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Resumo Habilidades Cirúrgicas

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🏥 AMBIENTE CIRÚRGICO (Centro Cirúrgico - CC) 
🔹 Definição 
É o local onde ocorrem: 
● Procedimentos anestésico-cirúrgicos; 
● Recuperação pós-anestésica e operatória imediata. 
🔹 Objetivos do ambiente 
● Manter assepsia máxima → evitar contaminação e complicações ao paciente. 
● Manter silêncio → concentração da equipe e recuperação adequada. 
🔹 Características do CC 
● Fluxo unidirecional → evita cruzamento de pessoas/objetos sujos com limpos. 
 
🟩 COMPOSIÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO 
✅ 1. Zona Irrestrita – Área de Proteção 
📍 Local de entrada ao centro cirúrgico. 
● Circulação de pessoas ainda não preparadas. 
● Uso de roupas comuns ao hospital. 
● Ponto de conferência de materiais e identificação. 
● Entrega do uniforme privativo (acesso ao vestiário). 
🔒 Observação: acesso já começa a ser controlado. 
 
🟨 2. Zona Semi-restrita – Área Limpa 
📍 Somente com paramentação básica. 
● Uso obrigatório de: 
○ Uniforme privativo, 
○ Gorro, 
○ Calçados exclusivos ou propés. 
 
● Locais incluídos: 
 
○ Posto de enfermagem; 
○ Farmácia satélite; 
○ Expurgo (lavagem/embalagem de material); 
○ Área de escovação; 
○ Salas operatórias; 
○ RPA (Recuperação Pós-Anestésica); 
○ Repouso do staff e área de conveniência médica. 
👣 Circulação permitida apenas para profissionais uniformizados. 
 
🔴 3. Zona Restrita – Circulação restrita 
📍 Local mais crítico em termos de esterilidade. 
● Uso obrigatório de: 
○ Máscara; 
○ Gorro; 
○ Uniforme privativo. 
● Inclui: 
○ Salas cirúrgicas (com material exposto); 
○ CME (Central de Material e Esterilização). 
● Controle rigoroso de pessoas presentes no local. 
⚠ Assim que há material exposto → a área se torna oficialmente restrita. 
🏥 SALA OPERATÓRIA 
🔹 1. Potencial de Contaminação: Baixo 
✅ Ações principais (essenciais e indiscutíveis): 
● Limpeza rigorosa do ambiente; 
● Circulação de ar adequada, com controle de umidade e ventilação. 
 
 
 
 
⚠ Ações secundárias (controversas e com baixo efeito protetor): 
Só são úteis em cirurgias com implantes, como: 
● Ortopedia; 
● Cirurgia plástica; 
● Cirurgia endovascular. 
● Fluxo laminar: entrada e saída de ar por portas diferentes. 
● Filtro HEPA: filtro de alta eficiência para partículas → raro no Brasil. 
● Ventilação com pressão positiva: impede a entrada de microrganismos do ambiente externo. 
🔸Importante: essas tecnologias têm custo elevado e uso limitado no Brasil. 
 
🔹 2. Circulação de Pessoas: Deve ser reduzida 
💡 Em hospitais escola: 
● Uso de câmeras com circuito fechado e moderador de imagem; 
● Transmissão audiovisual ao vivo para estudantes sem a presença física deles na sala. 
🚫 Regras de circulação: 
● Sem adornos, relógios, bolsas, e celulares no campo estéril; 
● Paramentação parcial (gorro + máscara) → para quem estiver na sala mas fora do campo; 
● Paramentação total (gorro + máscara + óculos + avental + luvas estéreis) → quem atua 
diretamente na cirurgia. 
🔔 Atenção: Pessoas que não participam da cirurgia podem permanecer no local com 
paramentação básica, mas quem participa ativamente precisa estar totalmente 
paramentado. 
🔹 3. Campo Cirúrgico – Definição 
Inclui tudo que está esterilizado e dentro da área operatória: 
● Paciente “pintado” com antisséptico (geralmente à base de iodo); 
● Campos que cobrem: 
 
○ Mesa de instrumental; 
○ Paciente; 
○ Avental do cirurgião (capote); 
○ Material encamisado (ex: fibra ótica); 
○ Campo do Humper → recipiente para lixo com campo estéril. 
⚠ Importante: 
● Bacia metálica com saco plástico = lixo operatório comum. 
● Humper ≠ lixo comum — é considerado parte do campo estéril. 
● Protocolo muda se paciente ou cirurgião tiver doença infecto-contagiosa. 
🧼 LAVAGEM DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS (Degermação Cirúrgica) 
🔹 DEFINIÇÃO 
● Processo de antissepsia cirúrgica que: 
○ Elimina a flora transitória da pele. 
○ Reduz a flora residente. 
○ Tem efeito bacteriostático (inibe crescimento e movimento bacteriano). 
🎯 FINALIDADE 
● Evitar contaminação do sítio cirúrgico e de medicamentos/fórmulas durante procedimentos 
que exijam barreira estéril. 
󰟻 RESPONSABILIDADE 
● Todos os profissionais diretamente envolvidos em procedimentos cirúrgicos. 
🧪 INSUMOS NECESSÁRIOS 
● Água corrente (com controle microbiológico semestral). 
● Sabão com antisséptico (clorexidina 4% ou PVPI). 
● Pia com acionamento sem contato manual (pedal, joelho ou sensor). 
📌 INDICAÇÕES 
● Antes de procedimentos cirúrgicos ou invasivos: 
○ Ex: inserção de cateter, sutura, drenagem de cavidades etc. 
🧽 TÉCNICAS 
● Fricção com escova apropriada (mais comum); 
● Fricção com esponja; 
● Fricção sem artefato (validação científica: USP-RP 2011 e EPM 2016 → eficácia equivalente). 
 
