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LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • É a parte motora visceral • Integração das atividades viscerais → Manutenção da homeostase • Simpático e parassimpático → podem trabalhar em conjunto ou de forma antagônica • Ele controla o músculo liso, músculo estriado cardíaco e as glândulas Aferente • Via de entrada para o SNC • É feita através de impulsos nervosos originados nos receptores viscerais (viscerorreceptores) o Barroceptores: pressão arterial (seio carotídeo) o Quimiorreceptores: respondem ao cheiro, gosto, solução química o Nociceptores: estímulo danoso o Osmorreceptores: detectam variações na osmolalidade (hipotálamo) • Essas fibras aferentes passam pelos gânglios sensitivos (mesmo caminho das fibras somáticas) antes de penetrarem no SNC • Grande parte das informações não se tornam consciente, mas algumas podem resultar em sensações de sede, fome, plenitude gástrica e dor • Nervos esplânicos: parte simpática • As informações somáticas e viscerais se misturam = dor referida Reflexos viscerais • Algumas fibras aferentes somáticas que entram na medula, podem enviar ramos colaterais aos gânglios autônomos → reflexos viscerais • Disparam uma reação simpática → aumento dos batimentos, aumento da produção de adrenalina Diferenças entre o sistema eferente somático e o visceral • Neurônio pré e pós ganglionar → no SNA há dois neurônios unindo o SNC ao órgão efetuador • As terminações são do tipo terminações nervosas livres e não em forma de placa motora • Os corpos dos neurônios pré-ganglionares se agrupam na medula espinhal (T1 – L2 e S2 – S4) e no tronco encefálico (nervo oculomotor, facial, glossofaríngeo e vago) • Porção toracolombar (T1-L2): os neurônios se agrupam formando a coluna lateral • Os corpos dos neurônios pós-ganglionares estão situados nos gânglios do SNA, onde são envolvidos por células chamadas de anficitos • A fibra pós-ganglionar é amielínica Organização do SNA LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • O SNC também atua no controle das vísceras, por exemplo, através do hipotálamo Diferenças anatômicas entre simpático e parassimpático Posição dos neurônios pré-ganglionares • Região toracolombar (T1-L2) → sistema nervoso simpático • Parte craniossacral (tronco encefálico e S2-S4) → sistema nervoso parassimpático Posição dos neurônios pós-ganglionares • Simpática: o gânglio está mais distante das vísceras e próximo à coluna (gânglios paravertebrais e pré-vertebrais) • Parassimpática: o gânglio está muito próximo, ou até mesmo, na própria víscera Tamanho das fibras pré e pós-ganglionares • Simpática: fibra pós-ganglionar é a mais longa • Parassimpática: a fibra pré-ganglionar é mais longa Diferenças farmacológicas entre o sistema simpático e parassimpático • Simpática: normalmente excitam (noradrenalina) – adrenérgicas o obs: as glândulas sudoríparas e vasos sanguíneos presentes no músculo estriado esquelético usam acetilcolina • Parassimpático: normalmente inibe (acetilcolina) – colinérgicas Diferenças fisiológicas entre o sistema simpático e parassimpático • Normalmente tem ação antagônica • Alguns órgãos apresentam inervação puramente simpática, como as glândulas sudoríparas, os músculos eretores do pelo e o corpo pineal • O parassimpático normalmente tem ações sempre localizadas a um órgão ou setor do organismo, enquanto as do simpático tendem a ser difusas, atingindo vários órgãos LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Em alguns casos todo o sistema simpático é ativado, produzindo uma descarga em massa na qual a medula suprarrenal também é ativada → liberação de adrenalina → atua como hormônio amplificando os efeitos da ativação simpática → reação de alarme Situação antagônica Sobrevivência → lutar ou fugir Descarga em massa do SN simpático e ativação da glândula supra-renal → prepara o organismo para o esforço físico que será necessário para resolver a