes de ultrapassar, não “colar” no veículo da frente para não 
perder o ângulo de visão.
 • Certificar-se de que há espaço suficiente para executar a manobra.
 • Conferir, pelos retrovisores, a situação do tráfego atrás do próprio 
veículo.
 • Verificar os pontos cegos do veículo.
 • Se tiver alguém iniciando uma manobra de ultrapassagem, facilitar 
e aguardar outro momento.
 • Se todas as condições forem favoráveis, incluindo potência sufi-
ciente do veículo para realizar a manobra, sinalizar e ultrapassar.
 • Para alertar outros condutores, utilizar sinal de luz ou dois breves 
toques na buzina.
 • Para retornar à faixa, conferir pelo retrovisor da direita, sinalizar e 
entrar, procurando não obstruir a via.
 • Jamais ultrapassar em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, 
cruzamentos e outros pontos de pouca visibilidade ou que não 
ofereçam segurança.
Ultrapassagem:
situação crítica
Na dúvida, não 
ultrapassar
Direção Defensiva78
Se vier outro veículo em sentido contrário, durante a ultrapassagem:
 • avaliar se é possível concluir a ultrapassagem com segurança, ou 
tentar abortar a manobra, retornando à posição inicial;
 • se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se ao 
máximo do veículo que está sendo ultrapassado;
 • jamais trafegar no acostamento contrário.
Ao ser ultrapassado:
 • não aumentar a velocidade: dar espaço à frente para que o outro 
veículo possa intercalar. Em caso de dificuldades, facilitar imedia-
tamente, deslocando-se para a direita o máximo possível.
Evitando colisões em curvas 
Algumas das causas
 • Erros de engenharia: curvas mal projetadas ou mal construídas; 
que apresentam inclinação na pista tendendo a jogar o veículo 
para fora; ou que começam abertas e se acentuam no final; pista 
escorregadia; piso irregular ou com defeitos, etc.
 • Falta de sinalização que alerte para a presença de curva perigosa; 
baixa visibilidade.
 • Problemas com o veículo: pneus desgastados ou descalibrados; 
deficiências nos freios, na direção ou na suspensão do veículo; 
carga excessiva, muito alta ou mal distribuída.
 • Erros na condução: velocidade incompatível com a acentuação da 
curva, com o tipo de veículo, com as condições da via; falta de 
experiência ou de habilidade para fazer curvas com segurança.
Principais procedimentos para evitar acidentes em curvas
 • Adotar velocidade compatível com a curva antes de entrar nela. 
Entrar com velocidade muito alta e ter que frear durante a curva é 
perigoso e pode ser fatal.
 • Frenagens em curvas, se inevitáveis, devem ser feitas com cuida-
do, de forma progressiva. Frear bruscamente poderá desequilibrar 
o veículo, além do risco de travar rodas e perder a direção.
 • Aumentar a distância dos demais veículos e ficar atento para pos-
síveis imprevistos.
Moto
Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O 
motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo:
 • curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na 
mesma inclinação da moto;
 • curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção: 
corpo menos inclinado do que a moto;
 • curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais incli-
nado do que a moto.
Qualquer que seja a inclinação do corpo, o motociclista deve tentar man-
ter a cabeça na vertical.
Evitar frear
durante a curva
Acidentes em 
curvas são muito 
frequentes
Direção Defensiva 79
Evitando colisões em cruzamentos 
Cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, são locais 
onde ocorrem muitos acidentes. Para evitá-los, o condutor deve:
 • redobrar a atenção;
 • obedecer à sinalização e, na dúvida, parar;
 • respeitar a preferência de quem transita por via preferencial, ou de 
quem já esteja transitando nas rotatórias;
 • aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a prefe-
rência;
 • cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões 
com trens são gravíssimas e relativamente frequentes;
 • cuidado com as conversões, principalmente à esquerda;
 • dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados;
 • não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades.
Evitando colisões em marcha à ré 
É proibido trafegar com o automóvel por trechos longos em marcha à ré. 
Deve-se usá-la apenas para pequenas manobras.
Cuidados
 • Antes de manobrar, verificar se há o espaço disponível e a inexis-
tência de qualquer tipo de obstáculo.
 • Se necessário, pedir o auxílio de outra pessoa.
 • Não entrar de ré em esquinas ou lugares de pouca visibilidade.
 • Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos.
 • Cuidar muito com objetos, animais e crianças de baixa estatura.
Evitando colisões: veículos de pequeno X grande porte 
De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior 
porte são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte, 
os veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não mo-
torizados e todos juntos são responsáveis pela segurança do pedestre.
No dia a dia do trânsito, porém, existe uma espécie de competição: 
veículos de menor porte têm a vantagem da agilidade, enquanto ônibus 
e caminhões se impõem pelo tamanho dos veículos.
Na verdade, acidentes envolvendo veículos de pequeno emaior porte, 
geralmente são trágicos para ambos. Apesar de o veículo maior levar 
vantagem pelo tamanho, o deslocamento provocado pela colisão sempre 
tem consequências imprevisíveis. Em acidentes envolvendo motos e ou-
tros veículos, geralmente o motociclista é o maior prejudicado, devido à 
fragilidade da moto e à grande exposição do corpo do motociclista.
Perímetro urbano:
cuidado redobrado
Geralmente estes 
acidentes são 
trágicos
Direção Defensiva80
Pontos cegos 
Veículos de grande porte, caminhões, carretas, ônibus e articulados, têm 
uma capacidade de manobra muito limitada, se comparada a veículos 
menores. Todas as manobras são mais difíceis de executar.
 • Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro ou 
até do triplo da distância para parar.
 • Veículos grandes precisam de mais espaço para manobrar.
 • O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a tra-
jetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras.
 • Esses veículos apresentam uma grande limitação na área de visão.
 • Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os la-
dos, maiores do que nos veículos de menor porte.
 • Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte 
de trás e nas duas laterais.
Precauções ao conduzir veículos de pequeno porte
 • Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito 
próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida.
 • Não disputar espaço com veículos de grande porte.
 • Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um 
ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser 
bem maior.
 • Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na buzina.
 • Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando.
 • Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-se 
ficar atento a sinais de anormalidade: uma trajetória irregular, 
por exemplo, pode indicar que o motorista está desatento ou 
cochilando ao volante.
Direção Defensiva 81
As ultrapassagens envolvendo veículos de grande porte exigem cuida-
dos complementares
 • Permanecer na área de ultrapassagem pelo menor tempo possível.
 • Em subidas, veículos de grande porte perdem velocidade, o que 
facilita a ultrapassagem por veículos mais ágeis.
 • Em descidas, esses veículos ganham velocidade facilmente, difi-
cultando a ultrapassagem e aumentando a duração da manobra.
 • Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista mui-
to próximo do veículo ultrapassado. Antes de retornar, sinalizar e, 
certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo ultrapas-
sado pelos retrovisores.
 • Durante a ultrapassagem, o condutor irá trafegar por uma área 
onde o motorista do caminhão não consegue enxergá-lo. É o espa-
ço localizado um pouco antes da porta do caminhão.
 • Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista 
do caminhão notou a sua presença, com leve toque na buzina ou 
sinais de luz, principalmente à noite.
 • Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora de 
uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da carga 
ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que estiver 
do lado de fora da curva será atingido.
 • Levar em conta que veículos de grande porte provocam turbulência 
e deslocamento de ar que podem afetar a trajetória de veículos 
leves, tanto em ultrapassagens como ao cruzar por eles. 
 • Evitar trafegar em velocidade muito inferior à média dos demais 
veículos, para que eles tenham de ultrapassá-lo desnecessaria-
mente.
 • Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a veloci-
dade e facilitar a manobra.
Evitando colisões entre automóveis e motocicletas 
Condutores de motos têm os mesmos deveres que os condutores dos 
demais veículos motorizados.
Acidentes envolvendo motos sempre têm consequências trágicas para 
os motociclistas, devido à fragilidade dos veículos de duas rodas.
Principais causas de acidentes envolvendo motocicletas
 • É grande a agilidade com que trafegam esses veículos.
 • Há imperícia dos condutores. Mais da metade de todos os aciden-
tes com motos envolvem motociclistas inexperientes.
 • Imprudência ao realizar manobras: “costurar,” passar muito pró-
ximo dos demais veículos, trafegar em velocidade incompatível, 
ultrapassar pela direita, desrespeitar normas e sinalização, etc.
 • A capacidade de frenagem das motos, em geral, é menor do que 
a dos automóveis.
 • Muitas motocicletas trafegam em mau estado de conservação.
 • Motos são menores e mais difíceis de enxergar do que automó-
veis, principalmente quando vistas de frente ou de trás.
Cuidados 
complementares
Principais causas 
de acidentes
Direção Defensiva82
 • É difícil de calcular a velocidade de uma moto, porque ela acelera 
rapidamente e geralmente está mais veloz do que parece.
 • Por ser menor, a moto se insere entre as fileiras de carros e pontos 
cegos, dificultando que seja percebida.
Principais cuidados a serem tomados pelos motoristas
 • Manter distância segura.
 • Tomar cuidado em conversões à esquerda e à direita, pois os mo-
tociclistas costumam transitar nos pontos cegos.
 • Conferir o que se passa atrás do veículo constantemente, pelos 
retrovisores.
 • Ter cuidado ao abrir as portas do veículo quando estiver estacio-
nado ou parado em congestionamentos e cruzamentos.
 • Para ultrapassar uma motocicleta, obedecer aos mesmos procedi-
mentos da ultrapassagem de automóveis.
 • Piloto sem capacete é sinal de negligência e imprudência: redo-
brar o cuidado ao se aproximar de um!
Atitudes do motociclista para melhor ser visto
 • Utilizar os equipamentos de segurança: capacete, viseira, luvas, 
botas e roupa adequada.
 • Manter sua moto em perfeito estado.
 • Manter um espaço de segurança em torno da moto.
 • Posicionar-se corretamente no centro da faixa.
 • Mudar de faixa quando estiver nos pontos cegos dos demais con-
dutores.
 • Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas 
não têm o hábito de usar o retrovisor da direita.
 • Ao trafegar ao lado de um veículo é importante posicionar-se onde 
outro condutor possa vê-lo diretamente ou pelo retrovisor.
 • Cuidado ao passar perto de veículo parado: as portas podem se 
abrir repentinamente. Também pode acontecer do veículo sair da 
vaga sem que o condutor sinalize ou note a aproximação da moto.
 • É obrigatório manter o farol aceso o tempo todo para que os outros 
condutores vejam a moto.
 • Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar.
Evitando colisões com veículos não motorizados 
Bicicletas e outros veículos não motorizados, são frágeis e vulneráveis e 
têm a preferência sobre os veículos automotores.
Alguns deveres do condutor
 • Dar a preferência e facilitar a passagem de ciclistas e usuários de 
outros veículos não motorizados, em cruzamentos e conversões.
 • Manter distância lateral de 1,5 metros.
 • Conferir constantemente os retrovisores, com especial atenção 
para os pontos cegos.
Ciclistas têm 
preferência 
sobre veículos 
automotores 
Direção Defensiva 83
 • Cuidar ao abrir portas do veículo quando estiver estacionado ou 
parado, em congestionamentos ou cruzamentos.
 • Entender que, à noite, é ainda mais difícil notar os ciclistas, pois 
muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei.
 • Anunciar a presença com leves toques de buzina.
 • Tomar os mesmos cuidados com usuários de skates, patins, pati-
netes etc. Seus usuários participam do trânsito e podem tornar-se 
causadores ou vítimas de acidentes, se as precauções de segurança 
não forem respeitadas.
Alguns deveres do ciclista
 • Equipar a sua bicicleta com dispositivos refletivos de segurança.
 • Usar o capacete adequado. Mesmo pequenos acidentes podem 
resultar em traumatismos cranianos.
 • Não utilizar fones de ouvido. Usar a audição exclusivamente para 
os sons do trânsito.
 • Conscientizar-se da sua fragilidade.
 • Trafegar preferencialmente por pistas exclusivas (ciclovias ou ci-
clofaixas). Onde não houver,transitar próximo aos bordos da via e 
na mesma direção dos veículos motorizados.
 • Ser previsível, certificando-se de que está sendo visto.
 • Respeitar a sinalização e a legislação de trânsito.
Veículos não motorizados, como os de coleta seletiva de lixo (carrinheiros), 
disputam espaço no trânsito, apresentam um deslocamento lento e não 
sinalizam suas manobras. A segurança deles depende, basicamente, 
dos cuidados a serem tomados pelos demais condutores.
Evitando acidentes com pedestres 
O CTB responsabiliza os condutores pela segurança dos pedestres. A 
boa convivência no trânsito depende da cooperação, empatia e respeito 
aos direitos e deveres de cada um.
Regras de preferência 
 • Quando não houver sinalização, como semáforo ou faixa, o pedes-
tre deverá esperar que os veículos passem, para então efetuar a 
travessia com segurança.
 • Quando houver sinal luminoso, este determina quem deverá passar.
 • Quando houver faixa de pedestre sem sinal luminoso, a preferência 
é do pedestre, devendo o condutor parar e aguardar sua travessia.
Cuidados que o condutor deve tomar
 • Dar uma oportunidade real para o pedestre utilizar as vias, princi-
palmente crianças, idosos e pessoas com deficiência.
 • Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade e redobrar a 
atenção.
 • Tentar prever a reação do pedestre.
Atropelamento 
é sempre uma 
tragédia
Direção Defensiva84
 • Respeitar as regras de preferência.
 • Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pe-
destres concluam travessias já iniciadas.
 • Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se sente 
vítima da intolerância de outros condutores.
 • Algumas vítimas são pedestres embriagados. Mesmo que não haja 
culpa do condutor, um atropelamento é sempre uma tragédia.
 • Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia dupla, 
pois geralmente ambos saem gravemente feridos.
Alguns deveres do pedestre
 • Atravessar sempre na faixa de segurança.
 • Mesmo quando tiver a preferência, jamais descuidar da segurança.
 • Procurar sempre ter certeza de que o motorista notou a sua 
presença.
 • Optar pelo momento mais seguro para atravessar as vias.
 • Procurar atravessar a rua sempre em linha reta, percorrendo a 
menor distância no menor tempo possível, sem correr.
 • Evitar caminhar sobre a pista de rolamento.
 • Não caminhar muito perto da rua.
 • Aumentar sua capacidade de previsão, procurando identificar os sinais 
do condutor.
 • Estar sempre muito atento. Não caminhar utilizando o celular.
 • Cuidado com os ciclistas. Às vezes eles trafegam ilegalmente 
sobre calçadas e na contramão.
Evitando colisões com animais 
Muitos condutores não sabem que choques com animais, mesmo os 
de pequeno porte, podem trazer consequências graves. Dependendo da 
velocidade, bater em um cachorro de porte médio poderá desestabilizar 
completamente o veículo, gerando um acidente de grandes proporções.
Animais de grande porte, como cavalos e vacas, têm o centro de gravidade 
a mais de um metro do chão e possuem grande massa corpórea. Em 
caso de colisão, o impacto ocorrerá na altura do para-brisa do automóvel, 
e o animal acabará atingindo os ocupantes do veículo. Para motociclistas, 
esse tipo de acidente geralmente é fatal.
Os procedimentos de segurança são os seguintes:
 • diminuir a velocidade assim que avistar um animal;
 • evitar buzinar, para não o assustar;
 • ficar atento ao passar por fazendas ou locais abertos;
 • nunca tentar chutar o animal, para não se desequilibrar da moto;
 • ficar atento na trajetória da moto, e não no animal.
Deveres do 
pedestre
Direção Defensiva 85
Evitando colisões com elementos fixos 
São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da 
pista, como cabeceiras de pontes, veículos, caçambas ou equipamentos 
estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de prote-
ção, barrancos, muros, aterros e muitos outros.
As causas mais comuns podem ser:
 • perda de controle do veículo por defeito na pista ou desnível acen-
tuado do acostamento;
 • perda de controle do veículo por deficiência na suspensão, pneus 
estourados, descalibrados ou em mau estado;
 • falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça ou 
iluminação deficiente;
 • desvio de direção por distração, sono, utilização de celular etc.;
 • erros por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos;
 • tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc.;
 • erros ao fazer curvas;
 • deixar de observar sinais de advertência, de obras ou desvios.
Para evitar esse tipo de acidente, deve-se:
 • manter a suspensão e o sistema de direção sempre revisados;
 • manter pneus corretamente calibrados e em bom estado;
 • corrigir qualquer sinal de instabilidade, desequilíbrio, dificuldade 
para trafegar em linha reta, volante ou guidão puxando;
 • não dirigir quando estiver cansado ou indisposto;
 • muito cuidado para não se distrair nem desviar a atenção;
 • redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas.
Direção ou pilotagem defensiva em rodovias 
Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons 
condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e rodo-
vias exige uma experiência diferente do que conduzir em trânsito urbano.
Deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em estradas e rodovias 
de baixo fluxo de veículos, durante o dia e com bom tempo, de preferên-
cia acompanhado por instrutor ou condutor experiente, para pegar umas 
boas dicas e se familiarizar, até adquirir experiência.
Deixar para enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas, 
dirigir à noite ou enfrentar mau tempo, somente quando estiver preparado.
Recomendações para transitar em rodovias
 • Preferir sempre viajar de dia. É mais seguro.
 • Evitar conduzir em condições de baixa visibilidade.
 • Revisar o veículo antes de viajar.
 • Planejar itinerários e paradas para abastecimento e descanso.
Pontes, viadutos, 
postes, barrancos, 
muros, etc.
Dirigir em 
rodovias exige 
experiência 
Direção Defensiva86
 • Informar-se das condições locais, principalmente em feriados.
 • Não descuidar da sinalização.
 • Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para 
descansar.
 • Não parar na pista. Parar no acostamento somente em emergências.
 • Não transitar no acostamento.
 • Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos.
 • Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares.
 • A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em frente. 
Parar em local seguro para verificar o problema.
 • Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado 
(banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a mesma 
marcha que usaria para subir.
