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Direitos reservados ao C.N.P.J. 03.282.218/0001-74 É proibida a reprodução, mesmo parcial, por qualquer processo eletrônico, reprográfico, etc., sem a autorização por escrito da editora. Série Ouro As lamentáveis estatísticas do trânsito brasileiro permitem deduzir que nós, condutores, ainda não compreendemos muito bem esse complexo sistema social. Gostamos de pensar que somos bons motoristas, e que dirigimos muito bem. Mesmo que fosse verdade, esquecemos de que isso não é suficiente. É preciso conhecer, compreender e adaptar-se a um complexo conjunto de regras, criadas para estimular comportamentos coerentes com as atuais exigências da sociedade brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança. Quando temos nosso direito de dirigir suspenso, é sinal que algo não deu certo. Independente de quais tenham sido os motivos, uma decisão inteligente, é aproveitar o momento para fazer uma revisão real de conceitos. A metodologia Tecnodata oferece todos os recursos para que isso aconteça de forma completa, eficiente e agradável. CURSO DE RECICLAGEM PARA CONDUTORES INFRATORES 29ª Edição - Julho 2024 Atualizada pelas Resoluções Vigentes do CONTRAN. EXPEDIENTE Projeto e Redação final César B. Bruns Pesquisa, Redação e Revisão Carlos B. Bruns Celso A. Mariano César B. Bruns Elaine Sizilo Mariana L. Czerwonka Ruclécia Sottomaior Consultoria Técnica em Primeiros Socorros Francisco Félix da Costa Filho (socorrista) Capa Marcelo Peralta Projeto Gráfico e Diagramação Tecnodata Educacional Ilustrações Carlos Alberto Noviski Cléberson Orcheski Marco Aurélio Pereira Paulo Roberto Cavalcanti Agradecimentos Especiais Dr. David Duarte Lima Dr. Roberto Luiz d’Avila Alessandro C. Martins Anna Maria Prediger Erico Bratfish Fabrício Medeiros Neuclair Silvestrini A todos os instrutores do Brasil que colaboram enviando sugestões para a melhoria dos materiais. FICHA CATALOGRÁFICA Curso de Reciclagem para Condutores Infratores / pesquisa e redação final César B. Bruns. Curitiba: TECNODATA, 2024. 120 P.: il.col.; 15x21 cm. 1. Trânsito - Legislação Brasil. 2. Trânsito - Sinais e sinalização - Brasil 3. Motoristas - Educação. I. Bruns, César B. II. TECNODATA. CDD (20a ed.) 38 8.31 Dados internacionais de catalogação na publicação Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira TELEVENDAS 0800 600 1800 Vendas e Distribuição: TECNODATA Trânsito Ltda Rua Suécia, 623 - Tarumã CEP: 82.800-060 - Curitiba - PR Fone/fax: (0**41) 3361-1800 E-mail: tecnodata@tecnodataeducacional.com.br w w w . t e c n o d a t a e d u c a c i o n a l . c o m . b r ÍNDICE Legislação de trânsito Introdução 5 Código de Trânsito Brasileiro 5 Direitos e deveres do cidadão no trânsito 6 Sistema Nacional de Trânsito 6 As vias 7 Velocidade máxima nas vias 8 Classificação geral dos veículos 9 Identificação dos veículos 9 Transferência de propriedade 11 Identificação do condutor 12 Processo de habilitação 12 Categorias de CNH 13 Renovação da CNH 14 Normas gerais de circulação e conduta 15 Trafegando 16 Restrições de uso das vias 16 Prioridade de passagem 16 Cruzamentos 17 Mudanças de direção e manobras 17 Ultrapassagens 18 Reduzir, frear, parar e estacionar 19 Uso de luzes e buzina 20 Normas de circulação para ciclos 20 Normas de circulação para pedestres 21 Sinistros de trânsito (acidentes) 21 Crimes de trânsito 21 Questões 24 Infrações de trânsito Infração, penalidades e medidas administrativas 25 Condutor 28 Habilitação: dirigir ou permitir que alguém dirija 29 Veículos 30 Veículo - identificação e documentação 30 Circulação 31 Parar ou imobilizar o veículo 31 Não parar 32 Transitar com veículo automotor 32 Velocidade 32 Não reduzir 33 Efetuar retornos e conversões 33 Não dar passagem ou preferência 33 Efetuar ultrapassagens 34 Estacionar 34 Luzes e sinais 35 Buzina e som 35 Motocicleta, motoneta e ciclomotor 35 Transportes e cargas 36 Pedestres e veículos não motorizados 36 Sinistros de trânsito (acidentes) 37 Questões 37 Sinalização Resolução 973/22 38 Sinalização vertical: 38 De regulamentação 38 De advertência 41 Especial de advertência 43 De indicação 44 Sinalização horizontal 47 Dispositivos auxiliares 48 Semafórica 50 De obras 50 Gestos dos agentes de trânsito 50 Gestos de condutores 51 Sinais sonoros 51 Questões 51 Direção defensiva Introdução 52 Negligência, imprudência e imperícia 52 Elementos da direção e da pilotagem defensiva 53 Conhecimento 54 Condições adversas: 55 De iluminação 55 De tempo 56 Das vias 59 De trânsito 61 Do veículo 62 De cargas 62 De passageiros 63 Do condutor: 64 Álcool 65 Medicamentos 66 Drogas 67 Uso do celular ao dirigir 67 Sono e fadiga 67 Condições adversas – considerações finais 68 Atenção 69 Previsão 69 Habilidade 70 Ação 70 Cinto de segurança 70 Equipamentos de segurança do motociclista 71 Acidentes 72 ÍNDICE Como evitar acidentes: 73 Acidentes com motos 73 Velocidade compatível 74 Evitando colisões: 75 Com o veículo da frente 75 Com o veículo de trás 76 Com os demais veículos 76 Com veículos em sentido contrário 77 Em ultrapassagens 77 Em curvas 78 Em cruzamentos 79 Em marcha à ré 79 Veículos de pequeno X grande porte 79 Pontos cegos 80 Entre automóveis e motocicletas 81 Com veículos não motorizados 82 Com pedestres 83 Com animais 84 Com elementos fixos 85 Direção ou pilotagem defensiva em rodovias 85 Questões 86 Primeiros socorros Introdução 88 Quem deve prestar socorro às vítimas? 88 Primeiros procedimentos em caso de acidente de trânsito 90 Análise do local do acidente 91 Protegendo-se contra infecções 91 Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito 92 Atendendo as vítimas 92 Avaliação primária e suporte básico de vida 92 Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respi- rar 93 RCP – Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmo- nar 93 Respiração artificial (American Heart Association) 94 Avaliação secundária em vítimas de acidentes 95 Desmaio 95 Estado de choque 96 Convulsões 97 Hemorragias 97 Fraturas: 98 Fechadas 99 Abertas ou expostas 99 Lesão na coluna vertebral 100 De crânio 101 De costelas 101 De quadril 101 Queimaduras 102 Ferimentos nos olhos 103 Ferimentos no tórax e abdômen 103 Acidentes envolvendo veículos que transportam produtos perigosos 104 Como prestar auxílio em caso de acidente com motociclista 104 Movimentação e transporte de emergência 104 Questões 105 Relacionamento interpessoal Introdução 107 O indivíduo, o grupo e a sociedade 107 Diferenças individuais 108 O bom relacionamento 108 Bom relacionamento no trânsito 109 Qualidade no relacionamento interpessoal 110 O cidadão e o trânsito 111 Comportamento no trânsito 112 Tipos de comportamento 113 Conflitos no trânsito 115 O estresse 115 O estresse e o trânsito 116 Questões 117 Gabarito das questões 118 Bibliografia 118 Anotações 119 5Legislação de Trânsito LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO A legislação de trânsito no Brasil é formada pela Lei nº 9.503/97 – Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e por um conjunto de resoluções, portarias, decretos e normatizações complementares. O Código de Trânsito Brasileiro – CTB fundamenta seu conteúdo na segurança do trânsito, no respeito pela vida e na defesa e preservação do meio ambiente. O CTB define atribuições das autoridades e órgãos ligados ao trânsito, fornece diretrizes para a Engenharia de Tráfego, estabelece normas de conduta, define infrações e penalidades para os usuários do trânsito. Nesta obra analisamos e interpretamos a legislação de trânsito sob o ponto de vista do usuário das vias, com ênfase para o condutor. O Código de Trânsito Brasileiro tem como base a Constituição do Brasil, respeita a Convenção de Viena e o Acordo do Mercosul. Convenção de Viena – 1968 A padronização da sinalização e normas de trânsito internacionais, ado- tadas pelo Brasil e diversos países,5 195,23 Multa e retenção para regularização Seguradora não comunicar a perda do veículo e devolver placas e documentos 243 Grave 5 195,23 Multa e recolhimento das placas e do- cumentos Em desacordo com as especificações ou sem iden- tificação exigida por lei 237 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo Iluminação e sinalização com defeito ou lâmpada queimada 230 Média 4 130,16 Multa Veículo - Identificação e documentação Ausência, violação, falsificação ou falta de legibili- dade, das placas, do lacre e do número do chassi 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Prestar falsa declaração de domicílio 242 Gravíssima 7 293,47 Multa Não possuir licenciamento ou registro 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Não entregar documento para averiguação mediante recibo 238 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Falsificar ou adulterar documento de habilitação ou identificação de veículo 234 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Não promover a baixa de veículo irrecuperável 240 Grave 5 195,23 Multa, recolhimento do CRV e licenciamento anual Não registrar transferência de propriedade em 30 dias 233 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Placas em desacordo com especificações e mode- los estabelecidos pelo CONTRAN 221 Média 4 130,16 Multa, retenção do veículo e apreensão das placas Não portar os documentos obrigatórios 232 Leve 3 88,38 Multa e retenção do veículo Não atualizar cadastro de registro de veículo ou de habilitação 241 Leve 3 88,38 Multa 31Infrações de Trânsito Circulação Promover ou participar de competição não autori- zada, exibição demonstração de perícia** 174 Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir Disputar corrida (competição ou rivalidade) em vias públicas** 173 Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir Efetuar manobras perigosas, arrancadas, derrapa- gens, ou frenagens em vias públicas** 175 Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir Ameaçar pedestres ou veículos que cruzam a via 170 Gravíssima 7 293,47 Multa, recolhimento da CNH, retenção do veículo e suspensão do direito de dirigir Trafegar em faixa ou via de trânsito exclusiva para circulação de veículos do transporte público coleti- vo de passageiros 184 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Trafegar na faixa da esquerda, quando ela for des- tinada a outro tipo de veículo 184 Grave 5 195,23 Multa Arremessar água ou detritos sobre pedestres ou veículos 171 Média 4 130,16 Multa Trafegar fora da faixa destinada ao veículo, exceto em emergência 185 Média 4 130,16 Multa Veículo lento e de maior porte trafegando fora da faixa da direita 185 Média 4 130,16 Multa Não se deslocar para a faixa mais à direita ou mais à esquerda para realizar conversões para um des- ses lados 197 Média 4 130,16 Multa Conduzir de forma desatenta ou descuidada 169 Leve 3 88,38 Multa Trafegar na faixa da direita, quando ela for destina- da a outro tipo de veículo 184 Leve 3 88,38 Multa Parar ou imobilizar o veículo Usar qualquer veículo para, deliberadamente, inter- romper, restringir ou perturbar a circulação na via** 253-A Gravíssima (20X) 7 5.869,40 Multa, suspensão do direito de dirigir por 12 meses, remoção do veículo * Multa agravada em 60X aos organi- zadores. Bloqueando a via com o veículo 253 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Sobre ciclovia ou ciclofaixa 182 Grave 5 195,23 Multa Sobre a pista nas estradas, vias de trânsito rápido, vias com acostamento, ciclovia ou ciclofaixa 182 Grave 5 195,23 Multa Para reparos na via, em rodovia e via de trânsito rápido 179 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo Em viadutos, pontes e túneis, locais e horários não permitidos 182 Média 4 130,16 Multa A menos de 5m das esquinas, nos cruzamentos, na contramão de direção, ou afastado mais de 1m do meio-fio 182 Média 4 130,16 Multa Sobre faixa de pedestres na mudança de sinal 183 Média 4 130,16 Multa Permanecer imobilizado por falta de combustível 180 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Afastado de 0,5 a 1m do meio-fio, na faixa para pedestres, no passeio, ilhas, refúgios, canteiros, divisores de pista e marcas de canalização em de- sacordo às posições estabelecidas no CTB 182 Leve 3 88,38 Multa Para reparo do veículo, nas demais vias 179 Leve 3 88,38 Multa 32 Infrações de Trânsito Não parar Antes de cruzamento com via férrea 212 Gravíssima 7 293,47 Multa Em sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória, exceto onde houver sinalização que permita a livre conversão à direita prevista no art. 44-A 208 Gravíssima 7 293,47 Multa Para agrupamento de pessoas, passeatas, desfiles 213 Gravíssima 7 293,47 Multa Retirar do local o veículo retido por agente de trânsito 239 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Ao se aproximar de bloqueio policial (transpor) 210 Gravíssima 7 293,47 Multa, recolhimento da CNH, apreensão e remoção do veículo e suspensão do direito de dirigir Para agrupamento de veículos, cortejos, forma- ções militares 213 Grave 5 195,23 Multa Transpor bloqueio viário, área de pesagem ou evadir-se de pedágio 209 Grave 5 195,23 Multa Desobedecer ordens de autoridades ou agentes de trânsito 195 Grave 5 195,23 Multa No acostamento da direita, antes de fazer conver- são à esquerda em vias com acostamento e sem local apropriado para retorno 204 Grave 5 195,23 Multa Transitar com veículo automotor Nas calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, can- teiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, gramados e jardins 193 Gravíssima (3X) 7 880,41 Multa Na contramão, em vias de sentido único 186 Gravíssima 7 293,47 Multa Na contramão, em vias de sentido duplo 186 Grave 5 195,23 Multa De ré em trechos longos ou com perigo 194 Grave 5 195,23 Multa Sem manter distância segura lateral ou frontal dos demais veículos ou do bordo da via 192 Grave 5 195,23 Multa Em locais e horários não permitidos 187 Média 4 130,16 Multa Ao lado de outro veículo, interrompendo o trânsito 188 Média 4 130,16 Multa Com motor desligado ou com o câmbio desengre- nado, em declive 231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo Velocidade Transitar em qualquer via em velocidade superior à máxima em mais de 50% 218 Gravíssima (3X) 7 880,41 Multa e suspensão do direito de dirigir Transitar em qualquer via em velocidade entre 20% e 50% superior à máxima 218 Grave 5 195,23 Multa Transitar em qualquer via em velocidade até 20% superior à máxima 218 Média 4 130,16 Multa Inferior à metade da velocidade máxima permi- tida, exceto na faixa da direita ou em condições adversas 219 Média 4 130,16 Multa 33Infrações de Trânsito Não reduzir Ao aproximar-se de passeatas, cortejos, aglome- rações, desfiles, hospitais, escolas, estações de embarque/desembarque 220 Gravíssima 7 293,47 Multa Ao ultrapassar ciclista 220 Gravíssima 7 293,47 Multa Ao aproximar-se de interseção não sinalizada, da guia de calçada, acostamento ou locais controla- dos pelo agente 220 Grave 5 195,23 Multa Em vias rurais, sem cercas ou com animais próximos 220 Grave 5 195,23 Multa Ao aproximar-se de trabalhadores na pista ou obras sinalizadas 220 Grave 5 195,23 Multa Sob chuva, neblina, cerração e condições de pouca visibilidade 220 Grave 5 195,23 Multa Em pista escorregadia, defeituosa ou avariada, cur- vas fechadas ou declive 220 Grave 5 195,23 Multa Efetuar retornos e conversões Em curvas, aclives, declives, pontes, viadutos, túneis, interseções e em locais proibidos pela sinalização 206 Gravíssima 7 293,47 Multa Passando por cima de calçadas, ilhas, canteiros, faixas depedestres ou passagem de veículos não motorizados 206 Gravíssima 7 293,47 Multa Prejudicando a livre circulação ou a segurança, ainda que em locais permitidos 206 Gravíssima 7 293,47 Multa Conversões em locais proibidos pela sinalização 207 Grave 5 195,23 Multa Não dar passagem ou preferência Para batedores ou veículos quando em serviço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação intermitente, ou veículos por eles precedidos 189 Gravíssima 7 293,47 Multa A pedestres com deficiência, crianças, idosos e gestantes 214 Gravíssima 7 293,47 Multa A veículos não motorizados e pedestres em faixas a eles destinadas ou que não tenham concluído a travessia ainda que o sinal tenha mudado 214 Gravíssima 7 293,47 Multa Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de passagem devidamente identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente 190 Grave 5 195,23 Multa Aos que trafegam por rodovia; aos que já estejam circulando na rotatória; aos que se aproximem pela direita em cruzamentos não sinalizados; de- sobedecer ao sinal “Dê a preferência” 215 Grave 5 195,23 Multa Aos pedestres que já tenham iniciado a travessia, mesmo em cruzamentos sem sinal; ou que este- jam atravessando a via transversal 214 Grave 5 195,23 Multa Aos demais veículos e pedestres ao entrar ou sair de fila de estacionamento 217 Média 4 130,16 Multa Ao entrar ou sair de áreas laterais, sem posicionar adequadamente o veículo, e sem precauções 216 Média 4 130,16 Multa Não dar passagem pela esquerda, quando solicitado 198 Média 4 130,16 Multa 34 Infrações de Trânsito Efetuar ultrapassagens Efetuar ou tentar ultrapassagem sem que haja es- paço suficiente para realizar a manobra com segu- rança (forçar passagem) ** 191 Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa e suspensão do direito de dirigir Pela contramão em curvas, aclives, declives, fai- xas de pedestres, pontes, viadutos, túneis e locais proibidos pela sinalização ** 203 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa Pela contramão em sinais luminosos, porteiras e cruzamentos ** 203 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa Havendo faixa contínua, dupla ou simples, amarela, dividindo o fluxo ** 203 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa Pelo acostamento, em cruzamentos e passagens de nível 202 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa Pela direita de coletivo ou escolar parado para em- barque/desembarque 200 Gravíssima 7 293,47 Multa De veículos parados em fila por sinal luminoso, cancela, em bloqueio parcial ou outro obstáculo, com exceção dos não motorizados 211 Grave 5 195,23 Multa Deixando menos de 1,5m ao passar ou ultrapassar bicicleta 201 Média 4 130,16 Multa Pela direita, salvo se o veículo da frente sinalizar que vai entrar à esquerda 199 Média 4 130,16 Multa De veículo que integre cortejo, desfile e formações militares 205 Leve 3 88,38 Multa Estacionar Na pista das estradas, rodovias, vias de trânsito rápido e vias com acostamento 181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo Nas vagas reservadas às pessoas com deficiên- cia ou idosos, sem credencial que comprove tal condição 181 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo A mais de 1m da calçada, em fila dupla, ou sobre passeios, áreas de cruzamento, faixas de pedes- tres, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, canteiros centrais, marcas de canalização, divisores de pista de rolamento, jardins, gramados, viadutos, pontes e túneis 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo Em locais de estacionamento e de parada proibida 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo Em desacordo com as placas de estacionamento regulamentado 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo Nas esquinas, a menos de 5m da transversal, perto de hidrantes, ou fora da posição indicada, entrada e saída de veículos, a menos de 10m de paradas de ônibus 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Na contramão 181 Média 4 130,16 Multa Impedindo a movimentação de outro veículo 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Em locais e horários em que é proibido por placa de proibido estacionar 181 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Afastado da calçada de 0,5 a 1m, ou no acosta- mento 181 Leve 3 88,38 Multa e remoção do veículo 35Infrações de Trânsito Luzes e sinais Com farol desregulado ou usando a luz alta para ofuscar 223 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Sem usar sinal luminoso ou gesto indicador de mudança de direção, mudança de faixa ou parada 196 Grave 5 195,23 Multa Sem sinalizar ao precisar remover o veículo da pis- ta ou permanecer no acostamento 225 Grave 5 195,23 Multa Veículos especiais de emergência que não man- tenham ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação ainda que parados 222 Média 4 130,16 Multa Sem manter as luzes de posição acesas à noite, quando parado para embarque e desembarque ou para carga e descarga 249 Média 4 130,16 Multa Sem usar luz baixa à noite ou de dia nos túneis, sob chuva, neblina ou cerração e em rodovias de pista simples situadas fora dos perímetros urba- nos, no caso de veículos desprovidos de luzes de rodagem diurna 250 Média 4 130,16 Multa Sem usar luz baixa de dia e à noite, veículos de transporte coletivo 250 Média 4 130,16 Multa Sem manter acesa, à noite, a luz de placa traseira 250 Média 4 130,16 Multa Uso indevido de sinais de luz alta e do pisca-alerta 251 Média 4 130,16 Multa Uso de luz alta em vias iluminadas 224 Leve 3 88,38 Multa Buzina e som Aparelho de som em desacordo com o CONTRAN 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo Alarme em desacordo com o CONTRAN 229 Média 4 130,16 Multa, apreensão e remoção do veículo Uso inadequado da buzina (local, horário e finalidade) 227 Leve 3 88,38 Multa Motocicleta, motoneta e ciclomotor Falta de capacete ou vestuário exigido por lei 244 Gravíssi- ma 7 293,47 Multa, retenção do veículo até regulariza- ção, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir Passageiro sem capacete ou fora do banco ou carro lateral 244 Gravíssi- ma 7 293,47 Multa, retenção do veículo até regulariza- ção, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir Fazendo malabarismo ou equilibrando-se em uma roda 244 Gravíssi- ma 7 293,47 Multa, retenção do veículo até regulariza- ção, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir Com criança menor de 10 anos ou sem condições de cuidar-se 244 Gravíssi- ma 7 293,47 Multa, retenção do veículo até regulariza- ção, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir Pilotando com apenas uma das mãos, rebocando outro veículo ou com carga incompatível ou em desacordo ao CTB 244 Grave 5 195,23 Multa e apreensão do veículo para re- gularização Transitando em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo em acostamento ou faixa própria (ciclomotores) 244 Média 4 130,16 Multa Uso de capacete de segurança sem viseira ou óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com a regulamentação do Contran ou transportando passageiro com capacete nas condi- ções citadas. 244 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo até regula- rização Deixar de manter a luz baixa acesa de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores. 250 Média 4 130,16 Multa 36 Infrações de Trânsito Transportes e cargas Transporte escolar sem autorização 230 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa e remoção do veículo Criar obstáculo na via e não sinalizar 246 Gravíssima 7 293,47 A multa poderá ser multiplicada em até 5 vezes a critério da autoridade Passageiro no compartimento de carga 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção do veículo Derramar ou arrastar carga, objetos, ou combus- tível na via 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo Transporte remunerado não licenciado 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e remoção do veículo Deixar o veículo de transporte público coletivo de passageiros oude escolares de manter a porta fechada 250 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo até regula- rização Veículo ou carga fora das dimensões regulamentadas 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo Autorização especial por excesso de dimensões vencida ou em desacordo 231 Grave 5 195,23 Multa, apreensão e remoção do veículo De passageiro, com excesso de carga 248 Grave 5 195,23 Multa, retenção do veículo e transbordo Trafegar carregando pessoas, animais ou carga, externamente 235 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo Não sinalizar carga derramada na via 225 Grave 5 195,23 Multa Estacionar em aclive ou declive, sem freio e/ou sem calço (PBT superior a 3.500 kg) 181 Grave 5 195,23 Multa e remoção do veículo Usar a via para depósito de materiais, sem auto- rização 245 Grave 5 195,23 Multa e remoção da mercadoria Motofretista (motoboy) ou mototaxista efetuando transporte em desacordo com a legislação 244 Grave 5 195,23 Multa e apreensão do veículo para re- gularização Motorista de veículo de carga ou de passageiros: em desacordo com o tempo de permanência ao volante e/ou intervalos para descanso. 230 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo para cum- primento do tempo de descanso. A in- fração torna-se grave, se houver reinci- dência no período de 12 meses Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda 236 Média 4 130,16 Multa Falta de inscrições e informações previstas para transporte de carga 230 Média 4 130,16 Multa Com excesso de peso ou lotação 231 Média 4 130,16 Multa e retenção do veículo Usar objeto de sinalização temporária e não reti- rá-lo após o uso 226 Média 4 130,16 Multa Excedendo a Capacidade Máxima de Tração (CMT) 231 De Média a Gravíssima 4 a 7 130,16 a 293,47 Multa, retenção do veículo e transbordo de carga excedente Pedestres e veículos não motorizados Condutores de veículos de propulsão humana e tra- ção animal, que não trafegarem pelo bordo da pista, pelo acostamento ou pela faixa especial 247 Média 4 130,16 Multa Conduzir a bicicleta (pedalando) em passeios onde não seja permitida sua circulação, ou de forma agressiva (ciclos) 255 Média 4 130,16 Multa e remoção do veículo Ficar ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las (pedestres) 254 Leve 3 44,19 Multa Cruzar a pista em viadutos, pontes ou túneis e áreas de cruzamento, fora da faixa, passarela ou passa- gem especial (pedestre) 254 Leve 3 44,19 Multa Promover aglomerações na via, sem permissão, ou desobedecer à sinalização específica 254 Leve 3 44,19 Multa Observação: parece incoerente falar de multas e pontos para pedestres e veículos não motorizados, pois se não existe habilitação, não há como multar ou aplicar as penalidades. Mencionamos estes itens, porque constam do Código de Trânsito Brasileiro. 37Infrações de Trânsito Sinistros de trânsito (acidentes) Deixar de: prestar ou providenciar socorro às víti- mas ou evadir-se do local; preservar o local para facilitar a perícia; remover o veículo quando deter- minado pela autoridade 176 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa, recolhimento da CNH e suspen- são do direito de dirigir Deixar de: sinalizar e afastar o perigo; identificar-se; prestar informações ou acatar determinações da autoridade 176 Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa, recolhimento da CNH e suspen- são do direito de dirigir Deixar de prestar ajuda, quando solicitado pela autoridade 177 Grave 5 195,23 Multa Deixar de remover o veículo, em sinistros sem ví- timas 178 Média 4 130,16 Multa Questões - INFRAÇÕES DE TRÂNSITO 01. É responsável pelas infrações na direção do veículo: a) o proprietário do veículo. b) o proprietário do veículo e o condutor. c) os pais ou responsáveis pelo condutor. d) a pessoa que assumir a responsabilidade. e) o condutor. 02. A penalidade por transitar em velocidade incompatível com a segurança, diante de escolas ou onde haja movimentação de pedestres, é: a) apreensão do veículo e multa. b) multa. c) retenção do veículo e multa. d) apreensão do veículo, da CNH e multa. e) advertência. 03. É infração de trânsito a desobediência a qualquer sinal de: a) regulamentação. b) indicação. c) educação. d) advertência. e) orientação. 04. A punição por estacionar junto aos pontos de parada de coletivos é: a) apreensão do veículo e multa. b) apreensão do veículo. c) apreensão da CNH e multa. d) remoção do veículo e multa. e) multa, apenas. 05. A punição por ultrapassar em curvas e acli- ves sem visibilidade é: a) retenção do veículo e multa. b) apreensão do veículo e multa. c) recolhimento do veículo ao DETRAN. d) multa. e) uma advertência. 06. A penalidade por ultrapassar na contramão e nos cruzamentos é: a) multa. b) remoção do veículo. c) retenção do veículo. d) recolhimento do veículo ao DETRAN. e) um acidente. 07. A punição por dirigir com CNH cassada é: a) remoção do veículo, apenas. b) retenção do veículo, apenas. c) apreensão da CNH, apenas. d) multa, recolhimento da CNH e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado. e) duas multas. 08. A punição para estacionar sobre calçada ou a faixa de pedestres é: a) multa, apenas. b) apreensão do veículo e multa. c) remoção do veículo e multa. d) apreensão da CNH e multa. e) advertência e multa. 09. A punição por estacionar próximo a hidran- tes de incêndio é: a) multa, apenas. b) apreensão do veículo e multa. c) remoção do veículo e multa. d) apreensão da CNH. e) cassação da CNH. 10. A punição por estacionar sobre a pista de rolamento das estradas é: a) multa, apenas. b) apreensão da CNH e multa. c) apreensão do veículo e multa. d) remoção do veículo e multa. e) cassação da CNH. 38 Sinalização de Trânsito SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO ANEXO II DO CTB - RESOLUÇÃO 973/22 Os sinais de trânsito são usados para orien- tar, advertir e disciplinar a circulação dos usuários do trânsito ao longo das vias. Padronização: sempre será utilizada a sinali- zação padronizada prevista no Art. 80. Direitos e Deveres quanto à sinalização: todo cidadão tem o dever de conhecer, proteger, respeitar e obedecer a sinalização de trânsito (Art. 72 e 73). Os usuários têm direito a vias sinalizadas e seguras, Art 1°, §2° e §3° do CTB. Colocação: a sinalização deverá ser colocada onde seja facilmente visível e legível, tanto de dia como à noite, em distância compatível com a segurança (Art. 80). Visibilidade: é proibido colocar luzes, obstru- ções, construções, vegetação, publicidade e inscrições, que possam confundir, interferir ou prejudicar a interpretação ou a visibilidade dos usuários do trânsito, comprometendo sua se- gurança (Art. 81). Obrigação de sinalizar: nenhuma via poderá ser aberta ou reaberta enquanto não estiver completa e devidamente sinalizada (Art. 88). Aplicação das Penalidades: as penalidades das infrações de sinalização não serão aplica- das aos condutores se a sinalização for inexis- tente ou deficiente (Art. 90). Responsabilidade: o órgão com jurisdição so- bre a via é que deverá sinalizá-la, podendo ser responsabilizado em caso de insuficiência, falta ou erros de sinalização. Classificação: 1. Sinalização Vertical 2. Sinalização Horizontal 3. Dispositivos Auxiliares 4. Sinalização Semafórica 5. Sinalização de Obras 6. Gestos 7. Sinais Sonoros 1. Sinalização vertical Os sinais viários, normalmente placas, estão fixados na posição vertical, ao lado da via ou sus- pensos sobre ela. Transmitem mensagens através de legendas ou símbolos pré-estabelecidos e servem para aumentar a segurança, ordenar os fluxos de tráfego e orientar os usuários das vias. A sinalização vertical, de acordo com sua função, pode ser: 1.1 Sinalização de Regulamentação 1.2 Sinalização de Advertência 1.3 Sinalização de Indicação 1.1 Sinalização de regulamentação A cor predominante VERMELHA indica imposição a OBRIGAÇÕES, PROIBIÇÕES ou RESTRIÇÕES impostas no ponto ou trecho sinalizado. Desobedecer aos sinais de regulamentação significa infringir as normas de trânsito e, portanto, estar sujeitoa penalidades e medidas administrativas. As proibições são sinalizadas pela tarja diagonal vermelha. O formato diferente dos sinais R-1 e R-2 permite que estes sejam reconhecidos à distância. Parada obrigatória Obriga o condutor a parar com- pletamente o seu veículo antes de entrar na via. Dê a preferência Determina que o condutor reduza a velocidade ou pare o veículo, para dar a preferência aos veícu- los que transitam pela via em que pretende entrar ou cruzar. Sentido proibido Assinala a proibição de se se- guir em frente ou entrar na rua ou área em restrição. R-1 R-2 R-3 Proibido virar à esquerda Proíbe o condutor de realizar conversão à esquerda. Proibido virar à direita Proíbe o condutor de realizar conversão à direita. Proibido retornar à esquerda Proíbe o condutor de realizar retorno à esquerda. R-4a R-4b R-5a 39Sinalização de Trânsito Sinalização de regulamentação (Continuação) Proibido retornar à direita Proíbe o condutor de realizar retorno à direita. Proibido estacionar Determina ao condutor a proi- bição de estacionar no trecho abrangido pela restrição. Estacionamento regulamentado Permite ao condutor estacionar na via, trecho ou área regula- mentada. R-5b R-6a R-6b Proibido parar e estacionar Proíbe ao condutor parar, ainda que por pouco tempo, mesmo em operações de embarque e desembarque. Proibido ultrapassar Proíbe a operação de ultrapas- sagem no trecho regulamen- tado. Proibido mudar de faixa ou pista de trânsito da esquerda para a direita Proíbe o condutor de mudar de faixa ou pista no sentido indicado.R-6c R-7 R-8a Proibido mudar de faixa ou pista de trânsito da direita para a esquerda Proíbe o condutor de mudar de faixa ou pista no sentido indicado. Proibido trânsito de caminhões Proíbe a entrada ou passagem de veículos de carga na área sinalizada. Proibido trânsito de veículos automotores Proíbe a entrada ou passagem de qualquer veículo automotor na área ou via sinalizada. R-8b R-9 R-10 Proibido trânsito de veículos de tração animal Proíbe a circulação de qualquer veículo de tração animal na via ou área sinalizada. Proibido trânsito de bicicletas Proíbe a circulação de bicicle- tas na área ou via sinalizada. Proibido trânsito de tratores e máquinas de obras Proíbe aos operadores a circu- lação de toda espécie de tra- tores e máquinas de obras na área restrita.R-11 R-12 R-13 Peso bruto total máximo permitido Determina o peso total máximo permitido aos veículos em circu- lação na área ou via sinalizada. Altura máxima permitida Determina a altura máxima permitida aos veículo em circu- lação no local sinalizado. Largura máxima permitida Determina a largura máxima permitida aos veículos que cir- culam no local sinalizado. R-14 R-15 R-16 Peso máximo permitido por eixo Determina o peso máximo per- mitido, por eixo, aos veículos que transitam no trecho sina- lizado. Comprimento máximo permitido Determina o comprimento má- ximo permitido aos veículos ou combinação de veículos no trecho sinalizado. Velocidade máxima permitida Determina o limite máximo de velocidade permitida. Esta deve ser considerada até onde houver outra que a modifique.R-17 R-18 R-19 Proibido acionar buzina ou sinal sonoro Proíbe o condutor de acionar buzina ou qualquer outro tipo de sinal sonoro no local regu- lamentado. Alfândega Determina a presença de uma repartição alfandegária, onde a parada é obrigatória. Uso obrigatório de corrente Assinala aos condutores o uso de correntes atreladas às ro- das do veículo. Pelo menos, ao par de rodas motrizes. R-20 R-21 R-22 Conserve-se à direita Determina ao condutor