 
🩸 FLORA MICROBIANA DA PELE 
 
🪒 RESUMO – DEGERMAÇÃO 
🧼 Degermação Cirúrgica = 
 ➡ Mecânica: escova com cerdas macias 
 ➡ Química: sabão antisséptico (ação germicida e bacteriostática) 
⚠ A pele não pode ser totalmente esterilizada sem lesão tecidual. 
🧻 SECAGEM DAS MÃOS 
● Mãos e braços fletidos à frente do corpo. 
● Usar compressa estéril. 
● Ordem: mãos → antebraços → cotovelos. 
● Nunca retornar a áreas já secas. 
● Movimentos compressivos, não de fricção. 
📋 LEMBRETES IMPORTANTES 
● ❌ Retirar anéis, pulseiras, relógios, esmalte. 
● ❌ Nunca usar unhas postiças. 
● ✅ Pode usar creme hidratante. 
● ❌ Luvas ≠ substituto da higienização. 
● ❌ Não usar escovas ásperas/grosseiras. 
● ✅ Solução alcoólica friccionada também é válida como técnica de preparo. 
 
 
 
 
🧥 PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
🎯 Finalidade 
● Criar barreira microbiológica: 
○ Evita contaminação do paciente por microrganismos do ambiente, equipe ou 
materiais. 
○ Protege o profissional de exposição a sangue e fluidos orgânicos. 
● Passo seguinte à degermação. 
🔹 TIPOS DE PARAMENTAÇÃO 
 
🩺 AVENTAL/CAPOTE CIRÚRGICO 
✅ Função 
● Evita liberação de microrganismos do profissional para o campo. 
● Protege a pele do profissional de sangue e secreções. 
📌 Características 
● Estéril. 
● O lado interno toca o corpo → pode ser tocado com mãos limpas. 
● O lado externo entra em contato com o campo estéril → não deve tocar superfícies 
contaminadas. 
👕 Técnica para vestir o capote 
1. Pegar pelo lado interno com a ponta dos dedos. 
2. Levantar e afastar do corpo, sem tocar na face externa. 
3. Introduzir simultaneamente os braços nas mangas. 
4. Virar de costas para o circulante, que amarra as tiras posteriores. 
5. Manter as mãos à frente do tórax após o procedimento. 
⚠ Importante: O capote é retirado pelo avesso, tocando apenas na parte interna. 
🧤 LUVAS ESTÉREIS 
🧼 Regras básicas 
● Mão nua → só toca o lado interno da luva. 
● Mão enluvada → só toca o lado externo da outra luva. 
● Evitar tocar zonas não estéreis: gola, costas e terço inferior do capote. 
✋ Técnica para calçar luvas 
1. Abrir o pacote, deixando punhos voltados para quem vai calçar. 
2. Retirar a luva esquerda com a mão direita, tocando apenas por dentro. 
3. Calçar a luva esquerda com auxílio da mão direita. 
4. Retirar a luva direita, introduzindo os dedos da mão esquerda sob a dobra do punho. 
5. Calçar a luva direita com a mão esquerda, puxando até cobrir a manga. 
6. Manter as mãos para cima e à frente, protegidas por compressa ou campo estéril. 
💡 Dica: Se os dedos entrarem trocados, só corrija após calçar as duas luvas. 
🔁 Técnica para remover as luvas 
1. Dobrar o punho da luva esquerda com a mão direita enluvada. 
2. Retirar a luva direita, puxando por fora sem tocar a pele. 
3. Com a mão direita já desnuda, remover a luva esquerda, puxando-a pelo lado interno. 
✅ Recomendações importantes 
● ❌ Não tocar áreas “perigosas” com mãos enluvadas: gola, costas e parte inferior do capote. 
● ❌ Não corrigir luva mal calçada antes de terminar o processo. 
● ❌ Nunca reutilizar luvas. 
● ✅ Capotes modernos têm área de “descanso” para mãos estéreis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
🦠 ASSEPSIA X ANTISSEPSIA 
 
✅ RESUMINDO 
● ASSEPSIA = evitar que microorganismos entrem emlocais estéreis. 
 🧼 Ambiente livre de germes = ambiente asséptico. 
● ANTISSEPSIA = impedir que os germes já presentes cresçam ou se multipliquem. 
 🦠 Utiliza produtos que reduzem ou eliminam parcialmente os microrganismos. 
Limpeza do Sítio Cirúrgico 
Objetivo: 
Diminuir ou “zerar” a microbiota (os microrganismos que vivem na pele do paciente) para evitar 
infecção pós-operatória. 
 