 • Praticar os procedimentos de direção ou pilotagem defensiva.
Questões - DIREÇÃO DEFENSIVA 
01. O condutor deve adotar uma postura ade-
quada, sendo: 
a) agressivo e rápido. 
b) decidido e agressivo. 
c) cuidadoso e ligeiro. 
d) cuidadoso e atento. 
e) cuidadoso e ousado. 
02. O cinto de segurança pode ser utilizado: 
a) por mãe e criança com o mesmo cinto. 
b) por duas crianças com o mesmo cinto. 
c) por somente uma pessoa. 
d) por duas pessoas com o mesmo cinto. 
e) por três crianças com o mesmo cinto. 
03. A segurança na direção de um veículo depende: 
a) da marca do veículo. 
b) da categoria da CNH. 
c) do trânsito. 
d) do comportamento adequado do condutor. 
e) do licenciamento do veículo.
04. A segurança de trânsito na via depende: 
a) apenas da atenção dos condutores. 
b) apenas da sinalização das vias. 
c) apenas da manutenção das vias. 
d) apenas da manutenção dos veículos. 
e) do comportamento dos elementos envolvidos. 
05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: 
a) reduzir bastante a sua velocidade. 
b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem. 
c) aumentar a velocidade. 
d) buzinar para avisar que está permitindo a 
ultrapassagem. 
e) facilitar a ultrapassagem. 
06. O condutor precisa ver tudo o que acontece: 
a) apenasà frente e à direita do seu veículo. 
b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo. 
c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo. 
d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás 
do veículo. 
e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores. 
07. Todo condutor, antes de mudar de direção, 
deverá: 
a) piscar os faróis. 
b) dar um toque rápido na buzina. 
c) levar o veículo para a direita da via. 
d) acender os faróis altos. 
e) ligar os dispositivos indicadores de direção. 
08. Ao levar várias fechadas de outro veículo 
que “costura” no trânsito, você: 
a) procura ficar longe dele e mantém a tran-
quilidade. 
b) segue aquele veículo porque está irritado. 
c) mantém-se na faixa da direita necessariamente. 
d) buzina sem parar até que ele mude de atitude. 
e) discute com o outro condutor. 
09. A velocidade compatível com a segurança 
permite ao condutor: 
a) forçar a saída do veículo que estiver à sua 
frente para um dos lados da via. 
b) frear rapidamente, sem se preocupar com 
os demais veículos. 
c) perceber antecipadamente os riscos e agir 
prontamente para evitá-los ou controlá-los. 
d) realizar ultrapassagens pela direita. 
e) manter uma conversa animada com os 
passageiros. 
Direção Defensiva 87
10. Na passagem de vias urbanas para vias ro-
doviárias, você: 
a) confia no seu veículo e em sua habilidade e 
faz a passagem confiante. 
b) atravessa essas áreas buzinando. 
c) acelera e passa rapidamente. 
d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá. 
e) obedece à sinalização e redobra a atenção. 
11. Se o motor do veículo começar a falhar à 
noite, o condutor deve: 
a) deixar o veículo como está, com o motor 
ligado. 
b) sinalizar, parar à direita da via e ligar o 
pisca-alerta. 
c) desligar o limpador de para-brisa. 
d) desligar o motor e ligar uma das lanternas. 
e) acelerar mais, para que o motor não “morra”. 
12. A utilização de aplicativos de mapas ou 
GPS proporciona deslocamentos seguros, 
economia de tempo e de combustível. 
Logo, você deve: 
a) se orientar pelo aplicativo, mas não utilizar 
o celular para fazer ligações ou trocar men-
sagens.
b) usar os aplicativos ou GPS apenas quando 
for pegar a estrada.
c) decorar o nome de todas as vias da cidade.
d) só usar o mapa se for motorista de transpor-
te de aplicativo.
e) nenhuma das alternativas. 
13. Trafegar pelo acostamento é permitido: 
a) quando a pista estiver congestionada. 
b) quando, devido a problema mecânico, o seu 
veículo estiver lento. 
c) para acessar imóveis próximos ou fazer con-
versões. 
d) para rebocar um veículo acidentado ou com 
problemas mecânicos. 
e) para ultrapassagem de veículos muito lentos.
14. Em uma rodovia, sob neblina intensa, você 
deve:
a) parar em qualquer lugar, ligando as luzes de 
emergência. 
b) prosseguir a viagem com velocidade reduzi-
da, acionando as luzes de emergência. 
c) prosseguir a viagem com velocidade reduzi-
da, acionando os faróis altos. 
d) procurar um local seguro para parar fora da 
pista e aguardar a melhoria da visibilidade. 
e) manter a mesma velocidade, pois algum ve-
ículo pode bater na traseira do seu veículo. 
15. Em um cruzamento com ferrovia, em nível e 
sem cancela, você deve: 
a) reduzir a velocidade e atravessar a via férrea. 
b) parar o veículo, olhar para ambos os lados e 
efetuar o cruzamento com segurança. 
c) buzinar antes de atravessar. 
d) acender os faróis do veículo. 
e) efetuar a travessia bem devagar. 
16. Dirigindo com fortes ventos laterais você: 
a) fecha as janelas e segue na mesma velo-
cidade. 
b) abre as janelas do veículo e continua com a 
mesma velocidade. 
c) reduz a marcha do veículo, adotando uma 
velocidade compatível com a situação. 
d) mantém a velocidade normal. 
e) deve aumentar a velocidade. 
17. O limpador de para-brisa não está vencendo 
a chuva forte. Nessa situação você: 
a) continua o trajeto sem se preocupar. 
b) abre as janelas e prossegue o trajeto. 
c) acelera mais para dissipar os pingos de 
chuva. 
d) liga os faróis altos. 
e) para o veículo em local seguro e aguarda. 
18. Num cruzamento de pouco movimento e 
sem visibilidade, durante o dia, você: 
a) buzina e segue em frente. 
b) vai em frente confiando que está sendo vis-
to. 
c) para e só atravessa com a certeza de que 
não vem ninguém. 
d) reduz a velocidade e atravessa buzinando. 
e) reduz a velocidade, pisca os faróis e atra-
vessa. 
19. Em Direção Defensiva, previsão significa:
a) dominar tecnicamente o veículo.
b) conhecer macetes de manutenção do veí-
culo.
c) dirigir o veículo com rapidez e desenvoltura.
d) antecipar situações de perigo para evitar 
acidentes.
e) não tirar os olhos do veículo da frente. 
20. Em uma rodovia, ainda longe do seu desti-
no, após o almoço e com sono, você: 
a) segue viagem, após tomar um café bem for-
te. 
b) segue viagem, acelerando mais e abrindo a 
janela. 
c) segue viagem, ouvindo uma música suave. 
d) segue viagem, pois acredita que dormir ao 
volante raramente acontece. 
e) permanece no local do almoço até se sentir 
em condições para prosseguir.
Primeiros Socorros88
PRIMEIROS SOCORROS
No trânsito, assim como em todas as atividades humanas, as pessoas 
estão expostas a perigos e sujeitas a sofrer algum acidente que lhes 
cause ferimentos ou traumatismos.
Primeiros socorros são as ações prestadas no atendimento de emergên-
cia a uma pessoa ferida, principalmente quando ela não estiver em con-
dições de cuidar de si própria, para mantê-la viva e evitar que a situação 
se agrave, até que possa receber tratamento especializado.
No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por 
não receberem os devidos cuidados a tempo ou por serem atendidas de 
forma incorreta.
Vítimas de acidentes muitas vezes ficam entre a vida e a morte, com-
pletamente indefesas e incapazes de cuidar da própria sobrevivência. 
É nesse momento que elas necessitam de ajuda imediata para evitar o 
agravamento da situação.
Deixar de prestar socorro é crime?
Sim. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “Deixar de 
prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente, 
podendo fazê-lo, é crime”. A pena é detenção de 1 a 6 meses ou multa, 
podendo ser aumentada em 50% se a omissão resultar em lesão corporal 
grave ou até triplicada se resultar em morte.
Chamar por ajuda especializada é a primeira maneira de prestar socorro 
à vítima. Mesmo que uma pessoa seja só testemunha de um acidente 
com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará 
cometendo crime de omissão de socorro.
A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente às 
vítimas de acidentes de trânsito são as principais causas de mortes ou 
danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos imediatos 
após o acidente, são os mais importantes para garantir a sobrevivência 
e a recuperação de feridos.
Deixar de prestar ou providenciar socorro às vítimas é infração gravíssima, com notificação de 
7 pontos no prontuário, multa de R$ 1.467,35, recolhimento da CNH e suspensão do direito 
de dirigir.
Quem deve prestar socorro às vítimas?
A maioria das pessoas tem dúvidas sobre como e quando prestar 
os primeiros socorros. Afinal, ajudar sem os devidos cuidados pode 
prejudicar a vítima. Não ajudar significa omissão.
O Conselho Federal de Medicina recomenda que o socorro seja prestado 
pela pessoa mais capacitada no momento e mais próxima do local do 
evento de emergência.
Introdução
Deixar de prestar 
socorro é crime?
Primeiros Socorros 89
1) Socorrista: é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, 
com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam 
a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado atendimento 
pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões 
já existentes. Estamos falando dos profissionais que trabalham 
nos serviços de atendimento a acidentes como SAMU, SIATE etc.
2) Médico ou outro profissional de saúde presente no local: o socor-
rista tem prevalência porque nem todos os profissionais de saúdeestão devidamente treinados para prestar atendimento pré-hospi-
talar, seja em suporte básico ou avançado de vida.
3) Pessoas leigas com noções de primeiros socorros: aquelas que 
tenham participado de curso prático de suporte básico ou que te-
nham noções sobre primeiros socorros. Esses conhecimentos são 
úteis a toda e qualquer pessoa, e podem fazer toda a diferença em 
uma situação de emergência.
4) Pessoas leigas sem noções de primeiros socorros: tendem a se-
guir o instinto natural para ajudar a vítima e, justamente por não 
possuírem os conhecimentos necessários, correm o risco de agra-
var o estado do acidentado. É comum que, nessas situações, não 
haja ninguém para alertar sobre esse risco. Por isso, a dissemina-
ção desses conhecimentos se mostra tão importante.
A situação de emergência justifica as limitações
A situação de emergência justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo que 
essa seja dada de forma limitada devido ao baixo nível de conhecimento 
de quem está ajudando ou em razão da eventual precariedade das con-
dições no momento e local da emergência.
Obviamente, quanto mais conhecimento e experiência a pessoa tiver, 
melhor será a qualidade do atendimento de emergência que ela poderá 
prestar com segurança, afinal, quem sabe o que fazer não perde tempo 
e poupa segundos preciosos que salvam vidas.
Exemplos de situações de emergência com as quais podemos nos de-
parar:
a) Uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas, para 
de respirar. Não haverá tempo sequer para acionar socorro especiali-
zado. O que fazer?
b) Uma turma de adolescentes está em uma trilha da Serra do Mar, fora 
do alcance do celular. Um dos jovens cai e quebra o braço. O que 
fazer? O que não fazer?
c) Você está dirigindo por uma estrada do interior e o pneu dianteiro 
estoura contra uma pedra. Seu filho bate o rosto, está desacordado, 
sangrando muito pela boca e pelo nariz, com dificuldade para respirar. 
O celular está fora do alcance. O que fazer?
d) O carro que você está dirigindo colide com uma moto. O motociclista 
cai violentamente no meio da rua e não está se movendo. Que provi-
dências você deve tomar?
e) Dirigindo por uma rodovia você se depara com um grave acidente e é 
a primeira pessoa a se aproximar. O que fazer?
Primeiros Socorros90
Em todos esses exemplos há coisas que precisam ser feitas e outras 
evitadas. É necessário tomar decisões e providências imediatas, dentro 
das possibilidades e limitações. Ficar paralisado sem fazer nada é uma 
decisão e também pode levar a sérias consequências. O que fazer?
Os órgãos de vítimas fatais podem salvar vidas de pessoas que estão 
aguardando por cirurgia de transplante.
A legislação atual (Lei 10.211/2001) exige aprovação da família, para 
que os órgãos sejam doados. Muitos familiares ainda ficam em dúvida, 
por não saber se a vítima, em vida, concordaria ou não. Por isso, é muito 
importante que cada membro da família expresse abertamente o seu 
desejo de doar seus órgãos, em caso de uma fatalidade. Saber que a 
vítima é doadora facilita o processo e permite dar imediato destino aos 
órgãos e tecidos, garantindo sua correta preservação.
Uma decisão com poder de proporcionar vida à outras pessoas: diga SIM 
à doação de órgãos.
Primeiros procedimentos em caso de acidente de trânsito
Chamar por ajuda especializada
Em locais de acidentes, é comum encontrarmos cenas de sofrimento, 
nervosismo e pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exi-
jam providências imediatas. Para isso, deve-se:
Quanto antes o socorro for acionado, maiores serão as chances de as 
vítimas sobreviverem.
 • Equipes de emergência especialmente treinadas para o atendimento 
às vítimas de acidentes podem chegar ao local em poucos minutos.
 • Esses socorristas contam com formação e equipamentos especiais.
190 – Polícia Militar 193 – Bombeiros
191 – Polícia Rodoviária Federal 199 – Defesa Civil
192 – SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. (Serviço não 
disponível em todos os municípios do Brasil)
Algumas rodovias estaduais possuem seu próprio número de emergência. 
É necessário prestar atenção à sinalização e anotar o número do telefone.
Ligações de emergência podem ser feitas de telefone móvel, fixo ou pú-
blico. A ligação é gratuita. Em rodovias pedagiadas, deve-se ligar para a 
concessionária.
Ao solicitar socorro, deve-se informar:
 • o local exato e o tipo de acidente;
 • descrição das vítimas (sexo, idade);
 • se há vítimas inconscientes;
 • gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas;
 • acatar orientações que serão passadas.
Doação de órgãos
Chamar por ajuda 
especializada
Primeiros Socorros 91
Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos
 • Acionar o pisca-alerta.
 • Colocar o triângulo de segurança corretamente.
O triângulo de segurança deve ser colocado a uma distância proporcional 
à velocidade máxima da via. (veja tabela abaixo) 
A distância mínima é de 30 metros, devendo ser maior em curvas e locais 
de baixa visibilidade. 
Velocidade máxima 
permitida
Distância para início da 
sinalização (pista seca)
Distância para início da sinalização 
(chuva, neblina, fumaça, à noite)
60 km/h 60 passos longos 120 passos longos
80 km/h 80 passos longos 160 passos longos
110 km/h 110 passos longos 220 passos longos
Análise do local do acidente
Seja qual for a gravidade da situação deve-se agir com calma, procurando 
transmitir apoio aos acidentados. Informar que a ajuda especializada 
está a caminho e, se for o caso, agir rapidamente, dentro dos próprios 
limites, sem expor-se a riscos.
As vítimas podem ter sido lançadas para fora do veículo, estarem presas 
em ferragens, caídas na pista de rolamento ou em outras situações.
Muito cuidado para não ser VOCÊ a próxima vítima!
Protegendo-se contra infecções
A transmissão de doenças, infectocontagiosas como AIDS, hepatite e 
Covid-19 pode ser facilitada em função da presença de ferimentos e 
lesões e pelo contato direto com fluidos da vítima. É necessário proteger-
se tomando as seguintes precauções:
 • usar luvas de borracha, item fundamental de segurança;
 • evitar ferir-se durante o atendimento;
 • não tocar a boca ou olhos com as mãos sem antes lavá-las com 
sabão e água corrente.
Quantas são e onde 
estão as vítimas?
Sinalizar o local 
Primeiros Socorros92
Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito
Existe uma forte relação entre o tipo de acidente e o tipo de ferimento, 
dependendo da intensidade do impacto, do tipo de veículo e de como o 
impacto afetou cada vítima.
Colisões provocam o impacto dos corpos contra as partes internas do 
veículo podendo gerar lesões no rosto, na cabeça e pescoço, no tórax e 
abdômen, além de traumatismos nos braços e pernas.
Quanto maior a velocidade no momento da colisão, maiores serão os 
efeitos sobre os ocupantes. O uso correto de cintos de segurança e ou-
tros equipamentos como airbags pode salvar vidas, porque os corpos, ao 
serem lançados contra as partes internas ou para fora do veículo, podem 
sofrer lesões graves.
Motociclista caído no chão, suspeitar sempre de fratura de coluna cervi-
cal, fratura de quadril, pernas e braços.
Em um atropelamento geralmente ocorrem três fases de impacto:
 • do veículo contra as pernas e o quadril;
 • do tronco e cabeça da vítima contra o veículo;
 • da vítima contra o solo.
Por isso, deve-se suspeitar de lesão de coluna cervical e de um grande 
número de lesões (politraumatismos).
Atendendo as vítimas
Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à abordagem 
para prestar primeiros socorros a uma vítima. As principais etapas são:
 • avaliação primária ou avaliação inicial da vítima;
 • manutenção dos sinais vitais;
 • avaliação secundária;
 • procedimentos emergenciais (parada cardiorrespiratória, estado 
de choque, hemorragias, fraturas etc.).
Avaliação primária e suporte básico de vida
Os procedimentos aqui descritos obedecem ao protocolo mundialmente 
aceito da American Heart Association e são especialmenterecomenda-
dos para atendentes leigos.
Reconhecendo a situação
Em qualquer situação em que a pessoa não responde a estímulo, não 
está respirando ou está respirando com muita dificuldade, deve-se cha-
mar o serviço de emergência e iniciar imediatamente o processo de 
RCP - Ressuscitação cardiopulmonar.
Acidentes com moto
Atropelamento
Primeiros Socorros 93
Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respirar
Essa é uma emergência que pode ocorrer em diversas situações: em 
casa, no trabalho, durante a prática de esportes ou em qualquer outra 
atividade, geralmente causada por problemas cardiovasculares.
Mais de 300 mil pessoas morrem anualmente de problemas cardiovas-
culares no Brasil. Essa é a maior causa de mortes. Quando ocorre esse 
tipo de emergência, geralmente a vítima está acompanhada de outras 
pessoas, mas que não sabem o que fazer.