que se mantenha à direita da pista de rolamento, deixando a faixa da esquerda livre. Sentido de circulação da via/pista Obriga o condutor a circular no sentido indicado. Passagem obrigatória Determina ao condutor que existe um obstáculo e que a passagem é obrigatoriamente feita à direita do mesmo. R-23 R-24a R-24b Vire à esquerda Assinala ao condutor a obriga- toriedade de virar à esquerda. Vire à direita Assinala ao condutor a obriga- toriedade de virar à direita. Siga em frente ou à esquerda Permite ao condutor os senti- dos de circulação à esquerda ou em frente.R-25a R-25b R-25c Siga em frente ou à direita Permite ao condutor os senti- dos de circulação à direita ou em frente. Siga em frente Determina que o sentido obri- gatório de circulação é em frente. Ônibus, caminhões e veículos de grande porte, mantenham-se à direita Assinala ao condutor de ônibus ou caminhão a obrigação de cir- cular pela faixa mais à direita.R-25d R-26 R-27 Duplo sentido de circulação Determina ao condutor que transitava por via de sentido único, que esta passará a ter sentido duplo. Proibido trânsito de pedestres Proíbe a circulação de pedes- tres na via ou área sinalizada. Pedestre, ande pela esquerda Assinala ao pedestre a obriga- toriedade de andar pelo lado esquerdo da via.R-28 R-29 R-30 40 Sinalização de Trânsito Sinalização de regulamentação (Continuação) Pedestre, ande pela direita Assinala ao pedestre a obriga- toriedade de andar pelo lado direito da via. Circulação exclusiva de veículos de transporte público coletivo Indica que a via destina-se à cir- culação exclusiva de veículos de transporte público coletivo. Sentido de circulação na rotatória Indica o sentido que o condutor deve circular na rotatória. R-31 R-32 R-33 Circulação exclusiva de bicicletas Indica que a via destina-se à cir- culação exclusiva de bicicletas. Ciclista, transite à esquerda Indica ao ciclista a obrigatorie- dade de trafegar pelo lado es- querdo da via. Ciclista, transite à direita Indica ao ciclista a obrigatorie- dade de trafegar pelo lado direi- to da via. R-34 R-35a R-35b Ciclistas à esquerda, pedestres à direita Indica a obrigação do ciclista tra- fegar pelo lado esquerdo da via e o pedestre pelo lado direito. Pedestres à esquerda, ciclistas à direita Indica a obrigação do ciclista tra- fegar pelo lado direito da via e o pedestre pelo lado esquerdo. Proibido trânsito de motocicletas, motonetas e ciclomotores Proíbe a circulação de motoci- cletas, motonetas e ciclomoto- res na via sinalizada.R-36a R-36b R-37 Proibido trânsito de ônibus Proíbe a circulação de ônibus na via sinalizada. Circulação exclusiva de caminhão Indica que a via é de uso exclu- sivo para caminhões. Trânsito proibido a carros de mão Proíbe a circulação de carros de mão na via sinalizada. R-38 R-39 R-40 Circulação exclusiva de VLT/ bonde Determina que a via se destina à circulação exclusiva de VLT/ bonde. Ciclistas à esquerda, VLT à direita Determina que ciclistas trafe- guem pela esquerda e VLT pelo lado direito da via. Ciclistas à direita, VLT à esquerda Determina que ciclistas trafe- guem pela direita e VLT pelo lado esquerdo da via. R-41 R-42a R-42b Veículos à esquerda, VLT à direita Determina que veículos leves trafeguem pela esquerda e VLT pelo lado direito da via. Veículos à direita, VLT à esquerda Determina que veículos leves trafeguem pela direita e VLT pelo lado esquerdo da via. Circulação compartilhada de ciclistas e pedestres Indica a circulação compartilha- da de ciclistas e pedestres. A placa R-36c muda para R-44.R-43a R-43b R-44 Informações complementares à sinalização de regulamentação São informações adicionais à sinalização de regulamentação, podendo ser utilizada uma placa adicional ou incorporada à placa principal, formando um só conjunto. INÍCIO TÁXI 2ª a 6ª h h h 2ª a 6ª 07 19h Sábados 07 13h ESTACIONAMENTO ROTATIVO Obrigatório o uso de cartão 01 hora 1 cartão 02 hora 2 cartões 2ª a 6ª 7 - 20h CCAARRGGAA EE DDEESSCCAARRGGAA 18 20h 2ª a 6ª 7 9h PERMITIDA 41Sinalização de Trânsito NA LINHA AMARELA 2ª a 6ª h Sábados h h ÁREA DE PEDESTRESSÓ ÔNIBUS CAMINHÕES E ÔNIBUS OBRIGATÓRIO FAIXA DA DIREITA OBRIGATÓRIO USO DO CARTÃO EXCLUSIVO DEFICIENTE FÍSICO 04 VAGAS A 60° EXCLUSIVO IDOSO OBRIGATÓRIO USO DO CARTÃO 04 VAGAS A 60° 1.2 Sinalização de advertência A cor predominante AMARELA indica ATENÇÃO, PERIGO, e serve para alertar, com antecedência, sobre situações que o condutor irá encontrar na via, para que ele possa reagir de forma ade- quada. Por isso, é preciso estar sempre alerta a esses sinais, saber interpretá-los, redobrar a atenção, reduzir a velocidade e tomar os cuidados necessários para cada situação. Desrespeitar a sinalização de advertência significa imprudência e negligência. Curva acentuada à esquerda Alerta o condutor que à frente existe uma curva acentuada à esquerda. Curva acentuada à direita Alerta o condutor que à frente existe uma curva acentuada à direita. Curva à esquerda Alerta o condutor que à frente existe uma curva à esquerda. A-1a A-1b A-2a Curva à direita Alerta o condutor que à frente existe uma curva à direita. Pista sinuosa à esquerda Alerta o condutor que à frente existem três ou mais curvas sucessivas, sendo a primeira à esquerda. Pista sinuosa à direita Alerta o condutor que à frente existem três ou mais curvas sucessivas, sendo a primeira à direita.A-2b A-3a A-3b Curva acentuada em “S” à esquerda Alerta o condutor que existem à frente duas curvas sucessivas em “S” sendo pelo menos uma delas acentuada e começando pela esquerda. Curva acentuada em “S” à direita Alerta o condutor que existem à frente duas curvas sucessi- vas em “S” sendo pelo menos uma delas acentuada e come- çando pela direita. Curva em “S” à esquerda Adverte ao condutor da exis- tência de duas curvas em “S” sucessivas adiante, sendo a primeira pela esquerda.A-4a A-4b A-5a Curva em “S” à direita Adverte ao condutor da exis- tência de duas curvas em “S” sucessivas adiante, sendo a primeira pela direita. Cruzamento de vias Alerta o condutor da exis- tência de um cruzamento adiante. Via lateral à esquerda Alerta para a existência adian- te de uma via lateral à esquer- da. A-5b A-6 A-7a Via lateral à direita Alerta para a existência adian- te de uma via lateral à direita. Interseção em “T” Alerta o condutor da existên- cia à frente de uma interseção em forma de T. Bifurcação em “Y” Alerta o condutor que à frente existe uma bifurcação em for- ma de Y. A-7b A-8 A-9 Entroncamento oblíquo à esquerda Adverte o condutor da existên- cia adiante de um entronca- mento à esquerda. Entroncamento oblíquo à direita Adverte o condutor da existên- cia adiante de um entronca- mento à direita. Junções sucessivas contrárias 1a à esquerda Adverte o condutor da presen- ça adiante de junções contrá- rias sucessivas, estando a primeira via lateral à esquerda. A-10a A-10b A-11a Junções sucessivas contrárias 1a à direita Adverte o condutor da presença adiante de junções contrárias sucessivas, estando a primeira via lateral à direita. Interseção em círculo Adverte da presença adiante de uma interseção de circula- ção feita em rótula. Confluência à esquerda Adverte o condutor para a exis- tência adiante de uma conflu- ência de trânsito à esquerda que se incorpora à via na qual está circulando.A-11b A-12 A-13a 42 Sinalização de Trânsito Sinalização de advertência (Continuação) Confluência à direita Adverte o condutor para a existência adiante de uma confluência de trânsito à direita que se incorpora à via na qual está circulando. Semáforo à frente Alerta o condutor para a existência de um semáforo adiante. PAR E Parada obrigatória à frente Alerta o condutor para a exis- tência adiante de uma parada obrigatória. A-13b A-14 A-15 Bonde/VLT Adverte o condutor da exis- tência, à frente, de passagem para bonde. Pista irregular Adverte o condutor, de que há adiante um trecho de via com superfície irregular. Saliência ou lombada Alerta o condutor para a exis- tência, sobre a superfície de rolamento, de saliência ou lombada. A-16 A-17 A-18 Depressão Adverte o condutor para a exis- tência, na pista de rolamento, de uma depressão. Declive acentuado Adverte o condutor, que à fren- te existe uma descida forte. Aclive acentuado Adverte o condutor, que à frente existe uma subida forte. A-19 A-20a A-20b Estreitamento de pista ao centro Adverte o condutor da existên- cia adiante de estreitamento de pista de ambos os lados. Estreitamento de pista à esquerda Adverte o condutor da existên- cia de estreitamento de pista à esquerda. Estreitamento de pista à direita Adverte o condutor da existên- cia de estreitamento de pista à direita. A-21a A-21b A-21c Alargamento de pista à esquerda Adverte o condutor da existên- cia de alargamento de pista à esquerda. Alargamento de pista à direita Adverte o condutor da existên- cia de alargamento de pista à direita. Ponte estreita Alerta o condutor da existência de ponte mais estreita que a pista de rolamento, adiante. A-21d A-21e A-22 Ponte móvel Alerta para a existência adiante de uma ponte móvel. Obras Alerta o condutor da existência de obras no leito de uma via, adiante. Mão dupla adiante Adverte o condutor da altera- ção, adiante, do sentido único da pista para duplo sentido de trânsito. A-23 A-24 A-25 Sentido único Alerta o condutor da existên- cia, adiante, de uma mudança brusca de direção no sentido indicado. Sentido duplo Alerta o condutor da existên- cia, adiante, de uma mudança brusca de direção nos senti- dos indicados. Área com desmoronamento Alerta para área adiante sujeita a desmoronamento. A-26a A-26b A-27 Pista escorregadia Adverte o condutor para a exis- tência de trecho de pista que pode tornar-se escorregadio, adiante. Projeção de cascalho Adverte o condutor para a existência adiante de trecho onde pode ocorrer projeção de cascalho. Trânsito de ciclistas Adverte o condutor para a exis- tência, adiante, de local de tra- vessia de ciclistas ou onde há a possibilidade de circulação de ciclistas.A-28 A-29 A-30a Passagem sinalizada de ciclistas Alerta o condutor para a existên- cia de trecho, adiante, onde há travessia sinalizada de ciclistas. Trânsito compartilhado por ciclistas e pedestres Alerta o condutor para a pre- sença de ciclistas e pedestres na via. Trânsito de tratores ou maquinária agrícola Adverte o condutor para a exis- tência de local de cruzamento ou trânsito eventual de tratores ou maquinário agrícola.A-30b A-30c A-31 Trânsito de pedestres Alerta o condutor para a existên- cia de trecho, adiante, onde há travessia de pedestres. Passagem sinalizada de pedestres Adverte que à frente, há uma faixa sinalizada para a passa- gem de pedestre. Área escolar Alerta o condutor para a existên- cia de área escolar, adiante. A-32a A-32b A-33a 43Sinalização de Trânsito Sinalização de advertência (Continuação) Passagem sinalizada de escolares Alerta que à frente há uma faixa sinalizada para passagem de escolares. Crianças Alerta para a existência de área de lazer para crianças, adiante. Animais Alerta o condutor para a exis- tência de trecho onde pode de- parar-se com animais, adiante. A-33b A-34 A-35 Animais selvagens Alerta o condutor para a exis- tência de trecho, adiante, onde pode deparar-se com animais selvagens cruzando a pista. Altura limitada Adverte o condutor para a exis- tência de local onde há restri- ção à altura dos veículos em circulação, adiante. Largura limitada Adverte o condutor para a existência, adiante, de local onde há restrições à largura permitida para os veículos em circulação. A-36 A-37 A-38 Passagem de nível sem barreira Alerta o condutor para a exis- tência adiante de cruzamento com linha férrea, sem barreira, em nível. Passagem de nível com barreira Adverte o condutor para a existência adiante de um cru- zamento com linha férrea, em nível, com barreira. Cruz de Santo André Alerta o condutor para a existên- cia de um cruzamento com linha férrea,em nível, no local. A-39 A-40 A-41 Início de pista dupla Alerta o condutor que, adiante, os fluxos opostos de tráfego da via passam a ser separados por um canteiro central. Fim de pista dupla Alerta o condutor que, adiante, os fluxos opostos de tráfego da via deixam de ser separados por um canteiro central. Pista dividida Alerta que à frente, o fluxo de tráfego, ainda na mesma dire- ção, será dividido. A-42a A-42b A-42c Aeroporto Adverte o condutor da presen- ça, adiante, de aeroporto ou campo de pouso, onde pode haver aviões em baixa altura. Vento lateral Alerta o condutor para a exis- tência de local onde frequen- temente há vento lateral forte. Rua sem saída Adverte que o trânsito é local e a via não tem prosseguimento. A-43 A-44 A-45 Peso bruto total limitado Adverte para a existência, adian- te, de restrição para peso e informa o peso bruto total má- ximo admissível. Peso limitado por eixo Adverte para a existência, adian- te, de restrição para peso e informa o peso máximo admis- sível por eixo. Comprimento limitado Adverte para a existência, adian- te, de restrição, e informa o comprimento máximo admissí- vel do veículo.A-46 A-47 A-48 Pedestres à esquerda, VLT à direita Adverte que na via, à frente, pedestres trafegam pelo lado esquerdo e VLT pelo lado direito da via. Pedestres à direita, VLT à esquerda Adverte que na via à frente, pedestres trafegam pelo lado direito e VLT pelo lado esquerdo da via. Veículos à esquerda, VLT à direita Adverte que na via à frente, veí- culos trafegam pelo lado esquer- do e VLT pelo lado direito da via. A-49a A-49b A-50a Veículos à direita, VLT à esquerda Adverte que na via à frente, veí- culos trafegam pelo lado direito e VLT pelo lado esquerdo da via. A-50b * Estamos de olho: Notamos algumas inconsistências nos manuais de sinalização, como o ícone das placas (A-49a e A-49b) que mostra um ciclista e a descrição cita pedestre, dentre outras. A Tecnodata já alertou a Senatran que consciente desse fato disse que os manuais passarão por revisão. Por enquanto, optamos por publicar como está na legislação. Sinalização especial de advertência a) Para Faixas ou Pistas Exclusivas de Ônibus ÔNIBUS NO CONTRA FLUXO A100m PISTA EXCLUSIVA DE ÔNIBUS A 150m FIM DA FAIXA EXCLUSIVA A 100m 44 Sinalização de Trânsito Sinalização especial de advertência (Continuação) b) Para Pedestres c) Para Rodovias, Estradas e Vias de Trânsito Rápido Pedestre veículos nos dois sentidos Pedestre bicicleta nos dois sentidos 100 km/h 40 km/h A 500 m A 1 km 6,0 m 4,0 m Informações complementares aos sinais de advertência Pode estar incorporada à placa principal ou em uma placa adicional abaixo da principal. ATENÇÃO CURVA PERIGOSA A 50 m A 50 m A 50 m A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m LOMBADA 1.3 Sinalização de indicação Tem caráter informativo ou educativo. Servem para indicar vias, locais de interesse, distâncias e orientar condutores sobre percursos, destinos e serviços auxiliares. Placas de Identificação De Rodovias e Estradas De Municípios Regiões de interesse de tráfego A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m BRASIL Pan-Americana A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m PR BR-116 Federal A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m PR 410 Estadual A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m GOIÂNIA A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m Lapa Zona Oeste De Pontes, Viadutos, Túneis e Passarelas Quilométrica De Limite de Municípios, Divisa de Estados, Fronteira, Perímetro Urbano A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m Ponte Cidade Jardim Zona Azul A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m km 123 A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m LIMITE DE MUNICÍPIOS Recife Jaboatão A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m DIVISA DE ESTADOS Minas Gerais Espírito Santo Placas de Pedágio Placas Indicativas de Sentido A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m PEDÁGIO 1 km AUTOMÓVEL UTILITÁRIO A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m PEDÁGIO 1 km ÔNIBUS CAMINHÃO A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m Zona Leste Dutra PPRR BR-116 Placas Indicativas de Distância Placas Diagramadas A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m S. J. dos Campos 16 km Caraguatatuba 85 km Campos do Jordão 95 km A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m A 500m Rio de Janeiro Jacareí Sta. Branca Salesópolis A 50 m A 50 m ÚLTIMA SAÍDA FAIXA ADICIONAL A 500m ZZoonnaa NNoorrttee Centro PR BR-116 Dutra 45Sinalização de Trânsito Sinalização de indicação (Continuação) Placas Educativas MOTOCICLISTA USE SEMPRE O CAPACETE NÃO FECHE O CRUZAMENTO USE O CINTO DE SEGURANÇA Placas Educativas para Pedestres Pedestre Atravesse na Faixa Pedestre Aguarde o Sinal Verde Utilize a Passagem Protegida Placas de serviços auxiliares Identificam e orientam aos usuários das vias onde dispor dos serviços indicados. PLACAS PARA PEDESTRES PED-01 Símbolo de Pedestre PED-02 Travessia de Pedestres PED-03 Rampa de Acesso Passarela PED-04 Rampa de Acesso Subterrânea PED-05 Escada de Aces- so Passarela PED-06 Escada de Aces- so Subterrânea PED-07 Botoeira de Semáforo DEF-01 Símbolo Interna- cional de Acesso Exemplos de Placas Travessia de Pedestres Travessia de Pedestres Travessia de Pedestres DEF-02 Faixa de Travessia DEF-03 Rampa de Aces- so Passarela DEF-04 Rampa de Acesso Subterrânea PLACAS PARA CONDUTORES E SAU-01 Área de Estacionamento SAU-02 Informações Turísticas SAU-03 Câmbio SAU-04 Correio SAU-05 Rua 24 horas SAU-06 Serviço Telefônico SAU-07 Serviço Mecânico SAU-08 Borracharia SAU-09 Abastecimento SAU-10 Pronto-socorro SAU-11 Serviço Sanitário SAU-12 Restaurante SAU-13 Hotel SAU-14 Área de Campismo SAU-15 Estacionamento de Trailler SAU-16 Banho SAU-17 Cemitério SAU-18 Pedágio SAU-19 Terminal Rodoviário SAU-20 Terminal Ferroviário e Metroviário SAU-21 Aeroporto SAU-22 Heliporto SAU-23 Porto SAU-24 Transporte sobre Água Exemplos de Placas A 500 m 1 Km SAU-25 Terminal Aquaviário SAU-26 Ponto de Parada SAU-27 Cobrança Automática SAU-28 Fiscalização Eletrônica SAU-29 Via Monitorada 46 Sinalização de Trânsito PLACAS DE ATRATIVOS TURÍSTICOS ATRATIVOS TURÍSTICOS NATURAIS ATRATIVOS HISTÓRICOS E CULTURAIS TNA-01 Montanha TNA-02 Praia TNA-03 Ilha THC-01 Arquitetura Religiosa THC-02 Arquitetura Militar THC-03 Arquitetura Histórica THC-04 Monumento THC-05 Museu TNA-04 Rio, Lago, Lagoa TNA-05 Cachoeira TNA-06 Patrimônio Natural THC-06 Ruína THC-07 Patrimônio Cultural THC-08 Sítio Arqueológico THC-09 Farol THC-10 Centro de Cultura Placas de Identificação de Atrativo Turístico Praia de Pajuçara Parque Nacional de Itatiaia TNA-07 Gruta TNA-08 Turismo Rural TNA-09 Estância Hidromineral THC-11 Biblioteca ÁREAS PARA PRÁTICA DE ESPORTES TAD-01 Esportes TAD-02 Esportes Equestres TAD-03 Esportes Automobilísticos TAD-04 Esportes Náuticos TAD-05 Mergulho TAD-06 Voo Livre TAD-07 Surfe TAD-08 Canoagem TAD-09 Pesca Submarina TAD-10 Pesca Esportiva TAD-11 Montanhismo TAD-12 Golfe TAD-13 Aeroclube TAD-14 Marina TAD-15 Futebol TAD-16 Ciclismo ÁREAS DE RECREAÇÃO TAR-01 Praça TAR-02 Barco de Passeio TAR-03 Parque Urbano TAR-04 Represa TAR-05 Teleférico TAR-06 Mirante TAR-07 Parque de Diversões LOCAIS PARA ATIVIDADES DE INTERESSE TURÍSTICO TIT-01 Festas Populares TIT-02 Teatro TIT-03 Convenções TIT-04 Artesanato TIT-05 Zoológico TIT-06 Zoossafari TIT-07 Planetário TIT-08 Feira Típica Placas Indicativasde Sentido de Atrativo Turístico Placas Indicativas de Distância de Atrativo Turístico Museu Regional Igr. Bom Jesus do Bonfim Sobrados Mouriscos Parque das Ruínas Mus. Chac. do Céu Taperapuã Rio do Mangue 4 km Ponta Grande 6 km 2 Km Pal. Boa Vista 6 km Mus. Felícia Leirner 9 km TIT-09 Exposição Agropecuária TIT-10 Rodeio TIT-11 Pavilhão de Feiras e Exposições 47Sinalização de Trânsito 2. Sinalização horizontal São faixas, símbolos ou inscrições gravados na pista, que complementam a sinalização vertical, e servem para orientar a circulação e direcionar o fluxo de veículos e pedestres. Marcas Longitudinais: ordenam o tráfego, definem faixas de mesmo sentido, de fluxos opostos, de uso exclusivo ou preferencial por tipo de veículo, de orientação para ultrapassagens, etc. Linhas de Divisão de Fluxo Opostos Linhas de Divisão de Fluxos no Mesmo Sentido Linha simples contínua Linha simples seccionada Linha simples seccionada Via de mão dupla - proibida a ultra- passagem em ambos os sentidos Via de mão dupla - permitida a ultra- passagem em ambos os sentidos Via de mão única - permitida mudança de faixa Linha dupla contínua Linha dupla contínua e seccionada Linha simples contínua Via de mão dupla - proibida a ultra- passagem em ambos os sentidos Via de mão dupla - ultrapassagem proibida no lado contínuo e permitida no lado tracejado Via de mão única - proibida mudança de faixa Marcas de Canalização: são colocadas no início e no fim de canteiros ou obstáculos centrais. Dividindo ou unindo faixas de mesmo sentido Dividindo ou unindo faixas de sentidos contrários Inscrições no Pavimento: informam as condições de operação da via. Siga em Frente Vire à Esquerda Vire à Direita Siga em Frente ou Vire à Esquerda Siga em Frente ou Vire à Direita Retorno à Esquerda Retorno à Direita Deficiente Físico Serviços de Saúde Cruzamento Ferroviário Bicicleta Dê a Preferência Mudança Obrigatória de Faixa Curva Acentuada 48 Sinalização de Trânsito Exemplos de marcas viárias Faixa de Integração Faixa de Desaceleração Faixa de Travessia de Pedestres Linha de Retenção Legenda Marcação de Área de Conflito Não Estacione Linha de Bordo Marcas para Estacionamento PAR E 3. Dispositivos auxiliares Aumentam a visibilidade dos sinais e chamam a atenção para obstáculos perigosos. São refleti- vos ou luminosos para melhor visualização, principalmente durante a noite. Dispositivos Delimitadores Balizador Tachas ou Tachões (não podem ser usados como redutores de velocidade ou sonorizadores) Exemplo de utilização em Ponte, Viaduto, Túnel, Barreira e Defensa. Elementos refletivos Vermelho Amarelo Branco Dispositivos de Sinalização de Alerta A passagem poderá ser feita por ambos os lados A passagem deverá ser feita pela esquerda A passagem deverá ser feita pela direita Utilizado na parte superior do obstáculo 49Sinalização de Trânsito Marcadores de Perigo Marcadores de Alinhamento A passagem poderá ser feita por ambos os lados Obstáculo A passagem deverá ser feita pela esquerda A passagem deverá ser feita pela direita Alerta sobre alterações no alinhamento horizontal da via Dispositivos Luminosos Painéis Eletrônicos Painéis com Setas Luminosas Dispositivos de uso temporário Utilizados em operações de trânsito, obras e situações de emergência ou perigo com o objetivo de alertar condutores, canalizar o trânsito, proteger pedestres, trabalhadores, etc. O B R A S N A P I S T A D E S V I O D E S V I O O B R A S N A P I S T A R E D U Z A A V E L O C I D A D E U S E C I N T O D E S E G U R A N Ç A T A M B É M N O B A N C O T R A S E I R O O B R A S N A P I S T A D E S V I O D E S V I O O B R A S N A P I S T A R E D U Z A A V E L O C I D A D E U S E C I N T O D E S E G U R A N Ç A T A M B É M N O B A N C O T R A S E I R O Cones Tambores Barreiras Fixas Fita Zebrada Faixas Cilindro Branco Retrorrefletivo Laranja Balizador Móvel Laranja Branco Retrorrefletivo 50 Sinalização de Trânsito 4. Sinalização semafórica Sinais luminosos automatizados, que servem para controlar o fluxo de veículos e pedestres. Regulamentação para Veículos Regulamentação para Pedestres Advertência ou ou Direção Controlada ou ou Significados Amarelo: Indica atenção, sinalizando a iminência da parada obrigatória. Vermelho: Indica parada obrigatória. Verde: Indica permissão para passar, se o cruzamento estiver livre. Verde: Permissão para iniciar a travessia. Vermelho: Não pode iniciar a travessia. Amarelo intermitente: Adverte a existência de obstáculo ou situação perigosa na via. 5. Sinalização de obras Semelhantes aos sinais de advertência, porém de cor alaranjada e de caráter temporário, sempre relacionado à realização de obras na pista. MÁQUINAS NA PISTA A 100 m 6a. Gestos de agentes da autoridade de trânsito Sempre que a sinalização for efetuada pelo agente, esta tem prioridade sobre as demais. Ordem de parada para todos os veículos. Ordem de parada para os veículos que estão transitando em sentido transversal aos braços. Ordem de parada para os veículos que estão transitando em sentido transversal ao braço. 51Sinalização de Trânsito 01. Os sinais de trânsito podem ser: placas, desenhos pintados na via, e ainda sinais: a) luminosos e sonoros. b) luminosos e por gestos. c) sonoros e por gestos. d) luminosos, sonoros e por gestos. e) luminosos. 02. O objetivo da sinalização é informar: a) condições, restrições, obrigações e proibi- ções no uso da via. b) a situação do trânsito. c) a condição do veículo. d) a proibição de cometer imprudência. e) a ausência de fiscalização constante. 03. O tipo de sinalização que prevalece sobre os demais é: a) dos condutores de veículos. b) dos pedestres para atravessar a via. c) os sinais luminosos. Ordem de diminuição da veloci- dade. Ordem de parada para os veículos aos quais a luz é dirigida. Ordem de seguir. Gestos com a palma da mão voltada para trás. 6b. Gestos de condutores São sinais auxiliares, indicativos de manobras. Conversão à esquerda Conversão à direita Redução ou parada 7. Sinais sonoros São os apitos do policial ou agente de trânsito. 1 silvo breve Siga! 2 silvos breves Pare! 1 silvo longo Diminua a marcha! Questões - SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO d) do agente de trânsito. e) do passageiro de transporte coletivo. 04. As faixas que permitem ultrapassagem são: a) amarelas contínuas. b) brancas contínuas. c) contínuas. d) amarelas contínuas ou seccionadas. e) seccionadas. 05. A placa obriga a: a) circular somente para a direita. b) reduzir a velocidade ou parar, dando prefe- rência aos veículos que circulam pela via preferencial. c) parar e olhar bem o trânsito antes de entrar ou cruzar a via. d) manter a velocidade igual ou abaixo da indi- cada na placa. e) ver que há veículo quebrado adiante. Direção Defensiva52 DIREÇÃO DEFENSIVA O número de vítimas de acidentes de trânsito no Brasil, atualmente, é bem menor do que há 10 anos, mas ainda há muito a melhorar. O impacto econômico e social causado pelos acidentes de trân- sito é muito grande, porque a maioria das vítimas está em plena atividade produtiva. Chama a atenção os acidentes envolvendo motos, que represen- tam 27% da frota brasileira de veículos, mas correspondem a mais de 50% dos acidentes graves. É possível reduzir o número de acidentes e mortes no trânsito? Sim, e aqui vamos tratar do principal fator para que isso aconteça: o comportamento do condutor. Causas de acidentes • 90% dos acidentes são causados por falhas humanas. • 6% são causados por falhas mecânicas. • 4% são causados por má condição das vias. Em qualquer acidente, uma dessas três falhas humanas está sempre presente: • Negligência. • Imprudência. • Imperícia. Negligente é aquele que sabe o que é certo, mas não está nem aí. O desleixo pode causar graves acidentes. Exemplos de negligência: • Proprietários de veículos que nãofazem manutenção correta ou adiam consertos necessários. • O condutor que sabe que está cansado ou que algo não está fun- cionando bem, mas assim mesmo insiste em seguir em frente. • Deixar de fazer as inspeções e verificações periódicas do veículo e da carga durante a viagem. Imprudente é o condutor que se expõe a riscos desnecessários, sem medir as consequências. Condutor imprudente é aquele que: • Transgride intencionalmente as regras básicas de segurança. • Se arrisca, dirige agressivamente, faz ultrapassagens perigosas. • Conduz em velocidade incompatível com as condições locais. • Dirige perigosamente, motivado pela pressa, pelo espírito competi- tivo ou simplesmente porque gosta de se arriscar. A imperícia é a falta de habilidade ou de experiência em dirigir ou em lidar com uma situação, e que pode resultar em um acidente: • Não estar suficientemente capacitado ou familiarizado para conduzir determinado tipo de veículo. • Não saber como enfrentar situações adversas com segurança. • Reagir de forma imprópria em situações de emergência. Introdução Frota brasileira de veículos 27% motos Falhas humanas Negligência Imprudência Imperícia Direção Defensiva 53 O que é direção defensiva? Direção Defensiva, Direção Segura ou Condução Responsável é um con- junto de técnicas que o condutor deve incorporar à sua maneira de dirigir para torná-la mais segura para si mesmo e para os outros usuários do trânsito. Na condução de motos essas técnicas podem ser chamadas de pilotagem defensiva. Conduzir defensivamente é dirigir ou pilotar de forma a evitar acidentes ou diminuir as consequências de acidentes, apesar das condições ad- versas, da irresponsabilidade e de eventuais erros de outros condutores e pedestres. Lembre-se: conhecer as técnicas não basta. É preciso praticá-las no dia a dia, reconhecer e abandonar antigos vícios, maus hábitos e alterar o comportamento, automatizando procedimentos e atitudes corretas. Pilotagem defensiva As motocicletas modernas são mais seguras que as antigas, pois os fabricantes trabalham constantemente para dotá-las de dispositivos de segurança eficientes. Entretanto, os acidentes envolvendo motocicletas continuam sendo muito graves e muitas vezes fatais. Algumas características desse veículo contribuem para situações in- seguras. • As motos atingem altas velocidades em curtas distâncias. • Por serem estreitas, acabam trafegando entre as faixas de circulação. • O piloto e seu eventual acompanhante não estão protegidos por uma cabine e também não contam com cintos de segurança ou airbags. • Motos possuem apenas duas rodas, portanto, quando ocorre derra- pagem ou desequilíbrio do piloto, a queda é quase sempre inevitável. Algumas atitudes do piloto também contribuem para a insegurança. • A capacidade de aceleração da moto estimula o piloto a abusar da velocidade. • O excesso de autoconfiança de alguns motociclistas leva a uma avaliação incorreta dos riscos. • Subestimar situações de perigo aumenta a possibilidade de envol- ver-se em acidentes. Elementos da direção e da pilotagem defensiva As técnicas de direção e pilotagem defensiva estão agrupadas em cinco elementos básicos: • CONHECIMENTO. • ATENÇÃO. • PREVISÃO. • HABILIDADE. • AÇÃO. Definição É necessário alterar o comportamento Conhecimento Previsão Atenção Habilidade Ação Direção Defensiva54 Conhecimento É fundamental que o condutor defensivo conheça: • as leis e normas de trânsito; • as particularidades do veículo, seus equipamentos e acessórios; • as condições adversas e a maneira correta de enfrentá-las. Conhecer as leis O objetivo da legislação de trânsito, normas de circulação e conduta, e das técnicas de direção e pilotagem defensiva é o mesmo: a segurança no trânsito. As leis e normas de trânsito estão em constante evolução. Portanto, é necessário reciclar periodicamente esses conhecimentos. Está mais do que comprovado: quem não conhece as regras comete mais infrações e está mais exposto a acidentes. Conhecer os veículos Conhecer bem o veículo que se utiliza é fundamental para prevenir aci- dentes. Lembre-se: condutores e proprietários são responsáveis por acidentes provocados por má conservação ou manutenção deficiente do veículo. • As funções e a localização dos comandos não são iguais em todos os veículos. • O manual do proprietário contém informações importantes sobre o veículo e seus equipamentos e realmente precisa ser lido. • Redobrar o cuidado enquanto não estiver completamente familiari- zado com o comportamento do veículo. • Examinar frequentemente o veículo, os equipamentos e a carga, tomando providências corretas e imediatas sempre que encontrar irregularidades. • Os itens que interferem diretamente na segurança dos veículos de quatro rodas são: direção, freios, suspensão, pneus, faróis, lanter- nas, sinalizadores, limpadores de para-brisas e buzina. Conhecer a moto Existem motocicletas para todas as finalidades. É fundamental que a moto seja adequada à utilização pretendida. O tamanho da moto deve ser compatível com o porte do condutor, que deverá conseguir apoiar ambos os pés no solo quando estiver sentado na moto. Um bom teste para saber se o tamanho da moto está apropriado para seu porte físico é fazer um oito empurrando-a pelo guidão. Os componentes da motocicleta que interferem diretamente na seguran- ça devem ser verificados periodicamente, a fim de se evitar má conser- vação e mau funcionamento. • Freios: dianteiro e traseiro, manetes, cabos, pinças, lonas ou pas- tilhas, cubos ou discos, nível do fluido de freios. Conhecer leis e normas Direção Defensiva 55 • Suspensão: molas e amortecedores. • Corrente de transmissão: condições de uso e folgas. • Pneus: pressão e desgaste. • Luzes: faróis, lanternas, sinalizadores e luz de freio. • Buzina. Condições adversas são fatores ou combinações de fatores que contri- buem para aumentar as situações de risco no trânsito, podendo compro- meter a segurança. O condutor deve ser capaz de identificar os riscos e agir corretamente diante dessas situações, adotando os procedimentos adequados para cada uma delas. Os principais tipos de situações adversas são: • iluminação; • tempo; • vias; • trânsito; • veículo; • cargas; • passageiros; • condutor. Condições adversas de iluminação A luz, natural ou artificial, é um fator de segurança, pois é essencial para vermos e sermos vistos. Ela se torna uma condição adversa quando está em falta ou em excesso: • ofuscamento; • penumbra; • noite. O ofuscamento, causado pelo excesso de luz, provoca uma cegueira momentânea nos olhos do condutor, que poderá durar alguns segundos. Enquanto isso, o veículo percorrerá dezenas de metros até que o condu- tor recupere a visão plena. Causas do ofuscamento Incidência direta de raios solares • O ofuscamento direto por luz solar pode ocorrer no início da manhã e no final da tarde, quando o sol está próximo do horizonte. Esta incidência pode ser evitada com o uso do para-sol, equipamento obrigatório nos veículos. Reflexos da luz solar • No ofuscamento indireto, os olhos do condutor são atingidos pela reflexão da luz solar em vidros ou espelhos de outros veículos. Luz alta em sentido contrário • Provoca uma cegueira momentânea e pode ser agravada por ou- tras condições adversas, como chuva e neblina. Conhecer as condições adversas Luz Ofuscamento Direção Defensiva56 Luz alta no retrovisor • Causado quando veículo de trás está com luz alta. Retrovisor com dispositivo antiofuscamento é muito útil para evitar isso. Penumbra ou lusco-fusco é a situação de pouca luminosidade que ocorre ao anoitecer, ao amanhecer, no interior de túneis, viadutos e em tempestades. É uma condição adversa, pois contornos e cores ficam pouco definidos, o que torna mais difícil reconhecer objetos, avaliar corretamente distâncias e, principalmente, ver e ser visto. Procedimentos para dirigir ou pilotar na penumbra:• manter a luz baixa ligada; • reduzir a velocidade; • redobrar