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Instituto Universal Brasileiro Educação de Jovens e Adultos a Distância BRASILEIRO Curso a distância de: SUPLETIVO PREPARATÓRIO ENSINO MÉDIO 1° Série GeografiaENSINO MÉDIO GEOGRAFIA SÉRIE AULA 3 ESPAÇO NATURAL: HIDROSFERA E ATMOSFERA AS MASSAS LÍQUIDAS I Os oceanos e os mares As águas ocupam uma extensão de 370 000 000 (cerca de 73% da superfície total da Terra), no globo, e constituem, na verdade, um só oceano. Entretanto, consideramos três grandes massas salgadas que recebem nomes especiais, conforme a região em que se localizam. São elas: Oceano Atlântico, Oceano Pacífico e Oceano Índico. Oceano Atlântico Separa a América da Europa e da África, indo ter ao Oceano Glacial Ártico, ao norte, e ao Oceano Glacial Antártico, ao sul. É o mais importante dos oceanos, pois está localizado entre as terras americanas e européias, apre- sentando intenso tráfego, desde os menores barcos aos transatlânticos gigantescos, num movimento comercial intenso. Não é o mais extenso, devendo contar uns 80 000 000 Tem ele a forma de um "S", fechado ao norte, abrindo-se mais ao sul, sendo sua largura bem inferior ao comprimento. Na região fronteira à Europa, a costa prolonga-se sob as águas, numa profundidade não superior a 200 metros, formando uma larga plataforma continental. No seu interior encontramos planaltos submarinos, bacias profundas. Do sul da Islândia ao sul da apresenta uma lombada submarina: a Dorsal Atlântica, com uma profundidade média de 3 000 a metros. As maiores profundidades aparecem na região do Mar das Antilhas, próximo ao Haiti, onde a Fossa das Virgens acusa 526 metros, e a de Milwaukee registra metros. Ao norte, a Dorsal Atlântica é rodeada pelas bacias Norte-Americana, Canárias e Açores; no sul, existem as bacias Brasileira, da Argentina, da Guiné, de Angola e do Cabo. Essas bacias são separadas por cadeias menores, como a do Rio Grande do Sul, do Pará, etc. Aflorando à superfície, aparecem muitas ilhas, sendo que as maiores surgem próximas aos continentes, como as ilhas Britânicas, as Antilhas, etc. Entre os Estados Unidos e a Europa, a oeste dos Açores, numa região de aproximadamente 200 Km de largura, as águas apresentam-se cobertas de vegetais marinhos, que, dada a sua quantidade, chegam mesmo a impedir a mar- cha normal dos navios: é o Mar dos Sargaços. O Atlântico banha as costas brasileiras, numa extensão de 8 Km. OCEANOS DO PLANETA ÁGUA OCEANO GLACIAL ÁRTICO Polar OCEANO ATLÂNTICO Trópico de Cancer OCEANO OCEANO PACÍFICO PACÍFICO Equador OCEANO ÍNDICO Trópico de OCEANO ATLÂNTICO Polar Antártico OCEANO GLACIAL ANTÁRTICOOceano Pacífico É o mais extenso dos oceanos, com seus 145 000 000 Localiza-se entre as terras da América, da Ásia e da Tem a forma de uma elipse, bem fechada ao norte e aberta ao sul, apresentando numerosos arquipéla- gos e ilhas vulcânicas e coralígenas, que se assentam sobre largas planícies submarinas. Encontramos fossas de grande profundidade, como a de Emden (10 793 metros) e a de Mindanau (11 682 metros), que se acham nas imedi- ações do arquipélago das Filipinas; e outras, como as de Tonga (9 184 metros) e de Kermadec (9 427 metros), na região centro-meridional. Oceano Índico Localiza-se ao sul da Ásia, tendo a África a oeste e a Austrália a leste. Comunica-se, ao sul, com o Oceano Glacial Antártico. Está situado quase inteiramente na zona tropical, apresentando planícies de a metros de profundi- dade; as maiores profundidades estão registradas nas proximidades do Arquipélago de Sonda, onde a fossa de Java mede 7450 metros. Os Oceanos Glaciais Não passam de prolongamento dos grandes oceanos, e são um número de dois. Em virtude de sua localização em regiões frias, suas águas ficam embaraçadas pelo gelo, dificultando a navegação. São pouco conhecidos e apresen- tam numerosas ilhas. Ártico banha o norte da América Setentrional, da Ásia e da Europa e comunica-se com o Atlântico, por diver- sas passagens. Faz comunicação com o Pacífico pelo estreito de Bering, que fica entre a Ásia e a América. Sua maior profundidade está registrada no norte da Sibéria; é a Fossa de Wrangel, com 5400 metros. Antártico é menos conhecido do que o primeiro e parece ser mais frio do que o Ártico, sendo também mais embaraçado pelo gelo. Contorna o Continente Antártico. Os mares e sua classificação Mares são pequenas porções de água salgada, dentro do próprio oceano, que apresentam certos caracteres próprios, como salinidade, temperatura, densidade, etc. Eles podem ser assim classificados: a) Mares abertos ou costeiros, que se comunicam facilmente com os oceanos de origem, não havendo delimi- tação entre eles. Sofrem a influência destes últimos e apresentam, por vezes, as mesmas características deles. São mares costeiros o de no Oceano Índico; o de Bering, no e o do Norte, no b) Mares interiores ou mediterrâneos são os que se acham quase inteiramente cercados por terras e comu- nicam-se com os oceanos por intermédio de passagens estreitas. Estes mares recebem muito a influência do clima e dos rios da região em que se encontram. Entre as terras da Europa, da Ásia e da África, temos um tipo caracterís- tico desses mares Mediterrâneo que, por sua vez, vai formar outros mares interiores, como o Negro e o Adriático. O Mediterrâneo liga-se ao Atlântico pelo estreito de Gibraltar numa largura de 15 Km, apresentando uma profundi- dade de 300 metros. Há ainda o Báltico e o Vermelho, este último entre a Ásia e a África. c) Mares fechados ou isolados são os que aparecem no interior dos continentes, cercados pelas terras, e não se comunicam com o oceano. São verdadeiros lagos de água salgada e tendem a desaparecer com o tempo pois seu volume de água poderá sucumbir a uma forte evaporização ou infiltração. Exemplos: Mar Cáspio (26 metros abaixo do nível do mar) e Mar de Aral (48 metros acima do nível do mar).EXEMPLOS DE MARES Mar de Bering Mar Báltico Mar Mar de Aral Mar Mar Mar Vermelho Mar de II - o relevo submarino Através dos estudos processados pela Oceanografia, podemos saber, hoje, algumas particularidades sobre fundo do mar. Este apresenta um relevo semelhante ao terrestre, com montanhas, planaltos, planícies e depressões, se bem que hajam pequenas diferenças entre os dois. relevo submarino é mais suave, já que a erosão aí não atua; suas montanhas não são tão escarpadas como as da terra e a acumulação de detritos, que vai se processando no fundo do mar, atenua os declives. Baseados na profundidade, distinguimos três regiões: plataforma continental, região pelágica e região abissal. Plataforma o relevo submarino: plataforma conti- Continental nental, talude e bacias