A parada cardiorrespiratória leva à morte em poucos minutos, ou pode 
causar danos irreversíveis devido à falta de oxigenação no cérebro. É pre-
ciso agir rapidamente, e qualquer pessoa pode realizar os procedimentos 
e salvar vidas, desde que aja rápido e corretamente.
Na última revisão de procedimentos de Suporte Básico de Vida, a Ameri-
can Heart Association reafirmou a importância do início imediato da RCP 
mesmo por socorristas leigos.
RCP - Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmonar
Ao certificar-se de que a vítima está passando mal, não está respirando 
nem reagindo a estímulos, é preciso tomar certas providências enquanto 
o socorro de emergência não chega.
1. Solicitar socorro ou certificar-se de que o socorro foi solicitado.
2. Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP, que podem ser apli-
cados por qualquer pessoa.
Procedimentos 
 • Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida.
 • Ajoelhar-se ao seu lado, na altura dos ombros.
 • Com os braços esticados, apoiar as duas mãos, com os dedos 
entrelaçados, sobre o peito do acidentado.
 • O local exato para pressionar fica a dois dedos acima da ponta do 
osso esterno, o osso do centro do peito (entre os mamilos).
 • Utilizando o peso do seu corpo, fazer compressões curtas e fortes, 
de aproximadamente 5 a 6 cm, comprimindo e aliviando regular-
mente.
 • Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco, 
dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente.
 • Repetir essa operação, com uma frequência de, no mínimo, 100 a 
120 compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação 
do batimento cardíaco.
As compressões fortes, profundas e ritmadas fazem o coração bombear 
sangue, e isso manterá o cérebro da vítima minimamente oxigenado.
Primeiros Socorros94
Desobstruir vias aéreas
Enquanto estiver fazendo compressões torácicas, se for notada qualquer 
obstrução à passagem de ar, deve-se:
 • elevar levemente o queixo da vítima, para facilitar a respiração;
 • abrir a boca e remover, próteses, restos de alimentos, sangue, se 
houver.
Em caso de acidente, suspeitar sempre da possibilidade de fratura de 
coluna cervical (pescoço quebrado) e evitar todos os movimentos de 
cabeça e pescoço a fim de evitar lesões na medula.
Respiração artificial (de acordo com normas da American Heart Association)
Quando houver apenas um atendente, e se este souber aplicar respira-
ção boca a boca, poderá fazer 2 insuflações depois de cada 30 compres-
sões torácicas. Se não souber ou não se sentir apto a fazê-las, deverá 
continuar apenas com as compressões torácicas, sem parar.
Para fazer insuflações corretamente, após cada sequência de 30 com-
pressões:
 • abrir a boca da vítima. Uma mão segura a mandíbula enquan-
to a outra fecha as narinas;
 • o atendente deverá inspirar profundamente, selar seus lábios 
em torno da boca da vítima e soprar com força, fazendo o ar 
entrar sem escapar, inflando o peito e o abdômen da vítima;
 • retirar a boca para o ar sair dos pulmões da vítima e repetir 
o processo;
 • depois de 2 insuflações, retornar imediatamente novo ciclo de 
30 compressões torácicas.
Quando houver dois atendentes e pelo menos um souber fazer insufla-
ções corretamente, deve-se aplicar a mesma sequência:
 • um atendente faz primeiramente 30 compressões torácicas;
 • o segundo atendente, que já está em posição, faz 2 insuflações;
 • manter o ciclo até chegar socorro especializado.
Em crianças e bebês, o processo é administrado com apenas uma 
das mãos, sendo o ciclo de 30 X 2 – trinta compressões e duas 
insuflações. Em recém-nascidos, usam-se dois dedos (no centro 
do tórax, logo abaixo da linha do mamilo), fazendo-se aproxima-
damente duas compressões por segundo e o ciclo deve ser de 
3 X 1 – três compressões e uma insuflação. Em ambos os casos 
a respiração artificial é aplicada sobre a boca e o nariz.
Esses procedimentos devem ser mantidos sem interrupção, mes-
mo durante o transporte para um pronto-socorro ou hospital.
Desobstruir 
vias aéreas
Um atendente
Dois atendentes
Cuidado
Em crianças e bebês
Primeiros Socorros 95
Verificar a circulação
Os novos procedimentos recomendam que não se perca tempo verifi-
cando a pulsação, principalmente porque em certas situações é difícil 
detectar e avaliar o pulso. Além disso, essa informação não altera os 
procedimentos para suporte básico de vida: se a vítima não estiver 
respondendo, não estiver respirando ou estiver respirando com muita 
dificuldade, chamar por socorro enquanto inicia imediatamente a RCP 
com as compressões torácicas.
Estado de consciência
Se a vítima estiver consciente e se comunicando:
 • transmitir calma e perguntar como ela se sente;
 • evitar que se levante repentinamente ou que se movimente.
Se a vítima não estiver respondendo, poderá estar desmaiada, tendo um 
AVC, sofrendo um ataque cardíaco ou entrando em estado de choque.
 • Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP descritos acima.
 • Em caso de acidente, suspeitar sempre de fratura de coluna e 
evitar movimentos desnecessários.
Proteção da vítima
 • Manter a vítima agasalhada ou coberta para evitar a perda de calor 
vital.
 • Nunca dar água para uma vítima de acidente.
Avaliação secundária em vítimas de acidentes
É preciso verificar a extensão dos ferimentos, a quantidade de sangue 
perdida, fraturas e outras lesões, iniciando os procedimentos adequados 
para cada caso, de acordo com as prioridades, cuidando sempre da ma-
nutenção dos sinais vitais.
Desmaio
É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com perda de 
consciência. Pode ser causado por contusões, choques emocionais, ex-
cesso de esforço físico e mental, cansaço, fome, problemas de metabo-
lismo, dentre outros. A vítima deverá se submeter a assistência médica, 
para investigação das possíveis causas.
Os principais sintomas do desmaio são: suores frios, palidez, pulso fra-
co, respiração lenta, vista embaralhada ou nublada e perda temporária 
de consciência.
Procedimentos
 • Deitar a vítima de costas, em local ventilado.
 • Se houver queda, verificar os possíveis danos causados.
 • Afrouxar suas roupas.
Verificar a circulação
Estado de 
consciência
Proteção da vítima
Radial
Carótida
Primeiros Socorros96
 • Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a 
45 cm).
 • Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais 
de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar assistência adequada.
 • Ficar atento aos sinais vitais. Desmaios longos podem levar ao 
estado de choque.
 • Quando a consciência voltar, procurar tranquilizar a vítima.
Estado de choque
Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque: emoções 
fortes, choques elétricos, hemorragias, queimaduras, envenenamentos, 
intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a altas tempera-
turas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas, compressões e 
amputações.
Dependendo da causa, há diferentes tipos de estados de choque: cho-
que emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco, 
choque hipovolêmico, etc.
O tipo mais comum em acidentes é o choque hipovolêmico, causado pela 
perda excessivade propulsão humana; de tração animal; reboque ou 
semirreboque. 
Quanto à espécie:
a) de passageiros: bicicleta, ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo, 
quadriciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, reboque ou semirrebo-
que, charrete.
b) de carga: motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, caminhonete, 
caminhão, reboque ou semirreboque, carroça, carro de mão.
c) misto de passageiros e carga: camioneta, utilitário, outros. 
d) de competição.
e) de tração.
f) especial: motocicleta, triciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, rebo-
que ou semirreboque, camioneta, caminhão, caminhão-trator, cami-
nhonete, utilitário, motorcasa.
g) de coleção. 
Quanto à categoria:
 • oficial; de representações (diplomáticas, repartições consulares, 
de carreira ou organismos internacionais reconhecidos junto ao 
governo brasileiro); particular; de aluguel; de aprendizagem. 
Camioneta ou caminhonete?
 • Camioneta: veículo que transporta os passageiros e a carga no 
mesmo compartimento. 
 • Caminhonete: veículo geralmente equipado com caçamba, que 
leva a carga separada dos passageiros. 
Motocicleta, motoneta ou ciclomotor?
 • Motocicleta: veículo que o condutor pilota na posição montada. 
 • Motoneta: veículo que o condutor pilota na posição sentada. 
 • Ciclomotores: veículos com motores de até 50 cilindradas, incluin-
do cicloelétricos. O condutor deve ser habilitado. Mais detalhes em 
Processo de Habilitação.
Identificação dos veículos
CRV - Certificado de Registro do Veículo (Art. 131 do CTB) – documento de 
porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá 
para transferir de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o 
endereço do proprietário ou alterar as características do veículo.
10 Legislação de Trânsito
No verso da versão impressa do CRV consta a ATPV – Autorização para 
Transferência de Propriedade do Veículo. Ambos documentos também 
possuem suas versões digitais: CRV-e e ATPV-e, com o mesmo valor das 
versões impressas.
No CRV constam as características do veículo: RENAVAM – Registro 
Nacional de Veículos Automotores, placa e número do chassi, número 
do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e endereço 
do proprietário, entre outras.
No verso do CRV impresso constam os campos a serem preenchidos em 
caso de venda do veículo (para veículos cujos documentos foram emiti-
dos até 3 de janeiro de 2021)
CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo ou CLA - 
Certificado de Licenciamento Anual – documento de porte obrigatório, 
que pode ser impresso ou digital, onde constam, além das caracterís-
ticas do veículo, informações sobre o pagamento do IPVA, do Seguro 
Obrigatório e ano em exercício.
O proprietário de um veículo apontado pelo fabricante para um recall, 
terá que levar seu carro à concessionária em no máximo um ano, ou 
essa informação irá constar no CLA, e o veículo somente será licenciado 
se houver comprovação de que a pendência foi cumprida.
O porte obrigatório do CRLV ou CLA poderá ser dispensado quando, no 
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informati-
zado do órgão responsável para verificar se o veículo está licenciado.
O DPVAT mudou de nome e agora se chama SPVAT (Seguro Obrigatório 
para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). Ele deve ser pago 
anualmente por proprietários de veículos automotores. Indeniza vítimas 
de acidentes de trânsito por morte (R$ 13.500,00) ou invalidez perma-
nente (até R$ 13.500,00) e reembolsa despesas médicas e hospitalares 
(até R$ 2.700,00). 
O prazo para dar entrada em um pedido de indenização do SPVAT é de 3 
anos, a contar da data do sinistro.
Placa de Identificação Veicular (PIV) – Res. 969/22
O novo modelo está valendo para os novos emplacamentos e substitui-
rá o modelo atual em processos de transferência de município ou de 
estado, ou sempre que houver necessidade de substituição das placas. 
Veja exemplos de cores de placas:
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
PARTICULAR PARTICULAR MOTO ALUGUEL MOTO ALUGUEL
A A A
0000
A A A
0000
UF UF MUNICÍPIOMUNICÍPIO
11Legislação de Trânsito 
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
ALUGUEL COMERCIAL
EXPERIÊNCIA/
FABRICANTE
ESPECIAIS OFICIAL OFICIAL
APRENDIZAGEM
Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul)
DIPLOMÁTICO DIPLOMÁTICO COLEÇÃO COLEÇÃO
Transferência de propriedade
Há uma clara diferença de procedimentos para transferência de proprie-
dade do veículo, dependendo da data que o veículo foi registrado.
Veículos cujos documentos foram emitidos até 3 de janeiro de 2021, e 
que ainda possuem o CRV em papel moeda
A ATPV – Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo, neste 
caso, encontra-se impressa no verso do CRV, documento de porte não 
obrigatório que deve ser guardado para esta finalidade.
Neste modelo, os procedimentos são os seguintes:
 • O vendedor (proprietário) preenche a ATPV com cuidado, em letra 
legível, com o valor de venda, nome completo, números de docu-
mentos e endereço correto do comprador e a data.
 • Vendedor e comprador assinam. É preciso reconhecer a firma de 
ambos, em cartório, presencialmente, como verdadeira.
 • Comunicar a venda ao DETRAN (Art. 134 do CTB) por escrito, em 
até 60 dias, para não ser responsabilizado por infrações cometi-
das pelo novo proprietário.
 • O comprador encaminha os documentos de transferência para o 
DETRAN ou CIRETRAN.
 • O prazo máximo para transferência é de 30 dias após a aquisição. 
Ultrapassar esse prazo constitui infração média.
Veículos cujos documentos foram emitidos após 4 de janeiro de 2021
A partir desta data, o CRV e o CRLV deixam de ser fornecido pelos De-
trans em papel moeda e passam a ser fornecidos digitalmente.
Neste caso, os procedimentos para transferência mudam:
 • O vendedor (proprietário) comunica a venda do veículo diretamente 
no site do Detran ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT);
 • Preenche o formulário digital da ATPV – Autorização para Transfe-
rência de Propriedade do Veículo, com os dados solicitados no for-
mulário: nome e número dos documentos do comprador e outros 
complementares;
 • É gerado um documento de compra e venda, que deverá ser as-
sinado em cartório, com reconhecimento de firma por verdadeira;
 • Dependendo do estado, o processo pode ser feito integralmente 
pelo CDT sem passar pelo cartório. Entre em contato com o Detran 
onde o veículo será registrado para mais informações.
AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE VEÍCULO ATPV
AUTORIZO O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN,
TRANSFERIR O REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA:
 VALOR R$ 
NOME DO COMPRADOR: 
RG: CPF/CNPJ: 
ENDEREÇO: 
LOCAL E DATA: 
ASSINATURA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR)
a) O vendedor tem a obrigação legal de comunicar a venda do veículo ao DETRAN no prazo máximo de 
30 dias, sob pena de ter que se responsabilizar solidariedade pelas penalidades impostas e suas 
reincidências até a data da comunicação (lei Federal nº 9.503 - Art. 134 - Código de Trânsito Brasileiro 
- CTB).
b) O adquirente terá prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da aquisição para providenciar a 
transferência do veícuoo para o seu nome, sob pena de incorrer em infração de trânsito (Art. 233 do CTB).
c)	 É	obrigatório	o	reconhecimento	de	firmas	do	adquirente	e	do	vendedor,	exclusivamente	na	modalidade	por	
AUTENTICIDADE.
DE ACORDO: 
ASSINATURA DO COMPRADOR
RECONHECIMENTO DE FIRMA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR)
CONFORME ART. 369 C.P.C.
12 Legislação de Trânsito
Em caso de perda do CRV em papel, o proprietário pode requerer 2ª. 
via (que não será emitida em papel), passando a proceder digitalmente, 
conforme descrito acima.
A Transferência Digital, que dispensa procedimentos em cartório, está 
em implantação desde agosto de 2021.
Identificação do condutor 
O condutor deverá portar o documento original de habilitação, ou a ver-
são digital – CNH-e (que tem o mesmo valor da versão impressa) compa-
tível com a categoria do veículo que estiverde sangue e líquidos. Os principais sinais são:
 • palidez, pele fria e úmida;
 • suor frio e denso;
 • pulso rápido e fraco;
 • respiração curta e rápida;
 • náuseas e vômitos, sensação de sede;
 • extremidades arroxeadas;
 • sensação de frio com tremores;
 • visão nublada e inconsciência.
Procedimentos
 • Avaliar rapidamente a gravidade da situação.
 • Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia, fratu-
ras, queimaduras etc.).
 • Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas, ve-
rificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência.
 • Manter a vítima deitada.
 • Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita sali-
vação, manter a cabeça da vítima de lado.
 • Afrouxar as roupas para facilitar a circulação.
 • Mantê-lo agasalhado e protegido.
 • Providenciar auxílio médico.
Primeiros Socorros 97
Convulsões
São contrações musculares involuntárias e descontroladas de várias 
partes do corpo, causadas por alterações de funções do cérebro, que 
costumam durar alguns minutos.
Sintomas
 • Súbita perda de consciência e queda ao chão.
 • Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares.
 • Lábios roxos e salivação.
 • Respiração forte e irregular.
Procedimentos
 • Afastar objetos próximos.
 • Proteger a cabeça da vítima e virá-la de lado para evitar possíveis 
afogamentos com vômitos e salivação.
 • Não tentar impedir os movimentos convulsivos.
 • Passada a convulsão, confortar a vítima e deixá-la dormir.
 • Verificar sinais vitais e lesões.
 • Providenciar assistência médica.
Hemorragias
É a perda de sangue devido ao rompimento de uma veia ou artéria.
O controle da hemorragia deve ser feito rapidamente, pois quando em 
excesso e não controlada, pode levar à morte.
Hemorragia externa
Hemorragias externas são visíveis, pois o sangue verte para fora do corpo 
através dos ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando uma ar-
téria é atingida, o perigo é ainda maior: o sangue é vermelho vivo e sai em 
jatos rápidos e fortes, na mesma frequência dos batimentos cardíacos.
Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro e sai de 
forma lenta e contínua.
Procedimentos
 • Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e 
pressionar.
 • Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras por 
cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação.
 • Amarrar um pano, atadura, gravata ou cinto, por cima do curativo, 
sem apertar muito para não prejudicar a circulação.
 • Se continuar sangrando, comprimir a artéria mais próxima da re-
gião, evitando movimentar a parte afetada.
 • Em ferimentos pequenos, pressionar com o dedo até parar o san-
gramento.
 • Manter, se possível, o membro ferido em posição mais elevada 
que o coração.
 • Deitar a vítima, se possível.
Hemorragia externa
Primeiros Socorros98
 • Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos.
 • Não aplicar qualquer produto no ferimento.
 • Não aplicar garrote.
Hemorragia interna
Hemorragias internas ocorrem em órgãos internos, como fígado, baço, 
pulmões, estômago, devido a traumatismos profundos, e levam rapida-
mente ao estado de choque.
Os sinais externos devem ser acompanhados e controlados com muita 
atenção: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e 
da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação 
sanguínea, sede, tontura e inconsciência.
Procedimentos
 • Manter a vítima deitada.
 • Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma.
 • A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente 
possível.
