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ANÁLISE DE RISCOS E 
ESTUDOS DE IMPACTO 
AMBIENTAL 
NOÇÕES GERAIS
Biota
A qualidade dos recursos ambientais
As atividades sociais e econômicas
A saúde, a segurança e o bem estar da população
As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente
IMPACTO 
AMBIENTAL
Segundo a Resolução 001-86 do CONAMA , impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades FÍSICAS, QUÍMICAS e BIOLÓGICAS do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:  
Ar
Águas
Solo
Subsolo
Alimentos
Poluição sonora
Deterioração da paisagem
Desequilíbrio ecológico
IMPACTO 
AMBIENTAL
Desse modo, deduz-se que a 
CONTAMINAÇÃO do(a):
Entre outros, são consequências de atividades humanas conduzidas de forma irresponsável e sem compromisso que acabam por destruir os recursos naturais e põem em risco a vida humana.
EIA
ESTUDO DE 
IMPACTO AMBIENTAL
RELATÓRIO DE 
IMPACTO AMBIENTAL
RIMA
Com o intuito de identificar o risco e de fornecer informações prévias que visam eliminar, reduzir ou compensar os efeitos desfavoráveis das atividades humanas no meio ambiente, foi criado um novo instrumento jurídico do Direito Ambiental o:
EIA
Introduzido em nosso Direito pela Lei nº 6.803 de 02/07/1980 sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas de poluição crítica.
Posteriormente, a Lei nº 6.938 de 31/08/1981 ampliou o EIA para todas as áreas suscetíveis de atividades poluentes.
O EIA tem o objetivo de proteger a natureza e salvaguardar a saúde humana, constituindo-se numa importante inovação da realidade social do momento. 
Ele resulta na elaboração de um relatório fundamentado que contém a descrição de todas as repercussões e consequências prováveis ou seguras da realização da atividade projetada. Esse relatório recebe o nome de RIMA (RELATÓRIO DO IMPACTO AMBIENTAL).
Após a elaboração do RIMA, procede-se com a avaliação do impacto ambiental que visa escolher a melhor alternativa para prevenir, reduzir ou controlar os riscos identificados no relatório, com o objetivo de proteger o patrimônio.
EIA e RIMA
RIS
CO
Função que associa probabilidade de ocorrência de um evento indesejado com as gravidades das consequências deste evento, caso ele venha a ocorrer.
Desse modo, matematicamente, o risco pode ser definido como:
R = F x C
R = Risco
F = Frequência de ocorrência de um evento indesejado
C = Consequência gerada pelo evento indesejado
As probabilidades são, de modo geral, calculadas para períodos de 01 ano de atividade, ou seja, um risco individual de 10 –6 / ano significa que, durante 01 ano de operação da instalação, existe a probabilidade de morrer um indivíduo em um milhão ( 1/1000000).
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Obrigado!
Herbert Bento da Escola da Prevenção
O Risco é o resultado da interação 
entre a ameaça de acidente 
(A PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA FÍSICA) 
A exposição de 
uma comunidade
 (ESTRUTURA SOCIAL) 
Sua vulnerabilidade 
(GRAU DE PREPARAÇÃO PARA ACIDENTES).
(RISCO)=(AMEAÇA)X (EXPOSIÇÃO) X(VULNERABILIDADE)
A experiência demonstra que os grandes danos são normalmente ocasionados por eventos com baixa frequência de ocorrência, acarretando, no entanto, consequências relevantes.
 
Existem numerosos fatores que afetam a percepção de risco pelo público. Uma pesquisa Britânica confirma que o público julga menos perigosa uma atividade que faz um morto todos os dias do que uma outra que faz 365 mortes num único dia do ano. 