a atenção. Devido à ausência total de luz solar, à noite a visibilidade do condutor depende da iluminação artificial das vias e está limitada ao alcance dos faróis. São necessários alguns cuidados para se conduzir à noite com segurança: • manter as luzes do veículo em perfeito funcionamento; • manter os faróis regulados e limpos; • à noite, a velocidade segura é inferior a praticada durante o dia; • aumentar a distância de segurança dos demais veículos. Nas estradas: prefira sempre viajar de dia, é muito mais seguro! Para evitar o ofuscamento por luz alta vinda de veículos que trafegam em sentido contrário, o condutor deverá: • diminuir a velocidade; • solicitar luz baixa, com um breve lampejo de luz alta; • não olhar diretamente para os faróis; • se a luz alta persistir, manter luz baixa e orientar-se pela margem direita da via. Tomar cuidado para não ofuscar os demais condutores, pois esta é uma causa frequente de acidentes. Usar luz baixa assim que surgirem veícu- los em sentido contrário, não apenas quando estiverem próximos. Cuidar também para não ofuscar pelos retrovisores o condutor do veículo que vai à frente. Condições adversas de tempo Interferem na segurança do trânsito, pois alteram as condições da via, podem reduzir a visibilidade do condutor e alterar o comportamento dinâmico do veículo. As condições de mau tempo podem se agravar a ponto de impedir o des- locamento seguro. As principais são: chuva, granizo e neblina. Condições como vento, frio e calor também podem comprometer a segurança. Penumbra Noite Condições climáticas Direção Defensiva 57 A neve não é frequente no Brasil, mas quem trafega nos países do MERCOSUL, como Argentina e Chile, deve estar preparado para dirigir sob essa condição adversa. A condição adversa que reduz a visibilidade, diminui a aderência dos pneus, aumenta consideravelmente o espaço percorrido em frenagens e dificulta manobras de emergência. O início da chuva torna a pista ainda mais escorregadia, devido à mistura de água com pó e outros resíduos. Quando for inevitável dirigir sob chuva, deve-se observar os seguintes pontos: • redobrar a atenção; • reduzir a velocidade; • aumentar a distância dos demais veículos; • redobrar o cuidado em curvas e frenagens; • manter acesa a luz baixa; • evitar passar sobre locais com acúmulo de água. É preciso manter as palhetas do limpador de para-brisas em bom estado e os vidros limpos, desengordurados e desembaçados. Em motos, onde o condutor está exposto, é preciso manter a viseira ou óculos de proteção limpos e desengordurados e usar roupa apropriada, como capa ou macacão impermeável. Durante ou após as chuvas, a água acumulada sobre a pista pode pro- vocar a AQUAPLANAGEM, situação na qual os pneus não conseguem remover a lâmina de água e perdem o contato com a pista. Nesse caso, a direção fica repentinamente leve e o condutor pode perder o controle do veículo. A aquaplanagem ocorre pela combinação dos seguintes fatores: • excesso de água na pista. Deve-se tomar muito cuidado ao trafe- gar em locais onde há acúmulo de água; • velocidade do veículo. Quanto maior a velocidade, maior a possi- bilidade de ocorrer aquaplanagem; • pneus desgastados não conseguem afastar a lâmina d’água e po- dem perder a aderência com a pista. Cuidado: se a moto aquaplanar, o controle torna-se muito difícil e a que- da é praticamente inevitável. Procedimentos de segurança para evitar a aquaplanagem: • sob chuva, reduzir a velocidade e redobrar a atenção; • evitar passar sobre áreas com acúmulo de água na pista; • estabelecer um padrão de condução seguro para a situação. Chuva Aquaplanagem Direção Defensiva58 O que fazer em caso de aquaplanagem: • segurar firmemente o volante ou o guidão, sem virá-lo; • desacelerar o veículo sem frear bruscamente. Se as rodas esti- verem viradas ou travadas no momento que voltar o contato dos pneus com a pista, o veículo poderá se desgovernar. O ideal é evitar circular por trechos alagados. A água pode esconder bu- racos ou obstáculos e causar acidentes, danificar o motor, dependendo da profundidade, além do risco de ser arrastado pela correnteza. Se for inevitável passar por um local alagado, deve-se escolher um trajeto onde a água não ultrapasse a metade da altura da roda do veículo e manter aceleração constante em primeira marcha. A chuva acompanhada de pedras de gelo apresenta riscos adicionais: • durante a ocorrência de granizo, a visibilidade é ainda menor; • pode ferir pedestres, ciclistas e motociclistas e seus passageiros; • pode quebrar vidros, faróis, danificar a pintura e lataria do veículo; • o granizo pode assustar, levando as pessoas a comportamentos imprevisíveis, que podem causar acidentes. Além das recomendações para chuva, deve-se também: • parar somente em locais seguros, para evitar acidentes com os demais veículos; • trafegar em velocidade compatível com a situação; • sempre que possível, motociclistas devem procurar um lugar coberto. Em caso de quebra de para-brisas: • se o vidro for do tipo laminado, não haverá perda total da visibilida- de, pois ele apresentará trincas maiores; • se o vidro for temperado, irá trincar em milhares de pequenos pe- daços, impossibilitando a visão. Nesse caso, é preciso reduzir a velocidade, sinalizar e parar em local seguro; • se for inevitável dirigir sem o para-brisa, conserve as janelas do veículo fechadas, isso impede a entrada excessiva de ar. Conduzir sob neblina exige muito cuidado e experiência. Graves acidentes e engavetamentos podem ocorrer devido a essa condição adversa. Precauções: • nas estradas, trechos e horários sujeitos a neblina são previsíveis e podem ser evitados; • redobrar a atenção e aumentar a distância de segurança; • reduzir a velocidade, mantendo um ritmo seguro e constante; • manter o farol baixo ou farol de neblina aceso, mesmo de dia; • não usar luz alta, pois ela piora a visibilidade; • parar somente em emergências, em acostamento ou em locais seguros; manter o pisca-alerta ligado; • em pistas sem acostamento é preferível seguir em frente com cuidado. Quebra de para-brisas Granizo Neblina ou cerração Enchentes e alagamentos Direção Defensiva 59 ATENÇÃO! O pisca-alerta não deve ser usado com o veículo em movimento, exceto em situações de emergência. Não é uma situação climática, mas provoca falta de visibilidade seme- lhante à causada pela neblina, com diferenças importantes. Ocorre de maneira localizada, mas é difícil avaliar a sua intensidade e extensão. Pode provocar irritação nos olhos, tosse ou sufocação, princi- palmente nos motociclistas, que estão sempre mais expostos. Deve-se evitar, sempre que possível, trafegar sob fumaça densa. Porém, se for inevitável, seguir as seguintes recomendações: • antes de entrar na fumaça, ligar pisca-alerta e reduzir a velocidade; • depois de entrar, é melhor não parar até sair do outro lado; • no caso de automóveis, fechar todas as janelas; • não frear bruscamente, pois pode resultar em colisão traseira. Em motos e veículos sem ar-condicionado, além do desconforto, o calor pode causar sonolência. Deve-se manter o veículo ventilado, o corpo bem hidratado e a mente alerta. Frio excessivo provoca rigidez das mãos e pés, principalmente em mo- tociclistas, exigindo vestimentas corretas. A tendência a embaçamento interno nos vidros dos veículos deve ser controlada com ventilação e recursos disponíveis no mesmo. Condições adversas das vias O ideal seria transitar por vias bem projetadas; construídas, sinalizadas e conservadas adequadamente. Porém, isso nem sempre é possível. As principais condições adversas das vias são: • sinalização inadequada ou deficiente; • pavimentação inexistente ou defeituosa; • aclives ou declives muito acentuados; • pistas ou faixas de rolamento com largura inferior à ideal; • curvas mal projetadas ou mal construídas; • lombadas,ondulações e desníveis; • acostamento inexistente ou com desnível excessivo; • má conservação, buracos, falhas e outras irregularidades; • pista escorregadia ou com drenagem deficiente, permitindo acú- mulo de água; • vegetação muito próxima da pista. É importante planejar o itinerário com antecedência, considerando as condições das vias, em aplicativos do tipo Google Maps ou Waze. Todo condutor deve utilizar as vias de forma segura, reconhecendo seus perigos e deficiências, e ajustando-se às suas condições. Fumaça Calor e frio excessivos Planejar o itinerário Direção Defensiva60 A má conservação das vias pode danificar o veículo, principalmente a suspensão e provocar acidentes. As principais recomendações são: • conduzir em velocidade compatível com a condição da via; • no caso de automóveis, cuidar para não bater a parte de baixo do veículo, pois poderá danificar o reservatório de óleo do motor; • cuidar para não bater em outros veículos, ao frear ou tentar desviar de buracos na pista; • veículos de carga não devem trafegar com excesso de peso, pois esta é a maior causa de deterioração do pavimento. Motos • Cuidar com pedras e buracos, que podem danificar pneus e aros, além de desequilibrar a moto. • Se for inevitável transpor obstáculos, lombadas, cruzar trilhos ou sonorizadores, deve-se reduzir a velocidade, aproximar-se em ân- gulo de 90 graus, em linha reta e erguer-se um pouco do assento apoiando-se nas pedaleiras. • Em caso de derrapagem, segurar firme o guidão no sentido da derrapagem, sem acelerar, frear nem utilizar a embreagem, para que a aderência se restabeleça. As condições que podem deixar a pista com pouca aderência, são: • pavimento molhado, particularmente, logo após começar a chover; • manchas de óleo na pista; • pisos de terra ou acúmulo de pedregulho e areia no pavimento; • lama e gelo; • faixas pintadas na pista; • placas de aço, especialmente, quando molhadas. Para pilotar uma moto com segurança em superfícies com pouca ade- rência, deve-se: • é preferível reduzir a velocidade antes dos pontos de baixa aderên- cia, do que frear durante elas, principalmente em curvas; • é preciso que haja um equilíbrio entre os freios dianteiro e traseiro da moto, para evitar derrapagens e quedas; • em motos mais antigas é o condutor que regula a pressão dos freios, cuidando para não travar a roda traseira, que provoca derra- pagens em pistas escorregadias; • motos novas são equipadas com freios ABS, que são mais efi- cientes e evitam o travamento das rodas; ou BBS, que distribui a pressão de frenagem entre rodas dianteira e traseira; • cuidado também para não derrapar ao acelerar, acionar a embrea- gem ou trocar marchas durante as curvas; • ter cuidado ao passar de um tipo de piso para outro, como por exemplo, do asfalto limpo para o acostamento com areia; • em piso molhado, deve-se trafegar sobre os rastros dos pneus dos outros veículos, onde há menos água; • evitar faixas de areia, sujeira e folhas soltas nas laterais da pista. Vias mal conservadas Direção Defensiva 61 A inexistência ou deficiência de sinalização é um importante fator de risco. Nesse caso, o condutor deverá redobrar a atenção, para não ser surpreendido e não se envolver em acidentes. Em descidas íngremes ou longas, como rampas, ladeiras ou descidas de serras, não se deve confiar apenas no freio. A técnica correta e segura consiste em utilizar o freio motor, iniciando a descida com velocidade reduzida, engrenando a mesma marcha que seria usada na subida. Jamais descer desengrenado (banguela), porque depois que o veículo embalar fica mais difícil reduzir a velocidade, principalmente para veícu- los de grande porte como ônibus, caminhões e carretas. Nesse caso, os freios irão superaquecer e perder eficiência, podendo incendiar os freios e os pneus, e resultar em graves sinistros. Esses acidentes são muito comuns em serras, que combinam descidas íngremes e curvas. Conduzir o veículo de maneira incompatível com as condições da via caracteriza imprudência e irresponsabilidade do condutor. Condições adversas de trânsito Para dirigir ou pilotar com segurança é fundamental avaliar e agir de acordo com as condições do trânsito. Fatores adversos mais comuns: • trânsito lento ou congestionado; • horários e locais de maior movimento; • áreas de aglomeração ou grande circulação de pedestres; • presença de ciclistas e outros veículos não motorizados; • tráfego intenso de veículos pesados; • comportamento imprudente ou agressivo dos demais condutores. O condutor defensivo procura, sempre que possível: • planejar seu itinerário, evitando os horários e os locais de conges- tionamento; • sair com antecedência, prevendo possíveis atrasos; • lembrar que nem sempre o trajeto mais curto é o mais econômico, em tempo e combustível. As pessoas aproveitam os congestionamentos para usar o celular, pas- sar mensagens, etc. Ao ficar desatento, o condutor pode não notar a movimentação do trânsito, além de ficar mais vulnerável a assaltos. A maior parte dos assaltos ocorre quando o condutor está parado em semáforos ou na frente de imóveis, ou ainda, entrando ou saindo do veículo. É preciso redobrar o cuidado nessas situações: condutores sozinhos, mulheres e idosos são mais visados. • Manter os vidros fechados. • Usar película escura que dificulta avaliar o interior do veículo. • Ao aproximar-se do semáforo, controlar a velocidade do veículo para pegar o sinal verde, sem ter que parar. Declives acentuados Vias mal sinalizadas Assaltos e sequestros Congestionamentos Direção Defensiva62 • Evitar o uso de objetos chamativos, como relógios e jóias. • Não deixar bolsas e outros objetos sobre os bancos. • Escolher criteriosamente seus roteiros e itinerários. • Evitar exposição desnecessária, principalmente à noite e de madrugada. • Se for assaltado, obedeça, não discuta e não reaja. A violência no trânsito vai além dos acidentes e assaltos. É preciso evitar discussões e brigas. Manter a calma, não provocar nem aceitar provoca- ções, são recomendações decisivas para evitar uma tragédia. Condições adversas do veículo Aqui vamos dar atenção aos principais itens e componentes do veículo, cujo estado pode interferir seriamente na segurança. • Lâmpadas queimadas e faróis desregulados. • Limpadores de para-brisas com defeito (no caso de automóveis). • Espelhos retrovisores deficientes ou ausentes. • Amortecedores em mau estado. • Folga no sistema de direção ou no guidão. • Rodas desbalanceadas ou aros empenados. • Falta de buzina. • Suspensão desalinhada. • Pneus gastos, com defeitos ou mal calibrados. • Freios deficientes. • Quantidade insuficiente de combustível. • Falta ou deficiência de um ou mais equipamentos obrigatórios. • Existência de qualquer tipo de vazamento. É importante ficar atento a todos estes itens, pois eles interferem na segurança. Deve-se recusar dirigir ou pilotar veículos em mau estado de conservação ou que não tenham todos os equipamentos obrigatórios. Condições adversas de cargas O transporte de cargas e até de simples objetos ou bagagens pode com- prometer a segurança se não forem tomados os cuidados necessários. As causas mais comuns de acidentes provocados pela carga são: • carga mal distribuída, mal embalada ou acondicionada inadequa- damente; • falha na imobilização e amarração dos volumes dentro do compar- timento de cargas; • desconhecimento do tipo de carga e das suas características. Ao transportar cargas, o condutor deve observar os seguintes pontos: • volume e peso devem ser compatíveis com a capacidade do veículo; • não transportar passageiros nos compartimentos da carga ou vice- versa; Brigas e outros incidentes Economizar na manutenção pode custar caro A carga pode se tornar uma condição adversa Direção Defensiva 63 • certificar-se de que a carga está imobilizada e bem acondicionada; • aproveitar as paradas para conferir as condiçõespermite que condutores possam trafegar com segurança, mesmo sem dominar o idioma local. Acordo Mercosul – 1992 Estabeleceu normas para uniformizar o trânsito entre os países integrantes do Mercosul - Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela (suspensa desde 2017). Código de Trânsito Brasileiro Todo condutor tem a obrigação de conhecer e cumprir a legislação de trân- sito, e estará sujeito a multas e penalidades sempre que transgredi-la. O condutor é responsável por todos os seus atos no trânsito. O desco- nhecimento da lei não pode ser usado na defesa de um infrator. O Código de Trânsito Brasileiro é composto de 22 capítulos e 341 artigos. 01. Disposições Preliminares. 02. Do Sistema Nacional de Trânsito. 03. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta. 03-A. Da Condução de Veículos por Motoristas Profissionais. 04. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados. 05. Do Cidadão. 06. Da Educação para o Trânsito. 07. Da Sinalização para o Trânsito. 08. Da Engenharia de Tráfego, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo. 09. Dos Veículos. 10. Dos Veículos em Circulação Internacional. 11. Do Registro de Veículos. 12. Do Licenciamento. Código de Trânsito Brasileiro Introdução CTB: Lei 9.503 de 23/09/97 6 Legislação de Trânsito 13. Da Condução de Escolares. 13-A. Da Condução de Motofrete. 14. Da Habilitação. 15. Das Infrações. 16. Das Penalidades. 17. Das Medidas Administrativas. 18. Do Processo Administrativo. 19. Dos Crimes de Trânsito. 20. Das Disposições Finais e Transitórias. O Capítulo I, das Disposições Preliminares, traz algumas definições e atribuições interessantes em seu Artigo 1°: • Trânsito é a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, para circulação, parada, estacionamento e operação de carga e descarga (§ 1°). • Trânsito em condições seguras é um direito de todos (§ 2°). • Os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito respondem por danos causados ao cidadão em virtude de ação, omissão ou erro (§ 3°). • Será dada prioridade à segurança, defesa e preservação da vida e do meio ambiente (§ 5°). Direitos e deveres do cidadão no trânsito Os direitos e obrigações do cidadão no trânsito são definidos no CTB. É seu dever: • Transitar sem constituir perigo ou obstáculo para os demais ele- mentos do trânsito (Art. 26 do CTB). Todas as demais regras são derivadas desse conceito. São seus direitos: • Utilizar vias seguras e sinalizadas. Em caso de sinalização defi- ciente ou inexistente, a autoridade com jurisdição sobre a via deve responder e ser responsabilizada (Art. 1° do CTB, § 2° e § 3°). • Sugerir alterações a qualquer artigo ou norma do CTB e receber resposta, bem como solicitar alterações em sinalização, fiscaliza- ção e equipamentos de segurança e ser atendido ou receber res- posta (Art. 72 e 73 do CTB). • Cobrar das autoridades a educação para o trânsito (Art. 74), que é prioridade definida pelo CTB. Sistema Nacional de Trânsito Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que tem por finalidade o exercício das atividades de planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de penalidades (Capítulo II, Seção I, Art. 5° do CTB). Respeito à vida e preservação do meio ambiente Sistema Nacional de Trânsito 7Legislação de Trânsito São objetivos do Sistema Nacional de Trânsito (Art. 6° do CTB): 1 - segurança, fluidez, conforto, defesa ambiental e educação; 2 - padronização de critérios técnicos, administrativos e financeiros; 3 - fluxo de dados. São órgãos com funções coordenadora, consultiva e normativa (Art. 7° do CTB). • CONTRAN: Conselho Nacional de Trânsito, órgão máximo do sistema. • CETRAN: Conselho Estadual de Trânsito. • CONTRANDIFE: Conselho de Trânsito do Distrito Federal. São órgãos responsáveis pelo cumprimento das leis de trânsito (Art. 8° ao 25° do CTB). Federais: • SENATRAN: Secretaria Nacional de Trânsito. • DNIT: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. • PRF: Polícia Rodoviária Federal. Estaduais: • DETRANs: Departamentos Estaduais de Trânsito. • CIRETRANs: Circunscrições Regionais de Trânsito. • DERs: Departamentos de Estradas de Rodagem. • PMs: Polícias Militares e Polícias Rodoviárias Estaduais. Municipais: • Departamentos Municipais de Trânsito. JARI: Junta Administrativa de Recurso de Infrações. Cada órgão de trân- sito que emite multas possui uma JARI (DNIT, PRF, DETRANs, CIRETRANs, DERs, PMs e Departamentos Municipais de Trânsito). Os assuntos relativos a CONDUTOR e VEÍCULO são de responsabilidade do DETRAN e das CIRETRANS de cada estado. Nas cidades em que o trânsito está municipalizado é de responsabili- dade dos Órgãos Municipais de Trânsito fiscalizar a circulação, parada e estacionamento dos veículos, além de implantar, manter e operar o sistema de sinalização nas vias urbanas. As vias Via Terrestre (Anexo I do CTB): é a superfície por onde transitam veícu- los, pessoas e animais, compreendendo pistas de rolamento, acosta- mentos, calçadas ou passeios públicos, ilhas e canteiros centrais. As vias podem ser (Art. 2° do CTB): vias internas de condomínios, ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas, rodovias e praias abertas à circulação pública e áreas de estacionamentos privados de uso coletivo. Classificação de Vias Rurais (Art. 60 e Anexo I do CTB): • Rodovias: definidas pelo CTB como vias rurais pavimentadas. • Estradas: vias rurais não pavimentadas (existem exceções). Órgãos normativos Órgãos executivos Vias rurais 8 Legislação de Trânsito Classificação de Vias Urbanas (Art. 60 e Anexo I do CTB): • Vias de trânsito rápido: não possuem cruzamentos diretos (inter- seções em nível), nem semáforos, nem travessia de pedestres em nível (diretamente sobre a pista de rolamento). • Vias arteriais: ligam diferentes regiões de uma cidade, com cruzamen- tos ou interseções geralmente controlados por semáforos. • Vias coletoras: coletam e distribuem o trânsito dentro das regiões da cidade e dão acesso a vias de maior porte. • Vias locais: vias de trânsito local, com cruzamentos geralmente sem semáforos. Velocidade máxima nas vias A velocidade máxima em cada via é definida pela legislação e pela sinali- zação. Em vias não sinalizadas, os limites de velocidade são os seguintes (Art. 61 do CTB): Em vias urbanas: • 30 km/h nas vias locais. • 40 km/h nas vias coletoras. • 60 km/h nas vias arteriais. • 80 km/h nas vias de trânsito rápido. Em rodovias de pista dupla: • 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) automóveis, camio- netas, caminhonetes e motocicletas. • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus, micro-ônibus, motor-casa e etc. Em rodovias de pista simples: • 100 km/h (cem quilômetros por hora) automóveis, camionetas, caminhonetes e motocicletas. • 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para caminhões, ônibus, micro-ônibus, motor-casa e etc. Em estradas: • 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). Velocidade mínima (Art. 62 do CTB): • Não poderá ser inferior à metade da máxima permitida no local, exceto na faixa da direita. Velocidade Segura (Art. 43 do CTB): • Em vias de grande movimento e rápido escoamento, é preciso acompanhar o fluxo sem obstruir os demais veículos. • Em vias locais, precisamos dirigir em baixa velocidade, prevendo que as pessoas possam estar mais descontraídas e desatentas. Vias urbanas 9Legislação de Trânsito Importante! O condutor deve dirigir em velocidade compatível com a segurança, levando em conta os fatores locais como: tráfego de veículos e pedestres, condições climáticas, da via, etc. Classificação geral dos veículos (Art. 96 do CTB) Quanto à tração: • automotor;da carga; • cargas externas não devem obstruir a visão do condutor, nem as luzes de sinalização. Não podem oferecer riscos aos demais usuá- rios, nem exceder as dimensões laterais do veículo. Motocicletas – cuidados adicionais Em motos, as condições da carga afetam diretamente a segurança. O peso, o volume e a posição da carga alteram significativamente o com- portamento da motocicleta nas acelerações, frenagens e curvas. As principais causas de acidentes em motocicletas, provocados pela carga são: • compartimento de carga em mau estado ou mal fixado à motocicleta; • carga muito volumosa ou muito pesada para a moto; • carga mal colocada ou mal distribuída causando vibrações e osci- lações na moto. Recomendações de segurança para motos • Compartimento de carga, se houver, deve estar bem instalado. • Quanto mais alta a carga, maior o desequilíbrio que irá causar. • As bolsas ou malas laterais podem distribuir melhor a carga. • Transportar cargas maiores exige experiência. Condições adversas de passageiros Quando o comportamento dos passageiros pode afetar a segurança: • barulho, desordem ou brigas entre os ocupantes; • idosos, passageiros machucados ou passando mal; • crianças pequenas desacompanhadas; • excesso de passageiros; • passageiros com estado psicológico alterado (irritados, nervosos, inseguros, alcoolizados, drogados etc.). Procedimentos • Não permitir que ocupantes desviem a atenção do condutor. • Crianças menores de 10 anos ou que não tenham 1,45 m devem permanecer no banco de trás, utilizando corretamente os equipa- mentos de retenção. • Respeitar o limite de passageiros de cada veículo. Motos Transportar passageiro em moto exige mais habilidade e experiência. O transporte de crianças menores de 10 anos é proibido por lei. Para levar passageiro, a motocicleta deverá estar equipada com: • assento apropriado, com espaço suficiente para o passageiro, sem que o piloto tenha que se deslocar para frente; Direção Defensiva64 • pedaleiras para que o passageiro apoie os pés firmemente; • equipamentos de proteção para o passageiro, iguais aos do piloto; • pressão extra nos pneus e nova regulagem do farol e dos espelhos. O comportamento da motocicleta muda devido ao aumento de peso. O piloto precisa adequar as técnicas de pilotagem, considerando que: • a motocicleta terá acelerações mais lentas e será necessário mais espaço para se intercalar no fluxo do trânsito; • frenagens e paradas deverão ser feitas com mais antecedência, pois o espaço percorrido até a moto parar será maior; • as curvas serão mais difíceis de fazer; • a distância de segurança do veículo à frente deverá ser maior. Instruções para o passageiro • Subir na moto somente depois do piloto. • Colocar os pés nas pedaleiras só depois que estiver sentado, e não tirar os pés durante as paradas. • Sentar próximo ao piloto segurando pela cintura ou quadril. • Segurar mais firmemente nas arrancadas e freadas. • Acompanhar a inclinação do corpo do piloto nas curvas. • Evitar movimentos desnecessários. • O piloto deve alertar o passageiro antes de manobras súbitas, passagens sobre lombadas, etc. • Evitar contato direto com o escapamento e a corrente da moto. Condições adversas do condutor Alterações no estado físico e mental do condutor afetam diretamente a capacidade de dirigir com segurança. Os principais fatores são: • deficiência visual, motora ou auditiva; • uso de álcool, drogas ou medicamentos que alteram a percepção; • cansaço, sono e fadiga; • estados psicológicos alterados e fatores comportamentais, como: pressa, distração, agressividade, irritação, competitividade, etc.; • estresse: o indivíduo estressado apresenta reações inadequadas diante de situações de perigo ou tensão. Deficiências físicas Algumas deficiências físicas não impedem o indivíduo de dirigir, mas tor- nam obrigatório o uso de acessórios, como próteses corretivas, lentes ou adaptações no veículo. Com a utilização de equipamentos especiais é possível dirigir normalmente. Capacidade necessária para dirigir A habilidade de dirigir ou pilotar utiliza muito da capacidade intelectual do condutor, afinal, é o cérebro que comanda tudo. Direção Defensiva 65 Estados mentais alterados que podem afetar a capacidade de dirigir ou pilotar com segurança, podem ser: • psíquicos ou neurológicos: epilepsia, neuroses, psicoses, etc., cuja intensidade pode impedir seus portadores de dirigir; • emocionais: estresse, depressão, irritação, raiva, insegurança ou alterações devido a comoções, fatalidades, mortes, traumas, etc. Além disso, o homem interfere artificialmente nessas condições ao uti- lizar substâncias químicas, como bebidas alcoólicas, drogas e medica- mentos, que alteram o funcionamento cerebral. Álcool Conduzir sob efeito de bebida alcoólica, conforme a legislação em vigor, é um ato criminoso. Apesar disso, mais de 50% dos acidentes de trânsito no Brasil, envolvem alguém alcoolizado. O indivíduo alcoolizado “acredita” que está bem, com reflexos e reações normais. Isso ocorre devido à falsa sensação inicial de leveza e bem- estar que o álcool proporciona. • O álcool induz as pessoas a fazer coisas que normalmente não fariam, seja por excesso de autoconfiança ou pela perda da noção de perigo e respeito à vida. Alterações provocadas pelo álcool • Diminuição da coordenação motora e dos reflexos. • Visão distorcida, dupla e fora de foco. • Tontura, torpor, sonolência e enjoo. • Falta de concentração, raciocínio e reações lentas. • Diminuição ou perda do espírito crítico. • Baixa qualidade de julgamento e alteração da noção de perigo. A médio e longo prazo, o alcoolismo poderá impor ao seu usuário alguns processos degenerativos. • Degeneração mental: comprometimento da memória e do raciocínio. • Degeneração moral: o alcoólatra torna-se displicente e relaxado com o trabalho, com os familiares e consigo próprio. • Degeneração física: o álcool ataca diversos órgãos, comprometen- do a saúde e o vigor físico. No trânsito, os condutores alcoolizados têm práticas perigosas que se tornam elementos de risco, tais como: • excesso de velocidade; • manobras arriscadas; • desvios de direção e avaliação incorreta das distâncias; • reflexos atrasados ou reações fora de tempo; • perda de controle do veículo. O etilômetro ou bafômetro é um aparelho que mede a dosagem de álcool contida no sangue a partir do ar expelido pelo condutor. Comportamentos nocivos Direção Defensiva66 Dirigir ou pilotar alcoolizado não é apenas uma infração: é uma irrespon- sabilidade, um crime que expõe pessoas inocentes a riscos desnecessá- rios e danos irreversíveis (saiba mais em Crimes de Trânsito pág. 21). Como você se sentiria • Se seu filho fosse atropelado por um condutor alcoolizado? • Se você provocasse a morte de alguém, ao dirigir alcoolizado? É preciso ter consciência sobre essas questões antes de começar a beber, para jamais dirigir ou pilotar depois de ter ingerido qualquer quan- tidade de álcool. Comportamento seguro e responsável • “Se vai dirigir não beba, se bebeu não dirija”. Essa ainda é a me- lhor de todas as regras. • Se vai sair e pretende beber, planeje deixar o carro em casa. • Ao sair com amigos, escolham o “motorista da vez”, aquele que ficará sem beber para poder dirigir. • Decida o que irá fazer antes de beber e cumpra o planejado. • Se beber, não dirija, mesmo que, aparentemente, o efeito da bebi- da tenha passado, pois é provável que ainda haja álcool no sangue. • Ao presenciar alguém alcoolizado que esteja prestes a dirigir, em- penhe-se ao máximo para fazê-lo mudar de ideia, pois é grande a chance dele envolver-se em um acidente. Vale a pena insistir. • Providencie carona ou transportes alternativos para que a pessoa alcoolizada chegue em casa com segurança. • Recuse-se a ser conduzido por pessoas alcoolizadas. • Tome o máximo cuidado também com outros condutores alcoolizados. • Evite os horários mais perigosos(entre a noite de sexta e a ma- drugada de domingo) onde ocorre o maior número de acidentes envolvendo pessoas alcoolizadas. Medicamentos Alguns medicamentos podem provocar alterações sensoriais ou de com- portamento, tonturas, sonolência, etc. Condutores que utilizam modera- dores de apetite, antidepressivos, anti-histamínicos e outras substâncias devem procurar conhecer os efeitos colaterais. Alguns condutores que dirigem ou pilotam por longos períodos ingerem drogas e medicamentos para afastar o cansaço e o sono. São os popu- lares “rebites”, ingeridos com café, refrigerantes, energéticos e até com bebidas alcoólicas. Quando cessa o efeito, a necessidade acumulada de sono se manifesta repentinamente, fazendo o motorista “apagar” e, consequentemente, envolver-se em graves acidentes. O consumo de medicamentos com bebidas alcoólicas deve ser evitado, pois é prejudicial à saúde e potencializa as alterações adversas. “Se vai dirigir não beba, se bebeu não dirija” Direção Defensiva 67 Drogas O uso de estimulantes, relaxantes ou entorpecentes é comum em todos os níveis da nossa sociedade. Nesse grupo de substâncias estão incluí- dos maconha, cocaína, crack, ecstasy e muitos outros. Essas drogas, assim como o álcool, alteram o funcionamento cerebral, o padrão de percepção e consciência da realidade e do perigo. Por isso, apesar de estar com sua capacidade comprometida, o indivíduo sob o efeito de drogas sente-se como se estivesse em plenas condições. A sensação de que tudo está sob controle é absolutamente falsa. Por isso, é importante que o usuário de drogas, eventual ou não, antes de consumi-las, tenha consciência de que não estará em condições de dirigir. Algumas pessoas utilizam álcool e drogas juntos. Essa combinação é ex- tremamente perigosa, pois multiplica o efeito nocivo dessas substâncias. Uso do celular ao dirigir A atividade de dirigir com segurança exige muita atenção, o tempo todo. Qualquer distração ao volante pode provocar um acidente, e os motivos para desviar a atenção são muitos, mas o campeão é o telefone celular. As pessoas estão cada vez mais conectadas, não conseguem desligar quando estão dirigindo: atendem chamadas e até digitam mensagens. Tirar os olhos do trânsito por apenas 2 ou 3 segundos é o suficiente para bater no carro da frente, mudar de pista, colidir com um objeto imóvel ou atropelar alguém. Em apenas 5 segundos, a 80 km/h o veículo percorre mais de 100 metros. Utilizar o modo viva-voz também não é completamente seguro. Pesquisas comprovam que conversar ao telefone rouba a atenção necessária para dirigir com segurança. Como proceder? O correto é, antes de dirigir, colocar o celular no modo silencioso, e não olhar nem que seja “só para ver quem está chaman- do”. Além disso, o condutor deve retornar as ligações apenas depois de parar o veículo. Se estiver aguardando uma ligação importante, procure primeiramente um local seguro para parar. Sono e fadiga A sonolência é responsável por mais de 10% dos acidentes de trânsito, percentual extremamente elevado quando comparado às demais causas. O sono diminui muito a capacidade de dirigir e pilotar com segurança. Muitas pessoas acreditam que podem controlar o sono utilizando artifí- cios como café, música alta ou vento no rosto, mas, sem perceber elas podem “tirar” um cochilo fatal. Sinais de sonolência • É preciso se esforçar para manter a concentração. • A visão perde o foco e fica difícil manter os olhos abertos. Drogas ilegais Não dirigir quando estiver “pedindo cama” Direção Defensiva68 • A cabeça começa a pesar. • A pessoa não para de bocejar. • Os pensamentos começam a ficar vagos e desconexos. • Ocorrem pequenos desligamentos, com desvios na trajetória do veículo. Cuidados são indispensáveis • Nas primeiras horas da manhã redobre os cuidados, pois a maioria dos acidentes, devido à sonolência, ocorre