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Aula 03
Concursos da Área Fiscal - Curso Básico
de Direito Administrativo
Autor:
Herbert Almeida, Equipe Direito
Administrativo
10 de Julho de 2024
39471799600 - Naldira Luiza Vieria
Herbert Almeida, Equipe Direito Administrativo
Aula 03
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista 3
..............................................................................................................................................................................................2) Fundações Públicas 39
..............................................................................................................................................................................................3) Questões Comentadas - Organização Administrativa (Parte 2) - Cebraspe 47
..............................................................................................................................................................................................4) Lista de Questões - Organização Administrativa (Parte 2) - Cebraspe 72
..............................................................................................................................................................................................5) Questões Comentadas - Organização Administrativa (Parte 2) - FCC 82
..............................................................................................................................................................................................6) Lista de Questões - Organização Administrativa (Parte 2) - FCC 110
..............................................................................................................................................................................................7) Questões Comentadas - Organização Administrativa (Parte 2) - FGV 124
..............................................................................................................................................................................................8) Lista de Questões - Organização Administrativa (Parte 2) - FGV 149
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EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA 
Fu n d am en t o con st it u cion al 
O fundamento para a atuação do Estado na atividade econômica consta na Constituição Federal, nos 
seguintes termos: 
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. 
Logo, em regra, o Estado deve se abster de atuar diretamente na exploração de atividade econômica, 
deixando esse tipo de tarefa para a iniciativa privada. Contudo, em três hipóteses, será possível a 
exploração direta pelo Estado: 
1) nos casos previstos na Constituição; 
2) quando for imperativo para a segurança nacional; 
3) quando houver relevante interesse coletivo. 
Um exemplo do primeiro caso consta no art. 177, II, da Constiuição, que define como monopólio da União 
a “refinação do petróleo nacional ou estrangeiro”. O segundo caso pode ser exemplificado pela Indústria 
de Material Bélico do Brasil – Imbel, que é responsável pela fabricação de produtos de defesa e segurança 
para clientes institucionais, especialmente Forças Armadas e Forças Policiais. Por fim, no último caso, 
podemos citar a Caixa Econômica Federal, que desenvolve importantes programas habitacionais e 
operacionaliza vários programas de distribuição de renda. 
Por sinal, a Lei das Estatais dispõe ainda que: “a empresa pública e a sociedade de economia mista terão a 
função social de realização do interesse coletivo ou de atendimento a imperativo da segurança nacional 
expressa no instrumento de autorização legal para a sua criação”. Portanto, a definição do interesse 
coletivo e do imperativo de segurança nacional que justificar a autorização da instituição da empresa 
estatal representará a sua função social. 
Essa atuação estatal no domínio econômico ocorre por meio das empresas públicas e das sociedades de 
economia mista, conforme vamos explicar adiante. 
 
(ALCE - 2021) A função social da empresa pública e da sociedade de economia mista da União 
compreende 
a) estabelecimento de práticas de governança corporativa. 
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b) execução de atividades típicas da Administração Pública que requeiram gestão descentralizada. 
c) cumprimento de requisitos de transparência pública. 
d) gerência do patrimônio dos entes federativos, sem fins lucrativos. 
e) razões de interesse coletivo ou segurança nacional. 
Comentários: 
A função social da empresa pública e da sociedade de economia mista é definida pelas razões de interesse 
coletivo ou segurança nacional que justificam a sua autorização e instituição. 
Gabarito: alternativa E. 
 
Con ceit o 
As empresas estatais dividem-se em empresas públicas e sociedades de economia mista. As duas são 
entidades administrativas, integram a administração indireta, possuem personalidade jurídica de direito 
privado, têm sua criação autorizada em lei e podem ser criadas para explorar atividade econômica ou 
prestar serviços públicos. 
Vejamos a definição de cada uma dessas entidades nos ensinamentos de José dos Santos Carvalho Filho:1 
 
Empresa pública (EP): “são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração 
Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua 
finalidade, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas 
situações, execute a prestação de serviços públicos”. 
São exemplos de empresas públicas federais a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT; 
a Caixa Econômica Federal – CEF; o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – 
BNDES; o Serviço Federal de Processamento de Dados – Serpro; e muitas outras. 
Sociedade de economia mista (SEM): “são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a forma de sociedades 
anônimas, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a 
exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de 
serviços públicos”. 
Como exemplos, podemos mencionar o Banco do Brasil S.A.; o Banco da Amazônia; a Petróleo 
Brasileiro S.A. – Petrobrás. 
 
 
1 Carvalho Filho, 2014, p. 500. 
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Além desse conceito doutrinário, é fundamental o conceito estabelecido por intermédio da Lei 
13.303/2016, que trata do regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista (Lei 
das Estatais), segundo o qual a empresa pública é: 
“a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei e com 
patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios” (art. 3º, caput). 
Ademais, “desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da União, do Estado, do 
Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras 
pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”superior na administração 
pública”. Adicionalmente, o Ministro também aplicou interpretação conforme à Constituição ao inciso II do § 2° do art. 17, 
afastando o prazo de 36 meses. Assim, basta que a autoridade que atuava em partido político ou em trabalho vinculado a 
campanha eleitoral deixe de exercer essas atribuições. 
Administradores
(requisitos)
Cidadão de reputação ilibada
Notório conhecimento
Experiência profissional 
ou experiência como 
empregado público
Experiência profissional:
(i) 10 anos na área ou conexa;
ou
(ii) 4 anos em cargo de
direção ou chefia de empresa
semelhante; ou de CC ou FC
superior; ou de docente ou
pesquisador; ou
(iii) 4 anos como profissional
liberal na área
Empregado público:
(i) concurso público;
(ii) mais de dez anos na
estatal; e
(iii) ocupado cargo na gestão
superior com capacidade
Formação acadêmica
Não ser inelegível
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controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria empresa ou 
sociedade em período inferior a três anos antes da data de nomeação; 
e) de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma de conflito de interesse com a pessoa político-
administrativa controladora da empresa pública ou da sociedade de economia mista ou com a própria 
empresa ou sociedade. 
A vedação descrita na letra “a” estende-se também aos parentes consanguíneos ou afins até o terceiro 
grau das pessoas nele mencionadas (art. 17, § 3º). 
 
(TRT CE - 2017) A respeito do regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista 
federais, julgue o item a seguir: os empregados dessas empresas ou dessas sociedades não poderão 
cumular seus empregos com outros empregos, cargos e funções públicas, a não ser nas hipóteses 
constitucionalmente previstas. 
Comentários: 
Isso mesmo! Os empregados das empresas públicas e sociedades de economia mista submetem-se a 
vedação à acumulação remunerada de cargos empregos e funções, nos termos do art. 37, XVI e XVII, da CF. 
Porém, lembramos que essa vedação possui exceções previstas na própria Constituição. 
Gabarito: correto. 
 
Licit ações e con t rat ações 
A Constituição Federal estabeleceu que o estatuto da empresa pública e da sociedade de economia mista 
deveria estabelecer regras específicas para licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, 
observados os princípios da administração pública. 
Dessa forma, a Lei 13.303/2016 veio a disciplinar a aplicação das licitações e contratações no âmbito das 
empresas públicas e sociedades de economia mista. Deve-se observar que, antes da edição da Lei 
13.303/2016, as empresas estatais seguiam, em regra, as normas da Lei 8.666/1993 (hoje revogada pela 
Lei 14.133/2021, que é a Nova Lei de Licitações). 
Portanto, as empresas estatais não se submetem, em regra, às disposições da Lei 14.133/2021, uma vez 
que o seu regime de licitação consta na Lei 13.303/2016. 
Não obstante, a própria Lei 13.303/2016 dispôs que continuam a ser aplicadas às licitações e contratações 
das empresas estatais as regras sobre o pregão, direito penal e algumas regras sobre critério de desempate 
contidas na Lei 10.520/2002 (antiga Lei do Pregão) e na Lei 8.666/1993 (antiga Lei de Licitações). Essas duas 
leis foram revogadas e substituídas pela Lei 14.133/2021. Assim, podemos dizer que algumas disposições 
da Lei 14.133/2021 aplicam-se às empresas estatais, quais sejam: 
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(i) o pregão; 
(ii) os crimes (art. 178); e 
(iii) alguns critérios de desempate (art. 60). 
Nem todas as contratações dependem de prévia realização de licitação pública. Nessa linha, a Lei 
13.303/2016 estabeleceu casos de licitação dispensada, dispensável e de inexigibilidade. 
A licitação dispensada envolve os casos em que não só a licitação é inaplicável, assim como todas as demais 
exigências formais constantes na Lei 13.303/2016. Nessa linha, as empresas estatais estão dispensadas de 
seguir as disposições sobre licitações e contratações da Lei 13.303/2016 nas seguintes situações: 
a) comercialização, prestação ou execução, de forma direta, pelas empresas estatais, de produtos, 
serviços ou obras especificamente relacionados com seus respectivos objetos sociais; 
b) nos casos em que a escolha do parceiro esteja associada a suas características particulares, vinculada 
a oportunidades de negócio definidas e específicas, justificada a inviabilidade de procedimento 
competitivo. 
O primeiro caso envolve as atividades finalísticas da empresa. Por exemplo, não seria viável a Petrobrás S/A 
ter que realizar uma licitação para vender (alienar) petróleo; também não seria viável o Banco do Brasil ou 
a Caixa terem que fazer licitação para poder oferecer crédito a seus correntistas. Em ambos os casos, as 
empresas estariam desempenhando as atividades relacionadas com os seus objetos sociais, motivo pelo 
qual não devem fazer licitação. 
O segundo caso é um pouco mais complexo. As oportunidades de negócio, de acordo com a Lei 
13.303/2016, envolvem a formação e a extinção de parcerias e outras formas associativas, societárias ou 
contratuais; assim como a aquisição e a alienação de participação em sociedades e outras formas 
associativas, societárias ou contratuais e as operações realizadas no âmbito do mercado de capitais, 
respeitada a regulação pelo respectivo órgão competente. Um exemplo de oportunidade de parceria seria 
a compra de ações para obter o controle acionário de uma outra sociedade. 
Os casos de licitação dispensável e de inexigibilidade são bem semelhantes aos que constam na Lei 
14.133/2021. No primeiro caso (licitação dispensável), o legislador dá opção ao agente público de optar por 
realizar ou não a licitação, como ocorre nos casos de contratação de baixo valor ou de falta de interesse 
dos fornecedores. Por outro lado, os casos de inexigibilidade de licitação são aqueles em que há 
inviabilidade de licitação, como nas situações de um único fornecedor ou que apenas uma empresa tenha 
capacidade de prestar o serviço. Vale mencionar que, nos casos de licitação dispensável e de inexigibilidade, 
a empresa estatal não fica desobrigada de todas as disposições da Lei 13.303/2016, uma vez que precisa 
cumprir algumas formalidades mínimas, como justificativa de preços e razão da escolha do fornecedor. 
A figura abaixo resume as regras sobre licitações no âmbito das empresas estatais: 
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A Lei de Licitações e Contratos (Lei 13.303/16) prevê um limite de dispensa de licitação por baixo valor nas 
contratações das empresas estatais, ou seja, quando o valor do objeto a ser adquirido for muito baixo, a 
empresa estatal não será obrigada a licitar, podendo promover a contratação diretamente. Os valores são 
de até R$ 100 mil para obras e serviços de engenharia e de até R$ 50 mil para compras e outros serviços 
(L13303, art. 29, I e II). 
Tome cuidado! Em que pese esses valores sejam “parecidos” com os que constam na Lei 14.133/2021, 
existem diferenças sutis. Primeiro porque a Lei 14.133/2021 prevê que os valores devem ser “inferiores” a 
R$ 100 mil ou R$ 50 mil, enquanto a Lei 13.303/2016 prevê que os valores são de “até” 100 ou 50 mil, 
conforme o caso. A segunda diferença é que a Lei 14133 também fixa o valor “mais alto” (R$ 100 mil) para 
serviços de manutenção de veículos, enquanto a L13303 só prevê o valor alto para obras e serviços de 
engenharia. Outra diferença é que os valores da L14133 são atualizados anualmente por decreto, enquantoa L13303 não prevê atualização anual, mas permite que cada empresa estatal altere os valores por 
deliberação de seu Conselho de Administração, para refletir a variação de seus custos (L13303, art. 29, § 
3º). 
 
Lei 13.303/16 
(somente estatais)25 
Obras e serviços de engenharia Até R$ 100 mil 
Compras e demais serviços Até R$ 50 mil 
 
 
25 Esses valores “podem ser alterados, para refletir a variação de custos, por deliberação do Conselho de Administração da 
empresa pública ou sociedade de economia mista, admitindo-se valores diferenciados para cada sociedade” (Lei 
13.303/16, art. 29). 
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==1365fc==
Diferen ças en t re EP e SEM 
As diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista resumem-se em três: 
a) forma jurídica; 
b) composição do capital; e 
c) foro processual (somente para as entidades federais). 
Vamos analisar cada uma dessas diferenças. 
Form a ju ríd ica 
As sociedades de economia mista devem, obrigatoriamente, ter a forma de sociedade anônima (S/A), 
conforme determina o art. 5º da Lei 13.303/2016. Em virtude dessa formação societária, as SEM são 
reguladas, basicamente, pela Lei das Sociedades por Ações, que possui um capítulo específico para tratar 
dessas entidades (Lei 6.404/1976, arts. 235-240). 
Por outro lado, as empresas públicas podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito. Assim, 
elas podem ser unipessoais (quando a entidade instituidora possui a integralidade de seu capital), 
pluripessoais (quando possui capital dominante do ente instituidor associados aos recursos de outras 
pessoas administrativas). Cumpre frisar, as empresas públicas admitem até mesmo a forma de sociedade 
anônima; nesse caso, porém, o capital seria integrado por entidades públicas (outros entes federados ou 
entidades administrativas). 
Com efeito, o Decreto Lei 200/1967 dispõe que as empresas públicas podem revestir-se de qualquer das 
formas admitidas em direito. Por conseguinte, a doutrina entende que, uma vez que cabe à União legislar 
sobre direito civil e comercial (CF, art. 22, I), poderia ser instituída uma empresa pública federal sob forma 
inédita, sui generis, não prevista para o direito privado. Assim, a União criaria uma nova forma de empresa. 
Segundo José dos Santos Carvalho Filho,26 apesar de o Decreto Lei 200/1967 dispor que as EP podem ser 
formadas sob qualquer forma admitida em direito, existem algumas formas societárias incompatíveis com 
a empresa pública, a exemplo das sociedades em nome coletivo (CC, art. 1.039) sociedade cooperativa (CC, 
art. 1.093) e a empresa individual de responsabilidade limitada (CC, art. 980-A). Essas formas societárias 
são tipicamente formadas por pessoas físicas, inviabilizando a formação de capital por meio do Poder 
Público. Ainda com essa ressalva, devemos manter o entendimento de que as EP podem ser formadas sob 
qualquer forma admitida em direito. 
Dessa forma, podemos entender que as empresas públicas podem ser criadas sob qualquer forma admitida 
em direito e, exclusivamente para a União, podem ser criadas sob uma forma jurídica inédita. Por outro 
lado, as sociedades de economia mista serão sempre constituídas na forma de sociedade anônima. 
 
26 Carvalho Filho, 2014, p. 513. 
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Vamos exercitar um pouco! 
 
(ALESE - 2018) Considere: Y é empresa pública federal e Z é sociedade de economia mista, também de 
âmbito federal. Levando em conta as características de tais entidades, ambas poderão revestir-se de 
qualquer das formas admitidas em direito. 
Comentários: 
Somente as empresas públicas admitem qualquer forma jurídica permitida em direito. Por outro lado, as 
sociedades de economia mista serão necessariamente sociedades anônimas. 
Gabarito: errado. 
(TRE BA - 2017) As sociedades de economia mista são submetidas a regras especiais, sendo constituídas 
sob a forma de sociedades anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas com direito a voto devem 
pertencer, em sua maioria, ao ente federativo. 
Comentários: 
As sociedades de economia mista somente podem ser constituídas na forma de sociedades anônimas. Logo, 
não podem ser constituídas como sociedades limitadas. 
Gabarito: errado. 
 
Com posição do cap it al 
As sociedades de economia mista admitem a participação de capital público e de capital privado, 
enquanto as empresas públicas só admitem capital público. 
No caso das sociedades de economia mista, podem ser conjugados recursos de pessoas de direito público 
ou de outras pessoas administrativas com recursos de particulares. No entanto, o controle acionário da 
entidade deve permanecer com o ente instituidor, logo a maioria do capital votante sempre pertencerá ao 
ente que instituiu a entidade. Nesses termos, a Lei 13.303/2016 dispõe que, nas sociedades de economia 
mista, as ações com direito a voto devem pertencer em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
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Por outro lado, as empresas públicas são formadas com capital totalmente público. Não é necessário que 
o capital pertença a uma única pessoa política ou administrativa, o que se exige é que o ente político que 
as instituiu possua a maioria do capital votante. Dessa forma, uma empresa pública federal pode ser 
formada com capital da União, de algum estado-membro, de autarquias e até mesmo de sociedades de 
economia mista. 
Vale dizer que as sociedades de economia mista possuem a maioria de seu capital público e, portanto, estão 
sob controle de uma entidade do Poder Público. Logo, não há vedação à participação de capital dessas 
entidades na composição de uma empresa pública. 
Nesse contexto, a Lei 13.303/2016 dispõe que, desde que a maioria do capital votante permaneça em 
propriedade da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, será admitida, no capital da 
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno ou de entidades da 
administração indireta dos entes federados (art. 3º, parágrafo único). 
Vamos dar uma olhada em como isso é exigido em concursos. 
 
(SEFIN RO - 2018) João, advogado de um grande escritório, foi incumbido de identificar a natureza jurídica 
de determinado ente da Administração Pública indireta. Após amplas pesquisas, constatou que a lei 
autorizou a instituição desse ente, cujo capital somente pode pertencer ao ente federativo instituidor e 
a outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como a entidades da Administração indireta. 
À luz da ordem jurídica brasileira, constitucional e infraconstitucional, é correto afirmar que esse ente 
tem a natureza jurídica de sociedade de economia mista. 
Comentários: 
Se a composição do capital é inteiramente do ente federativo instituidor ou de outras pessoas jurídicas de 
direito público interno, bem como de entidades da Administração indireta; então a entidade é uma 
empresa pública. Não poderá ser uma sociedade de economia mista, pois esta admite a conjugação de 
capital público e privado. 
Gabarito: errado. 
 
