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Gestão e Organização do Processo de Trabalho na Atenção Básica (AB) 
● Atenção Básica (AB) é o primeiro nível de atenção em saúde. 
 Ela atua tanto individualmente quanto coletivamente, com ações que envolvem: 
 
○ Promoção e proteção da saúde; 
○ Prevenção de doenças e agravos; 
○ Diagnóstico e tratamento; 
○ Reabilitação; 
○ Redução de danos; 
○ Manutenção da saúde. 
 👉 O objetivo principal é oferecer atenção integral para melhorar a saúde da 
população. 
 
Funções da Estratégia Saúde da Família (ESF) 
● A ESF é responsável por organizar e prestar o cuidado na AB, com foco no território sob 
sua responsabilidade. 
● Uma das suas funções principais é realizar visitas domiciliares (VD) a: 
○ Pacientes acamados; 
○ Pessoas com dificuldade de locomoção até a UBS. 
 
Visita Domiciliar (VD) 
● A VD é uma ferramenta importante da ESF, utilizada para: 
○ Compreender o processo saúde-doença; 
○ Planejar ações de cuidado e promoção da saúde; 
○ Conhecer as condições de vida das famílias atendidas. 
● Características da VD: 
 
○ Utiliza tecnologia leve (relacionamento, escuta, vínculo); 
○ Torna o cuidado mais humano e acolhedor; 
○ Cria laços de confiança entre profissionais, usuários e suas famílias; 
○ Amplia o acesso da população aos serviços de saúde. 
 
 
 
 
 
✅ 2.1 – O Processo de Trabalho no SUS 
● Conceito: Trabalho como prática social e histórica, voltado para atender às 
necessidades humanas — individuais e coletivas. 
● Objetivo: Aprimorar habilidades profissionais para atender às demandas reais do 
sistema de saúde. 
● Gestão do Trabalho: 
 
○ Macropolítica: visão administrativa tradicional (controle, comando). 
○ Micropolítica: protagonismo do trabalhador na gestão do seu próprio trabalho 
— todo profissional é gestor de sua prática. 
 
✅ 2.2 – O Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF) 
📌 PNAB (Política Nacional da Atenção Básica) 
● Define diretrizes e princípios da Atenção Básica (AB) e da ESF. 
● A ESF é a porta de entrada do SUS e pilar da AB. 
👥 Composição mínima da Equipe de Saúde da Família (eSF): 
● 1 médico(a); 
● 1 enfermeiro(a); 
● 1 técnico(a) de enfermagem; 
● 4 a 6 agentes comunitários de saúde (ACS). 
🔁 Modelos especiais: 
● ESFR (Ribeirinhas) – para áreas de difícil acesso fluvial. 
● ESFF (Fluviais) – atendimento em unidades fluviais (USFF) para Amazônia Legal e 
Pantanal Sul. 
 
🧭 Fundamentos e Diretrizes da ESF segundo a PNAB 
1. Territorialidade 
 
○ Atuação em territórios definidos pelos gestores. 
○ Conhecimento da cartografia local é essencial. 
○ Fortalecimento dos vínculos e da resolutividade com a comunidade. 
 
2. Adscrição dos Usuários 
 
○ Cada equipe cuida de até 4.000 pessoas (recomendado: 3.000). 
○ Divisão em microáreas (máx. 750 pessoas por ACS). 
○ Quanto maior a vulnerabilidade, menor o número de pessoas por equipe. 
 
3. Equipe Multiprofissional 
 
○ Composta por médico, enfermeiro, técnico de enfermagem, ACS. 
○ Pode incluir: dentista, ASB, TSB, entre outros. 
 
4. Integralidade e Hierarquização 
 
○ Ações de promoção, prevenção e cuidado integradas com a realidade social. 
○ Encaminhamentos para outros níveis da Rede de Atenção à Saúde (RAS). 
 
5. Participação dos Usuários 
 
○ Usuários devem participar ativamente da construção das ações de saúde. 
○ Busca-se a autonomia e a corresponsabilização. 
 
🧰 Tecnologias Utilizadas na ESF 
● Leves: relacionamento, vínculo, escuta qualificada. 
● Leve-duras: prontuários, protocolos, estrutura mínima para a clínica. 
● Prioriza-se o trabalho vivo, com foco no projeto terapêutico individual e coletivo. 
 
🔍 Conhecimento do Território 
● Cadastro das famílias e microáreas; 
● Coleta de dados na Ficha A (SIAB) e criação do prontuário familiar; 
● O prontuário alimenta os sistemas: SISAB (novo) ou SIAB (antigo). 
 