oceânicas. Talude Região Nas bacias oceânicas aparecem: região Cordilheira Pelágica pelágica, região abissal e cordilheira. Região Abissal Região Abissal a) Plataforma continental Esta é a região mais rasa, que vem logo depois da orla litorânea com uma profundidade média de 200 metros. Apresenta largura variável: é estreita no lado ocidental da América, sob as águas do Pacífico; larga ao redor das Ilhas Britânicas e Insulíndia, Austrália e Nova Guiné.A plataforma continental apresenta-se coberta de materiais diversos, os terrígenos, que estão relacionados com as terras que lhes estão próximas. Nas costas aparecem cascalhos, areia, lama, resultantes da erosão marinha sendo que a lama apresenta cor verde, azul avermelhada, amarelada, etc. A plataforma continental compreende cerca de 7% do relevo submarino e juridicamente, pertence ao país que lhe está mais próximo. Depois dela, o fundo do mar começa a descer de modo violento, atingindo uma profundidade de 000, e 3 000 metros; que vem a constituir a região pelágica. Essa declividade é chamada talude, compreendendo cerca de 9,5% do relevo submarino. b) Região pelágica Cerca de 80,5% do relevo submarino estão tomados pela região pelágica, que é constituída de sedimentos orgânicos argilosos. Esses sedimentos nada mais são do que remanescentes de animais da fauna submarina, geral- mente minúsculos, que vão formar uma espécie de lodaçal; que pode variar de acordo com os elementos que o formam (diatomáceas, globigerinas, pterópodes, radiolários). c) Região abissal Vem logo em seguida à região pelágica. É a zona dos abismos submarinos, com profundidades superiores a metros, e equivale a 3% da área total dos oceanos, caracterizando-se pela profundidade e pelos depósitos nela acumulados: argilas vermelhas, que contêm cinzas vulcânicas, ossos de baleia, aerólitos, dentes de tubarão. Inexiste vida animal nessa zona submarina. III Os movimentos das águas do mar As águas do mar estão em constante movimento. vezes, elas nos parecem tão calmas que a superfície se assemelha a um espelho; não se nota um movimento sequer, por mais leve que seja, dando-nos a impressão de que toda a massa líquida está imóvel. Mas, se jogarmos à superfície um objeto que flutue, logo vemos um movimento muito leve, quase imperceptível: é o marulho, que indica que o vento está soprando num ponto bem afastado; mas, como a massa líquida é uma só, o movimento ondulatório se propaga, até chegar ao ponto em que se dá o marulho. Outras vezes, soprando o vento à superfície das águas, produz uma oscilação e as partículas da água imediata- mente entram num movimento circulatório, do qual participam, uma a uma, todas as moléculas, surgindo então as vagas ou ondas. Elas se apresentam em tamanhos variáveis, segundo a força do vento, e podem ser circulares, superficiais e de propagação horizontal. A formação das ondas depende muito da ação dos ventos. Todavia, outras podem ser suas causas, como maremotos marítimos, o movimento dos cascos dos navios, etc. As ondas apresentam as seguintes particularidades: crista (a sua parte mais elevada); cavado (a parte mais baixa); altura da onda (a distância que há entre a crista e o cavado); comprimento da onda (distância registrada entre uma crista e outra que a sucede); e período da onda (dado um ponto fixo, é o tempo decorrido para a passagem de duas cristas ao mesmo; comumente, esse período é de 6 a 8 segundos). Ventos FORMAÇÃO DAS ONDAS Areia Marés são movimentos alternados de subida e descida das águas do mar, nas costas. Quando sobem, derraman- do-se pelas costas, dá-se o fluxo ou enchente, gastando as águas nesse movimento 6 horas e alguns minutos, até chegarem ao nível máximo de elevação, que é a preamar ou maré alta. Neste ponto, elas estacionam por 8 minutos, para começar a descer é refluxo ou vazante até chegarem ao ponto de maior abaixamento denominado maré baixa ou baixa-mar. Novamente há uma parada de 8 minutos e depois se reinicia a subida, e assim continuadamente. Gastando cada fluxo e cada refluxo 6 horas e alguns minutos cada um, temos então, num só dia, 2 refluxos e 2 fluxos. Entretanto como a subida e a descida das águas se processam em 6 horas e alguns minutos, acontece que os fluxos e os refluxos não se repetem todos os dias à mesma hora. Essa coincidência só se verifica de 30 em 30 dias, isto é, fluxos e refluxos às mesmas horas. Em virtude do movimento de rotação da Terra, as marés nunca cessam. Elas são motivadas pela atração que oSol e a Lua exercem sobre as águas do mar. Apesar do seu relativo tamanho, comparado ao do Sol, a atração da Lua é maior, em virtude de se achar mais próxima da Terra do que o astro-rei. Por ocasião da Lua cheia e da Lua nova, quando a atração dos dois astros é conjunta, ocorrem as marés de águas vivas, isto é, o Sol e a Lua exercem atração no mesmo sentido, fazendo que as águas do mar se levantem acima do nível comum. No quarto crescente e quarto minguante, porém, estando a Terra, a Lua e o Sol em posição de quadratura, ocor- rem as marés fracas, as chamadas marés de águas mortas, isto porque a atração da Lua não se faz no mesmo senti- do que à do Sol. Neste caso, temos a atração da Lua contrária à do Sol, como se uma anulasse a outra. As marés mais fortes ocorrem em março e abril, e em agosto e setembro, em virtude da melhor combinação do Sol com a Lua. IV - Correntes marinhas Correntes marinhas são verdadeiros rios de água salgada que cortam os oceanos, correndo sempre numa deter- minada direção. Não se confundem com a água do mar, em virtude de apresentarem salinidade e temperatura próprias. Os principais responsáveis pelas correntes marítimas são os ventos, diferença de temperatura das águas e o próprio movimento de rotação da Terra. As correntes marítimas podem ser frias ou quentes. As primeiras se originam das regiões polares e apresentam uma temperatura inferior à do mar que percorrem. As últimas se originam nas proximidades do Equador e apresentam uma temperatura superior à das águas do mar que cortam. As correntes frias vão em busca do Equador, e as quentes, em direção aos pólos, ocasionando permanente troca de correntes. No Oceano Atlântico encontramos a corrente "Gulf-Stream" ou Corrente do Golfo, que é a mais importante de todas. É uma corrente quente, cuja temperatura média é de 30°C e forma-se perto da Península da Flórida, no mar das Antilhas. Caminhando em direção nordeste, essa corrente passa junto às costas do litoral da América do Norte, atinge o Arquipélago Britânico e a Noruega, bem como as terras portuguesas e francesas. Sendo uma corrente quente, suas águas vão amenizar o clima da Noruega, sem o que o frio ali seria intenso