Foro p rocessu al p ara as en t id ades fed erais 
A última particularidade diz respeito à justiça competente. Segundo o texto constitucional, as causas em 
que empresa pública federal for interessada na condição de autora, ré, assistente ou oponente serão 
processadas e julgadas na Justiça Federal (CF, art. 109, I). Quando se tratar de empresa pública dos estados 
ou municípios, a competênciaserá da Justiça Estadual. 
Por outro lado, as ações das sociedades de economia mista (de qualquer ente da Federação), em regra, 
serão julgadas na Justiça Estadual (comum), conforme dispõe a Súmula 556 do STF: “É competente a Justiça 
comum para julgar as causas em que é parte sociedade de economia mista”. 
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Contudo, quando a União intervém na condição de assistente ou oponente, as causas envolvendo as 
sociedades de economia mista serão deslocadas para a Justiça Federal, conforme entendimento 
apresentado na Súmula 517-STF.27 
Por fim, as causas que envolvam as relações de trabalho entre os empregados públicos e as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, serão de competência da Justiça do Trabalho. 
Em resumo: 
→ causas envolvendo EP federal: Justiça Federal; 
→ causas envolvendo EP de estado ou município: Justiça Estadual; 
→ causas envolvendo SEM: Justiça Estadual; 
→ causas envolvendo SEM, mas que a União intervenha como assistente ou oponente: Justiça 
Federal. 
O quadro a seguir resume as diferenças das empresas públicas e das sociedades de economia mista. 
 
Dimensões Empresa Pública Sociedade de Economia Mista 
Forma Jurídica Qualquer forma admitida em direito Somente sociedade anônima (S/A). 
Capital Totalmente público. Admite capital público e privado, 
Foro (entidades federais) Em regra, tramitam na Justiça 
Federal. 
Em regra, tramitam na justiça estadual. 
 
E, para fechar, vamos resolver mais uma questãozinha! 
 
(TRT CE - 2017) A respeito do regime jurídico das empresas públicas e das sociedades de economia mista 
federais, julgue o item a seguir: as causas em que as empresas públicas figurarem como autoras serão 
processadas na justiça comum do estado da Federação onde estiverem sediadas. 
Comentários: 
 
27 Súmula 517 do STF: “As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça Federal, quando a União intervém como 
assistente ou opoente”. 
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As causas em que as empresas públicas figurarem como autoras, rés, assistentes ou oponentes tramitarão, 
em regra, na Justiça Federal. Por outro lado, quando se tratar de sociedade de economia mista federal a 
tramitação será na justiça comum estadual. Logo, o item está incorreto, pois trocou a entidade. 
Gabarito: errado. 
 
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Conceito 
As fundações surgiram no meio privado, em que são definidas como a personificação de um patrimônio 
ao qual é atribuída uma finalidade social não lucrativa. Assim, as fundações são conhecidas como um 
patrimônio personalizado destinado a realizar atividades de interesse social, como educação, saúde, 
pesquisa científica, cultura, etc. 
Assim, no meio privado, a fundação resulta de iniciativa de um particular, seja pessoa física ou jurídica, que 
destaca parte de seu patrimônio e a ele destina uma finalidade de caráter social. A partir do momento em 
que a fundação é criada, ganhando a personalidade jurídica própria, o particular não mais terá poder sobre 
ela. Vale dizer, a fundação terá vida própria para gerir os seus bens, desde que mantida a finalidade e 
legalidade da atividade. 
Nesse contexto, José dos Santos Carvalho Filho dispõe que existem três características básicas das 
fundações: 
a) a figura do instituidor; 
b) o fim social da entidade; e 
c) a ausência de fins lucrativos. 
As fundações públicas diferenciam-se das fundações privadas basicamente pela figura do instituidor que, 
naquele caso, se trata de uma pessoa política, que destinará parte do patrimônio público. Vale dizer, as 
fundações públicas são instituídas pelo Estado, que separa uma dotação patrimonial e a ela destina 
recursos orçamentários para o desempenho de atividade de interesse social. 
Ressalta-se, porém, que parte da dotação patrimonial poderá também ser oriunda de particulares, mas no 
momento da doação o patrimônio passará a ser público. Por exemplo, um município doa um prédio e um 
particular doa equipamentos para a constituição de um hospital na forma de fundação pública. 
Ademais, o DL 200/1967 apresenta a seguinte definição para fundação pública (art. 5º, IV): 
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades 
que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento 
custeado por recursos da União e de outras fontes. 
Essa definição é antiga e não mais se coaduna com a atual disciplina constitucional. A começar que o nosso 
ordenamento permite que as fundações públicas possuam personalidade jurídica de direito público ou 
direito privado e elas podem ser criadas diretamente por lei ou, então, receber apenas a autorização em 
lei para a criação. 
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Nessa esteira, a Prof.ª Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta a seguinte definição para as fundações 
públicas: 
[...] pode-se definir a fundação instituída pelo Poder Público como o patrimônio, total ou 
parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado e 
destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade de 
autoadministração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei. 
 
Dessa forma, podemos resumir as seguintes características das fundações públicas: 
a) dotação patrimonial; 
b) personalidade jurídica própria, pública ou privada; 
c) desempenho de atividade atribuída pelo Estado no âmbito social; 
d) capacidade de autoadministração; 
e) sujeição ao controle administrativo ou tutela por parte da Administração Direta, nos limites 
estabelecidos em lei. 
 
 
 
As fundações públicas compreendem um patrimônio personalizado, afetado a um fim público. 
 
Natureza jurídica 
A Constituição Federal não definiu a natureza jurídica das fundações públicas. No entanto, na redação atual, 
elas são abordadas juntamente com as empresas públicas e sociedades de economia mista, que recebem 
apenas autorização legislativa para criação e, por conseguinte, possuem personalidade jurídica de direito 
privado. Nessa mesma linha, o DL 200/1967 menciona que as fundações públicas possuem personalidade 
jurídica de direito privado. 
Entretanto, a jurisprudência e a doutrina admitem a criação de fundações públicas de direito público ou 
de direito privado. 
Segundo a doutrina que sustenta as duas possibilidades de natureza jurídica, o Estado pode criar uma 
fundação e lhe atribuir a natureza jurídica de direito público, caso em que terá a natureza de uma 
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autarquia; ou pode atribuir a natureza jurídica de direito privado, situação em que ela será administrada 
segundo os mesmos moldes das fundações privadas, com as derrogações próprias de direito público (como 
a exigência de licitação e de concurso público). 
A jurisprudência do STJ1 e do STF também admitem as fundações públicas de direito público ou de direito 
privado. Nessa linha, vale dar uma olhada no seguinte trecho doRE 101.126/RJ do STF:2 
Nem toda fundação instituída pelo Poder Público é fundação de direito privado. As fundações, 
instituídas pelo Poder Público, que assumem a gestão de serviço estatal e se submetem a regime 
administrativo previsto, nos Estados-membros, por leis estaduais, são fundações de direito 
público, e, portanto, pessoas jurídicas de direito público. Tais fundações são espécie do gênero 
autarquia [...]. 
Nessa linha, as fundações públicas de direito público submetem-se ao mesmo regime jurídico das 
autarquias. É exatamente por isso que alguns doutrinadores chamam as fundações públicas de direito 
público de fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. 
 
De acordo com Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo, a diferença entre as fundações públicas de 
direito público e as autarquias é meramente conceitual. A autarquia é definida como um serviço 
público personificado, em regra, típico de Estado. A fundação pública de direito público, por sua 
vez, é um patrimônio público personalizado destinado a uma finalidade específica, usualmente de 
interesse social. Reforça-se, porém, que o regime jurídico de ambas é, em tudo, idêntico. 
 
Já as fundações públicas de direito privado seguirão um regime jurídico híbrido, ou seja, serão aplicadas as 
normas de direito privado, derrogadas em partes pelo regime jurídico de direito público. Alguns exemplos 
de regras de direito público aplicáveis também às fundações públicas de direito privado são a exigência de 
concurso público; o dever de licitar; o enquadramento de seus contratos como “contratos administrativos, 
nos termos da Lei 8.666/1993; etc. Outras regras serão discutidas ao longo da aula. 
Criação e extinção 
A criação das fundações públicas já foi discutida preliminarmente. 
As fundações públicas de direito público são efetivamente criadas por lei. Dessa forma, elas ganham a 
personalidade jurídica no momento da vigência da lei instituidora. 
 
1 Nesse sentido: REsp 207.767/SP; REsp 480.632/RS. 
2 RE 101.126/RJ; ver também: RE 127.489/DF. 
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Por outro lado, as fundações públicas de direito privado recebem autorização legislativa para criação, mas 
dependem do registro do ato constitutivo no Registro Civil de Pessoas Jurídicas para que adquiram a 
personalidade jurídica. 
 
 
(TRE BA - 2017) As fundações públicas são entidades integrantes da administração indireta, sendo 
dotadas exclusivamente de personalidade jurídica de direito público. 
Comentários: 
As fundações públicas, conforme analisamos, podem ser de direito público ou de direito privado. 
Gabarito: errado. 
 
Atividade 
Os fins a que se destinam as fundações públicas devem sempre possuir um caráter social. Com efeito, essas 
entidades não possuem fins lucrativos e, por conseguinte, seus recursos extras serão sempre aplicados no 
aprimoramento das finalidades da entidade. Assim, as fundações públicas não podem ser criadas para 
exploração de atividade econômica em sentido estrito; sendo que, para esse fim, o Estado deverá criar 
empresas públicas ou sociedades de economia mista. 
Nesse contexto, José dos Santos Carvalho Filho ensina que comumente se destinam as seguintes atividades 
às fundações públicas: 
▪ assistência social; 
▪ assistência médica e hospitalar; 
▪ educação e ensino; 
▪ pesquisa; e 
▪ atividades culturais. 
Fundação Pública
direito público criada por lei
direito privado autorizada por lei
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Um ponto relevante e divergente decorre da interpretação da confusa redação do inc. XIX, art. 37, da CF, 
que estabelece o seguinte: “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. 
Dessa forma, deverá ser editada uma “lei complementar” para estabelecer a área de atuação das fundações 
públicas. Todavia, como a mencionada lei complementar ainda não foi editada, surgem algumas 
divergências. Parte da doutrina entende que essa lei complementar deverá definir somente a área de 
atuação das fundações públicas de direito privado; enquanto a área de atuação das fundações públicas de 
direito público será disciplinada na respectiva lei instituidora. 
Os argumentos são consistentes, uma vez que as fundações públicas de direito público poderiam ser criadas 
para atividades diferentes daquelas mencionadas acima, podendo desempenhar atividades típicas de 
Estado, inclusive relacionadas com o poder de polícia. 
Assim, as fundações públicas de direito público desenvolveriam as atividades previstas em sua lei 
instituidora, podendo desempenhar até mesmo atividades típicas de Estado. Por outro lado, as fundações 
públicas de direito privado somente iriam desempenhar atividades não exclusivas de Estado, como saúde, 
assistência social, cultura, pesquisa, desporto, etc. 
Apesar de existirem posicionamentos diferentes, parece que o entendimento apresentado acima é o que 
será adotado pelo legislador. Nesse contexto, tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 
Complementar 92/20073, que tem por objetivo dispor sobre as áreas de atuação das fundações públicas. O 
art. 1º do mencionado projeto permite a instituição ou autorização de instituição de fundação pública com 
personalidade jurídica de direito público ou de direito privado, para, nesse último caso, desempenhar 
atividade estatal que não seja exclusiva de Estado, nas seguintes áreas: I - saúde; II - assistência social; III - 
cultura; IV - desporto; V - ciência e tecnologia; VI - meio ambiente; VII - previdência complementar do 
servidor público, de que trata o art. 40, §§ 14 e 15, da Constituição; VIII - comunicação social; e IX - 
promoção do turismo nacional. 
Parece clara, portanto, a intenção do legislador de dispor somente sobre as atividades das fundações 
públicas de direito privado. Ressalvamos, novamente, que se trata somente de um projeto de lei 
complementar, não sendo ainda uma norma vigente. 
 
(DPE AM - 2018) As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes características e 
contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao objeto cometido 
a cada uma. Nesse sentido, as fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, 
não se submetendo às regras do Código Civil. 
Comentários: 
 
3 PLC 92/2007. 
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As fundações públicas não possuem “necessariamente” personalidade de direito público, pois também 
podem ser constituídas com direito privado. 
Gabarito: errado. 
 
Regime jurídico 
Imunidade tributária 
Por força do art. 150, § 2º, da CF, as duas modalidades de fundação públicas (direito público ou direito 
privado) fazem jus à imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a”, da CF, pois a vedação de instituir 
impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, é extensiva às “fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público”. 
 
A imunidade tributária se aplicada às fundações públicas de direito público e de direito privado. 
 
Prerrogativas processuais e regime de precatórios 
As prerrogativas processuais, a exemplo do prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais 
e a sujeição ao duplo grau de jurisdição obrigatório, aplicam-se somente às fundações públicas de direito 
público, não alcançando as fundações de direito privado (CPC, arts. 183, caput, e 496, I). 
O regime de precatóriospara o pagamento de dívidas, em virtude de sentença judiciária, previsto no art. 
100 da CF, não se aplica às fundações públicas de direito privado, mas se aplicam às fundações públicas de 
direito público. 
 
Prerrogativa 
Fundação Pública 
Direito Público Direito Privado 
Imunidade tributária Sim Sim 
Prerrogativas processuais (prazos em dobro para as 
manifestações e duplo grau de jurisdição) 
Sim Não 
Regime de precatórios Sim Não 
 
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Patrimônio 
Os bens do patrimônio das fundações públicas de direito público são caracterizados como bens públicos, 
protegidos por todas as prerrogativas que o ordenamento jurídico contempla, como impenhorabilidade, 
imprescritibilidade e as restrições para alienação. 
Por outro lado, os bens das fundações públicas de direito privado, em regra, não se enquadram como bens 
públicos (são bens privados). Entretanto, quando seus bens forem empregados diretamente na prestação 
de serviços públicos, poderão receber algumas prerrogativas, como a impenhorabilidade, em decorrência 
do princípio da continuidade dos serviços públicos. 
Licitações e contratos 
A Lei 14.133/2021 (Nova Lei de Licitações e de Contratos) aplica-se integralmente às fundações públicas. 
Com efeito, nem a Lei 14.133/2021 nem a Constituição Federal fizeram diferença no que se refere à 
obrigação de licitar para as fundações públicas de direito público ou de direito privado. Por conseguinte, 
independentemente da natureza jurídica da fundação pública, ela deverá licitar e contratar na forma 
prevista na Lei 14.133/2021. 
Regime de pessoal 
Às fundações públicas de direito público aplica-se o mesmo regime jurídico das autarquias, ou seja, o 
regime jurídico único4. Por conseguinte, enquanto o regime jurídico único for estatutário, os agentes 
públicos dessas entidades serão considerados servidores públicos, ocupantes, portanto, de cargos 
públicos. 
A dúvida surge quanto às fundações públicas de direito privado. Os professores Marcelo Alexandrino e 
Vicente Paulo5 destacam que a Constituição Federal não fez nenhuma distinção quanto ao regime de 
pessoal para as fundações públicas de direito público ou de direito privado. Dessa forma, os autores 
entendem que, mesmo quando de direito privado, o pessoal dessas entidades seguirá o regime jurídico 
único. 
No entanto, José dos Santos Carvalho Filho6 entende que o regime estatutário é incompatível com a 
natureza de uma entidade de direito privado e, por conseguinte, entende que o pessoal das fundações 
públicas de direito privado se submete ao regime trabalhista comum, traçado na CLT. 
Este último posicionamento vem prevalecendo na legislação, de tal forma que as fundações de direito 
privado criadas mais recentemente estão adotando o regime de direito privado (CLT) para os seus 
empregados públicos. Por exemplo, a Lei 12.618/2012, que autorizou a criação das fundações públicas de 
direito privado destinadas a administrar e executar os planos de previdência complementar no âmbito 
 
4 Lembrando que a ADI 2.135/DF declarou inconstitucional, liminarmente, a redação do art. 39, caput, da CF, dada pela EC 
19/1998, com efeitos ex nunc. Dessa forma, a partir da decisão do STF, voltou a vigorar o regime jurídico único para os 
servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas. 
5 Alexandrino e Paulo, 2011, p. 61. 
6 Carvalho Filho, 2014, p. 534. 
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==1365fc==
federal (Funpresp-Exe, Jud e Leg), definiu que o regime de pessoas dessas entidades será o da legislação 
trabalhista. 
Em resumo, a melhor interpretação é de que as fundações de direito público adotam o regime de direito 
público (regime jurídico único), enquanto as fundações de direito privado adotam o regime de direito 
privado (legislação trabalhista). 
 
Ademais, independentemente do regime jurídico, o fato é que se aplicam aos agentes públicos das 
fundações as regras constitucionais como a vedação à acumulação de cargos e empregos públicos (CF, art. 
37, XVII); a necessidade de prévia aprovação em concurso público (CF, art. 37, II); o teto constitucional 
remuneratório (CF, art. 37, XI). 
Foro competente 
Para as fundações públicas de direito público da União, o foro competente será a Justiça Federal, seguindo 
as mesmas regras das autarquias (CF, 109, I)7. Para as fundações públicas de direito público estaduais e 
municipais, o foro competente será o da Justiça Estadual. 
Quanto às fundações públicas de direito privado, é bastante divergência sobre o assunto. No âmbito 
doutrinário, entende-se que o foro competente é o da Justiça Es0tadual. Podemos mencionar como um 
dos adeptos deste posicionamento o Prof. José dos Santos Carvalho Filho.8 
Todavia, o posicionamento jurisprudencial é diferente. O STJ já entendeu que as “fundações públicas 
federais, como entidades de direito privado, são equiparadas as empresas públicas, para os efeitos do artigo 
109, I, da Constituição da República”. 9 Em julgamento posterior, o STJ confirmou este posicionamento no10, 
concluindo que em fundações públicas de direito privado equiparam-se às empresas públicas no que se 
refere ao juízo competente. Conforme consta no art. 109, I, da Constituição Federal, compete à Justiça 
Federal processar e julgar as causas envolvendo empresa pública federal. 
Dessa forma, ainda que não seja um posicionamento consolidado, podemos afirmar que a doutrina entende 
que o foro competente para processar e julgar as causas envolvendo as fundações públicas de direito 
privado federais é o da Justiça Estadual; enquanto a jurisprudência entende que o foro é da Justiça Federal. 
 