nesse período do dia. • Só dirigir ou pilotar se estiver realmente descansado e bem dis- posto. • Ficar atento aos períodos em que há baixa do nível de energia, como após refeições e durante a madrugada. • Em trajetos longos, planeje paradas e revezamentos, para não che- gar ao limite. Motos • O vento, o frio e a chuva fazem cansar mais depressa. No caso do motociclista, manter-se aquecido é essencial. • Vale a pena mandar instalar um para-brisa na motocicleta, para fazer longas viagens. • Para evitar o cansaço, pilotos experientes evitam pilotar mais do que seis horas por dia. Atenção! Pilotar uma motocicleta cansa mais que dirigir um automóvel, principal- mente em viagem. Fadiga é um cansaço permanente, resultante de certas doenças como estresse, depressão e esgotamento, ou por má distribuição entre horas de trabalho e descanso, por períodos prolongados. A dificuldade de concentração, a falta de atenção e os reflexos mais lentos do condutor, criam diversas pequenas situações de risco na con- dução, aumentando a probabilidade de acidentes, principalmente para quem passa muitas horas no trânsito. Para amenizar os efeitos da fadiga, é necessário dormir e se alimentar com regularidade, além de planejar corretamente os períodos de trabalho e descanso. Se os sintomas persistirem, deve-se procurar ajuda médica. Condições adversas – considerações finais Uma última advertência sobre CONDIÇÕES ADVERSAS: muitas vezes, encontraremos uma combinação de duas ou mais situações adversas. São exemplos: dirigir ou pilotar à noite com chuva; dirigir ou pilotar na chuva com pneus em mau estado; dirigir ou pilotar cansado, à noite, por uma estrada mal sinalizada ou mal conservada, entre outras. A combinação de condições multiplica os riscos e as possibilidades de acidentes. Por isso, deve-se redobrar os cuidados, sem esquecer que o melhor procedimento para qualquer situação adversa é tentar evitá-la. Fadiga Direção Defensiva 69 Atenção A atenção é o segundo elemento da direção ou pilotagem defensiva. Dirigir é uma atividade complexa e de muita responsabilidade. Qualquer displicência ou distração pode ser a causa de acidentes. O ato de dirigir exige do condutor atenção constante aos múltiplos fatores que vão se apresentando durante o trajeto, tais como: • a sinalização; • o comportamento dos demais condutores; • o comportamento de pedestres, ciclistas e demais veículos não motorizados; • as prováveis condições adversas. É necessário observar tudo constantemente, olhar de um lado ao outro da pista, incluindo calçadas, bem como a situação atrás e dos lados do veículo, detectando possíveis situações de perigo. Estar atento significa ficar permanentemente alerta, em busca de todas as informações neces- sárias para efetuar uma direção segura. Qualquer distração pode ser suficiente para causar um acidente. Previsão A previsão ocorre simultaneamente com a atenção. Enquanto o condutor observa tudo com atenção, seu cérebro prevê e antecipa possíveis acon- tecimentos, agindo prontamente, sem ser tomado de surpresa. São muitos os exemplos que podem ilustrar as previsões. • Dirigindo, o condutor VÊ uma bola rolando pela via: imediatamente PREVÊ que uma criança distraída possa vir correndo atrás da bola. • Ao passar por um ponto de parada de ônibus, o condutor VÊ passa- geiros desembarcando: ele PREVÊ que alguém poderá tentar atra- vessar a rua, saindo repentinamente de trás do ônibus. • Dirigindo pela via, o condutor passa por veículos estacionados e VÊ que alguns deles têm pessoas dentro e PREVÊ que alguém possa tentar desembarcar, abrindo subitamente a porta do veículo. • O condutor VÊ um veículo saindo de uma residência, cujo motorista está olhando para o outro lado: PREVÊ que ele poderá entrar peri- gosamente na via, porque não notou a sua aproximação. • O condutor, VENDO que irá passar por um ciclista, PREVÊ um possí- vel movimento lateral brusco, comum entre os ciclistas. • Se o carro à frente está com a trajetória irregular, é fácil PREVER que o motorista está desatento, ao celular oucom problemas. Quanto melhor a capacidade de previsão do condutor, mais segura será a sua condução. Pequenas distrações podem ser fatais Antecipar os possíveis acontecimentos Direção Defensiva70 Habilidade Adquirir habilidade para dirigir ou pilotar um veículo com segurança sig- nifica conhecer o veículo e os seus equipamentos, ter recebido correto e cuidadoso treinamento para manusear os controles e saber efetuar com segurança todas as manobras necessárias. Para decidir e agir corretamente no trânsito, além do conhecimento é necessário ter experiência, que só se adquire com a prática e com o tempo, dependendo das características de cada pessoa. É muito importante aprender a fazer certo desde a primeira vez, do que corrigir vícios ou aprendizado incorreto. Daí a importância de uma forma- ção eficiente, completa e responsável. Ação A ação correta, principal ferramenta da direção ou pilotagem defensiva, é uma combinação de decisão e habilidade. Com os CONHECIMENTOS necessários, dedicando toda a ATENÇÃO pos- sível ao ato de dirigir, o condutor poderá PREVER situações de risco corre- tamente. Estando devidamente treinado, terá HABILIDADE para DECIDIR e AGIR defensivamente, de modo a EVITAR ACIDENTES e PRESERVAR a sua SEGURANÇA e a dos demais envolvidos no trânsito. Cinto de segurança O uso do cinto de segurança já se tornou um hábito, trazendo benefícios para todos e evitando muitas mortes. Muitos condutores, porém, ainda não exigem que os passageiros do banco de trás usem cinto de segurança. • O cinto de segurança deve ser utilizado por todas as pessoas que estão no veículo, inclusive as do banco traseiro. • Menores de 10 anos que não tenham atingido 1,45 m deverão ocupar o banco traseiro, utilizando equipamento de retenção ade- quado para cada caso. Utilizar a trava de segurança das portas. • Mulheres grávidas também devem utilizar cinto, de preferência o de três pontos, com a faixa inferior passando por baixo do ventre. • Os cintos devem ser mantidos em bom estado e prontos para o uso. Não usar cintos torcidos. • Retirar dos bolsos canetas, óculos e outros objetos. Em caso de colisão, eles podem provocar ferimentos. Em caso de acidentes, o uso correto do cinto de segurança pode aumen- tar em até 25 vezes a chance de sobrevivência dos ocupantes, porque: • evita que eles colidam contra as partes internas do veículo; • evita que sejam arremessados uns contra os outros; • evita que sejam arremessados para fora do veículo; • diminui o risco de lesão interna grave ou fatal. A ação é uma combinação de decisão e habilidade Direção Defensiva 71 É um grave erro pensar que os ocupantes do banco de trás não precisam usar cintos de segurança, pois em caso de acidente, eles são arremes- sados violentamente contra os bancos dianteiros, por sobre os ocupan- tes da frente e contra o para-brisa. O cinto deve ser usado sempre. Deixar de usá-lo nos percursos curtos é um erro grave, pois é aí que acontece a maioria dos acidentes. Cinto de dois e três pontos Alguns veículos ainda estão equipados com os cintos subabdominais, de dois pontos. É preciso ajustá-lo manualmente para que tenha eficiência. O cinto de três pontos é mais seguro porque passa pelo quadril e pelo tórax, além de ser retrátil e ajustar-se automaticamente. Equipamentos de segurança do motociclista Ao circular de moto, piloto e passageiro estão sempre muito expostos. Quase todas as colisões ou quedas geram algum tipo de lesão ou feri- mento, com graves consequências, se os usuários não estiverem utili- zando equipamentos de proteção. O capacete reduz em até 40% o risco de morte e em até 70% as chances de ferimentos graves na cabeça, como o traumatismo craniano. Deve-se utilizar o capacete em todos os deslocamentos com a moto, mesmo nos trechos curtos ou muito conhecidos, pois é nessa situação que ocorre a maioria dos acidentes. A preocupação com a segurança começa na escolha do capacete ade- quado. Diferentes tipos de capacete oferecem diferentes níveis de proteção. Em geral, os capacetes mais fechados e com viseira protegem mais do que os capacetes abertos que exigem o uso de óculos. Cores claras e adesivos refletivos aumentam a segurança. É muito importante que o capacete tenha sido aprovado pelo INMETRO e esteja dentro do prazo de validade. O capacete deve ficar firme, bem ajustado na cabeça e bem afivelado. Deverá ser substituído sempre que passar da validade, apresentar racha- duras, tiver sofrido fortes impactos, estiver com o revestimento interno solto ou com as correias desfiadas. As viseiras protegem os olhos e parte da face contra chuva, poeira, inse- tos e detritos levantados por outros veículos. Em velocidade, o impacto de um pequeno objeto pode causar um grande estrago se o piloto não estiver suficientemente protegido. Óculos comuns não protegem adequadamente, pois são facilmente arrancados até pelo vento. Além disso, mantêm exposta parte da face e não impedem o lacrimejamento causado pelo vento. Para capacetes sem viseira, deve-se usar óculos de proteção especiais para motos, que permitem o uso simultâneo com óculos de sol ou de grau. Capacete Viseiras e óculos de proteção Direção Defensiva72 Os óculos de proteção ou viseiras devem: • ser fabricados de material resistente, que não estilhace; • permitir uma excelente visão lateral; • permitir boa ventilação, para evitar o embaçamento; • ficar ajustados para que não sejam arrancados pelo vento; • estar em perfeito estado, sem rachaduras ou riscos. Luvas de couro e sem forro dão melhor aderência às manoplas. Servem para proteger as mãos do frio, das quedas e do impacto de detritos. Lu- vas de punhos longos evitam a entrada de vento nas mangas da jaqueta. Roupas adequadas oferecem uma boa proteção em caso de queda, além de proteger das intempéries e das partes quentes e móveis da motoci- cleta. O ideal é proteger também braços e pernas, com uma boa liberda- de de movimentos, mas sem folgas que se agitem com o vento. Existem jaquetas que proporcionam proteção à coluna vertebral. As roupas em couro oferecem a proteção ideal. O tecido “jeans” também oferece uma boa proteção, com a conveniência de ter um custo menor. • No calor: é aconselhável usar calça e jaqueta, mesmo nos dias quentes. O calor é amenizado pelo movimento. • No frio: a vestimenta correta deve manter o piloto quente e seco. A jaqueta de inverno deve se ajustar bem na cintura, no pescoço e nos punhos. A capa ou agasalho de chuva deve resistir ao vento, sem inflar nem rasgar, mesmo em velocidades maiores. • Capacete e roupas de cores claras ou chamativas, com detalhes refletivos, ajuda a ser visto pelos demais condutores. Calçados adequados protegem os pés do motociclista, que estão sem- pre muito expostos, além de proporcionar bom apoio. • Botas de cano alto protegem os tornozelos. • Solas de borracha dão maior aderência. • Precisa ter um pequeno salto, para firmar o pé na pedaleira. • Se houver cordões, cuidar para que não se enrosquem na moto. Acidentes Acidentes ou sinistros de trânsito, como também são chamados, são acontecimentos imprevistos, com consequências sempre indesejáveis. Para efeitos meramente didáticos, os acidentes evitáveis são aqueles que, se os condutores tivessem agido corretamente, provavelmente não teriam acontecido. Acidentes considerados inevitáveis, são os que ocor- reram apesar de os condutores – supostamente – terem agido correta- mente. Cabe, no entanto, a dúvida: será que realmente foi feito tudo que era possível no sentido de evitar o acidente? Se houver uma análise rigorosa das causas de um acidente, quase sem- pre será possível pensar em como ele poderia ter sido evitado. A direção defensiva, por princípio, deve considerar todos os acidentes como evitáveis. Acidentes evitáveis e inevitáveis Vestimentas Luvas Botas Direção Defensiva 73 Acidentes ocorrem devido a um fator causador ou a uma combinação de fatores. A direção defensiva ajuda a preveresses fatores e ensina técnicas para controlá-los, de forma a evitar que eles ocorram. Como evitar acidentes Todas as técnicas de direção ou pilotagem defensiva foram elaboradas e desenvolvidas para evitar acidentes. Com a utilização dessas técnicas, hoje podemos evitar sinistros que antes eram considerados inevitáveis. Mesmo os condutores experientes e cuidadosos são expostos a situa- ções perigosas. O condutor deverá estar treinado e qualificado para sair do perigo. É necessário ter habilidade para reagir rápida e corretamente. Antes de sair o condutor de automóveis deve: • fazer uma breve revisão e certificar-se de que está tudo bem com o veículo, com os passageiros e consigo mesmo; • criar um ambiente tranquilo, evitando que os passageiros desviem a sua atenção com conversas, assuntos polêmicos ou discussões; • ao acionar a chave de ignição, prestar atenção a todos os indica- dores do painel; • verificar se há combustível suficiente para o deslocamento pretendido; • colocar o cinto e certificar-se de que todos os ocupantes façam o mesmo; • ajustar corretamente o banco e os espelhos; • cuidar para que ninguém coloque qualquer parte do corpo para fora; • o lugar mais seguro para idosos e crianças é no banco de trás; • posicionar corretamente as duas mãos no volante é decisivo para executar manobras rápidas e evitar um acidente; • não segurar na parte inferior do volante nem na travessa central; • não fazer movimentos bruscos e precipitados: isso aumenta os riscos; • adotar um padrão de segurança e praticá-lo constantemente. Antes de sair, o motociclista deve: • utilizar capacete, sempre; • ajustar corretamente os espelhos para que se possa ver a pista atrás e parte das laterais. O cotovelo ou ombro também aparecem; • cuidado com os espelhos que diminuem o tamanho da imagem, fazendo com que os objetos aparentem estar mais longe do que realmente estão. Acidentes com motos Principais tipos de acidentes envolvendo motos: • queda; • colisão da moto contra outro veículo ou obstáculo; • atropelamento de pedestre ou de ciclista; • colisão de outro veículo contra a moto. Objetivo maior da Direção Defensiva Revisão mental Direção Defensiva74 Em caso de queda • A moto e o piloto deslizarão até parar. É importante tentar separar-se imediatamente da moto para não ser ferido por ela. • Não aparar a queda com mãos e pés no solo, mas tentar deslizar de costas, com o queixo encostado no peito e os braços levantados. • O piloto deve permanecer imóvel até a chegada do resgate, pois ainda não se sabe a gravidade dos ferimentos. Em caso de colisão da moto com outro veículo ou obstáculo • A parada súbita irá lançar o piloto por sobre o veículo ou obstáculo. Neste caso, tentar encostar o queixo no peito e cair de costas. O corpo poderá chocar-se contra o outro veículo, ocasionando fraturas, por isso, é importante permanecer imóvel após a queda. Em caso de colisão iminente de outro veículo contra a moto • O piloto deverá levantar a perna que corre o risco de ser atingida, procedimento muito importante para evitar fraturas nas pernas. Como evitar acidentes – velocidade compatível A velocidade máxima permitida nem sempre é uma velocidade segura. O bom senso manda que a velocidade do veículo seja compatível com a situação e com os demais elementos do trânsito. A velocidade inadequada reduz o tempo disponível para uma reação eficiente em caso de perigo. Em alta velocidade, muitas vezes não há tempo suficiente para evitar o acidente. • A velocidade deve ser compatível com as condições locais: o tipo de piso, condições climáticas, quantidade de pessoas, veículos presentes. • Mesmo as baixas velocidades podem ser incompatíveis em caso de aglomerações ou outras situações de risco. • Nunca trafegar acima da velocidade máxima permitida para o local, mesmo que não existam fatores adversos. • Quanto maior e mais pesado o veículo, menor é a capacidade de manobras em velocidade. • Frenagens e reduções devem ser graduais e progressivas. Frena- gens bruscas devem ser usadas apenas em emergências. • Nas frenagens de emergência, instintivamente acionamos o freio até o final, causando o bloqueio das rodas, fazendo com que os pneus “arrastem” (a menos que o veículo seja equipado com freios ABS). • O travamento das rodas deve ser evitado, porque o veículo com as rodas travadas percorre um espaço maior para parar, não obedece à direção e pode sair pela tangente nas curvas. • No Brasil, todos os veículos fabricados após 2014 são equipados com freios ABS, que impedem o travamento das rodas. • Em pisos molhados ou irregulares, o veículo precisa de mais espaço para parar. Velocidade compatível Direção Defensiva 75 Em motos • Em frenagens de emergência os dois freios (dianteiro e traseiro) devem ser acionados ao mesmo tempo na motocicleta. O freio dianteiro é responsável por 70% da eficiência da frenagem. • Nas motonetas o peso fica concentrado na roda traseira fazendo com que o piloto utilize o freio traseiro com mais intensidade. • Os freios devem ser acionados progressivamente, sem provocar o travamento das rodas. Evitando colisões com o veículo da frente É responsabilidade do condutor do veículo de trás evitar a colisão com o veículo da frente. Existem três cuidados essenciais: • trafegar em velocidade compatível com as condições do momento; • manter distância segura do veículo da frente; • ficar atento, sem se distrair. É o espaço que o condutor deve manter com o veículo da frente e deve ser suficiente para evitar a colisão, caso ele pare repentinamente. A distância segura depende, principalmente, da velocidade. Quanto maior a velocidade, maior deverá ser a distância de segurança. Também deve-se aumentar a distância se houver fatores adversos: • pista mal pavimentada, esburacada, com piso molhado, etc.; • situações de baixa visibilidade, como sob chuva e neblina; • condições do veículo, eficiência dos freios e estado dos pneus; • tempo de reação, que varia de um condutor para o outro. É bom saber: • tempo de reação: entre o momento em que o condutor decide frear até o momento em que aciona o freio, o veículo percorre um espaço, na velocidade em que estava; • a partir do acionamento dos freios, o veículo desacelera, percor- rendo a distância de frenagem; • a 80 km/h, com pneus e freios em bom estado, em asfalto seco, um automóvel leva aproximadamente 35 metros para parar; • uma motocicleta de porte médio, a 80 km/h, nas mesmas condi- ções, leva aproximadamente 40 metros para parar; • a distância a ser mantida com piso molhado deve ser o dobro da distância segura com piso seco; • veículos mais pesados precisam de mais espaço para frear. Por isso, muito cuidado quando transitar perto de ônibus ou caminhões; • quanto maior a velocidade, maior será a distância percorrida na frenagem. Distância de Segurança Tipo mais frequente de acidente Direção Defensiva76 Qual a distância segura a se manter do veículo da frente? Métodos usados para ajudar o condutor a calcular a distância de segu- rança, como a regra dos dois segundos, são ineficazes porque não levam em conta as variáveis e fatores de risco presentes em cada situação. O BOM SENSO ainda é o melhor método, pois, instintivamente todos nós sabemos quando estamos muito próximos do veículo da frente, levando em conta a combinação de fatores presente em cada momento. Condutores imprudentes têm o mau hábito de dirigir perto demais do veículo da frente, porque confiam demais na sua habilidade, gostam de desafiar o perigo, ou para pressionar o condutor da frente. Dirigir ou pilotar defensivamente é ser previdente e cuidadoso, resistindo à imprudência de andar próximo demais do veículo da frente, adquirindo o bom hábito de deixar sempre uma distância segura e confortável. Evitando colisões com o veículo de trás O condutor do veículo da frente também pode tomar algumas medidas de segurança para evitar acidentescom o veículo de trás. • Usar retrovisores com frequência, principalmente antes de frear. • Em estradas, ao perceber trânsito interrompido à frente, acionar o pisca-alerta, para alertar os condutores que vêm atrás. • Se outro veículo “colar” atrás, não deve-se acelerar para afastar. Melhor diminuir a velocidade, sinalizar e facilitar a ultrapassagem. • Manter distância de segurança, para ter espaço de manobra. • Não frear bruscamente: o risco de acidente é muito grande. • Ser previsível, sinalizando e antecipando as intenções de manobra. • Manter as luzes de freio limpas e funcionando perfeitamente. Procedimentos simples, que podem evitar acidentes e poupar vidas. Evitando colisões com os demais veículos O condutor deve estar consciente e atento a tudo o que acontece ao seu redor, bem como fazer-se notar pelos demais elementos do trânsito. Para evitar colisões com os demais veículos, é muito importante: • sinalizar sempre e com antecedência as intenções de parada, con- versões e outras manobras; • ser previsível e regular, evitando mudar constantemente de faixa; • manter velocidade regular, compatível com o fluxo dos demais veículos; • dirigir com segurança exige atenção e concentração; • nunca utilizar o telefone celular; • ser cordial, permitir manobras dos outros condutores, dar a vez, ceder passagem, permitir que intercalem nas ultrapassagens etc.; • não aceitar provocações e não revidar agressões; • não competir, não provocar, não reagir. Direção Defensiva 77 Evitando colisões com veículos em sentido contrário Colisões com veículos que vêm em sentido contrário são gravíssimas e causadas principalmente por: • ultrapassagens mal feitas; • falta de perícia para fazer curvas; • falta de habilidade para sair de situações críticas; • reações inadequadas frente a condições adversas; • conversões mal realizadas, principalmente à esquerda. Quando a pista estiver ocupada por outro veículo vindo em direção con- trária, deve-se: • diminuir a velocidade; • sinalizar e deslocar-se para a direita o máximo possível. Nessa situação, o condutor deve assumir uma atitude responsável, cola- borar para que o outro veículo possa concluir a manobra com segurança e ficar satisfeito por ter ajudado a evitar um acidente. Evitando colisões em ultrapassagens Ultrapassagens mal feitas, aliadas ao excesso de velocidade, patroci- nam os acidentes mais graves. Essa manobra é a que apresenta o maior número de variáveis a serem levadas em conta pelo condutor. Qualquer variável, quando avaliada erroneamente, pode levar a um acidente. Para ultrapassar com segurança • Ultrapassar somente em locais onde seja permitido, em plenas condições de segurança e visibilidade. • Ultrapassar somente pela esquerda. • Antes de ultrapassar, não “colar” no veículo da frente para não perder o ângulo de visão. • Certificar-se de que há espaço suficiente para executar a manobra. • Conferir, pelos retrovisores, a situação do tráfego atrás do próprio veículo. • Verificar os pontos cegos do veículo. • Se tiver alguém iniciando uma manobra de ultrapassagem, facilitar e aguardar outro momento. • Se todas as condições forem favoráveis, incluindo potência sufi- ciente do veículo para realizar a manobra, sinalizar e ultrapassar. • Para alertar outros condutores, utilizar sinal de luz ou dois breves toques na buzina. • Para retornar à faixa, conferir pelo retrovisor da direita, sinalizar e entrar, procurando não obstruir a via. • Jamais ultrapassar em curvas, túneis, viadutos, aclives, lombadas, cruzamentos e outros pontos de pouca visibilidade ou que não ofereçam segurança. Ultrapassagem: situação crítica Na dúvida, não ultrapassar Direção Defensiva78 Se vier outro veículo em sentido contrário, durante a ultrapassagem: • avaliar se é possível concluir a ultrapassagem com segurança, ou tentar abortar a manobra, retornando à posição inicial; • se não for possível, deslocar-se para a direita aproximando-se ao máximo do veículo que está sendo ultrapassado; • jamais trafegar no acostamento contrário. Ao ser ultrapassado: • não aumentar a velocidade: dar espaço à frente para que o outro veículo possa intercalar. Em caso de dificuldades, facilitar imedia- tamente, deslocando-se para a direita o máximo possível. Evitando colisões em curvas Algumas das causas • Erros de engenharia: curvas mal projetadas ou mal construídas; que apresentam inclinação na pista tendendo a jogar o veículo para fora; ou que começam abertas e se acentuam no final; pista escorregadia; piso irregular ou com defeitos, etc. • Falta de sinalização que alerte para a presença de curva perigosa; baixa visibilidade. • Problemas com o veículo: pneus desgastados ou descalibrados; deficiências nos freios, na direção ou na suspensão do veículo; carga excessiva, muito alta ou mal distribuída. • Erros na condução: velocidade incompatível com a acentuação da curva, com o tipo de veículo, com as condições da via; falta de experiência ou de habilidade para fazer curvas com segurança. Principais procedimentos para evitar acidentes em curvas • Adotar velocidade compatível com a curva antes de entrar nela. Entrar com velocidade muito alta e ter que frear durante a curva é perigoso e pode ser fatal. • Frenagens em curvas, se inevitáveis, devem ser feitas com cuida- do, de forma progressiva. Frear bruscamente poderá desequilibrar o veículo, além do risco de travar rodas e perder a direção. • Aumentar a distância dos demais veículos e ficar atento para pos- síveis imprevistos. Moto Ao fazer uma curva, a força centrífuga tende a jogar o veículo para fora. O motociclista deve compensar essa força com a inclinação do próprio corpo: • curvas em condições normais de pista e velocidade: corpo na mesma inclinação da moto; • curvas de pequeno raio ou com mudanças rápidas de direção: corpo menos inclinado do que a moto; • curvas rápidas ou com pavimento escorregadio: corpo mais incli- nado do que a moto. Qualquer que seja a inclinação do corpo, o motociclista deve tentar man- ter a cabeça na vertical. Evitar frear durante a curva Acidentes em curvas são muito frequentes Direção Defensiva 79 Evitando colisões em cruzamentos Cruzamentos, bem como em entradas e saídas de veículos, são locais onde ocorrem muitos acidentes. Para evitá-los, o condutor deve: • redobrar a atenção; • obedecer à sinalização e, na dúvida, parar; • respeitar a preferência de quem transita por via preferencial, ou de quem já esteja transitando nas rotatórias; • aproximar-se do cruzamento com cuidado, mesmo tendo a prefe- rência; • cruzamentos com via férrea exigem parada obrigatória. Colisões com trens são gravíssimas e relativamente frequentes; • cuidado com as conversões, principalmente à esquerda; • dar a preferência para pedestres e veículos não motorizados; • não ultrapassar nos cruzamentos ou nas suas proximidades. Evitando colisões em marcha à ré É proibido trafegar com o automóvel por trechos longos em marcha à ré. Deve-se usá-la apenas para pequenas manobras. Cuidados • Antes de manobrar, verificar se há o espaço disponível e a inexis- tência de qualquer tipo de obstáculo. • Se necessário, pedir o auxílio de outra pessoa. • Não entrar de ré em esquinas ou lugares de pouca visibilidade. • Evitar sair de ré de garagens e estacionamentos. • Cuidar muito com objetos, animais e crianças de baixa estatura. Evitando colisões: veículos de pequeno X grande porte De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veículos de maior porte são responsáveis pela segurança dos veículos de menor porte, os veículos motorizados são responsáveis pela segurança dos não mo- torizados e todos juntos são responsáveis pela segurança do pedestre. No dia a dia do trânsito, porém, existe uma espécie de competição: veículos de menor porte têm a vantagem da agilidade, enquanto ônibus e caminhões se impõem pelo tamanho dos veículos. Na verdade, acidentes envolvendo veículos de pequeno emaior porte, geralmente são trágicos para ambos. Apesar de o veículo maior levar vantagem pelo tamanho, o deslocamento provocado pela colisão sempre tem consequências imprevisíveis. Em acidentes envolvendo motos e ou- tros veículos, geralmente o motociclista é o maior prejudicado, devido à fragilidade da moto e à grande exposição do corpo do motociclista. Perímetro urbano: cuidado redobrado Geralmente estes acidentes são trágicos Direção Defensiva80 Pontos cegos Veículos de grande porte, caminhões, carretas, ônibus e articulados, têm uma capacidade de manobra muito limitada, se comparada a veículos menores. Todas as manobras são mais difíceis de executar. • Em frenagens, os veículos de grande porte precisam do dobro ou até do triplo da distância para parar. • Veículos grandes precisam de mais espaço para manobrar. • O comportamento em curvas fechadas é sempre inseguro e a tra- jetória das rodas traseiras não segue a das dianteiras. • Esses veículos apresentam uma grande limitação na área de visão. • Ônibus e caminhões apresentam pontos cegos de ambos os la- dos, maiores do que nos veículos de menor porte. • Veículos grandes possuem ainda extensos pontos cegos na parte de trás e nas duas laterais. Precauções ao conduzir veículos de pequeno porte • Ao trafegar à frente de veículos de grande porte, não ficar muito próximo, pois a capacidade de frenagem deles é reduzida. • Não disputar espaço com veículos de grande porte. • Ao trafegar atrás de um veículo grande, o condutor estará em um ponto cego. Para proteger-se, a distância de segurança deve ser bem maior. • Ser previsível e fazer-se notar, com luzes ou breves toques na buzina. • Jamais passar por trás de veículos que estejam manobrando. • Motoristas profissionais dirigem muitas horas diariamente. Deve-se ficar atento a sinais de anormalidade: uma trajetória irregular, por exemplo, pode indicar que o motorista está desatento ou cochilando ao volante. Direção Defensiva 81 As ultrapassagens envolvendo veículos de grande porte exigem cuida- dos complementares • Permanecer na área de ultrapassagem pelo menor tempo possível. • Em subidas, veículos de grande porte perdem velocidade, o que facilita a ultrapassagem por veículos mais ágeis. • Em descidas, esses veículos ganham velocidade facilmente, difi- cultando a ultrapassagem e aumentando a duração da manobra. • Depois de ultrapassar, tomar cuidado para não voltar à pista mui- to próximo do veículo ultrapassado. Antes de retornar, sinalizar e, certificar-se de que é possível enxergar a frente do veículo ultrapas- sado pelos retrovisores. • Durante a ultrapassagem, o condutor irá trafegar por uma área onde o motorista do caminhão não consegue enxergá-lo. É o espa- ço localizado um pouco antes da porta do caminhão. • Para evitar uma colisão lateral, certificar-se de que o motorista do caminhão notou a sua presença, com leve toque na buzina ou sinais de luz, principalmente à noite. • Permanecer ao lado de um veículo de carga, pelo lado de fora de uma curva, é muito perigoso. Em caso de deslocamento da carga ou dificuldades em fazer a curva, fatalmente o veículo que estiver do lado de fora da curva será atingido. • Levar em conta que veículos de grande porte provocam turbulência e deslocamento de ar que podem afetar a trajetória de veículos leves, tanto em ultrapassagens como ao cruzar por eles. • Evitar trafegar em velocidade muito inferior à média dos demais veículos, para que eles tenham de ultrapassá-lo desnecessaria- mente. • Ao ser ultrapassado por veículos de grande porte, reduzir a veloci- dade e facilitar a manobra. Evitando colisões entre automóveis e motocicletas Condutores de motos têm os mesmos deveres que os condutores dos demais veículos motorizados. Acidentes envolvendo motos sempre têm consequências trágicas para os motociclistas, devido à fragilidade dos veículos de duas rodas. Principais causas de acidentes envolvendo motocicletas • É grande a agilidade com que trafegam esses veículos. • Há imperícia dos condutores. Mais da metade de todos os aciden- tes com motos envolvem motociclistas inexperientes. • Imprudência ao realizar manobras: “costurar,” passar muito pró- ximo dos demais veículos, trafegar em velocidade incompatível, ultrapassar pela direita, desrespeitar normas e sinalização, etc. • A capacidade de frenagem das motos, em geral, é menor do que a dos automóveis. • Muitas motocicletas trafegam em mau estado de conservação. • Motos são menores e mais difíceis de enxergar do que automó- veis, principalmente quando vistas de frente ou de trás. Cuidados complementares Principais causas de acidentes Direção Defensiva82 • É difícil de calcular a velocidade de uma moto, porque ela acelera rapidamente e geralmente está mais veloz do que parece. • Por ser menor, a moto se insere entre as fileiras de carros e pontos cegos, dificultando que seja percebida. Principais cuidados a serem tomados pelos motoristas • Manter distância segura. • Tomar cuidado em conversões à esquerda e à direita, pois os mo- tociclistas costumam transitar nos pontos cegos. • Conferir o que se passa atrás do veículo constantemente, pelos retrovisores. • Ter cuidado ao abrir as portas do veículo quando estiver estacio- nado ou parado em congestionamentos e cruzamentos. • Para ultrapassar uma motocicleta, obedecer aos mesmos procedi- mentos da ultrapassagem de automóveis. • Piloto sem capacete é sinal de negligência e imprudência: redo- brar o cuidado ao se aproximar de um! Atitudes do motociclista para melhor ser visto • Utilizar os equipamentos de segurança: capacete, viseira, luvas, botas e roupa adequada. • Manter sua moto em perfeito estado. • Manter um espaço de segurança em torno da moto. • Posicionar-se corretamente no centro da faixa. • Mudar de faixa quando estiver nos pontos cegos dos demais con- dutores. • Evitar trafegar do lado direito dos demais veículos. Os motoristas não têm o hábito de usar o retrovisor da direita. • Ao trafegar ao lado de um veículo é importante posicionar-se onde outro condutor possa vê-lo diretamente ou pelo retrovisor. • Cuidado ao passar perto de veículo parado: as portas podem se abrir repentinamente. Também pode acontecer do veículo sair da vaga sem que o condutor sinalize ou note a aproximação da moto. • É obrigatório manter o farol aceso o tempo todo para que os outros condutores vejam a moto. • Sinalizar sempre, mostrando sua intenção antes de manobrar. Evitando colisões com veículos não motorizados Bicicletas e outros veículos não motorizados, são frágeis e vulneráveis e têm a preferência sobre os veículos automotores. Alguns deveres do condutor • Dar a preferência e facilitar a passagem de ciclistas e usuários de outros veículos não motorizados, em cruzamentos e conversões. • Manter distância lateral de 1,5 metros. • Conferir constantemente os retrovisores, com especial atenção para os pontos cegos. Ciclistas têm preferência sobre veículos automotores Direção Defensiva 83 • Cuidar ao abrir portas do veículo quando estiver estacionado ou parado, em congestionamentos ou cruzamentos. • Entender que, à noite, é ainda mais difícil notar os ciclistas, pois muitos ainda não usam os refletivos previstos em lei. • Anunciar a presença com leves toques de buzina. • Tomar os mesmos cuidados com usuários de skates, patins, pati- netes etc. Seus usuários participam do trânsito e podem tornar-se causadores ou