demais, e os rigores do clima, excessivos. Mar dos Sargaços, a que já nos referimos linhas atrás no item sobre o Oceano Atlântico, situa-se nas proximidades dessa corrente. Ainda no Atlântico temos a Corrente Sul-Equatorial, que se forma no Golfo da Guiné (África) e que se desvia em dois ramos: a Corrente das Guianas e a Corrente do Brasil. A Corrente Sul-Equatorial caminha para oeste, banha as costas brasileiras, através da Corrente das Guianas (a qual percorre o litoral setentrional) e da Corrente do Brasil que se orienta para o sul. Então, igualmente, no Oceano Atlântico as correntes: do Labrador, a Norte-Equatorial do Atlântico e a de Falklands. A corrente do Labrador é fria, originando-se nas ilhas de Baffin. Suas águas são de um verde bem carregado e, rumando para o sul, contornam o litoral canadense. Ao encontrar-se com a Corrente do Golfo, esta a desvia para o nordeste. A Corrente Norte-Equatorial do Atlântico nasce nas vizinhanças do Arquipélago de Cabo Verde, caminhando no sentido leste-oeste. Ao penetrar nas Antilhas, essa corrente liga-se, à das Guianas e, juntas vão formar a Corrente das Antilhas e, a seguir, a Corrente do Golfo. A Corrente de Falklands provém do Oceano Glacial Antártico, indo banhar as ilhas Falklands e também o litoral da Argentina. No Pacífico, distinguimos as seguintes correntes: Sul Equatorial do Pacífico, Norte Equatorial do Pacífico, Australiana, do Japão, da Califórnia, de Humboldt e das Curilas. A Corrente Sul-Equatorial do Pacífico nasce na América do Sul. Dos litorais do Peru e do Equador, desvia-se para o ocidente até chegar às ilhas Samoa; nesse ponto, parte-se em duas correntes, indo uma delas ter à Nova Guiné e a outra, à Nova Zelândia. A primeira conserva o nome de Corrente Sul-Equatorial do Pacífico, ao passo que a outra recebe o nome de Corrente Australiana. Ambas são correntes quentes. Por sua vez, a Corrente Norte-Equatorial do Pacífico nasce nas vizinhanças das costas da América Central e toma a direção oeste. Ao chegar às ilhas Filipinas, desvia-se para o norte e, nessa altura, passa a chamar-se Corrente do Japão ou Curo-Sivo. Banha Arquipélago Japonês e chega até as costas do Canadá, sendo também uma corrente quente. A corrente fria das Curilas nasce nas proximidades do estreito de Bering e, tomando o sentido sudeste, vai banhar o nordeste do Japão.A Corrente de Humboldt (ou do Peru) também é fria e percorre trechos da costa ocidental da América do Sul. No Oceano Índico, existem quatro correntes marítimas a destacar: a Sul-Equatorial, a das Agulhas, a de Madagáscar e a das Monções. A primeira é resultante de duas outras correntes, que são oriundas da Austrália; correndo no sentido oriente-ocidente, chega até onde se bifurca, aparecendo a Corrente das Agulhas. Essa corrente corta o Canal de Moçambique, bem como banha o litoral dessa ilha. Quanto à Corrente das Monções, segue a linha do Equador, a partir do Golfo de Bengala; até o mar Arábico. Não apresenta uma direção estável durante o ano todo, pois se acha sob a influência dos ventos de monções. Finalizando nossas considerações sobre as correntes marinhas, resta citar a Antártica, que percorre o continente Antártico, e a da Groenlândia, que banha a ilha de mesmo nome. CORRENTES MARINHAS Corrente da OCEANO GLACIAL ÁRTICO do CÍRCULO POLAR ÁRTICO do do Mexico Corrente da TRÓPICO Corrente Corrente OCEANO das Guianas Correntes PACÍFICO Corrente Norte-equatorial do Golfo Corrente da Guine OCEANO Norte- equatorial EQUADOR Sul-equatorial OCEANO Corrente Sul-equatorial equatorial PACÍFICO TRÓPICO DE OCEANO da Correntede Humboldt Correntes da Antártica Falklands CÍRCULO POLAR ANTÁRTICO Correntes das LEGENDA correntes ESCALA quentes 0 2441 4882 7323 correntes frias km LAGOS: ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO São grandes massas líquidas continentais, cercadas de terras por todos os lados. Podem conter tanto água doce como salgada, como o grande Lago Salgado, nos Estados Unidos. Explica-se a existência de sais nos lagos pela comu- nicação direta que estes mantêm com o oceano; pelo fato de atuais lagos já terem sido mares, no passado; etc. Embora apresentem uma superfície calma, como se fosse um espelho, os lagos possuem, também, a exemplo dos mares, ondas e vagas, apesar de serem estas de menor intensidade que naqueles. É que, sendo a massa líquida circunscrita, vento, agitando as águas, faz que estas se levantem, indo bater fortemente de encontro às bordas, chegando mesmo a inundar as beiradas. Nos lagos muito extensos, ocorre, mesmo, o fenômeno das marés e das correntes marítimas. As águas dos lagos apresentam uma temperatura estável nas suas profundezas, variando apenas nas cies, onde as diferenças constatadas são Apresentam, igualmente, três fases em sua vida: juventude, maturidade e Na primeira, recebem maior quantidade de líquido do que perdem; na segunda, existe um equi- líbrio entre o recebimento e a perda da água; na velhice, a perda de água é superior à quantidade que recebem, o que é causado pela intensa evaporação ou pelos entulhos dos aluviões. Há casos de desaparecimento de lagos, quando pequenos, em virtude de o trabalho de acumulação ser muito intenso. Origem dos lagos Segundo a origem, podemos classificar os lagos deste modo: tectônicos, de barragem, de erosão, residuais, de depressão, vulcânicos e mistos.Os lagos tectônicos originam-se de um deslocamento, ou fratura, ou desabamento da crosta terrestre, onde pos- teriormente as águas se aninham. Têm a forma alongada, são estreitos e profundos, como acontece com o Tanganica, Niassa e Alberto, na África. Os lagos de barragem, como o próprio nome indica, apresentam um obstáculo ou uma barragem que completa o seu contorno, represando as águas. São muito comuns no litoral brasileiro, onde mar, no seu trabalho de acumu- lação, deposita areia em cordões isolando trechos do mar e formando, inicialmente, as restingas. Com o tempo, acabam dando origem aos lagos. Disso é exemplo a Lagoa dos Patos. Os lagos de erosão têm outra origem. As geleiras, em sua ação erosiva, escavam o solo, e nessas cavidades abertas acumulam-se as águas, formando os lagos, como acontece na Finlândia. Os lagos residuais, também chamados lagos de evaporação, não passam de antigos lagos que desapare- ceram: Lago Balaton, na Hungria; Balkhash, na Ásia. Lagos de depressão são os que resultam da acumulação das águas fluviais em bacias fechadas, sem saídas. Ex.: Lago Tochad, na África. Lagos vulcânicos são os que se formam nas antigas crateras de como o "Crater Lake" no Oregon, Estados Unidos. Os lagos de origem mista resultam de deslocamentos e do trabalho de erosão, como os Grandes