 • Não deixá-la tomar líquidos.
 • Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardiorrespiratória.
As hemorragias tendem a ser mais graves em idosos, crianças, mulheres e pessoas debilitadas.
Hemorragia nasal
É causada pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz. Em acidentes 
a hemorragia nasal seguida de sangramento pelos ouvidos pode indicar 
traumatismo craniano.
Procedimentos
 • Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas.
 • Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz.
 • Encaminhar o acidentado a um médico.
 • Se a vítima estiver inconsciente, deve-se manter a cabeça de lado 
para evitar asfixia e afogamento, tomando cuidado, principalmente 
com lesões na coluna cervical.
Fraturas
Nome dado à quebra de qualquer osso do corpo.
As fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-se 
suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço), de-
formação ou quando:
 • a parte afetada apresentar um aspecto alterado;
 • o membro estiver em posição anormal;
 • a vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento;
 • a vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local.
Hemorragia interna
Atenção!
Hemorragia nasal
Primeiros Socorros 99
Luxações
Entorses
Importante!
Fraturas fechadas
Nesse caso, o osso quebrado não perfurou a pele. O primeiro passo con-
siste na imobilização do membro fraturado, para impedir o deslocamento 
das partes quebradas, evitando maiores danos.
Procedimentos
 • Movimentar a vítima o mínimo possível.
 • Colocar talas para sustentar o membro atingido. Alguns materiais 
podem servir de tala: vareta de madeira ou metal, estaca, tábua, 
papelão, revista ou jornal dobrado.
 • As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo da 
fratura.
 • Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima.
 • O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferen-
cialmente junto ao peito.
 • Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano, não muito aper-
tadas, em quatro pontos:
 • abaixo da articulação e abaixo da fratura;
 • acima da articulação e acima da fratura.
No caso de fratura na perna, um bom recurso é amarrar a perna quebra-
da na outra, colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas.
Fraturas abertas ou expostas
São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado perfuram a pele.
Aqui, além da fratura, deve-se cuidar do ferimento evitando contamina-
ções, infecções e hemorragias.
Procedimentos
 • Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano 
limpo.
 • Se houver ruptura dos vasos, haverá hemorragia, que precisa ser 
controlada.
 • Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que em uma 
fratura fechada.
 • Providenciar socorro especializado.
Entorses
Quando articulações são forçadas além do limite natural. O mesmo que 
torção.
Luxações
Ocorrem nas articulações, quando os ossos saem do lugar, e provocam 
muita dor, inchaço e dificuldade nos movimentos etc.
Nas entorses, luxações e outros casos onde haja dúvida, deve-se sem-
pre tratar como se fosse uma fratura, pois pode ter havido o rompimento 
de ligamentos.
Fraturas fechadas
Fraturas abertas 
ou expostas
Primeiros Socorros100
Lesão na coluna vertebral
A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de vér-
tebras. As vértebras formam um canal onde está a medula, por onde 
passam impulsos nervosos que controlam movimentos, sensações e re-
ações de todos os membros e funcionamento de órgãos.
Em uma fratura de coluna, se houver lesão na medula, poderá ocorrer a 
perda definitiva de movimentos ou funções do corpo.
Devemos suspeitar de fratura na coluna sempre que a vítima:
 • estiver inconsciente;
 • apresentar dores nas costas ou no pescoço;
 • apresentar formigamentos e dormência nos braços e pernas;
 • não conseguir sentar, ou não mexer alguma parte do corpo.
Procedimentos
 • Não mexer, nem deixar ninguém tocar na vítima, até a chegada do 
socorro especializado.
 • Manter a vítima agasalhada e imóvel.
 • Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar para-
da respiratória, que exigirá procedimentos de RCP.
Transportar pessoas com suspeita de fratura de coluna é muito 
arriscado
Mesmo que o socorro demore, é preferível esperar, sem tocar na vítima. 
Porém, isso varia muito de uma situação para a outra. Quem estiver pres-
tando o atendimento de emergência terá que tomar essadifícil decisão.
Quando não houver possibilidade de chegada de socorro, ou se o estado 
da vítima estiver se agravando rapidamente, ou ainda para afastar de 
perigo iminente, poderá tornar-se obrigatória a sua remoção.
Procedimentos
 • Providenciar ou improvisar uma maca ou padiola.
 • Para passar a vítima para a maca, utilizar pelo menos três pessoas: 
cada uma ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com 
muito cuidado, sem entortar ou torcer o corpo da vítima, sempre 
cuidando da coluna cervical.
 • Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima, providen-
ciando apoio para a coluna, na cintura e no pescoço.
 • Se houver lesão no pescoço, improvisar um colar cervical de pape-
lão, envolto em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima.
 • Quando não houver papelão, improvisar com uma camisa, toalha, 
jornal ou outro pano.
 • Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na maca, passando 
faixas em quatro pontos, sem apertar demais.
 • O transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos.
 • Não transportar a vítima sentada ou encolhida.
Lesão na coluna 
vertebral
Vértebra
Disco 
Intervertebral
Medula
Nervos
Primeiros Socorros 101
Fratura de crânio
Fraturas no crânio são sempre graves, devido a possibilidade de lesão no 
cérebro. A vítima com suspeita de fratura no crânio geralmente apresenta:
 • lesões na cabeça;
 • perda de sangue pelo nariz, boca ou ouvidos;
 • tontura progressiva, com desmaios;
 • dores de cabeça;
 • enjoos e vômitos;
 • alterações no tamanho das pupilas.
Procedimentos
 • Manter o acidentado com a cabeça levemente erguida.
 • Afrouxar suas roupas na área do pescoço.
 • Se houver sangramento do couro cabeludo, cobrir com gaze, sem 
pressionar.
 • Enfaixar a cabeça, com cuidado, sem comprimir áreas moles ou 
deprimidas.
 • Conduzir o paciente a um hospital.
 • Não dar de beber ou comer à vítima.
 • Ficar atento aos sinais vitais, com cuidado especial para as vias 
aéreas, devido ao risco de afogamento por vômito.
 • Se for preciso transportar a vítima, dar preferência à utilização da 
maca, tomando todos os cuidados necessários para imobilização.
Fratura de costelas
A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes 
sintomas:
 • dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar;
 • corpo torcido;
 • amolecimento dos tecidos na área afetada;
 • deformações e deslocamentos;
 • se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima 
apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca.
Cuidados de emergência
 • Movimentar a vítima o mínimo possível.
 • Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas 
desobstruídas.
Fratura de quadril
A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na 
região, com impossibilidade de mover as pernas.
Os procedimentos são semelhantes aos de fratura da coluna vertebral:
 • deitar a vítima sobre uma superfície plana, sem movimentações 
desnecessárias;
Primeiros Socorros102
 • imobilizar a vítima, antes de movimentá-la, em uma maca ou 
tábua que apoie o corpo dos pés até a cabeça, revestida com 
panos macios. Amarrá-la com pelo menos duas ataduras no 
tórax e duas ataduras nas pernas.
Queimaduras
São ferimentos presentes principalmente na pele. As causas mais co-
muns são: fogo ou radiação, vapores, líquidos e sólidos quentes, pro-
dutos químicos como ácidos ou soda, atrito ou abrasão, frio extremo. 
Em acidentes de trânsito as partes mais afetadas são: mãos, pés, face, 
genitais e vias aéreas.
As queimaduras podem ser classificadas em três níveis, de 
acordo com a gravidade:
 • primeiro grau: vermelhidão e dor no local, sem a formação 
de bolhas;
 • segundo grau: vermelhidão, dor e formação de bolhas na ca-
mada superficial, com posterior descamação;
 • terceiro grau: pele destruída em todas as camadas, atingindo 
músculos, nervos, outros órgãos e até os ossos.
A mesma vítima poderá apresentar os três tipos de queimaduras.
Qualquer queimadura que não seja uma vermelhidão superficial, local e 
de pequena extensão, exige que a vítima seja encaminhada para trata-
mento médico. O risco de morte depende muito mais da extensão das 
lesões do que do grau da queimadura.
Seguem algumas recomendações e procedimentos que visam aliviar o 
sofrimento da vítima, diminuir o risco de contaminações e prevenir o 
estado de choque.
 • Identificar, afastar e controlar a causa da queimadura.
 • Se tiver que combater o fogo nas roupas, abafar com um cobertor 
e não deixar a vítima correr. Em último caso, rolar a vítima sobre si 
própria. Esse procedimento tem o risco de contaminar e adicionar 
detritos e sujeira aos ferimentos.
 • Nas queimaduras por agentes químicos, aplicar jatos de água ao 
mesmo tempo em que for sendo tirada a roupa da vítima.
 • Lavar a área afetada com bastante água ou soro fisiológico.
 • Procurar atendimento médico, mesmo que a lesão não seja apa-
rentemente grave.
 • Verificar respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência, 
agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais.
 • As roupas que estiverem grudadas na pele não devem ser removi-
das. Essa operação deverá ser realizada pelo atendimento espe-
cializado.
 • Não passar loção, óleo, pomada, clara de ovos ou qualquer outro 
produto, pois só servem para complicar o tratamento correto.
 • Não estourar bolhas. Se já estiverem estouradas, evitar qualquer 
contato direto com a parte lesionada.
3º Grau
2º Grau
1º Grau
Recomendações
Primeiros Socorros 103
Procedimentos
 • Deitar a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível 
mais baixo que o resto do corpo.
 • Aplicar um pano limpo sobre o local da queimadura. Em seguida, 
molhar este pano para manter úmida a parte afetada.
 • Em caso de queimadura nos olhos, lavá-los abundantemente com 
água limpa ou soro fisiológico, cobri-los com gaze ou pano limpo e 
procurar imediatamente um especialista.
Queimaduras por choque elétrico são comuns em colisões com postes. O contato com 
cabos elétricos pode manter o veículo energizado, e eletrocutar ou queimar quem tocar na 
lataria. A recomendação é que os ocupantes se mantenham dentro do veículo até a ajuda 
especializada chegar. No entanto, se houver princípio de incêndio, o ideal é pular do veículo 
sem tocar na lataria.
Ferimentos nos olhos
Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por isso, 
a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista. Mesmo com 
ferimentos graves, os olhos têm a possibilidade de recuperação, desde 
que tratados a tempo.
Procedimentos
 • Não permitir que a vítima esfregue os olhos.
 • Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água 
abundante.
 • Não tentar retirar cacos ou objetos cravados.
 • Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles 
esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação 
natural dos olhos.
Ferimentos no tórax e abdômen
Tórax
 • Tapar ferimentos externos que possam ter atingido os pul-
mões, para evitar a entrada de ar.
 • Pressionar o ferimento diretamente com uma gaze ou pano 
limpo, com o dedo ou com a mão.
 • Prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais.
Abdômen
 • Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso 
poderá iniciar ou agravar uma hemorragia.
 • Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, man-
tendo-a firme no lugar.
 • No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente 
neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa 
ou pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico.
Primeiros Socorros104
Acidentes envolvendo veículos que transportam produtos perigosos 
Placas e símbolos deste tipo identificam veículos que transportam pro-
dutos perigosos, como combustíveis, produtos químicos, explosivos, etc. 
Acidentes envolvendo esse tipo de veículo podem ser muito perigosos 
para quem estiver nas proximidades. O procedimento ideal é manter 
distância, sinalizar para evitar outros acidentes e acionar imediatamenteo socorro especializado.
Como prestar auxílio em caso de acidente com motociclista
Acidentes envolvendo motociclistas exigem cuidados especiais:
 • prever que pode haver múltiplas lesões;
 • suspeitar sempre de fratura de cervical e de quadril;
 • sempre que possível, aguardar por socorro especializado, sem mo-
vimentar a vítima;
 • estabilizar a coluna cervical se houver necessidade de mover a 
vítima;
 • não retirar o capacete, a menos que haja alguém que domine a 
técnica para retirá-lo;
 • verificar se há dificuldade para respirar. Nesse caso, avaliar a pos-
sibilidade de soltar a fivela do capacete;
 • se a vítima não estiver respirando ou estiver respirando com mui-
ta dificuldade, iniciar imediatamente o procedimento de compres-
sões cardíacas, conforme descrito no capítulo de “Reanimação 
cardiopulmonar”.
Movimentação e transporte de emergência
As vítimas não devem ser movimentadas a não ser em casos de extrema 
necessidade como os descritos abaixo, com as respectivas técnicas de 
deslocamento correto.
Movimentação realizada para afastar a vítima de situações de perigo, 
como por exemplo, quando ela está:
 • no meio da pista, sujeita a atropelamentos e novos acidentes;
 • com o corpo total ou parcialmente submerso, sujeita a afogamento;
 • exposta a gases venenosos, vazamento de combustíveis, 
risco de incêndio etc.
Existem duas maneiras de arrastar a vítima, mesmo que por 
poucos metros, para poder atendê-la com segurança, sempre 
no sentido do comprimento do corpo, nunca torta ou de lado:
 • puxando-a pelos pés, sem levantá-los muito;
 • puxando-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar 
a cabeça.
1
2
3
Regra geral
Primeiros Socorros 105
Transporte de emergência
A vítima somente deverá ser transportada se o seu estado estiver se 
agravando muito rapidamente ou se houver a certeza de que o socorro 
especializado não chegará a tempo. Nesse caso, o transporte deverá 
ser feito com muito cuidado, a fim de não agravar lesões já existentes.
Antes de transportar a vítima
 • Controlar e manter os sinais vitais.
 • Estancar ou controlar todas as hemorragias.
 • Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura.
Durante o transporte da vítima
 • Não interromper as verificações de sinais vitais.
 • Não interromper os procedimentos de reanimação cardiopulmonar 
que tenham sido iniciados.
 • Manter a vítima na posição mais confortável e segura possível.
 • Evitar movimentos bruscos.
 • Usar maca: é um excelente meio de movimentação e transporte 
e, portanto, deve ser usada sempre, mesmo sendo improvisada.
Veja algumas formas simples de improvisar uma maca ou padiola.
 • Uma porta ou tábua larga.
 • Um assento do banco traseiro de automóvel.
 • Duas camisas ou um paletó abotoados em volta de duas varas 
resistentes.
 • Um cobertor enrolado, dando três voltas em dois tubos ou varas.
Para colocar e tirar a vítima da maca, a maneira mais segura, principalmente quando há 
suspeita de fratura de coluna ou bacia, é utilizar o método de 3 ou 4 pessoas, onde cada um 
ergue uma parte do corpo da vítima, ao mesmo tempo e de forma coordenada, cuidando para 
não permitir movimentos na cabeça e no pescoço.
Questões - PRIMEIROS SOCORROS
Transporte de 
emergência
01. Na ocorrência de sangramento abundante, 
qual o cuidado indicado?
a) Garrotear (usar torniquete).
b) Fazer compressão no local do sangramento.
c) Dar bastante líquido para a pessoa tomar.
d) Jogar bastante água oxigenada para coagu-
lar e limpar o ferimento.
e) Deixar o sangramento parar sozinho.
02. Uma pessoa foi atropelada e está caída no 
meio da rua. O que fazer em primeiro lugar?
a) Remover a pessoa para a calçada.
b) Anotar a placa ou correr atrás do carro que 
a atropelou.
c) Tentar chamar algum parente da vítima.
d) Iniciar imediatamente o atendimento, no local.
e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes.
03. A vítima apresenta um pedaço de vidro no 
olho. O que devemos fazer antes de remo-
ver a vítima?
a) Retirar o vidro com os dedos.
b) Retirar o vidro com uma pinça.
c) Pingar colírio anestésico/desinfetante.
d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho.
e) Lavar com água gelada.
04. O procedimento INCORRETO para fraturas é:
a) Movimentar a vítima o mínimo possível.
b) Colocar talas para sustentar o membro 
atingido.
c) Impedir o deslocamento das partes, para 
evitar maiores danos.
d) Encaixar os ossos fraturados, o mais rápido 
possível.
e) Improvisar, podendo usar vários materiais 
como talas.
Primeiros Socorros106
05. Em caso de acidente:
a) é obrigação de todos sempre prestar auxílio 
à vítima.
b) é obrigação de todos prestar auxílio desde 
que não corra risco pessoal.
c) é obrigação de todos prestar auxílio, mesmo 
com risco pessoal.
d) a obrigação de socorrer é apenas para quem 
causou o acidente.
e) não existe obrigação legal em socorrer.
06. Uma vítima de acidente pede água para 
beber. O que fazer?
a) Mantê-la em jejum.
b) Dar bastante líquido para hidratar a vítima.
c) Dar um copo, no máximo.
d) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser.
e) Dar leite ou líquidos adocicados, de prefe-
rência.
07. Uma vítima apresenta fratura exposta 
(o osso quebrado está para fora). O que fazer?
a) Garrotear o membro fazendo um torniquete.
b) Empurrar aquele osso para dentro.
c) Puxar o membro para que o osso volte para 
seu lugar.
d) Observar se a vítima está respirando, imobi-
lizar o membro e acalmar a vítima.
e) Jogar água gelada até chegar o resgate.
08. Uma vítima de acidente de trânsito parou 
de respirar. Nesta situação, você:
a) avalia que a vítima morreu, não há mais 
nada a fazer.
b) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se 
não estiver roxa.
c) avalia que a vítima pode estar viva e deve 
ser atendida imediatamente.
d) fica impedido de prestar socorro se estiver 
sozinho.
e) aplica alguns tapas nas costas, pois a víti-
ma pode estar engasgada.
09. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a 
consciência e depois acordou dizendo que 
está bem. O que fazer?
a) Neste caso, não há necessidade de ir ao 
hospital.
b) Recomendar que fique acordada durante 
24 horas.
c) Sempre levar a pessoa ao hospital.
d) Levar ao hospital somente se precisar de 
curativo.
e) Apenas fazer compressas com gelo.
10. A vítima de acidente apresenta objeto cra-
vado no corpo. O que fazer?
a) Retirar imediatamente o corpo estranho.
b) Verificar a respiração e não tentar remover o 
corpo estranho.
c) Retirar o objeto e comprimir o local com 
gaze.
d) Só retirar o objeto se este estiver causando dor.
e) Retirar o corpo estranho e esperar a coagu-
lação do sangue.