 
Desse modo, observa-se, nessa definição, a dificuldade de diferenciar as consequências mais graves das menos graves, sendo, portanto, necessário uma fórmula mais específica que inclua índices que enumerem diferentes cenários de acidentes e exprima o risco de um modo mais real. Essa fórmula é utilizada em trabalhos mais complexos que exigem cálculos quantitativos para avaliação do risco.
RISCO é algo que envolve um nível de incerteza que não deve ser associado à ignorância, mas que deve ser o ponto de partida de ações de pesquisa orientada. Essa incerteza é devida à três causas:
Possibilidade de ocorrência de eventos aleatórios conhecidos, porém cujos instantes de ocorrência são imprevistos, tais como: falhas, erros humanos, agressões externas ou ameaças.
Desconhecimento parcial ou total dos modos de falha das partes do sistema.
Desconhecimento parcial ou total do modo de funcionamento do sistema.
QUANTO AO TIPO:
QUANTO À POPULAÇÃO ATINGIDA
MORTES;
FERIMENTOS;
DOENÇAS.
OCUPACIONAL;
PÚBLICO EM GERAL.
R. SOCIAL = 
R = F x C
Nº DE ACIDENTES
ANO
X
Nº DE MORTES
ACIDENTES
R. SOCIAL = 
Nº MORTES
ANO
QUANTO À FORMA DE EXPRESSÃO
RISCO SOCIAL
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO
Corresponde a consequências que trazem danos irreversíveis ao homem (ex.: morte, invalidez permanente, etc.), e destruição total do sistema e/ou do seu ambiente.
Observa-se que os dois primeiros riscos são relativos à segurança, enquanto os dois últimos são relativos ao sucesso da missão.
Corresponde a consequências que trazem danos reversíveis ao homem (ex.: ferimentos graves mais não permanentes), ao sistema e ao ambiente.
Corresponde a consequências tais como ferimentos leves, insucesso da missão, sem destruição do sistema.
Corresponde a falhas de elementos do sistema, sem consequências sobre o sucesso da missão nem sobre a segurança.
RISCO CATASTRÓFICO 
RISCO CRÍTICOS 
RISCO SIGNIFICATIVO 
RISCO MENOR 
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS QUANTO À GRAVIDADE DE SEUS EFEITOS
CLASSIFICAÇÃO 
DO RISCO
RISCO INDIVIDUAL = 
R. SOCIAL
Nº HABITANTES
=
Nº MORTES
ANO
Nº HABITANTES
CLASSIFICAÇÃO DOS
EFEITOS DAS CONSEQUÊNCIAS
OS EFEITOS DAS CONSEQUÊNCIAS DECORRENTES DE UM EVENTO INDESEJADO PODEM MANIFESTAR-SE COM RELAÇÃO AO TEMPO E AO MODO.
Com relação ao tempo decorrido após o acidente, os efeitos podem ser:
EFEITOS 
IMEDIATOS
EFEITOS 
RETARDADOS
EFEITOS 
A LONGO PRAZO
CLASSIFICAÇÃO DOS
EFEITOS DAS CONSEQUÊNCIAS
COM RELAÇÃO AO MODO, 
OS EFEITOS PODEM SER:
EFEITOS 
DETERMINISTA
EFEITOS 
ESTOCÁSTICO
Dado a ocorrência do evento, existe a certeza da ocorrência dos efeitos, geralmente imediatos.
Dado a ocorrência do evento, existe a probabilidade de ocorrência dos efeitos, geralmente retardados ou a longo prazo.
EXEMPLO: EFEITOS BIOLÓGICOS DAS RADIAÇÕES IONIZANTES E DAS SUBSTANCIAS QUÍMICAS TÓXICAS E/OU CANCERÍGENAS 
(AMBAS A DOSES REDUZIDAS, ABAIXO DO LIMIAR DETERMINISTA).
ACEITABILIDADE 
DO RISCO
DENOMINA-SE DE RISCO ACEITÁVEL, OU ADMISSÍVEL, OU LIMITE, O RISCO RESULTANTE DE UMA DECISÃO EXPLÍCITA, ESTABELECIDA DE MODO OBJETIVO POR COMPARAÇÃO A RISCOS CONHECIDOS E CORRETAMENTE ADMITIDOS.