Lagos norte- americanos, e o de Como, o Guarda, o Genebra, na Europa. Os lagos de água salgada são pouco numerosos. Uns não passam de restos de antigos mares, outros resultam da concentração de sais trazidos pelos rios. maior lago salgado do mundo é o Mar Cáspio. AS ÁGUAS CORRENTES Seja qual for a sua forma e distribuição, as águas provêm das chuvas, que se precipitam sobre regiões mon- tanhosas, e tendem a correr pelas encostas, obedecendo à força da gravidade. Se o terreno percorrido é constituído de rochas duras e impermeáveis, não facilitando, portanto, a penetração das águas, estas dão origem a um curso d'água. A princípio, não passa de um simples filete de água, mas com o tempo, à medida que vai caminhando, recolhe as águas da região, até que se transforme num considerável rio. Mas, se o terreno é constituído de rochas permeáveis, as águas infilram-se no solo, formando os lençóis subterrâ- neos, que caminham, no interior da terra, de modo vagaroso. Encontrando em seu trajeto camadas de terreno impermeáveis, as águas se acumulam, até encontrarem uma saída, dando assim origem às fontes. Isso geralmente acontece nas raízes das serras ou no fundo dos vales. Essas fontes são muito importantes, porque vão alimentar rios. Podem ser perenes, quando a água brota o ano inteiro, e inter- mitentes, quando jorram apenas em certas épocas do ano. Desde que estas fontes encontrem condições favoráveis, podem dar origem a rios. Outros rios formam-se pelo derretimento das neves ou geleiras. Também certos lagos podem servir, às vezes, como nascentes, como acontece com o Rio Mississípi, que nasce no Lago Itasca, e o rio Nilo, que se origina do Lago Vitória. Permeabilidade das rochas Trata-se da propriedade de que gozam as rochas de permitir a penetração de um líquido através de interstícios (fendas). Vários fatores concorrem para que isso aconteça como: relação entre os inúmeros poros existentes nas rochas; a estrutura destas; a pressão a que são submetidas, etc. Porosidade das rochas É a relação percentual que se verifica entre o volume de poros e o volume total da rocha. Isso pode ser explicado da seguinte forma: se uma rocha dispõe de 50% de porosidade, fatalmente a metade de seu volume total é formada de poros que podem absorver água. Nuvem Neve e gelo Solo descampado Fontes Lago Torrente Evaporação CICLO DA ÁGUA Lençol Floresta Mar Estuário e laguna Rioos ELEMENTOS DE UM RIO Num rio, podemos distinguir os seguintes elementos: Nascente ou cabeceira: É o lugar de onde provém o rio, podendo ser, além da fonte, um ponto de degelo, um lago, as torrentes, etc. Perfil longitudinal: Trata-se do perfil de um rio, considerado da nascente em direção à foz. Leito: É o sulco escavado e por onde correm as águas do rio. Talvegue: é a parte mais profunda do leito de um rio. Margens: São os lados dos leitos fluviais, podendo ser direita e esquerda. Vertente: É a porção do relevo que declina para o leito do rio. Foz: É o local onde o rio despeja suas águas. Há dois tipos de foz: estuário, quando o rio se abre largamente, despejando as águas livremente, já que aí não existe o trabalho de acumulação; e delta, quando o rio, transportando materiais diversos, acumula-os, dando a formação a numerosas ilhas, umas perto das outras. curso de um rio com- preende três partes: curso superior, médio e curso inferior. O curso superior fica nas proximidades da nascente, onde predomina a erosão destrutiva; o curso médio, no trecho intermediário, em que se nota a tentativa de equilíbrio entre a erosão e a sedimentação; e o curso inferior fica nas vizinhanças da foz, onde prevalece o trabalho de acumulação. Nível de base: É o segmento de reta que acompanha o curso fluvial, a partir de sua Montante: É a direção que as águas fluviais podem tomar, contrariamente ao sentido da corrente, de algum ponto do rio para as nascentes. Jusante: É a direção que as águas do rio tomam, normalmente, isto é, da nascente para a foz. Perfil transversal: É a representação de um vale fluvial, visto de um só lado, em certo trecho do curso. Interflúvio: É a porção do relevo localizada entre vales fluviais. Bacia fluvial ou bacia hidrográfica: Assim se costuma denominar o conjunto das terras drenadas por um rio e seus afluentes. Linha divisora de águas: Trata-se do limite de separação entre duas bacias hidrográficas. Afluente: É um curso de água menor, que despeja suas águas num rio principal. Confluência é o ponto em que se reúnem dois ou mais rios. Conforme o relevo do solo, os rios podem ser de montanha, de planalto e de planície. A maior parte dos rios brasileiros é de planalto, como acontece com o Rio São Francisco. Regime dos rios volume de águas de um rio não é sempre o mesmo, durante o ano. Isto nos demonstra a própria observação, quando ouvimos dizer, acerca de um rio, que ele "está baixo", ou que suas águas "estão subindo", ou que ele "subiu de nível". Na época das secas, notamos que o nível das águas abaixa, para elevar-se bastante durante as cheias. Regime de um rio vem a ser, então, as variações registradas entre as descargas, nas épocas de cheias e nas de estiagens. regime de um rio depende dos seguintes fatores: clima, relevo, natureza do solo, vegetação, lagos, etc. ELEMENTO GASOSO A atmosfera: sua composição A atmosfera é uma grande massa gasosa que envolve a Terra e acompanha seus movimentos, da qual depende toda a vida animal, vegetal e humana, no globo. Antigamente, pensava-se que o atmosférico fosse constituído de um só elemento. Lavoisier, químico demonstrou que dois gases entravam na sua composição: o oxigênio e o nitrogênio. Hoje sabemos que, embora em maior porcentagem, não são os dois os únicos existentes na atmosfera. Outros entram em sua composição, como o gás carbônico, o hélio, o hidrogênio, o argônio, o neônio, o criptônio, além das cinzas vulcânicas e partículas de pó, que aparecem suspensas no ar. A composição do ar, ao nível do mar, segundo Hann, é de 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, e o restante é constituído por outros gases e poeira. Esta composição varia, conforme a altitude.II As camadas da atmosfera ar atmosférico possui uma espessura de mais de 000 km e, em princípio, admite-se que seja constituído das seguintes camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. A troposfera é a camada inferior e tem 12 km de altitude. É a mais importante para nós, pois nela se formam as nuvens, a chuva, os ventos e erguem-se todas as montanhas da Terra. A estratosfera começa a partir de 12 km e se estende até mais ou menos 32 km. Nesta camada as temperaturas oscilam de 40°C a 2°C. A presença do ozônio, gás de grande atividade química, é