 
7 RE 127.489/DF. 
8 Carvalho Filho, 2014, p. 536. 
9 CC 77/DF. 
10 CC 16.397/RJ. 
Fundação Pública
(regime de pessoal)
direito público
regime jurídico único (cargo 
público)
direito privado
legislação trabalhista
(emprego público)
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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
 
1. (Cebraspe – CAPES/2024) Determinada fundação pública federal pretendia realizar compra de 
produto de limpeza mediante contratação pública orçada em valor inferior a cinquenta mil reais. Para 
tanto, a autoridade competente da fundação decidiu realizar contratação direta por inexigibilidade de 
licitação. Uma empresa interessada na contratação apresentou recurso à instância superior daquela 
autoridade, alegando não se tratar de hipótese de inexigibilidade. A autoridade superior acatou o recurso 
da empresa, por entender não haver previsão legal de contratação direta no caso, e revogou a decisão 
do subordinado. 
A partir da situação hipotética precedente, julgue os itens que se seguem. 
As fundações públicas são órgãos despersonalizados da administração pública indireta e seus atos são 
administrativos. 
Comentário: as fundações públicas são entidades administrativas da administração pública indireta, ou 
seja, gozam de personalidade jurídica própria. Assim, a questão está errada. Quanto aos atos, em regra, as 
fundações públicas editam atos administrativos, especialmente quando gozam de personalidade jurídica 
de direito público. 
Gabarito: errado. 
2. (Cebraspe – Prefeitura de Camaçari - BA/2024) Considerando a classificação das entidades da 
administração indireta, assinale a opção que apresenta, sucessivamente, a natureza jurídica do Banco 
Central do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), da Universidade Federal da Bahia e do Banco doBrasil. 
a) autarquia, empresa pública, autarquia, autarquia e sociedade de economia mista 
b) sociedade de economia mista, autarquia, autarquia, sociedade de economia mista e empresa pública 
c) autarquia, sociedade de economia mista, autarquia, empresa pública e sociedade de economia mista 
d) empresa pública, autarquia, sociedade de economia mista, autarquia e autarquia 
e) autarquia, sociedade de economia mista, empresa pública, autarquia e autarquia 
Comentário: 
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Infelizmente, essas questões estão sendo cada vez mais comuns. O lado positivo é que conhecendo a 
natureza de duas entidades “mais famosas” já seria possível responder à questão (e tem três “famosas” na 
questão). 
O Bacen é uma autarquia federal. 
A Caixa Econômica é uma empresa pública e o Banco do Brasil é uma sociedade de economia mista. 
Lembre-se da comparação desses dois bancos estatais, pois isso essa relação não é incomum. 
Assim, já sabemos que o gabarito é a letra A. 
O Ibama e a Universidade Federal da Bahia são autarquias (normalmente, as universidades são autarquias). 
Gabarito: alternativa A. 
3. (Cebraspe – INPI/2024) As autarquias gozam de imunidade tributária recíproca, que veda a 
instituição de impostos sobre o seu patrimônio, ainda que o imóvel seja arrendado ou locado a empresa 
privada exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. 
Comentário: 
As autarquias, como entidades de direito público, gozam de uma série de privilégios. Alguns exemplos são: 
(i). imunidade tributária recíproca; 
(ii). impenhorabilidade de seus bens e de suas rendas; 
(iii). imprescritibilidade de seus bens; 
(iv). prescrição quinquenal; 
(v). créditos sujeitos à execução fiscal; 
(vi). prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais; 
(vii). duplo grau de jurisdição obrigatório 
Quanto à imunidade, a Constituição dispõe que é vedado aos entes públicos: “instituir impostos sobre: a) 
patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;” (CF, art. 150, VI, “a”). 
Essa vedação é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo poder público e à 
empresa pública prestadora de serviço postal, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços 
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes (CF, art. 159, § 2º). 
Por exemplo: um município não pode cobrar IPTU sobre o prédio em que funciona o INSS, que é uma 
autarquia federal. 
Porém, o STF decidiu que (RE 594.015, julgamento em 6/4/2017): 
IMUNIDADE – SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA ARRENDATÁRIA DE BEM DA UNIÃO – 
IPTU. Não se beneficia da imunidade tributária recíproca prevista no artigo 150, inciso VI, 
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alínea “a”, da Constituição Federal a sociedade de economia mista ocupante de bem 
público. 
No mesmo exemplo de antes, se o prédio do INSS estivesse sendo ocupado pela Petrobrás, caberia a 
cobrança do IPTU, uma vez que a sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica não 
goza da imunidade. 
O caso da questão é “ainda pior”, pois a empresa é privada, ou seja, nem mesmo compõe a Administração 
Pública, afastando assim a imunidade. 
Talvez você se pergunte: “mas a questão falou da autarquia e não da empresa privada”. Contudo, ainda 
assim o item estará errado, pois a questão é a destinação do imóvel. Como o uso é privado, haverá a 
cobrança dos impostos. Logo, o item está errado. 
Gabarito: errado. 
4. (Cebraspe – INSS/2022) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública, cabendo, em todos os 
casos, lei complementar para definir as áreas de atuação dessas entidades. 
Comentário: 
O art. 37, XIX da Constituição Federal prevê que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. 
Então, a lei complementar define a área de atuação das fundações públicas, mas não das demais entidades. 
Gabarito: errado. 
5. (Cebraspe – DPE TO/2022) Submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive no que tange aos direitos e às obrigações de natureza civil, comercial, tributária e trabalhista, 
a) sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica. 
b) sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos. 
c) fundações públicas. 
d) autarquias. 
e) agências reguladoras. 
Comentário: as fundações públicas, autarquias e agências reguladoras, com personalidade de direito 
público não se submetem ao regime próprio das empresas privadas, pois não são entidades empresariais, 
então já podemos descartar as alternativas C, D e E. 
Em relação às empresas públicas e às sociedades de economia mista, estas sim se submetem ao regime 
jurídico próprio das empresas privadas, inclusive no que tange aos direitos e às obrigações de natureza civil, 
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comercial, tributária e trabalhista, mas somente quando exploradoras de atividade econômica, nos termos 
do art. 173, § 1º, da CF/88. 
Portanto, nosso gabarito é a alternativa A. 
Gabarito: alternativa A. 
6. (Cebraspe – FUNPRESP-EXE/2022) As fundações públicas de direito privado, por sua natureza 
jurídica, podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império, assim como ocorre 
com as fundações públicas de direito público. 
Comentário: as fundações públicas de direito privado possuem natureza jurídica de direito privado, de 
forma que não possuem atribuições para exercer o poder de império, atribuído às entidades 
administrativas sob regime de direito público. 
Gabarito: errado. 
7. (Cebraspe – DPE RO/2022) A Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado de 
Rondônia (AGERO), criada mediante lei específica, possui personalidade jurídica própria de direito 
público, patrimônio e receita próprios, capacidade específica e restrita à sua área de atuação, bem como 
autonomia administrativa e financeira. A essa agência compete o poder de regulação, controle e 
fiscalização de serviços públicos delegados, permissionados ou autorizados. 
Com base no texto anterior, é correto afirmar que a AGERO é exemplo de 
a) fundação pública. 
b) fundação autárquica. 
c) consórcio público. 
d) autarquia. 
e) empresa pública. 
Comentário: 
a) as fundações públicas, na forma como previsto na Constituição Federal, tem sua criação autorizada por 
lei. Apenas quando são criadas sob regime de direito público é que são criadas diretamente pela lei e se 
assemelham às autarquias – ERRADA; 
b) as fundações públicas de direito público (fundações autárquicas) são criadas para o desempenho de 
atividades do Estado de ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da 
Administração Pública, nos limites da lei. De fato, podemos aplicar às funções autárquicas o regime das 
autarquias, mas historicamente as agências reguladoras são constituídas como autarquias e não como 
fundações – ERRADA; 
c) o consórcio público é a pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação, na forma da Lei 
no 11.107, de 2005, para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos 
de interesse comum – ERRADA; 
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d) a agência reguladora é entidade da Administração Indireta, em regra autarquia de regime especial, com 
a função de regular a matéria que se insere em sua esfera de competência, outorgada por lei. Então, a 
AGERO é um exemplo de autarquia – CORRETA; 
e) as empresas públicas são dotadas de personalidade jurídica de direito privado – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
8. (Cebraspe – DPE PI/2022) Assinale a opção correta, a respeito da administração indireta. 
a) É permitida a criação de autarquias por medida provisória, se houver urgência em descentralizar o poder 
estatal e formalizar atividades administrativas em caráter emergencial. 
b) Os bens de fundação pública que sejam advindos de entes privados são considerados bens privados. 
c) Agências reguladoras só podem ser criadas na esfera federal. 
d) Sociedades de economia mista são, obrigatoriamente, organizadas sob a forma de sociedade anônima. 
e) A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são exemplos de empresas públicas. 
Comentário: 
a) sinceramente, não vejo erro nesta questão. A Constituição Federal, expressamente, exige lei específica. 
No caso, a doutrina define a lei específica como uma lei ordinária. Entretanto, a medida provisória tem 
força de lei e não existe vedação, na CF, de utilização desse instrumento para os casos que exigem lei 
ordinária (e vedação é para matérias que exigem lei complementar – CF, art. 62, III). Há alguns casos de 
utilização de medida provisória para a criação de entidades administrativas, como ocorreu com a 
Autoridade Nacional de Proteção de Dados, que foi criada pela MP 1.124/2022 (inicialmente, ela foi criada 
como órgão, pela Lei 13.709/2018, mas depois foi “transformada” em autarquia). A banca marcou o item 
como errado, mas não vou defender o gabarito da avaliadora – ERRADA; 
b) os bens que passem a integrar o patrimônio de uma fundação pública são afetados ao regime público e 
considerados bens públicos – ERRADA; 
c) não há impedimento para criação das agências reguladoras em âmbito estadual, municipal ou distrital – 
ERRADA; 
d) exatamente. Nos termos do art. 4º da Lei n° 13.303/16, sociedade de economia mista é a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de 
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta – CORRETA. 
Gabarito: alternativa D. 
9. (Cebraspe – MPC PA/2019) Determinado governador pretende que sejam criadas uma nova 
autarquia e uma nova empresa pública em seu estado. 
Nessa situação, serão necessárias. 
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empresa pública. 
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b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da empresa 
pública. 
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da instituição da 
autarquia. 
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública estadual, não 
havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feita por lei. 
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para a autorização 
da criação da autarquia. 
Comentário: 
O art. 37, XIX da Carta Magna, determina que “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação”. Observe que as autarquias só podem 
ser criadas por lei específica, enquanto as sociedades de economia mista e empresas públicas somente 
precisam de autorização em lei para serem criadas. O gabarito é a letra B. 
Gabarito: alternativa B. 
10. (Cebraspe – DPE DF/2019) É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, 
desde que este encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse 
estritamente sobre a criação da entidade. 
Comentário: 
A iniciativa deve ser do Presidente da República, conforme art. 61, §1º, II, da CRFB: II – disponham sobre: 
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de 
sua remuneração; e b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços 
públicos e pessoal da administração dos Territórios; (…). Dessa forma, a criação de autarquia depende de 
projeto de iniciativa do chefe do Poder Executivo. 
Gabarito: errado. 
11. (Cebraspe – TCE RO/2019) A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD), sociedade de 
economia mista estadual, valendo-se de permissão genérica constante do ato normativo que autorizou 
sua criação, instituiu uma empresa subsidiária integral com o objetivo de desenvolver pesquisas para 
melhorar o abastecimento de água no estado. 
Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do STF, caso deseje alienar o controle acionário da 
subsidiária integral, o estado de Rondônia 
a) deverá obter autorização legislativa e proceder à licitação. 
b) deverá obter autorização legislativa, sendo dispensável a licitação, desde que observados os princípios 
da administração pública inscritos no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
c) não precisará obter autorização legislativa, mas será necessária a licitação na modalidade concorrência. 
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d) não precisará obter autorização legislativa, podendo realizar a alienação sem licitação, desde que se 
observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, 
respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. 
e) não precisará obter autorização legislativa, podendo a alienação ser realizada sem licitação e sem 
qualquer condicionante. 
Comentário: 
Segundo o entendimento da Suprema Corte, a alienação do controle acionário de empresas públicas e 
sociedades de economia mista exige autorização legislativa e licitação. Por outro lado, não se exige 
autorização legislativa para a alienação do controle de suas subsidiárias e controladas. Nesse caso, a 
operação pode ser realizada sem a necessidade de licitação, desde que siga procedimentos que observem 
os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da CF/88, respeitada, sempre, a exigência de 
necessária competitividade. (STF. Plenário. ADI 5624 MC-Ref/DF, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado 
em 5 e 6/6/2019 (Info 943)). 
Em resumo: 
o alienação da EP e SEM (matriz): licitação e autorização legislativa; 
o alienação de subsidiárias e controladas: não precisa de licitação ou de autorização legislativa, mas 
de mero procedimento competitivo. 
Portanto, ficamos com a letra D. Vejamos os erros das demais: 
a) e b) não será necessária a autorização legislativa – ERRADAS; 
c) não será necessário a realização de licitação, conforme vimos acima – ERRADA; 
e) temos “condicionantes”, quais sejam: realizar um procedimento competitivo que observe os princípios 
constitucionais – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
12. (Cebraspe – PGE PE/2019) A criação de fundações públicas de direito público ocorre por meio de 
lei, não sendo necessária a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas. 
Comentário: 
As fundações públicas podem possuir natureza jurídica de direito público ou de direito privado. No primeiro 
caso, elas são criadas por lei; enquanto, no segundo, elas recebem autorização legislativa, mas só adquirem 
personalidadejurídica com o registro do ato constitutivo. 
Assim, nem sempre terá que ocorrer o registro, pois, no caso das fundações públicas de direito público, a 
aquisição da personalidade jurídica ocorre com a vigência da lei, dispensando o registro. 
Gabarito: correto. 
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13. (Cebraspe – TJ PR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração 
pública são 
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público, a partir da 
descentralização de poderes. 
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. 
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. 
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas. 
Comentário: 
a) as pessoas jurídicas de direito privado que compõe a administração pública não são, em regra, investidas 
de poderes de autoridade, bem como não realizam, necessariamente, funções de interesse público, 
embora devam perseguir, em qualquer caso, uma finalidade pública específica definida na lei que autorizou 
a sua criação. Por exemplo: quando o Banco do Brasil concede ou nega um empréstimo, ele estará 
exercendo um ato de natureza comercial, sem qualquer “poder de autoridade” – ERRADA; 
b) a administração direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas do Estado (União, 
Estados-membros, Distrito Federal e Municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício, 
de forma centralizada, de atividades administrativas. Por outro lado, as entidades administrativas 
compõem a administração indireta, sendo que, nesse caso, teremos pessoas jurídicas de direito público ou 
de direito privado. Ademais, as pessoas jurídicas de direito privado são fundações públicas de direito 
privado), as empresas públicas e as sociedades de economia mista. Além disso, há uma série de pessoas 
jurídicas de direito privado que não fazem parte da administração, como as entidades paraestatais e as 
empresas privadas. Logo, de tudo isso, podemos perceber que as pessoas de direito privado NÃO 
compõem a administração direta, em qualquer caso – ERRADA; 
c) enquanto as autarquias e as fundações públicas de direito público são criadas por lei, as pessoas jurídicas 
de direito privado integrantes da administração indireta (empresa pública, sociedade de economia mista e 
fundação pública de direito privado) são constituídas mediante autorização legal e registro de seus atos 
constitutivos no Cartório de Pessoas Jurídicas ou na Junta Comercial, conforme tenha, respectivamente, 
natureza cível ou empresarial, tal qual as pessoas jurídicas não estatais (privadas) em geral – CORRETA; 
d) a instituição de pessoas jurídicas de direito privado para compor a administração pública é fenômeno de 
descentralização – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
14. (Cebraspe – SEFAZ RS/2019) A entidade da administração pública indireta criada por meio de lei 
para desempenho de atividades específicas, com personalidade jurídica pública e capacidade de 
autoadministração é a 
a) autarquia. 
b) fundação privada. 
c) sociedade de economia mista. 
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d) empresa pública. 
e) empresa subsidiária. 
Comentário: 
a) a autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, 
para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos 
limites da lei – CORRETA; 
b) a fundação privada não pertence ao quadro da administração pública. Não confunda fundação privada 
com a fundação pública de direito privado, já que esta última é que compõe a administração indireta – 
ERRADA; 
c) e d) as empresas estatais dividem-se em empresas públicas e sociedades de economia mista. As duas são 
entidades administrativas, integram a administração indireta, possuem personalidade jurídica de direito 
privado, têm sua criação autorizada em lei e podem ser criadas para explorar atividade econômica ou 
prestar serviços públicos – ERRADAS; 
e) para que as entidades da administração indireta criem subsidiárias ou participem em empresas privadas, 
deverá existir autorização em lei, bastando para tanto a existência de autorização legislativa genérica. Com 
efeito, a empresa subsidiária possui personalidade de direito privado e não é pacífico se elas compõem ou 
não a administração – ERRADA. 
Gabarito: alternativa A. 
15. (Cebraspe – Prefeitura de Boa Vista/2019) A criação de empresa pública é um exemplo de 
descentralização de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da 
empresa pública dependa de autorização legislativa. 
Comentário: 
O procedimento de criação de uma empresa estatal depende de uma fase que envolve a autorização 
legislativa e de outra etapa que consiste no registro de seus atos constitutivos em cartório. 
Assim, na prática, a criação em si não difere da forma como um particular faz para criar uma empresa 
privada. Nos dois casos, a entidade ganha a personalidade jurídica com o registro do ato constitutivo. A 
diferença é que, antes do procedimento de criação, há a necessidade de autorização legislativa. 
Ademais, a criação dessas entidades decorre de um processo de descentralização (por outorga), como 
mencionado no início da afirmativa. 
Gabarito: correto. 
16. (Cebraspe – TJ PA/2019) Com relação à distinção entre empresa pública e sociedade de economia 
mista, assinale a opção correta. 
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a) Empresa pública é uma entidade privada criada por lei com a finalidade de realizar um serviço público, 
enquanto a sociedade de economia mista é criada de forma similar às empresas privadas, com a finalidade 
de exercer atividade econômica. 
b) Empresa pública possui personalidade jurídica de direito público, enquanto a sociedade de economia 
mista possui personalidade jurídica de direito privado. 
c) Na empresa pública, o capital é exclusivo das pessoas jurídicas de direito público; na sociedade de 
economia mista, o poder público detém a maioria das ações com direito a voto, mas pode haver 
participação privada no capital. 
d) Na empresa pública, as ações com direito a voto são exclusivas do ente público que a controla; na 
sociedade de economia mista, o ente público controla a maior parte do capital, mas pode não possuir a 
maioria das ações com direito a voto. 
e) Na empresa pública, o capital social é inteiramente público; na empresa de economia mista, o poder 
público detém a maioria do capital social da empresa. 
Comentário: 
a) tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista têm sua criação autorizada por lei, 
e ambas têm personalidade jurídica de direito privado, sendo criadas para a exploração de atividade 
econômica ou para a prestação de serviços públicos – ERRADA; 
b) ambas possuem personalidade jurídica de direito privado – ERRADA; 
c) analisando individualmente, eu marcaria essa alternativa como errada. Porém, ela é a “menos errada” e, 
por isso, será o gabarito. Uma diferença importante entre as empresas estatais é que o capital da EP é 
totalmente público, enquanto das sociedades de economia mista é público e privado (mas a maioria deverá 
pertencer ao poder público). Nessa linha, a questão é certa. Porém, ela tem uma grande falha, já que a Lei 
das Estatais menciona expressamente que: “desde que a maioria do capital votante permaneça em 
propriedade da União, do Estado,do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da empresa 
pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da 
administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. Ora, as entidades da 
administração indireta podem ser de direito público ou de direito privado. Logo, nada impede que uma 
outra empresa pública ou até mesmo uma sociedade de economia mista (entidades de direito privado) 
detenham parcela do capital de uma EP. Assim, o trecho “exclusivo das pessoas jurídicas de direito público” 
também está errado. Infelizmente, isso acontece em algumas questões de prova. Segue o jogo – CORRETA; 
d) tanto nas empresas públicas quanto nas sociedades de economia mista o ente que as instituiu deve 
possuir a maioria do capital votante, uma vez que deverá possuir o “controle acionário” da entidade – 
ERRADA; 
e) não existe “empresa de economia mista”, mas sociedade de economia mista. Além disso, na verdade, o 
ente tem que ter a “maioria” das “ações com direito a voto” (L13303, art. 4º) – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
17. (Cebraspe – SLU DF/2019) As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios 
comuns aos demais entes da administração indireta. 
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Comentário: 
As fundações públicas estão sujeitas ao regime licitatório sim, nos termos do art. 1º, parágrafo único, da 
Lei nº 8.666/93: 
Art. 1º [...] 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, 
os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades 
de economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
Assim, independentemente da natureza jurídica da fundação pública (direito público ou direito privado), a 
fundação pública deverá licitar e contratar na forma prevista na Lei 8.666/1993. 
Gabarito: errado. 
18. (Cebraspe – PGE PE/2019) Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas 
sob qualquer forma empresarial admitida em direito, as sociedades de economia mista somente podem 
constituir-se sob a forma de sociedade anônima. 
Comentário: 
Essa é uma importante diferença entre as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
Nesse sentido, nos termos do art. 5º da Lei 13.303/2016, as sociedades de economia mista devem, 
obrigatoriamente, ter a forma de sociedade anônima (S/A). Por outro lado, as empresas públicas podem 
ser formadas sob qualquer forma admitida em direito. 
Gabarito: correto. 
19. (Cebraspe – CGM João Pessoa/2018) As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime 
trabalhista próprio das empresas privadas. 
Comentário: 
As EP e SEM seguem algumas normas de direito privado, como a contratação de pessoal pelo regime 
celetista, ao mesmo tempo em que se submetem a normas de direito público, como os princípios 
administrativos constitucionais e o dever de licitar e de fazer concurso público. Nesse contexto, vale citar a 
redação do art. 173, § 1º, II, da CF: “a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive 
quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários”. 
Gabarito: correto. 
20. (Cebraspe – CGM João Pessoa/2018) A empresa pública, entidade da administração indireta, 
possui personalidade jurídica de direito público. 
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Comentário: 
A personalidade jurídica das EP e das SEM é de direito privado. 
Gabarito: errado. 
21. (Cebraspe – STM/2018) Julgue o item que se seguem à luz do Decreto-lei n.º 200/1967. 
A supervisão ministerial sobre a administração indireta pode exercer medida de intervenção por motivo de 
interesse público. 
Comentário: 
Essa é a previsão contida no art. 26, parágrafo único, ‘i’, do DL 200/67: “A supervisão exercer-se-á mediante 
adoção das seguintes medidas, além de outras estabelecidas em regulamento: i) intervenção, por motivo 
de interesse público”. 
Gabarito: correto. 
22. (Cebraspe – CAGE RS/2018) Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades 
de economia mista e às empresas públicas. 
a) Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra. 
b) Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado. 
c) Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no mercado competitivo. 
d) São criadas por lei. 
e) Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas. 
Comentário: 
a) as EP e as SEM não têm direito, em regra, à prerrogativa de execução via precatório (STF; RE 851711 
AgR/DF; 12/12/2017 - Info 888). Em regra, as empresas estatais estão submetidas ao regime das pessoas 
jurídicas de direito privado (execução comum). No entanto, é possível aplicar o regime de precatórios para 
empresas públicas e sociedades de economia mista que prestem serviços públicos e que não concorram 
com a iniciativa privada (serviço público próprio do Estado e de natureza não concorrencial) (STF; RE 627242 
AgR, 02/05/2017 - Info 858) – ERRADA; 
b) as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não 
extensivos às do setor privado (CF, art. 173, § 2º) – CORRETA; 
c) pelo contrário, precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no mercado 
competitivo (Lei nº 13.330/16, art. 28) – ERRADA; 
d) são autorizadas por lei (CF, art. 37, XIX) – ERRADA; 
e) de acordo com o entendimento do STF, independentemente da natureza da atividade desempenhada, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista submetem-se ao controle do tribunal de contas. 
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Cumpre anotar que atualmente o tema também está disciplinado na Lei 13.303/2016, que dispõe 
expressamente que as empresas estatais submetem-se ao controle do sistema de controle interno e do 
tribunal de contas competente (arts. 85 e 87) – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
23. (Cebraspe – STM/2018) Julgue o item que se seguem à luz do Decreto-lei n.º 200/1967. 
As entidades que possuem personalidade jurídica de direito privado e são criadas para a exploração de 
atividade econômica sob a forma de sociedades anônimas são denominadas fundações públicas. 
Comentário: 
De acordo com o referido Decreto, a sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade 
jurídica de direito privado, “criada por lei” para a exploração de atividade econômica, sob a forma de 
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da 
Administração Indireta (art. 5º, III). Todavia, a expressão “criada por lei” não foi recepcionada pela CF de 
88, uma vez que a criação é apenas autorizada em lei. Nesta linha, a redação da Lei 13.303/2016 é mais 
adequada atualmente: 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com 
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos 
Municípios ou a entidade da administração indireta 
Já a fundação pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado (ou público), sem 
fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa (ou diretamente por lei), para o 
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com 
autonomia administrativa,patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento 
custeado por recursos da União e de outras fontes (art. 5º IV). 
Gabarito: errado. 
24. (Cebraspe – STM/2018) Por ser dotada de personalidade jurídica de direito público e integrar a 
administração pública indireta, a empresa pública não pode explorar atividade econômica. 
Comentário: 
Tanto as empresas públicas como as sociedades de economia mista podem desempenhar dois tipos de 
atividades: 
a) exploração de atividade econômica; ou 
b) prestação de serviços públicos. 
Além disso, elas possuem personalidade jurídica de direito privado. 
Gabarito: errado. 
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25. (Cebraspe – ABIN/2018) Fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de 
direito público ligadas à administração indireta. 
Comentário: 
A Profª. Maria Sylvia Zanella Di Pietro apresenta a seguinte definição para as fundações públicas: 
[...] pode-se definir a fundação instituída pelo Poder Público como o patrimônio, total ou 
parcialmente público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado e 
destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade de 
autoadministração e mediante controle da Administração Pública (integra a administração 
indireta), nos limites da lei. 
Gabarito: errado. 
26. (Cebraspe – EMAP/2018) A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se 
refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público. 
Comentário: 
Ambas as entidades possuem personalidade jurídica de direito privado. 
Gabarito: errado. 
27. (Cebraspe – EMAP/2018) A criação de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação deve ser autorizada por ato do chefe do Poder Executivo. 
Comentário: 
Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as 
áreas de sua atuação (art. 37, XIX). Logo, a autorização não é por ato do Executivo, mas sim por lei. 
Gabarito: errado. 
28. (Cebraspe – EMAP/2018) Sociedade de economia mista é empresa estatal com personalidade 
jurídica de direito privado; seu capital é oriundo tanto da iniciativa privada quanto do poder público. 
Comentário: 
Sociedade de economia mista é definida como a entidade dotada de personalidade jurídica de direito 
privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da 
administração indireta (Lei 13.303/2016, art. 4º). Nas SEM podem ser conjugados recursos de pessoas de 
direito público ou de outras pessoas administrativas com recursos de particulares. No entanto, o controle 
acionário da entidade deve permanecer com o ente instituidor, logo a maioria do capital votante sempre 
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==1365fc==
pertencerá ao ente que instituiu a entidade. Como exemplos, podemos mencionar o Banco do Brasil S.A.; 
o Banco da Amazônia; a Petróleo Brasileiro S.A. – Petrobrás. 
Gabarito: correto. 
29. (Cebraspe – MPE PI/2018) Apesar de terem o tipo societário de sociedade anônima, as sociedades 
de economia mista são pessoas jurídicas de direito público. 
Comentário: 
Elas são sociedades anônimas, todavia, a personalidade jurídica das SEM será de direito privado. 
Gabarito: errado. 
30. (Cebraspe – MPE PI/2018) Fundação pública é a entidade da administração indireta vinculada ao 
ministério cuja área de competência enquadre a principal atividade dessa fundação. 
Comentário: 
As fundações públicas são entidades administrativas de direito público ou privado, criadas para o 
desempenho de atividade de interesse social, como educação, cultura ou desporto. Vale lembrar que as 
fundações, assim como as demais entidades administrativas, estão vinculadas ao ente instituidor, 
normalmente ao ministério (ou secretaria) relativa à sua área de atuação. 
Gabarito: correto. 
31. (Cebraspe – TCE PB/2018) As entidades que integram a administração pública indireta incluem as 
a) autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
b) secretarias estaduais, as autarquias e as fundações privada. 
c) autarquias, as fundações e as organizações sociais. 
d) organizações sociais, os serviços sociais autônomos e as entidades paraestatais. 
e) empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos. 
Comentário: 
A Administração Pública Indireta é composta pelas entidades administrativas, que possuem personalidade 
jurídica própria e são responsáveis por executar atividades administrativas de forma descentralizada. São 
elas: as autarquias, as fundações públicas e as empresas estatais (empresas públicas e sociedades de 
economia mista). 
Gabarito: alternativa A. 
32. (Cebraspe – TRE BA/2017) Assinale a opção correta no que tange às entidades públicas em espécie 
e à administração direta e indireta. 
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a) As fundações públicas são entidades integrantes da administração indireta, sendo dotadas 
exclusivamente de personalidade jurídica de direito público. 
b) Criada por força de autorização legal como instrumento de ação do Estado, uma empresa pública federal 
é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica de direito público. 
c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias sob regime especial criadas com a finalidade de 
disciplinar e controlar certas atividades econômicas. 
d) As sociedades de economia mista são submetidas a regras especiais, sendo constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas com direito a voto devem pertencer, em sua 
maioria, ao ente federativo. 
e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração direta federal, 
são instrumentos de ação do Estado, logo, são entidades voltadas à busca de interesse público. 
Comentário: 
a) as fundações públicas integram a administração indireta, mas podem ser de direito público ou de direito 
privado – ERRADA; 
b) as empresas públicas têm personalidade jurídica de direito privado – ERRADA; 
c) essa é a descrição correta das agências reguladoras. Dizemos que elas possuem um regime especial, pois 
essas entidades possuem algumas características distintivas das demais autarquias, concedendo-lhes maior 
autonomia ou independência em relação ao ente instituidor, como é o caso do mandato fixo de seus 
membros e a sua competência regulatória – CORRETA; 
d) a sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam 
em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração 
indireta – ERRADA; 
e) as empresas estatais integram a administração indireta, e são constituídas para a exploração de atividade 
econômica pelo Estado, de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda que a 
atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de serviços 
públicos – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
33. (Cebraspe – TRE PE/2017) As empresas públicas 
a) admitem a criação de subsidiárias, exigindo-se, para tanto, autorização legislativa. 
b)(art. 3º, parágrafo único). 
Art. 3º Empresa pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
com criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é 
integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos 
Municípios. 
Parágrafo único. Desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade da 
União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da 
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, 
bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Em breve, teceremos alguns comentários em relação à composição do capital social da empresa pública, já 
que existem algumas observações relevantes. 
Por sua vez, sociedade de economia mista é definida pela Lei das Estatais como: 
Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de 
direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta. 
Das definições acima, é possível confirmar que há muito mais semelhanças do que diferenças entre essas 
duas entidades administrativas. Por enquanto, não vamos nos preocupar com as diferenças, pois teremos 
um capítulo próprio para isso. 
 