11. Uma vítima de acidente de trânsito está 
gritando, com muita dor. O que fazer?
a) Dar remédio para dor.
b) Levar imediatamente para o hospital.
c) Prestar os primeiros socorros e esperar a 
chegada do resgate.
d) Fazer compressas geladas no local da dor.
e) Fazer compressas quentes no local da dor.
12. Ao socorrer corretamente uma vítima de 
acidente, deve-se levar em consideração 
em primeiro lugar:
a) a obstrução das vias aéreas.
b) uma possível parada cardíaca.
c) o nível da dor da vítima.
d) uma possível fratura.
e) uma lesão cerebral.
13. O que fazer, no local, com o acidentado que 
sofreu queimaduras?
a) Passar pasta de dente na ferida.
b) Passar desinfetante na ferida.
c) Cobrir a ferida com um pano qualquer.
d) Dar leite para a pessoa tomar.
e) Lavar com água limpa ou soro fisiológico.
14. Um motociclista está caído com o capacete 
na cabeça. Deve-se:
a) remover imediatamente o capacete.
b) remover o capacete se ele estiver consciente.
c) remover o capacete se ele estiver inconsciente.
d) sinalizar o local, chamar o resgate e verificar 
a respiração.
e) ajudá-lo a erguer-se do chão.
15. O melhor local no corpo para se verificar a 
pulsação é:
a) no pé. 
b) no pescoço.
c) na artéria pulmonar. 
d) atrás do joelho.
e) em alguma veia saliente.
16. A vítima que deverá receber primeiro os 
procedimentos de primeiros socorros, é a 
que estiver:
a) gritando, com muita dor.
b) em estado de choque.
c)respirando com muita dificuldade.
d) xingando, com muitas ameaças.
e) com muitas fraturas. 
Relacionamento Interpessoal 107
RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
O termo Relações Interpessoais significa relacionamento entre pes-
soas. Engloba todos os tipos de relacionamento entre seres humanos. 
O primeiro grupo ao qual o ser humano pertence é a família. Desde 
o primeiro minuto de vida, mesmo sem falar, entender ou conhecer as 
pessoas que estão à sua volta, já está envolvido em seus primeiros rela-
cionamentos interpessoais, como fará por toda a sua existência. 
Até chegar a idade adulta e assumir o seu papel na sociedade, o indivíduo 
terá estabelecido milhões de vínculos nas suas relações interpessoais, 
mesmo sem ter consciência disso. Terá participado de inúmeros grupos 
sociais como de amigos do bairro, colegas da escola, membros da igreja, 
etc. Depois virão os relacionamentos profissionais e assim por diante. 
Todos os relacionamentos que o indivíduo cultiva durante a vida, quer se-
jam hostis ou amigáveis, passageiros ou duradouros, apresentam uma 
característica em comum: a comunicação.
O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna. 
A qualidade dos relacionamentos, bem como a capacidade individual de man-
tê-los, são fatores determinantes de posicionamento social e qualidade de vida. 
O indivíduo, o grupo e a sociedade
cidadania é o exercício, pelo cidadão, dos direitos e deveres que lhe são 
outorgados pelo Estado e pela Sociedade.
Cada pessoa é um ser único, diferente de todos os outros. A individual-
idade é formada a partir da interação entre características herdadas e 
características adquiridas do ambiente, durante a vida.
O indivíduo tem contato direto com outras pessoas com as quais tem 
afinidade ou objetivos comuns fornando grupos sociais.
O ser humano é livre para escolher os grupos dos quais deseja partici-
par: de trabalho, famíliar, amigos, religioso, lazer, etc.
Provavelmente, foi a sobrevivência que levou o ser humano a optar pela 
vida em grupo. O indivíduo integrado a um grupo, adota os objetivos co-
letivos, sem perder sua individualidade. 
O equilíbrio entre as necessidades coletivas e individuais determinam a 
harmonia da convivência.
Ao contrário do grupo, com a sociedade temos um relacionamento in-
direto e impessoal: identificamo-nos com ela por pertencermos a uma 
mesma nação. Identidade cultural, valores e princípios comuns fazem 
com que sejamos semelhantes, mesmo a pessoas estranhas ao nosso 
relacionamento individual. 
Relações 
interpessoais 
Indivíduo
Grupo social
Sociedade 
Relacionamento Interpessoal108
Diferenças individuais
cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do 
dia a dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na 
formação, vivência, cultura e personalidade de cada um.
Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo, 
a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criati-
vidade, fatores que contribuem para que não haja estagnação.
Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais 
nada a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga 
sob outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anterior-
mente e inova os conceitos existentes.
Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos 
em tudo o que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como 
avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a 
família, amigos, etc.
Além da personalidade, os cidadãos possuem outras características que 
os diferem uns dos outros. Segundo o IBGE, quase 24% da população, 
(aproximadamente 45 milhões de brasileiros) possui algum tipo de defi-
ciência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora.
Para atender às necessidades dessas pessoas e garantir seus direitos 
como cidadãos, foram implementadas no país leis como a 10.098/00 
e 13.146/15 – Leis da Acessibilidade, que garante às pessoas com 
deficiência o acesso a espaços públicos e privados, sem restrição física 
ou de comunicação.
Entre os direitos assegurados por essa Lei destacam-se as rampas, 
passagens especiais para pedestres, semáforos sonorizados, vagas de 
estacionamento sinalizadas para cadeirantes, transporte coletivo adap-
tado, espaços reservados em locais de lazer e instrução, bem como o 
acesso à informação, comunicação e educação através de intérpretes ou 
recursos audiovisuais com tradução em LIBRAS. As instituições que dis-
põem de equipamentos, recursos e serviços especializados para surdos, 
por exemplo, devem ser identificadas através do Símbolo Internacional 
de Pessoas com Deficiência Auditiva, conforme modelo ao lado.
Atualmente é possível encontrar a maioria dessas adaptações em dife-
rentes espaços, principalmente no trânsito, onde a garantia do sucesso 
nos relacionamentos interpessoais está no respeito às diferenças e na 
igualdade dos direitos.
O bom relacionamento
Saber estabelecer relacionamentos interpessoais de qualidade e poder 
mantê-los é uma das características mais valorizadas atualmente. 
Além de uma comunicação eficiente, as pessoas competentes em seus 
relacionamentos interpessoais têm características especiais, que é pos-
sível desenvolver e aprimorar. São os valores:
 • Respeito: por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga 
mestra dos relacionamentos. Várias são as atitudes que bem caracterizam 
as pessoas respeitosas: respeito pelo direito dos outros, pelas diferenças 
individuais, pela diversidade de opiniões, pelo ambiente e até por si próprio. 
Aprimorar valores
Outras variações: 
símbolo branco em fundo 
preto ou símbolo preto em 
fundo branco.
Relacionamento Interpessoal 109
 • Flexibilidade: as pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo 
de cintura” para evitar conflitos e buscar soluções criativas para 
problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as pessoas 
mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expos-
tas a diferentes situações ou ambientes.
 • Bom senso e sabedoria: qualquer situação ou problema tem mais 
de uma maneira de ser interpretado ou resolvido. O controle das 
situações está sempre na mão de quem age com bom senso e 
ponderação.
 • Humildade: reconhecer os próprios erros, com humildade e sim-
plicidade tem a propriedade de dissolver os desentendimentos na 
raiz. Entretanto, nos relacionamentos, poucos são aqueles que re-
conhecem seus próprios erros. 
 • Paciência: as pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora, 
não são afobadas nem tiram conclusões precipitadas. Sua capaci-
dade de relacionamento é boa, porque são capazes de ouvir, sem 
pressa.
 • Equilíbrio: controlar o próprio temperamento é fundamental para 
quem deseja e necessita desenvolver uma boa capacidade de se 
comunicar e negociar.
 • Empatia: habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa para 
poder ouvir, ver e sentir através da perspectiva dela. Muito útil nos 
relacionamentos porque, ao demonstrar que sabemos como a pes-
soa se sente, muitas vezes as razões do conflito deixam de existir.
 • Receptividade: para dar qualidade às nossas relações interpes-
soais é necessário estar aberto, reduzir as barreiras, cultivar a 
simpatia e demonstrar boa vontade.
 • Igualdade: todos gostam de ser bem tratados e não há nada que 
distancie mais do que se sentir inferiorizado. Não devemos dei-
xar que as decisões sejam afetadas por simpatias, antipatias ou 
preconceitos. As vezes agimos como juízes das atitudes alheias, 
condenando outros por ações que também cometemos.
 • Educação: cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade, 
tratar bem as pessoas, ser gentil e cordial são atributos indis-
pensáveis para quem sabe que o sucesso pessoal e profissional 
depende da qualidade dos relacionamentos.
 • Persistência: para manter as qualidades necessárias aos bons 
relacionamentos é preciso utilizá-las continuamente. Uma ou outra 
vez apenas não basta; para isso, é necessário ser perseverante,até que os resultados apareçam.
Bom relacionamento no trânsito 
no trânsito, boas atitudes entre condutores e/ou pedestres têm o poder 
de promover o respeito e a cidadania. É essencial saber agir corretamen-
te frente às diversas situações do dia a dia no trânsito, reconhecendo e 
alterando maus hábitos e posturas negativas.
 • A comunicação entre os usuários do trânsito deve ser simples e obje-
tiva, para que não dê margem para má interpretação. Mensagens cur-
tas e rápidas facilitam a compreensão entre condutores e/ou pedes-
tres, contribuindo para a boa fluência do trânsito e evitando acidentes.
Relacionamento Interpessoal110
 • É preciso compreender certas atitudes incorretas dos outros mo-
toristas, pois, provavelmente, não tiveram a oportunidade de ana-
lisar suas atitudes e melhorar seu comportamento no trânsito. 
Jamais reagir, pois um erro não justifica o outro.
 • No trânsito, atitudes refletidas e bem pensadas podem fazer a 
diferença em momentos de tensão ou em situações críticas. O 
condutor consciente é aquele que, em uma situação delicada, pen-
sa antes de agir, procura analisar os dois lados e ser justo em 
palavras e decisões sem ficar nervoso, principalmente se o errado 
for ele mesmo.
 • Congestionamentos, incidentes e situações tensas geram irritação 
e desconforto. Nestas circunstâncias, é preciso manter a cabeça 
fria e escolher o momento ideal para agir, pois qualquer gesto ou 
atitude imprópria pode gerar confusão e até acidentes. 
 • O “bate-boca” não resolve, porque ninguém mais está escutando. 
O ideal é não participar de desentendimentos desse gênero. O 
participante mais capaz e inteligente procura acalmar os ânimos 
para voltar ao diálogo.
 • Utilizar o veículo para demonstrar nível social, para compensar sen-
timentos de inferioridade e insegurança e usar o tamanho e a potên-
cia para intimidar os outros, são atitudes socialmente reprováveis.
 • No trânsito, algumas ocorrências provocam comunicação “cara-a-
-cara”. Nessas “conversas”, comuns em incidentes, geralmente 
são transmitidas várias outras “impressões” além da mensagem 
que está sendo falada. É preciso tomar cuidado com entonação 
de voz e expressões utilizadas, que podem complicar a situação, ao 
invés de resolvê-la. 
Qualidade no relacionamento interpessoal
Quem convive diariamente no trânsito precisa empenhar-se para propor-
cionar um ambiente de qualidade e, mais do que exigir dos outros, deve 
comprometer-se a fazer a sua parte. Isso depende de uma ação pessoal 
consciente e determinada.
O condutor deve questionar continuamente suas ações no trânsito, auto-
-avaliar suas atitudes, verificando o próprio desempenho em cada nova 
situação à qual for exposto e corrigindo-o, quando necessário. 
O condutor que faz auto-avaliação, melhora suas atitudes, e serve tam-
bém de exemplo para outros condutores, gerando um convívio melhor no 
espaço tumultuado que é o trânsito.
Sempre que o resultado dos nossos relacionamentos interpessoais não 
é exatamente aquele que gostaríamos que fosse, devemos parar e refle-
tir. Apesar da tendência que temos de culpar os outros é provável que os 
verdadeiros motivos estejam em nós mesmos.
Em primeiro lugar, precisamos rever mentalmente relacionamentos fami-
liares, pessoais, com amigos, colegas de trabalho, chefes, clientes e até 
com pessoas estranhas, fazendo uma avaliação sincera.
Em seguida, devemos reconhecer com humildade nossos pontos 
fracos, que podem estar minando a qualidade dos nossos relacio-
namentos interpessoais.
Mudança de atitude: 
Uma questão de 
consciência
Qualidade de vida
Autoavaliação
Saber distinguir o 
momento oportuno 
Não participar de 
brigas e discussões
Ver o lado positivo 
Agir com bom senso 
Usar o veículo para 
a finalidade correta 
Comunicação face a 
face: como agir?
Relacionamento Interpessoal 111
Finalmente, precisamos nos convencer de que mudanças pessoais ne-
cessárias para que haja melhora, dependem unicamente de nós.
O cidadão e o trânsito
Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que 
a vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas 
de conduta, que definem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos.
Essas normas são determinadas pelas Leis e pelos Códigos. Na Socie-
dade Brasileira, a Lei máxima é a Constituição da República Federativa 
do Brasil, promulgada em 1988. Além dela, temos Códigos, com leis 
mais específicas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Códi-
go de Trânsito, etc.
O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do 
bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito das demais 
pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem 
que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for 
nocivo para a coletividade ou para nós mesmos. 
O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos, 
segmentos e indivíduos de uma sociedade.
É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos 
diariamente:
 • Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres.
 • Para despacharmos as mercadorias que produzimos.
 • Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos.
Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis, 
formado pelo Código de Trânsito Brasileiro por Decretos, Resoluções 
Complementares e Portarias das Autoridades de Trânsito.
Este conjunto prevê comportamentos e ações corretas para todos os 
elementos do trânsito, bem como infrações, multas, penalidades e a 
responsabilização civil e criminal por nossos atos no trânsito, principal-
mente quando colocamos em risco a segurança e a vida, nossa e das 
demais pessoas.
O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro 
de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior. Violações individuais dos 
direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam 
tomando proporções alarmantes, refletidas em estatísticas de acidentes 
e mortes no trânsito brasileiro.
Além de ser muito mais rigoroso, o atual Código de Trânsito Brasileiro 
determina, no Capítulo VI, que a Educação para o Trânsito é um direi-
to de todos, devendo ser promovida nos ensinos infantil, fundamental, 
médio e superior. A Educação é a base para o cidadão reivindicar seus 
outros direitos em relação ao trânsito, como o do Esforço Legal (fis-
calização) e o da Engenharia (vias seguras e sinalizadas). Estes três 
elementos combinados e executados de forma complementar e contínua 
irão contribuir certamente, como já ocorreu em outros países, para tornar 
o trânsito brasileiro mais seguro, humano e funcional. 
Código de Trânsito 
Brasileiro, de 1998
Relacionamento Interpessoal112
A educação é fundamental visto que, infelizmente, é no trânsito que algu-
mas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais. No 
trânsito, presenciamos diariamente:
 • Desrespeito.
 • Provocações.
 • Demonstrações de superioridade.
 • Agressividade.
 • Violência.
São atos praticados principalmente por condutores, aos quais cabe a 
maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito.
O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as quali-
dades para ambos são as mesmas.
 • Respeita as normas de trânsito.
 • Respeita o direito das outras pessoas.
 • Preserva o meio ambiente.
 • Preserva o patrimônio público.
 • É amigável, avisa e ajuda.
 • Age corretamente, com civilidade.
 • É cooperativo com todos os que estão no trânsito.
 • Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade.
 • Entende que seus deveres são idênticos aos direitos alheios.
 • É compreensivo com os erros dos outros, pois também erra.
 • Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum.
 • Evita confrontos e comportamentos agressivos.
 • Compreende as limitações alheias.
O primeiro passo, para ser um bom motorista e um bom cidadão, é fazer 
uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau 
de agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar 
umpadrão de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das 
outras pessoas.
Comportamento no trânsito 
O comportamento no trânsito é um indicador preciso das caracterís-
ticas de cada indivíduo. Quem tem boa maturidade e equilíbrio sabe 
controlar suas tendências e atitudes inadequadas.
A grande maioria dos motoristas (mais de 2/3) raramente comete infra-
ções ou envolve-se em acidentes de trânsito. Quase todos os problemas 
são causados por uma minoria de motoristas cujo comportamento pode 
ser decorrente da dificuldade de lidar com as pressões da vida.
O bom motorista:
Relacionamento Interpessoal 113
Tipos de comportamento 
A dificuldade de lidar com as pressões da vida, aliada a outros fatores, como a 
personalidade e a própria educação do indivíduo, podem levá-lo a apresentar os 
seguintes tipos de comportamento:
Ansiedade: 
o condutor ansioso não consegue concentrar-se, erra frequentemente o 
caminho e perde mais tempo, o que realimenta a ansiedade. 
Angústia:
o extremo desconforto psicológico causado pela angústia representa um risco no 
trânsito, pois compromete a capacidade de concentração do condutor.
Frustração:
a decepção diante de resultados insatisfatórios geralmente é com-
pensada ao volante, com atitudes intolerantes e agressivas.
Medo: 
torna-se fator de risco quando bloqueia as reações normais da pessoa, mas é 
positivo quando permite ao indivíduo avaliar e gerenciar os riscos.
Raiva: 
o indivíduo com raiva tem reações insensatas e perigosas, causados pelo 
desatino instantâneo, pela reação exagerada e descontrolada.
Egoísmo:
o condutor egoísta não cede nem compartilha, criando problemas no espaço com-
partilhado do trânsito. Ele não é capaz de cortesias ou gentilezas, pois supervalo-
riza sua própria importância.
Insegurança:
o indivíduo inseguro não tem noção do próprio valor. Para sentir-se va-
lorizado ele precisa se sobressair, exibir modelos “último tipo” e fazer 
demonstrações de perícia. 