A aceitabilidade do risco não pode ser definida de forma universal, pois devem ser consideradas as características particulares de cada região, desse modo, ela varia de país para país, onde o nível de risco aceitável pode ser estabelecido baseado no número de vítimas ou no custo do dano provocado pelo evento, ou seja, os benefícios trazidos pela implantação do sistema devem ser maiores que os danos provocados pela ocorrência do acidente.
ANÁLISE 
DE RISCOS
Consiste numa aplicação de métodos e técnicas para identificação de riscos e análise de possíveis consequências negativas para a sociedade e para o meio ambiente, resultantes das atividades humanas ou das forças da natureza, como terremotos, erupções vulcânicas, temporais, inundações, etc.
O objetivo de um estudo de Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos é identificar os riscos potenciais de geração de acidentes de um empreendimento e, ainda, avaliar os efeitos destes sobre o meio ambiente e a saúde pública nas áreas limítrofes, resultando na aplicação de medidas mitigadoras, através daimplantação de programas de gerenciamento de riscos.
OBJETIVO DO ESTUDO DE UMA ANÁLISE DE RISCOS
DEFINIÇÃO
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Herbert Bento 
ANÁLISE 
DE RISCOS
Consiste numa aplicação de métodos e técnicas para identificação de riscos e análise de possíveis consequências negativas para a sociedade e para o meio ambiente, resultantes das atividades humanas ou das forças da natureza, como terremotos, erupções vulcânicas, temporais, inundações, etc.
O objetivo de um estudo de Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos é identificar os riscos potenciais de geração de acidentes de um empreendimento e, ainda, avaliar os efeitos destes sobre o meio ambiente e a saúde pública nas áreas limítrofes, resultando na aplicação de medidas mitigadoras, através da implantação de programas de gerenciamento de riscos.
OBJETIVO DO ESTUDO DE UMA ANÁLISE DE RISCOS
DEFINIÇÃO
ETAPAS DO ESTUDO DE UMA 
ANÁLISE DE RISCOS
Etapa de estudos preliminares, onde são definidos os objetivos do trabalho e é elaborado um estudo de caracterização do empreendimento, considerando as características do processo e dos equipamentos, os produtos envolvidos, as características do ambiente no entorno da instalação, os custos para a elaboração do estudo de análise de riscos, a disponibilidade de tempo, a disponibilidade de equipe técnica treinada, etc.
Esta etapa tem por finalidade identificar os principais riscos existentes no processo de funcionamento do empreendimento e, a partir daí, definir as hipóteses acidentais mais relevantes que devam ser estudadas mais detalhadamente.
1 - AVALIAÇÃO PRÉVIA
2 – IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
O ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PODE SER DIVIDIDO EM 4 ETAPAS:
TÉCNICAS PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
Deve ser levantada a história de acidentes ocorridos em instalações similares. Isso é feito mediante consulta a banco de dados de acidentes internacionais e nacionais e/ou através de literatura especializada, para que se possa obter informações a respeito das causas mais comuns que geraram acidentes no passado, bem como da frequência de ocorrência desses acidentes.
TÉCNICAS PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
DENTRE OS PRINCIPAIS BANCOS DE DADOS DE ACIDENTES EXISTENTES HOJE NO MERCADO, PODE-SE DESTACAR:
SISTEMA DE INFORMAÇÃO TÉCNICA DE FALHAS E ACIDENTES
Localizado nos países baixos.