 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro cita como traços comuns às empresas públicas e às sociedades de 
economia mista: 
a) a criação e extinção autorizadas por lei; 
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b) personalidade jurídica de direito privado; 
c) sujeição ao controle estatal; 
d) derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público; 
e) vinculação aos fins definidos na lei instituidora; 
f) desempenho de atividade de natureza econômica. 
 
A expressão “derrogação parcial” significa que parte do regime de direito privado é substituído pelo regime 
de direito público (ou vice-versa: parte do regime de direito público é substituído pelo regime de direito 
privado). Conforme veremos adiante, o regime das empresas estatais é misto, com aplicação simultânea 
de regras de direito público (princípios constitucionais, concurso público, licitação) e de direito privado 
(sujeição ao regime próprio das empresas privadas). Logo, o regime é híbrido, ora com predomínio de 
normas de direito público, ora com predomínio de regras de direito privado. 
 
EP e SEM 
Fundamento ▪ imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo. 
Características 
comuns 
▪ criação autorizada por lei; 
▪ personalidade jurídica de direito privado; 
▪ regime misto (regras de direito público e de direito privado); 
▪ atividades: exploração de atividade econômica ou prestação de serviços públicos; 
 
Vejamos como isso já foi cobrado em prova! 
 
(FUB - 2015) Tanto na empresa pública, quanto na sociedade de economia mista, há derrogação apenas 
parcial do regime de direito público pelo regime de direito privado. 
Comentários: 
Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, há aplicação de regime jurídico híbrido, ou seja, 
ocorre a aplicação simultânea de normas de direito público (concurso, licitação, princípios) com normas de 
direito privado (obrigações civis, comerciais, trabalhistas, tributárias). Logo, podemos dizer que há 
derrogação parcial do regime de direito público pelo de direito privado (ou vice-versa). 
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Gabarito: correto. 
 
Criação e ext in ção 
Criação e ext in ção d as em p resas est at ais 
Nos termos do inc. XIX, art. 37, da CF/88, a instituição de empresa pública e de sociedade de economia 
mista deve ser autorizada por lei específica. Após a edição da lei autorizativa, será elaborado o ato 
constitutivo, cujo registro no órgão competente significará o início da personalidade jurídica da entidade. 
Assim, as empresas públicas e sociedades de economia mista nascem, efetivamente, após o registro de seu 
ato constitutivo no órgão competente. 
Com efeito, conforme estabelece a Constituição, a lei de autorização deverá ser específica. Não significa 
que a lei deverá tratar tão somente da criação da EP e da SEM, mas sim que o assunto (matéria) da lei 
deverá ser relacionado com as competências da nova entidade. Assim, não poderá uma lei abordar um 
assunto e, de forma genérica, autorizar a criação de uma empresa pública. Deverá a norma, isso sim, tratar 
da matéria relacionada com a empresa, disciplinando a sua finalidade, estabelecendo diretrizes, 
competências, estrutura, etc. 
A entidade possui personalidade de direito privado, pois a sua forma de criação é equivalente à criação de 
entidades particulares, com a diferença de que a criação da empresa estatal exige prévia autorização legal. 
Após a autorização legislativa, deve o Estado providenciar a elaboração do estatuto ou ato constitutivo, 
que será inscrito em registro próprio, passando a constar no banco de dados do Registro Público de 
Empresas Mercantis e Atividades Afins, na forma definida pelo Código Civil. 
Em geral, o ato constitutivo é elaborado por meio de decreto. Segundo Alexandrino e Paulo, utiliza-se o 
decreto para dar publicidade ao estatuto, no entanto, a criação efetiva da entidade só ocorrerá no 
momento do registro do órgão competente, e não na data de publicação do decreto. Logo, o decreto, em 
si, é utilizado apenas para fins de transparência. 
A extinção das EP e das SEM, por outro lado, não exige lei específica. Segundo o STF, basta uma autorização 
legislativa genérica, prevista em lei que veicule programa de desestatização, para autorizar a 
desestatização (privatização ou extinção) de empresa estatal. Por exemplo, o Programa Nacional de 
Desestatização – PND (Lei 9.491/1997) e o Programa de Parceria de Investimentos (Lei 13.334/2016) 
autorizam genericamente a desestatização de empresas estatais, conforme critérios definidos nestas leis. 
Somente será exigida autorização legislativa específica quando a própria lei que autorizou a criação exigir 
que a extinção dependerá de autorização legislativa específica. 
Assim, o Poder Executivo não poderá dar fim às EP e SEM por ato de sua competência exclusiva, reclamando 
a autorização do Poder Legislativo, seja por lei genérica ou por lei específica. 
Vamos resolver uma questão! 
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(TRE PE - 2017) As empresas públicas são criadas por lei. 
Comentários: 
A criação das empresas públicas e das sociedades de economia mista não é realizada por lei, mas apenas 
autorizada. Após a edição da lei, a criação dependerá de atos complementares, efetivando-se com o 
registro do ato constitutivo. 
Gabarito: errado. 
 