Competitividade: 
o espírito competitivo tomou conta da sociedade moderna. O trânsito, onde 
facilmente encontra-se outro competidor, é um ambiente extremamente inade-
quado para competições. 
Agressividade: 
o condutor subestima os riscos e as consequências das suas 
atitudes, tornando-se imprudente e sujeito a acidentes graves.
Hostilidade: 
o indivíduo hostil é intolerante, irrita-se facilmente e envolve-se em discussões 
e agressões, principalmente quando encontra outros indivíduos hostis.
Relacionamento Interpessoal114
Euforia: 
o condutor eufórico, devido a variações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas 
ou fortes emoções, manifiesta sua felicidade e alegria com exagero e descon-
trole, provocando perda de concentração e da noção do perigo, cometendo im-
prudências ou envolvendo-se em acidentes. 
Introversão: 
o condutor introvertido comete muitos erros, pois a sua capaci-
dade de comunicação no trânsito fica comprometida. 
Impulsividade: 
o condutor impulsivo faz pouca ou nenhuma reflexão sobre suas ações, tor-
nando-se altamente irresponsável, imprudente e inconsequente, criando em 
torno de si uma área de perigo permanente no trânsito. 
Passividade: 
o indivíduo passivo, por comodidade ou por sentir-se alheio, 
não assume sua parcela de responsabilidade no trânsito.
Distração: 
o condutor distraído permite que a música, pedestres, objetos, conver-
sas, etc., desviem a sua atenção, expondo-se a riscos desnecessários.
Pressa: 
característica do condutor desorganizado, sempre atrasa-
do e afobado, que pratica todo tipo de imprudências, sim-
plesmente para tentar vencer o relógio.
Pessimismo: 
ao pessimista faltam ânimo e energia para decidir e agir. Suas reações len-
tas ou inadequadas podem gerar diversos tipos de acidentes. 
Depressão: 
o deprimido tem crises de desinteresse pelas atividades, 
pelos amigos, pela família e pela própria vida, apresentando 
tendências de autodestruição e incapacidade emocional, po-
dendo causar graves acidentes.
Apresentar ocasionalmente um destes fatores é muito diferente do que 
ser portador constante de distúrbios psicológicos. Além disso, entre um 
e outro extremo, existem muitos níveis de gravidade. Todos nós apresen-
tamos um ou mais fatores em algumas ocasiões. O perigo é que, muitas 
vezes, nem percebemos isso.
É importante reconhecer características e tendências psicológicas em nós 
e nas demais pessoas, para criar comportamentos mais seguros, abando-
nando reações automáticas com responsabilidade e maturidade. 
Relacionamento Interpessoal 115
Reconhecer maus hábitos exige honestidade e autocrítica. Alterá-los 
significa vencer as resistências internas que nos forçam a continuar 
como somos. Quando ficar difícil conseguir isso sozinho, o melhor cami-
nho é procurar ajuda especializada, sempre que o comportamento afetar 
negativamente a segurança e a integridade.
Conflitos no trânsito
Conflitos fazem parte da vida e são consequência direta do fato de que 
cada pessoa precisa defender seus próprios interesses. 
No cotidiano do trânsito é praticamente inevitável que surjam alguns 
conflitos. Motoristas de automóveis, por exemplo, têm necessidades e 
objetivos diferentes dos de condutores de Transporte Coletivo, motoci-
clistas, ciclistas, pedestres, transportadores de carga, etc.
Além disso, os papéis que assumimos no trânsito não são fixos. Quando 
estamos dirigindo, muitas vezes desrespeitamos o espaço dos pedes-
tres, sem levar em conta sua fragilidade. Quando largamos a armadura 
que o veículo proporciona, voltamos a sentir na pele a fragilidade do 
pedestre: passamos a reclamar, disputar espaço e conflitar com os mo-
toristas. Apesar disso, assim que retomamos o papel de motoristas, 
rapidamente voltamos a desrespeitar pedestres.
Este exemplo ilustra bem a dificuldade de nos colocarmos no lugar de 
outras pessoas, mas esta é a única maneira de entendermos e respei-
tarmos suas necessidades e direitos.
O estresse
O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desen-
volvimento das atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando 
alterações indesejáveis e consequências perigosas. Cada pessoa reage ao 
estresse de maneira diferente. 
Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da 
família, dívidas, compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho 
excessivo, alterações bruscas na vida, brigas, rompimentos de relacio-
namentos, falecimento de pessoas próximas, mudança de casa ou de 
emprego, problemas de saúde, deixar de fumar ou de beber, fazer dieta 
e diversos outros.
Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade 
física, comer demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em 
gorduras e/ou pobre em fibra), baixo consumo de líquidos, dormir pouco, per-
der noites de sono e vida desorganizada.
No inicio, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas:
 • Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempe-
nho profissional.
 • Alteração do apetite, alterações no peso, para mais ou para menos.
 • Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite.
 • Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensa-
ções de formigamento.
Fatores 
estressantes
Relacionamento Interpessoal116
 • Extremidades frias, boca seca, suor excessivo.
 • Alterações no humor, diminuição do desejo sexual.
 • Emotividade exagerada, irritabilidade.
 • Alterações na pressão arterial, mal-estar, tonturas.
 • Problemas de pele, alergias.
O agravamento do estresse provoca distúrbios na saúde, representando 
sérios riscos à vida do indivíduo: impossibilidade de trabalhar, vontade 
de abandonar tudo, agressividade, apatia, depressão, úlceras, vômitos, 
diarreia frequente, insônia, impotência, hipertensão arterial e ataques 
cardíacos. O melhor remédio para o estresse é a prevenção. Como sem-
pre, o difícil é abandonar velhos hábitos. O primeiro passo é identificar 
os fatores estressantes ou que predispõem ao estresse. Depois, adotar 
um padrão de vida mais saudável.
Alguns conselhosúteis:
 • Organizar a vida, separando o essencial do que não é importante.
 • Selecionar tarefas por prioridades e executar uma de cada vez. 
 • Aprender a “passar a bola”, dividindo as tarefas.
 • Fazer pequenos intervalos para recuperar energias.
 • Rever objetivos e eliminar os que estão atrapalhando.
 • Viver o presente mas planejar a longo prazo.
 • Ser generoso consigo próprio, comemorar as pequenas vitórias. 
 • Procurar sempre o lado positivo dos acontecimentos.
 • Procurar identificar causas de irritações, para poder evitá-las, eli-
miná-las ou preveni-las. 
 • Não descuidar da vida social com familiares e amigos.
 • Combater ansiedade com relaxamento e atividades que distraiam 
ou deem prazer, como o lazer para as horas de folga.
 • Não esquecer da saúde física, alimentar-se regularmente sem pu-
lar refeições e tomar um bom café da manhã.
 • Basear o padrão alimentar na qualidade e selecionar alimentos 
mais saudáveis, pobres em gordura animal e ricos em fibras 
(grãos, cereais e vegetais). 
 • Consumir bastante líquido durante o dia.
 • Por fim, o principal: reservar 50 minutos por dia para cuidar de si 
mesmo, pelo menos 3 vezes por semana praticar exercícios físicos 
condizentes com a idade, peso e condição física, com cuidado. 
Atividade física concentrada só em fins de semana faz mais mal 
do que bem.
O estresse e o trânsito
O efeito do estresse, frente a situações cotidianas no trânsito, é clara-
mente visível no comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta 
características de irritabilidade, quando estiver estressado certamente 
irá piorar seu comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provo-
cando acidentes.
Relacionamento Interpessoal 117
As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem fun-
cionar como a “gota d’água”, alterando padrões de comportamento do 
condutor e fazendo-o criar situações de risco e insegurança, para si e 
para os demais usuários.
Questões - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL
01. Qual característica é comum em todos os 
relacionamentos que o indivíduo cultiva?
a) A comunicação. 
b) A hostilidade.
c) A empatia. 
d) A sinceridade.
e) A paciência.
02. Os dois fatores primordiais para que a vida 
em sociedade seja possível são:
a) a pátria e a família. 
b) ordem e progresso.
c) direitos e deveres. 
d) educação e saúde.
e) nenhuma das alternativas
03. Os direitos e deveres do cidadão são deter-
minados por leis e códigos, como exemplo 
tem-se:
a) a Constituição.
b) o Código Civil.
c) o Código Penal.
d) o Código de Trânsito.
e) todas as alternativas estão corretas.
04. O papel do motorista no trânsito é fixo?
a) Não, pois além de motorista, fora do carro 
ele é pedestre e muitas vezes sente na pele 
o descuido praticado por outros condutores.
b) Sim, pois mesmo como pedestre continuará 
a defender seus interesses como condutor.
c) Sim, pois o bom condutor age sempre da 
mesma forma em qualquer lugar.
d) Não, pois tanto condutores, como pedes-
tres, ciclistas ou carrinheiros têm os mes-
mos interesses.
e) Nenhuma das alternativas.
05. Qual alternativa reúne alguns fatores que 
podem ser considerados estressantes?
a) Pressões do trabalho, da família, das dívi-
das, problemas de saúde, deixar de fumar 
e fazer dieta.
b) Praticar esportes regularmente, levar uma 
vida saudável, dormir e se alimentar bem.
c) Ser demitido do emprego, fazer uma viagem 
e romper um relacionamento.
d) As alternativas A e C estão corretas.
e) Nenhuma das alterantivas.
06. Ter uma vida sedentária, hábitos alimenta-
res inadequados, baixo consumo de líqui-
dos, vida desorganizada, entre outros, são 
fatores que:
a) evitam o estresse.
b) tornam a pessoa extremamente sadia.
c) facilitam ou agravam o estresse.
d) diminuem o tempo com coisas 
desnecessárias.
e) todas as alternativas estão corretas.
07. Quais dos sintomas abaixo caracterizam 
um indivíduo em estágio avançado de es-
tresse?
a) Introversão, pessimismo, passividade ou 
medo incontrolável.
b) Hipertensão arterial, impotência, alta agres-
sividade, apatia ou depressão.
c) Disposição, bom humor constante, sono 
tranquilo ou grande tolerância.
d) Leves dores de cabeça ou breves momento de 
insônia.
e) Todas as alternativas estão corretas.
08. Para estabelecer relacionamentos inter-
-pessoais de qualidade é necessário adotar 
valores como:
a) respeito, flexibilidade e paciência.
b) humildade, bom senso e sabedoria.
c) equilíbrio, empatia e receptividade.
d) igualdade, educação e persistência.
e) todas as alternativas estão corretas.
09. A comunicação entre os elementos do trân-
sito deve ser:
a) simples e objetiva.
b) sincera e leal.
c) curta e rápida.
d) as alternativas A e C estão corretas.
e) todas as alternativas estão corretas.
10. Assinale a alternativa INCORRETA. Condu-
tor consciente é aquele que, em situação 
delicada:
a) pensa antes de agir.
b) não leva desaforos para casa.
c) analisa os dois lados.
d) procura ser justo.
e) toma decisões sem nervosismo.
118 Gabarito e Bibliografia
GABARITO DAS QUESTÕES
Legislação de Trânsito – p. 24
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
a e a c e c a e a b e a b
Infrações de Trânsito – p. 37
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
e b a d d a d c c d
Sinalização – p. 51
01 02 03 04 05
d a d e b
Direção Defensiva – p. 86
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
d c d e e d e a c e b a c d b c e c d e
Primeiros Socorros – p. 105
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16
b e d d b a d c c b c a e d b c
Relacionamento Interpessoal – p. 117
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
a c e a d c b e d b
BIBLIOGRAFIA
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Curitiba: Juruá, 1998. • ROZESTRATEN, R. J. Psicologia do Trânsito. • SEST/SENAT. Formação de Condutores de Veículos de Transporte de Escolares. • VASCONCELLOS, Eduardo A. 
O que é Trânsito. • Viva no Trânsito. Manual de Participante. HDI Internacional. • WITTER, Ilton Roberto Rosa. Regras Gerais do Trânsito. • www.abdetran.br • www.psicotran.cjb.net
119Anotasções
Anotações
 
120 Anotações
Anotaçõesconduzindo, dentro do prazo 
de validade. (Art. 159 do CTB)
O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no mo-
mento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado 
para verificar se o condutor está habilitado.
 • Permissão para Dirigir – PPD – documento válido por um ano. 
 • Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC.
 • Carteira Nacional de Habilitação – CNH: a CNH atual contém fo-
tografia e os números dos principais documentos do condutor, ser-
vindo como documento de identificação em todo território nacional.
 • Documento de identificação: obrigatório para condutores portado-
res de CNH sem foto.
O número RENACH – Registro Nacional de Carteiras de Habilitação é 
definido no início do processo de habilitação e permite que o condutor 
possa ser atendido ou autuado em qualquer estado do País.
Processo de habilitação
O processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade 
de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira 
Habilitação é possível candidatar-se à:
 • ACC. • Categoria A. • Categoria B.
 • Categorias A e B. • ACC e categoria B.
Para obter a ACC ou habilitar-se na(s) categoria(s) escolhida(s) o can-
didato deve:
 • Ser penalmente imputável (ter 18 anos).
 • Saber ler e escrever.
 • Possuir documento de identificação e CPF.
 • Ser aprovado na avaliação psicológica, que permite detectar se o 
candidato é portador de distúrbios que o impeçam de dirigir.
 • Ser aprovado no exame de aptidão física e mental, que avalia a 
visão, força muscular, coração, pulmão e saúde mental.
 • Obter certificado de conclusão em curso teórico (45 horas/aula), em 
um Centro de Formação de Condutores credenciado.
 • Ser aprovado em prova teórica do DETRAN, de, no mínimo, 30 ques-
tões (convencional ou eletrônica) com 70% de acertos ou mais.
Exame Teórico
Avaliação 
Psicológica
Exame Médico
Curso Teórico
Obtenção da 
habilitação
13Legislação de Trânsito 
 • Obter certificado de conclusão de curso prático de direção em CFC 
credenciado, de no mínimo 20 horas/aula para categoria A.
 • Para obter o certificado de conclusão do curso prático para a ca-
tegoria B, o candidato terá de fazer, no mínimo, 20 horas/aula em 
veículo de aprendizagem. Dessas, poderá optar por fazer até 05 
horas/aula em simulador de direção veicular, se estiver disponível 
no CFC.
 • Durante as aulas práticas, é obrigatório o porte da LADV – Licença 
para Aprendizagem de Direção Veicular, no original, além de do-
cumento de identificação do candidato. Desrespeitar esta norma 
suspende a LADV por 6 meses.
 • O trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e ru-
rais, também para motos e ciclomotores.
 • No exame para categoria B, o candidato será reprovado se cometer 
faltas eliminatórias ou que somem mais de 3 pontos negativos.
 • Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em cir-
cuito fechado.
Se reprovar no exame teórico ou prático, o candidato terá de fazer novo 
exame, sem precisar repetir as etapas nas quais tiver sido aprovado.
Se for aprovado em todas as fases o candidato receberá a Permissão 
para Dirigir - PPD, válida por um ano. Durante esse período, se não for 
multado, por infração gravíssima ou grave, nem reincidir em multa por 
infração média, terá direito à sua CNH. Caso contrário, terá que reiniciar 
todo o processo de habilitação.
Categorias de CNH (Anexos I e II da Res. 789/20)
Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC: habilita a conduzir ciclo-
motores (até 50 cilindradas). Pode ser obtida por condutores das categorias 
B, C, D e E, constando como uma observação na CNH. Nesse caso, os can-
didatos à ACC deverão realizar, além do exame de aptidão física e mental:
 • curso teórico de 20 horas/aula e exame teórico;
 • curso prático de no mínimo 5 horas/aula.
Categoria A: habilita a conduzir veículos automotores de 2 ou 3 rodas, 
com ou sem carro lateral, como motocicletas, ciclomotores, motonetas 
e triciclos. Não permite dirigir nenhum outro tipo de veículo automotor.
 • Para adição de categoria A, realizar curso prático de, no mínimo, 
15 (quinze) horas/aula em veículo de aprendizagem.
Categoria B: habilita a conduzir veículos automotores com ou sem rebo-
que, com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de 
8 lugares, fora o do condutor. Não permite dirigir veículos automotores 
de 2 ou 3 rodas. Permite conduzir veículo automotor da espécie mo-
tor-casa cujo peso não exceda a 6.000 kg, ou cuja lotação não exceda 
a 8 lugares, excluído o do condutor (Lei 12.452/11). Permite também 
conduzir trator de rodas e máquinas agrícolas. (Lei 13.097/15)
 • Para adição da categoria B, realizar curso prático de, no mínimo, 15 
horas/aula.
Curso Prático
Exame Prático
Permissão 
para dirigir
Reprovação 
no exame
14 Legislação de Trânsito
Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B, tratores, 
máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT 
com ou sem reboque, desde que o reboque não exceda a 6.000 kg de PBT. 
Categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C, e 
veículos de passageiros com lotação maior que 8 lugares. 
Categoria E: permite conduzir todos os veículos das categorias B, C e D, 
e veículos que rebocam trailers ou unidades com mais de 6.000 kg de 
PBT, ou com lotação superior a 8 passageiros. É a única categoria que 
permite conduzir veículos com mais de um reboque.
São especializações dentro das categorias: Transporte coletivo de passa-
geiros, Transporte de escolares, Transporte de emergência, Transporte 
de produtos perigosos, Transporte de cargas indivisíveis, mototáxi e 
motofrete.
Renovação da CNH
A validade máxima da CNH é de:
 • 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos.
 • 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e 
inferior a 70 anos.
 • 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos. 
O prazo de validade pode ser diminuído de acordo com laudo médico.
Após a data de vencimento da habilitação (data de validade), o condu-
tor terá 30 dias para solicitar renovação junto ao DETRAN. Se perder 
esse prazo e dirigir estará cometendo uma infração gravíssima, sujeito 
à multa, 7 pontos no prontuário e retenção do veículo até apresentação 
de condutor habilitado. 