BANCO DE DADOS DE ACIDENTES EM MAR ABERTO
Localizado nos países baixos, fornece informações de acidentes marítimos
INSTITUTO FRANCÊS DE PETRÓLEO
Banco de dados que fornece informações de acidentes em mar e poluição
SUMMARY OF NOTABLE ACCIDENT IN TECHNICAL ACTIVITIES
localizado na Itália, é composto por acidentes que causaram ou poderiam ter causado prejuízos a instalações, pessoas e meio ambiente, no desenvolvimento de atividades industriais e no transporte de produtos perigosos.
FACTS
VERITEC
IFP
SONATA
TÉCNICAS PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
DENTRE OS PRINCIPAIS BANCOS DE DADOS DE ACIDENTES EXISTENTES HOJE NO MERCADO, PODE-SE DESTACAR:
CADASTRO DE ATIVIDADES AMBIENTAIS
Localizada na CETESB (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) em São Paulo.
SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE OCORRÊNCIAS ANORMAIS
Localizado na Itália, fornece informações sobre acidentes em instalações nucleares.
MAJOR HAZARD INCIDENT DATA SERVICE
Localizado no Reino Unido, fornece informações a respeito de grandes acidentes industriais com produtos perigosos, com dados coletados ao longo dos últimos 25 anos.
SISTEMA NACIONAL DE CADASTRO DE ACIDENTES AMBIENTAIS 
Localizado na CETESB em São Paulo
CADAC
ADRS
MHIDAS
SINCAAM
2 - INSPEÇÃO DE SEGURANÇA
Método através do qual é possível identificar os riscos existentes em um empreendimento, efetuando-se pesquisas e visitas em campo.
3 - “CHECKLIST”
Método qualitativo cuja aplicação se dá através da utilização de questionários que fornecem uma visão dos riscos existentes em uma instalação. Pode ser aplicado em todas as fases de um empreendimento, ou seja, projeto, construção e operação.
4 - E SE? 
Trata-se de um método qualitativo que tem como princípio básico a formulação de questionamentos através da pergunta “E Se?” . O objetivo principal desse método é identificar os eventos indesejados, bem como suas consequências, sem, contudo, quantificá-los. A equipe necessária para sua aplicação deverá ser composta por especialistas que irão formular as perguntas baseados em suas experiências particulares.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
5 - Análise de Causas e Conseqüências 
É uma combinação das técnicas utilizadas nas análises de árvore de falhas e eventos. Seu resultado relaciona as conseqüências específicas de um acidente e suas causas básicas. Esse método pode ser utilizado, ainda, para quantificar a freqüência de ocorrência da sequência de cada evento.
6 - Análise Preliminar de Risco 
Faz parte do Programa de Segurança padrão militar exigido nos EUA. O objetivo principal dessa análise é reconhecer os riscos previamente e com isso economizar tempo e gastos no replanejamento de grandes instalações.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
7 - Estudos de Riscos e Operabilidade 
(HAZOP – Hazard and Operability Study) – método que permite a identificação dos riscos e dos problemas de operabilidade. O HAZOP de palavras-guia é o mais utilizado e consiste na realização de uma série de reuniões, durante as quais uma equipe multidisciplinar focaliza os pontos específicos do projeto, os chamados “nodos de estudo”, dando ideias e soluções para os riscos identificados.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
As palavras – guia são palavras simples, utilizadas para qualificar ou quantificar a intenção de modo a guiar e estimular o processo de criatividade e, assim, descobrir desvios. 
 
A melhor ocasião para realização de um HAZOP é a fase em que o projeto se encontra razoavelmente consolidado. Nesta altura, o projeto já está no ponto de permitir a formulação de respostas às perguntas do estudo e ainda é possível alterar o projeto sem grandes despesas.
EX: NENHUM, MAIS, TAMBÉM, OUTRO, etc.
8 - AMFE - Análise de Modos de Falhas e Efeitos 
(Failure Modes and Effects Analysis – FMEA) – técnica usada para enumeração dos possíveis modos, segundo os quais os componentes de um equipamento ou de um sistema podem falhar e determinação dos efeitos que surgem a partir dessas falhas. Trata-se de um método indutivo que parte de uma falha hipotética de um componente para o efeito resultante sobre o sistema, gerando resultados qualitativos.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
Para obtenção de um bom resultado é imprescindível a participação de técnicos com profundo conhecimento e experiência no equipamento ou sistema a ser estudado.