In st it u ição de sub sid iár ia e p art icip ação em em p resa p rivad a 
O inc. XX do art. 37 da Constituição Federal disciplina a criação das subsidiárias das entidades da 
Administração Indireta ou sua participação em empresa privada, vejamos:2 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das 
entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas 
em empresa privada; 
Uma subsidiária é uma empresa controlada pela empresa matriz. Trata-se, portanto, de uma entidade com 
personalidade jurídica própria, controlada por outra empresa. Por exemplo, a Caixa Seguridade e a Caixa 
Cartões são empresas subsidiárias da Caixa Econômica Federal.dispensam, para sua extinção, autorização legislativa. 
c) integram a administração direta. 
d) possuem regime jurídico de direito público. 
e) são criadas por lei. 
Comentário: 
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Na forma do conceito trazido pela recente “Lei das Estatais” (13.303/16), a empresa pública é a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado (alternativa D), com criação autorizada por lei 
(alternativas B e E) e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos 
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. No caso da extinção, basta autorização legislativa 
genérica, mas tem que ter autorização legislativa ainda assim (letra B). Essas entidades integram a 
administração indireta (alternativa C), e admitem a criação de subsidiárias, cuja criação, de fato, depende 
de autorização legislativa (alternativa A). 
Gabarito: alternativa A. 
34. (Cebraspe – SEDF/2017) Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito 
privado, as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de celebrar contratos 
destinados à prestação de serviços por terceiros. 
Comentário: 
É verdade. As regras de direito privado prevalecem nesse tipo de entidade, mas são derrogadas 
parcialmente em algumas situações, como é o caso da necessidade de licitar para efetuar as suas compras 
e contratar serviços, bem como da necessidade da realização de concurso público para contratação de 
pessoal. 
Gabarito: correto. 
35. (Cebraspe – SEDF/2017) As autarquias e as empresas públicas têm personalidade jurídica de 
direito público, e as sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado. 
Comentário: 
As autarquias e as fundações públicas de direito público são as entidades administrativas que têm 
personalidade de direito público; as fundações públicas de direito privado, as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista, por sua vez, possuem personalidade de direito privado. 
Gabarito: errado. 
36. (Cebraspe – SEDF/2017) Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou 
sua natureza jurídica, podem participar do capital das empresas públicas. 
Comentário: 
Na forma do art. 3º, parágrafo único da Lei 13.303/16, desde que a maioria do capital votante permaneça 
em propriedade da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital da 
empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de 
entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Gabarito: correto. 
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37. (Cebraspe – SEDF/2017) Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de 
economia mista não se subordinam hierarquicamente ao ente político que as criou. Exatamente por isso 
elas não sofrem controle pelos tribunais de contas. 
Comentário: 
De fato, não há hierarquia entre a entidade da administração indireta e a pessoa política que a criou. Mas 
isso não significa que essas entidades não se submetam ao controle dos tribunais de contas. Sobre o tema, 
o STF entende que as empresas públicas e as sociedades de economia mista estão sujeitas à fiscalização do 
Tribunal de Contas, motivo pelo qual têm o dever de prestar contas anuais ou até mesmo instaurar tomada 
de contas especial no caso de irregularidade na aplicação de recursos públicos, quando for o caso (STF MS 
25.092, julgamento em 10/11/2005). 
Gabarito: errado. 
38. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) O principal critério de distinção entre empresa pública e 
sociedade de economia mista é que esta integra a administração indireta, enquanto aquela integra a 
administração direta. 
Comentário: 
Tanto a empresa pública como a sociedade de economia mista integram a Administração indireta. Logo, 
isso não é um critério diferenciador dessas entidades. 
Gabarito: errado. 
39. (Cebraspe – TRT CE/2017) A respeito do regime jurídico das empresas públicas e das sociedades 
de economia mista federais, assinale a opção correta. 
a) As empresas públicas somente poderão adotar a forma de sociedade anônima. 
b) As causas em que as empresas públicas figurarem como autoras serão processadas na justiça comum do 
estado da Federação onde estiverem sediadas. 
c) Os empregados dessas empresas ou dessas sociedades não poderão cumular seus empregos com outros 
empregos, cargos e funções públicas, a não ser nas hipóteses constitucionalmente previstas. 
d) Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime falimentar. 
Comentário: 
Vamos analisar diretamente as alternativas: 
a) as empresas públicas admitem qualquer forma prevista em direito. São as sociedades de economia mista 
que somente podem ser sociedades anônimas – ERRADA; 
b) note que o enunciado trata de “empresas públicas e sociedades de economia mista federais”. Somente 
por causa dessa observação é que este item está incorreto, pois as causas das empresas públicas federais, 
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em regra, são solucionadas na justiça federal, ao passo que as causas das sociedades de economia mista 
federais são resolvidas na justiça comum estadual – ERRADA; 
c) exato, pois a vedação de acumulação de cargos também alcança os empregos públicos, consoante o art. 
37, XVII, da Constituição Federal – CORRETA; 
d) as empresas públicas e sociedades de economia mista não se submetem ao regime falimentar (Lei 
11.101/2005, art. 2º) – ERRADA; 
Gabarito: alternativa C. 
40. (Cebraspe – TRT CE/2017) Pessoa jurídica da administração indireta criada por lei específica, com 
personalidade jurídica e patrimônio próprio, e que realiza apenas atividades de interesse público 
denomina-se 
a) empresa pública. 
b) sociedade de economia mista. 
c) fundação pública. 
d) autarquia. 
Comentário: 
O gabarito da banca foi a letra C. Bom, de fato, as fundações públicas podem ser criadas por lei específica 
e a área de atuação delas é ligada às atividades de interesse público. Contudo, temos dois problemas. 
Primeiro que nem toda fundação é criada por lei específica, pois existem fundações cuja criação é 
autorizada por lei específica (são as fundações públicas de direito privado). Outro problema é que as 
autarquias também exercem atividades de interesse público. Costuma-se dizer que as autarquias exercem 
atividades típicas de Estado, mas isso não deixa de ser atividade de interesse público. Logo, tanto a letra C 
como a letra D estão corretas (sendo que a D é até “mais correta”). Na época, sugerimos que nossos alunos 
entrassem com recurso pedindo a anulação, mas a banca manteve o gabarito. 
Gabarito: alternativa C. 
41. (Cebraspe – TRT 8ª Região/2016 – adaptada) As sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica não estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União. 
Comentário: 
As bancas gostam de cobrar este assunto, tendo em vista que, antigamente, entendia-se que as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista não se submetiam ao controle dos tribunais de contas. Esse 
entendimento foi superado por intermédio do MS 25.092, julgado em 10/11/2005, cuja ementa tem a 
seguinte redação: 
Ao TCU compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens 
e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades 
instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daquelesque derem causa a 
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perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; Lei 8.443, 
de 1992, art. 1º, I). “As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da 
administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não obstante os seus 
servidores estarem sujeitos ao regime celetista.” (MS 25.092, rel. min. Carlos Velloso, 
julgamento em 10-11-2005, Plenário, DJ de 17-3-2006.) No mesmo sentido: RE 356.209-AgR, 
rel. min. Ellen Gracie, julgamento em 1º-3-2011, Segunda Turma, DJE de 25-3-2011 
Logo, independentemente da natureza da atividade desempenhada, as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista submetem-se ao controle do tribunal de contas. 
Cumpre anotar que atualmente o tema também está disciplinado na Lei 13.303/2016, que dispõe 
expressamente que as empresas estatais submetem-se ao controle do sistema de controle interno e do 
tribunal de contas competente (arts. 85 e 87). 
Gabarito: errado. 
42. (Cebraspe – TJDFT/2016 - adaptada) No que se refere a características e regime jurídico das 
entidades da administração indireta, assinale a opção correta. 
a) As agências reguladoras são fundações de regime especial, cuja atividade precípua é a regulamentação 
de serviços e de atividades concedidas, que possuem regime jurídico de direito público, autonomia 
administrativa e diretores nomeados para o exercício de mandato fixo. 
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público com autonomia administrativa, beneficiadas pela 
imunidade recíproca de impostos sobre renda, patrimônio e serviços, cujos bens são passíveis de aquisição 
por usucapião e cujas contratações são submetidas ao dever constitucional de realização de prévia 
licitação. 
c) As sociedades de economia mista, cuja criação é autorizada por meio de lei específica, possuem 
personalidade jurídica de direito privado, são constituídas sob a forma de sociedade anônima e aplica-se 
ao pessoal contratado o regime de direito privado, com empregados submetidos ao regime instituído pela 
legislação trabalhista. 
d) As empresas públicas, que possuem personalidade jurídica de direito público, são organizadas sob 
qualquer das formas admitidas em direito, estão sujeitas à exigência constitucional de contratação 
mediante licitação e têm quadro de pessoal instituído pela legislação trabalhista, cuja contratação 
condiciona-se a prévia aprovação em concurso público. 
e) As agências executivas são compostas por autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de 
economia mista que celebram contrato de gestão com órgãos da administração direta a que estão 
vinculadas, com vistas ao aprimoramento de sua eficiência no exercício das atividades-fim e à diminuição 
de despesas. 
Comentário: 
Essa questão é excelente para resumir alguns conceitos! Vamos analisar cada alternativa: 
a) essa opção é ótima para entender o conceito de agência reguladora. Ela está “quase 100%”, salvo o 
trecho que menciona que as agências são “fundações em regime especial”. Bastaria substituir “fundações” 
por “autarquias” e o item estaria correto: “As agências reguladoras são fundações autarquias de regime 
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especial, cuja atividade precípua é a regulamentação de serviços e de atividades concedidas, que possuem 
regime jurídico de direito público, autonomia administrativa e diretores nomeados para o exercício de 
mandato fixo” – ERRADA; 
b) essa alternativa também tem um erro sútil. Os bens das autarquias são bens públicos e, por isso, são 
impenhoráveis (não podem ser objeto de penhora); imprescritíveis (não podem ser adquiridos por meio de 
usucapião); e possuem restrições quanto à alienação. O restante da alternativa está correto – ERRADA; 
c) perfeito! As SEM precisam de autorização por meio de lei específica para sua criação; têm personalidade 
jurídica de direito privado; somente admitem a forma de sociedade anônima (S/A); e o seu pessoal 
submete-se à legislação trabalhista, ou seja, ao regime de direito privado – CORRETA; 
d) o único erro está em dizer que as EP possuem personalidade de direito público (é direito privado), pois 
o restante da afirmativa está correto – ERRADA; 
e) as agências executivas envolvem apenas as autarquias e fundações públicas que firmarem um contrato 
de gestão com os órgãos a que estão vinculadas. As empresas públicas e as sociedades de economia mista 
não podem ser qualificadas como agências executivas – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
43. (Cebraspe – DPU/2016) Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por 
meio de publicação de lei ordinária específica. 
Comentário: 
Nos termos do inc. XIX, art. 37, da CF/88, a instituição de empresa pública e de sociedade de economia 
mista deve ser autorizada por lei específica. Após a edição da lei autorizativa, será elaborado o ato 
constitutivo, cujo registro no órgão competente significará o início da personalidade jurídica da entidade. 
Assim, as empresas públicas e as sociedades de economia mista nascem, efetivamente, após o registro de 
seu ato constitutivo no órgão competente. 
Dessa forma, a lei não cria empresa pública, mas apenas autoriza a sua criação. 
Gabarito: errado. 
44. (Cebraspe – DPU/2016) Em regra, as sociedades de economia mista devem realizar concurso 
público para contratar empregados. 
Comentário: 
O regime jurídico das SEM e EP será sempre híbrido, em algumas situações com predomínio de regras de 
direito privado e em outras com predomínio do direito público. O que vai dizer qual o tipo de regra 
dominante é a natureza da atividade desenvolvida, isto é, se prestam serviços públicos ou exploram 
atividade econômica. Todavia, em qualquer caso, elas obrigam-se a realizar concurso público para o 
provimento de seus empregos públicos, nos termos do art. 37, II, da Constituição Federal, ressalvando-se 
apenas aqueles de livre nomeação e exoneração, bem como eventuais contratações temporárias. 
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Portanto, está correta a questão. 
Gabarito: correto. 
45. (Cebraspe – DPU/2016) As fundações públicas admitem dois regimes jurídicos de pessoal: o 
estatutário, em que o servidor público ocupa o cargo regido por um estatuto; e o celetista, em que o 
empregado público é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
Comentário: 
Essa questão, inicialmente, foi dada como errada, mas foi anulada, uma vez que gerou dupla interpretação. 
As fundações públicas podem ser de direito público ou de direito privado, conforme o seu tipo de criação. 
Se elas forem criadas por lei, serão de direito público, motivo pelo qual devem se submeter ao regime 
estatutário, uma vez que seguem o mesmo regime autárquico. 
Por outro lado, se elas forem de direito privado, haverá uma grande divergência na doutrina sobre o regime 
de seu pessoal. Nessa linha, José dos Santos Carvalho Filho considera incompatível o regime estatutário 
com a natureza de uma entidade de direito privado e, por conseguinte, entende que o pessoal das 
fundações públicas de direito privado se submete ao regime trabalhista comum, traçado na CLT. 
Corroborando com os entendimentos de Carvalho Filho, podemos notar que as fundações públicas de 
direito privado criadas recentemente estão submetendo os seus agentes públicos ao regime celetista. 
Exemplo disso consta no art. 7º da Lei 12.618/2012, que autorizou a criação de entidades fechadas de 
previdência social para administraremo fundo de previdência complementar dos servidores da União. Tal 
dispositivo determina de forma clara que “regime jurídico de pessoal das entidades fechadas de 
previdência complementar referidas no art. 4º desta Lei será o previsto na legislação trabalhista”. 
Dessa forma, temos a seguinte situação: o regime de pessoal das fundações públicas de direito público é o 
estatutário, ao passo que o regime de pessoal das fundações públicas de direito privado é o celetista. Se 
fosse esse o raciocínio, a questão estaria correta. 
Contudo, podemos entender que a questão está dizendo que simultaneamente teríamos os dois regimes 
em uma mesma fundação, o que estaria incorreto. Ou é celetista ou é estatutário, conforme o caso. 
Por esse motivo, o nosso gabarito foi anulado. 
Gabarito: anulado. 
46. (Cebraspe – TRE GO/2015) Com exceção das sociedades de economia mista, que — devido à 
participação da iniciativa privada em seu capital — seguem regras próprias, os órgãos da administração 
indireta estão sujeitos à regra de licitar. 
Comentário: 
Todas as entidades da Administração Pública possuem o dever de licitar, sejam elas de direito público ou 
de direito privado. Antes da edição da Lei 13.303/2016, as empresas estatais seguiam a Lei 8.666/1993, 
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com apenas algumas exceções, como no caso da Petrobrás, que seguia o seu regulamento próprio. 
Atualmente, todas as estatais submetem-se ao regime de licitações da Lei 13.303/2016, ao passo que a 
administração direta e as demais entidades administrativas submetem-se à Lei 8.666/1993. 
Gabarito: errado. 
47. (Cebraspe – FUB/2015) Tanto na empresa pública, quanto na sociedade de economia mista, há 
derrogação apenas parcial do regime de direito público pelo regime de direito privado. 
Comentário: 
Duas afirmativas podem aparecer numa prova de concurso, ambas corretas: 
▪ nas empresas públicas e sociedades de economia mista há derrogação parcial das normas de direito 
público por normas de direito privado; e 
▪ nas empresas públicas e sociedades de economia mista há derrogação parcial das normas de direito 
privado por normas de direito público. 
Isso porque o regime jurídico das empresas estatais é misto. Dessa forma, derrogação quer dizer que há 
um afastamento. Assim, não se aplicam totalmente regras de direito público, nem mesmo totalmente 
regras de direito privado. As EP e SEM seguem algumas normas de direito privado, como a contratação de 
pessoal pelo regime celetista, ao mesmo tempo em que se submetem a normas de direito público, como 
os princípios administrativos constitucionais e o dever de licitar e de fazer concurso público. 
Assim, em qualquer dos casos, as afirmativas estariam corretas. 
Gabarito: correto. 
48. (Cebraspe – STJ/2015) O simples fato de o poder público passar a deter a maioria do capital social 
de uma empresa privada a transforma em sociedade de economia mista, independentemente de 
autorização legal. 
Comentário: 
Por questões comerciais, as empresas públicas ou sociedades de economia mista podem adquirir ações ou 
até mesmo o controle acionário de empresas privadas. No entanto, isso não torna a empresa privada 
automaticamente uma SEM, já que a criação de sociedade de economia mista depende sempre de 
autorização legislativa específica. 
Vale dizer que a regra é que até mesmo a aquisição do controle acionário dependa de autorização 
legislativa, nos termos do art. 37, XX, da Constituição Federal: “depende de autorização legislativa, em cada 
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caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de 
qualquer delas em empresa privada”.1 
No entanto, em alguns casos, a necessidade de autorização em lei pode ser excepcionada. Nessa linha, a 
Lei 13.303/2016 estabeleceu que a autorização para participação em empresa privada não se aplica a 
operações de tesouraria, adjudicação de ações em garantia e participações autorizadas pelo Conselho de 
Administração em linha com o plano de negócios da empresa pública, da sociedade de economia mista e 
de suas respectivas subsidiárias (art. 2º, § 3º). 
Em qualquer caso, portanto, a empresa privada não se tornaria automaticamente uma SEM, mesmo antes 
da vigência da Lei 13.303/2016. 
Gabarito: errado. 
49. (Cebraspe – MPOG/2015) A Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) é uma entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, vinculada ao Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão (MP), órgão integrante da estrutura administrativa da União. 
Considerando essas informações, julgue o próximo item. 
A criação de pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública dá-se por meio da 
inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente, desde que haja autorização legal. 
Comentário: 
Questão perfeita para ilustrar a efetiva criação das pessoas jurídicas de direito privado. Inicialmente, é 
necessária uma lei específica autorizando a instituição, mas a criação somente será efetivada com a 
inscrição do ato constitutivo no respectivo registro público competente. 
Gabarito: correto. 
50. (Cebraspe – MPOG/2015) As fundações governamentais de direito público, embora não tenham 
de ser criadas por leis específicas, devem ser instituídas, após autorização legal, por meio do registro de 
seus respectivos atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas. 
Comentário: 
Se a fundação é de direito público, ela é criada por lei. Assim, não há necessidade de registro do ato 
constitutivo. 
Gabarito: errado. 
 