 
 
 
📂 Funções do Médico na ESF 
1. Atender à população da área adscrita. 
2. Realizar consultas, procedimentos e atividades em grupo na UBS ou no domicílio. 
3. Atuar em ações programadas e atendimento de demanda espontânea. 
4. Fazer encaminhamentos dentro da RAS, mantendo o acompanhamento do usuário. 
5. Indicar internações e acompanhar o plano terapêutico. 
6. Participar da educação permanente da equipe. 
7. Contribuir na gestão de insumos da UBS. 
 
🧠 TEMA 2: Tecnologias de Gestão Clínica 
🎯 Objetivo: 
Aprimorar a organização do processo de trabalho na Atenção Primária, com foco em: 
● Qualidade do cuidado 
● Eficiência no atendimento 
● Equidade no acesso 
● Redução de agravos à saúde 
 
📊 INDICADORES E FERRAMENTAS IMPORTANTES 
1. Pressão Assistencial 
● Fórmula: 
 📌 Nº de consultas no período / Nº de dias trabalhados 
 
● Reflete a intensidade da demanda sobre os profissionais. 
 
2. Frequentação 
● Fórmula: 
 📌 Nº de consultas no período / Nº de habitantes da área 
 
● Ajuda a medir a procura da população pelos serviços da UBS. 
 
3. Lista de Pacientes 
● Base da longitudinalidade e do vínculo. 
● Agendamento pode seguir: 
 
○ Critério cronológico 
○ Avaliação clínica/urgência 
 
● É por essa lista que se organiza o cuidado continuado e se planejam ações. 
 
4. Estratificação de Risco e Vulnerabilidade 
● Avaliação contínua das condições biológicas, sociais e subjetivas. 
● Permite priorizar os atendimentos (não agudo x agudo). 
● Ferramentas usadas: 
 
○ Escala de Coelho & Savassi (risco familiar) 
○ Instrumentos de abordagem familiar (genograma, ecomapa etc.) 
 
🔍 ESCALA DE COELHO & SAVASSI (Risco Familiar) 
 
● Atualização periódica 
 
● Direciona visitas domiciliares 
 
● Ajuda a priorizar recursos para as microáreas mais vulneráveis 
 
⚙ TECNOLOGIAS DE GESTÃO CLÍNICA NA PRÁTICA 
1. Gestão da Agenda 
● Consultas individuais 
● Grupos 
● Visitas domiciliares 
● Demandas agendadas / espontâneas 
● Tarefas administrativas 
2. Distribuição dos Atendimentos Esperada 
 
3. Manejo do Paciente Hiperfrequentador 
Passos: 
1. Identificação 
2. Exploração (buscar causas) 
3. Negociação 
4. Aceitação 
5. Estabelecimento de prioridades de cuidado 
 
4. Avaliação da Rede de Saúde 
● Entender a função dos diferentes pontos de atenção. 
● Otimizar fluxo de encaminhamentos. 
● Fortalecer a coordenação do cuidado. 
 
 
 
5. Relacionamento com o Gestor 
● Comunicação clara e colaborativa. 
● Busca por apoio institucional nas decisões clínicas e organizacionais. 
 
6. Gestão de Resultados de Exames 
● Garantir que sejam vistos, interpretados e acompanhados. 
● Integrar ao plano terapêutico do paciente. 
 
7. Uso dos Sistemas de Informação do SUS 
● Exemplos: e-SUS AB, SISAB 
● Finalidade: 
 
○ Avaliar indicadores 
○ Monitorar ações 
○ Fazer planejamento em saúde 
🟢 Redes de Atenção à Saúde (RAS) 
🔹 Definição (Portaria 4.279/2010): 
 Arranjos organizativos de ações e serviços de diferentes densidades tecnológicas, articulados 
para garantir a integralidade do cuidado. 
🔹 Objetivo: 
 Garantir acesso, integralidade, continuidade e resolubilidade da atenção nos diferentes níveis 
(primário, secundário, terciário). 
🔹 Componentes das RAS: 
1. Centro de comunicação: Atenção Primária à Saúde (APS) 
2. Pontos de atenção: UBS, hospitais, pronto-socorro etc. 
3. Sistemas de apoio: Diagnóstico, terapêutico, farmacêutico, teleassistência 
4. Sistemas logísticos: Regulação, transporte, prontuário eletrônico 
5. Governança: Coordenação e gestão da rede 
 
 
 
🔹 Redes Temáticas: 
● Rede Cegonha 
● Rede de Urgência e Emergência (RUE) 
● Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) 
● Rede da Pessoa com Deficiência 
● Rede das Doenças Crônicas 
🔹 Características Principais (6): 
1. Relações horizontais entre os pontos de atenção 
2. APS como ordenadora do cuidado e principal porta de entrada 
3. Planejamento com base nas necessidades da população adscrita 
4. Atenção contínua e integral 
5. Cuidado multiprofissional 
6. Compromisso com resultados sanitários e econômicos 
 
🟡 APS e sua relação com as RAS 
● A APS coordena o cuidado, mantendo o vínculo com o usuário.● Atua em todos os níveis: promoção, prevenção, tratamento e reabilitação. 
● É o ponto inicial e organizador do acesso a outros níveis de atenção. 
 