Para o estudo desta técnica, vale salientar a diferença entre modo de falha e causa de falha; várias causas distintas podem conduzir a um mesmo modo de falha. 
9 - Análise de Árvore de Falhas (AAF) 
Técnica recente, utilizada para a identificação de eventos mais complexos que os determinados por FMEA.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
Consiste na diagramação dos eventos contribuintes e das falhas, de modo sistemático, formando uma árvore, onde é mostrado o inter-relacionamento entre os mesmos e em relação ao evento “Topo” (evento indesejado).
10 - Análise de Árvore de Eventos 
(Event Tree Analysis – ETA) – técnica para análise das conseqüências de um evento indesejado, na qual as árvores de eventos descrevem a seqüência dos fatos que se desenvolvem para que um acidente ocorra, definindo quais são as possíveis conseqüências geradas pelo mesmo.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
O ESTUDO DE ANÁLISE DE ÁRVORE DE EVENTOS SE DESENVOLVE NAS SEGUINTES ETAPAS:
Identificação do evento inicial – pode ser proveniente de outrasetapas já desenvolvidas, como análise histórica de acidentes, análise de árvore de falhas, etc.
Identificação de interferências – interferências são as situações que se relacionam com o evento inicial, podendo acarretar diferentes caminhos para o desenvolvimento da ocorrência, gerando, assim, diferentes conseqüências.
Construção da árvore de eventos – o evento inicial é registrado do lado esquerdo da página e as interferências no topo da página, em ordem cronológica. Linhas de intersecção são traçadas fazendo as relações entre o evento inicial e as diversas interferências.
Descrição das Conseqüências – último passo no desenvolvimento da árvore, representando uma variedade de “saídas” resultantes do evento inicial.
10 - Análise de Árvore de Eventos 
(Event Tree Analysis – ETA) – técnica para análise das conseqüências de um evento indesejado, na qual as árvores de eventos descrevem a seqüência dos fatos que se desenvolvem para que um acidente ocorra, definindo quais são as possíveis conseqüências geradas pelo mesmo.
TÉCNICAS 
PARA A 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS
O ESTUDO DE ANÁLISE DE ÁRVORE DE EVENTOS SE DESENVOLVE NAS SEGUINTES ETAPAS:
IDENTIFICAÇÃO DO EVENTO INICIAL – pode ser proveniente de outras etapas já desenvolvidas, como análise histórica de acidentes, análise de árvore de falhas, etc.
DESCRIÇÃO DAS CONSEQÜÊNCIAS – último passo no desenvolvimento da árvore, representando uma variedade de “saídas” resultantes do evento inicial.
CONSTRUÇÃO DA ÁRVORE DE EVENTOS – o evento inicial é registrado do lado esquerdo da página e as interferências no topo da página, em ordem cronológica. Linhas de intersecção são traçadas fazendo as relações entre o evento inicial e as diversas interferências.
IDENTIFICAÇÃO DE INTERFERÊNCIAS – interferências são as situações que se relacionam com o evento inicial, podendo acarretar diferentes caminhos para o desenvolvimento da ocorrência, gerando, assim, diferentes conseqüências.
3-AVALIAÇÃO DOS RISCOS - Identificadas as hipóteses acidentais, faz-se uma avaliação detalhada das mesmas para que se possa estimar as prováveis conseqüências ocasionadas por tais eventos.
 
A estimativa das conseqüências é feita através de modelos matemáticos conhecidos como “modelos de conseqüências” que fazem a “análise de conseqüências”, e a quantificação de seus efeitos físicos através de “modelos de vulnerabilidade” que fazem a “análise de vulnerabilidade”.