vítimas de acidentes, se as precauções de segurança não forem respeitadas. Alguns deveres do ciclista • Equipar a sua bicicleta com dispositivos refletivos de segurança. • Usar o capacete adequado. Mesmo pequenos acidentes podem resultar em traumatismos cranianos. • Não utilizar fones de ouvido. Usar a audição exclusivamente para os sons do trânsito. • Conscientizar-se da sua fragilidade. • Trafegar preferencialmente por pistas exclusivas (ciclovias ou ci- clofaixas). Onde não houver,transitar próximo aos bordos da via e na mesma direção dos veículos motorizados. • Ser previsível, certificando-se de que está sendo visto. • Respeitar a sinalização e a legislação de trânsito. Veículos não motorizados, como os de coleta seletiva de lixo (carrinheiros), disputam espaço no trânsito, apresentam um deslocamento lento e não sinalizam suas manobras. A segurança deles depende, basicamente, dos cuidados a serem tomados pelos demais condutores. Evitando acidentes com pedestres O CTB responsabiliza os condutores pela segurança dos pedestres. A boa convivência no trânsito depende da cooperação, empatia e respeito aos direitos e deveres de cada um. Regras de preferência • Quando não houver sinalização, como semáforo ou faixa, o pedes- tre deverá esperar que os veículos passem, para então efetuar a travessia com segurança. • Quando houver sinal luminoso, este determina quem deverá passar. • Quando houver faixa de pedestre sem sinal luminoso, a preferência é do pedestre, devendo o condutor parar e aguardar sua travessia. Cuidados que o condutor deve tomar • Dar uma oportunidade real para o pedestre utilizar as vias, princi- palmente crianças, idosos e pessoas com deficiência. • Na proximidade de pedestres, reduzir a velocidade e redobrar a atenção. • Tentar prever a reação do pedestre. Atropelamento é sempre uma tragédia Direção Defensiva84 • Respeitar as regras de preferência. • Mesmo com sinal favorável o condutor deve aguardar que os pe- destres concluam travessias já iniciadas. • Lembrar que, na condição de pedestre, o condutor também se sente vítima da intolerância de outros condutores. • Algumas vítimas são pedestres embriagados. Mesmo que não haja culpa do condutor, um atropelamento é sempre uma tragédia. • Atropelar um pedestre com uma motocicleta é uma tragédia dupla, pois geralmente ambos saem gravemente feridos. Alguns deveres do pedestre • Atravessar sempre na faixa de segurança. • Mesmo quando tiver a preferência, jamais descuidar da segurança. • Procurar sempre ter certeza de que o motorista notou a sua presença. • Optar pelo momento mais seguro para atravessar as vias. • Procurar atravessar a rua sempre em linha reta, percorrendo a menor distância no menor tempo possível, sem correr. • Evitar caminhar sobre a pista de rolamento. • Não caminhar muito perto da rua. • Aumentar sua capacidade de previsão, procurando identificar os sinais do condutor. • Estar sempre muito atento. Não caminhar utilizando o celular. • Cuidado com os ciclistas. Às vezes eles trafegam ilegalmente sobre calçadas e na contramão. Evitando colisões com animais Muitos condutores não sabem que choques com animais, mesmo os de pequeno porte, podem trazer consequências graves. Dependendo da velocidade, bater em um cachorro de porte médio poderá desestabilizar completamente o veículo, gerando um acidente de grandes proporções. Animais de grande porte, como cavalos e vacas, têm o centro de gravidade a mais de um metro do chão e possuem grande massa corpórea. Em caso de colisão, o impacto ocorrerá na altura do para-brisa do automóvel, e o animal acabará atingindo os ocupantes do veículo. Para motociclistas, esse tipo de acidente geralmente é fatal. Os procedimentos de segurança são os seguintes: • diminuir a velocidade assim que avistar um animal; • evitar buzinar, para não o assustar; • ficar atento ao passar por fazendas ou locais abertos; • nunca tentar chutar o animal, para não se desequilibrar da moto; • ficar atento na trajetória da moto, e não no animal. Deveres do pedestre Direção Defensiva 85 Evitando colisões com elementos fixos São graves os acidentes em que veículos batem em elementos fixos da pista, como cabeceiras de pontes, veículos, caçambas ou equipamentos estacionados, entradas de viadutos, postes, árvores, muretas de prote- ção, barrancos, muros, aterros e muitos outros. As causas mais comuns podem ser: • perda de controle do veículo por defeito na pista ou desnível acen- tuado do acostamento; • perda de controle do veículo por deficiência na suspensão, pneus estourados, descalibrados ou em mau estado; • falta de visibilidade devido à chuva, cerração, neblina, fumaça ou iluminação deficiente; • desvio de direção por distração, sono, utilização de celular etc.; • erros por efeitos de bebidas alcoólicas, drogas ou medicamentos; • tentativa de desviar de outro veículo, pedestre, animal, etc.; • erros ao fazer curvas; • deixar de observar sinais de advertência, de obras ou desvios. Para evitar esse tipo de acidente, deve-se: • manter a suspensão e o sistema de direção sempre revisados; • manter pneus corretamente calibrados e em bom estado; • corrigir qualquer sinal de instabilidade, desequilíbrio, dificuldade para trafegar em linha reta, volante ou guidão puxando; • não dirigir quando estiver cansado ou indisposto; • muito cuidado para não se distrair nem desviar a atenção; • redobrar a atenção e reduzir a velocidade sob condições adversas. Direção ou pilotagem defensiva em rodovias Pessoas que dirigem ou pilotam bem nas cidades nem sempre são bons condutores nas rodovias. Isso ocorre porque conduzir em estradas e rodo- vias exige uma experiência diferente do que conduzir em trânsito urbano. Deve-se começar conduzindo em trechos curtos, em estradas e rodovias de baixo fluxo de veículos, durante o dia e com bom tempo, de preferên- cia acompanhado por instrutor ou condutor experiente, para pegar umas boas dicas e se familiarizar, até adquirir experiência. Deixar para enfrentar viagens longas ou rodovias mais movimentadas, dirigir à noite ou enfrentar mau tempo, somente quando estiver preparado. Recomendações para transitar em rodovias • Preferir sempre viajar de dia. É mais seguro. • Evitar conduzir em condições de baixa visibilidade. • Revisar o veículo antes de viajar. • Planejar itinerários e paradas para abastecimento e descanso. Pontes, viadutos, postes, barrancos, muros, etc. Dirigir em rodovias exige experiência Direção Defensiva86 • Informar-se das condições locais, principalmente em feriados. • Não descuidar da sinalização. • Aos primeiros sinais de cansaço, parar em lugar seguro para descansar. • Não parar na pista. Parar no acostamento somente em emergências. • Não transitar no acostamento. • Manter velocidade compatível com o fluxo geral de veículos. • Verificar os instrumentos do painel em intervalos regulares. • A qualquer indicação de mau funcionamento, não seguir em frente. Parar em local seguro para verificar o problema. • Nos declives acentuados ou longos, jamais descer desengrenado (banguela). Usar sempre freio motor, utilizando para descer, a mesma marcha que usaria para subir. • Praticar os procedimentos de direção ou pilotagem defensiva. Questões - DIREÇÃO DEFENSIVA 01. O condutor deve adotar uma postura ade- quada, sendo: a) agressivo e rápido. b) decidido e agressivo. c) cuidadoso e ligeiro. d) cuidadoso e atento. e) cuidadoso e ousado. 02. O cinto de segurança pode ser utilizado: a) por mãe e criança com o mesmo cinto. b) por duas crianças com o mesmo cinto. c) por somente uma pessoa. d) por duas pessoas com o mesmo cinto. e) por três crianças com o mesmo cinto. 03. A segurança na direção de um veículo depende: a) da marca do veículo. b) da categoria da CNH. c) do trânsito. d) do comportamento adequado do condutor. e) do licenciamento do veículo. 04. A segurança de trânsito na via depende: a) apenas da atenção dos condutores. b) apenas da sinalização das vias. c) apenas da manutenção das vias. d) apenas da manutenção dos veículos. e) do comportamento dos elementos envolvidos. 05. O condutor, ao ser ultrapassado, deverá: a) reduzir bastante a sua velocidade. b) parar o veículo e permitir a ultrapassagem. c) aumentar a velocidade. d) buzinar para avisar que está permitindo a ultrapassagem. e) facilitar a ultrapassagem. 06. O condutor precisa ver tudo o que acontece: a) apenasà frente e à direita do seu veículo. b) apenas à sua frente e nos lados do seu veículo. c) apenas à sua frente e atrás do seu veículo. d) à sua frente, à direita, à esquerda e atrás do veículo. e) apenas à frente e nos espelhos retrovisores. 07. Todo condutor, antes de mudar de direção, deverá: a) piscar os faróis. b) dar um toque rápido na buzina. c) levar o veículo para a direita da via. d) acender os faróis altos. e) ligar os dispositivos indicadores de direção. 08. Ao levar várias fechadas de outro veículo que “costura” no trânsito, você: a) procura ficar longe dele e mantém a tran- quilidade. b) segue aquele veículo porque está irritado. c) mantém-se na faixa da direita necessariamente. d) buzina sem parar até que ele mude de atitude. e) discute com o outro condutor. 09. A velocidade compatível com a segurança permite ao condutor: a) forçar a saída do veículo que estiver à sua frente para um dos lados da via. b) frear rapidamente, sem se preocupar com os demais veículos. c) perceber antecipadamente os riscos e agir prontamente para evitá-los ou controlá-los. d) realizar ultrapassagens pela direita. e) manter uma conversa animada com os passageiros. Direção Defensiva 87 10. Na passagem de vias urbanas para vias ro- doviárias, você: a) confia no seu veículo e em sua habilidade e faz a passagem confiante. b) atravessa essas áreas buzinando. c) acelera e passa rapidamente. d) trafega bem devagar e nada lhe ocorrerá. e) obedece à sinalização e redobra a atenção. 11. Se o motor do veículo começar a falhar à noite, o condutor deve: a) deixar o veículo como está, com o motor ligado. b) sinalizar, parar à direita da via e ligar o pisca-alerta. c) desligar o limpador de para-brisa. d) desligar o motor e ligar uma das lanternas. e) acelerar mais, para que o motor não “morra”. 12. A utilização de aplicativos de mapas ou GPS proporciona deslocamentos seguros, economia de tempo e de combustível. Logo, você deve: a) se orientar pelo aplicativo, mas não utilizar o celular para fazer ligações ou trocar men- sagens. b) usar os aplicativos ou GPS apenas quando for pegar a estrada. c) decorar o nome de todas as vias da cidade. d) só usar o mapa se for motorista de transpor- te de aplicativo. e) nenhuma das alternativas. 13. Trafegar pelo acostamento é permitido: a) quando a pista estiver congestionada. b) quando, devido a problema mecânico, o seu veículo estiver lento. c) para acessar imóveis próximos ou fazer con- versões. d) para rebocar um veículo acidentado ou com problemas mecânicos. e) para ultrapassagem de veículos muito lentos. 14. Em uma rodovia, sob neblina intensa, você deve: a) parar em qualquer lugar, ligando as luzes de emergência. b) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- da, acionando as luzes de emergência. c) prosseguir a viagem com velocidade reduzi- da, acionando os faróis altos. d) procurar um local seguro para parar fora da pista e aguardar a melhoria da visibilidade. e) manter a mesma velocidade, pois algum ve- ículo pode bater na traseira do seu veículo. 15. Em um cruzamento com ferrovia, em nível e sem cancela, você deve: a) reduzir a velocidade e atravessar a via férrea. b) parar o veículo, olhar para ambos os lados e efetuar o cruzamento com segurança. c) buzinar antes de atravessar. d) acender os faróis do veículo. e) efetuar a travessia bem devagar. 16. Dirigindo com fortes ventos laterais você: a) fecha as janelas e segue na mesma velo- cidade. b) abre as janelas do veículo e continua com a mesma velocidade. c) reduz a marcha do veículo, adotando uma velocidade compatível com a situação. d) mantém a velocidade normal. e) deve aumentar a velocidade. 17. O limpador de para-brisa não está vencendo a chuva forte. Nessa situação você: a) continua o trajeto sem se preocupar. b) abre as janelas e prossegue o trajeto. c) acelera mais para dissipar os pingos de chuva. d) liga os faróis altos. e) para o veículo em local seguro e aguarda. 18. Num cruzamento de pouco movimento e sem visibilidade, durante o dia, você: a) buzina e segue em frente. b) vai em frente confiando que está sendo vis- to. c) para e só atravessa com a certeza de que não vem ninguém. d) reduz a velocidade e atravessa buzinando. e) reduz a velocidade, pisca os faróis e atra- vessa. 19. Em Direção Defensiva, previsão significa: a) dominar tecnicamente o veículo. b) conhecer macetes de manutenção do veí- culo. c) dirigir o veículo com rapidez e desenvoltura. d) antecipar situações de perigo para evitar acidentes. e) não tirar os olhos do veículo da frente. 20. Em uma rodovia, ainda longe do seu desti- no, após o almoço e com sono, você: a) segue viagem, após tomar um café bem for- te. b) segue viagem, acelerando mais e abrindo a janela. c) segue viagem, ouvindo uma música suave. d) segue viagem, pois acredita que dormir ao volante raramente acontece. e) permanece no local do almoço até se sentir em condições para prosseguir. Primeiros Socorros88 PRIMEIROS SOCORROS No trânsito, assim como em todas as atividades humanas, as pessoas estão expostas a perigos e sujeitas a sofrer algum acidente que lhes cause ferimentos ou traumatismos. Primeiros socorros são as ações prestadas no atendimento de emergên- cia a uma pessoa ferida, principalmente quando ela não estiver em con- dições de cuidar de si própria, para mantê-la viva e evitar que a situação se agrave, até que possa receber tratamento especializado. No trânsito, muitas pessoas morrem ou sofrem danos irreversíveis por não receberem os devidos cuidados a tempo ou por serem atendidas de forma incorreta. Vítimas de acidentes muitas vezes ficam entre a vida e a morte, com- pletamente indefesas e incapazes de cuidar da própria sobrevivência. É nesse momento que elas necessitam de ajuda imediata para evitar o agravamento da situação. Deixar de prestar socorro é crime? Sim. O artigo 135 do Código Penal Brasileiro é bem claro: “Deixar de prestar socorro à vítima de acidente ou pessoa em perigo iminente, podendo fazê-lo, é crime”. A pena é detenção de 1 a 6 meses ou multa, podendo ser aumentada em 50% se a omissão resultar em lesão corporal grave ou até triplicada se resultar em morte. Chamar por ajuda especializada é a primeira maneira de prestar socorro à vítima. Mesmo que uma pessoa seja só testemunha de um acidente com vítimas, se tiver condições de prestar auxílio e não o fizer, estará cometendo crime de omissão de socorro. A omissão de socorro e a falta de pronto atendimento eficiente às vítimas de acidentes de trânsito são as principais causas de mortes ou danos irreversíveis que poderiam ser evitados. Os minutos imediatos após o acidente, são os mais importantes para garantir a sobrevivência e a recuperação de feridos. Deixar de prestar ou providenciar socorro às vítimas é infração gravíssima, com notificação de 7 pontos no prontuário, multa de R$ 1.467,35, recolhimento da CNH e suspensão do direito de dirigir. Quem deve prestar socorro às vítimas? A maioria das pessoas tem dúvidas sobre como e quando prestar os primeiros socorros. Afinal, ajudar sem os devidos cuidados pode prejudicar a vítima. Não ajudar significa omissão. O Conselho Federal de Medicina recomenda que o socorro seja prestado pela pessoa mais capacitada no momento e mais próxima do local do evento de emergência. Introdução Deixar de prestar socorro é crime? Primeiros Socorros 89 1) Socorrista: é a pessoa tecnicamente capacitada e habilitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado atendimento pré-hospitalar e o transporte do paciente sem agravar as lesões já existentes. Estamos falando dos profissionais que trabalham nos serviços de atendimento a acidentes como SAMU, SIATE etc. 2) Médico ou outro profissional de saúde presente no local: o socor- rista tem prevalência porque nem todos os profissionais de saúdeestão devidamente treinados para prestar atendimento pré-hospi- talar, seja em suporte básico ou avançado de vida. 3) Pessoas leigas com noções de primeiros socorros: aquelas que tenham participado de curso prático de suporte básico ou que te- nham noções sobre primeiros socorros. Esses conhecimentos são úteis a toda e qualquer pessoa, e podem fazer toda a diferença em uma situação de emergência. 4) Pessoas leigas sem noções de primeiros socorros: tendem a se- guir o instinto natural para ajudar a vítima e, justamente por não possuírem os conhecimentos necessários, correm o risco de agra- var o estado do acidentado. É comum que, nessas situações, não haja ninguém para alertar sobre esse risco. Por isso, a dissemina- ção desses conhecimentos se mostra tão importante. A situação de emergência justifica as limitações A situação de emergência justifica o atendimento ou a ajuda, mesmo que essa seja dada de forma limitada devido ao baixo nível de conhecimento de quem está ajudando ou em razão da eventual precariedade das con- dições no momento e local da emergência. Obviamente, quanto mais conhecimento e experiência a pessoa tiver, melhor será a qualidade do atendimento de emergência que ela poderá prestar com segurança, afinal, quem sabe o que fazer não perde tempo e poupa segundos preciosos que salvam vidas. Exemplos de situações de emergência com as quais podemos nos de- parar: a) Uma pessoa idosa escorrega no banheiro e, ao cair de costas, para de respirar. Não haverá tempo sequer para acionar socorro especiali- zado. O que fazer? b) Uma turma de adolescentes está em uma trilha da Serra do Mar, fora do alcance do celular. Um dos jovens cai e quebra o braço. O que fazer? O que não fazer? c) Você está dirigindo por uma estrada do interior e o pneu dianteiro estoura contra uma pedra. Seu filho bate o rosto, está desacordado, sangrando muito pela boca e pelo nariz, com dificuldade para respirar. O celular está fora do alcance. O que fazer? d) O carro que você está dirigindo colide com uma moto. O motociclista cai violentamente no meio da rua e não está se movendo. Que provi- dências você deve tomar? e) Dirigindo por uma rodovia você se depara com um grave acidente e é a primeira pessoa a se aproximar. O que fazer? Primeiros Socorros90 Em todos esses exemplos há coisas que precisam ser feitas e outras evitadas. É necessário tomar decisões e providências imediatas, dentro das possibilidades e limitações. Ficar paralisado sem fazer nada é uma decisão e também pode levar a sérias consequências. O que fazer? Os órgãos de vítimas fatais podem salvar vidas de pessoas que estão aguardando por cirurgia de transplante. A legislação atual (Lei 10.211/2001) exige aprovação da família, para que os órgãos sejam doados. Muitos familiares ainda ficam em dúvida, por não saber se a vítima, em vida, concordaria ou não. Por isso, é muito importante que cada membro da família expresse abertamente o seu desejo de doar seus órgãos, em caso de uma fatalidade. Saber que a vítima é doadora facilita o processo e permite dar imediato destino aos órgãos e tecidos, garantindo sua correta preservação. Uma decisão com poder de proporcionar vida à outras pessoas: diga SIM à doação de órgãos. Primeiros procedimentos em caso de acidente de trânsito Chamar por ajuda especializada Em locais de acidentes, é comum encontrarmos cenas de sofrimento, nervosismo e pânico, pessoas inconscientes e outras situações que exi- jam providências imediatas. Para isso, deve-se: Quanto antes o socorro for acionado, maiores serão as chances de as vítimas sobreviverem. • Equipes de emergência especialmente treinadas para o atendimento às vítimas de acidentes podem chegar ao local em poucos minutos. • Esses socorristas contam com formação e equipamentos especiais. 190 – Polícia Militar 193 – Bombeiros 191 – Polícia Rodoviária Federal 199 – Defesa Civil 192 – SAMU: Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. (Serviço não disponível em todos os municípios do Brasil) Algumas rodovias estaduais possuem seu próprio número de emergência. É necessário prestar atenção à sinalização e anotar o número do telefone. Ligações de emergência podem ser feitas de telefone móvel, fixo ou pú- blico. A ligação é gratuita. Em rodovias pedagiadas, deve-se ligar para a concessionária. Ao solicitar socorro, deve-se informar: • o local exato e o tipo de acidente; • descrição das vítimas (sexo, idade); • se há vítimas inconscientes; • gravidade dos ferimentos das vítimas mais atingidas; • acatar orientações que serão passadas. Doação de órgãos Chamar por ajuda especializada Primeiros Socorros 91 Sinalizar o local para evitar novos acidentes e atropelamentos • Acionar o pisca-alerta. • Colocar o triângulo de segurança corretamente. O triângulo de segurança deve ser colocado a uma distância proporcional à velocidade máxima da via. (veja tabela abaixo) A distância mínima é de 30 metros, devendo ser maior em curvas e locais de baixa visibilidade. Velocidade máxima permitida Distância para início da sinalização (pista seca) Distância para início da sinalização (chuva, neblina, fumaça, à noite) 60 km/h 60 passos longos 120 passos longos 80 km/h 80 passos longos 160 passos longos 110 km/h 110 passos longos 220 passos longos Análise do local do acidente Seja qual for a gravidade da situação deve-se agir com calma, procurando transmitir apoio aos acidentados. Informar que a ajuda especializada está a caminho e, se for o caso, agir rapidamente, dentro dos próprios limites, sem expor-se a riscos. As vítimas podem ter sido lançadas para fora do veículo, estarem presas em ferragens, caídas na pista de rolamento ou em outras situações. Muito cuidado para não ser VOCÊ a próxima vítima! Protegendo-se contra infecções A transmissão de doenças, infectocontagiosas como AIDS, hepatite e Covid-19 pode ser facilitada em função da presença de ferimentos e lesões e pelo contato direto com fluidos da vítima. É necessário proteger- se tomando as seguintes precauções: • usar luvas de borracha, item fundamental de segurança; • evitar ferir-se durante o atendimento; • não tocar a boca ou olhos com as mãos sem antes lavá-las com sabão e água corrente. Quantas são e onde estão as vítimas? Sinalizar o local Primeiros Socorros92 Origem dos ferimentos em acidentes de trânsito Existe uma forte relação entre o tipo de acidente e o tipo de ferimento, dependendo da intensidade do impacto, do tipo de veículo e de como o impacto afetou cada vítima. Colisões provocam o impacto dos corpos contra as partes internas do veículo podendo gerar lesões no rosto, na cabeça e pescoço, no tórax e abdômen, além de traumatismos nos braços e pernas. Quanto maior a velocidade no momento da colisão, maiores serão os efeitos sobre os ocupantes. O uso correto de cintos de segurança e ou- tros equipamentos como airbags pode salvar vidas, porque os corpos, ao serem lançados contra as partes internas ou para fora do veículo, podem sofrer lesões graves. Motociclista caído no chão, suspeitar sempre de fratura de coluna cervi- cal, fratura de quadril, pernas e braços. Em um atropelamento geralmente ocorrem três fases de impacto: • do veículo contra as pernas e o quadril; • do tronco e cabeça da vítima contra o veículo; • da vítima contra o solo. Por isso, deve-se suspeitar de lesão de coluna cervical e de um grande número de lesões (politraumatismos). Atendendo as vítimas Existem critérios internacionalmente aceitos no que se refere à abordagem para prestar primeiros socorros a uma vítima. As principais etapas são: • avaliação primária ou avaliação inicial da vítima; • manutenção dos sinais vitais; • avaliação secundária; • procedimentos emergenciais (parada cardiorrespiratória, estado de choque, hemorragias, fraturas etc.). Avaliação primária e suporte básico de vida Os procedimentos aqui descritos obedecem ao protocolo mundialmente aceito da American Heart Association e são especialmenterecomenda- dos para atendentes leigos. Reconhecendo a situação Em qualquer situação em que a pessoa não responde a estímulo, não está respirando ou está respirando com muita dificuldade, deve-se cha- mar o serviço de emergência e iniciar imediatamente o processo de RCP - Ressuscitação cardiopulmonar. Acidentes com moto Atropelamento Primeiros Socorros 93 Parada cardiorrespiratória ou dificuldade para respirar Essa é uma emergência que pode ocorrer em diversas situações: em casa, no trabalho, durante a prática de esportes ou em qualquer outra atividade, geralmente causada por problemas cardiovasculares. Mais de 300 mil pessoas morrem anualmente de problemas cardiovas- culares no Brasil. Essa é a maior causa de mortes. Quando ocorre esse tipo de emergência, geralmente a vítima está acompanhada de outras pessoas, mas que não sabem o que fazer. A parada cardiorrespiratória leva à morte em poucos minutos, ou pode causar danos irreversíveis devido à falta de oxigenação no cérebro. É pre- ciso agir rapidamente, e qualquer pessoa pode realizar os procedimentos e salvar vidas, desde que aja rápido e corretamente. Na última revisão de procedimentos de Suporte Básico de Vida, a Ameri- can Heart Association reafirmou a importância do início imediato da RCP mesmo por socorristas leigos. RCP - Reanimação ou Ressuscitação Cardiopulmonar Ao certificar-se de que a vítima está passando mal, não está respirando nem reagindo a estímulos, é preciso tomar certas providências enquanto o socorro de emergência não chega. 1. Solicitar socorro ou certificar-se de que o socorro foi solicitado. 2. Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP, que podem ser apli- cados por qualquer pessoa. Procedimentos • Colocar a vítima deitada de costas em uma superfície rígida. • Ajoelhar-se ao seu lado, na altura dos ombros. • Com os braços esticados, apoiar as duas mãos, com os dedos entrelaçados, sobre o peito do acidentado. • O local exato para pressionar fica a dois dedos acima da ponta do osso esterno, o osso do centro do peito (entre os mamilos). • Utilizando o peso do seu corpo, fazer compressões curtas e fortes, de aproximadamente 5 a 6 cm, comprimindo e aliviando regular- mente. • Essas operações têm como função comprimir o músculo cardíaco, dentro do tórax, reanimando os batimentos naturalmente. • Repetir essa operação, com uma frequência de, no mínimo, 100 a 120 compressões por minuto, até que haja sinais de recuperação do batimento cardíaco. As compressões fortes, profundas e ritmadas fazem o coração bombear sangue, e isso manterá o cérebro da vítima minimamente oxigenado. Primeiros Socorros94 Desobstruir vias aéreas Enquanto estiver fazendo compressões torácicas, se for notada qualquer obstrução à passagem de ar, deve-se: • elevar levemente o queixo da vítima, para facilitar a respiração; • abrir a boca e remover, próteses, restos de alimentos, sangue, se houver. Em caso de acidente, suspeitar sempre da possibilidade de fratura de coluna cervical (pescoço quebrado) e evitar todos os movimentos de cabeça e pescoço a fim de evitar lesões na medula. Respiração artificial (de acordo com normas da American Heart Association) Quando houver apenas um atendente, e se este souber aplicar respira- ção boca a boca, poderá fazer 2 insuflações depois de cada 30 compres- sões torácicas. Se não souber ou não se sentir apto a fazê-las, deverá continuar apenas com as compressões torácicas, sem parar. Para fazer insuflações corretamente, após cada sequência de 30 com- pressões: • abrir a boca da vítima. Uma mão segura a mandíbula enquan- to a outra fecha as narinas; • o atendente deverá inspirar profundamente, selar seus lábios em torno da boca da vítima e soprar com força, fazendo o ar entrar sem escapar, inflando o peito e o abdômen da vítima; • retirar a boca para o ar sair dos pulmões da vítima e repetir o processo; • depois de 2 insuflações, retornar imediatamente novo ciclo de 30 compressões torácicas. Quando houver dois atendentes e pelo menos um souber fazer insufla- ções corretamente, deve-se aplicar a mesma sequência: • um atendente faz primeiramente 30 compressões torácicas; • o segundo atendente, que já está em posição, faz 2 insuflações; • manter o ciclo até chegar socorro especializado. Em crianças e bebês, o processo é administrado com apenas uma das mãos, sendo o ciclo de 30 X 2 – trinta compressões e duas insuflações. Em recém-nascidos, usam-se dois dedos (no centro do tórax, logo abaixo da linha do mamilo), fazendo-se aproxima- damente duas compressões por segundo e o ciclo deve ser de 3 X 1 – três compressões e uma insuflação. Em ambos os casos a respiração artificial é aplicada sobre a boca e o nariz. Esses procedimentos devem ser mantidos sem interrupção, mes- mo durante o transporte para um pronto-socorro ou hospital. Desobstruir vias aéreas Um atendente Dois atendentes Cuidado Em crianças e bebês Primeiros Socorros 95 Verificar a circulação Os novos procedimentos recomendam que não se perca tempo verifi- cando a pulsação, principalmente porque em certas situações é difícil detectar e avaliar o pulso. Além disso, essa informação não altera os procedimentos para suporte básico de vida: se a vítima não estiver respondendo, não estiver respirando ou estiver respirando com muita dificuldade, chamar por socorro enquanto inicia imediatamente a RCP com as compressões torácicas. Estado de consciência Se a vítima estiver consciente e se comunicando: • transmitir calma e perguntar como ela se sente; • evitar que se levante repentinamente ou que se movimente. Se a vítima não estiver respondendo, poderá estar desmaiada, tendo um AVC, sofrendo um ataque cardíaco ou entrando em estado de choque. • Iniciar imediatamente os procedimentos de RCP descritos acima. • Em caso de acidente, suspeitar sempre de fratura de coluna e evitar movimentos desnecessários. Proteção da vítima • Manter a vítima agasalhada ou coberta para evitar a perda de calor vital. • Nunca dar água para uma vítima de acidente. Avaliação secundária em vítimas de acidentes É preciso verificar a extensão dos ferimentos, a quantidade de sangue perdida, fraturas e outras lesões, iniciando os procedimentos adequados para cada caso, de acordo com as prioridades, cuidando sempre da ma- nutenção dos sinais vitais. Desmaio É a súbita perda dos sentidos, normalmente passageira, com perda de consciência. Pode ser causado por contusões, choques emocionais, ex- cesso de esforço físico e mental, cansaço, fome, problemas de metabo- lismo, dentre outros. A vítima deverá se submeter a assistência médica, para investigação das possíveis causas. Os principais sintomas do desmaio são: suores frios, palidez, pulso fra- co, respiração lenta, vista embaralhada ou nublada e perda temporária de consciência. Procedimentos • Deitar a vítima de costas, em local ventilado. • Se houver queda, verificar os possíveis danos causados. • Afrouxar suas roupas. Verificar a circulação Estado de consciência Proteção da vítima Radial Carótida Primeiros Socorros96 • Elevar-lhe as pernas em nível um pouco superior à cabeça (30 a 45 cm). • Se a vítima desmaiar novamente ou se ficar inconsciente por mais de 2 minutos, agasalhá-la e providenciar assistência adequada. • Ficar atento aos sinais vitais. Desmaios longos podem levar ao estado de choque. • Quando a consciência voltar, procurar tranquilizar a vítima. Estado de choque Vários fatores podem levar uma pessoa ao estado de choque: emoções fortes, choques elétricos, hemorragias, queimaduras, envenenamentos, intoxicações, ataques cardíacos, fraturas, exposição a altas tempera- turas, ferimentos graves, infecções, reações alérgicas, compressões e amputações. Dependendo da causa, há diferentes tipos de estados de choque: cho- que emocional, choque anafilático, choque térmico, choque cardíaco, choque hipovolêmico, etc. O tipo mais comum em acidentes é o choque hipovolêmico, causado pela perda excessivade propulsão humana; de tração animal; reboque ou semirreboque. Quanto à espécie: a) de passageiros: bicicleta, ciclomotor, motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, reboque ou semirrebo- que, charrete. b) de carga: motoneta, motocicleta, triciclo, quadriciclo, caminhonete, caminhão, reboque ou semirreboque, carroça, carro de mão. c) misto de passageiros e carga: camioneta, utilitário, outros. d) de competição. e) de tração. f) especial: motocicleta, triciclo, automóvel, micro-ônibus, ônibus, rebo- que ou semirreboque, camioneta, caminhão, caminhão-trator, cami- nhonete, utilitário, motorcasa. g) de coleção. Quanto à categoria: • oficial; de representações (diplomáticas, repartições consulares, de carreira ou organismos internacionais reconhecidos junto ao governo brasileiro); particular; de aluguel; de aprendizagem. Camioneta ou caminhonete? • Camioneta: veículo que transporta os passageiros e a carga no mesmo compartimento. • Caminhonete: veículo geralmente equipado com caçamba, que leva a carga separada dos passageiros. Motocicleta, motoneta ou ciclomotor? • Motocicleta: veículo que o condutor pilota na posição montada. • Motoneta: veículo que o condutor pilota na posição sentada. • Ciclomotores: veículos com motores de até 50 cilindradas, incluin- do cicloelétricos. O condutor deve ser habilitado. Mais detalhes em Processo de Habilitação. Identificação dos veículos CRV - Certificado de Registro do Veículo (Art. 131 do CTB) – documento de porte não obrigatório, que deve ser guardado em local seguro, e servirá para transferir de propriedade (em caso de venda do veículo), alterar o endereço do proprietário ou alterar as características do veículo. 