 
 
 
Tipos de Microbiota 
● Microbiota residente: 
 São os microrganismos que ficam fixos na pele, mais difíceis de eliminar. 
○ Importante para cirurgias onde o acesso inicial está íntegro (sem feridas abertas). 
● Microbiota transitória: 
 Microrganismos que ficam na pele temporariamente, como em feridas abertas, abscessos, 
fístulas ou ressuturas. 
○ Está presente em cirurgias com acesso violado, ou seja, em áreas já contaminadas. 
Banho Antisséptico Pré-Operatório 
● Ainda é controverso se ajuda ou não a prevenir infecção. 
● Sabiston (livro clássico) é contra o banho antisséptico prévio. 
● Schwartz (outro livro renomado) defende o banho e fala que é uma tendência. 
Tricotomia (remoção dos pelos) 
● É feita para melhorar a visibilidade da área e diminuir o risco de infecção (pois os pelos 
podem carregar microrganismos). 
● Quando fazer? 
○ Deve ser feita IMEDIATAMENTE antes da cirurgia (nunca muito antes). 
○ Preferencialmente na sala cirúrgica. 
● Como fazer? 
○ Preferência por máquinas elétricas com cabeça descartável (mais segura). 
○ Evitar lâmina de barbear porque pode causar microlesões, aumentando risco de 
infecção. 
○ Só remover pelos da área da incisão e região próxima (não tirar pelos de áreas 
distantes). 
● Exceção: 
○ Pacientes vítimas de trauma não devem fazer tricotomia, para não aumentar risco de 
contaminação. 
Nota Importante: 
● O ideal seria usar o tricotomizador (máquina com cabeça e lâmina removível para melhor 
higiene). 
● No Brasil, por falta de verba, geralmente se usa a lâmina de barbear, o que não é o ideal. 
 
 
 
🧴 Preparo da Pele (campo operatório) — Sempre em 2 tempos 
1⃣ DEGERMAÇÃO 
● Solução degermante = Antisséptico + Sabão (veículo) 
2⃣ ANTISSEPSIA 
● Solução alcoólica = Antisséptico + Álcool (veículo) 
⚠ Importante: usar a MESMA solução nos 2 tempos. 
 Exemplo: começa com povidine degermante, termina com povidine alcoólico. 
🧪 Soluções usadas na Antissepsia 
● PVPI (Polivinilpirrolidona-Iodo) 
● Clorexidina 
Ambas eficazes para o preparo da pele. 
🌟 Vanguarda: Steri-Drape (3M) 
● Última novidade para profilaxia da ferida operatória (prevenir infecção). 
● Fios de sutura impregnados com agentes antimicrobianos. 
✂ Exemplos: 
● Vicryl Plus (Poligalactina 910) → multifilamentado impregnado com antimicrobiano. 
● Triclosan (Irgacare MP) → ativo contra os principais patógenos que causam Infecção de Sítio 
Cirúrgico (ISC). 
⚙ Mecanismo de ação do Steri-Drape 
● Bactericida e bacteriostático (mata e inibe germes). 
● Impede a mobilização dos germes na ferida. 
● Pode ser usado com ou sem antissepsia tradicional. 
● Realidade em grandes centros hospitalares. 
● Custo alto justificado pela prevenção de infecções graves. 
 
 
 
Preparo da Pele (campo a ser operado) 
O preparo da pele é sempre realizado em dois tempos: 
1. Degermação: 
○ Uso de solução degermante, que é uma combinação de antisséptico com sabão 
(veículo). 
2. Antissepsia: 
○ Uso de solução alcoólica, que é uma combinação de antisséptico com álcool 
(veículo). 
Importante: Deve-se usar a mesma solução nos dois tempos. Por exemplo, se o primeiro passo foi 
com povidine degermante, o segundo deve ser com povidine alcoólico. 
Soluções utilizadas na antissepsia: 
● PVPI (Polivinilpirrolidona-Iodo) 
● Clorexidina 
Ambas são igualmente eficazes para o preparo da pele. 
Novidade: Steri-Drape (3M) 
● Produto inovador para profilaxia da ferida operatória (prevenção de infecção). 
● Consiste em fios de sutura impregnados com agentes antimicrobianos. 
Exemplos: 
● Vicryl Plus (Poligalactina 910): sutura multifilamentada impregnada com antimicrobiano. 
● Triclosan (Irgacare MP): ativo contra os principais patógenos que causam infecção do sítio 
cirúrgico. 
Mecanismo de ação do Steri-Drape 
● Atua como bactericida e bacteriostático (mata e inibe germes). 
● Impede a mobilização dos germes na ferida. 
● Pode ser usado com ou sem a antissepsia tradicional. 
● Já é realidade em grandes centros hospitalares. 
● Apesar do custo elevado, é justificado pela redução de infecções graves e dos custos 
associados ao tratamento. 
 
 
CLASSIFICAÇÕES CIRÚRGICA SEGUNDO FERIDA OPERATÓRIA: 
Finalidade da Classificação 
● Estimar a incidência esperada de infecção na ferida operatória. 
● Auxiliar na decisão sobre a necessidade de antibioticoprofilaxia ou tratamento 
antimicrobiano. 
Antibioticoprofilaxia 
● Geralmente é feita com dose única. 
● Início ideal: até 30 minutos antes da incisão cirúrgica, preferencialmente com a infusão 
completa nesse tempo. 
● Na prática, é aceita a administração durante a indução anestésica. 
Repique (repetição da dose): 
● A cada 2 a 3 horas durante o ato operatório. 
● Após 4 horas de cirurgia. 
● Até 24 horas após o procedimento, conforme a posologia da droga, especialmente em casos 
como: 
○ Falha técnica (ex: conversão de vídeo para cirurgia aberta); 
○ Uso de próteses (ex: tela de Marlex); 
○ Perda sanguínea significativa (> 1.500 mL em adultos ou > 25 mL/kg em crianças). 
Tratamento antimicrobiano: 
● Refere-se ao uso de antibiótico que permanece após 24 horas do ato cirúrgico. 
Classificações Cirúrgicas segundo Ferida Operatória 
1. Cirurgias Limpas 
Características: 
● Envolvem tecidos estéreis ou facilmente descontamináveis. 
● Ausência de infecção local. 
● Não há abertura de tratos contaminados. 
● Exemplo: incisões em pele íntegra, cirurgias de coração, vasos, sistema nervoso, fígado, 
pâncreas, ossos, tireóide, mama, ovários e trompas. 
 