🟠 PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da 
Atenção Básica) 
📌 Objetivo principal: 
 Melhorar o acesso e a qualidade da Atenção Básica com avaliação, indução de boas 
práticas e repasse de recursos. 
🔸 Foco: 
● Avaliação do desempenho das UBS 
● Transparência e controle social 
● Gestão baseada em resultados 
● Incentivo financeiro por desempenho 
 
 
 
🔸 Eixos: 
1. Avaliação externa 
2. Autoavaliação 
3. Monitoramento 
4. Apoio institucional 
5. Educação permanente 
 
🔵 PDAPS (Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde) 
📌 Finalidade: 
 Fortalecer a APS com planejamento, organização e monitoramento das ações, através de 
oficinas com profissionais e gestores. 
🔸 Envolve: 
● Participação dos profissionais e da gestão 
● Melhoria dos indicadores de saúde 
● Oficinas educativas em municípios e microrregiões 
 
🟣 Escada Analgésica da OMS (Tratamento da dor) 
🔹 1º Degrau (Dor leve – EVN 1-3): 
 Analgésicos simples: dipirona, paracetamol, AINH 
🔹 2º Degrau (Dor moderada – EVN 4-6): 
 Opioides fracos + analgésicos simples: codeína, tramadol 
🔹 3º Degrau (Dor intensa – EVN 7-10): 
 Opióides fortes: morfina, fentanil 
 (associados ou não a analgésicos simples) 
📌 Adjuvantes (usados em qualquer degrau): 
 Antidepressivos, anticonvulsivantes, corticoides, benzodiazepínicos 
 
 
 
🔴 Dor na APS 
📌 Definição (IASP): 
 Experiência sensorial e emocional desagradável associada ou semelhante a um dano real ou 
potencial. 
📌 Avaliação da dor: 
 Deve ser sistematizada – considerar o decálogo semiológico da dor, usando a sigla 
ILICIDPFFF: 
● I – Início 
● L – Localização 
● I – Irradiação 
● C – Característica 
● I – Intensidade 
● D – Duração 
● P – Piora com 
● F – Fatores que aliviam 
● F – Fatores associados 
● F – Frequência 
🟩 Sistemas de Informação em Saúde (SIS) no SUS 
🔹 Definição: 
 Conjunto organizado de coleta, processamento, análise e disseminação de dados de saúde, 
visando à tomada de decisões e ao planejamento em saúde. 
🔹 Finalidade: 
● Acompanhar problemas de saúde da população 
 
● Planejar e avaliar ações e serviços de saúde 
 
● Fornecer base para tomada de decisão nos níveis municipal, estadual e federal 
 
🔹 Características operacionais dos SIS: 
● Fluxo padronizado de coleta, registro e guarda de dados 
 
● Processos sistematizados para transformar dados em informação útil 
 
● Gerenciados e organizados pelo DATASUS (Departamento de Informática do SUS) 
 
🔹 Marco histórico no Brasil: 
 Institucionalização do uso padronizado da Declaração de Óbito (DO) nos anos 1970. 
 
🗂 Principais Sistemas de Informação em Saúde do SUS: 
 
 
🟨 Indicadores Epidemiológicos 
📊 Incidência 
● Definição: 
 Número de casos novos de uma doença em uma população exposta, durante um 
intervalo de tempo específico. 
● Fórmula: 
 Incidência = (número de casos novos) ÷ (população em risco) 
● Importância: 
 ▶ Avalia tendência de aumento ou redução de uma condição. 
 ▶ Reflete o risco de uma pessoa da população vir a adoecer. 
● Exemplo prático: 
 Se em uma cidade com 10.000 pessoas, 100 desenvolverem dengue em um mês → 
Incidência mensal = 100/10.000 = 1% 
 
⏳ Período de Incubação 
● Definição: 
 Tempo entre a exposição/infeção e o aparecimento dos primeiros sintomas da 
doença. 
● Importância clínica: 
 ▶ Ajuda a identificar contatos e aplicar medidas de prevenção (isolamento, 
quarentena). 
 ▶ Fundamental para rastreio de surtos. 
 