imprescindível para a manutenção da vida dos seres vivos. É ele que se encarrega de filtrar parte das radiações ultravioleta do Sol. Caso dei- xasse de existir apenas a metade desse gás, as radiações ultravioleta atingiriam a Terra e exterminariam toda a humanidade, daí a sua importância. A mesosfera vai de 32 a 80 km de altitude e nela se notam irregularidades térmicas. No início, sua temperatura se eleva, porém, acima de 50 km, a temperatura volta a cair novamente e de forma acentuada. A ionosfera é a camada atmosférica correspondente a alturas superiores a 80 km, apresentando baixa tempera- tura. Nesta camada, violentas radiações solares atingem o nitrogênio existente, dando margem à formação de íons posi- tivos, bastante intensa na altura dos 220 km. É essa ionização que torna possível as transmissões por rádio a grandes distâncias. AS CAMADAS ATMOSFÉRICAS 1000 lonosfera 100 90 Meteoritos 80 70 Mesosfera 60 50 40 Camada de Ozônio 30 Estratosfera 20 internacionais 10 Cúmulos Cirros Troposfera 0 III - A temperatura do ar Temperatura do ar é a quantidade de calor existente no ar. Os raios solares aquecem os oceanos e os conti- nentes, os quais irradiam esse calor, que vai aquecer a atmosfera. Isto quer dizer que os raios solares, quando atraves- sam a atmosfera, vão aquecer diretamente a Terra, a qual, por sua vez, irradia esse calor, que então vai aquecer o ar. Raio Solar camada superior da atmostera 60% penetra na atmosfera IRRADIAÇÃO TERRESTRE 43% chega ao globo terrestre 17% absorvido diretamente pela atmosfera 10% é refletido irradiação terrestre superfície da Terra Terra 33% penetraA temperatura atmosférica pode ser medida por aparelhos chamados termômetros. Existem três termômetros: o de Celsius; de Reaumur e de Fahrenheit, cada um dos quais com uma escala diferente. Partindo da temperatura de gelo em fusão e chegando até a água em ebulição, o primeiro vai de 0° a o segundo, de 0° a 80°; e o terceiro de 32° a As medidas de temperatura compreendem: média térmica diária - média aritmética das temperaturas re- gistradas num dia; média térmica mensal - média aritmética das médias térmicas diárias de um mês; e média térmica anual - média aritmética das médias térmicas mensais de um ano. Entretanto, para que possamos estabelecer com exatidão a variação térmica de uma determinada área, é preciso conhecermos a amplitude térmica. Trata-se da diferença existente entre a temperatura mais alta e a mais baixa, no decurso de um dia, de um mês, de um ano. As amplitudes térmicas podem ser diárias, mensais e anuais. Linha isotérmica é a linha que une os pontos da Terra com a mesma temperatura média dada em graus. Linha isoamplitude é a linha que une os pontos da Terra que desfrutam da mesma amplitude térmica. IV - As variações da temperatura atmosférica A temperatura do ar varia entre o dia e a noite, de uma estação para outra e de uma região para outra, em virtude da diferença de calor que a Terra apresenta entre a noite e o dia, no verão e no inverno, e conforme a posição geográfi- ca das terras. Os fatores que influem na temperatura do ar são: latitude, altitude, proximidade do mar, ventos, chu- vas, etc. Vejamos os fatores mais importantes e suas implicações, em separado: a) Latitude Sabemos que a Terra tem a forma arredondada, levemente achatada nos pólos, e que, em virtude disso, ela não recebe a mesma quantidade de calor em todos os pontos. Na região cortada pelo Equador, os raios solares caem per- pendicularmente, aquecendo a superfície terrestre; mas, à medida que caminhamos em direção aos pólos, esse calor vai diminuindo de intensidade, em virtude de os raios solares caírem obliquamente. Isto quer dizer que há regiões mais quentes, outras de temperatura amena, e outras ainda onde reina muito frio. Tendo em vista isto, vamos encontrar a mesma diferença de temperatura do ar, conforme a região que estu- damos. É lógico que, na zona atravessada pelo Equador, a temperatura do ar é mais elevada, pois o calor intenso da superfície terrestre é irradiado para a atmosfera, aquecendo-a. Já nas regiões mais frias, o ar apresenta uma tempe- ratura menor, pois o calor irradiado pela Terra é pouco, causado pelo pouco aquecimento terrestre. Temos, então, que ar é mais quente nas regiões atravessadas pelo Equador, temperatura essa que vai diminuindo, à medida que nos aproximamos dos pólos. b) Altitude Outro fator que tem influência na temperatura do ar é a altitude. À medida que nos elevamos do solo, a tempera- tura do ar vai diminuindo, e a prova disso temos no ar frio que encontramos nas grandes altitudes, nas montanhas ele- vadas, sendo que muitas apresentam os picos cobertos de neve. Constata-se, assim, que as camadas elevadas do ar apresentam uma temperatura baixa, enquanto as camadas baixas apresentam temperatura mais elevada, isto é, nas planícies o ar é mais quente, e no alto das montanhas, mais frio. Segundo dados, a temperatura do ar diminui de 1 grau centígrado, a cada 200 m de altitude. c) Proximidade do mar Em virtude da diferença de aquecimento e retenção do calor solar, entre as terras e o mar, a proximidade deste tem influência na temperatura do ar. As águas custam mais para se aquecerem e também para se esfriarem que o conti- nente. Daí a variação de temperatura que se constata entre o ar sobre os mares e o ar sobre os continentes. As áreas litorâneas apresentam menor variação de temperatura.V - Umidade atmosférica Umidade atmosférica é a quantidade de vapor de água contida no ar atmosférico. Esse vapor de água resulta da evaporação, pela ação dos raios solares sobre elas, das águas dos mares, rios, lagos, etc. A evaporação está condicionada a certos fatores, como: extensão das superfícies líquidas, força dos raios solares, ação dos ventos, etc. Quanto maior for a extensão da massa líquida, tanto maior será a evaporação, mesmo acontecendo em relação à intensidade dos raios solares, que fará aumentar aquela. Diz-se que o ar está saturado, quando contém o máximo de vapor de água que pode suportar. grau de satu- ração dependerá, também, da temperatura; quanto mais elevada, maior quantidade de vapor de água conterá o ar atmosférico. Chama-se higrômetro o aparelho destinado a medir a umidade atmosférica. VI As precipitações atmosféricas Quando o vapor de água existente na atmosfera sofre uma diminuição de temperatura, dá lugar às precipitações atmosféricas, que podem ser: orvalho, geada, neve, granizo e chuvas. Orvalho: É a precipitação do vapor de água, que se condensa em pequeninas gotas, que cobrem a vegetação e os objetos. É ocasionado pelo resfriamento da terra, conseqüente da forte irradiação do calor desta. Ao resfriar-se, a