 
Risco de infecção: Menor que 5% 
Profilaxia: Não indicada, exceto em: 
● Cirurgias cardíacas e neurológicas; 
● Cirurgias de grandes vasos (com ou sem prótese); 
● Implantes de prótese (ortopédicas ou outras). 
2. Cirurgias Potencialmente Contaminadas (Limpa-contaminada) 
Características: 
● Tecidos com microbiota própria, pouco numerosa e de difícil descontaminação. 
● Sem presença de pus ou supuração. 
Exemplos: 
● Conjuntiva ocular, ouvido externo, esôfago, estômago, duodeno, vesícula biliar, apêndice 
incidental, uretra, útero, próstata, cesariana. 
Risco de infecção: 8% a 15% 
Profilaxia: Indicada 
3. Cirurgias Contaminadas 
Características: 
● Tecidos inflamados ou com microbiota abundante de difícil descontaminação. 
● Pode haver infecção a distância. 
Exemplos: 
● Apendicite ou colecistite inicial, trato respiratório alto, cavidade oral, intestino grosso com 
preparo, vulva, vagina, feridas traumáticas com menos de 6 horas. 
Risco de infecção: 15% a 20% 
Profilaxia: Indicada 
4. Cirurgias Infectadas 
Características: 
● Presença de supuração (pus), necrose, perfuração ou contaminação severa. 
● Feridas abertas há mais de 6 horas ou com contaminação grosseira (fezes, sujeira, etc). 
 
 
Exemplos: 
● Apendicite necrosada ou com abscesso, colecistite com empiema ou perfuração, fraturas 
expostas, perfuração de vísceras ocas. 
Risco de infecção: Maior que 50% 
Profilaxia: Não indicada 
Conduta: Tratamento antimicrobiano (uso terapêutico de antibióticos). 
1. Posicionamento do paciente 
Objetivos principais: 
● Facilitar o ato cirúrgico. 
● Permitir rápida abordagem em caso de intercorrências clínicas. 
● Reduzir riscos durante a cirurgia: 
○ Quedas (ao movimentar ou transferir o paciente); 
○ Queimaduras (ex: equipamentos ou cautério mal posicionados); 
○ Iatrogenias (danos provocados por má técnica); 
○ Facilitar o manejo clínico do paciente durante o procedimento. 
2. Delimitação do campo operatório 
Métodos: 
● Feita com pintura antisséptica da pele e colocação de campos estéreis ou películas 
cirúrgicas. 
● Algumas especialidadesutilizam canetas cirúrgicas para marcar áreas de incisão. 
Finalidades: 
● Manter assepsia, evitando contaminação do campo estéril. 
● Facilitar a extensão de incisões, se necessário. 
● Permitir a drenagem cirúrgica adequada. 
● Evitar perda de materiais cirúrgicos. 
3. Incisões cirúrgicas 
Sufixos usados: 
● “-tomia” → Significa abertura (diérese) de determinada parte do corpo. 
 Ex: Craniotomia, Inguinotomia, Toracotomia. 
● “-ectomia” → Refere-se à retirada total ou parcial de um órgão ou estrutura. 
 Ex: Apendicectomia, Esplenectomia, Glossectomia, Tireoidectomia. 
Incisões cirúrgicas mais comuns: 
1. Kocher (subcostal): 
 Incisão oblíqua abaixo do rebordo costal – comum em cirurgias de vesícula. 
2. Mediana: 
 Incisão vertical na linha média – usada para acesso a cavidade abdominal. 
3. McBurney: 
 Incisão oblíqua no quadrante inferior direito – usada em apendicectomias. 
4. Jalaguier ou Battle: 
 Incisão oblíqua inguinal – comum em cirurgias herniárias. 
5. Lanz, Babcock ou Davis: 
 Incisões transversais no quadrante inferior direito – alternativas modernas à McBurney. 
6. Paramediana: 
 Incisão paralela à linha média – usada para evitar lesão de estruturas na linha média. 
7. Transversa ou Chevron: 
 Incisão em “V” ou reta na parte superior do abdome – usada em cirurgias de 
fígado/pâncreas. 
8. Rutherford-Morrison ou Morrison: 
 Incisão oblíqua na fossa ilíaca – usada em transplantes renais. 
9. Pfannenstiel: 
 Incisão transversal suprapúbica – típica de cesarianas e cirurgias ginecológicas. 
10. Lennander: 
 Incisão subcostal esquerda – utilizada para acesso ao baço. 
 