situação • Aumento da liberação da glicose pelo fígado • Aumento da taxa metabólica dos mm. esqueléticos • Aumento da FC • Aumento da PA • Vasoconstrição dos vasos mesentéricos e cutâneos (palidez) • Dilatação dos brônquios • Dilatação das pupilas • Diminuição da função visceral • Aumento da sudorese Se o a situação de fuga para vai ter ação do parassimpático • Menor liberação de glicose • Menor taxa metabólica • Menor FC • Vasoconstrição volta ao normal • Os brônquios voltam ao normal • Função visceral normal • Redução da sudorese Ação complementar Glândulas salivares • Parassimpático → secreção fluida e abundante • Simpático → secreção viscosa e pouco abundante Ação cooperativa • Parassimpático → ereção (pela dilatação das artérias do pênis) • Simpático → ejaculação Aspectos anatômicos Tronco simpático É formado por uma cadeia de gânglios unidos através de ramos interganglionares → estende-se da base do crânio até o cóccix, onde termina unindo-se com o lado oposto • Cadeia ganglionar paravertebral → se dispõem de cada lado da coluna vertebral em toda sua extensão • Cadeia ganglionar pré-vertebral (anteriormente à coluna vertebral e à aorta) → recebem os nomes de acordo com a estrutura a qual está relacionado Porção cervical: • Cervical superior • Cervical médio → frequentemente ausente • Cervical inferior → normalmente se funde ao primeiro gânglio torácico, formando o gânglio cervicotorácico (estrelado) Porção torácica: entre 10 a 12 gânglios, pois pode ocorrer fusão Porção lombar: de 3 a 5 Porção sacral: de 4 a 5 Porção coccígea: apenas um gânglio ímpar, para o qual convergem e terminam os dois troncos simpáticos de cada lado Sistema nervoso simpático LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Destino e trajeto das firas pré-ganglionares Corno lateral → raízes anteriores → tronco do nervo espinhal no ramo ventral→ ramos comunicantes brancos → tronco simpático Ramos comunicantes → estão unindo o tronco simpático aos nervos espinhais • Ramo comunicante branco: comunica a medula c/ tronco simpático → fibras pré- ganglionares mielínicas e aferentes viscerais • Ramo comunicante cinzento: fibras pós- ganglionares amielínicas Filetes vasculares e nervos cardíacos • Do tronco simpático saem pequenos filetes nervosos que se acolam à adventícia das artérias e seguem com elas até as vísceras Trajetos: • Sinapse no gânglio paravertebral do mesmo nível • Sinapse em gânglio paravertebral de nível diferente: as fibras pré-ganglionares chegam ao gânglio pelos ramos interganglionares • Pode fazer sinapse no gânglio pré-vertebral: chegam aos nervos esplâncnicos sem fazer sinapse no gânglio paravertebral Nervo esplâncnico: conduz até o gânglio pré-vertebral Destino e trajeto das fibras pós-ganglionares Para chegar até uma glândula, músculo liso ou cardíaco as fibras pós-ganglionares podem seguir por três trajetos: 1- Intermédio de um nervo espinhal: as fibras voltam ao nervo espinhal pelo ramo comunicante cinzento e se distribuem no território de inervação deste nervo → chegam aos músculos eretores dos pelos, às glândulas sudoríparas e aos vasos cutâneos 2- Intermédio de um nervo independente: liga diretamente o gânglio a víscera → nervos cardíacos cervicais do simpático 3- Intermédio de uma artéria: acolam-se a artéria e acompanham o seu território de vascularização e inervam as vísceras → inervam as vísceras do abdome, seguindo na parede dos vasos que irrigam essas vísceras. o Do mesmo modo fibras pós- ganglionares originadas no gânglio cervical superior formam o nervo e o plexo carotídeo interno e acompanham a artéria carótida interna em seu trajeto intracraniano → pupila Inervação simpática da pupila • Colunalateral de T1 e T2 • Fazem sinapses com neurônios pós- ganglionares do gânglio cervical superior • Essas fibras penetram no crânio com a artéria carótida interna • Seio cavernoso → gânglio ciliar (sem fazer sinapse) → nervos ciliares curtos → bulbo ocular → plexo no músculo