Para renovar a CNH é necessário:
 • Exame de aptidão física e mental. 
 • Avaliação psicológica (para motoristas que exerçam atividade 
remunerada). 
Os Detrans deverão enviar aos condutores, com 30 dias de antecedência, 
aviso de vencimento da validade da CNH e do exame toxicológico. 
Condutores das categorias C, D e E precisam passar por exame toxicológico para obter ou 
renovar a CNH e, periodicamente, a cada 2 anos e meio, independente dos demais exames.
Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos de 
Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das opções 
abaixo:
 • Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN.
 • Realizar curso a distância das duas disciplinas e fazer a prova.
 • Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado 
de realizar prova.
 • Ou atender determinação do DETRAN local.
15Legislação de Trânsito 
O condutor que estiver com o exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco 
anos deverá fazer o curso de atualização para a renovação da CNH, de 15 horas/aula.
Normas gerais de circulação e conduta (Capítulo III do CTB)
As Normas Gerais definem comportamentos corretos dos usuários das 
vias terrestres, principalmente dos condutores de veículos. 
Muitas das Normas de Conduta são semelhantes às técnicas de Direção 
Defensiva, porque ambas têm o mesmo objetivo: a segurança no trânsito. 
Ao desrespeitar uma norma de circulação e conduta, o condutor estará 
cometendo uma infração ou crime e sujeitando-se a multas, medidas ad-
ministrativas e outras penalidades, de acordo com o Art. 161 do CTB.
Regra Fundamental: 
Evitar qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo para os 
demaisusuários do trânsito. A responsabilidade do condutor começa 
muito antes de conduzir o veículo pela via (Art. 26).
Portar documentos do condutor e do veículo, na validade (Art. 159). 
 • Portar próteses ou lentes corretivas indicadas na CNH.
Estado e condições do veículo (Art. 27). 
 • Veículo em bom estado de funcionamento e conservação.
 • Combustível em quantidade suficiente.
 • Presença dos itens obrigatórios, em boas condições, e que pode-
rão ser vistoriados pelas autoridades de trânsito.
Condições do condutor e dos passageiros.
 • Estar emocionalmente equilibrado, bem disposto e sóbrio. 
 • Estar convenientemente calçado; não é permitido dirigir usando calça-
dos que não se firmem nos pés ou que comprometam a utilização dos 
pedais (Art. 252).
 • O número de passageiros e o volume de carga deve ser compatível 
com a capacidade do veículo e com a categoria de CNH.
 • Crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 
1,45 m de altura devem ocupar o banco traseiro, usando individu-
almente cinto de segurança e equipamento de retenção adequado 
à sua idade, peso e altura.
 • Para bebês com até um ano de idade, utilizar bebê-conforto no 
sentido contrário ao deslocamento do veículo.
 • Crianças de um a quatro anos, usar a cadeirinha.
 • De quatro anos até atingir 1,45 m, assento de elevação.
 • Acima de 1,45 m, cinto de segurança.
 • Em motocicletas é proibido transportar crianças menores de 10 
anos ou sem condições de cuidar-se.
 • Condutor e passageiros usando cinto de segurança (automóveis). 
 • Não haver qualquer parte do corpo do condutor ou de passageiro 
para fora do veículo (automóveis). 
 • Não jogar nem abandonar qualquer objeto sobre as vias.
De 0 a 1 ano
De 1 a 4 anos
De 4 anos até 1,45 m
Acima de 1,45 m
16 Legislação de Trânsito
Trafegando 
Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre 
atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo.
 • Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações 
justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I).
 • Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral 
e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de que 
a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e das con-
dições locais do trânsito e do veículo (Art. 29, inciso II).
 • Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros 
tipos de veículos.
 • Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são desti-
nadas aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da 
esquerda são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de 
veículos mais rápidos, devendo todos respeitar o limite de veloci-
dade máxima definido para a via (Art. 29, inciso IV).
 • Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da 
pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver 
faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de 
circulação e sinalização (Art. 52 do CTB).
Restrições de uso das vias
 • Os veículos motorizados só poderão trafegar nos passeios, calça-
das ou acostamentos para entrar e sair de imóveis ou áreas de 
estacionamento (Art. 29, inciso V).
 • Em rodovias e estradas com acostamento, são permitidas somen-
te as paradas de veículos com defeitos ou em emergências. 
 • O tráfego pelos acostamentos é permitido somente quando a pis-
ta de rolamento estiver danificada, em obras ou bloqueada por 
acidentes.
 • Em imobilizações temporárias, por motivo de emergência, o condu-
tor deverá providenciar sinalização de advertência (Art. 46 do CTB).
Prioridade de passagem
 • Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá 
parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e 
aos veículos que estiverem transitando pela via.
 • Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem. Os 
condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29, inciso VI).
 • Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes intermiten-
tes ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia, 
dos bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII).
 • Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando 
em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento 
no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinali-
zados. (Veículos destinados à manutenção e reparo de redes de 
energia elétrica, de água e esgotos e etc). (Art.29, inciso VIII).
17Legislação de Trânsito 
 • Veículos que se deslocam sobre trilhos têm preferência de passa-
gem sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a 
parar antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB). 
Cruzamentos
Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de 
acidentes e atropelamentos.
Preferências de passagem em cruzamento:
 • Em cruzamentos sinalizados, é a sinalização que determina de 
quem é a preferência de passagem.
 • Em caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, terá pre-
ferência de passagem aquele que estiver circulando por ela. (Art. 
29, inciso III, alínea a). 
 • Em rotatórias, a preferência é dos veículos que já estiverem por ela 
trafegando (Art. 29, inciso III, alínea b).
 • Nos demais casos em cruzamentos sem sinalização, tem prefe-
rência de passagem o veículo que se aproximar pela direita do 
condutor (Art. 29, inciso III, alínea c).
Recomendações
O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada, 
reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obede-
cer à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB). 
Nos cruzamentos com semáforo:
 • Planejar a travessia com antecedência, em função do fluxo dos 
demais veículos.
 • Não parar sobre a faixa de pedestres.
 • Não parar sobre a área de interseção das vias.
 • Jamais passar com sinal vermelho nem acelerar para aproveitar o 
sinal amarelo.
 • Ao sinal verde, avançar somente quando todos os pedestres tive-
rem concluído a travessia, e se o cruzamento estiver livre. 
Nos cruzamentos sem semáforo:
 • Sinalizados com a placa “R-2 Dê a preferência”, o condutor deverá 
reduzir a velocidade, parar o veículo se necessário, e obedecer as 
regras de preferência.
 • Sinalizados com placa de “Pare”, o condutor é obrigado a parar com-
pletamente o veículo e olhar atentamente antes de prosseguir.
Mudanças de direção e manobras
ANTES de qualquer manobra, deve-se SEMPRE: 
 • Verificar as condições do trânsito à sua volta, certificando-se de 
não criar perigo para os demais usuários.
 • Verificar se é permitido e se é possível fazer a manobra com segurança.
 • Sinalizar as intenções com antecedência (luz indicadora de direção). 
18 Legislação de Trânsito
 • Posicionar-se corretamente na via.
 • Executar a manobra com cuidado, sempre atento à posição dos 
demais veículos.
Para executar as manobras:
 • Mudança de faixa em vias de mão única: manobra simples, mas 
que exige verificação constante dos espelhos retrovisores e sinali-
zação com antecedência, porque também pode gerar situações de 
risco, se for mal realizada.
 • Conversão à direita: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-se o 
máximo possível do bordo direito da via, entrando na mão de direção 
correta (Art. 38 do CTB). 
 • Conversão à esquerda em pista de mão única: sinalizar, diminuir 
a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo esquerdo 
da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38).
 • Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias SEM 
acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, aproximar-se do 
eixo central da pista, dar preferência aos veículos que transitam 
em sentido contrário, bem como a pedestres e ciclistas da lateral 
esquerda da via.
 • Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias COM 
acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, parar no acosta-
mento da direita e aguardar por condição favorável para concluir a 
manobra (Art. 37 do CTB). 
 • Antes de usar a marcha à ré, é necessário verificar com cuidado 
se o trajetoestá livre. Não é permitido trafegar distâncias longas 
em marcha à ré. 
 • É livre a conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo 
onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão.
Ultrapassagens
Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais gra-
ves e violentos.
Ao ultrapassar:
 • Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos, inclu-
sive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra poderá 
ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI).
 • Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja permitido 
e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX).
 • A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo da 
frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art. 29, 
inciso IX).
 • Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar 
em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de 
baixa visibilidade (Art. 32 do CTB).
 • O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos (Art. 33 do CTB).
 • Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando 
ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a ve-
locidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB).
• É permitido?
• É possível?
• É seguro?
• É permitido?
• É possível?
• É seguro?
19Legislação de Trânsito 
 • Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha di-
visória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas con-
tínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que é 
permitido ultrapassar. 
Ao ser ultrapassado:
 • Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando es-
paço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I).
 • Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-se 
para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem.
 • Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância 
suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30, 
Parágrafo único).
Reduzir, frear, parar e estacionar
 • Antes de reduzir, o condutor deve verificar o trânsito pelos retrovisores, 
sinalizar e evitar obstruir o fluxo dos demais veículos (Art. 43 do CTB).
 • Não frear bruscamente, a não ser em situações de emergência 
(Art. 42 do CTB). 
 • As paradas, estacionamentos e operações de carga e descarga, 
devem ser feitas em locais e horários permitidos, sempre no mes-
mo sentido do fluxo, geralmente paralelo ao bordo, ou conforme 
sinalizado (Art. 48 do CTB).
 • Em locais onde é “Proibido Estacionar”, é permitida a parada bre-
ve, somente para embarque e desembarque de passageiros, sem-
pre realizado pelo lado da calçada, sem obstruir o fluxo dos demais 
veículos. Muito cuidado com a abertura de portas (Art. 47 do CTB).
 • Nunca parar sobre a pista de rolamento. Se tiver que parar em 
emergência, usar a sinalização obrigatória de pisca-alerta (Art. 40 
do CTB) e colocar triângulo de segurança 30 metros antes do veí-
culo, no mínimo (Res. 36/98).
Não parar, nem estacionar:
 • Em locais e horários não permitidos.
 • Em fila dupla.
 • Sobre calçadas ou canteiros.
 • Sobre faixas de segurança e em esquinas.
 • Na contramão.
 • A mais de 50 cm da calçada.
Não estacionar:
 • Em frente a pontos de ônibus e entradas e saídas de veículos.
 • Perto de hidrantes.
 • A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal.
 • Ao lado de outro veículo, formando fila dupla.
20 Legislação de Trânsito
Uso de luzes e buzina (Art. 40 E 41) 
 • Usar luz baixa à noite, em vias iluminadas e ao cruzar com outro 
veículo.
 • Usar luz baixa, mesmo durante o dia, em túneis e em situações de 
baixa visibilidade (chuva, neblina ou cerração).
 • Veículos de transporte coletivo de passageiros, motocicletas, mo-
tonetas e ciclomotores deverão rodar com farol de luz baixa ace-
sos, dia e noite.
 • O uso de luz baixa, mesmo durante o dia, é obrigatório em rodovia 
de pista simples, para veículos não equipados com luzes de roda-
gem diurna.
 • Usar luz alta de forma intermitente, para ultrapassar ou comunicar 
perigo.
 • Usar luz alta à noite, em vias não iluminadas, se a pista estiver livre.
 • Não trafegar à noite utilizando somente as luzes de posição.
 • Não utilizar luz alta em vias iluminadas.
 • À noite, com o veículo parado, utilizar somente as luzes de posição.
 • Manter os faróis regulados e todas as lâmpadas funcionando. 
 • Usar o pisca-alerta em situações de emergência, ou quando o ve-
ículo estiver imobilizado, ou ainda, quando a sinalização da via 
determinar.
 • A buzina deverá ser usada de forma breve, somente para alertar e 
evitar sinistros (acidentes). Em perímetro urbano, seu uso é proibi-
do entre às 22:00 e 6:00 horas da manhã.
 • A buzina, desde que em toque breve, também poderá ser usada 
fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um con-
dutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
Normas de circulação para ciclos
Normas de circulação para condutores de motocicletas, motonetas e 
ciclomotores:
 • Conduzir utilizando sempre as duas mãos.
 • Usar vestuário de proteção de acordo com especificações do CONTRAN.
 • Condutor e passageiro devem usar obrigatoriamente capacete com 
viseira ou óculos de proteção. 
 • Manter o farol ligado, mesmo durante o dia.
 • Ciclomotores devem utilizar faixas próprias ou acostamentos. 
Quando não houver, devem ser conduzidos pela direita da pista de 
rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou 
no bordo direito da pista. (Art.57 do CTB).
Normas de circulação para ciclistas:
 • Utilizar ciclofaixas, ciclovias ou acostamentos. Quando não houver, 
utilizar o bordo da pista, no mesmo sentido dos demais veículos. 
 • Em calçadas, passarelas e outras vias exclusivas para pedestres, 
é proibido andar de bicicleta (montado).
21Legislação de Trânsito 
Normas de circulação para pedestres
 • Ciclistas desmontados, empurrando suas bicicletas, são conside-
rados pedestres (Art. 68, § 1º).
 • Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios.
 • Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver, 
deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em 
fila única (Art. 68, § 3º).
 • Quando houver faixa de pedestres e semáforo, as travessias 
deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável 
(Art. 69 do CTB).
 • Quando houver faixa de pedestre, mas não houver semáforo, pe-
destres terão preferência sobre veículos (Art. 70 do CTB).
 • Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá 
aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via na 
menor distância possível (Art. 69 do CTB).
Sinistros de trânsito (acidentes)
Recentemente, no CTB, a palavra acidente foi substituída por sinistro. Para 
o condutor, o significado é o mesmo.
Sinistros com vítimas
Sempre que se envolver em sinistro de trânsito (Art. 176 do CTB) ou presen-
ciar de terceiros (Art. 177 do CTB), com vítimas, é obrigação do condutor:
 • Sinalizar a área para evitar novos acidentes.
 • Providenciar imediatamente socorro ou atendimento especializado 
para as vítimas. 
 • Avisar a autoridade de trânsito e permanecer no local.
 • Na demora de atendimento especializado, é preciso avaliar a con-
dição dos sinistrados e prestar pessoalmente os primeiros socor-
ros às vítimas, se estiver capacitado.
 • Facilitar e acatar a ação das autoridades.
Sinistros sem vítimas (Art. 178 do CTB)
 • Não é necessário acionar a autoridade de trânsito, e se esta for 
acionada, não está obrigada a atender.
 • Os veículos devem ser removidos do local para desobstruir o tráfego.
 • O Boletim de Ocorrência (BO) – pode ser registrado em até 180 
dias após o sinistro, diretamente na delegacia ou pela internet, e 
tem efeito legal, inclusive para seguros e ações judiciais.
Crimes de trânsito - Capítulo 19 do CTB
Neste capítulo não se pretende fazer uma análise jurídica rigorosa, mas 
conscientizar, informar e alertar o condutor para as possíveis implica-
ções criminais dos seus atos.
Os crimes de trânsito estão previstosno Capítulo 19 do CTB, no Código 
Penal, no Código de Processo Penal e na Lei 9.099 de 26/09/95.
22 Legislação de Trânsito
São crimes de trânsito previstos no CTB:
 • Praticar homicídio culposo (não intencional – Art. 302 do CTB).
 • Praticar lesões corporais culposas (não intencionais – Art. 303 
do CTB).
O CTB prevê penalidades e pena de prisão para quem causar ferimentos 
em outra pessoa no trânsito, mesmo sem ter sido intencional.
 • Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fu-
gir da responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305 do CTB). 
Atenção: será considerado crime mesmo se a vítima já estiver 
morta ou se o atendimento tiver sido prestado por outra pessoa.
 • Dirigir sob influência de álcool ou de substâncias psicoativas de 
efeitos similares (Art. 306 do CTB).
 • Participar de rachas ou competição não autorizadas ou ainda de 
exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo auto-
motor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situa-
ção de risco à incolumidade pública ou privada (Art. 308 do CTB). 
 • Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as con-
dições locais (Art. 311 do CTB).
Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha a 
intenção, ou ciência das consequências de seus atos. Por isso, são mais 
graves e preveem penalidades e penas mais severas. São eles:
 • Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com a ha-
bilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem condições fí-
sicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309 e 310 do CTB).
 • Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito, 
sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB).
Considerando-se a gravidade, as circunstâncias e a interpretação do ato 
criminoso pelo Código Penal ou pelo CTB, o infrator estará sujeito às 
seguintes penalidades e penas:
 • Suspensão da habilitação ou permissão; ou a proibição de obter 
a habilitação ou permissão por um prazo de 2 meses a 5 anos.
 • A violação da suspensão ou proibição impostas resulta na reapli-
cação dessas penalidades por igual período e multa, e sujeita o 
infrator a pena de 6 meses a 1 ano de detenção.
 • As penas de detenção podem variar de 6 meses a 10 anos, depen-
dendo do crime, da gravidade e das circunstâncias.
 • Condutor que cometer homicídio ao dirigir alcoolizado ou sob o 
efeito de qualquer outra substância psicoativa terá como pena a 
reclusão de cinco a oito anos, além de outras possíveis sanções. 
Já se o resultado for uma lesão corporal grave ou gravíssima, a 
pena é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras 
penas previstas (Art.302 e 303 do CTB).
Penalidades e 
penas gerais 
Responsabilidade 
criminal
23Legislação de Trânsito 
 • Além das penas e penalidades citadas acima, o infrator poderá ser 
condenado a reparar os danos causados ao patrimônio público ou 
a terceiros, e também poderá ser multado.
 • O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas, dando 
especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e 
consequências do crime.
O juiz poderá aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por 
pena restritiva de direitos, que será de prestação de serviço à comunida-
de ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
 • trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos 
de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no 
atendimento a vítimas de trânsito;
 • trabalho em unidades de pronto-socorro da rede pública que rece-
bem vítimas de sinistro de trânsito e politraumatizados;
 • trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação 
de sinistrados de trânsito;
 • outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recupe-
ração de vítimas de sinistros de trânsito.