 
MACROTEMPOS CIRÚRGICOS: Para cada tempo cirúrgico, diversos materiais e instrumentos 
precisam ser separados pelo instrumentador cirúrgico e, para cada tipo de especialidade cirúrgica, 
são utilizados instrumentos específicos. O tempo cirúrgico engloba, de modo geral, a sequência dos 
quatro procedimentos realizados pelo cirurgião durante a cirurgia. O procedimento inicia-se pela 
diérese, que é o ato de dividir, separar ou cortar os tecidos utilizando bisturi, bisturi elétrico, 
tesoura, serra ou laser; em seguida, realiza-se a hemostasia, utilizando compressão direta com os 
dedos, pinças, bisturi elétrico (termocautério) ou sutura para prevenir, reter ou impedir o 
sangramento. Ao alcançar a área comprometida, realiza-se a exérese, que é a cirurgia em si. Por fim, 
ocorre a síntese cirúrgica, a partir da aproximação das bordas da ferida operatória com a sutura, os 
adesivos e/ou as ataduras. 
🟢 1. DIÉRESE = Corte / Acesso 
“Abrir caminho para a cirurgia” 
● Função: Dividir tecidos para alcançar o local cirúrgico. 
● Instrumentos principais: 
○ Bisturi (cabo 3 com lâminas 11–15; cabo 4 com lâminas 20–25) 
○ Tesouras: 
■ Metzenbaum – tecidos delicados 
■ Mayo – tecidos densos (fáscia, músculo) 
■ Potts-Smith – vasos 
○ Outros: serra, rugina, costótomo, bisturi elétrico 
 
● Manobras: incisão, secção, divulsão, punção, dilatação, serração 
● 💡 Dica: Diérese = "divide" os planos! 
🔴 2. HEMOSTASIA = Estancar sangramento 
“Parar o sangramento antes de continuar” 
● Função: Controlar ou impedir o sangramento 
● Formas: compressão, pinçamento, ligadura, sutura, cauterização (bisturi elétrico), 
tamponamento 
● Instrumentos principais (pinças): 
 
○ Kelly – “carro-chefe”; ranhuras 2/3 
○ Crile – ranhuras completas 
○ Halsted/Mosquito – delicada, vasos pequenos 
○ Rochester – forte, grande 
○ Mixter (em J) – passa fios ao redor de vasos 
○ Satinsky, Bulldog, Cooley – vasculares 
○ Moynihan e Crafoord – gineco/vasculares longas 
● 💡 Dica: Hemostasia evita hematoma e infecção → segura o sangramento, segura a cirurgia! 
🟡 3. PREENSÃO = Segurar órgãos/tecidos 
“Manter parado, sem danificar” 
● Função: Segurar tecidos ou estruturas (manuseio, tração, exposição) 
● Instrumentos principais: 
○ Kocher – grosseira, com dente de rato 
○ Allis – múltiplos dentes, mais traumática 
○ Babcock – sem dentes, delicada (alças, trompas) 
○ Duval – ponta triangular, delicadíssima (pulmão, coração) 
○ Foerster – longa, para gaze/curativo 
○ Collin – em forma de coração 
● 💡 Dica: Pinças “do coração” = delicadeza (Duval, Foerster, Collin) 
🔵 4. AFASTAMENTO = Exposição 
“Abrir o campo, manter visível” 
● Função: Afastar tecidos para visualizar o campo cirúrgico 
● Classificação: 
○ Estáticos (autofixantes): fixos, liberam as mãos da equipe 
■ Finochietto – tórax 
■ Gosset – abdome 
■ Balfour – abdome + suprapúbico 
○ Dinâmicos (manuais): precisam de assistente 
■ Farabeuf – básico, em “C” 
■ Volkmann – com garras 
■ Deaver, Válvula de Doyen – cavidades 
■ Sapata 
 
● 💡 Dica: Fixo = menos ajudante. Dinâmico = precisa de mãos! 
🟣 5. ESPECIAIS = Casos e usos específicos 
“Funções pontuais, mas importantes” 
● Principais instrumentos: 
○ Pinça colprostase – para impedir saída de fezes líquidas 
○ Pinça Backaus – fixar campos cirúrgicos 
○ Pinça Cheron – usada na antissepsia (1ª da cirurgia!) 
○ Pinça Abadie – usada em anastomoses gástricas (dupla) 
● 💡 Dica: “Cheron Chega Primeiro” → usada antes da incisão! 
 
🟤 6. SÍNTESE = Fechar com cuidado 
“Fechar a cirurgia com precisão” 
● Função: Aproximar bordas da ferida operatória 
● Instrumentos principais: 
○ Agulhas, fios, porta-agulhas 
○ Adesivos, grampos, ataduras 
● Técnicas: 
○ Pontos simples ou contínuos 
○ Nós hemostáticos 
○ Grampeadores cirúrgicos 
● 💡 Dica: Síntese = “simetria e selamento” 
 
COLOCAÇÃO DO CAMPO: 
 
PRINCÍPIOS DA ANESTESIA (PARTE 1) 
1. Histórico da Anestesia 
● Idade Média: Hipnose, álcool, coca, ópio, folhas de tabaco (retal). 
● Óxido Nitroso (NO₂): Descoberto por Humphry Davy em 1773; usado inicialmente em 
espetáculos. A Sociedade Real de Medicina de Londres proibiu seu uso. 
● Vealpeau: Cirurgião francês, achava “repugnante” evitar dor no paciente. 
● Éter Inalatório: 
○ Crawford Long (1842): Primeiro a usar, mas não publicou. 
○ William Morton (1846): Tornou famoso em cirurgia em Boston. 
● Oliver Holmes: Sugeriu os termos “anestesia” e “anestesiado”. 
2. Tipos de Anestesia 
Anestesia Geral 
Objetivo: Permitir cirurgia segura, suprimindo: 
● Consciência → Hipnose e amnésia 
● Dor → Analgesia 
● Movimento → Relaxamento muscular 
Grupos de Drogas 
1. Inalatórios 
2. Intravenosos sem BNM 
Intravenosos com BNM (bloqueadores neuromusculares) 
3. Anestésicos Inalatórios 
 