10 Legislação de Trânsito No verso da versão impressa do CRV consta a ATPV – Autorização para Transferência de Propriedade do Veículo. Ambos documentos também possuem suas versões digitais: CRV-e e ATPV-e, com o mesmo valor das versões impressas. No CRV constam as características do veículo: RENAVAM – Registro Nacional de Veículos Automotores, placa e número do chassi, número do motor, cor, marca/modelo, categoria, capacidade, nome e endereço do proprietário, entre outras. No verso do CRV impresso constam os campos a serem preenchidos em caso de venda do veículo (para veículos cujos documentos foram emiti- dos até 3 de janeiro de 2021) CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo ou CLA - Certificado de Licenciamento Anual – documento de porte obrigatório, que pode ser impresso ou digital, onde constam, além das caracterís- ticas do veículo, informações sobre o pagamento do IPVA, do Seguro Obrigatório e ano em exercício. O proprietário de um veículo apontado pelo fabricante para um recall, terá que levar seu carro à concessionária em no máximo um ano, ou essa informação irá constar no CLA, e o veículo somente será licenciado se houver comprovação de que a pendência foi cumprida. O porte obrigatório do CRLV ou CLA poderá ser dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informati- zado do órgão responsável para verificar se o veículo está licenciado. O DPVAT mudou de nome e agora se chama SPVAT (Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito). Ele deve ser pago anualmente por proprietários de veículos automotores. Indeniza vítimas de acidentes de trânsito por morte (R$ 13.500,00) ou invalidez perma- nente (até R$ 13.500,00) e reembolsa despesas médicas e hospitalares (até R$ 2.700,00). O prazo para dar entrada em um pedido de indenização do SPVAT é de 3 anos, a contar da data do sinistro. Placa de Identificação Veicular (PIV) – Res. 969/22 O novo modelo está valendo para os novos emplacamentos e substitui- rá o modelo atual em processos de transferência de município ou de estado, ou sempre que houver necessidade de substituição das placas. Veja exemplos de cores de placas: Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) PARTICULAR PARTICULAR MOTO ALUGUEL MOTO ALUGUEL A A A 0000 A A A 0000 UF UF MUNICÍPIOMUNICÍPIO 11Legislação de Trânsito Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) ALUGUEL COMERCIAL EXPERIÊNCIA/ FABRICANTE ESPECIAIS OFICIAL OFICIAL APRENDIZAGEM Atual PIV (Mercosul) Atual PIV (Mercosul) DIPLOMÁTICO DIPLOMÁTICO COLEÇÃO COLEÇÃO Transferência de propriedade Há uma clara diferença de procedimentos para transferência de proprie- dade do veículo, dependendo da data que o veículo foi registrado. Veículos cujos documentos foram emitidos até 3 de janeiro de 2021, e que ainda possuem o CRV em papel moeda A ATPV – Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo, neste caso, encontra-se impressa no verso do CRV, documento de porte não obrigatório que deve ser guardado para esta finalidade. Neste modelo, os procedimentos são os seguintes: • O vendedor (proprietário) preenche a ATPV com cuidado, em letra legível, com o valor de venda, nome completo, números de docu- mentos e endereço correto do comprador e a data. • Vendedor e comprador assinam. É preciso reconhecer a firma de ambos, em cartório, presencialmente, como verdadeira. • Comunicar a venda ao DETRAN (Art. 134 do CTB) por escrito, em até 60 dias, para não ser responsabilizado por infrações cometi- das pelo novo proprietário. • O comprador encaminha os documentos de transferência para o DETRAN ou CIRETRAN. • O prazo máximo para transferência é de 30 dias após a aquisição. Ultrapassar esse prazo constitui infração média. Veículos cujos documentos foram emitidos após 4 de janeiro de 2021 A partir desta data, o CRV e o CRLV deixam de ser fornecido pelos De- trans em papel moeda e passam a ser fornecidos digitalmente. Neste caso, os procedimentos para transferência mudam: • O vendedor (proprietário) comunica a venda do veículo diretamente no site do Detran ou pelo aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT); • Preenche o formulário digital da ATPV – Autorização para Transfe- rência de Propriedade do Veículo, com os dados solicitados no for- mulário: nome e número dos documentos do comprador e outros complementares; • É gerado um documento de compra e venda, que deverá ser as- sinado em cartório, com reconhecimento de firma por verdadeira; • Dependendo do estado, o processo pode ser feito integralmente pelo CDT sem passar pelo cartório. Entre em contato com o Detran onde o veículo será registrado para mais informações. AUTORIZAÇÃO PARA TRANSFERÊNCIA DE PROPRIEDADE DE VEÍCULO ATPV AUTORIZO O DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO-DETRAN, TRANSFERIR O REGISTRO DESTE VEÍCULO, PARA: VALOR R$ NOME DO COMPRADOR: RG: CPF/CNPJ: ENDEREÇO: LOCAL E DATA: ASSINATURA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR) a) O vendedor tem a obrigação legal de comunicar a venda do veículo ao DETRAN no prazo máximo de 30 dias, sob pena de ter que se responsabilizar solidariedade pelas penalidades impostas e suas reincidências até a data da comunicação (lei Federal nº 9.503 - Art. 134 - Código de Trânsito Brasileiro - CTB). b) O adquirente terá prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data da aquisição para providenciar a transferência do veícuoo para o seu nome, sob pena de incorrer em infração de trânsito (Art. 233 do CTB). c) É obrigatório o reconhecimento de firmas do adquirente e do vendedor, exclusivamente na modalidade por AUTENTICIDADE. DE ACORDO: ASSINATURA DO COMPRADOR RECONHECIMENTO DE FIRMA DO PROPRIETÁRIO (VENDEDOR) CONFORME ART. 369 C.P.C. 12 Legislação de Trânsito Em caso de perda do CRV em papel, o proprietário pode requerer 2ª. via (que não será emitida em papel), passando a proceder digitalmente, conforme descrito acima. A Transferência Digital, que dispensa procedimentos em cartório, está em implantação desde agosto de 2021. Identificação do condutor O condutor deverá portar o documento original de habilitação, ou a ver- são digital – CNH-e (que tem o mesmo valor da versão impressa) compa- tível com a categoria do veículo que estiverde sangue e líquidos. Os principais sinais são: • palidez, pele fria e úmida; • suor frio e denso; • pulso rápido e fraco; • respiração curta e rápida; • náuseas e vômitos, sensação de sede; • extremidades arroxeadas; • sensação de frio com tremores; • visão nublada e inconsciência. Procedimentos • Avaliar rapidamente a gravidade da situação. • Tentar eliminar ou controlar a causa do choque (hemorragia, fratu- ras, queimaduras etc.). • Revisar os sinais vitais: manter as vias aéreas desobstruídas, ve- rificar a respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência. • Manter a vítima deitada. • Se houver sangramento pela boca ou nariz, vômitos ou muita sali- vação, manter a cabeça da vítima de lado. • Afrouxar as roupas para facilitar a circulação. • Mantê-lo agasalhado e protegido. • Providenciar auxílio médico. Primeiros Socorros 97 Convulsões São contrações musculares involuntárias e descontroladas de várias partes do corpo, causadas por alterações de funções do cérebro, que costumam durar alguns minutos. Sintomas • Súbita perda de consciência e queda ao chão. • Contrações musculares do corpo e da face, inclusive maxilares. • Lábios roxos e salivação. • Respiração forte e irregular. Procedimentos • Afastar objetos próximos. • Proteger a cabeça da vítima e virá-la de lado para evitar possíveis afogamentos com vômitos e salivação. • Não tentar impedir os movimentos convulsivos. • Passada a convulsão, confortar a vítima e deixá-la dormir. • Verificar sinais vitais e lesões. • Providenciar assistência médica. Hemorragias É a perda de sangue devido ao rompimento de uma veia ou artéria. O controle da hemorragia deve ser feito rapidamente, pois quando em excesso e não controlada, pode levar à morte. Hemorragia externa Hemorragias externas são visíveis, pois o sangue verte para fora do corpo através dos ferimentos e/ou orifícios naturais do corpo. Quando uma ar- téria é atingida, o perigo é ainda maior: o sangue é vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes, na mesma frequência dos batimentos cardíacos. Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro e sai de forma lenta e contínua. Procedimentos • Aplicar um curativo de gaze ou pano limpo sobre o ferimento e pressionar. • Não trocar o curativo. Quando preciso, colocar novas ataduras por cima das já existentes, para aproveitar melhor a coagulação. • Amarrar um pano, atadura, gravata ou cinto, por cima do curativo, sem apertar muito para não prejudicar a circulação. • Se continuar sangrando, comprimir a artéria mais próxima da re- gião, evitando movimentar a parte afetada. • Em ferimentos pequenos, pressionar com o dedo até parar o san- gramento. • Manter, se possível, o membro ferido em posição mais elevada que o coração. • Deitar a vítima, se possível. Hemorragia externa Primeiros Socorros98 • Não tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos. • Não aplicar qualquer produto no ferimento. • Não aplicar garrote. Hemorragia interna Hemorragias internas ocorrem em órgãos internos, como fígado, baço, pulmões, estômago, devido a traumatismos profundos, e levam rapida- mente ao estado de choque. Os sinais externos devem ser acompanhados e controlados com muita atenção: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. Procedimentos • Manter a vítima deitada. • Colocar uma bolsa de gelo ou compressas frias no local do trauma. • A vítima deve receber atendimento médico o mais rapidamente possível. • Não deixá-la tomar líquidos. • Monitorar os sinais vitais para evitar parada cardiorrespiratória. As hemorragias tendem a ser mais graves em idosos, crianças, mulheres e pessoas debilitadas. Hemorragia nasal É causada pelo rompimento dos vasos sanguíneos do nariz. Em acidentes a hemorragia nasal seguida de sangramento pelos ouvidos pode indicar traumatismo craniano. Procedimentos • Sentar a vítima em local fresco e afrouxar suas roupas. • Pedir à vítima para respirar pela boca e não a deixar assoar o nariz. • Encaminhar o acidentado a um médico. • Se a vítima estiver inconsciente, deve-se manter a cabeça de lado para evitar asfixia e afogamento, tomando cuidado, principalmente com lesões na coluna cervical. Fraturas Nome dado à quebra de qualquer osso do corpo. As fraturas mais comuns são as dos ossos das pernas e braços. Deve-se suspeitar de uma fratura sempre que houver dor, edema (inchaço), de- formação ou quando: • a parte afetada apresentar um aspecto alterado; • o membro estiver em posição anormal; • a vítima sentir dificuldade ou impossibilidade de movimento; • a vítima sentir muita dor, inchaço ou sensação de atrito no local. Hemorragia interna Atenção! Hemorragia nasal Primeiros Socorros 99 Luxações Entorses Importante! Fraturas fechadas Nesse caso, o osso quebrado não perfurou a pele. O primeiro passo con- siste na imobilização do membro fraturado, para impedir o deslocamento das partes quebradas, evitando maiores danos. Procedimentos • Movimentar a vítima o mínimo possível. • Colocar talas para sustentar o membro atingido. Alguns materiais podem servir de tala: vareta de madeira ou metal, estaca, tábua, papelão, revista ou jornal dobrado. • As talas deverão ultrapassar as articulações, acima e abaixo da fratura. • Envolver as talas em panos, para não machucar a pele da vítima. • O braço com suspeita de fratura deve ser imobilizado preferen- cialmente junto ao peito. • Amarrar as talas, com ataduras ou tiras de pano, não muito aper- tadas, em quatro pontos: • abaixo da articulação e abaixo da fratura; • acima da articulação e acima da fratura. No caso de fratura na perna, um bom recurso é amarrar a perna quebra- da na outra, colocando um lençol ou manta dobrada entre as duas. Fraturas abertas ou expostas São fraturas nas quais as pontas do osso fraturado perfuram a pele. Aqui, além da fratura, deve-se cuidar do ferimento evitando contamina- ções, infecções e hemorragias. Procedimentos • Fazer um curativo protetor sobre o ferimento, com gaze ou pano limpo. • Se houver ruptura dos vasos, haverá hemorragia, que precisa ser controlada. • Imobilizar o membro fraturado, da mesma forma que em uma fratura fechada. • Providenciar socorro especializado. Entorses Quando articulações são forçadas além do limite natural. O mesmo que torção. Luxações Ocorrem nas articulações, quando os ossos saem do lugar, e provocam muita dor, inchaço e dificuldade nos movimentos etc. Nas entorses, luxações e outros casos onde haja dúvida, deve-se sem- pre tratar como se fosse uma fratura, pois pode ter havido o rompimento de ligamentos. Fraturas fechadas Fraturas abertas ou expostas Primeiros Socorros100 Lesão na coluna vertebral A coluna vertebral é formada por pequenos ossos chamados de vér- tebras. As vértebras formam um canal onde está a medula, por onde passam impulsos nervosos que controlam movimentos, sensações e re- ações de todos os membros e funcionamento de órgãos. Em uma fratura de coluna, se houver lesão na medula, poderá ocorrer a perda definitiva de movimentos ou funções do corpo. Devemos suspeitar de fratura na coluna sempre que a vítima: • estiver inconsciente; • apresentar dores nas costas ou no pescoço; • apresentar formigamentos e dormência nos braços e pernas; • não conseguir sentar, ou não mexer alguma parte do corpo. Procedimentos • Não mexer, nem deixar ninguém tocar na vítima, até a chegada do socorro especializado. • Manter a vítima agasalhada e imóvel. • Observar a respiração, pois esse tipo de lesão pode provocar para- da respiratória, que exigirá procedimentos de RCP. Transportar pessoas com suspeita de fratura de coluna é muito arriscado Mesmo que o socorro demore, é preferível esperar, sem tocar na vítima. Porém, isso varia muito de uma situação para a outra. Quem estiver pres- tando o atendimento de emergência terá que tomar essadifícil decisão. Quando não houver possibilidade de chegada de socorro, ou se o estado da vítima estiver se agravando rapidamente, ou ainda para afastar de perigo iminente, poderá tornar-se obrigatória a sua remoção. Procedimentos • Providenciar ou improvisar uma maca ou padiola. • Para passar a vítima para a maca, utilizar pelo menos três pessoas: cada uma ergue uma parte do corpo, ao mesmo tempo e com muito cuidado, sem entortar ou torcer o corpo da vítima, sempre cuidando da coluna cervical. • Manter a vítima esticada e deitada de barriga para cima, providen- ciando apoio para a coluna, na cintura e no pescoço. • Se houver lesão no pescoço, improvisar um colar cervical de pape- lão, envolto em uma bandagem, para imobilizar a cabeça da vítima. • Quando não houver papelão, improvisar com uma camisa, toalha, jornal ou outro pano. • Para evitar movimentos da vítima, imobilizá-la na maca, passando faixas em quatro pontos, sem apertar demais. • O transporte deve ser feito evitando freadas e movimentos bruscos. • Não transportar a vítima sentada ou encolhida. Lesão na coluna vertebral Vértebra Disco Intervertebral Medula Nervos Primeiros Socorros 101 Fratura de crânio Fraturas no crânio são sempre graves, devido a possibilidade de lesão no cérebro. A vítima com suspeita de fratura no crânio geralmente apresenta: • lesões na cabeça; • perda de sangue pelo nariz, boca ou ouvidos; • tontura progressiva, com desmaios; • dores de cabeça; • enjoos e vômitos; • alterações no tamanho das pupilas. Procedimentos • Manter o acidentado com a cabeça levemente erguida. • Afrouxar suas roupas na área do pescoço. • Se houver sangramento do couro cabeludo, cobrir com gaze, sem pressionar. • Enfaixar a cabeça, com cuidado, sem comprimir áreas moles ou deprimidas. • Conduzir o paciente a um hospital. • Não dar de beber ou comer à vítima. • Ficar atento aos sinais vitais, com cuidado especial para as vias aéreas, devido ao risco de afogamento por vômito. • Se for preciso transportar a vítima, dar preferência à utilização da maca, tomando todos os cuidados necessários para imobilização. Fratura de costelas A vítima com suspeita de fratura nas costelas apresenta os seguintes sintomas: • dores intensas no tórax, ao tentar se movimentar ou respirar; • corpo torcido; • amolecimento dos tecidos na área afetada; • deformações e deslocamentos; • se as pontas das costelas tiverem perfurado os pulmões, a vítima apresentará golfadas de sangue vermelho vivo pela boca. Cuidados de emergência • Movimentar a vítima o mínimo possível. • Se houver eliminação de sangue pela boca, manter as vias aéreas desobstruídas. Fratura de quadril A vítima com suspeita de fratura de quadril apresenta dores intensas na região, com impossibilidade de mover as pernas. Os procedimentos são semelhantes aos de fratura da coluna vertebral: • deitar a vítima sobre uma superfície plana, sem movimentações desnecessárias; Primeiros Socorros102 • imobilizar a vítima, antes de movimentá-la, em uma maca ou tábua que apoie o corpo dos pés até a cabeça, revestida com panos macios. Amarrá-la com pelo menos duas ataduras no tórax e duas ataduras nas pernas. Queimaduras São ferimentos presentes principalmente na pele. As causas mais co- muns são: fogo ou radiação, vapores, líquidos e sólidos quentes, pro- dutos químicos como ácidos ou soda, atrito ou abrasão, frio extremo. Em acidentes de trânsito as partes mais afetadas são: mãos, pés, face, genitais e vias aéreas. As queimaduras podem ser classificadas em três níveis, de acordo com a gravidade: • primeiro grau: vermelhidão e dor no local, sem a formação de bolhas; • segundo grau: vermelhidão, dor e formação de bolhas na ca- mada superficial, com posterior descamação; • terceiro grau: pele destruída em todas as camadas, atingindo músculos, nervos, outros órgãos e até os ossos. A mesma vítima poderá apresentar os três tipos de queimaduras. Qualquer queimadura que não seja uma vermelhidão superficial, local e de pequena extensão, exige que a vítima seja encaminhada para trata- mento médico. O risco de morte depende muito mais da extensão das lesões do que do grau da queimadura. Seguem algumas recomendações e procedimentos que visam aliviar o sofrimento da vítima, diminuir o risco de contaminações e prevenir o estado de choque. • Identificar, afastar e controlar a causa da queimadura. • Se tiver que combater o fogo nas roupas, abafar com um cobertor e não deixar a vítima correr. Em último caso, rolar a vítima sobre si própria. Esse procedimento tem o risco de contaminar e adicionar detritos e sujeira aos ferimentos. • Nas queimaduras por agentes químicos, aplicar jatos de água ao mesmo tempo em que for sendo tirada a roupa da vítima. • Lavar a área afetada com bastante água ou soro fisiológico. • Procurar atendimento médico, mesmo que a lesão não seja apa- rentemente grave. • Verificar respiração, batimentos cardíacos e nível de consciência, agindo conforme cada caso para manter os sinais vitais. • As roupas que estiverem grudadas na pele não devem ser removi- das. Essa operação deverá ser realizada pelo atendimento espe- cializado. • Não passar loção, óleo, pomada, clara de ovos ou qualquer outro produto, pois só servem para complicar o tratamento correto. • Não estourar bolhas. Se já estiverem estouradas, evitar qualquer contato direto com a parte lesionada. 3º Grau 2º Grau 1º Grau Recomendações Primeiros Socorros 103 Procedimentos • Deitar a vítima de modo que a cabeça e o tronco fiquem em nível mais baixo que o resto do corpo. • Aplicar um pano limpo sobre o local da queimadura. Em seguida, molhar este pano para manter úmida a parte afetada. • Em caso de queimadura nos olhos, lavá-los abundantemente com água limpa ou soro fisiológico, cobri-los com gaze ou pano limpo e procurar imediatamente um especialista. Queimaduras por choque elétrico são comuns em colisões com postes. O contato com cabos elétricos pode manter o veículo energizado, e eletrocutar ou queimar quem tocar na lataria. A recomendação é que os ocupantes se mantenham dentro do veículo até a ajuda especializada chegar. No entanto, se houver princípio de incêndio, o ideal é pular do veículo sem tocar na lataria. Ferimentos nos olhos Qualquer tipo de ferimento nos olhos pode ser muito grave e, por isso, a vítima deve ser levada imediatamente a um especialista. Mesmo com ferimentos graves, os olhos têm a possibilidade de recuperação, desde que tratados a tempo. Procedimentos • Não permitir que a vítima esfregue os olhos. • Em caso de contato com produtos químicos, lavá-los com água abundante. • Não tentar retirar cacos ou objetos cravados. • Utilizar ataduras para cobrir os dois olhos, mesmo que um deles esteja sadio, esse procedimento irá diminuir a movimentação natural dos olhos. Ferimentos no tórax e abdômen Tórax • Tapar ferimentos externos que possam ter atingido os pul- mões, para evitar a entrada de ar. • Pressionar o ferimento diretamente com uma gaze ou pano limpo, com o dedo ou com a mão. • Prender o curativo com uma faixa ou cinto, sem apertar demais. Abdômen • Não retirar corpos estranhos dos cortes ou perfurações, isso poderá iniciar ou agravar uma hemorragia. • Cobrir o ferimento com uma compressa ou pano limpo, man- tendo-a firme no lugar. • No caso de órgãos internos expostos, não tocar diretamente neles, nem tentar recolocá-los. Cobrir com uma compressa ou pano limpo, umedecido em água limpa ou soro fisiológico. Primeiros Socorros104 Acidentes envolvendo veículos que transportam produtos perigosos Placas e símbolos deste tipo identificam veículos que transportam pro- dutos perigosos, como combustíveis, produtos químicos, explosivos, etc. Acidentes envolvendo esse tipo de veículo podem ser muito perigosos para quem estiver nas proximidades. O procedimento ideal é manter distância, sinalizar para evitar outros acidentes e acionar imediatamenteo socorro especializado. Como prestar auxílio em caso de acidente com motociclista Acidentes envolvendo motociclistas exigem cuidados especiais: • prever que pode haver múltiplas lesões; • suspeitar sempre de fratura de cervical e de quadril; • sempre que possível, aguardar por socorro especializado, sem mo- vimentar a vítima; • estabilizar a coluna cervical se houver necessidade de mover a vítima; • não retirar o capacete, a menos que haja alguém que domine a técnica para retirá-lo; • verificar se há dificuldade para respirar. Nesse caso, avaliar a pos- sibilidade de soltar a fivela do capacete; • se a vítima não estiver respirando ou estiver respirando com mui- ta dificuldade, iniciar imediatamente o procedimento de compres- sões cardíacas, conforme descrito no capítulo de “Reanimação cardiopulmonar”. Movimentação e transporte de emergência As vítimas não devem ser movimentadas a não ser em casos de extrema necessidade como os descritos abaixo, com as respectivas técnicas de deslocamento correto. Movimentação realizada para afastar a vítima de situações de perigo, como por exemplo, quando ela está: • no meio da pista, sujeita a atropelamentos e novos acidentes; • com o corpo total ou parcialmente submerso, sujeita a afogamento; • exposta a gases venenosos, vazamento de combustíveis, risco de incêndio etc. Existem duas maneiras de arrastar a vítima, mesmo que por poucos metros, para poder atendê-la com segurança, sempre no sentido do comprimento do corpo, nunca torta ou de lado: • puxando-a pelos pés, sem levantá-los muito; • puxando-a pelos braços cruzados de forma a imobilizar a cabeça. 1 2 3 Regra geral Primeiros Socorros 105 Transporte de emergência A vítima somente deverá ser transportada se o seu estado estiver se agravando muito rapidamente ou se houver a certeza de que o socorro especializado não chegará a tempo. Nesse caso, o transporte deverá ser feito com muito cuidado, a fim de não agravar lesões já existentes. Antes de transportar a vítima • Controlar e manter os sinais vitais. • Estancar ou controlar todas as hemorragias. • Imobilizar todos os pontos suspeitos de fratura. Durante o transporte da vítima • Não interromper as verificações de sinais vitais. • Não interromper os procedimentos de reanimação cardiopulmonar que tenham sido iniciados. • Manter a vítima na posição mais confortável e segura possível. • Evitar movimentos bruscos. • Usar maca: é um excelente meio de movimentação e transporte e, portanto, deve ser usada sempre, mesmo sendo improvisada. Veja algumas formas simples de improvisar uma maca ou padiola. • Uma porta ou tábua larga. • Um assento do banco traseiro de automóvel. • Duas camisas ou um paletó abotoados em volta de duas varas resistentes. • Um cobertor enrolado, dando três voltas em dois tubos ou varas. Para colocar e tirar a vítima da maca, a maneira mais segura, principalmente quando há suspeita de fratura de coluna ou bacia, é utilizar o método de 3 ou 4 pessoas, onde cada um ergue uma parte do corpo da vítima, ao mesmo tempo e de forma coordenada, cuidando para não permitir movimentos na cabeça e no pescoço. Questões - PRIMEIROS SOCORROS Transporte de emergência 01. Na ocorrência de sangramento abundante, qual o cuidado indicado? a) Garrotear (usar torniquete). b) Fazer compressão no local do sangramento. c) Dar bastante líquido para a pessoa tomar. d) Jogar bastante água oxigenada para coagu- lar e limpar o ferimento. e) Deixar o sangramento parar sozinho. 02. Uma pessoa foi atropelada e está caída no meio da rua. O que fazer em primeiro lugar? a) Remover a pessoa para a calçada. b) Anotar a placa ou correr atrás do carro que a atropelou. c) Tentar chamar algum parente da vítima. d) Iniciar imediatamente o atendimento, no local. e) Sinalizar o local para evitar outros acidentes. 03. A vítima apresenta um pedaço de vidro no olho. O que devemos fazer antes de remo- ver a vítima? a) Retirar o vidro com os dedos. b) Retirar o vidro com uma pinça. c) Pingar colírio anestésico/desinfetante. d) Cobrir o ferimento e fechar o outro olho. e) Lavar com água gelada. 04. O procedimento INCORRETO para fraturas é: a) Movimentar a vítima o mínimo possível. b) Colocar talas para sustentar o membro atingido. c) Impedir o deslocamento das partes, para evitar maiores danos. d) Encaixar os ossos fraturados, o mais rápido possível. e) Improvisar, podendo usar vários materiais como talas. Primeiros Socorros106 05. Em caso de acidente: a) é obrigação de todos sempre prestar auxílio à vítima. b) é obrigação de todos prestar auxílio desde que não corra risco pessoal. c) é obrigação de todos prestar auxílio, mesmo com risco pessoal. d) a obrigação de socorrer é apenas para quem causou o acidente. e) não existe obrigação legal em socorrer. 06. Uma vítima de acidente pede água para beber. O que fazer? a) Mantê-la em jejum. b) Dar bastante líquido para hidratar a vítima. c) Dar um copo, no máximo. d) Não forçar, deixar tomar apenas o que quiser. e) Dar leite ou líquidos adocicados, de prefe- rência. 07. Uma vítima apresenta fratura exposta (o osso quebrado está para fora). O que fazer? a) Garrotear o membro fazendo um torniquete. b) Empurrar aquele osso para dentro. c) Puxar o membro para que o osso volte para seu lugar. d) Observar se a vítima está respirando, imobi- lizar o membro e acalmar a vítima. e) Jogar água gelada até chegar o resgate. 08. Uma vítima de acidente de trânsito parou de respirar. Nesta situação, você: a) avalia que a vítima morreu, não há mais nada a fazer. b) avalia que a vítima ainda pode estar viva, se não estiver roxa. c) avalia que a vítima pode estar viva e deve ser atendida imediatamente. d) fica impedido de prestar socorro se estiver sozinho. e) aplica alguns tapas nas costas, pois a víti- ma pode estar engasgada. 09. Uma pessoa bateu a cabeça, perdeu a consciência e depois acordou dizendo que está bem. O que fazer? a) Neste caso, não há necessidade de ir ao hospital. b) Recomendar que fique acordada durante 24 horas. c) Sempre levar a pessoa ao hospital. d) Levar ao hospital somente se precisar de curativo. e) Apenas fazer compressas com gelo. 10. A vítima de acidente apresenta objeto cra- vado no corpo. O que fazer? a) Retirar imediatamente o corpo estranho. b) Verificar a respiração e não tentar remover o corpo estranho. c) Retirar o objeto e comprimir o local com gaze. d) Só retirar o objeto se este estiver causando dor. e) Retirar o corpo estranho e esperar a coagu- lação do sangue. 11. Uma vítima de acidente de trânsito está gritando, com muita dor. O que fazer? a) Dar remédio para dor. b) Levar imediatamente para o hospital. c) Prestar os primeiros socorros e esperar a chegada do resgate. d) Fazer compressas geladas no local da dor. e) Fazer compressas quentes no local da dor. 12. Ao socorrer corretamente uma vítima de acidente, deve-se levar em consideração em primeiro lugar: a) a obstrução das vias aéreas. b) uma possível parada cardíaca. c) o nível da dor da vítima. d) uma possível fratura. e) uma lesão cerebral. 13. O que fazer, no local, com o acidentado que sofreu queimaduras? a) Passar pasta de dente na ferida. b) Passar desinfetante na ferida. c) Cobrir a ferida com um pano qualquer. d) Dar leite para a pessoa tomar. e) Lavar com água limpa ou soro fisiológico. 14. Um motociclista está caído com o capacete na cabeça. Deve-se: a) remover imediatamente o capacete. b) remover o capacete se ele estiver consciente. c) remover o capacete se ele estiver inconsciente. d) sinalizar o local, chamar o resgate e verificar a respiração. e) ajudá-lo a erguer-se do chão. 15. O melhor local no corpo para se verificar a pulsação é: a) no pé. b) no pescoço. c) na artéria pulmonar. d) atrás do joelho. e) em alguma veia saliente. 16. A vítima que deverá receber primeiro os procedimentos de primeiros socorros, é a que estiver: a) gritando, com muita dor. b) em estado de choque. c)respirando com muita dificuldade. d) xingando, com muitas ameaças. e) com muitas fraturas. Relacionamento Interpessoal 107 RELACIONAMENTO INTERPESSOAL O termo Relações Interpessoais significa relacionamento entre pes- soas. Engloba todos os tipos de relacionamento entre seres humanos. O primeiro grupo ao qual o ser humano pertence é a família. Desde o primeiro minuto de vida, mesmo sem falar, entender ou conhecer as pessoas que estão à sua volta, já está envolvido em seus primeiros rela- cionamentos interpessoais, como fará por toda a sua existência. Até chegar a idade adulta e assumir o seu papel na sociedade, o indivíduo terá estabelecido milhões de vínculos nas suas relações interpessoais, mesmo sem ter consciência disso. Terá participado de inúmeros grupos sociais como de amigos do bairro, colegas da escola, membros da igreja, etc. Depois virão os relacionamentos profissionais e assim por diante. Todos os relacionamentos que o indivíduo cultiva durante a vida, quer se- jam hostis ou amigáveis, passageiros ou duradouros, apresentam uma característica em comum: a comunicação. O relacionamento interpessoal é a mola propulsora da sociedade moderna. A qualidade dos relacionamentos, bem como a capacidade individual de man- tê-los, são fatores determinantes de posicionamento social e qualidade de vida. O indivíduo, o grupo e a sociedade cidadania é o exercício, pelo cidadão, dos direitos e deveres que lhe são outorgados pelo Estado e pela Sociedade. Cada pessoa é um ser único, diferente de todos os outros. A individual- idade é formada a partir da interação entre características herdadas e características adquiridas do ambiente, durante a vida. O indivíduo tem contato direto com outras pessoas com as quais tem afinidade ou objetivos comuns fornando grupos sociais. O ser humano é livre para escolher os grupos dos quais deseja partici- par: de trabalho, famíliar, amigos, religioso, lazer, etc. Provavelmente, foi a sobrevivência que levou o ser humano a optar pela vida em grupo. O indivíduo integrado a um grupo, adota os objetivos co- letivos, sem perder sua individualidade. O equilíbrio entre as necessidades coletivas e individuais determinam a harmonia da convivência. Ao contrário do grupo, com a sociedade temos um relacionamento in- direto e impessoal: identificamo-nos com ela por pertencermos a uma mesma nação. Identidade cultural, valores e princípios comuns fazem com que sejamos semelhantes, mesmo a pessoas estranhas ao nosso relacionamento individual. Relações interpessoais Indivíduo Grupo social Sociedade Relacionamento Interpessoal108 Diferenças individuais cada pessoa vê, sente, interpreta e se adapta aos acontecimentos do dia a dia de maneira diferente. Isto ocorre em função de diferenças na formação, vivência, cultura e personalidade de cada um. Por conter todos os tipos possíveis de indivíduos, o que é muito positivo, a sociedade se beneficia da diversidade, que garante inovações e criati- vidade, fatores que contribuem para que não haja estagnação. Basta declararmos que, sobre determinado assunto, não existe mais nada a desenvolver, para que apareça alguém que é diferente, enxerga sob outra ótica, vê pontos que haviam passado despercebidos anterior- mente e inova os conceitos existentes. Diferenças individuais são nossa marca registrada e nós a carimbamos em tudo o que fazemos: na maneira de elogiar ou criticar, no modo como avaliamos as outras pessoas, no trabalho, nos relacionamentos com a família, amigos, etc. Além da personalidade, os cidadãos possuem outras características que os diferem uns dos outros. Segundo o IBGE, quase 24% da população, (aproximadamente 45 milhões de brasileiros) possui algum tipo de defi- ciência, seja ela mental, visual, auditiva ou motora. Para atender às necessidades dessas pessoas e garantir seus direitos como cidadãos, foram implementadas no país leis como a 10.098/00 e 13.146/15 – Leis da Acessibilidade, que garante às pessoas com deficiência o acesso a espaços públicos e privados, sem restrição física ou de comunicação. Entre os direitos assegurados por essa Lei destacam-se as rampas, passagens especiais para pedestres, semáforos sonorizados, vagas de estacionamento sinalizadas para cadeirantes, transporte coletivo adap- tado, espaços reservados em locais de lazer e instrução, bem como o acesso à informação, comunicação e educação através de intérpretes ou recursos audiovisuais com tradução em LIBRAS. As instituições que dis- põem de equipamentos, recursos e serviços especializados para surdos, por exemplo, devem ser identificadas através do Símbolo Internacional de Pessoas com Deficiência Auditiva, conforme modelo ao lado. Atualmente é possível encontrar a maioria dessas adaptações em dife- rentes espaços, principalmente no trânsito, onde a garantia do sucesso nos relacionamentos interpessoais está no respeito às diferenças e na igualdade dos direitos. O bom relacionamento Saber estabelecer relacionamentos interpessoais de qualidade e poder mantê-los é uma das características mais valorizadas atualmente. Além de uma comunicação eficiente, as pessoas competentes em seus relacionamentos interpessoais têm características especiais, que é pos- sível desenvolver e aprimorar. São os valores: • Respeito: por ser um dos valores mais importantes, o respeito é a viga mestra dos relacionamentos. Várias são as atitudes que bem caracterizam as pessoas respeitosas: respeito pelo direito dos outros, pelas diferenças individuais, pela diversidade de opiniões, pelo ambiente e até por si próprio. Aprimorar valores Outras variações: símbolo branco em fundo preto ou símbolo preto em fundo branco. Relacionamento Interpessoal 109 • Flexibilidade: as pessoas têm interesses distintos. É preciso “jogo de cintura” para evitar conflitos e buscar soluções criativas para problemas criados pelos relacionamentos. Além disso, as pessoas mais flexíveis têm melhor capacidade de adaptação quando expos- tas a diferentes situações ou ambientes. • Bom senso e sabedoria: qualquer situação ou problema tem mais de uma maneira de ser interpretado ou resolvido. O controle das situações está sempre na mão de quem age com bom senso e ponderação. • Humildade: reconhecer os próprios erros, com humildade e sim- plicidade tem a propriedade de dissolver os desentendimentos na raiz. Entretanto, nos relacionamentos, poucos são aqueles que re- conhecem seus próprios erros. • Paciência: as pessoas pacientes não precisam resolver tudo na hora, não são afobadas nem tiram conclusões precipitadas. Sua capaci- dade de relacionamento é boa, porque são capazes de ouvir, sem pressa. • Equilíbrio: controlar o próprio temperamento é fundamental para quem deseja e necessita desenvolver uma boa capacidade de se comunicar e negociar. • Empatia: habilidade de se colocar no lugar da outra pessoa para poder ouvir, ver e sentir através da perspectiva dela. Muito útil nos relacionamentos porque, ao demonstrar que sabemos como a pes- soa se sente, muitas vezes as razões do conflito deixam de existir. • Receptividade: para dar qualidade às nossas relações interpes- soais é necessário estar aberto, reduzir as barreiras, cultivar a simpatia e demonstrar boa vontade. • Igualdade: todos gostam de ser bem tratados e não há nada que distancie mais do que se sentir inferiorizado. Não devemos dei- xar que as decisões sejam afetadas por simpatias, antipatias ou preconceitos. As vezes agimos como juízes das atitudes alheias, condenando outros por ações que também cometemos. • Educação: cultivar as boas maneiras, saber o valor da civilidade, tratar bem as pessoas, ser gentil e cordial são atributos indis- pensáveis para quem sabe que o sucesso pessoal e profissional depende da qualidade dos relacionamentos. • Persistência: para manter as qualidades necessárias aos bons relacionamentos é preciso utilizá-las continuamente. Uma ou outra vez apenas não basta; para isso, é necessário ser perseverante,até que os resultados apareçam. Bom relacionamento no trânsito no trânsito, boas atitudes entre condutores e/ou pedestres têm o poder de promover o respeito e a cidadania. É essencial saber agir corretamen- te frente às diversas situações do dia a dia no trânsito, reconhecendo e alterando maus hábitos e posturas negativas. • A comunicação entre os usuários do trânsito deve ser simples e obje- tiva, para que não dê margem para má interpretação. Mensagens cur- tas e rápidas facilitam a compreensão entre condutores e/ou pedes- tres, contribuindo para a boa fluência do trânsito e evitando acidentes. Relacionamento Interpessoal110 • É preciso compreender certas atitudes incorretas dos outros mo- toristas, pois, provavelmente, não tiveram a oportunidade de ana- lisar suas atitudes e melhorar seu comportamento no trânsito. Jamais reagir, pois um erro não justifica o outro. • No trânsito, atitudes refletidas e bem pensadas podem fazer a diferença em momentos de tensão ou em situações críticas. O condutor consciente é aquele que, em uma situação delicada, pen- sa antes de agir, procura analisar os dois lados e ser justo em palavras e decisões sem ficar nervoso, principalmente se o errado for ele mesmo. • Congestionamentos, incidentes e situações tensas geram irritação e desconforto. Nestas circunstâncias, é preciso manter a cabeça fria e escolher o momento ideal para agir, pois qualquer gesto ou atitude imprópria pode gerar confusão e até acidentes. • O “bate-boca” não resolve, porque ninguém mais está escutando. O ideal é não participar de desentendimentos desse gênero. O participante mais capaz e inteligente procura acalmar os ânimos para voltar ao diálogo. • Utilizar o veículo para demonstrar nível social, para compensar sen- timentos de inferioridade e insegurança e usar o tamanho e a potên- cia para intimidar os outros, são atitudes socialmente reprováveis. • No trânsito, algumas ocorrências provocam comunicação “cara-a- -cara”. Nessas “conversas”, comuns em incidentes, geralmente são transmitidas várias outras “impressões” além da mensagem que está sendo falada. É preciso tomar cuidado com entonação de voz e expressões utilizadas, que podem complicar a situação, ao invés de resolvê-la. Qualidade no relacionamento interpessoal Quem convive diariamente no trânsito precisa empenhar-se para propor- cionar um ambiente de qualidade e, mais do que exigir dos outros, deve comprometer-se a fazer a sua parte. Isso depende de uma ação pessoal consciente e determinada. O condutor deve questionar continuamente suas ações no trânsito, auto- -avaliar suas atitudes, verificando o próprio desempenho em cada nova situação à qual for exposto e corrigindo-o, quando necessário. O condutor que faz auto-avaliação, melhora suas atitudes, e serve tam- bém de exemplo para outros condutores, gerando um convívio melhor no espaço tumultuado que é o trânsito. Sempre que o resultado dos nossos relacionamentos interpessoais não é exatamente aquele que gostaríamos que fosse, devemos parar e refle- tir. Apesar da tendência que temos de culpar os outros é provável que os verdadeiros motivos estejam em nós mesmos. Em primeiro lugar, precisamos rever mentalmente relacionamentos fami- liares, pessoais, com amigos, colegas de trabalho, chefes, clientes e até com pessoas estranhas, fazendo uma avaliação sincera. Em seguida, devemos reconhecer com humildade nossos pontos fracos, que podem estar minando a qualidade dos nossos relacio- namentos interpessoais. Mudança de atitude: Uma questão de consciência Qualidade de vida Autoavaliação Saber distinguir o momento oportuno Não participar de brigas e discussões Ver o lado positivo Agir com bom senso Usar o veículo para a finalidade correta Comunicação face a face: como agir? Relacionamento Interpessoal 111 Finalmente, precisamos nos convencer de que mudanças pessoais ne- cessárias para que haja melhora, dependem unicamente de nós. O cidadão e o trânsito Cidadão é o indivíduo consciente do seu papel na sociedade. Para que a vida em sociedade seja possível, como vimos, foram criadas normas de conduta, que definem nossos direitos e deveres enquanto cidadãos. Essas normas são determinadas pelas Leis e pelos Códigos. Na Socie- dade Brasileira, a Lei máxima é a Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 1988. Além dela, temos Códigos, com leis mais específicas, como o Código Civil Brasileiro, o Código Penal, o Códi- go de Trânsito, etc. O cidadão tem o dever de obedecer às leis e códigos, em benefício do bem comum. Esta é a melhor forma de respeitar o direito das demais pessoas e ter os seus respeitados. As mesmas leis e códigos definem que estamos sujeitos a punições toda vez que nosso comportamento for nocivo para a coletividade ou para nós mesmos. O trânsito é o mais importante ponto de junção dos diversos grupos, segmentos e indivíduos de uma sociedade. É um sistema extraordinariamente complexo, do qual todos dependemos diariamente: • Para nos deslocarmos, como condutores, passageiros ou pedestres. • Para despacharmos as mercadorias que produzimos. • Para recebermos as mercadorias e produtos que consumimos. Nosso comportamento no trânsito é regido por um conjunto de leis, formado pelo Código de Trânsito Brasileiro por Decretos, Resoluções Complementares e Portarias das Autoridades de Trânsito. Este conjunto prevê comportamentos e ações corretas para todos os elementos do trânsito, bem como infrações, multas, penalidades e a responsabilização civil e criminal por nossos atos no trânsito, principal- mente quando colocamos em risco a segurança e a vida, nossa e das demais pessoas. O atual Código de Trânsito Brasileiro, que entrou em vigor em janeiro de 1998, é muito mais rigoroso que o anterior. Violações individuais dos direitos das demais pessoas, como o de ter um trânsito seguro, estavam tomando proporções alarmantes, refletidas em estatísticas de acidentes e mortes no trânsito brasileiro. Além de ser muito mais rigoroso, o atual Código de Trânsito Brasileiro determina, no Capítulo VI, que a Educação para o Trânsito é um direi- to de todos, devendo ser promovida nos ensinos infantil, fundamental, médio e superior. A Educação é a base para o cidadão reivindicar seus outros direitos em relação ao trânsito, como o do Esforço Legal (fis- calização) e o da Engenharia (vias seguras e sinalizadas). Estes três elementos combinados e executados de forma complementar e contínua irão contribuir certamente, como já ocorreu em outros países, para tornar o trânsito brasileiro mais seguro, humano e funcional. Código de Trânsito Brasileiro, de 1998 Relacionamento Interpessoal112 A educação é fundamental visto que, infelizmente, é no trânsito que algu- mas pessoas descarregam suas frustrações e problemas pessoais. No trânsito, presenciamos diariamente: • Desrespeito. • Provocações. • Demonstrações de superioridade. • Agressividade. • Violência. São atos praticados principalmente por condutores, aos quais cabe a maior parcela de responsabilidade na segurança do trânsito. O bom cidadão, geralmente, é também um bom motorista, pois as quali- dades para ambos são as mesmas. • Respeita as normas de trânsito. • Respeita o direito das outras pessoas. • Preserva o meio ambiente. • Preserva o patrimônio público. • É amigável, avisa e ajuda. • Age corretamente, com civilidade. • É cooperativo com todos os que estão no trânsito. • Cultiva a bondade, tolerância e solidariedade. • Entende que seus deveres são idênticos aos direitos alheios. • É compreensivo com os erros dos outros, pois também erra. • Abre mão de exigências próprias em favor do bem comum. • Evita confrontos e comportamentos agressivos. • Compreende as limitações alheias. O primeiro passo, para ser um bom motorista e um bom cidadão, é fazer uma autocrítica honesta do próprio comportamento ao volante, do grau de agressividade e dos maus hábitos. Depois disso, é possível adotar umpadrão de comportamento civilizado e aceitar as deficiências das outras pessoas. Comportamento no trânsito O comportamento no trânsito é um indicador preciso das caracterís- ticas de cada indivíduo. Quem tem boa maturidade e equilíbrio sabe controlar suas tendências e atitudes inadequadas. A grande maioria dos motoristas (mais de 2/3) raramente comete infra- ções ou envolve-se em acidentes de trânsito. Quase todos os problemas são causados por uma minoria de motoristas cujo comportamento pode ser decorrente da dificuldade de lidar com as pressões da vida. O bom motorista: Relacionamento Interpessoal 113 Tipos de comportamento A dificuldade de lidar com as pressões da vida, aliada a outros fatores, como a personalidade e a própria educação do indivíduo, podem levá-lo a apresentar os seguintes tipos de comportamento: Ansiedade: o condutor ansioso não consegue concentrar-se, erra frequentemente o caminho e perde mais tempo, o que realimenta a ansiedade. Angústia: o extremo desconforto psicológico causado pela angústia representa um risco no trânsito, pois compromete a capacidade de concentração do condutor. Frustração: a decepção diante de resultados insatisfatórios geralmente é com- pensada ao volante, com atitudes intolerantes e agressivas. Medo: torna-se fator de risco quando bloqueia as reações normais da pessoa, mas é positivo quando permite ao indivíduo avaliar e gerenciar os riscos. Raiva: o indivíduo com raiva tem reações insensatas e perigosas, causados pelo desatino instantâneo, pela reação exagerada e descontrolada. Egoísmo: o condutor egoísta não cede nem compartilha, criando problemas no espaço com- partilhado do trânsito. Ele não é capaz de cortesias ou gentilezas, pois supervalo- riza sua própria importância. Insegurança: o indivíduo inseguro não tem noção do próprio valor. Para sentir-se va- lorizado ele precisa se sobressair, exibir modelos “último tipo” e fazer demonstrações de perícia. Competitividade: o espírito competitivo tomou conta da sociedade moderna. O trânsito, onde facilmente encontra-se outro competidor, é um ambiente extremamente inade- quado para competições. Agressividade: o condutor subestima os riscos e as consequências das suas atitudes, tornando-se imprudente e sujeito a acidentes graves. Hostilidade: o indivíduo hostil é intolerante, irrita-se facilmente e envolve-se em discussões e agressões, principalmente quando encontra outros indivíduos hostis. Relacionamento Interpessoal114 Euforia: o condutor eufórico, devido a variações hormonais, drogas, bebidas alcoólicas ou fortes emoções, manifiesta sua felicidade e alegria com exagero e descon- trole, provocando perda de concentração e da noção do perigo, cometendo im- prudências ou envolvendo-se em acidentes. Introversão: o condutor introvertido comete muitos erros, pois a sua capaci- dade de comunicação no trânsito fica comprometida. Impulsividade: o condutor impulsivo faz pouca ou nenhuma reflexão sobre suas ações, tor- nando-se altamente irresponsável, imprudente e inconsequente, criando em torno de si uma área de perigo permanente no trânsito. Passividade: o indivíduo passivo, por comodidade ou por sentir-se alheio, não assume sua parcela de responsabilidade no trânsito. Distração: o condutor distraído permite que a música, pedestres, objetos, conver- sas, etc., desviem a sua atenção, expondo-se a riscos desnecessários. Pressa: característica do condutor desorganizado, sempre atrasa- do e afobado, que pratica todo tipo de imprudências, sim- plesmente para tentar vencer o relógio. Pessimismo: ao pessimista faltam ânimo e energia para decidir e agir. Suas reações len- tas ou inadequadas podem gerar diversos tipos de acidentes. Depressão: o deprimido tem crises de desinteresse pelas atividades, pelos amigos, pela família e pela própria vida, apresentando tendências de autodestruição e incapacidade emocional, po- dendo causar graves acidentes. Apresentar ocasionalmente um destes fatores é muito diferente do que ser portador constante de distúrbios psicológicos. Além disso, entre um e outro extremo, existem muitos níveis de gravidade. Todos nós apresen- tamos um ou mais fatores em algumas ocasiões. O perigo é que, muitas vezes, nem percebemos isso. É importante reconhecer características e tendências psicológicas em nós e nas demais pessoas, para criar comportamentos mais seguros, abando- nando reações automáticas com responsabilidade e maturidade. Relacionamento Interpessoal 115 Reconhecer maus hábitos exige honestidade e autocrítica. Alterá-los significa vencer as resistências internas que nos forçam a continuar como somos. Quando ficar difícil conseguir isso sozinho, o melhor cami- nho é procurar ajuda especializada, sempre que o comportamento afetar negativamente a segurança e a integridade. Conflitos no trânsito Conflitos fazem parte da vida e são consequência direta do fato de que cada pessoa precisa defender seus próprios interesses. No cotidiano do trânsito é praticamente inevitável que surjam alguns conflitos. Motoristas de automóveis, por exemplo, têm necessidades e objetivos diferentes dos de condutores de Transporte Coletivo, motoci- clistas, ciclistas, pedestres, transportadores de carga, etc. Além disso, os papéis que assumimos no trânsito não são fixos. Quando estamos dirigindo, muitas vezes desrespeitamos o espaço dos pedes- tres, sem levar em conta sua fragilidade. Quando largamos a armadura que o veículo proporciona, voltamos a sentir na pele a fragilidade do pedestre: passamos a reclamar, disputar espaço e conflitar com os mo- toristas. Apesar disso, assim que retomamos o papel de motoristas, rapidamente voltamos a desrespeitar pedestres. Este exemplo ilustra bem a dificuldade de nos colocarmos no lugar de outras pessoas, mas esta é a única maneira de entendermos e respei- tarmos suas necessidades e direitos. O estresse O estresse é um conjunto de reações do organismo que prejudica o desen- volvimento das atividades diárias e a própria saúde do indivíduo, provocando alterações indesejáveis e consequências perigosas. Cada pessoa reage ao estresse de maneira diferente. Muitos podem ser os fatores estressantes: pressões do trabalho ou da família, dívidas, compromissos profissionais, ambiente hostil, trabalho excessivo, alterações bruscas na vida, brigas, rompimentos de relacio- namentos, falecimento de pessoas próximas, mudança de casa ou de emprego, problemas de saúde, deixar de fumar ou de beber, fazer dieta e diversos outros. Algumas das condições que facilitam ou agravam o estresse: pouca atividade física, comer demais ou de menos, refeições irregulares, alimentação rica em gorduras e/ou pobre em fibra), baixo consumo de líquidos, dormir pouco, per- der noites de sono e vida desorganizada. No inicio, o estresse pode apresentar os seguintes sintomas: • Insônia, falta de concentração, perda de memória, baixo desempe- nho profissional. • Alteração do apetite, alterações no peso, para mais ou para menos. • Dores de estômago, problemas digestivos, náuseas, azia, gastrite. • Dores de cabeça, dores nas costas, tensões musculares, sensa- ções de formigamento. Fatores estressantes Relacionamento Interpessoal116 • Extremidades frias, boca seca, suor excessivo. • Alterações no humor, diminuição do desejo sexual. • Emotividade exagerada, irritabilidade. • Alterações na pressão arterial, mal-estar, tonturas. • Problemas de pele, alergias. O agravamento do estresse provoca distúrbios na saúde, representando sérios riscos à vida do indivíduo: impossibilidade de trabalhar, vontade de abandonar tudo, agressividade, apatia, depressão, úlceras, vômitos, diarreia frequente, insônia, impotência, hipertensão arterial e ataques cardíacos. O melhor remédio para o estresse é a prevenção. Como sem- pre, o difícil é abandonar velhos hábitos. O primeiro passo é identificar os fatores estressantes ou que predispõem ao estresse. Depois, adotar um padrão de vida mais saudável. Alguns conselhosúteis: • Organizar a vida, separando o essencial do que não é importante. • Selecionar tarefas por prioridades e executar uma de cada vez. • Aprender a “passar a bola”, dividindo as tarefas. • Fazer pequenos intervalos para recuperar energias. • Rever objetivos e eliminar os que estão atrapalhando. • Viver o presente mas planejar a longo prazo. • Ser generoso consigo próprio, comemorar as pequenas vitórias. • Procurar sempre o lado positivo dos acontecimentos. • Procurar identificar causas de irritações, para poder evitá-las, eli- miná-las ou preveni-las. • Não descuidar da vida social com familiares e amigos. • Combater ansiedade com relaxamento e atividades que distraiam ou deem prazer, como o lazer para as horas de folga. • Não esquecer da saúde física, alimentar-se regularmente sem pu- lar refeições e tomar um bom café da manhã. • Basear o padrão alimentar na qualidade e selecionar alimentos mais saudáveis, pobres em gordura animal e ricos em fibras (grãos, cereais e vegetais). • Consumir bastante líquido durante o dia. • Por fim, o principal: reservar 50 minutos por dia para cuidar de si mesmo, pelo menos 3 vezes por semana praticar exercícios físicos condizentes com a idade, peso e condição física, com cuidado. Atividade física concentrada só em fins de semana faz mais mal do que bem. O estresse e o trânsito O efeito do estresse, frente a situações cotidianas no trânsito, é clara- mente visível no comportamento. Por exemplo, o indivíduo que apresenta características de irritabilidade, quando estiver estressado certamente irá piorar seu comportamento, tornando-se agressivo ou hostil e provo- cando acidentes. Relacionamento Interpessoal 117 As pressões e tensões extras que o trânsito proporciona podem fun- cionar como a “gota d’água”, alterando padrões de comportamento do condutor e fazendo-o criar situações de risco e insegurança, para si e para os demais usuários. Questões - RELACIONAMENTO INTERPESSOAL 01. Qual característica é comum em todos os relacionamentos que o indivíduo cultiva? a) A comunicação. b) A hostilidade. c) A empatia. d) A sinceridade. e) A paciência. 02. Os dois fatores primordiais para que a vida em sociedade seja possível são: a) a pátria e a família. b) ordem e progresso. c) direitos e deveres. d) educação e saúde. e) nenhuma das alternativas 03. Os direitos e deveres do cidadão são deter- minados por leis e códigos, como exemplo tem-se: a) a Constituição. b) o Código Civil. c) o Código Penal. d) o Código de Trânsito. e) todas as alternativas estão corretas. 04. O papel do motorista no trânsito é fixo? a) Não, pois além de motorista, fora do carro ele é pedestre e muitas vezes sente na pele o descuido praticado por outros condutores. b) Sim, pois mesmo como pedestre continuará a defender seus interesses como condutor. c) Sim, pois o bom condutor age sempre da mesma forma em qualquer lugar. d) Não, pois tanto condutores, como pedes- tres, ciclistas ou carrinheiros têm os mes- mos interesses. e) Nenhuma das alternativas. 05. Qual alternativa reúne alguns fatores que podem ser considerados estressantes? a) Pressões do trabalho, da família, das dívi- das, problemas de saúde, deixar de fumar e fazer dieta. b) Praticar esportes regularmente, levar uma vida saudável, dormir e se alimentar bem. c) Ser demitido do emprego, fazer uma viagem e romper um relacionamento. d) As alternativas A e C estão corretas. e) Nenhuma das alterantivas. 06. Ter uma vida sedentária, hábitos alimenta- res inadequados, baixo consumo de líqui- dos, vida desorganizada, entre outros, são fatores que: a) evitam o estresse. b) tornam a pessoa extremamente sadia. c) facilitam ou agravam o estresse. d) diminuem o tempo com coisas desnecessárias. e) todas as alternativas estão corretas. 07. Quais dos sintomas abaixo caracterizam um indivíduo em estágio avançado de es- tresse? a) Introversão, pessimismo, passividade ou medo incontrolável. b) Hipertensão arterial, impotência, alta agres- sividade, apatia ou depressão. c) Disposição, bom humor constante, sono tranquilo ou grande tolerância. d) Leves dores de cabeça ou breves momento de insônia. e) Todas as alternativas estão corretas. 08. Para estabelecer relacionamentos inter- -pessoais de qualidade é necessário adotar valores como: a) respeito, flexibilidade e paciência. b) humildade, bom senso e sabedoria. c) equilíbrio, empatia e receptividade. d) igualdade, educação e persistência. e) todas as alternativas estão corretas. 09. A comunicação entre os elementos do trân- sito deve ser: a) simples e objetiva. b) sincera e leal. c) curta e rápida. d) as alternativas A e C estão corretas. e) todas as alternativas estão corretas. 10. Assinale a alternativa INCORRETA. Condu- tor consciente é aquele que, em situação delicada: a) pensa antes de agir. b) não leva desaforos para casa. c) analisa os dois lados. d) procura ser justo. e) toma decisões sem nervosismo. 118 Gabarito e Bibliografia GABARITO DAS QUESTÕES Legislação de Trânsito – p. 24 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 a e a c e c a e a b e a b Infrações de Trânsito – p. 37 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 e b a d d a d c c d Sinalização – p. 51 01 02 03 04 05 d a d e b Direção Defensiva – p. 86 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 d c d e e d e a c e b a c d b c e c d e Primeiros Socorros – p. 105 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 b e d d b a d c c b c a e d b c Relacionamento Interpessoal – p. 117 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 a c e a d c b e d b BIBLIOGRAFIA • AMARAL, Antônio José Fajardo. • VOLVO. Catálogo de peças para caminhões. • C. F. C. GOLDEN CAR. Curso de Formação para Condutores de Transporte Escolar. • Coletânea SHELL RESPONDE. • DAMATTA, R. A Casa e a Rua. •DNER. Manual de Segurança do Trânsito. Rio de Janeiro, 1978 • EDUTRAN. Fari Amadeu Nassin e Helena Caseli Pereira. Curitiba, 1996. • FERRAZ, Carlos Roberto G. e SHIMADA, João Y. Motorista, o que saber? • FIAT. Manual Básico de Segurança no Trânsito. • FORD. Manual de Direção Defensiva e Primeiros Socorros. • Guia de Manutenção do Automóvel. Rio de Janeiro, 1982 • LIMA, Noeliza. • LAZZARI, Carlos F. e WITTER, Ilton R. Nova Coletânea de Legislação de Trânsito. Sagra Luzzatto, 1999. • ANACLETO, F. J. Manual de Trânsito. Curitiba, 1997 • MACHADO, Adriane Picchetto. • MARCOZZI, A.M. Ensinando a Criança. • MENEGUETI, Antônio. Manual de Ontopsicologia. • MENEGUETI, Antônio. Sistema e Personalidade. • NARANJO, Cláudio. Os Nove Tipos de Personalidade. • PRODAE. Enciclopédia da Psicologia Contemporânea. • DIAS, G. F. Princípios e Práticas de Educação Ambiental. São Paulo, 1994. • QUATRO RODAS. Entenda o Novo Código de Trânsito. • RIBEIRO, Luiz Arrthur M. 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(Art. 159 do CTB) O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no mo- mento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor está habilitado. • Permissão para Dirigir – PPD – documento válido por um ano. • Autorização para Conduzir Ciclomotores – ACC. • Carteira Nacional de Habilitação – CNH: a CNH atual contém fo- tografia e os números dos principais documentos do condutor, ser- vindo como documento de identificação em todo território nacional. • Documento de identificação: obrigatório para condutores portado- res de CNH sem foto. O número RENACH – Registro Nacional de Carteiras de Habilitação é definido no início do processo de habilitação e permite que o condutor possa ser atendido ou autuado em qualquer estado do País. Processo de habilitação O processo de habilitação tem validade de um ano, com a possibilidade de transferência e continuidade em outros estados. No caso da Primeira Habilitação é possível candidatar-se à: • ACC. • Categoria A. • Categoria B. • Categorias A e B. • ACC e categoria B. Para obter a ACC ou habilitar-se na(s) categoria(s) escolhida(s) o can- didato deve: • Ser penalmente imputável (ter 18 anos). • Saber ler e escrever. • Possuir documento de identificação e CPF. • Ser aprovado na avaliação psicológica, que permite detectar se o candidato é portador de distúrbios que o impeçam de dirigir. • Ser aprovado no exame de aptidão física e mental, que avalia a visão, força muscular, coração, pulmão e saúde mental. • Obter certificado de conclusão em curso teórico (45 horas/aula), em um Centro de Formação de Condutores credenciado. • Ser aprovado em prova teórica do DETRAN, de, no mínimo, 30 ques- tões (convencional ou eletrônica) com 70% de acertos ou mais. Exame Teórico Avaliação Psicológica Exame Médico Curso Teórico Obtenção da habilitação 13Legislação de Trânsito • Obter certificado de conclusão de curso prático de direção em CFC credenciado, de no mínimo 20 horas/aula para categoria A. • Para obter o certificado de conclusão do curso prático para a ca- tegoria B, o candidato terá de fazer, no mínimo, 20 horas/aula em veículo de aprendizagem. Dessas, poderá optar por fazer até 05 horas/aula em simulador de direção veicular, se estiver disponível no CFC. • Durante as aulas práticas, é obrigatório o porte da LADV – Licença para Aprendizagem de Direção Veicular, no original, além de do- cumento de identificação do candidato. Desrespeitar esta norma suspende a LADV por 6 meses. • O trajeto das aulas práticas deve ser feito em vias urbanas e ru- rais, também para motos e ciclomotores. • No exame para categoria B, o candidato será reprovado se cometer faltas eliminatórias ou que somem mais de 3 pontos negativos. • Para motos e ciclomotores, o exame continua sendo feito em cir- cuito fechado. Se reprovar no exame teórico ou prático, o candidato terá de fazer novo exame, sem precisar repetir as etapas nas quais tiver sido aprovado. Se for aprovado em todas as fases o candidato receberá a Permissão para Dirigir - PPD, válida por um ano. Durante esse período, se não for multado, por infração gravíssima ou grave, nem reincidir em multa por infração média, terá direito à sua CNH. Caso contrário, terá que reiniciar todo o processo de habilitação. Categorias de CNH (Anexos I e II da Res. 789/20) Autorização para Conduzir Ciclomotores - ACC: habilita a conduzir ciclo- motores (até 50 cilindradas). Pode ser obtida por condutores das categorias B, C, D e E, constando como uma observação na CNH. Nesse caso, os can- didatos à ACC deverão realizar, além do exame de aptidão física e mental: • curso teórico de 20 horas/aula e exame teórico; • curso prático de no mínimo 5 horas/aula. Categoria A: habilita a conduzir veículos automotores de 2 ou 3 rodas, com ou sem carro lateral, como motocicletas, ciclomotores, motonetas e triciclos. Não permite dirigir nenhum outro tipo de veículo automotor. • Para adição de categoria A, realizar curso prático de, no mínimo, 15 (quinze) horas/aula em veículo de aprendizagem. Categoria B: habilita a conduzir veículos automotores com ou sem rebo- que, com peso bruto total (PBT) de até 3.500 kg e lotação máxima de 8 lugares, fora o do condutor. Não permite dirigir veículos automotores de 2 ou 3 rodas. Permite conduzir veículo automotor da espécie mo- tor-casa cujo peso não exceda a 6.000 kg, ou cuja lotação não exceda a 8 lugares, excluído o do condutor (Lei 12.452/11). Permite também conduzir trator de rodas e máquinas agrícolas. (Lei 13.097/15) • Para adição da categoria B, realizar curso prático de, no mínimo, 15 horas/aula. Curso Prático Exame Prático Permissão para dirigir Reprovação no exame 14 Legislação de Trânsito Categoria C: permite dirigir todos os veículos da categoria B, tratores, máquinas agrícolas e veículos de carga com mais de 3.500 kg de PBT com ou sem reboque, desde que o reboque não exceda a 6.000 kg de PBT. Categoria D: permite dirigir todos os veículos das categorias B e C, e veículos de passageiros com lotação maior que 8 lugares. Categoria E: permite conduzir todos os veículos das categorias B, C e D, e veículos que rebocam trailers ou unidades com mais de 6.000 kg de PBT, ou com lotação superior a 8 passageiros. É a única categoria que permite conduzir veículos com mais de um reboque. São especializações dentro das categorias: Transporte coletivo de passa- geiros, Transporte de escolares, Transporte de emergência, Transporte de produtos perigosos, Transporte de cargas indivisíveis, mototáxi e motofrete. Renovação da CNH A validade máxima da CNH é de: • 10 anos, para condutores com idade inferior a 50 anos. • 5 anos, para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos. • 3 anos, para condutores com idade igual ou superior a 70 anos. O prazo de validade pode ser diminuído de acordo com laudo médico. Após a data de vencimento da habilitação (data de validade), o condu- tor terá 30 dias para solicitar renovação junto ao DETRAN. Se perder esse prazo e dirigir estará cometendo uma infração gravíssima, sujeito à multa, 7 pontos no prontuário e retenção do veículo até apresentação de condutor habilitado. Para renovar a CNH é necessário: • Exame de aptidão física e mental. • Avaliação psicológica (para motoristas que exerçam atividade remunerada). Os Detrans deverão enviar aos condutores, com 30 dias de antecedência, aviso de vencimento da validade da CNH e do exame toxicológico. Condutores das categorias C, D e E precisam passar por exame toxicológico para obter ou renovar a CNH e, periodicamente, a cada 2 anos e meio, independente dos demais exames. Condutores com CNH emitida antes de 1998, que não tiveram cursos de Direção Defensiva e Primeiros Socorros, deverão fazer uma das opções abaixo: • Fazer prova dessas disciplinas diretamente no DETRAN. • Realizar curso a distância das duas disciplinas e fazer a prova. • Realizar curso presencial com 15 horas/aula, sendo dispensado de realizar prova. • Ou atender determinação do DETRAN local. 15Legislação de Trânsito O condutor que estiver com o exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco anos deverá fazer o curso de atualização para a renovação da CNH, de 15 horas/aula. Normas gerais de circulação e conduta (Capítulo III do CTB) As Normas Gerais definem comportamentos corretos dos usuários das vias terrestres, principalmente dos condutores de veículos. Muitas das Normas de Conduta são semelhantes às técnicas de Direção Defensiva, porque ambas têm o mesmo objetivo: a segurança no trânsito. Ao desrespeitar uma norma de circulação e conduta, o condutor estará cometendo uma infração ou crime e sujeitando-se a multas, medidas ad- ministrativas e outras penalidades, de acordo com o Art. 161 do CTB. Regra Fundamental: Evitar qualquer ato que possa constituir perigo ou obstáculo para os demaisusuários do trânsito. A responsabilidade do condutor começa muito antes de conduzir o veículo pela via (Art. 26). Portar documentos do condutor e do veículo, na validade (Art. 159). • Portar próteses ou lentes corretivas indicadas na CNH. Estado e condições do veículo (Art. 27). • Veículo em bom estado de funcionamento e conservação. • Combustível em quantidade suficiente. • Presença dos itens obrigatórios, em boas condições, e que pode- rão ser vistoriados pelas autoridades de trânsito. Condições do condutor e dos passageiros. • Estar emocionalmente equilibrado, bem disposto e sóbrio. • Estar convenientemente calçado; não é permitido dirigir usando calça- dos que não se firmem nos pés ou que comprometam a utilização dos pedais (Art. 252). • O número de passageiros e o volume de carga deve ser compatível com a capacidade do veículo e com a categoria de CNH. • Crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 1,45 m de altura devem ocupar o banco traseiro, usando individu- almente cinto de segurança e equipamento de retenção adequado à sua idade, peso e altura. • Para bebês com até um ano de idade, utilizar bebê-conforto no sentido contrário ao deslocamento do veículo. • Crianças de um a quatro anos, usar a cadeirinha. • De quatro anos até atingir 1,45 m, assento de elevação. • Acima de 1,45 m, cinto de segurança. • Em motocicletas é proibido transportar crianças menores de 10 anos ou sem condições de cuidar-se. • Condutor e passageiros usando cinto de segurança (automóveis). • Não haver qualquer parte do corpo do condutor ou de passageiro para fora do veículo (automóveis). • Não jogar nem abandonar qualquer objeto sobre as vias. De 0 a 1 ano De 1 a 4 anos De 4 anos até 1,45 m Acima de 1,45 m 16 Legislação de Trânsito Trafegando Dirigir exige grande responsabilidade. O condutor deve estar sempre atento e utilizar as duas mãos, dominando totalmente o veículo. • Conduzir o veículo pelo lado direito das vias, salvo em situações justificadas e devidamente sinalizadas (Art. 29, inciso I). • Não arrancar bruscamente e manter distância de segurança lateral e frontal dos demais veículos e do bordo da pista. Lembre-se de que a distância segura depende da velocidade, do tipo de piso e das con- dições locais do trânsito e do veículo (Art. 29, inciso II). • Não trafegar em pistas sinalizadas como exclusivas para outros tipos de veículos. • Em vias com faixas de mesmo sentido, as da direita são desti- nadas aos veículos mais lentos e de maior porte; as faixas da esquerda são utilizadas para ultrapassagem e deslocamento de veículos mais rápidos, devendo todos respeitar o limite de veloci- dade máxima definido para a via (Art. 29, inciso IV). • Veículos de tração animal deverão trafegar pelo lado direito da pista, próximo ao meio fio ou pelo acostamento, se não houver faixa especial. Seus condutores deverão obedecer às normas de circulação e sinalização (Art. 52 do CTB). Restrições de uso das vias • Os veículos motorizados só poderão trafegar nos passeios, calça- das ou acostamentos para entrar e sair de imóveis ou áreas de estacionamento (Art. 29, inciso V). • Em rodovias e estradas com acostamento, são permitidas somen- te as paradas de veículos com defeitos ou em emergências. • O tráfego pelos acostamentos é permitido somente quando a pis- ta de rolamento estiver danificada, em obras ou bloqueada por acidentes. • Em imobilizações temporárias, por motivo de emergência, o condu- tor deverá providenciar sinalização de advertência (Art. 46 do CTB). Prioridade de passagem • Ao entrar e sair de estacionamentos e imóveis, o condutor deverá parar e dar a preferência a pedestres que estejam na calçada e aos veículos que estiverem transitando pela via. • Veículos precedidos de batedores têm prioridade de passagem. Os condutores deverão deixar livre a faixa da esquerda (Art. 29, inciso VI). • Veículos de emergência em serviço, com sirene e luzes intermiten- tes ligadas, têm prioridade sobre os demais (viaturas de polícia, dos bombeiros, ambulâncias, etc.) (Art. 29, inciso VII). • Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que devidamente sinali- zados. (Veículos destinados à manutenção e reparo de redes de energia elétrica, de água e esgotos e etc). (Art.29, inciso VIII). 