🔁 Período de Transmissão 
● Definição: 
 Tempo durante o qual uma pessoa infectada pode transmitir a doença para outros. 
● Diferente de: 
 ▶ Período de incubação: ainda não há sintomas. 
 ▶ Período de latência: tempo entre a infecção e a capacidade de transmissão (nem 
sempre coincide com incubação). 
🧠 O que é Epidemiologia? 
📌 Definição: 
 Ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades, analisando distribuição, 
determinantes e impacto das doenças na população. 
🔹 Foco: 
● Compreender quem adoece, onde, quando e por quê. 
 
● Subsidiar prevenção, controle e planejamento em saúde. 
 
🔹 Base interdisciplinar: 
● Estatística (análise de dados) 
 
● Ciências Biológicas (agentes, hospedeiros, transmissão) 
 
● Ciências Sociais (contextos socioeconômicos e culturais) 
 
 
🎯 Objetivos da Epidemiologia 
1. 📊 Descrever condições de saúde da população 
 ▶ Exemplo: indicadores como taxa de mortalidade, incidência, prevalência. 
 
2. 🔍 Investigar fatores determinantes da situação de saúde 
 ▶ Exemplo: fatores de risco, agentes etiológicos. 
 
3. 📈 Avaliar o impacto das ações em saúde 
 ▶ Exemplo: avaliar se o saneamento reduziu casos de verminose. 
 
 
📑 Informações Epidemiológicas no Planejamento 
🔹 Informação = dado processado e interpretado 
 🔹 Base da tríade da Vigilância Epidemiológica: 
Informação → Decisão → Ação 
🟡 Boas informações devem ser: 
● Oportunas (chegam no tempo certo) 
 
● Atuais 
 
● Disponíveis 
 
● Cobertas (abrangem a população corretamente) 
 
🔹 A informação: 
● Orienta políticas públicas e modelos de atenção 
 
● Apoia o planejamento e avaliação das ações de saúde 
 
● Pode vir de outros setores, além da saúde (ex: IBGE) 
 
 
🔢 Variáveis Epidemiológicas 
📌 Variável: característica observável que varia entre indivíduos, lugares ou momentos. 
 
🔁 Classificação das Variáveis Epidemiológicas 
 
👉 Quantitativas se subdividem em: 
● Discretas: números inteiros (ex: número de filhos, partos) 
 
● Contínuas: qualquer valor dentro de intervalo (ex: altura, idade) 
 
🧩 Aplicações da Epidemiologia na Prática 
🔹 Epidemiologia Clínica → aplicada no diagnóstico, prognóstico, condutas médicas. 
🔹 Epidemiologia de Campo → investiga surtos em tempo real. 
🔹 Epidemiologia Nutricional → estuda fatores dietéticos e seus efeitos. 
🔹 Epidemiologia Descritiva → descreve a distribuição das doenças. 
🔹 Epidemiologia Investigativa → busca causas e determinantes. 
 
 
 
 
 
✅ 1. O que são Indicadores de Saúde? 
São medidas-síntese que ajudam a quantificar, avaliar e monitorar: 
● O estado de saúde da população; 
● O desempenho dos serviços de saúde; 
● As ações de vigilância e controle de doenças. 
➡ Exemplo: taxa de mortalidade, taxa de vacinação, esperança de vida ao nascer. 
 
✅ 2. Para que servem os Indicadores? 
● Avaliar a situação sanitária de uma população; 
● Ajudar na tomada de decisões em saúde pública; 
● Subsidiar o planejamento e a gestão do SUS. 
 
✅ 3. Histórico 
● Na década de 1950, a OMS tentou criar um índice único para medir o nível de vida, mas 
concluiu que era impossível. 
● Resultado: sugeriu avaliar separadamente 12 itens, como saúde, nutrição, educação, 
moradia etc. 
 
✅ 4. RIPSA – Rede Interagencial de Informações para a 
Saúde 
📌 Criada no Brasil em 1996 com apoio da OPAS. 
Objetivo: articular instituições e sistemas para organizar e divulgar dados de saúde, facilitando 
o uso de informações qualificadas na gestão do SUS. 
 
 
✅ 5. Tipos de Indicadores da RIPSA 
 
✅ 6. Análise de Situação de Saúde (Asis) 
📌 Conceito da OPAS: processo que caracteriza, mede e explica o perfil saúde-doença de 
uma população. 
Objetivo principal: apoiar decisões em saúde coletiva com base em evidências. 
Para que serve a Asis? 
● Identificar necessidades e prioridades em saúde; 
● Planejar ações e programas adequados; 
● Avaliar resultados e impactos; 
● Apoiar o controle social (acesso da comunidade às informações). 
 
🎯 A Asis é um instrumento da saúde coletiva baseada em evidências, que retroalimenta 
o sistema de saúde, orientando ação, análise, conhecimento e decisão em um ciclo 
contínuo. 
 