superfície da terra e os objetos que nela estão se tornam mais frios em relação ao ar, o que ocasiona a condensação do vapor d'água. Geada: Quando a temperatura da terra é inferior a 0°C, o orvalho congela-se, cobrindo tudo, como um alvo lençol. Neve: Quando a temperatura do ar é muito baixa e chega a 0°C ou menos ainda, o vapor d'água contido na atmosfera solidifica-se, formando pequeninos flocos de cristais de gelo, que caem sobre a terra: é a neve. Temos o granizo ou saraiva, quando as gotas de água da chuva se congelam repentinamente, caindo ao chão com violência e causando, não raras vezes, grandes estragos. Vulgarmente, dá-se o nome, a esse fenômeno, de chuva de pedras. De todas as precipitações atmosféricas, a mais importante é a chuva, não só por alimentar os rios e as fontes, como por ser indispensável à vida em geral, quer vegetal, animal ou humana. Quando uma nuvem, saturada de vapor de água, encontra uma camada de ar frio, ela se precipita em forma de pequenas gotas, que caem de modo mais ou menos contínuo. A quantidade de chuva que cai sobre a Terra não é a mesma para todas as regiões, variando em razão de certos fatores, como: temperatura, proximidade do mar, ven- tos, relevo. Quanto mais elevada for a temperatura, maior será a evaporação, possibilitando a formação de nuvens. A proximidade do mar influi também, em virtude da citada evaporação, que será tanto maior quanto mais extensa for a massa líquida. Os ventos, por sua vez, deslocando as nuvens de um ponto para outro, concorrem para a formação de chuvas. relevo tem sua importância, pois, nas regiões montanhosas, o ar é mais frio e, entrando as nuvens em contato com ele, propicia a formação de chuvas. Da combinação desses fatores resulta a distribuição de chuvas pelo globo e, pelo estudo dos mesmos, vamos entender o porquê de as chuvas serem abundantes durante o ano todo na Amazônia, na costa da Guiné e na Bacia do Congo, quando são tão escassas, e às vezes raras, nos desertos, como no Saara, na Austrália central. As chuvas podem ser classificadas em: de convecção, ciclonais e de relevo. As aparecem na zona equatorial, são abundantes e ocorrem o ano todo. São ocasionadas pela conden- sação produzida pelas correntes ascendentes diurnas, do ar quente e úmido que ao entrar em contato com camadas mais frias, condensa-se e se precipita.CHUVAS DE CONVECÇÃO Ar frio descendente Ascensão de ar aquecido As chuvas ciclonais são próprias de áreas ciclonais ou de baixa pressão, onde as massas de ar estão em cons- tante movimento de ascensão. São mais nas latitudes superiores a 30° e produzidas pelo contato de massas de ar de diferentes temperaturas e umidade. CHUVAS CICLONAIS, AS MAIS COMUNS EM TODO o MUNDO Frente fria Frente quente ar quente ar frio 320 km 160 km 0 0 160 km 320 km 480 km As chuvas de relevo são produzidas pelo movimento ascendente do ar úmido, em do relevo do solo. Quando uma corrente de ar carregada de umidade se encontra com uma cadeia de montanhas, ela se eleva, para vencer o obstáculo. Nesse movimento, o distende-se, resfria-se e pode produzir chuvas.(direção dos ventos) CHUVAS DE RELEVO OU OROGRÁFICAS o VII Os ventos e sua classificação vento é o ar em movimento, sendo um fato meteorológico de grande importância no estudo da Climatologia. A zona de alta pressão e de baixa temperatura, que é denominada área é centro de ventos, e aí reina a calma. ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DA CIRCULAÇÃO ATMOSFÉRICA - VENTO Area de alta pressão (temperatura 25° C) Área de baixa pressão Vento (temperatura 30° C) A zona de baixa pressão e alta temperatura é chamada área ciclonal, onde o está sempre em movimento, pois para aí convergem os ventos. Entre essas duas áreas há uma verdadeira troca de camadas atmosféricas: Da área anticiclonal (mais fria), partem ventos para a área ciclonal (mais quente). A velocidade do vento varia bastante indo de 4 Km por hora até 50 Km, sendo que os sopram a uma velocidade que vai de 80 a 90 Km horários. A velocidade dos ventos é medida por um aparelho especial, denominado anemômetro. Temos os seguintes tipos de ventos: regulares ou constantes, periódicos, locais e irregulares. Os ventos regulares ou constantes observam sempre a mesma direção: são os alísios e contra-alísios. Na zona equatorial, onde a temperatura é elevada, o ar, aquecendo-se, torna-se mais leve e vai ocupar as camadas mais altas da atmosfera, dirigindo-se para as zonas temperadas. Constitui os ventos contra-alísios. Da zona temperada partem correntes de para o Equador, a fim de ocupar os lugares vazios, constituindo os alí- sios. Resulta, assim, que os alísios partem das zonas temperadas para o Equador, e deste partem os contra-alísios, em direção às zonas temperadas. Os ventos periódicos são os que sopram, durante certo tempo, numa determinada direção, para em seguida tomarem direção oposta: são as brisas. Durante o dia, sopram do mar para os continentes são as brisas marítimas. Ànoite sopram da terra para o mar são as brisas terrestres. Esta oposição de direção se explica pela desigualdade do aquecimento que se verifica entre as terras e as águas. Durante o dia, a terra aquece-se mais depressa que o mar, mas à noite, enquanto este guarda por mais tempo o calor, a terra esfria-se mais rapidamente. Entre os ventos periódicos, temos as monções, que sopram no litoral da Ásia e a oeste da no Oceano Índico. No inverno, estando o continente mais frio do que as águas do Índico, sopram ventos na direção do mar. No verão, as terras tornam-se mais quentes que as águas, recebendo os ventos que vêm do mar. As monções, conforme a direção em que sopram, podem ser: continentais ou marítimas. Ventos locais são aqueles próprios de determinadas regiões, como o simum, vento quente, seco, que sopra no Saara em direção ao Mediterrâneo; pampeiro, vento frio das planícies da Argentina, que, vindo do sul, chega até o Rio Grande do Sul, onde recebe o nome de minuano; o mistral, vento frio do sul da França; o siroco, vento muito quente e seco, que sopra no litoral da Argélia e Sicília; hurricane ou tornado, que sopra violentamente do oceano para as Antilhas, provocando não raro destruições nas zonas VIII - Os climas e sua classificação conceito de clima mais usual apresenta-o como o conjunto de fenômenos meteorológicos que caracteriza o estado médio da atmosfera, em um ponto determinado da superfície terrestre. Entretanto, a tendência atualmente é desprezar esse conceito, por não ser dinâmico, e acatar um segundo conceito, segundo o qual clima é a passagem do tempo dinamizada pelos movimento das massas de ar. clima depende dos seguintes fatores: temperatura, ventos, umidade, chuvas, diferença de pressão, latitude, presença de florestas, vizinhanças do mar, etc. É muito difícil fazer uma classificação de climas. Entretanto, apresentaremos a do Prof. De Martonne, que assim classifica os climas: a) climas quentes b) climas de monções c) climas temperados d) climas frios e) climas desérticos a) Climas quentes: Nestes, a temperatura média anual é de 20°C. Caracterizam-se pela ausência de estação fria. Subdividem-se em: equatoriais, tropicais e subequatoriais. No equatorial as chuvas são abundantes, como acontece na Amazônia, na África Equatorial. Apresenta peque- nas variações de temperatura, sem estação seca. No tropical, vamos encontrar uma estação seca bem acentuada, como no sertão do nosso Nordeste, no Senegal, na África. Apresenta variação sensível de temperatura. subequatorial apresenta dois períodos, bem definidos, de chuvas e de secas. b) Clima de monções: Os climas de monções sofrem a influência dos ventos denominados monções. Apresentam duas estações bem definidas: uma seca, quando sopram os ventos de monções de inverno; e a outra das chuvas, quando temos as monções de verão. clima das monções aparece nas margens do Oceano Índico e em certas regiões da Ásia Pode ser subdividido em: tropical, mais úmido e com fracas amplitudes térmicas; e subequa- torial, com secas mais fortes e maiores oscilações térmicas. c) Climas temperados: Apresentam uma temperatura média inferior a 20°C, com estações bem definidas. Aparecem na maior parte da Europa, dos Estados Unidos, e na Argentina. Estes climas subdividem-se em: oceânicos, úmidos e de temperatura amena: continentais, com inverno seco e rigoroso e verões quentes e úmidos; de transição ou argentinos, que são um meio termo entre os dois outros, apre- sentando verões relativamente quentes e chuvas regulares, na estação fria.d) Climas frios: Caracterizam-se pela temperatura média anual pouco acima de 0°C, com estação quente muito curta. Podem subdividir-se em: oceânico, cujo frio rigoroso é amenizado pelas correntes marítimas quentes; continen- tal, bastante rigoroso, com chuvas escassas; e polar, com inverno mais rigoroso ainda e seca acentuada. e) Climas desérticos: Caracterizam-se pela escassez das chuvas. Podem ser: quentes, com temperatura média muito elevada e sujeita a fortes oscilações; frios, em que as temperaturas médias são inferiores a 20°C; oceânicos, com maior umidade atmosférica e menores oscilações térmicas. Vocabulário Aerólito: Corpo oriundo do espaço, constituído por metais, oxigênio, magnésio, etc., que se precipita sobre a Terra, tornando-se incandescente ao atravessar a atmosfera. Atenua: Suaviza; diminui; abranda. Bifurca-se: Separa-se em dois ramos. Circunscrito: Limitado totalmente por uma linha. Detritos: Restos; resíduos de uma substância. Diatomácea: Alga unicelular colonial ou isolada. Dorsal: Relativo à parte posterior ou superior convexa. Evaporização: Transformação de um líquido em vapor. Infiltração: Penetração; introdução. Insípido: Que não tem sabor. Orla: Borda; barra; beira. Pterópodes: Animais que têm os pés em forma de barbatana. Quadratura: Posição da Lua, na qual a mesma forma um ângulo reto com o Sol e a Terra. Radiolários: Classe de protozoários marinhos providos de carapaças e membros de locomoção radiados. EXERCÍCIOS PARA VOCÊ ESTUDAR 1. Numere a segunda coluna de acordo com a primeira, a) Escreva o nome dos mares assinalados com os relacionando os oceanos com suas principais carac- números: terísticas. 1 - Mar do Norte 2 - Mar Mediterrâneo (1) Pacífico (2) é o oceano que apresenta as 3 - Mar Báltico maiores temperaturas médias. (2) Índico (3) é o oceano mais navegável, com 4 - Mar Negro intenso fluxo comercial. 5 Mar Cáspio (3) Atlântico (1) é o oceano de maior extensão. b) Escreva abaixo os números correspondentes aos 2. Observe os números assinalados no mapa e responda mares de acordo com a seguinte classificação: os itens a seguir: abertos: 1 EUROPA interiores: 2, 3, 4 fechados: 5 OCEANO ATLANTICO 1 ÁSIA 3. Marque (C) para as afirmativas certas e (E) para as erradas. 5 a) A declividade do relevo submarino que interrompe a plataforma continental e atinge a região pelágica é ÁSIA chamada de talude.b) As terras submersas que formam a plataforma (1) Nascente (2) Conjunto das terras drenadas continental, juridicamente pertencem ao país que está por um rio e seus afluentes. mais próximo. (2) Bacia fluvial (3) Parte mais profunda do leito de c) (E) As fossas oceânicas, que se caracterizam pela um rio. grande profundidade, fazem parte da região pelágica. (3) Talvegue (4) Local onde o rio despeja suas Comentário: está errada porque as fossas oceânicas águas. fazem parte da região abissal. (4) Foz d) A maior salinidade das águas marítimas ocorre 6. Complete os espaços em branco com as palavras que em alto mar, diminuindo junto às costas em virtude estão faltando. dos rios. a) A composição do ar, ao nível do mar, é de 78% de 4. Marque com um (X), a alternativa que completa cada nitrogênio, 21% de oxigênio e 1% de outros gases e frase abaixo. poeira. b) É na troposfera camada atmosférica que atinge a) Quando a temperatura das águas oceânicas desce a 12 km de altitude, que ocorrem os fenômenos atmosféri- 2°C ou - 3°C, forma-se uma camada gelada sobre as cos, como a chuva, o vento, as nuvens, etc. águas conhecidas por c) gás ozônio, encontrado na estratosfera, se encar- (X) banquisas. ( ) icebergs. rega de filtrar o excesso de raios ultravioleta emitidos Comentário: Os icebergs originam-se das geleiras con- pelo Sol, protegendo assim a Terra. tinentais. São enormes blocos que se destacam delas e Comentário: Você já ouviu falar em buraco na camada se deslocam pelo oceano. de ozônio? Vamos explicar esse fenômeno. Cada molécula de b) Os movimentos alternados de subida e descida das ozônio é formada por três átomos de oxigênio (O3). Essa águas do mar nas costas continentais, motivados pela camada está sendo atingida pelo gás CFC (clorofluorcar- atração que o Sol e a Lua exercem, são chamados de boneto) que é utilizado em aerossóis, geladeiras, apare- ( ) ondas. (X) marés. lhos de ar condicionado e outros produtos. Esse gás, Comentário: As ondas originam-se da ação dos ventos quando atingido pelos raios solares, liberta um átomo de sobre a superfície oceânica. Este movimento ocorre ape- cloro que reage com o gás ozônio, formando uma outra nas nas águas superficiais. substância e destruindo a camada protetora. A maior diminuição da camada de ozônio verificou-se na c) As correntes marinhas que banham o litoral do Brasil são: Antártida, devido à grande quantidade de CFC lançada ( ) Falklands e (X) das Guianas e ao