Essas penalidades podem ser requeridas em qualquer fase da investiga-
ção ou da ação penal, podendo ser impostas como penalidade principal, 
isolada ou cumulativamente a outras penalidades.
Agravamento
Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem agra-
var as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB):
 • Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande 
risco de grave dano patrimonial a terceiros.
 • Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
 • Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação.
 • Com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo.
 • Quando a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o 
transporte de passageiros ou de carga.
 • Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos 
ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcio-
namento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas 
especificações do fabricante.
 • Sobre faixa de trânsito destinada a pedestres.
 • Se o condutor estiver sob a influência de álcool ou de qualquer 
outra substância psicoativa que determine dependência.
As alterações no CTB indicam que a legislação brasileira de trânsito está 
cada vez mais rigorosa. No entanto, o número de acidentes e mortes no 
trânsito demonstram que ainda estamos muito distantes dos índices de 
segurança apresentados pelos países desenvolvidos.
24 Legislação de Trânsito
01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no 
horário entre:
a) 22:00 e 6:00 horas.
b) 20:00 e 7:00 horas.
c) 18:00 e 6:00 horas.
d) 18:00 e 22:00 horas.
e) 8:00 e 18:00 horas.
02. O condutor tem sua habilitação anulada 
quando:
a) seu veículo for apreendido.
b) seu veículo for retido.
c) sua CNH for roubada.
d) sua CNH for perdida.
e) sua CNH for cassada.
03. A Carteira Nacional de Habilitação permite a 
quem a possuir, o direito de dirigir:
a) veículos para os quais foi habilitado, em 
todo território nacional.
b) qualquer tipo de veículo, apenas na localida-
de onde foi emitida.
c) qualquer tipo de veículo automotor.
d) veículos para os quais foi habilitado, apenas 
na localidade onde foi emitida.
e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país.
04. Parar por tempo superior ao necessário para 
embarque/desembarque caracteriza:
a) parada.
b) parada e estacionamento.
c) estacionamento.
d) ponto de parada.
e) parada rápida.
05. O condutor envolvido em sinistro de trân-
sito, sendo considerado culpado, além da 
punição deverá prestar exames de aptidão 
física e mental, de primeiros socorros e 
ainda:
a) exame de direção veicular.
b) exame escrito de legislação de trânsito, 
apenas.
c) exame de reflexos.
d) reciclagem sobre legislação de trânsito, 
apenas.
e) curso de reciclagem, exame teórico e de di-
reção veicular.
06. O veículo em movimento deve ocupar a fai-
xa mais à direita. Esta afirmativa é:
a) falsa.
b) verdadeira, somente para veículos de passeio.
c) verdadeira.
d) verdadeira, somente para veículos de carga.
e) verdadeira, somente para motocicletas.
07. É dever de todo condutor de veículo: 
a) transitar em velocidade compatível com a se-
gurança nos cruzamentos sem sinalização.
b) dar passagem, pela direita, quando solicitado. 
c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias 
com iluminação pública.
d) usar buzina para chamar alguém.
e) acelerar sempre que o sinal mudar para a 
cor amarela.
08. Dar passagem, pela esquerda, quando so-
licitado é:
a) uma opção do condutor.
b) válido só para motocicletas.
c) uma questão de educação do condutor.
d) válido só para veículo de carga.
e) dever de todo condutor.
09. Todo condutor de veículo deve dar preferên-
cia de passagem ao pedestre:
a) quando este estiver concluindo a travessia.
b) somente nas faixas de segurança.
c) somente quando a luz vermelha estiver acesa.
d) somente quando se tratar de pessoa com 
deficiência.
e) somente quando se tratar de idosos e crianças.
10. Tem prioridade de passagem:
a) veículo de transporte de carga.
b) ambulância em serviço.
c) motocicleta.
d) veículo de transporte coletivo.
e) o automóvel.
11. Dirigir com apenas uma das mãos é: 
a) permitido em qualquer situação.
b) proibido em qualquer situação.
c) proibido para condutoresrecém-habilitados.
d) permitido para o condutor experiente.
e) permitido quando o condutor faz sinais de 
braço ou mudança de marchas.
12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedes-
tre tem preferência de passagem:
a) somente quando for idoso.
b) se o sinal para os veículos estiver vermelho.
c) quando estiver na faixa de segurança.
d) se o sinal para pedestres estiver verde.
e) quando estiver concluindo a travessia.
13. Ao se aproximar de um cruzamento com si-
nal vermelho você deve:
a) aumentar a velocidade do veículo e passar.
b) diminuir a velocidade e parar o veículo.
c) diminuir a velocidade do veículo e passar.
d) observar o tráfego dos veículos e passar.
e) frear bruscamente o veículo.
Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO
25Infrações de Trânsito
INFRAÇÕES DE TRÂNSITO
Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no 
Código de Trânsito Brasileiro.
São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura, 
Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via.
 • Advertência por escrito: benefício dado ao condutor que cometer 
uma infração leve ou média, desde que não tenha cometido nenhu-
ma outra infração nos últimos 12 meses.
 • Multa: penalidade imposta à quase totalidade das infrações, com 
anotação de pontos no prontuário do condutor infrator. Os pontos e 
valores são proporcionais à gravidade da infração. 
 • Suspensão do direito de dirigir: ao atingir o limite de pontos no 
prontuário, no período de 12 meses, a CNH será suspensa por 6 
meses a 1 ano e, se reincidir no período de um ano, a suspensão 
será de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à 
suspensão direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses 
e, em caso de reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses.
 • Cassação da CNH: é a perda do direito de dirigir por 2 anos. Após 
esse período o interessado poderá requerer sua reabilitação, subme-
tendo-se a todos os exames necessários à habilitação.
 • Cassação da Permissão para Dirigir – PPD: apesar de estar previs-
ta no CTB, na prática, o condutor perde o direito à CNH.
 • Curso de reciclagem: penalidade imposta ao condutor com CNH 
suspensa, ou que tenha provocado sinistro grave, ou ainda, que 
tenha sido condenado por delito de trânsito.
 • Curso preventivo de reciclagem: opção para o condutor com regis-
tro de EAR na CNH (Exerce Atividade Remunerada) que atingir 30 
pontos no prontuário no período de 12 meses. Após o curso, os 
pontos são cancelados (as multas não).
Podem ser impostas pelo agente de trânsito no local da infração, depen-
dendo da ocorrência.
 • Retenção do veículo: quando a irregularidade puder ser sanada 
no local da infração. Se a irregularidade não oferecer riscos à cir-
culação, o veículo será liberado, com prazo de 15 dias para que o 
proprietário regularize a situação.
 • Remoção do veículo: quando a irregularidade não for sanada no 
local da infração, ou se não houver condições de liberar o veículo 
para regularização posterior, ou ainda, em caso de estacionamento 
irregular, sem a presença do condutor.
 • Recolhimento do Documento de Habilitação – CNH e PPD: quan-
do houver suspeita de documento falso ou adulterado, além de 
situações e infrações que preveem o recolhimento da CNH.
 • Recolhimento do CRLV: em caso de suspeita de documento falso ou 
adulterado; no caso de não cumprimento do prazo de transferência 
e em outras infrações que preveem o recolhimento; em caso de 
retenção do veículo, quando não for possível sanar a irregularidade no 
local, mas que o veículo possa ser liberado para solução posterior. Em 
caso de documento digital, a informação será registrada no Renavam.
Penalidades
Medidas 
administrativas
Infração
26 Infrações de Trânsito
 • Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo apresentar 
excesso de peso ou de carga.
 • Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de sinistro; quando soli-
citado por agente de trânsito; condutor sob suspeita de estar sob 
efeito de álcool ou substância psicoativa.
 • Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de 
trânsito pode requerer ao condutor a realização de novos exames.
Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que, 
dependendo da gravidade, poderão ser:
Gravidade Pontos Valores (R$) Gravidade Pontos Valores (R$)
Leve 3 88,38 Gravíssima (2 X) 7 586,94
Média 4 130,16 Gravíssima (3 X) 7 880,41
Grave 5 195,23 Gravíssima (5 X) 7 1.467,35
Gravíssima 7 293,47 Gravíssima (10 X) 7 2.934,70
Gravíssima (20 X) 7 5.869,40
Gravíssima (60 X) 7 17.608,20
Algumas infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado 
por 2, 3, 5, 10, 20 ou 60, proporcionalmente à gravidade da infração.
O condutor é o responsável pelas infrações cometidas na direção do 
veículo. (Art. 257 do CTB)
 • Se ele não puder ser identificado no momento da infração, o pro-
prietário do veículo receberá em seu endereço a notificação de 
autuação.
 • O proprietário poderá indicar ao órgão de trânsito o principal con-
dutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome 
inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam.
 • Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor 
ou o proprietário do veículo terão 30 dias de prazo, após a notifi-
cação da autuação, para apresentá-lo. Se isso não for feito, será 
considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em 
sua ausência, o proprietário do veículo.
 • Caso o proprietário seja pessoa jurídica, será mantido o valor da 
multa original e será lavrada nova multa, cujo valor será igual a 
duas vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa 
prévia e de interposição de recursos previstos no CTB.
 • É possível desagravar estas multas mediante a apresentação do 
condutor, que assumirá os pontos e valores originais.
Caso o proprietário do veículo autuado cadastre-se no Sistema de No-
tificação Eletrônica e opte por não apresentar defesa ou recurso, terá 
desconto de 40% para pagamento da multa, até a data de vencimento.
Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao órgão autuador re-
metente da notificação dentro de 30 dias a contar da data da notificação 
da penalidade. (Art. 282 do CTB)
Multas
Infrações
Agravadas
Apresentação 
do condutor
27Infrações de Trânsito
Recurso em 1ª Instância: se não fizer Defesa Prévia, ou se esta for indefe-
rida, o infrator receberá a imposição de penalidade, podendo recorrer à 
JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações – do mesmo órgão 
de trânsito, até a data que consta no documento de imposição.
Recurso em 2ª Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o infrator 
poderá ainda recorrer ao CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito.
O condutor poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando atingir, 
no período de 12 meses:
 • 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas.
 • 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima.
 • 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima.
Condutor cuja CNH conste EAR – Exercício de Atividade Remunerada, terá 
seu direito de dirigir suspenso quando atingir 40 pontos no prontuário, inde-
pendente da gravidade das infrações.
Ou a qualquer tempo quando:
 • Cometer qualquer infração que determine a suspensão direta da 
CNH, independente do número de pontos acumulados.
Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que cum-
prir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem.
As infrações do CTB que preveem a suspensão direta do direito de dirigir 
do condutor ou do proprietário do veículo.
 • Promover ou participar de competição não autorizada, racha, exi-
bição ou demonstração de perícia. (Art. 174)
 • Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art. 173)
 • Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frena-
gens. (Art. 175)
 • Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170)
 • Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50% 
em qualquer via. (Art. 218)• Transpor bloqueio policial. (Art. 210)
 • Em caso de sinistro, deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi-
ficar-se, prestar informações ou acatar determinações da autori-
dade. (Art. 176)
 • Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar o 
local. (Art. 176)
 • Dirigir sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa 
que determine dependência (suspensão de 12 meses). (Art. 165)
 • Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro 
procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra 
substância psicoativa. (Art. 165-A)
 • Usar qualquer veículo para, interromper, restringir ou perturbar a 
circulação, sem autorização do órgão de trânsito com circunscrição 
sobre a via. (Art. 253-A)
Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas:
 • Não usar capacete e vestuário exigido por lei. 
 • Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco.
Suspensão do 
direito de 
dirigir
Recurso 
de multas
28 Infrações de Trânsito
 • Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda.
 • Transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de se cuidar. 
Aplicação da “Lei Seca” segundo a Resolução 432/13 do CONTRAN:
Autuação 
do condutor
Teste do bafômetro Exame de sangue 
Verificação do agente 
de trânsito
Pena
Infração
Igual ou superior a 
0,05 mg de álcool/
litro de ar
Maior do que zero dg 
de álcool/litro de 
sangue
Capacidade psicomotora 
alterada
Multa de R$ 2.934,70, 
suspensão do direito 
de dirigir por 12 meses 
e recolhimento da CNH.
Crime
Igual ou superior a 
0,34 mg de álcool/
litro de ar
Igual ou superior a 
6 dg de álcool/litro 
de sangue
Capacidade psicomotora 
alterada
Detenção de 6 meses 
a 3 anos, mais pena 
relativa à infração.
O CTB (Art. 263) determina a cassação da CNH nos seguintes casos:
 • se o condutor for flagrado conduzindo qualquer veículo que exija 
habilitação, estando com o direito de dirigir suspenso;
 • se o condutor reincidir, no prazo de 12 meses, em infrações previs-
tas nos artigos 162 (inciso III), 163, 164, 165, 173, 174 e 175;
 • quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito;
 • se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação.
Decorridos dois anos, o infrator poderá requerer a sua reabilitação, após 
ser aprovado nos exames necessários à obtenção da categoria que pos-
suía, ou de categoria inferior, preservada a data da primeira habilitação.
A fiscalização no trânsito é exercida por agentes dos órgãos e entidades 
executivos de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos 
municípios, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar.
O papel do agente é fundamental para um trânsito seguro, pois, além das 
atribuições de operação e fiscalização, exerce ainda um papel educativo, 
pois cabe a ele informar, orientar e advertir os usuários. 
Descrição das Infrações Artigo 
CTB Gravidade
P
on
to
s
Valor Penalidades – 
Medidas Administrativas
** Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de 12 meses.
Atenção! Com a entrada em vigor da Lei 13.281/16, a penalidade de apreensão do veículo continua prevista nas infrações, mas 
não poderá ser aplicada devido à revogação do artigo 262 (e também do inciso IV do artigo 256).
Condutor
Dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoati-
va que gere dependência **
165
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70
Multa, recolhimento da CNH, retenção 
do veículo e suspensão do direito de 
dirigir por 12 meses.
Recusar-se a ser submetido a teste, exame 
clínico, perícia ou outro procedimento que per-
mita certificar influência de álcool ou substância 
psicoativa **
165-A
Gravíssima
(10X)
7 2.934,70
Multa, recolhimento da CNH, retenção 
do veículo e suspensão do direito de 
dirigir por 12 meses.
Cassação
Papel do agente 
de fiscalização
29Infrações de Trânsito
Condutor das categorias C, D ou E dirigir sem exa-
me toxicológico ou com ele vencido há mais de 
30 dias **
165-B
Gravíssima
(5X)
7 1.467,35
Multa e suspensão do direito de dirigir 
(no caso de reincidência)
Condutor das categorias C, D ou E dirigir veículo 
com resultado positivo no exame toxicológico **
165-C
Gravíssima
(5X)
7 1.467,35
Multa e suspensão do direito de dirigir 
(no caso de reincidência)
Deixar de realizar o exame toxicológico periódico 
após 30 dias do vencimento do prazo estabelecido
165-D
Gravíssima 
(5x)
7 1.467,35 Multa
Permitir que alguém dirija sem estar em condições 
físicas ou psíquicas
166 Gravíssima 7 293,47 Multa
Transportar criança sem tomar as medidas de 
segurança necessárias
168 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
Dirigir com apenas uma das mãos por estar 
segurando ou manuseando o telefone celular
252 Gravíssima 7 293,47 Multa
Não utilizar o cinto de segurança (condutor e 
passageiros)
167 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo até sanar
Dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa 
com o veículo em movimento
252 Média 4 130,16 Multa
Dirigir com incapacidade física ou mental 
temporária
252 Média 4 130,16 Multa
Atirar do veículo ou abandonar objetos na via 
(condutor e passageiros)
172 Média 4 130,16 Multa
Dirigir com apenas uma das mãos, com fones de 
ouvidos ou usando celular 
252 Média 4 130,16 Multa
Dirigir com o braço para fora, pessoas, animais ou 
coisas à esquerda ou entre braços e pernas do 
condutor
252 Média 4 130,16 Multa
Com calçado inseguro ou impróprio 252 Média 4 130,16 Multa
Habilitação: Dirigir ou permitir que alguém dirija
Com CNH, PPD ou ACC cassada ou sob suspensão 
do direito de dirigir
162
163
164
Gravíssima 
(3X)
7 880,41
Multa, recolhimento do documento de 
habilitação e retenção do veículo até a 
apresentação de condutor habilitado.
Sem possuir CNH, PPD ou ACC
162
163
164
Gravíssima 
(3X)
7 880,41
Multa e retenção do veículo até a apre-
sentação de condutor habilitado.
Com CNH ou permissão incompatível com a cate-
goria do veículo
162
163
164
Gravíssima
(2X)
7 586,94
Multa e retenção do veículo até a apre-
sentação de condutor habilitado.
Com CNH vencida há mais de 30 dias
162
163
164
Gravíssima 7 293,47
Multa e retenção do veículo até apre-
sentação de condutor habilitado.
Sem usar as lentes, próteses ou adaptações exigi-
das no documento de habilitação
162
163
164
Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo
Sem possuir os cursos especializados ou especí-
ficos obrigatórios
162
163
164
Gravíssima 7 293,47
Multa e retenção do veículo até a apre-
sentação de condutor habilitado.
30 Infrações de Trânsito
Veículos
Danificando a via, suas instalações e equipamentos 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção para regularização
Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção de veículo
Com som em volume ou frequência não autorizados 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Equipamento obrigatório ausente, inoperante ou 
em desacordo
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com equipamento proibido, sistemas de ilumina-
ção e sinalização alterados, limpador de para-brisa 
não acionado sob chuva
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis 
superiores aos fixados pelo CONTRAN
231 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Características originais alteradas, vidros e lataria 
cobertos por inscrições, adesivos ou painéis não 
autorizados
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Em mau estado de conservação, ou que não tenha 
feito a inspeção veicular obrigatória, ou que tenha 
sido reprovado na inspeção 
230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização
Tacógrafo (registrador de velocidade e tempo) com 
defeito
230 Grave

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