dilatador da pupila Síndrome de horner (quando ocorre a compressão no trajeto desses nervos a pupila ficará contraída), caracterizada pelos seguintes sinais, do lado da lesão: • Miose (fechamento da pupila) • Queda da pálpebra • Vasodilatação cutânea e deficiência de sudorese na face Gânglios cervicais • Olhos • Glândula lacrimal • Mucosa nasal e oral • Glândulas salivares • Fibras musculares atriais • Nós AS/AV • Fibras atrioventriculares Nervos esplâncnicos e gânglios pré-vertebrais Os nervos esplâncnicos se originam a partir de T5 → eles têm trajeto descendente, atravessando o diafragma e penetram a cavidade abdominal, terminando nos gânglios pré-vertebrais • Maior • Menor LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Imo Gânglios • 2 celíacos (direito e esquerdo) situados na origem do tronco celíaco → terminação do nervo espâncnico maior • 2 aórticorenais, na origem das artérias renais → terminação do nervo espâncnico menor • Um mesentérico superior e outro mesentérico inferior • Emaranhado de filetes nervosos e gânglios • Fibras simpáticas, parassimpáticas e fibras aferentes viscerais Plexos da cavidade torácica → inervação do coração • Cardíaco, pulmonar e esofágico • Parassimpático → vago • Simpática → 3 gânglios cervicais e seis primeiros torácicos Plexo cardíaco: • Formando pela ramificação dos nervos cardíacos que convergem na base do coração • Fibras musculares cardíacas • Simpático: acelerador • Parassimpático: cardioinibidor • Nós AS e AV • Na doença de chagas ocorre uma intensa destruição dos gânglios parassimpáticos do coração Plexo pulmonar • Traqueia e brônquios • Pulmão Plexo esofágico → esôfago Plexos da cavidade abdominal Plexo celíaco • Localizado na parte profunda da região epigástrica, adiante da aorta abdominal e dos pilares do diafragma, na altura do tronco celíaco. • Nervos esplâncnicos maior e menor • Tronco vagal anterior e posterior Inervam estruturas abdominais (celíaco, M superior e aorticorrenal) • Vesícula biliar • Fígado e ductos biliares • Estômago • Baço e pâncreas • Rins • Intestino delgado • Intestino grosso Plexo mesentérico inferior • Colo descendente • Bexiga • Órgãos pélvicos Plexos LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Plexo entérico • No interior das paredes do TGI • Plexo mioentérico e plexo submucoso • Comandam as células musculares lisas, peristaltismo, glândulas/muco e vasos sanguíneos locais Neurônios sensoriais entéricos • Estado químico dos conteúdos • Grau de estiramento da parede do TGI • Promove a inibição da musculatura lisa distal (anel de relaxamento) e contração da proximal (anel de constrição), para que os movimentos peristálticos sejam adequadamente coordenados para movimentar o bolo alimentar Na doença de Chagas, há intensa destruição de neurônios dos plexos entéricos, o que ocasiona grandes dilatações do esôfago (megaesôfago) e do intestino (megacolon) • Parte craniossacral do SNC • O nervo vago inerva quase que todas as vísceras Parte craniana • Constituída por alguns núcleos do tronco encefálico, gânglios e fibras nervosas em relação com alguns nervos cranianos • Nervos: oculomotor (III), facial (IV), glossofaríngeo (IX) e vago (X) Gânglios: • Gânglio ciliar: situado na cavidade orbitária, lateralmente ao nervo óptico, recebendo fibras do III par → pupila • Gânglio pterigopalatino: recebe do VII par e envia para a glândula lacrimal • Gânglio óptico: situado junto ao ramo mandibular do trigêmeo → recebe do IX par e manda para a parótida • Gânglio submandibular: situado junto ao nervo lingual → recebe do VII par e manda para as glândulas submandibular e sublingual Sistema nervoso parassimpático LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Parte sacral • Os neurônios pré-ganglionares estão de S2-S4 • Nervos esplâncnicos pélvicos • Plexos hipogástricos superior e inferior • Ligados a ereção • 1/3 distal do colo transverso • Colo descendente, sigmóide • Reto • Bexiga, órgãos genitais