ar. Alguns acordos já foram assinados pelas autori- Brasileira. dades de vários países, propondo a diminuição do uso d) Corrente fria que percorre o oceano Atlântico atingin- do CFC. Ele, aos poucos, está sendo substituído por do o litoral canadense é a outros produtos. Essas ações são muito importantes pois ( Corrente do Labrador. ( ) Corrente de se as radiações ultravioletas que atingem a Terra Falklands. aumentarem, poderá provocar maior incidência de Comentário: A Corrente de Falklands provém do câncer da pele, redução das safras agrícolas e extinção Oceano Glacial Antártico, indo banhar as ilhas Falklands de muitas espécies de animais e vegetais. e também o litoral da Argentina. d) A diferença existente entre a temperatura mais alta e 5. Relacione as colunas, numerando a segunda de acor- a mais baixa, no decurso de certo tempo, num determi- do com a primeira. Um número vai sobrar. nado lugar, é conhecida por amplitude térmica.7. Relacione as colunas, numerando, a segunda de acor- ( 2 ) Estende-se até cerca de 32 km, ao contrário da do com a primeira. Um número vai sobrar. camada anterior, a temperatura aumenta com a altitude. (1) Estende-se por pouco mais de 600 km e apresen- (1) lonosfera. ta-se carregada de partículas que refletem as (2) Estratosfera ondas de rádio. (3) Troposfera (3) É a camada que contém a maior parte dos gases e (4) Mesosfera. da umidade atmosférica. EXERCÍCIOS PARA VOCÊ RESOLVER 1. Complete a palavra chave: ( ) Chuva de relevo ou orográfica ( ) Chuva de convecção A a) T 3. Marque com um (X), a única resposta correta. b) M "Os ventos periódicos são os que sopram, durante certo c) O tempo, numa determinada direção, para em seguida tomarem direção oposta". S F Das alternativas abaixo qual é a que apresenta exemplos d) E de ventos periódicos. e) R a) Alíseos e Contra-alíseos. A b) ( ) Brisas e Monções. a) ar em movimento. c) ( ) Simum e Pampeiro. b) A quantidade de vapor de água contida no ar atmos- d) ( ) Minuano e Mistral. férico. c) Fonte de quase toda energia utilizada pela Terra. 4. Leia as afirmativas I, e III, assinalando em seguida a d) Congelamento do orvalho que ocorre quando a tem- alternativa que indica corretamente quais são as afirmati- peratura da terra é inferior a C. vas falsas ou verdadeiras. e) Processo de aquecimento do atmosférico pelo calor I- A temperatura do atmosférico diminui à medida que refletido dos continentes e oceanos. a altitude aumenta. II- A temperatura do ar atmosférico aumenta quanto 2. Associe as características aos tipos de chuvas, maior é a proximidade do Equador. numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. III- A temperatura do litoral apresenta menor amplitude térmica devido à proximidade das águas oceânicas. ( 1 ) Resulta da ascensão vertical do ar quente e úmido que, ao entrar em contato com as camadas de ar frio, a) ( somente e são verdadeiras. condensa-se e se precipita. b) ( ) todas são verdadeiras. (2) Resulta do encontro de uma massa de ar quente e c) ( ) somente a é falsa. úmido com uma massa de frio. d) ( ) e III são falsas. (3) Resulta do encontro do ar quente e úmido com regiões elevadas, ocorrendo a ascensão do que res- 5. Associe os tipos climáticos com algumas das regiões fria-se e se precipita. onde eles aparecem, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. ( ) Chuva ciclonal.(1) clima desértico. Nigéria (África) (2) clima de monções. ( ) Rússia (Europa Central) (3) clima tropical. ( ) Planalto da Patagônia (América do Sul) (4) clima temperado. ( ) Sudeste asiático CHAVE DE RESPOSTAS 1. Complete a palavra a) Alíseos e Contra-alíseos. b) (X) Brisas e Monções. A c) ) Simum e Pampeiro. a) VENTO d) ( ) Minuano e Mistral. b) A D E 4. Leia as afirmativas I, II e III, assinalando em seguida a c) S alternativa que indica corretamente quais são as afirmati- vas falsas ou verdadeiras. S |- A temperatura do ar atmosférico diminui à medida que a altitude aumenta. F II- A temperatura do ar atmosférico aumenta quanto d) G D maior é a proximidade do Equador. III- A temperatura do litoral apresenta menor amplitude e) térmica devido à proximidade das águas oceânicas. A a) somente e II são verdadeiras. a) ar em movimento. b) (X) todas são verdadeiras. b) A quantidade de vapor de água contida no ar atmosférico. c) ) somente a I é falsa. c) Fonte de quase toda energia utilizada pela Terra. d) ) e III são falsas. d) Congelamento do orvalho que ocorre quando a tem- Comentário: Vamos esclarecer melhor a afirmativa III. peratura da terra é inferior a 0°C. Existem dois fatores que interferem na temperatura do ar e) Processo de aquecimento do ar atmosférico pelo calor atmosférico relacionados à proximidade do mar. São refletido dos continentes e oceanos. denominados de continentalidade e maritimidade. A Continentalidade exerce influência nas áreas situa- 2. Associe as características aos tipos de chuvas, das no interior dos continentes, provocando maiores numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. variações de temperatura (amplitude térmica). Isso (1) Resulta da ascensão vertical do ar quente ocorre porque as rochas e as águas apresentam com- e úmido que, ao entrar em contato com as camadas de portamentos térmicos diferentes. Os raios solares pene- ar frio, condensa-se e se precipita. tram menos nas rochas do que nas águas, provocando (2) Resulta do encontro de uma massa de ar quente e um maior aquecimento superficial das rochas e também úmido com uma massa de ar frio. um rápido resfriamento quando não expostas ao calor (3) Resulta do encontro do ar quente e úmido solar. É esse processo que gera as grandes variações com regiões elevadas, ocorrendo a ascensão do ar que térmicas do interior dos Continentes. resfria-se e se precipita. A Maritimidade exerce influência nas áreas próximas ao mar, amenizando as variações térmicas. Isso ocorre (2) Chuva ciclonal. porque as águas se aquecem e esfriam muito lenta- (3) Chuva de relevo ou orográfica. mente, isto é, apresentam temperaturas mais estáveis. (1) Chuva de convecção. 5. Associe os tipos climáticos com algumas das regiões 3. Marque com um (X), a única resposta correta. onde eles aparecem, numerando a segunda coluna de "Os ventos periódicos são os que sopram, durante certo acordo com a primeira. tempo, numa determinada direção, para em seguida (1) clima desértico. (3) Nigéria (África) tomarem direção oposta". (2) clima de monções. (4) Rússia (Europa Central) (3) clima tropical. (1) Planalto da Patagônia Das alternativas abaixo qual é a que apresenta exemplos (América do Sul). de ventos periódicos. (4) clima temperado (2) Sudeste asiático

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