4. Intravenosos sem BNM 
● Hipnóticos: Tiopental, Midazolam, Propofol, Etomidato 
● Analgésicos: Opioides (morfina, fentanil, tramadol) 
● Hipnótico + Analgésico: Quetamina 
Drogas principais: 
● Tiopental: Dorme rápido, mas paciente pode lembrar. Evitar em cardiopatas e DPOCs. 
● Midazolam: Excelente amnésia e sedação. Pré-anestésico comum. 
● Opióides: Alta analgesia. Podem causar retenção urinária, depressão respiratória. 
● Propofol: Indução rápida. Cardioprotetor. Causa apneia, hipotensão e pode gerar 
pancreatite. 
● Etomidato: Estável hemodinamicamente. Ideal para crianças. 
● Quetamina: Hipnótico + analgésico. Anestesia dissociativa. Causa agitação e pesadelos. Bom 
para asmáticos e pacientes em choque. 
5. Intravenosos com BNM (Curares) 
Agentes despolarizantes 
● Succinilcolina (Quelicin): Ação rápida. Risco de hipertermia maligna, hipercalemia, 
bradicardia. 
Agentes não despolarizantes 
● Pancurônio: Duração longa, pode causar taquicardia/HAS. 
● Rocurônio: Bem tolerado em cardiopatas. 
Antagonistas (reversores): 
● Neostigmina + Atropina: Reverte bloqueio e evita bradicardia e secreções. 
● Meperidina: Reduz tremores da descurarização. 
6. Hipertermia Maligna (HM) 
● Causa: Reação genética (autossômica dominante) a succinilcolina e halotano. 
● Mecanismo: Liberação excessiva de Ca++ → contração muscular → aumento do 
metabolismo. 
● Quadro clínico: 
○ Rigidez muscular 
○ Febre alta 
○ Acidose metabólica 
○ Hipercalemia, rabdomiólise, mioglobinúria, insuficiência renal aguda 
● ECG: Onda T apiculada (hipercalemia) 
PRINCÍPIOS DA ANESTESIA (PARTE 2): 
Anestesia Geral 
Objetivo: Promoverperda de consciência, analgesia e paralisia muscular. Necessita de ventilação 
mecânica durante todo o procedimento. 
 
 
 
Fases: 
1. Indução: 
 
○ Pré-medicação: Midazolam VO. 
○ Pré-oxigenação com O₂ 100%. 
○ Indução: Midazolam IV + indutores IV ou inalatórios (ex: etomidato → usar opioide 
para evitar mioclonia). 
○ Bloqueio neuromuscular e intubação orotraqueal (IOT). 
 
2. Manutenção: 
○ Mantém plano anestésico-cirúrgico com: 
■ Agentes inalatórios ou 
■ Repiques de IV e bloqueadores neuromusculares (curares). 
○ Anestesia balanceada: combinação de fármacos (IV + inalatório). 
○ Anestesia venosa total: só IV. 
3. Recuperação: 
○ Transição de estado hipoadrenérgico para adrenérgico. 
○ Riscos: isquemia coronária, arritmias, elevação da PA, broncoaspiração, 
laringoespasmo. 
○ Monitorização obrigatória na RPA. 
Indução de Sequência Rápida (ISR): 
● Indicada em risco de broncoaspiração (obesos, gestantes, estenose pilórica, urgência sem 
jejum, politrauma). 
● Pré-oxigenação com O₂ 100%. 
● Indutor de ação rápida (propofol ou etomidato). 
● BNM de ação rápida (succinilcolina ou rocurônio). 
● IOT com manobra de Sellick. 
Anestesia Local 
Ação: Bloqueia canais de sódio nos neurônios → impede despolarização → inibe estímulo álgico. 
Classes: 
● Aminoamidas: lidocaína, bupivacaína, ropivacaína (metabolismo hepático). 
● Aminoésteres: procaína, tetracaína (metabolismo por colinesterase plasmática). 
Adrenalina: 
● Vasoconstrição → diminui absorção → prolonga ação e reduz sangramento. 
● Contraindicada em extremidades (dedos, pênis, nariz, orelha) → risco de necrose. 
Administração: 
● Infiltração local (sutura). 
● Bloqueio de campo (exérese de tumores). 
Efeitos colaterais: 
● Neurológicos: gosto metálico, parestesia, zumbido, convulsão. 
● Cardiovasculares: hipotensão, arritmias, PCR (ex: bupivacaína → QRS alargado). 
● Respiratórios: apneia. 
Anestesia Regional – Raquianestesia (Espinal) 
Indicação: Cirurgias abaixo do umbigo (uroginecológicas, ortopédicas de MMII). 
Técnica: 
● Injeção de anestésico local no espaço subaracnoideo (perfura dura-máter). 
● Injeção única (sem infusão contínua). 
● Ex: bupivacaína ± opioide. 
Nível do bloqueio: Ajustado com posição do paciente e dose. 
Vantagens: 
● Evita manipulação de via aérea. 
● Menor risco de delirium em idosos. 
● Permite consciência em procedimentos específicos. 
Contraindicações: 
● Recusa, coagulopatia, aumento da PIC, infecção local, hipovolemia, sepse, tatuagem no local. 
Complicações: 
● Hipotensão, bradicardia, retenção urinária. 
● PCR por extensão cefálica do anestésico. 
● Cefaleia pós-raqui: ocorre até 7 dias após; tratamento com hidratação, analgésicos e blood 
patch (injeção de sangue autólogo no espaço epidural). 
Anestesia Peridural (Epidural) 
Técnica: 
● AL injetado no espaço epidural (não perfura dura-máter). 
● Com ou sem cateter → permite infusões contínuas. 
Indicações: 
● Cirurgias prolongadas (gastrointestinais, vasculares). 
● Permite analgesia pós-operatória. 
● Deambulação precoce → menor risco de TVP e íleo. 
Complicações semelhantes à raquianestesia. 
● Cefaleia é erro técnico (perfuração acidental da dura). 
● Risco de hematoma subdural com uso de heparina → respeitar intervalo de 12h da última 
dose antes de punção ou retirada do cateter. 
Bloqueio de Nervos Periféricos 
Indicação: Cirurgias ortopédicas dos MMSS e MMII. 
Técnica: 
● Injeção de AL em nervos ou plexos específicos (ex: plexo braquial). 
● Pode usar cateter para analgesia prolongada. 
Exemplos de uso: 
● Artroscopias, cirurgias de cotovelo, punho, mão, quadril e joelho. 
Vantagens: 
● Paciente pode ficar consciente. 
● Reduz dose de anestésicos gerais. 
● Melhora a analgesia no pós-operatório. 
Sedação Consciente 
Definição: Rebaixamento leve do nível de consciência com preservação de reflexos. 
Responde a estímulos verbais ou táteis. 
Exemplo: Propofol em endoscopias ou procedimentos estéticos. 
Requisitos: Local com estrutura para suporte ventilatório, material de via aérea e RCP. 
 