 
 
🧪 Variáveis Epidemiológicas: Mortalidade e Letalidade 
⚰ Coeficiente de Mortalidade 
● Mede a frequência de óbitos em uma população. 
● Fórmula geral: 
 
🔹 Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) 
● Todos os óbitos, por todasas causas, em uma área e ano. 
 
● Usado para comparações gerais entre populações ou períodos. 
 
🔹 Coeficientes de Mortalidade Específica (CME) 
● Segmentam os óbitos por: 
 
○ Idade (ex: infantil) 
 
○ Sexo 
 
○ Causa 
 
○ Local 
 
○ Condições específicas (ex: materna) 
 
👶 Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) 
● Fórmula: 
 
 
● Neonatal (para sua vida, com uma entrevista focada na pessoa. O uso das 
competências comunicacionais, neste momento, tem como objetivos obter a perspectiva da 
pessoa e demonstrar empatia. A ideia é que o profissional de saúde “entre no mundo do outro” 
e permita ao paciente explicar o problema com suas próprias palavras, buscando entender seu 
ponto de vista e o significado e a importância das queixas na sua vida, assim como as suas 
expectativas de cuidado. É importante procurar entender a sensação de vivência individual do 
sofrimento, contextualizando no seu universo familiar, cultural e social. Perguntas como “Quais 
são suas preocupações?” são estratégias eficazes para abordar os medos do paciente. Além 
disso, é importante avaliar riscos, fazer uma identificação precoce de doenças e avaliar 
complicações, se adequado. Deve-se procurar encontrar os significados do sofrimento do 
paciente relacionando à sua história de vida. O profissional precisa estar atento para não 
priorizar a agenda do médico (problemas para o médico), em vez da agenda do paciente 
(problemas para a pessoa). Cabe salientar que é nessa fase que se deve avaliar a experiência 
da doença (illness) da pessoa, os sentimentos, as ideias, as expectativas e os medos do 
paciente, mas também obter todas as informações necessárias sobre a doença (disease) para 
estabelecer um correto diagnóstico clínico. Essa etapa da entrevista busca respostas para 
questões específicas baseadas em hipóteses que o profissional de saúde colocou a partir da 
narrativa anterior do paciente. Pode-se iniciar com perguntas abertas ou pelo resumo do que o 
paciente já referiu sobre o sintoma, para posteriormente recorrer a perguntas fechadas ou 
perguntas em catálogo. As perguntas em catálogo dão uma série de possibilidades de 
respostas ao paciente. Exemplos: “É a primeira vez que a menstruação atrasa?”. (Pergunta 
fechada) “Compreendo. E como era a menstruação antes de 1 ano?”. (Pergunta fechada) 
“Notou algum enjoo, vômito ou sensação de desmaio junto com esse atraso?”. (Pergunta em 
catálogo) Após caracterizar os sintomas atuais, o profissional de saúde passa a obter 
informações sobre história clínica passada, história clínica familiar e história psicossocial. Outro 
pilar dessa fase da entrevista é a empatia. A empatia se caracteriza por um estado emocional 
do entrevistador que permite detectar as emoções em seu interlocutor (primeiro momento da 
empatia) e como consequência consegue evidenciar que percebeu essa emoção (segundo 
momento da empatia), seja em nível verbal ou não verbal. A resposta empática permite que o 
paciente se sinta ouvido, compreendido, tranquilizado e não julgado/criticado, encorajando-o na 
partilha da informação. Esta é uma parte desafiadora da entrevista, pois os profissionais são 
treinados para buscar informações focadas na doença e para usar, na maioria das vezes, 
perguntas fechadas. As técnicas de entrevista mais utilizadas nessa fase da entrevista são: 
técnica de comunicação não verbal, perguntas abertas, encorajamento verbal curto, reflexões 
em espelho, silêncios, seguimento de pistas verbais, paráfrases, sumários, linguagem positiva 
e escuta ativa. GUIA DE HABILIDADES PROCESSUAIS E COMUNICAÇÃO DE CALGARY 
CAMBRIDGE O Guia de Habilidades Processuais de Comunicação de Calgary-Cambridge 
divide o espaço da consulta em cinco tarefas sequenciais e duas longitudinais: Início da 
consulta: Nesta tarefa, são enfocadas habilidades que concernem à preparação para a 
consulta, com o término de tarefas anteriores para focar na nova consulta e atenção para o 
conforto pessoal; o estabelecimento de uma relação inicial, levando em conta a forma como 
cumprimenta a pessoa, se apresenta e demonstra interesse no conforto dela; e a identificação 
dos motivos da consulta, com perguntas iniciais abertas, escuta ativa e negociação da agenda 
daquele encontro. Coleta de informações: Nesta etapa, ocorre a exploração dos problemas do 
paciente, considerando a perspectiva tanto biomédica quanto a da pessoa atendida, 
utilizando-se de narrativas de sua parte, buscando suas ideias, preocupações, expectativas e 
efeitos em sua funcionalidade, uso de perguntas abertas e fechamento progressivo delas, 
respostas que facilitem que a pessoa continue seu relato, clarificação de frases que possam 
deixar dúvidas, resumos parciais do relato e uso de linguagem acessível e concisa, evitando 