1 Lembrando que o STF entende que a autorização para criação de subsidiárias ou para a participação em empresa privada 
depende de autorização “em lei”, podendo ser até mesmo uma autorização genérica na lei que autorizar a instituição da 
empresa estatal (ADI 1.649/DF). 
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51. (Cebraspe – TJDFT/2015) A criação, pela União, de sociedade de economia mista depende de 
autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a 
maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta. 
Comentário: 
Mais uma conceitual (e assim é a maioria das questões). As SEM são constituídas sempre como sociedade 
anônima. Elas admitem participação de capital privado e, quando criadas pela União, a maioria do capital 
votante deverá pertencer a própria União ou à entidade da administração indireta. 
Gabarito: correto. 
Concluímos por hoje. 
Bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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@profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida e /controleexterno 
Se preferir, basta escanear as figuras abaixo: 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (Cebraspe – CAPES/2024) Determinada fundação pública federal pretendia realizar compra de 
produto de limpeza mediante contratação pública orçada em valor inferior a cinquenta mil reais. Para 
tanto, a autoridade competente da fundação decidiu realizar contratação direta por inexigibilidade de 
licitação. Uma empresa interessada na contratação apresentou recurso à instância superior daquela 
autoridade, alegando não se tratarde hipótese de inexigibilidade. A autoridade superior acatou o recurso 
da empresa, por entender não haver previsão legal de contratação direta no caso, e revogou a decisão 
do subordinado. 
A partir da situação hipotética precedente, julgue os itens que se seguem. 
As fundações públicas são órgãos despersonalizados da administração pública indireta e seus atos são 
administrativos. 
2. (Cebraspe – Prefeitura de Camaçari - BA/2024) Considerando a classificação das entidades da 
administração indireta, assinale a opção que apresenta, sucessivamente, a natureza jurídica do Banco 
Central do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis (IBAMA), da Universidade Federal da Bahia e do Banco do Brasil. 
a) autarquia, empresa pública, autarquia, autarquia e sociedade de economia mista 
b) sociedade de economia mista, autarquia, autarquia, sociedade de economia mista e empresa pública 
c) autarquia, sociedade de economia mista, autarquia, empresa pública e sociedade de economia mista 
d) empresa pública, autarquia, sociedade de economia mista, autarquia e autarquia 
e) autarquia, sociedade de economia mista, empresa pública, autarquia e autarquia 
3. (Cebraspe – INPI/2024) As autarquias gozam de imunidade tributária recíproca, que veda a 
instituição de impostos sobre o seu patrimônio, ainda que o imóvel seja arrendado ou locado a empresa 
privada exploradora de atividade econômica com fins lucrativos. 
4. (Cebraspe – INSS/2022) Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, sociedade de economia mista e fundação pública, cabendo, em todos os 
casos, lei complementar para definir as áreas de atuação dessas entidades. 
5. (Cebraspe – DPE TO/2022) Submetem-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive no que tange aos direitos e às obrigações de natureza civil, comercial, tributária e trabalhista, 
a) sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica. 
b) sociedades de economia mista prestadoras de serviços públicos. 
c) fundações públicas. 
d) autarquias. 
e) agências reguladoras. 
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6. (Cebraspe – FUNPRESP-EXE/2022) As fundações públicas de direito privado, por sua natureza 
jurídica, podem desempenhar atividades que exijam o exercício do poder de império, assim como ocorre 
com as fundações públicas de direito público. 
7. (Cebraspe – DPE RO/2022) A Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado de 
Rondônia (AGERO), criada mediante lei específica, possui personalidade jurídica própria de direito 
público, patrimônio e receita próprios, capacidade específica e restrita à sua área de atuação, bem como 
autonomia administrativa e financeira. A essa agência compete o poder de regulação, controle e 
fiscalização de serviços públicos delegados, permissionados ou autorizados. 
Com base no texto anterior, é correto afirmar que a AGERO é exemplo de 
a) fundação pública. 
b) fundação autárquica. 
c) consórcio público. 
d) autarquia. 
e) empresa pública. 
8. (Cebraspe – DPE PI/2022) Assinale a opção correta, a respeito da administração indireta. 
a) É permitida a criação de autarquias por medida provisória, se houver urgência em descentralizar o poder 
estatal e formalizar atividades administrativas em caráter emergencial. 
b) Os bens de fundação pública que sejam advindos de entes privados são considerados bens privados. 
c) Agências reguladoras só podem ser criadas na esfera federal. 
d) Sociedades de economia mista são, obrigatoriamente, organizadas sob a forma de sociedade anônima. 
e) A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil são exemplos de empresas públicas. 
9. (Cebraspe – MPC PA/2019) Determinado governador pretende que sejam criadas uma nova 
autarquia e uma nova empresa pública em seu estado. 
Nessa situação, serão necessárias. 
a) duas leis específicas: uma para a criação da autarquia e outra para a criação da empresa pública. 
b) uma lei específica para a criação da autarquia e outra para a autorização da instituição da empresa 
pública. 
c) uma lei específica para a criação da empresa pública e outra para a autorização da instituição da 
autarquia. 
d) autorizações legais na norma geral acerca da nova organização da administração pública estadual, não 
havendo necessidade de a criação de nenhuma das entidades ser feita por lei. 
e) duas leis específicas: uma para a autorização da criação da empresa pública e outra para a autorização 
da criação da autarquia. 
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10. (Cebraspe – DPE DF/2019) É admitida a criação de autarquia por iniciativa de deputado federal, 
desde que este encaminhe o respectivo projeto de lei à Câmara dos Deputados e que a matéria verse 
estritamente sobre a criação da entidade. 
11. (Cebraspe – TCE RO/2019) A Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (CAERD), sociedade de 
economia mista estadual, valendo-se de permissão genérica constante do ato normativo que autorizou 
sua criação, instituiu uma empresa subsidiária integral com o objetivo de desenvolver pesquisas para 
melhorar o abastecimento de água no estado. 
Nessa situação hipotética, segundo o entendimento do STF, caso deseje alienar o controle acionário da 
subsidiária integral, o estado de Rondônia 
a) deverá obter autorização legislativa e proceder à licitação. 
b) deverá obter autorização legislativa, sendo dispensável a licitação, desde que observados os princípios 
da administração pública inscritos no art. 37 da Constituição Federal de 1988. 
c) não precisará obter autorização legislativa, mas será necessária a licitação na modalidade concorrência. 
d) não precisará obter autorização legislativa, podendo realizar a alienação sem licitação, desde que se 
observem os princípios da administração pública inscritos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, 
respeitada, sempre, a exigência de necessária competitividade. 
e) não precisará obter autorização legislativa, podendo a alienação ser realizada sem licitação e sem 
qualquer condicionante. 
12. (Cebraspe – PGE PE/2019) A criação de fundações públicas de direito público ocorre por meio de 
lei, não sendo necessária a inscrição de seus atos constitutivos em registro civil de pessoas jurídicas. 
13. (Cebraspe – TJ PR/2019) As pessoas jurídicas de direito privado que compõem a administração 
pública são 
a) investidas de poderes de autoridade e encarregadas de realizar funções de interesse público, a partir da 
descentralização de poderes. 
b) passíveis de integrar tanto a administração pública direta quanto a indireta. 
c) criadas por atos de direito privado, mas a sua instituição depende de autorização legislativa. 
d) instituídas para fins de desconcentração de poderes e de competências administrativas. 
14. (Cebraspe – SEFAZ RS/2019) A entidade da administração pública indireta criada por meio de lei 
para desempenho de atividades específicas, com personalidade jurídica pública e capacidade de 
autoadministração é a 
a) autarquia. 
b) fundação privada. 
c) sociedade de economia mista. 
d) empresa pública. 
e) empresa subsidiária. 
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15. (Cebraspe – Prefeitura de Boa Vista/2019) A criação de empresa pública é um exemplo de 
descentralização de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da 
empresa pública dependa de autorização legislativa. 
16. (Cebraspe – TJ PA/2019)Com relação à distinção entre empresa pública e sociedade de economia 
mista, assinale a opção correta. 
a) Empresa pública é uma entidade privada criada por lei com a finalidade de realizar um serviço público, 
enquanto a sociedade de economia mista é criada de forma similar às empresas privadas, com a finalidade 
de exercer atividade econômica. 
b) Empresa pública possui personalidade jurídica de direito público, enquanto a sociedade de economia 
mista possui personalidade jurídica de direito privado. 
c) Na empresa pública, o capital é exclusivo das pessoas jurídicas de direito público; na sociedade de 
economia mista, o poder público detém a maioria das ações com direito a voto, mas pode haver 
participação privada no capital. 
d) Na empresa pública, as ações com direito a voto são exclusivas do ente público que a controla; na 
sociedade de economia mista, o ente público controla a maior parte do capital, mas pode não possuir a 
maioria das ações com direito a voto. 
e) Na empresa pública, o capital social é inteiramente público; na empresa de economia mista, o poder 
público detém a maioria do capital social da empresa. 
17. (Cebraspe – SLU DF/2019) As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios 
comuns aos demais entes da administração indireta. 
18. (Cebraspe – PGE PE/2019) Diferentemente das empresas públicas, que podem ser constituídas 
sob qualquer forma empresarial admitida em direito, as sociedades de economia mista somente podem 
constituir-se sob a forma de sociedade anônima. 
19. (Cebraspe – CGM João Pessoa/2018) As sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime 
trabalhista próprio das empresas privadas. 
20. (Cebraspe – CGM João Pessoa/2018) A empresa pública, entidade da administração indireta, 
possui personalidade jurídica de direito público. 
21. (Cebraspe – STM/2018) Julgue o item que se seguem à luz do Decreto-lei n.º 200/1967. 
A supervisão ministerial sobre a administração indireta pode exercer medida de intervenção por motivo de 
interesse público. 
22. (Cebraspe – CAGE RS/2018) Assinale a opção que apresenta característica comum às sociedades 
de economia mista e às empresas públicas. 
a) Estão sujeitas ao regime de precatórios, como regra. 
b) Não gozam de privilégios fiscais não extensíveis ao setor privado. 
c) Não precisam realizar procedimento licitatório, a fim de viabilizar a atuação no mercado competitivo. 
d) São criadas por lei. 
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e) Não estão sujeitas à fiscalização dos tribunais de contas. 
23. (Cebraspe – STM/2018) Julgue o item que se seguem à luz do Decreto-lei n.º 200/1967. 
As entidades que possuem personalidade jurídica de direito privado e são criadas para a exploração de 
atividade econômica sob a forma de sociedades anônimas são denominadas fundações públicas. 
24. (Cebraspe – STM/2018) Por ser dotada de personalidade jurídica de direito público e integrar a 
administração pública indireta, a empresa pública não pode explorar atividade econômica. 
25. (Cebraspe – ABIN/2018) Fundações públicas são entidades dotadas de personalidade jurídica de 
direito público ligadas à administração indireta. 
26. (Cebraspe – EMAP/2018) A empresa pública difere da sociedade de economia mista no que se 
refere à personalidade jurídica: aquela é empresa estatal de direito privado, esta é de direito público. 
27. (Cebraspe – EMAP/2018) A criação de empresa pública, de sociedade de economia mista e de 
fundação deve ser autorizada por ato do chefe do Poder Executivo. 
28. (Cebraspe – EMAP/2018) Sociedade de economia mista é empresa estatal com personalidade 
jurídica de direito privado; seu capital é oriundo tanto da iniciativa privada quanto do poder público. 
29. (Cebraspe – MPE PI/2018) Apesar de terem o tipo societário de sociedade anônima, as sociedades 
de economia mista são pessoas jurídicas de direito público. 
30. (Cebraspe – MPE PI/2018) Fundação pública é a entidade da administração indireta vinculada ao 
ministério cuja área de competência enquadre a principal atividade dessa fundação. 
31. (Cebraspe – TCE PB/2018) As entidades que integram a administração pública indireta incluem as 
a) autarquias, as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
b) secretarias estaduais, as autarquias e as fundações privada. 
c) autarquias, as fundações e as organizações sociais. 
d) organizações sociais, os serviços sociais autônomos e as entidades paraestatais. 
e) empresas públicas, as sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos. 
32. (Cebraspe – TRE BA/2017) Assinale a opção correta no que tange às entidades públicas em espécie 
e à administração direta e indireta. 
a) As fundações públicas são entidades integrantes da administração indireta, sendo dotadas 
exclusivamente de personalidade jurídica de direito público. 
b) Criada por força de autorização legal como instrumento de ação do Estado, uma empresa pública federal 
é uma pessoa jurídica dotada de personalidade jurídica de direito público. 
c) As agências reguladoras são, em regra, autarquias sob regime especial criadas com a finalidade de 
disciplinar e controlar certas atividades econômicas. 
d) As sociedades de economia mista são submetidas a regras especiais, sendo constituídas sob a forma de 
sociedades anônimas ou limitadas, cujas ações ou cotas com direito a voto devem pertencer, em sua 
maioria, ao ente federativo. 
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==1365fc==
e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, integrantes da administração direta federal, 
são instrumentos de ação do Estado, logo, são entidades voltadas à busca de interesse público. 
33. (Cebraspe – TRE PE/2017) As empresas públicas 
a) admitem a criação de subsidiárias, exigindo-se, para tanto, autorização legislativa. 
b) dispensam, para sua extinção, autorização legislativa. 
c) integram a administração direta. 
d) possuem regime jurídico de direito público. 
e) são criadas por lei. 
34. (Cebraspe – SEDF/2017) Embora sejam entidades dotadas de personalidade jurídica de direito 
privado, as empresas públicas, como regra geral, estão obrigadas a licitar antes de celebrar contratos 
destinados à prestação de serviços por terceiros. 
35. (Cebraspe – SEDF/2017) As autarquias e as empresas públicas têm personalidade jurídica de 
direito público, e as sociedades de economia mista têm personalidade jurídica de direito privado. 
36. (Cebraspe – SEDF/2017) Somente as pessoas administrativas, seja qual for seu nível federativo ou 
sua natureza jurídica, podem participar do capital das empresas públicas. 
37. (Cebraspe – SEDF/2017) Por terem personalidade jurídica de direito privado, as sociedades de 
economia mista não se subordinam hierarquicamente ao ente político que as criou. Exatamente por isso 
elas não sofrem controle pelos tribunais de contas. 
38. (Cebraspe – TRF 1ª Região/2017) O principal critério de distinção entre empresa pública e 
sociedade de economia mista é que esta integra a administração indireta, enquanto aquela integra a 
administração direta. 
39. (Cebraspe – TRT CE/2017) A respeito do regime jurídico das empresas públicas e das sociedades 
de economia mista federais, assinale a opção correta. 
a) As empresas públicas somente poderão adotar a forma de sociedade anônima. 
b) As causas em que as empresas públicas figurarem como autoras serão processadas na justiça comum do 
estado da Federação onde estiverem sediadas. 
c) Os empregados dessas empresas ou dessas sociedades não poderão cumular seus empregos com outros 
empregos, cargos e funções públicas, a não ser nas hipóteses constitucionalmente previstas. 
d) Tanto asempresas públicas quanto as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime falimentar. 
40. (Cebraspe – TRT CE/2017) Pessoa jurídica da administração indireta criada por lei específica, com 
personalidade jurídica e patrimônio próprio, e que realiza apenas atividades de interesse público 
denomina-se 
a) empresa pública. 
b) sociedade de economia mista. 
c) fundação pública. 
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d) autarquia. 
41. (Cebraspe – TRT 8ª Região/2016 – adaptada) As sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica não estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas da União. 
42. (Cebraspe – TJDFT/2016 - adaptada) No que se refere a características e regime jurídico das 
entidades da administração indireta, assinale a opção correta. 
a) As agências reguladoras são fundações de regime especial, cuja atividade precípua é a regulamentação 
de serviços e de atividades concedidas, que possuem regime jurídico de direito público, autonomia 
administrativa e diretores nomeados para o exercício de mandato fixo. 
b) As autarquias são pessoas jurídicas de direito público com autonomia administrativa, beneficiadas pela 
imunidade recíproca de impostos sobre renda, patrimônio e serviços, cujos bens são passíveis de aquisição 
por usucapião e cujas contratações são submetidas ao dever constitucional de realização de prévia 
licitação. 
c) As sociedades de economia mista, cuja criação é autorizada por meio de lei específica, possuem 
personalidade jurídica de direito privado, são constituídas sob a forma de sociedade anônima e aplica-se 
ao pessoal contratado o regime de direito privado, com empregados submetidos ao regime instituído pela 
legislação trabalhista. 
d) As empresas públicas, que possuem personalidade jurídica de direito público, são organizadas sob 
qualquer das formas admitidas em direito, estão sujeitas à exigência constitucional de contratação 
mediante licitação e têm quadro de pessoal instituído pela legislação trabalhista, cuja contratação 
condiciona-se a prévia aprovação em concurso público. 
e) As agências executivas são compostas por autarquias, fundações, empresas públicas ou sociedades de 
economia mista que celebram contrato de gestão com órgãos da administração direta a que estão 
vinculadas, com vistas ao aprimoramento de sua eficiência no exercício das atividades-fim e à diminuição 
de despesas. 
43. (Cebraspe – DPU/2016) Cria-se empresa pública e autoriza-se seu imediato funcionamento por 
meio de publicação de lei ordinária específica. 
44. (Cebraspe – DPU/2016) Em regra, as sociedades de economia mista devem realizar concurso 
público para contratar empregados. 
45. (Cebraspe – DPU/2016) As fundações públicas admitem dois regimes jurídicos de pessoal: o 
estatutário, em que o servidor público ocupa o cargo regido por um estatuto; e o celetista, em que o 
empregado público é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). 
46. (Cebraspe – TRE GO/2015) Com exceção das sociedades de economia mista, que — devido à 
participação da iniciativa privada em seu capital — seguem regras próprias, os órgãos da administração 
indireta estão sujeitos à regra de licitar. 
47. (Cebraspe – FUB/2015) Tanto na empresa pública, quanto na sociedade de economia mista, há 
derrogação apenas parcial do regime de direito público pelo regime de direito privado. 
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48. (Cebraspe – STJ/2015) O simples fato de o poder público passar a deter a maioria do capital social 
de uma empresa privada a transforma em sociedade de economia mista, independentemente de 
autorização legal. 
49. (Cebraspe – MPOG/2015) A Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) é uma entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, vinculada ao Ministério do Planejamento, 
Orçamento e Gestão (MP), órgão integrante da estrutura administrativa da União. 
Considerando essas informações, julgue o próximo item. 
A criação de pessoa jurídica de direito privado integrante da administração pública dá-se por meio da 
inscrição de seus atos constitutivos no registro público competente, desde que haja autorização legal. 
50. (Cebraspe – MPOG/2015) As fundações governamentais de direito público, embora não tenham 
de ser criadas por leis específicas, devem ser instituídas, após autorização legal, por meio do registro de 
seus respectivos atos constitutivos no registro civil de pessoas jurídicas. 
51. (Cebraspe – TJDFT/2015) A criação, pela União, de sociedade de economia mista depende de 
autorização legislativa. Autorizada, a sociedade deverá assumir a forma de sociedade anônima, e a 
maioria de suas ações com direito a voto pertencerão à União ou a entidade da administração indireta. 
 