Os modelos de consequência tem como objetivo gerar um mapa da região estudada onde estarão assinalados os efeitos físicos das hipóteses acidentais. Enquanto os modelos de vulnerabilidade permitem a estimativa dos danos em função das características das conseqüências físicas.
 
4-GERENCIAMENTO DOS RISCOS – estudo de alternativas para diminuição dos riscos identificados.
 
A gestão do risco pode ser entendida como um complexo constituído pelo processo de avaliação e de tomada de decisão com base nas informações obtidas a partir da análise de risco.
ETAPAS DO 
ESTUDO DE UMA 
ANÁLISE DE RISCOS
TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO TÉCNICA
 
O erro humano é uma das principais causas geradoras de acidentes nas atividades industriais;
MANUTENÇÃO 
Contribui diretamente para o aumento ou redução do número de acidentes;
AUDITORIAS 
Realizadas com a finalidade de avaliar periodicamente a eficiência do Programa de Gerenciamento de Riscos.
Um Programa de Gerenciamento de Riscos tem por objetivo a implantação efetiva de uma filosofia de segurança e controle dos riscos durante toda a vida útil de uma empresa, e deve apresentar:
PROGRAMAS DE 
GERENCIAMENTO DE RISCOS
AÇÕES DE PREVENÇÃO
Corresponde a uma ação de redução do risco pela diminuição da probabilidade de ocorrência do evento indesejado, sem diminuir a gravidade de suas conseqüências.
AÇÕES DE PROTEÇÃO 
Corresponde a uma ação de redução do risco baseada na diminuição da gravidade das conseqüências do evento indesejado após sua ocorrência, sem, contudo, diminuir sua probabilidade.
São ações que operam ora sobre a freqüência de ocorrência do evento, ora sobre a magnitude das conseqüências, permitindo passar de um risco inaceitável para um aceitável. Essas medidas são as seguintes:
MEDIDAS DE 
REDUÇÃO DE RISCOS
AÇÕES DE RESSEGURO 
Não tem por objetivo nem reduzir a probabilidade nem a gravidade de um evento indesejado. Seu objetivo é transferir para um terceiro (o segurador) total ou parcialmente as conseqüências financeiras do risco.
As ações de proteção podem ser por redução dos impactos físicos e por redução ou proteção da população exposta. Esta última pode ser de dois tipos: redução estática, efetuada à nível de projeto, evitando a localização de determinados equipamentos em áreas sensíveis; e redução dinâmica, efetuada pela adoção de um plano de ação de emergência quando decretada a ocorrência de um acidente; este plano de ação deve ser previsto e está concluído antes da ocorrência do acidente.
MEDIDAS DE 
REDUÇÃO DE RISCOS
Diante das dificuldades em se estabelecer prioridades no controle dos riscos e da necessidade de se nortear o empreendedor e os responsáveis pela segurança do empreendimento na tomada de decisões, a ESCA Ambiental desenvolveu uma metodologia qualitativa para priorizar a implantação das medidas de redução dos riscos propostas no Estudo de Análise de Riscos.
MÉTODO QUALITATIVO PARA PRIORIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RISCOS
ESSE MÉTODO É BASEADO EM PADRÕES DE CUSTO – BENEFÍCIO, ONDE:
CUSTO 
É o valor monetário necessário para 
implantação da medida, sendo:
Baixo: até US$ 20.000
Médio: de US$ 20.000 até US$ 60.000
Alto: acima de US$ 60.000
BENEFÍCIO 
São os prejuízos evitados com a implantação da medida.