jargões. Explicação e planejamento: Este momento inicial da conclusão da consulta utiliza 
habilidades como o provimento de quantidades e tipos corretos de informação, separadas em 
“porções” pequenas; checa o entendimento da pessoa, questiona o conhecimento prévio de 
sua situação; usa técnicas para facilitar que a pessoa se lembre do que foi discutido, como 
repetições e resumos; usa métodos visuais; alcança um entendimento conjunto; relaciona a 
explicação ao contexto e forma de entendimento da pessoa acerca do problema; encoraja o 
saneamento de dúvidas; realiza um planejamento conjunto, envolvendo a pessoa, discutindo 
opções terapêuticas; negocia um plano e checa a aceitabilidade deste. Encerramento da 
consulta: O encontro é finalizado por meio do acordo de planejamento futuro, como retornos, o 
que fazer caso algo não vá como esperado, além do uso de resumos gerais que implicam todo 
o encontro e da verificação se a pessoa está de acordo e confortável com o plano acordado. 
Construção da relação: É uma das etapas longitudinais em que são importantes habilidades 
como o uso de linguagem não verbal adequada, observando seu uso por parte da pessoa 
atendida, uso de atitudes relacionais, como empatia, aceitação sem julgamento das 
percepções da pessoa, além do envolvimento da pessoa no processo de cuidado, como 
partilhar pensamentos, explicar a linha de raciocínio utilizada e as etapas do exame físico. 
Provimento de estrutura: Durante toda a consulta, é importante estabelecer uma estrutura que 
evidencie a organização das etapas e do ritmo de consulta, utilizando-se resumos de cada 
questão discutida e sinalizações que demonstrem a progressão da consulta, além de manter 
uma sequência clara das etapas consecutivas. A CONSULTA EM 7 PASSOS O guia contido 
no livro de mesmo nome foi publicado em Lisboa, Portugal, em 2008 pelo médico de família 
Vitor Ramos. Entende-se como um guia ou estrutura para balizar a realização de consultas por 
médicos de família. No entanto, se diz “uma proposta de trabalho”, na qual o profissional pode 
colocar características e aprendizados pessoais em sua prática. Foi criado inicialmente pela 
equipe do Centro de Saúde de Cascais, sendo que diversos médicos de família, internos e 
residentes de Medicina de Família e Comunidade, ligados à Escola Nacional de Saúde Pública 
da Universidade Nova de Lisboa, contribuiriam com suas visões. Divide a consulta em três 
fases e em sete passos dentro dessas fases. A primeira fase, chamada fase inicial, 
corresponde à preparação e aos primeiros minutos da consulta. A segunda, a fase intermédia, 
abrange as etapas de exploração, avaliação e planejamento. A última, a fase final, se ocupa do 
encerramento e da reflexão final. A seguir, cada um dos passos é descrito. Preparação: 
Momento primordial da consulta, quando o médico que vai iniciar o atendimento observa se 
três aspectos importantes estão adequados - o consultório, os dados anteriores da pessoa a 
ser atendida e a sua própria condição pessoal. Avalia o registro anterior da pessoa, sua lista de 
problemas e últimos planos de cuidado, a fim de relembrar de quem se trata e observar se 
havia deixado alguma anotação ou plano para este novo encontro. Além disso, checa 
condições do consultório, como limpeza, organização e presença de materiais adequados ao 
próximo atendimento. Por fim, faz uma autoavaliação para saber o quão apto está para este 
novo encontro, como necessidades fisiológicas, estado emocional, problemas pessoais. Já que 
a interação é chave para o cuidado na atenção primária, as condições pessoais do médico 
devem, portanto,ser observadas. Os primeiros minutos - No início da consulta, atenta-se para 
aspectos como a forma como o médico chama seu paciente, como o recebe em seu 
consultório, a forma como o cumprimenta. Observam-se também facetas de comunicação, 
como expressões corporais, tom de voz e primeiras frases. Neste momento, o profissional deve 
fazer a escuta inicial da pessoa atendida, utilizando perguntas abertas para poder entender as 
demandas trazidas, eventuais demandas ocultas e pactuar quais questões serão abordadas 
neste encontro (delimitação de agenda da consulta) por meio de um resumo que clarifique esta 
primeira etapa da conversa. Exploração: Realiza-se a anamnese, o exame objetivo e a 
contextualização dos problemas. Esta anamnese leva em conta o aspecto tanto biomédico 
quanto da experiência pessoal com a doença, que inclui sentimentos, expectativas, 
explicações, impactos na funcionalidade da pessoa. Unida a um exame físico focado nos 
problemas e hipóteses consideradas, permite ao médico formar avaliações adequadas ao 
cuidado. Avaliação: Na avaliação da situação de saúde, realiza-se um diagnóstico o mais 
preciso possível dos problemas apresentados, considerando aspectos de prognóstico e 
devolvendo à pessoa uma explicação adequada. Nessa explicação, o médico deve levar em 
conta a linguagem utilizada, de forma que permita ao paciente entender que é uma explicação 