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GABARITO 
 
1. E 
2. A 
3. E 
4. E 
5. A 
6. E 
7. D 
8. D 
9. B 
10. E 
11. D 
12. C 
13. C 
14. A 
15. C 
16. C 
17. E 
18. C 
19. C 
20. E 
21. C 
22. B 
23. E 
24. E 
25. E 
26. E 
27. E 
28. C 
29. E 
30. C 
31. A 
32. C 
33. A 
34. C 
35. E 
36. C 
37. E 
38. E 
39. C 
40. C 
41. E 
42. C 
43. E 
44. C 
45. X 
46. E 
47. C 
48. E 
49. C 
50. E 
51. C 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: 
Método, 2011. 
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014. 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. 
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2013. 
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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
 
1. (FCC – PGE GO/2021) A partir de apontamentos efetuados por órgãos de controle interno e 
externo, com a constatação de falhas reiteradas na gestão de pessoal, estrutura e materiais necessários 
à adequada prestação dos serviços hospitalares pela Administração de determinado Estado, estudo 
visando a dotá-los de maior eficiência propôs a criação de empresa pública, de capital do Estado, com a 
finalidade de prestar serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar e ambulatorial à comunidade. 
Para tanto, competiria à empresa pública em questão administrar unidades hospitalares, promovendo, 
entre outros atos de gestão de hospitais, a contratação de empregados, submetidos a regime celetista, 
por meio de concurso público, e a aquisição de materiais, de modo centralizado, mediante licitação. 
À luz das disposições constitucionais pertinentes e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a criação 
da empresa pública, nos moldes propostos, seria, em tese, 
a) viável, desde que haja lei complementar prévia que defina suaárea de atuação. 
b) inviável, no que se refere à submissão de empregados ao regime celetista, uma vez que, diante da 
natureza pública dos serviços prestados, os funcionários concursados deverão ser regidos pelo estatuto dos 
servidores públicos do Estado respectivo. 
c) viável, dependendo sua instituição de autorização por lei específica. 
d) inviável, por não se destinarem as empresas públicas à prestação de serviços públicos, e sim à exploração 
de atividade econômica em sentido estrito, submetendo-se o ente ao regime jurídico próprio das empresas 
privadas, quanto a direitos e obrigações civis e trabalhistas. 
e) inviável, no que se refere à aquisição de materiais, que se sujeita ao estatuto jurídico próprio das 
empresas públicas e sociedades de economia mista, estabelecido por lei federal, observados os princípios 
da Administração pública. 
Comentário: 
a) as empresas públicas são criadas após autorização legislativa, e não há necessidade de definição da área 
de atuação por lei complementar – ERRADA; 
b) o regime jurídico de direito privado das empresas públicas independe da natureza dos serviços 
prestados. Assim, seus empregados se submetem ao regime celetista, e não ao estatutário – ERRADA; 
c) simples assim. A criação das empresas públicas depende de autorização legislativa prévia, por lei 
específica. Nos termos do art. 37, XIX da CF/88, “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
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autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” – CORRETA; 
d) as empresas públicas podem atuar tanto na exploração de atividade econômica quanto na prestação de 
serviços públicos – ERRADA; 
e) a criação da empresa é viável, e a aquisição de materiais deverá observar o procedimento licitatório 
previsto na Lei nº 13.303/16 – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
2. (FCC – TJ GO/2021) O município de Jararacuçu, após a promulgação de lei autorizativa, constituiu 
uma sociedade de economia mista, sob a forma de sociedade anônima com capital aberto e ações 
negociadas no mercado acionário, sendo-lhe outorgado o serviço público de coleta e manejo de resíduos 
sólidos provenientes das residências e estabelecimentos econômicos situados na área urbana. A 
remuneração do serviço público prestado decorrerá do pagamento, pelos usuários, de taxa estabelecida 
por lei municipal específica, além de receitas alternativas decorrentes da própria atividade outorgada. 
Nesse caso, 
a) é possível a prestação do serviço público em questão por sociedade de economia mista, mas não é cabível 
a cobrança de taxa, por se tratar de serviço uti universi. 
b) por se tratar de empresa estatal prestadora de serviço público em regime de monopólio, a sociedade em 
questão gozará de privilégios inerentes à atuação da Fazenda Pública em juízo, como o prazo em dobro 
para manifestações processuais. 
c) a empresa em questão, apesar de ser prestadora de serviços públicos, não está sujeita à imunidade 
tributária recíproca constante do art. 150, VI, ‘a’, da Constituição Federal. 
d) é possível a criação da sociedade de economia mista para a prestação do serviço público em questão, 
mas não lhe deve ser outorgado o serviço, devendo disputá-lo em concorrência com outras prestadoras. 
e) é inadequada a criação de sociedade de economia mista para a prestação de serviços públicos, visto que 
tais serviços devem ser prestados exclusivamente por empresas públicas. 
Comentário: essa questão cobrou um entendimento específico do STF que diz o seguinte: 
Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, 
inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, não está 
abrangida pela regra de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a", da Constituição, unicamente em 
razão das atividades desempenhadas. STF. Plenário. RE 600867, Rel. Joaquim Barbosa, Relator p/ Acórdão 
Luiz Fux, julgado em 29/06/2020 (Informativo 993 - Repercussão Geral – Tema 508). 
Assim, nosso gabarito está na alternativa C. 
Agora vamos analisar as demais alternativas: 
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a) nos termos da Súmula Vinculante 19, “a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de 
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 
145, II, da CF” – ERRADA; 
b) os privilégios processuais da Fazenda Pública não se aplicam às empresas estatais, mesmo às que atuem 
em regime de monopólio – ERRADA; 
d) a outorga para prestação de serviços públicos pode sim ser feita às empresas estatais em regime de 
monopólio, por imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo (art. 173, CF/88), o que 
acaba ocorrendo em setores como o de saneamento básico. Lembrando que a outorga ocorre justamente 
com a criação de entidades administrativas – ERRADA; 
e) tanto EP quanto SEM podem ser criadas para a prestação de serviços públicos, não havendo essa 
diferença – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
3. (FCC – PGE TO/2018) O Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar 
serviços relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto 
de lei autorizativa. Sabe-se que tal entidade terá capital social dividido em quotas. O Governo estadual 
criará uma 
a) autarquia. 
b) fundação de direito privado. 
c) associação pública. 
d) empresa pública. 
e) sociedade de economia mista. 
Comentário: 
a) nas autarquias, a lei cria diretamente a entidade (não há lei autorizativa). Além disso, é uma entidade de 
direito público, cujo capital não é dividido em quotas. Seu patrimônio é formado a partir da transferência 
de bens do ente federado que a criar – ERRADA; 
b) as fundações se caracterizam por ser uma personificação de um patrimônio, não se falando em capital 
dividido em quotas – ERRADA; 
c) as associações públicas também não têm capital social divido em quotas, tendo em vista seu caráter 
público (natureza autárquica) – ERRADA; 
d) as empresas públicas são constituídas sob qualquer forma societária, de forma que seu capital social 
pode ser dividido conforme as várias formas admitidas em direito, incluindo as quotas ou as ações – 
CORRETA; 
e) já as SEM são criadas sob a forma de sociedade anônima, de forma que seu capital será dividido 
necessariamente em ações, e não em quotas – ERRADA. 
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Gabarito: alternativa D. 
4. (FCC – DPE AM/2018) As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes 
características e contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao 
objeto cometido a cada uma. Nesse sentido, as 
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se submetendo às regras do 
Código Civil. 
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a depender da 
atividade desempenhada. 
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no mercado, integram 
a Administração indireta. 
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público, seja na atividade 
meio ou na atividade fim. 
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão passam a integrar 
a Administração indireta. 
Comentário: 
a) as fundaçõespúblicas podem ter tanto personalidade jurídica de direito público quanto de direito 
privado – ERRADA; 
b) as autarquias são pessoas de direito público, que prestam serviços típicos da administração pública – 
ERRADA; 
c) as sociedades de economia mista e as empresas públicas, sejam prestadoras de serviços públicos, sejam 
exploradoras de atividade econômica integram a Administração Indireta – CORRETA; 
d) as empresas públicas se submetem a um regime jurídico de direito privado, mas não integralmente, pois 
deve obedecer a algumas regras de direito público, como a necessidade de contratação de pessoal via 
concurso público e submissão ao regime de licitações (ainda que seja um regime licitatório especial) – 
ERRADA; 
e) as organizações sociais não integram a administração, atuando ao lado do Estado na prestação de 
atividades de interesse social – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
5. (FCC – TRT PE/2018) A criação de uma empresa estatal deve 
a) observar a legislação civil e comercial aplicável à criação de empresas, exceto com relação ao capital, que 
nos primeiros seis meses deve pertencer integralmente ao ente público que a criou. 
b) ser precedida de autorização legislativa, o que a predicará com regime jurídico de direito público, 
inclusive quanto a seus bens e obrigatoriedade de submissão a licitação para todos os ajustes e contratos 
que celebrar. 
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c) ser autorizada em audiência pública a ser realizada para o setor econômico em que vai atuar, de forma 
a serem colhidas eventuais impugnações quanto à concorrência desleal. 
d) observar a legislação aplicável para instituição de empresas privadas, sem prejuízo de ter sido 
previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade 
econômica. 
e) ser feita por meio de lei, da qual constarão, como anexo, os atos constitutivos que deverão ser levados 
a registro para regular funcionamento, e deverão prever o setor de atuação e o regime jurídico de 
exploração da atividade. 
Comentário: 
a) não há essa previsão. A criação das empresas estatais deve ocorrer a partir de autorização legislativa, 
com o posterior registro dos atos constitutivos no cartório competente – ERRADA; 
b) o regime a ser seguido pelas empresas estatais é de direito privado, e as normas de licitação e contratos 
devem seguir o disposto na legislação de regência (Lei 13.303/16), havendo possibilidade de dispensa ou 
inexigibilidade – ERRADA; 
c) não há necessidade de audiência pública para a criação de empresas estatais – ERRADA; 
d) exatamente. A personalidade jurídica das EP e SEM é de direito privado, observando a legislação quanto 
ao regime das entidades privadas, sendo que seu objeto pode ser a prestação de serviços públicos ou a 
exploração de atividade econômica – CORRETA; 
e) a criação das EP e SEM não é feita diretamente pela lei, mas sim através de autorização legislativa, 
dependendo de atos subsequentes para conclusão – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
6. (FCC – ALESE/2018) Integram a Administração pública indireta, dentre outros, as empresas 
públicas e sociedades de economia mista que 
a) são criadas por lei, sob regime de direito privado, para explorar atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens, não para exploração de serviços públicos, pois estes exigem regime jurídico 
administrativo. 
b) têm a criação autorizada por lei específica, personalidade jurídica de direito privado, podendo ambas 
explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos. 
c) têm a criação autorizada por lei, sendo a empresa pública instituída para exploração de serviços públicos 
e a sociedade de economia mista para exploração de atividade econômica. 
d) são criadas por lei, sob o regime de direito administrativo, pois ambas podem prestar serviço público em 
regime de exclusividade ou não. 
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e) são criadas por seus estatutos jurídicos, independentemente de lei autorizativa, para explorar atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços, ainda que o exercício 
econômico esteja sujeito ao regime de monopólio da União. 
Comentário: 
Nos termos do inc. XIX, art. 37, da CF/88, a instituição de empresa pública e de sociedade de economia 
mista deve ser autorizada por lei específica. Após a edição da lei autorizativa, será elaborado o ato 
constitutivo, cujo registro no órgão competente significará o início da personalidade jurídica da entidade. 
Assim, as empresas públicas e sociedades de economia mista nascem, efetivamente, após o registro de seu 
ato constitutivo no órgão competente. 
As empresas públicas e sociedades de economia mista podem desenvolver dois tipos de atividade: explorar 
atividade econômica ou prestar serviço público. 
Gabarito: alternativa B. 
7. (FCC – ALESE/2018) Considere: Y é empresa pública federal e Z é sociedade de economia mista, 
também de âmbito federal. Levando em conta as características de tais entidades, 
a) ambas poderão revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 
b) Y deve, obrigatoriamente, estar estruturada sob a forma de sociedade anônima. 
c) ambas admitem a presença de pessoas da iniciativa privada em seu capital. 
d) apenas a empresa Y apresenta a característica da vinculação aos fins definidos na lei instituidora. 
e) o capital de Z poderá ser formado da conjugação de recursos oriundos das pessoas de direito público ou 
de outras pessoas administrativas, de um lado, e de recursos da iniciativa privada, de outro. 
Comentário: 
a) e b) as sociedades de economia mista devem, obrigatoriamente, ter a forma de sociedade anônima (S/A), 
conforme determina o art. 5º da Lei 13.303/2016; já as empresas públicas podem ser formadas sob 
qualquer forma admitida em direito – ERRADAS; 
c) as sociedades de economia mista admitem a participação de capital público e de capital privado, 
enquanto as empresas públicas só admitem capital público – ERRADA; 
d) ambas devem estar vinculadas aos fins definidos na lei instituidora – ERRADA; 
e) no caso das sociedades de economia mista, podem ser conjugados recursos de pessoas de direito público 
ou de outras pessoas administrativas com recursos de particulares. No entanto, o controle acionário da 
entidade deve permanecer com o ente instituidor, logo a maioria do capital votante sempre pertencerá ao 
ente que instituiu a entidade – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
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8. (FCC – TRT SP/2018) A criação de uma sociedade de economia mista por um ente político, para 
prestação de serviço público de sua titularidade, expressa 
a) organização administrativa sob a forma de desconcentração, tendo em vista que outra pessoa jurídica, 
ainda que com personalidade jurídica de direito público, desempenhará as atividades típicas da 
Administração pública. 
b) a possibilidade de incidência do regime jurídico de direito público para as pessoas jurídicas de direito 
privado integrantes da Administração pública, com exceção da incidência de normas e princípios aplicáveis 
à Administração central, como a obrigatoriedade de submissão a concurso público para contratação de 
servidores, porque não serão submetidos a regime estatutário. 
c) a transferência de competências para pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, autônomas 
e desprovidas de relação hierárquica ou de tutela com o ente que as instituiu. 
d) organização administrativa do ente público estruturada de formadesconcentrada, abrangendo 
delegação de competências para órgãos administrativos e pessoas jurídicas com personalidade jurídica 
própria. 
e) forma descentralizada de organização administrativa, na qual pessoas jurídicas são instituídas para 
integrar a Administração indireta do ente federado e desempenhar as atribuições especificadas nos atos 
institutivos, originalmente de atribuição da Administração central. 
Comentário: 
a) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado criadas a partir do fenômeno 
da descentralização administrativa e não de desconcentração, já que essa última dá origem aos órgãos 
públicos, que não possuem personalidade jurídica – ERRADA; 
b) as normas e princípios que regem a Administração Pública em geral também atingem as sociedades de 
economia mista e empresas públicas, mesmo estas sendo dotadas de personalidade jurídica de direito 
privado. Assim, essas entidades se submetem a um regime híbrido, sendo que justamente no exemplo 
dado, temos a aplicação de uma norma de direito público no que diz respeito à contratação via concurso 
público; mas conjugada a uma norma de direito privado, tendo em vista que o regime de contratação é o 
celetista (CLT), e não estatutário – ERRADA; 
c) apesar de não existir hierarquia entre o ente criador e a entidade da administração indireta criada, existe 
a tutela, ou seja, o exercício de um controle finalístico sobre as atividades exercidas pelas sociedades de 
economia mista – ERRADA; 
d) conforme dissemos na explicação da alternativa A, a SEM surge do fenômeno da descentralização, em 
que há a criação de uma nova pessoa jurídica, e não desconcentração – ERRADA; 
e) perfeito! Resume tudo o que explicamos nas alternativas anteriores – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
9. (FCC – DPE AM/2018) Considere que o Estado pretenda transferir a execução e exploração de 
serviço público de transporte ferroviário em determinada região metropolitana, desonerando-se, assim, 
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dos custos correspondentes. Para tanto, uma das alternativas juridicamente cabíveis da qual poderia se 
valer consiste em 
a) instituir, por lei específica, autarquia, sujeita a regime de direito privado, para exploração do serviço de 
forma autônoma. 
b) criar, mediante prévia autorização legislativa, sociedade de economia mista que atue como delegatária 
do serviço em questão. 
c) firmar convênio com empresa privada tendo por objeto a prestação do serviço mediante a cobrança de 
tarifa do usuário. 
d) celebrar consórcio com Município, para a concessão do serviço, com o rateio dos custos e receitas 
correspondentes mediante contrato de gestão. 
e) conceder, mediante prévio procedimento licitatório, o serviço a empresa privada, com a transferência 
da correspondente titularidade. 
Comentário: 
a) as autarquias são criadas para a prestação de atividades típicas da Administração Pública, e possuem 
personalidade jurídica de direito público – ERRADA; 
b) eu não concordo totalmente com o gabarito da questão, por dois motivos. Primeiro porque a criação de 
uma entidade estatal não representaria, por si só, uma “desoneração”, já que o serviço continuaria a ser 
prestado por uma entidade pública. Portanto, a resposta não guarda correlação com o que o enunciado 
abordou. Além disso, em regra, as empresas estatais não são concessionárias. Não devemos confundir o 
fato de as empresas estatais possuírem personalidade de direito privado com a realização da delegação de 
serviços públicos. A criação de uma empresa pública ou sociedade de economia mista ocorre mediante 
descentralização por outorga, ao passo que a delegação de serviços públicos representa uma 
descentralização por colaboração. São instrumentos jurídicos distintos. 
Porém, é fato que a sociedade de economia mista poderia prestar o serviço público. Porém, ela não seria, 
pelo menos não para a corrente majoritária, uma delegatária de serviço público. 
Apenas em situações muito excepcionais poderíamos ver uma empresa pública ou sociedade de economia 
mista atuando também como concessionária (delegatária). Seria o caso de um ente da Federação criar uma 
empresa estatal para atuar em determinado setor (exemplo: distribuição de energia elétrica), situação que 
configuraria uma descentralização por outorga; mas, depois, a mesma empresa estatal participasse de uma 
licitação, em outro ente da Federação, para firmar um contrato de concessão para a prestação de serviço, 
no mesmo ramo, mas neste outro ente. Por exemplo: Santa Cataria cria uma empresa pública para explorar 
o serviço de distribuição de energia elétrica (descentralização por outorga); anos depois, a empresa estatal 
catarinense participa de uma licitação, no estado do Rio Grande do Sul, para explorar o serviço de 
distribuição de energia elétrica neste outro estado (descentralização por delegação). No primeiro caso, a 
descentralização dependeu de lei para criar a entidade; no segundo, a empresa atuou “em competição”, 
com outras empresas, para ganhar a licitação e participar do contrato. Teríamos dois momentos distintos, 
mas juridicamente compatíveis. 
Ainda assim, esta seria a única alternativa viável, a despeito da crítica pela forma como eles consideraram 
que a sociedade de economia mista seria uma delegatária – CORRETA; 
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c) o convênio é um instrumento de parceria entre entes da Federação. Por exemplo, a União firma um 
convênio com um município para realizar a transferência de recursos para a construção de um hospital. Por 
outro lado, para a prestação de serviços públicos, normalmente teremos contratos administrativos, como 
ocorre na concessão – ERRADA; 
d) o consórcio público é constituído por meio de contrato cuja celebração dependerá da prévia subscrição 
de protocolo de intenções. Não é firmado via contrato de gestão, portanto – ERRADA; 
e) empresas privadas não podem receber a titularidade da prestação dos serviços públicos – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
10. (FCC – DETRAN MA/2018) Os serviços públicos, quando são prestados por entes da Administração 
indireta, como autarquias ou empresas estatais, 
a) subordinam-se ao regime jurídico de direito público e submetem-se ao controle da Administração, que 
poderá, na qualidade de poder concedente, promover alterações contratuais e na forma da execução dos 
serviços, o que não se imprime quando se trata de delegação para a iniciativa privada. 
b) são delegados em sua titularidade, o que confere maior autonomia na execução contratual e, não 
obstante se submetam aos princípios que informam a prestação de serviços públicos, subordinam-se 
apenas ao controle legislativo e judicial. 
c) dependem da celebração de contratos de concessão ou permissão, nos quais estarão previstas as 
obrigações e condições de execução, bem como as hipóteses de extinção antecipada, como caducidade ou 
encampação. 
d) observam os princípios que regem a prestação de serviços públicos, atraindo a incidência do regime 
jurídico de direito público, inclusive no que se refere aos bens afetados, ainda que o proprietário dos 
mesmos tenha natureza jurídica de direito privado. 
e) devem encontrar previsão na lei que criou os referidos entes, tendo em vista que os mesmos têm 
natureza jurídica de direito público, incluída a empresa estatal, porque destinada à prestação de serviços 
públicos. 
Comentário: 
a) as autarquias submetem-se a regime de direito público; as empresas estatais, a regime de direito privado 
– ERRADA; 
b) quando os serviços são delegados às entidades administrativas, de fato há a transferência da titularidade 
e da execução desses serviços. Contudo, elassofrem o controle da própria administração, além dos 
controles legislativo e judicial – ERRADA; 
c) os serviços prestados diretamente pelas entidades administrativas não dependem da celebração de 
contratos de concessão, mas sim de previsão legal, criando ou autorizando a criação da entidade e a ela 
transferindo a titularidade e execução do serviço – ERRADA; 
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==1365fc==
d) os bens afetados diretamente à prestação dos serviços públicos ganham algumas prerrogativas 
características de bens públicos, mesmo no caso daqueles pertencentes às entidades administrativas com 
personalidade de direito privado – CORRETA; 
e) as entidades da administração indireta podem ter personalidade jurídica de direito público ou de direito 
privado – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
11. (FCC – TST/2017) Determinado Estado da Federação tem investido em diversos projetos de 
parceria com a iniciativa privada para obras de infraestrutura, a fim de associar a expertise tecnológica e 
operacional do mercado, com a desoneração dos cofres públicos dos investimentos necessários e para 
promover a criação de novos empregos. Em razão disso, a Administração pública pretende criar uma 
pessoa jurídica integrante de sua Administração indireta, cuja finalidade institucional seja o 
desenvolvimento e acompanhamento de diversos projetos, realização de estudos, estruturação de 
sistema de garantias, bem como outras providências específicas em matéria de parcerias. Essa solução 
poderia ser implementada mediante a 
a) instituição de uma autarquia, cuja criação deve ser devidamente autorizada por lei e cuja gestão pode 
admitir o regime jurídico de direito privado conforme o escopo de sua atuação, a exemplo do caso descrito. 
b) criação de uma empresa pública, pessoa jurídica de direito público, em razão da constituição de seu 
capital social, mas que atua no mercado em regime de paridade com a iniciativa privada, conferindo a 
agilidade necessária pela Administração pública. 
c) instituição de uma empresa estatal, cujo regime jurídico é próprio das empresas privadas, fazendo 
constar da finalidade institucional as atividades pretendidas pela Administração. 
d) criação, por lei, de uma autarquia que, em razão de sua natureza jurídica de direito público, terá atuação 
regida pelo direito público, ainda que seu escopo seja típico de atuação da iniciativa privada, como 
pretendido pela Administração pública. 
e) instituição de uma sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado, cujo controle do 
capital pertence integralmente ao ente que a instituiu, sujeita ao regime de competição de mercado, 
independentemente de seu objeto social e finalidade institucional. 
Comentário: 
a) as autarquias são criadas diretamente por lei, com regime jurídico de direito público, e não privado – 
ERRADA; 
b) as empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado – ERRADA; 
c) isso mesmo. As empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) seguem o regime 
próprio das empresas privadas, conforme previsão do art. 173 da CF/88, que diz ainda que elas não podem 
usufruir de privilégios não extensíveis ao setor privado – CORRETA; 
d) as autarquias não tem como escopo típico a atuação da iniciativa privada, pois são criadas para exercer 
atividades próprias da Administração – ERRADA; 
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e) as sociedades de economia mista irão se submeter ao regime de competição de mercado quando seu 
objeto for a exploração de atividade econômica, e não quando prestadora de serviços públicos – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
12. (FCC – DPE RS/2017) Uma empresa pública é proprietária de dois galpões onde armazenava o 
maquinário utilizado nas obras que realizava. Esse maquinário, com o passar do tempo, foi substituído 
por itens mais modernos, de forma que a empresa se desfez desses bens. Os galpões, dessa forma, 
ficaram vazios, o que levou a direção da empresa a decidir alienar os imóveis para investimento do 
capital. Enquanto tramitava o processo interno para autorização da alienação, os referidos bens foram 
penhorados em ações judiciais que tramitavam para recebimento de dívidas não pagas. A empresa 
a) pode impor ao juízo a impenhorabilidade de seus bens, tendo em vista que se trata de empresa pública 
integrante da Administração direta e, como tal, prestante ao desempenho de serviços públicos. 
b) pode prosseguir com o processo de autorização da alienação, tendo em vista que, em razão da 
impenhorabilidade de seus bens, a penhora lavrada é nula e não produz efeitos. 
c) não possui fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus bens, em face de se tratar de pessoa 
jurídica de direito privado e dos galpões estarem sem qualquer afetação à prestação de serviços públicos. 
d) tem personalidade jurídica de direito privado, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico de direito 
público, como forma de tutelar o erário público, tendo em vista que o ente público criador da empresa é 
seu acionista majoritário. 
e) tem personalidade jurídica de direito público, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico híbrido, de 
forma que são impenhoráveis quando afetados à prestação de serviços públicos ou a alguma outra 
atividade de interesse público. 
Comentário: 
As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, e tanto seus bens quanto os das sociedades 
de economia mista são considerados bens privados e, portanto, não possuem os atributos dos bens 
públicos, como a impenhorabilidade e imprescritibilidade. 
Porém, no caso das prestadoras de serviço público, os bens diretamente relacionados à prestação do 
serviço gozam dos mesmos atributos dos bens públicos. Ocorre que, conforme o enunciado, os bens estão 
“parados”, não sendo utilizados na prestação dos serviços da empresa. 
Dessa forma, nesse caso, a empresa não tem fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus bens. 
Gabarito: alternativa C. 
13. (FCC – Copergás/2016) Uma empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma de 
sociedade unipessoal. Outra empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma de empresa 
pública unipessoal. A propósito do tema, é correto afirmar que 
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta Assembleia 
Geral. 
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b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas como as citadas 
no enunciado. 
c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é, tratam-se de empresas 
públicas idênticas. 
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que na empresa 
pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade unipessoal não. 
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que na 
sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública unipessoal não. 
Comentário: 
Esse é um assunto que vai um pouco além do que normalmente se cobra sobre as empresas estatais. Sabe-
se que a diferença entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista é que aquelas podem 
constituir-se sob qualquer forma admitida em direito, ao passo que estas somente podem ser formadas 
como sociedades anônimas. Porém, o assunto da questão não é este especificamente, mas sim algumas 
das formas como as empresas públicas podem ser constituídas. 
A Profª. Maria DiNão se confundem com meros “órgãos”, 
ou “unidades” ou ainda “filiais”, uma vez que são empresas distintas, com personalidade jurídica própria. 
As subsidiárias são pessoas jurídicas controladas indiretamente pelo Poder Público, não integrando o 
conceito formal de Administração Pública. Dessa forma, devemos considerá-las como empresas privadas, 
que são controladas indiretamente, mas não integram a Administração Pública. 
Sobre a necessidade de autorização legislativa, o entendimento do STF é que a criação das subsidiárias 
depende de “autorização em lei”. Isto é, a criação de subsidiárias depende de lei ordinária, editada pelo 
ente político ao qual está vinculada a entidade da Administração Indireta que irá criar a subsidiária. 
Quanto ao “cada caso” previsto no inc. XX, art. 37, da CF, o STF firmou entendimento de que não há 
necessidade de uma lei para autorizar a criação de cada subsidiária. Basta, para tanto, existir uma 
 