 
Benefício = PAmb + PPes + PMat + PPro + TMR
PAmb = Preservação Ambiental
PPes = Preservação Pessoal
PMat = Preservação de Material e Equipamento
PPro = Preservação de Quantidade de Produtos
TMR = Tempo para Mitigação dos Riscos
MÉTODO QUALITATIVO PARA PRIORIZAÇÃO DAS MEDIDAS DE REDUÇÃO DE RISCOS
Pesos para PAmb, PPes, PMat e PPro:
 
Nenhum: 0
Baixo: 1
Médio: 2
Alto: 3
 
Peso para o TMR:
 
Longo Prazo: 1
Médio Prazo: 2
Imediato: 3
Após a obtenção do somatório dos pesos contribuintes do benefício, classifica-se o benefício em:
	VALOR NUMÉRICO 	BENEFÍCIO
	0 – 6 	Baixo
	7 – 10 	Médio
	11 – 15 	Alto
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
O Estudo de Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos é necessário para todas as fases de um empreendimento, apresentando exigências diferentes para cada uma dessas fases, desse modo, tem-se:
O empreendimento pode ou não ser passível de elaboração do EIA/RIMA. Nesta fase, o empreendimento não dispõe dos detalhes de projeto necessários para elaboração de um estudo de risco detalhado. Desse modo, o fundamental é analisar os riscos maiores das instalações e a sua compatibilidade com as características ambientais da região a ser impactada, definindo as linhas gerais e os critérios para a concepção do projeto definitivo.
a) Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos na fase de estudo de viabilidade técnica e/ou elaboração do EIA/RIMA para obtenção da Licença Prévia
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
Para a elaboração deste estudo, recomenda-se a seguinte estrutura:
Identificação dos riscos, através da utilização de métodos qualitativos;
Avaliação dos Riscos, através das análises de consequência e de vulnerabilidade;
Gerenciamento dos Riscos, através das medidas de redução de acidentes;
Anexos, através da apresentação de todos os documentos utilizados na elaboração dos estudos.
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
A Licença de Instalação deve ser obtida para dar início às obras de montagem e construção, sendo necessário, nesse momento, todos os detalhes de projeto.
Nessa fase, não se pretende a realização de um novo estudo, mas a complementação dos estudos anteriores para obtenção da LICENÇA PRÉVIA.
b) Análise, Avaliação e Gerenciamentode Riscos na fase de elaboração dos Projetos dos Sistemas de Tratamento de Resíduos ou Projetos Básicos Ambientais e para obtenção da Licença de Instalação
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
A estrutura para elaboração deste estudo deve ser a seguinte:
Identificação dos riscos, através da utilização de métodos qualitativos e quantitativos;
Avaliação dos Riscos, através das análises de consequência e de vulnerabilidade e da avaliação dos resultados;
Gerenciamento dos Riscos, através das medidas de redução de acidentes;
Anexos, através da apresentação de todos os documentos utilizados na elaboração dos estudos.
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
c) Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos na fase de obtenção da Licença de Funcionamento
Identificação de riscos ainda não detectados nas fases anteriores;
Essa fase exige a implantação de um Programa de Gerenciamento de Riscos, e seu estudo pede a seguinte estrutura:
Gerenciamento dos Riscos, através das medidas de redução de acidentes;
Revisão e apresentação das rotinas e procedimentos, para avaliar a eficácia dos procedimentos operacionais;
Auditorias;
Revisão periódica do Programa de Gerenciamento de Riscos, a cada cinco anos, no mínimo;
Anexos.
APLICABILIDADE DO ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS PARA OBTENÇÃO DE LICENÇAS
d) Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos para empreendimentos existentes
Para a classe I, devem ser elaborados estudos detalhados, utilizando métodos e modelos estruturados com potencial quantitativo. 
Para a classe II, devem ser elaborados estudos, utilizando métodos e modelos com potencial qualitativo. 
E para a classe III, não há necessidade de desenvolvimento de estudos, mas devem ser implantados programas para o gerenciamento dos riscos.