do problema que trouxe. Para o prognóstico, cabe fazer um breve resumo com a pessoa de 
pontos negativos, positivos e fatores de proteção e de risco para cada um dos problemas, a fim 
de preparar para a realização dos planos, abordados no Passo 5. Plano: Na realização dos 
planos de cuidado, é importante explicá-los à pessoa, justificandoos com base nas avaliações e 
prognósticos. Além disso, é primordial acordar com a pessoa quais deles são passíveis de ser 
realizados e aceitáveis, e quais precisam de adaptações. Encerramento: Verifica-se se ficou 
alguma dúvida, se os acordos foram entendidos e se a pessoa entendeu que seu problema foi 
encaminhado satisfatoriamente. Por fim, é importante encerrar formalmente a consulta, 
indicando verbalmente este momento por meio de olhar ou cumprimento. Reflexão e notas 
finais: Dedica-se ao momento imediatamente posterior ao término do encontro. Aqui cabe 
encerrar o registro adequado, seguindo o Registro Clínico Orientado a Problemas, pensar em 
pontos positivos e negativos da consulta e registrar notas prospectivas importantes para a 
continuidade do cuidado. “MAAS GLOBAL 2000” Esse instrumento, atualizado em 2000, foi 
criado por Jacques van Thiel e Paul Ram, médicos de família do Departamento de Medicina de 
Família da Universidade de Maastricht, Holanda, e Jan van Dalen, psicólogo do Laboratório de 
Habilidades da mesma universidade. Usado no ensino de Medicina de Família da universidade 
desde 1992, seu nome deriva da sigla em holandês para Escore de Retirada de História e 
Aconselhamento de Maastricht, em tradução livre. Passou por diversas revisões até a versão 
de 2000. Seu uso foi validado para ensino nos três níveis: graduação, residência médica e 
educação profissional continuada. Divide a avaliação da consulta em 17 itens, subdivididos em 
três seções: habilidades de comunicação para cada fase separada; habilidades de 
comunicação gerais e aspectos médicos; e uma parte subsequente para outros feedbacks. 
Cada um dos itens deve ser avaliado com pontuação de 0 (ausente) a 6 (excelente). Alguns 
itens podem ser avaliados como “n.a.” quando não forem aplicáveis. As duas primeiras sessões 
têm subitens, que devem ser avaliados individualmente para compor a nota do item. 
Habilidades de comunicação para cada fase separada = Nesta seção, são avaliadas 
habilidades que definem cada passo da consulta. Essa avaliação prevê que as etapas estejam 
minimamente presentes, cabendo a avaliação da forma para a segunda seção e do conteúdo 
para a terceira. Os itens de 1 a 7 são definidos por: introdução, consulta de seguimento, pedido 
de ajuda, exame físico, diagnóstico, manejo e avaliação da consulta. São avaliadas nos 
subitens habilidades como: dar espaço para o paciente falar, questionar a razão da consulta, 
nomear queixas anteriores, questionar aderência a planos prévios, nomear demandas que 
trouxeram à consulta e por que veio neste momento, explicar o que vai ocorrer no exame físico, 
nomear achados e principais hipóteses, discutir alternativas terapêuticas e a factibilidade delas, 
questionar a opinião do paciente sobre a consulta e checar se a demanda foi atendida. 
Habilidades de comunicação gerais = A seção seguinte avalia a forma como são aplicadas 
algumas habilidades de comunicação, que são entendidas como importantes e que podem 
ocorrer em diversas etapas da consulta. Os itens de 8 a 13 são os seguintes: exploração, 
emoções, fornecimento de informações, resumos, estruturação e empatia. São caracterizadas 
pela avaliação de: explorar a perspectiva do paciente sobre as informações dadas, responder a 
dicas não verbais, questionar sentimentos, refleti-los de forma adequada tanto em sua natureza 
quanto em intensidade, dar informações em pequenas porções e em linguagem acessível, 
realizar resumos com suas próprias palavras e checar entendimento, sequência lógica de 
passos da consulta, com balanceamento de tempo adequado entre os passos, expressão de 
empatia em respostas verbais e atitudes não verbais. Aspectos médicos = A última seção 
avalia o conteúdo médico das habilidades de comunicação utilizadas. Deve ser avaliada tendo 
em mente protocolos estabelecidos para determinadas doenças e, quando não for este o caso, 
utilizando a melhor evidência existente. Os itens de 14 a 17 são os de anamnese, exame físico, 
diagnóstico e manejo. A ausência de subitens se deve à especificidade de cada consulta e ao 
fato de que alguns momentos da consulta não são firmemente ancorados em evidências. 
	Gestão e Organização do Processo de Trabalho na Atenção Básica (AB) 
	Funções da Estratégia Saúde da Família (ESF) 
	Visita Domiciliar (VD) 
	✅ 2.1 – O Processo de Trabalho no SUS 
	✅ 2.2 – O Processo de Trabalho na Estratégia Saúde da Família (ESF) 
	📌 PNAB (Política Nacional da Atenção Básica) 
	👥 Composição mínima da Equipe de Saúde da Família (eSF): 
	🧭 Fundamentos e Diretrizes da ESF segundo a PNAB 
	🧰 Tecnologias Utilizadas na ESF 
	🔍 Conhecimento do Território 
	 