🔥 QUEIMADURAS – CONCEITOS GERAIS 
● Definição: Lesão térmica, elétrica, química ou radioativa que pode atingir da epiderme até os 
ossos. 
● Grande Queimado: Paciente com queimadura grave que precisa de CETQ. 
● Queimadura de 1º grau: Excluída de SCQ (salvo extremos de idade), sem repercussão 
sistêmica ou funcional. 
📊 EPIDEMIOLOGIA 
● Mortalidade Bimodal: 
○ Fase precoce: trauma direto. 
○ Fase tardia: infecção, sepse e falência orgânica. 
● Prognóstico depende de: 
○ % SCQ 
○ Profundidade e localização 
○ Idade (pior em extremos) 
○ Doenças associadas 
🧬 ANATOMIA DA PELE 
1. Epiderme: 
○ Origem: ectodérmica 
○ 5 camadas (de baixo para cima): Basal, Espinhosa, Granulosa, Lúcida, Córnea 
2. Derme: 
○ Papilar: superficial, vascularizada 
○ Reticular: profunda, colágeno 
3. Hipoderme: tecido subcutâneo 
🩹 CLASSIFICAÇÃO POR PROFUNDIDADE 
 
🔺Escarotomia: indicada em queimaduras circunferenciais (tórax → IRR; membros → Síndrome 
compartimental) 
📐 CLASSIFICAÇÃO POR EXTENSÃO - SCQ 
● Regra dos 9 (Wallace): 
 
○ Cabeça: 9% 
○ Membro superior: 9% cada 
○ Membro inferior: 18% cada 
○ Tronco anterior: 18% 
○ Tronco posterior: 18% 
○ Genitália: 1% 
○ Palma da mão: 1% (cada mão = 2,5%) 
 
 
🚑 INDICAÇÕES DE CETQ 
● Queimaduras extensas (≥20% adulto; ≥10% criança/idoso) 
● 3º grau (qualquer extensão) 
● Face, mãos, pés, períneo, olhos, orelhas (funcional) 
● Elétricas de alta voltagem 
● Químicas importantes 
● Lesão inalatória 
● Trauma grave associado 
● Suspeita de abuso 
● Doença crônica descompensada 
⚙ FISIOPATOLOGIA (TIPOS DE AGENTES) 
1. Térmica: Escaldadura, chama, contato. 
2. Química: necrose profunda; lavar imediatamente. 
3. Elétrica: 
○ Baixa voltagem: doméstica (pode dar arritmia). 
○ Alta voltagem verdadeira: dano profundo, rabdomiólise → IRA. 
○ Flash/arco voltaico: superficial, áreas expostas. 
🚨 TRATAMENTO – ABORDAGEM ABCDE (ATLS) 
A – Via aérea 
● O2 suplementar a todos. 
● IOT: se SCQ >40%, face/pescoço, estridor, rebaixamento, edema, obstrução. 
● Remover agente agressor: roupas, joias; lavar com água morna. 
● Cuidado com gelo ❌ 
B – Ventilação 
● Gasometria, RX, O2 
● Broncoscopia: confirma lesão inalatória 
● Escarotomia torácica: se necessário 
C – Circulação 
● SCQ > 20% → reposição volêmica 
● Acesso 16G em MMSS sadio → safena → CVC 
● Diurese: ≥0,5 mL/kg/h (adulto); ≥1 mL/kg/h (criança); ≥2 mL/kg/h (inalação ou elétrica) 
● Solução: SF aquecido ou Ringer lactato 
D + E – Déficit neurológico + Exposição 
● Avaliar estado mental 
● Prevenir hipotermia 
● Expor com cuidado 
💉 TRATAMENTO LOCAL 
● Desbridamento 
● Limpeza: SF morno + clorexidina 2% 
● Curativo oclusivo (face/períneo = exposto) 
● Evita perda de calor e colonização bacteriana 
● Troca 2x/dia 
● Evitar gelo e retirada agressiva de bolhas (ainda controverso) 
 