Classe I – alto potencial de risco
Classe II – médio potencial de risco
Classe III – baixo potencial de risco
Esses empreendimentos são inicialmente submetidos a uma classificação com relação à potencialidade de riscos. Os níveis de risco são agrupados em três classes:
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE UM ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS
Existem 2 formas de apresentação dos resultados de uma análise de riscos:,
RELATÓRIO
+
CONJUNTO DE CURVAS
Indicando os níveis de risco individual num mapa da área em questão;
Indicando a probabilidade de certo número de pessoas que vive nas imediações do empreendimento falecerem.
O Estudo de Análise, Avaliação e Gerenciamento de Riscos deve ser elaborado por uma equipe multidisciplinar, por empresa consultora ou pelo próprio empreendedor, desde que disponha de técnicos especialistas no assunto. 
RELATÓRIO
+
CURVA DE GRUPO DE RISCO
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE UM ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS
O relatório deve seguir o modelo apresentado pelo MAIA (Manual de Avaliação do Impacto Ambiental) e deve conter a discriminação da equipe que o elaborou, o nome da empresa, acompanhado do endereço, telefone, fax e o nome do profissional responsável para contato.
Todos os gastos com a elaboração ou complementação do relatório deverão ser cobertos pelo interessado.
FORMAS DE APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS DE UM ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS
O relatório deve seguir o modelo apresentado pelo MAIA (Manual de Avaliação do Impacto Ambiental) e deve conter a discriminação da equipe que o elaborou, o nome da empresa, acompanhado do endereço, telefone, fax e o nome do profissional responsável para contato.
Todos os gastos com a elaboração ou complementação do relatório deverão ser cobertos pelo interessado.
MODELO 
APRESENTADO PELA MAIA
 (Manual de Avaliação do Impacto Ambiental)
ESTRUTURA DO RELATÓRIO DO MAIA
1) Introdução
2) Caracterização do Empreendimento
Localização e descrição física e geográfica da região;
Distribuição populacional da região;
Características climáticas da região;
Descrição física e layout da instalação;
Distribuição populacional interna.
3) Substâncias Envolvidas
Quantidades, movimentação, manipulação e formas de armazenamento;
Características físico-químicas e toxicológicas.
4) Descrição das Operações
Caracterização das instalações e equipamentos;
Descrição de rotinas operacionais.
5) Identificação dos Riscos
Técnicas utilizadas para identificação dos riscos;
Consolidação das hipóteses acidentais.
6) Avaliação dos Riscos
Análise de conseqüências;
Análise de vulnerabilidade;
7) Gerenciamento dos Riscos
8) Plano de Ação de Emergência
9) Referências Bibliográficas
10) Anexos
MODELO 
APRESENTADO PELA MAIA
 (Manual de Avaliação do Impacto Ambiental)
ESTRUTURA DO RELATÓRIO DO MAIA
OS CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DE UMA ANÁLISE DE RISCOS ENVOLVEM TRÊS FASES:
Análise Preliminar do Estudo – analisa a forma e a estrutura do relatório, bem como a documentação necessária.
A análise preliminar tem dois caminhos a seguir: quando o estudo está incompleto, é emitido um parecer solicitando a complementação dos dados; e quando o estudo está completo, prossegue-se à análise detalhada.
 
Análise Técnica da Metodologia, Avaliação dos Resultados
I
II
III
CRITÉRIOS PARA ACEITAÇÃO DE UM ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCOS
A análise de riscos é um instrumento com créditos firmados, no domínio da saúde pública, em instalações industriais e no transporte de substancias perigosas. Nessa medida as análises de riscos já fazem parte das avaliações de impacto ambiental.
Estão sendo realizados trabalhos para desenvolver o instrumento da análise de riscos de forma que o mesmo possa ser aplicado para todas as atividades poluentes em geral. 
Se esta abordagem tiver êxito, a análise de riscos se transformará num instrumento genérico para todo o domínio das avaliações de impactos ambientais, possibilitando, em breve, uma fusão de análise e avaliação do impacto ambiental.
CONCLUSÕES
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