17Legislação de Trânsito • Veículos que se deslocam sobre trilhos têm preferência de passa- gem sobre os demais (Art. 29, inciso XII). A lei obriga o condutor a parar antes do cruzamento com via férrea. (Art. 212 do CTB). Cruzamentos Os cruzamentos são os locais no trânsito onde ocorre o maior número de acidentes e atropelamentos. Preferências de passagem em cruzamento: • Em cruzamentos sinalizados, é a sinalização que determina de quem é a preferência de passagem. • Em caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia, terá pre- ferência de passagem aquele que estiver circulando por ela. (Art. 29, inciso III, alínea a). • Em rotatórias, a preferência é dos veículos que já estiverem por ela trafegando (Art. 29, inciso III, alínea b). • Nos demais casos em cruzamentos sem sinalização, tem prefe- rência de passagem o veículo que se aproximar pela direita do condutor (Art. 29, inciso III, alínea c). Recomendações O condutor deve aproximar-se dos cruzamentos com atenção redobrada, reduzir a velocidade, sinalizar suas intenções com antecedência, obede- cer à sinalização e aos critérios de preferência (Art. 44 do CTB). Nos cruzamentos com semáforo: • Planejar a travessia com antecedência, em função do fluxo dos demais veículos. • Não parar sobre a faixa de pedestres. • Não parar sobre a área de interseção das vias. • Jamais passar com sinal vermelho nem acelerar para aproveitar o sinal amarelo. • Ao sinal verde, avançar somente quando todos os pedestres tive- rem concluído a travessia, e se o cruzamento estiver livre. Nos cruzamentos sem semáforo: • Sinalizados com a placa “R-2 Dê a preferência”, o condutor deverá reduzir a velocidade, parar o veículo se necessário, e obedecer as regras de preferência. • Sinalizados com placa de “Pare”, o condutor é obrigado a parar com- pletamente o veículo e olhar atentamente antes de prosseguir. Mudanças de direção e manobras ANTES de qualquer manobra, deve-se SEMPRE: • Verificar as condições do trânsito à sua volta, certificando-se de não criar perigo para os demais usuários. • Verificar se é permitido e se é possível fazer a manobra com segurança. • Sinalizar as intenções com antecedência (luz indicadora de direção). 18 Legislação de Trânsito • Posicionar-se corretamente na via. • Executar a manobra com cuidado, sempre atento à posição dos demais veículos. Para executar as manobras: • Mudança de faixa em vias de mão única: manobra simples, mas que exige verificação constante dos espelhos retrovisores e sinali- zação com antecedência, porque também pode gerar situações de risco, se for mal realizada. • Conversão à direita: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo direito da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38 do CTB). • Conversão à esquerda em pista de mão única: sinalizar, diminuir a velocidade e aproximar-se o máximo possível do bordo esquerdo da via, entrando na mão de direção correta (Art. 38). • Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias SEM acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, aproximar-se do eixo central da pista, dar preferência aos veículos que transitam em sentido contrário, bem como a pedestres e ciclistas da lateral esquerda da via. • Conversão à esquerda, em pista de mão dupla, em vias COM acostamento: sinalizar, diminuir a velocidade, parar no acosta- mento da direita e aguardar por condição favorável para concluir a manobra (Art. 37 do CTB). • Antes de usar a marcha à ré, é necessário verificar com cuidado se o trajetoestá livre. Não é permitido trafegar distâncias longas em marcha à ré. • É livre a conversão à direita diante de sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa conversão. Ultrapassagens Ultrapassagens mal feitas são responsáveis pelos acidentes mais gra- ves e violentos. Ao ultrapassar: • Avaliar a movimentação e proximidade dos demais veículos, inclu- sive os de trás, sinalizar e certificar-se de que a manobra poderá ser realizada com segurança (Art. 29, inciso X e XI). • Ultrapassar somente pela esquerda, em locais onde seja permitido e com boa visibilidade (Art. 29, inciso IX). • A ultrapassagem pela direita é permitida somente se o veículo da frente estiver sinalizando uma manobra para a esquerda (Art. 29, inciso IX). • Em vias de mão dupla e pista única não é permitido ultrapassar em curvas, aclives (subidas), pontes, viadutos e outros locais de baixa visibilidade (Art. 32 do CTB). • O condutor não deverá ultrapassar em cruzamentos (Art. 33 do CTB). • Antes de ultrapassar coletivos parados que estejam embarcando ou desembarcando passageiros: redobrar a atenção, reduzir a ve- locidade e até parar, se necessário (Art. 31 do CTB). • É permitido? • É possível? • É seguro? • É permitido? • É possível? • É seguro? 19Legislação de Trânsito • Em vias de mão dupla, é proibido ultrapassar quando a linha di- visória mais próxima for contínua ou se houver duas linhas con- tínuas. Se a linha mais próxima for seccionada, significa que é permitido ultrapassar. Ao ser ultrapassado: • Facilitar, deslocando-se para a direita, sem acelerar, deixando es- paço para o outro veículo intercalar (Art. 30, inciso I). • Quando houver mais de uma faixa de mesmo sentido, deslocar-se para a faixa da direita, facilitando a ultrapassagem. • Veículos lentos, quando em fila, devem manter entre si distância suficiente para intercalar os veículos que os ultrapassem (Art. 30, Parágrafo único). Reduzir, frear, parar e estacionar • Antes de reduzir, o condutor deve verificar o trânsito pelos retrovisores, sinalizar e evitar obstruir o fluxo dos demais veículos (Art. 43 do CTB). • Não frear bruscamente, a não ser em situações de emergência (Art. 42 do CTB). • As paradas, estacionamentos e operações de carga e descarga, devem ser feitas em locais e horários permitidos, sempre no mes- mo sentido do fluxo, geralmente paralelo ao bordo, ou conforme sinalizado (Art. 48 do CTB). • Em locais onde é “Proibido Estacionar”, é permitida a parada bre- ve, somente para embarque e desembarque de passageiros, sem- pre realizado pelo lado da calçada, sem obstruir o fluxo dos demais veículos. Muito cuidado com a abertura de portas (Art. 47 do CTB). • Nunca parar sobre a pista de rolamento. Se tiver que parar em emergência, usar a sinalização obrigatória de pisca-alerta (Art. 40 do CTB) e colocar triângulo de segurança 30 metros antes do veí- culo, no mínimo (Res. 36/98). Não parar, nem estacionar: • Em locais e horários não permitidos. • Em fila dupla. • Sobre calçadas ou canteiros. • Sobre faixas de segurança e em esquinas. • Na contramão. • A mais de 50 cm da calçada. Não estacionar: • Em frente a pontos de ônibus e entradas e saídas de veículos. • Perto de hidrantes. • A menos de 5 metros do alinhamento do bordo da via transversal. • Ao lado de outro veículo, formando fila dupla. 20 Legislação de Trânsito Uso de luzes e buzina (Art. 40 E 41) • Usar luz baixa à noite, em vias iluminadas e ao cruzar com outro veículo. • Usar luz baixa, mesmo durante o dia, em túneis e em situações de baixa visibilidade (chuva, neblina ou cerração). • Veículos de transporte coletivo de passageiros, motocicletas, mo- tonetas e ciclomotores deverão rodar com farol de luz baixa ace- sos, dia e noite. • O uso de luz baixa, mesmo durante o dia, é obrigatório em rodovia de pista simples, para veículos não equipados com luzes de roda- gem diurna. • Usar luz alta de forma intermitente, para ultrapassar ou comunicar perigo. • Usar luz alta à noite, em vias não iluminadas, se a pista estiver livre. • Não trafegar à noite utilizando somente as luzes de posição. • Não utilizar luz alta em vias iluminadas. • À noite, com o veículo parado, utilizar somente as luzes de posição. • Manter os faróis regulados e todas as lâmpadas funcionando. • Usar o pisca-alerta em situações de emergência, ou quando o ve- ículo estiver imobilizado, ou ainda, quando a sinalização da via determinar. • A buzina deverá ser usada de forma breve, somente para alertar e evitar sinistros (acidentes). Em perímetro urbano, seu uso é proibi- do entre às 22:00 e 6:00 horas da manhã. • A buzina, desde que em toque breve, também poderá ser usada fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um con- dutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. Normas de circulação para ciclos Normas de circulação para condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores: • Conduzir utilizando sempre as duas mãos. • Usar vestuário de proteção de acordo com especificações do CONTRAN. • Condutor e passageiro devem usar obrigatoriamente capacete com viseira ou óculos de proteção. • Manter o farol ligado, mesmo durante o dia. • Ciclomotores devem utilizar faixas próprias ou acostamentos. Quando não houver, devem ser conduzidos pela direita da pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à direita ou no bordo direito da pista. (Art.57 do CTB). Normas de circulação para ciclistas: • Utilizar ciclofaixas, ciclovias ou acostamentos. Quando não houver, utilizar o bordo da pista, no mesmo sentido dos demais veículos. • Em calçadas, passarelas e outras vias exclusivas para pedestres, é proibido andar de bicicleta (montado). 21Legislação de Trânsito Normas de circulação para pedestres • Ciclistas desmontados, empurrando suas bicicletas, são conside- rados pedestres (Art. 68, § 1º). • Em vias urbanas, pedestres devem utilizar calçadas e passeios. • Em vias rurais, deverão utilizar o acostamento. Onde não houver, deverão caminhar em sentido contrário ao fluxo de veículos, em fila única (Art. 68, § 3º). • Quando houver faixa de pedestres e semáforo, as travessias deverão ser feitas na faixa de segurança, sob sinal favorável (Art. 69 do CTB). • Quando houver faixa de pedestre, mas não houver semáforo, pe- destres terão preferência sobre veículos (Art. 70 do CTB). • Quando não houver faixa, nem sinalização, o pedestre deverá aguardar na calçada pelo momento oportuno, e atravessar a via na menor distância possível (Art. 69 do CTB). Sinistros de trânsito (acidentes) Recentemente, no CTB, a palavra acidente foi substituída por sinistro. Para o condutor, o significado é o mesmo. Sinistros com vítimas Sempre que se envolver em sinistro de trânsito (Art. 176 do CTB) ou presen- ciar de terceiros (Art. 177 do CTB), com vítimas, é obrigação do condutor: • Sinalizar a área para evitar novos acidentes. • Providenciar imediatamente socorro ou atendimento especializado para as vítimas. • Avisar a autoridade de trânsito e permanecer no local. • Na demora de atendimento especializado, é preciso avaliar a con- dição dos sinistrados e prestar pessoalmente os primeiros socor- ros às vítimas, se estiver capacitado. • Facilitar e acatar a ação das autoridades. Sinistros sem vítimas (Art. 178 do CTB) • Não é necessário acionar a autoridade de trânsito, e se esta for acionada, não está obrigada a atender. • Os veículos devem ser removidos do local para desobstruir o tráfego. • O Boletim de Ocorrência (BO) – pode ser registrado em até 180 dias após o sinistro, diretamente na delegacia ou pela internet, e tem efeito legal, inclusive para seguros e ações judiciais. Crimes de trânsito - Capítulo 19 do CTB Neste capítulo não se pretende fazer uma análise jurídica rigorosa, mas conscientizar, informar e alertar o condutor para as possíveis implica- ções criminais dos seus atos. Os crimes de trânsito estão previstosno Capítulo 19 do CTB, no Código Penal, no Código de Processo Penal e na Lei 9.099 de 26/09/95. 22 Legislação de Trânsito São crimes de trânsito previstos no CTB: • Praticar homicídio culposo (não intencional – Art. 302 do CTB). • Praticar lesões corporais culposas (não intencionais – Art. 303 do CTB). O CTB prevê penalidades e pena de prisão para quem causar ferimentos em outra pessoa no trânsito, mesmo sem ter sido intencional. • Deixar de prestar socorro imediato ou abandonar o local para fu- gir da responsabilidade civil ou criminal (Art. 304 e 305 do CTB). Atenção: será considerado crime mesmo se a vítima já estiver morta ou se o atendimento tiver sido prestado por outra pessoa. • Dirigir sob influência de álcool ou de substâncias psicoativas de efeitos similares (Art. 306 do CTB). • Participar de rachas ou competição não autorizadas ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo auto- motor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situa- ção de risco à incolumidade pública ou privada (Art. 308 do CTB). • Transitar com velocidade incompatível com a segurança e as con- dições locais (Art. 311 do CTB). Crimes dolosos, (Código Penal) são aqueles nos quais o condutor tinha a intenção, ou ciência das consequências de seus atos. Por isso, são mais graves e preveem penalidades e penas mais severas. São eles: • Dirigir ou permitir que alguém dirija: sem ser habilitado; com a ha- bilitação suspensa ou cassada; embriagado ou sem condições fí- sicas e mentais de dirigir com segurança (Art. 309 e 310 do CTB). • Prestar informações errôneas a policiais ou agentes de trânsito, sobre qualquer aspecto de uma ocorrência (Art. 312 do CTB). Considerando-se a gravidade, as circunstâncias e a interpretação do ato criminoso pelo Código Penal ou pelo CTB, o infrator estará sujeito às seguintes penalidades e penas: • Suspensão da habilitação ou permissão; ou a proibição de obter a habilitação ou permissão por um prazo de 2 meses a 5 anos. • A violação da suspensão ou proibição impostas resulta na reapli- cação dessas penalidades por igual período e multa, e sujeita o infrator a pena de 6 meses a 1 ano de detenção. • As penas de detenção podem variar de 6 meses a 10 anos, depen- dendo do crime, da gravidade e das circunstâncias. • Condutor que cometer homicídio ao dirigir alcoolizado ou sob o efeito de qualquer outra substância psicoativa terá como pena a reclusão de cinco a oito anos, além de outras possíveis sanções. Já se o resultado for uma lesão corporal grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de dois a cinco anos, sem prejuízo das outras penas previstas (Art.302 e 303 do CTB). Penalidades e penas gerais Responsabilidade criminal 23Legislação de Trânsito • Além das penas e penalidades citadas acima, o infrator poderá ser condenado a reparar os danos causados ao patrimônio público ou a terceiros, e também poderá ser multado. • O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas, dando especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime. O juiz poderá aplicar a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, que será de prestação de serviço à comunida- de ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades: • trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a vítimas de trânsito; • trabalho em unidades de pronto-socorro da rede pública que rece- bem vítimas de sinistro de trânsito e politraumatizados; • trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de sinistrados de trânsito; • outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recupe- ração de vítimas de sinistros de trânsito. Essas penalidades podem ser requeridas em qualquer fase da investiga- ção ou da ação penal, podendo ser impostas como penalidade principal, isolada ou cumulativamente a outras penalidades. Agravamento Nos crimes de trânsito, algumas situações e circunstâncias podem agra- var as penalidades e penas (Art. 298 e 302 do CTB): • Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros. • Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas. • Sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação. • Com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo. • Quando a profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga. • Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcio- namento de acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante. • Sobre faixa de trânsito destinada a pedestres. • Se o condutor estiver sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine dependência. As alterações no CTB indicam que a legislação brasileira de trânsito está cada vez mais rigorosa. No entanto, o número de acidentes e mortes no trânsito demonstram que ainda estamos muito distantes dos índices de segurança apresentados pelos países desenvolvidos. 24 Legislação de Trânsito 01. É proibido buzinar, no perímetro urbano, no horário entre: a) 22:00 e 6:00 horas. b) 20:00 e 7:00 horas. c) 18:00 e 6:00 horas. d) 18:00 e 22:00 horas. e) 8:00 e 18:00 horas. 02. O condutor tem sua habilitação anulada quando: a) seu veículo for apreendido. b) seu veículo for retido. c) sua CNH for roubada. d) sua CNH for perdida. e) sua CNH for cassada. 03. A Carteira Nacional de Habilitação permite a quem a possuir, o direito de dirigir: a) veículos para os quais foi habilitado, em todo território nacional. b) qualquer tipo de veículo, apenas na localida- de onde foi emitida. c) qualquer tipo de veículo automotor. d) veículos para os quais foi habilitado, apenas na localidade onde foi emitida. e) qualquer tipo de veículo, de qualquer país. 04. Parar por tempo superior ao necessário para embarque/desembarque caracteriza: a) parada. b) parada e estacionamento. c) estacionamento. d) ponto de parada. e) parada rápida. 05. O condutor envolvido em sinistro de trân- sito, sendo considerado culpado, além da punição deverá prestar exames de aptidão física e mental, de primeiros socorros e ainda: a) exame de direção veicular. b) exame escrito de legislação de trânsito, apenas. c) exame de reflexos. d) reciclagem sobre legislação de trânsito, apenas. e) curso de reciclagem, exame teórico e de di- reção veicular. 06. O veículo em movimento deve ocupar a fai- xa mais à direita. Esta afirmativa é: a) falsa. b) verdadeira, somente para veículos de passeio. c) verdadeira. d) verdadeira, somente para veículos de carga. e) verdadeira, somente para motocicletas. 07. É dever de todo condutor de veículo: a) transitar em velocidade compatível com a se- gurança nos cruzamentos sem sinalização. b) dar passagem, pela direita, quando solicitado. c) manter acesa a luz alta dos faróis nas vias com iluminação pública. d) usar buzina para chamar alguém. e) acelerar sempre que o sinal mudar para a cor amarela. 08. Dar passagem, pela esquerda, quando so- licitado é: a) uma opção do condutor. b) válido só para motocicletas. c) uma questão de educação do condutor. d) válido só para veículo de carga. e) dever de todo condutor. 09. Todo condutor de veículo deve dar preferên- cia de passagem ao pedestre: a) quando este estiver concluindo a travessia. b) somente nas faixas de segurança. c) somente quando a luz vermelha estiver acesa. d) somente quando se tratar de pessoa com deficiência. e) somente quando se tratar de idosos e crianças. 10. Tem prioridade de passagem: a) veículo de transporte de carga. b) ambulância em serviço. c) motocicleta. d) veículo de transporte coletivo. e) o automóvel. 11. Dirigir com apenas uma das mãos é: a) permitido em qualquer situação. b) proibido em qualquer situação. c) proibido para condutoresrecém-habilitados. d) permitido para o condutor experiente. e) permitido quando o condutor faz sinais de braço ou mudança de marchas. 12. Aponte a alternativa INCORRETA. O pedes- tre tem preferência de passagem: a) somente quando for idoso. b) se o sinal para os veículos estiver vermelho. c) quando estiver na faixa de segurança. d) se o sinal para pedestres estiver verde. e) quando estiver concluindo a travessia. 13. Ao se aproximar de um cruzamento com si- nal vermelho você deve: a) aumentar a velocidade do veículo e passar. b) diminuir a velocidade e parar o veículo. c) diminuir a velocidade do veículo e passar. d) observar o tráfego dos veículos e passar. e) frear bruscamente o veículo. Questões - LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO 25Infrações de Trânsito INFRAÇÕES DE TRÂNSITO Infração de trânsito é qualquer desobediência às leis e normas contidas no Código de Trânsito Brasileiro. São sanções impostas aos infratores, aplicadas pelo DETRAN, Prefeitura, Polícia Rodoviária, e outros órgãos com jurisdição sobre a via. • Advertência por escrito: benefício dado ao condutor que cometer uma infração leve ou média, desde que não tenha cometido nenhu- ma outra infração nos últimos 12 meses. • Multa: penalidade imposta à quase totalidade das infrações, com anotação de pontos no prontuário do condutor infrator. Os pontos e valores são proporcionais à gravidade da infração. • Suspensão do direito de dirigir: ao atingir o limite de pontos no prontuário, no período de 12 meses, a CNH será suspensa por 6 meses a 1 ano e, se reincidir no período de um ano, a suspensão será de 8 meses a 2 anos. No caso de infrações que levam à suspensão direta do direito de dirigir, o prazo será de 2 a 8 meses e, em caso de reincidência, a suspensão será de 8 a 18 meses. • Cassação da CNH: é a perda do direito de dirigir por 2 anos. Após esse período o interessado poderá requerer sua reabilitação, subme- tendo-se a todos os exames necessários à habilitação. • Cassação da Permissão para Dirigir – PPD: apesar de estar previs- ta no CTB, na prática, o condutor perde o direito à CNH. • Curso de reciclagem: penalidade imposta ao condutor com CNH suspensa, ou que tenha provocado sinistro grave, ou ainda, que tenha sido condenado por delito de trânsito. • Curso preventivo de reciclagem: opção para o condutor com regis- tro de EAR na CNH (Exerce Atividade Remunerada) que atingir 30 pontos no prontuário no período de 12 meses. Após o curso, os pontos são cancelados (as multas não). Podem ser impostas pelo agente de trânsito no local da infração, depen- dendo da ocorrência. • Retenção do veículo: quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração. Se a irregularidade não oferecer riscos à cir- culação, o veículo será liberado, com prazo de 15 dias para que o proprietário regularize a situação. • Remoção do veículo: quando a irregularidade não for sanada no local da infração, ou se não houver condições de liberar o veículo para regularização posterior, ou ainda, em caso de estacionamento irregular, sem a presença do condutor. • Recolhimento do Documento de Habilitação – CNH e PPD: quan- do houver suspeita de documento falso ou adulterado, além de situações e infrações que preveem o recolhimento da CNH. • Recolhimento do CRLV: em caso de suspeita de documento falso ou adulterado; no caso de não cumprimento do prazo de transferência e em outras infrações que preveem o recolhimento; em caso de retenção do veículo, quando não for possível sanar a irregularidade no local, mas que o veículo possa ser liberado para solução posterior. Em caso de documento digital, a informação será registrada no Renavam. Penalidades Medidas administrativas Infração 26 Infrações de Trânsito • Transbordo do excesso de carga: sempre que o veículo apresentar excesso de peso ou de carga. • Teste de alcoolemia ou perícia: em caso de sinistro; quando soli- citado por agente de trânsito; condutor sob suspeita de estar sob efeito de álcool ou substância psicoativa. • Realização de exames: a legislação prevê que a autoridade de trânsito pode requerer ao condutor a realização de novos exames. Todas as infrações de trânsito são passíveis de punição por multa que, dependendo da gravidade, poderão ser: Gravidade Pontos Valores (R$) Gravidade Pontos Valores (R$) Leve 3 88,38 Gravíssima (2 X) 7 586,94 Média 4 130,16 Gravíssima (3 X) 7 880,41 Grave 5 195,23 Gravíssima (5 X) 7 1.467,35 Gravíssima 7 293,47 Gravíssima (10 X) 7 2.934,70 Gravíssima (20 X) 7 5.869,40 Gravíssima (60 X) 7 17.608,20 Algumas infrações gravíssimas podem ter o valor da multa multiplicado por 2, 3, 5, 10, 20 ou 60, proporcionalmente à gravidade da infração. O condutor é o responsável pelas infrações cometidas na direção do veículo. (Art. 257 do CTB) • Se ele não puder ser identificado no momento da infração, o pro- prietário do veículo receberá em seu endereço a notificação de autuação. • O proprietário poderá indicar ao órgão de trânsito o principal con- dutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação, terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no Renavam. • Não sendo imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do veículo terão 30 dias de prazo, após a notifi- cação da autuação, para apresentá-lo. Se isso não for feito, será considerado responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo. • Caso o proprietário seja pessoa jurídica, será mantido o valor da multa original e será lavrada nova multa, cujo valor será igual a duas vezes o da multa originária, garantidos o direito de defesa prévia e de interposição de recursos previstos no CTB. • É possível desagravar estas multas mediante a apresentação do condutor, que assumirá os pontos e valores originais. Caso o proprietário do veículo autuado cadastre-se no Sistema de No- tificação Eletrônica e opte por não apresentar defesa ou recurso, terá desconto de 40% para pagamento da multa, até a data de vencimento. Defesa Prévia: recurso que deve ser apresentado ao órgão autuador re- metente da notificação dentro de 30 dias a contar da data da notificação da penalidade. (Art. 282 do CTB) Multas Infrações Agravadas Apresentação do condutor 27Infrações de Trânsito Recurso em 1ª Instância: se não fizer Defesa Prévia, ou se esta for indefe- rida, o infrator receberá a imposição de penalidade, podendo recorrer à JARI – Junta Administrativa de Recursos de Infrações – do mesmo órgão de trânsito, até a data que consta no documento de imposição. Recurso em 2ª Instância: se tiver seu recurso negado pela JARI, o infrator poderá ainda recorrer ao CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito. O condutor poderá ter o seu direito de dirigir suspenso quando atingir, no período de 12 meses: • 20 pontos, caso constem duas ou mais infrações gravíssimas. • 30 pontos, caso conste uma infração gravíssima. • 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima. Condutor cuja CNH conste EAR – Exercício de Atividade Remunerada, terá seu direito de dirigir suspenso quando atingir 40 pontos no prontuário, inde- pendente da gravidade das infrações. Ou a qualquer tempo quando: • Cometer qualquer infração que determine a suspensão direta da CNH, independente do número de pontos acumulados. Sempre que tiver seu direito de dirigir suspenso, o condutor terá que cum- prir o prazo de suspensão e fazer o curso de reciclagem. As infrações do CTB que preveem a suspensão direta do direito de dirigir do condutor ou do proprietário do veículo. • Promover ou participar de competição não autorizada, racha, exi- bição ou demonstração de perícia. (Art. 174) • Disputar corrida por espírito de competição ou rivalidade. (Art. 173) • Praticar manobras perigosas, arrancadas, derrapagens ou frena- gens. (Art. 175) • Ameaçar a segurança de pedestres ou outros veículos. (Art. 170) • Dirigir em velocidade superior à máxima permitida em mais de 50% em qualquer via. (Art. 218)• Transpor bloqueio policial. (Art. 210) • Em caso de sinistro, deixar de sinalizar, afastar o perigo, identi- ficar-se, prestar informações ou acatar determinações da autori- dade. (Art. 176) • Deixar de prestar ou providenciar socorro à vitima ou abandonar o local. (Art. 176) • Dirigir sob a influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência (suspensão de 12 meses). (Art. 165) • Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa. (Art. 165-A) • Usar qualquer veículo para, interromper, restringir ou perturbar a circulação, sem autorização do órgão de trânsito com circunscrição sobre a via. (Art. 253-A) Para motociclistas e condutores de ciclomotores, além das citadas: • Não usar capacete e vestuário exigido por lei. • Transportar passageiro sem capacete ou fora do banco. Suspensão do direito de dirigir Recurso de multas 28 Infrações de Trânsito • Fazer malabarismos ou equilibrar-se em uma roda. • Transportar criança menor de 10 anos ou sem condições de se cuidar. Aplicação da “Lei Seca” segundo a Resolução 432/13 do CONTRAN: Autuação do condutor Teste do bafômetro Exame de sangue Verificação do agente de trânsito Pena Infração Igual ou superior a 0,05 mg de álcool/ litro de ar Maior do que zero dg de álcool/litro de sangue Capacidade psicomotora alterada Multa de R$ 2.934,70, suspensão do direito de dirigir por 12 meses e recolhimento da CNH. Crime Igual ou superior a 0,34 mg de álcool/ litro de ar Igual ou superior a 6 dg de álcool/litro de sangue Capacidade psicomotora alterada Detenção de 6 meses a 3 anos, mais pena relativa à infração. O CTB (Art. 263) determina a cassação da CNH nos seguintes casos: • se o condutor for flagrado conduzindo qualquer veículo que exija habilitação, estando com o direito de dirigir suspenso; • se o condutor reincidir, no prazo de 12 meses, em infrações previs- tas nos artigos 162 (inciso III), 163, 164, 165, 173, 174 e 175; • quando o condutor for condenado judicialmente por delito de trânsito; • se for comprovada irregularidade na expedição da sua habilitação. Decorridos dois anos, o infrator poderá requerer a sua reabilitação, após ser aprovado nos exames necessários à obtenção da categoria que pos- suía, ou de categoria inferior, preservada a data da primeira habilitação. A fiscalização no trânsito é exercida por agentes dos órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Militar. O papel do agente é fundamental para um trânsito seguro, pois, além das atribuições de operação e fiscalização, exerce ainda um papel educativo, pois cabe a ele informar, orientar e advertir os usuários. Descrição das Infrações Artigo CTB Gravidade P on to s Valor Penalidades – Medidas Administrativas ** Aplica-se em dobro a multa prevista em caso de reincidência no período de 12 meses. Atenção! Com a entrada em vigor da Lei 13.281/16, a penalidade de apreensão do veículo continua prevista nas infrações, mas não poderá ser aplicada devido à revogação do artigo 262 (e também do inciso IV do artigo 256). Condutor Dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoati- va que gere dependência ** 165 Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa, recolhimento da CNH, retenção do veículo e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que per- mita certificar influência de álcool ou substância psicoativa ** 165-A Gravíssima (10X) 7 2.934,70 Multa, recolhimento da CNH, retenção do veículo e suspensão do direito de dirigir por 12 meses. Cassação Papel do agente de fiscalização 29Infrações de Trânsito Condutor das categorias C, D ou E dirigir sem exa- me toxicológico ou com ele vencido há mais de 30 dias ** 165-B Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa e suspensão do direito de dirigir (no caso de reincidência) Condutor das categorias C, D ou E dirigir veículo com resultado positivo no exame toxicológico ** 165-C Gravíssima (5X) 7 1.467,35 Multa e suspensão do direito de dirigir (no caso de reincidência) Deixar de realizar o exame toxicológico periódico após 30 dias do vencimento do prazo estabelecido 165-D Gravíssima (5x) 7 1.467,35 Multa Permitir que alguém dirija sem estar em condições físicas ou psíquicas 166 Gravíssima 7 293,47 Multa Transportar criança sem tomar as medidas de segurança necessárias 168 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo Dirigir com apenas uma das mãos por estar segurando ou manuseando o telefone celular 252 Gravíssima 7 293,47 Multa Não utilizar o cinto de segurança (condutor e passageiros) 167 Grave 5 195,23 Multa e retenção do veículo até sanar Dirigir o veículo realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movimento 252 Média 4 130,16 Multa Dirigir com incapacidade física ou mental temporária 252 Média 4 130,16 Multa Atirar do veículo ou abandonar objetos na via (condutor e passageiros) 172 Média 4 130,16 Multa Dirigir com apenas uma das mãos, com fones de ouvidos ou usando celular 252 Média 4 130,16 Multa Dirigir com o braço para fora, pessoas, animais ou coisas à esquerda ou entre braços e pernas do condutor 252 Média 4 130,16 Multa Com calçado inseguro ou impróprio 252 Média 4 130,16 Multa Habilitação: Dirigir ou permitir que alguém dirija Com CNH, PPD ou ACC cassada ou sob suspensão do direito de dirigir 162 163 164 Gravíssima (3X) 7 880,41 Multa, recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado. Sem possuir CNH, PPD ou ACC 162 163 164 Gravíssima (3X) 7 880,41 Multa e retenção do veículo até a apre- sentação de condutor habilitado. Com CNH ou permissão incompatível com a cate- goria do veículo 162 163 164 Gravíssima (2X) 7 586,94 Multa e retenção do veículo até a apre- sentação de condutor habilitado. Com CNH vencida há mais de 30 dias 162 163 164 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo até apre- sentação de condutor habilitado. Sem usar as lentes, próteses ou adaptações exigi- das no documento de habilitação 162 163 164 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo Sem possuir os cursos especializados ou especí- ficos obrigatórios 162 163 164 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção do veículo até a apre- sentação de condutor habilitado. 30 Infrações de Trânsito Veículos Danificando a via, suas instalações e equipamentos 231 Gravíssima 7 293,47 Multa e retenção para regularização Portando equipamento antirradar 230 Gravíssima 7 293,47 Multa, apreensão e remoção de veículo Com som em volume ou frequência não autorizados 228 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Não submeter o veículo à inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Com cortinas ou persianas fechadas 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Equipamento obrigatório ausente, inoperante ou em desacordo 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Com equipamento proibido, sistemas de ilumina- ção e sinalização alterados, limpador de para-brisa não acionado sob chuva 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Com descarga livre ou silenciador com defeito 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN 231 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Características originais alteradas, vidros e lataria cobertos por inscrições, adesivos ou painéis não autorizados 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Em mau estado de conservação, ou que não tenha feito a inspeção veicular obrigatória, ou que tenha sido reprovado na inspeção 230 Grave 5 195,23 Multa e retenção para regularização Tacógrafo (registrador de velocidade e tempo) com defeito 230 Grave