 
	🏥 AMBIENTE CIRÚRGICO (Centro Cirúrgico - CC) 
	🔹 Definição 
	🔹 Objetivos do ambiente 
	🔹 Características do CC 
	🟩 COMPOSIÇÃO DO CENTRO CIRÚRGICO 
	✅ 1. Zona Irrestrita – Área de Proteção 
	🟨 2. Zona Semi-restrita – Área Limpa 
	🔴 3. Zona Restrita – Circulação restrita 
	🏥 SALA OPERATÓRIA 
	🔹 1. Potencial de Contaminação: Baixo 
	✅ Ações principais (essenciais e indiscutíveis): 
	 
	 
	 
	 
	⚠️ Ações secundárias (controversas e com baixo efeito protetor): 
	🔹 2. Circulação de Pessoas: Deve ser reduzida 
	💡 Em hospitais escola: 
	🚫 Regras de circulação: 
	🔹 3. Campo Cirúrgico – Definição 
	🧼 LAVAGEM DAS MÃOS E ANTEBRAÇOS (Degermação Cirúrgica) 
	🔹 DEFINIÇÃO 
	🎯 FINALIDADE 
	👩‍⚕️ RESPONSABILIDADE 
	🧪 INSUMOS NECESSÁRIOS 
	📌 INDICAÇÕES 
	🧽 TÉCNICAS 
	 
	 
	🩸 FLORA MICROBIANA DA PELE 
	🪒 RESUMO – DEGERMAÇÃO 
	🧻 SECAGEM DAS MÃOS 
	📋 LEMBRETES IMPORTANTES 
	 
	 
	 
	 
	🧥 PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA 
	🎯 Finalidade 
	🔹 TIPOS DE PARAMENTAÇÃO 
	🩺 AVENTAL/CAPOTE CIRÚRGICO 
	✅ Função 
	📌 Características 
	👕 Técnica para vestir o capote 
	🧤 LUVAS ESTÉREIS 
	🧼 Regras básicas 
	✋ Técnica paracalçar luvas 
	🔁 Técnica para remover as luvas 
	✅ Recomendações importantes 
	✅ RESUMINDO 
	Limpeza do Sítio Cirúrgico 
	 
	 
	 
	 
	Tipos de Microbiota 
	Banho Antisséptico Pré-Operatório 
	Tricotomia (remoção dos pelos) 
	Nota Importante: 
	 
	 
	 
	🧴 Preparo da Pele (campo operatório) — Sempre em 2 tempos 
	🧪 Soluções usadas na Antissepsia 
	🌟 Vanguarda: Steri-Drape (3M) 
	✂️ Exemplos: 
	⚙️ Mecanismo de ação do Steri-Drape 
	 
	 
	 
	Preparo da Pele (campo a ser operado) 
	Soluções utilizadas na antissepsia: 
	Novidade: Steri-Drape (3M) 
	Exemplos: 
	Mecanismo de ação do Steri-Drape 
	Antibioticoprofilaxia 
	Classificações Cirúrgicas segundo Ferida Operatória 
	1. Cirurgias Limpas 
	2. Cirurgias Potencialmente Contaminadas (Limpa-contaminada) 
	3. Cirurgias Contaminadas 
	4. Cirurgias Infectadas 
	1. Posicionamento do paciente 
	2. Delimitação do campo operatório 
	3. Incisões cirúrgicas 
	Sufixos usados: 
	Incisões cirúrgicas mais comuns: 
	🟢 1. DIÉRESE = Corte / Acesso 
	🔴 2. HEMOSTASIA = Estancar sangramento 
	🟡 3. PREENSÃO = Segurar órgãos/tecidos 
	🔵 4. AFASTAMENTO = Exposição 
	🟣 5. ESPECIAIS = Casos e usos específicos 
	 
	🟤 6. SÍNTESE = Fechar com cuidado 
	1. Histórico da Anestesia 
	2. Tipos de Anestesia 
	Anestesia Geral 
	Grupos de Drogas 
	3. Anestésicos Inalatórios 
	4. Intravenosos sem BNM 
	Drogas principais: 
	5. Intravenosos com BNM (Curares) 
	Agentes despolarizantes 
	Agentes não despolarizantes 
	6. Hipertermia Maligna (HM) 
	Anestesia Local 
	Anestesia Regional – Raquianestesia (Espinal) 
	Anestesia Peridural (Epidural) 
	Bloqueio de Nervos Periféricos 
	Sedação Consciente 
	🔥 QUEIMADURAS – CONCEITOS GERAIS 
	📊 EPIDEMIOLOGIA 
	🧬 ANATOMIA DA PELE 
	🩹 CLASSIFICAÇÃO POR PROFUNDIDADE 
	📐 CLASSIFICAÇÃO POR EXTENSÃO - SCQ 
	 
	🚑 INDICAÇÕES DE CETQ 
	⚙️ FISIOPATOLOGIA (TIPOS DE AGENTES) 
	🚨 TRATAMENTO – ABORDAGEM ABCDE (ATLS) 
	A – Via aérea 
	B – Ventilação 
	C – Circulação 
	D + E – Déficit neurológico + Exposição 
	💉 TRATAMENTO LOCAL

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