	 
	 
	📂 Funções do Médico na ESF 
	🧠 TEMA 2: Tecnologias de Gestão Clínica 
	🎯 Objetivo: 
	📊 INDICADORES E FERRAMENTAS IMPORTANTES 
	1. Pressão Assistencial 
	2. Frequentação 
	3. Lista de Pacientes 
	4. Estratificação de Risco e Vulnerabilidade 
	🔍 ESCALA DE COELHO & SAVASSI (Risco Familiar) 
	⚙️ TECNOLOGIAS DE GESTÃO CLÍNICA NA PRÁTICA 
	1. Gestão da Agenda 
	2. Distribuição dos Atendimentos Esperada 
	3. Manejo do Paciente Hiperfrequentador 
	4. Avaliação da Rede de Saúde 
	 
	 
	5. Relacionamento com o Gestor 
	6. Gestão de Resultados de Exames 
	7. Uso dos Sistemas de Informação do SUS 
	🟢 Redes de Atenção à Saúde (RAS) 
	🟡 APS e sua relação com as RAS 
	🟠 PMAQ (Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica) 
	🔵 PDAPS (Plano Diretor da Atenção Primária à Saúde) 
	🟣 Escada Analgésica da OMS (Tratamento da dor) 
	 
	 
	🔴 Dor na APS 
	🟩 Sistemas de Informação em Saúde (SIS) no SUS 
	🗂️ Principais Sistemas de Informação em Saúde do SUS: 
	🟨 Indicadores Epidemiológicos 
	📊 Incidência 
	⏳ Período de Incubação 
	🔁 Período de Transmissão 
	🧠 O que é Epidemiologia? 
	🎯 Objetivos da Epidemiologia 
	📑 Informações Epidemiológicas no Planejamento 
	🔢 Variáveis Epidemiológicas 
	🔁 Classificação das Variáveis Epidemiológicas 
	🧩 Aplicações da Epidemiologia na Prática 
	✅ 1. O que são Indicadores de Saúde? 
	✅ 2. Para que servem os Indicadores? 
	✅ 3. Histórico 
	✅ 4. RIPSA – Rede Interagencial de Informações para a Saúde 
	 
	✅ 5. Tipos de Indicadores da RIPSA 
	✅ 6. Análise de Situação de Saúde (Asis) 
	Para que serve a Asis? 
	 
	 
	 
	🧪 Variáveis Epidemiológicas:Mortalidade e Letalidade 
	⚰️ Coeficiente de Mortalidade 
	🔹 Coeficiente de Mortalidade Geral (CMG) 
	🔹 Coeficientes de Mortalidade Específica (CME) 
	👶 Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) 
	🤰 Mortalidade Materna 
	⚠️ Mortalidade por Causa 
	☠️ Coeficiente de Letalidade 
	⚖️ Princípios da Bioética e Ética Médica 
	🔐 Privacidade 
	🧾 Confidencialidade 
	🗳️ Controle Social e Lei nº 8.142/90 
	🧩 O que é Controle Social? 
	🧑‍⚖️ Lei nº 8.142/90 
	🩺 Morbidade: o que é? 
	📊 1. Incidência 
	📌 2. Prevalência 
	⚠️ 3. Taxa de Ataque 
	📈 4. Distribuição Proporcional

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