2 Teoricamente, qualquer entidade administrativa poderia instituir uma subsidiária. Dessa forma, o tema trabalhado aqui 
também poderia ser aplicado às autarquias e fundações, uma vez que o inciso XX do art. 37 menciona as “entidades 
mencionadas no inciso anterior”, que trata das entidades administrativas em geral. Porém, na prática, é mais comum se 
falar em subsidiária quando falamos das empresas estatais. Por esse motivo, optamos por abordar esse aqui neste 
momento. 
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autorização genérica permitindo que a entidade crie suas subsidiárias. Isso pode constar inclusive na lei de 
criação (ou autorização de criação) da entidade administrativa.3 
 
 
Por exemplo, se o Governo Federal criar a “empresa pública ESTUDANDO”, a lei que autorizou a 
criação dessa entidade pode conter um dispositivo dizendo o seguinte: “Art. XX – A empresa 
pública Estudando pode criar subsidiárias para melhor desempenhar suas funções”. Perceba que 
o dispositivo foi genérico, mas está de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal 
para o caso. 
 
Apesar de o STF só ter se pronunciado sobre a criação de subsidiárias, o mesmo entendimento pode ser 
aplicado para a participação das entidades da administração indireta em empresas privadas. Isso porque 
seria estranho o Pretório Excelso4 dar entendimento diferente à matéria que se insere no mesmo 
dispositivo das subsidiárias. 
Enfim, para que as entidades da administração indireta criem subsidiárias ou participem em empresas 
privadas, deverá existir autorização em lei, bastando para tanto a existência de autorização legislativa 
genérica. 
Outra discussão interessante trata da alienação do controle acionário das subsidiárias. Imagine, por 
exemplo, que a Petrobrás queira “vender” uma subsidiária para terceiros. Nesse caso, haveria necessidade 
de autorização legislativa? Além disso, haveria necessidade de realizar licitação? 
A resposta para as duas perguntas é: NÃO! 
Segundo o STF, a transferência do controle de subsidiárias e controladas não exige autorização legislativa 
e poderá ser operacionalizada sem processo de licitação pública, desde que garantida a competitividade 
entre os potenciais interessados e observados os princípios da administração pública constantes do art. 37 
da Constituição da República.5 Por exemplo: ao invés de realizar uma licitação, a entidade poderia lançar 
as ações em processo na bolsa de valores (nesse caso, teríamos um processo competitivo, impessoal e 
transparente). 
Contudo, quando se tratar do controle acionário da própria empresa estatal, o entendimento é diferente. 
Segundo o STF, a alienação do controle acionário de empresas públicas e sociedades de economia mista 
 
3 O caso das subsidiárias foi analisado na ADI 1649 / DF, que entendeu como constitucional dispositivo da Lei 9.478/1997, 
que autorizou a Petrobrás “a constituir subsidiárias” para o estrito cumprimento de atividades de seu objeto social que 
integrem a indústria do petróleo (art. 64), sem definir exatamente quais e quantas subsidiárias seriam. O STF entendeu o 
dispositivo como constitucional, firmando entendimento que é suficiente existir previsão legal autorizando a criação de 
subsidiárias. 
4 Para aqueles que estão pouco familiarizados com a linguagem jurídica, o termo “Pretório Excelso” é uma forma de 
designar o Supremo Tribunal Federal. 
5 ADI 5.624, julgamento em 6/6/2019. 
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exige autorização legislativa e licitação. Esta autorização para a transferência do controle acionário da 
empresa pública ou da sociedade de economia mista, porém, poderá ser genérica.6 
 
Alienação de Autorização legislativa Licitação 
EP e SEM Sim Sim 
Subsidiárias e controladas Não Não 
 
 
 
Criação ou extinção de empresas estatais 
Criação e 
extinção de 
EP/SEM 
▪ Criação: 
▪ autorização legislativa específica; 
▪ registro do ato constitutivo. 
▪ Extinção: autorização legislativa (pode ser genérica). 
Subsidiárias e 
participação 
em empresa 
privada 
▪ Subsidiária: entidade controlada por uma EP ou SEM; 
▪ Instituição: autorização legislativa “em casa caso” (pode ser genérica); 
▪ Alienação: 
▪ não precisa de autorização legislativa ou de licitação; 
▪ procedimento deve atender aos princípios constitucionais; 
 
6 ADI 6.241, julgada em 5, de fevereiro de 2021. 
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Vejamos como isso já foi cobrado em prova! 
At ivid ad es d esen volvid as 
De forma simples, as empresas públicas e sociedades de economia mista podem desenvolver dois tipos de 
atividade: 
a) explorar atividade econômica; 
b) prestar serviço público. 
A regra geral é que as empresas públicas e as sociedades de economia mista sejam criadas para atuar na 
exploração de atividades econômicas em sentido estrito. Contudo, a atuação do Estado na exploração 
direta da atividade econômica só é admitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou 
a relevante interesse coletivo (CF. art. 173, caput). 
Nesse contexto, o § 1º, do art. 173, da CF dispôs que a “lei” estabelecerá o estatuto jurídico da empresa 
pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de 
produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: 
a) sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; 
b) a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários; 
c) licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública; 
d) a constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a participação de 
acionistas minoritários; 
e) os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores. 
O mencionado estatuto jurídico das EP e SEM está disciplinado na Lei 13.303/2016. 
Contudo, algumas regras já estão claras na Constituição e, portanto, merecem maior destaque. Nesse 
ponto, as empresas estatais (e suas subsidiárias) que atuarem na exploração de atividade econômica devem 
se sujeitar ao regime próprio das empresas privadas, inclusive no que se refere às obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários. O objetivo dessa regra é evitar que as entidades estatais usufruam de 
benefícios não extensíveis às empresas privados, o que poderia gerar um desequilíbrio no mercado. 
Reforçando essa regra, o § 2º, art. 173, CF, estabelece que as “empresas públicas e as sociedades de 
economiaPietro, ao falar da empresa pública unipessoal e da sociedade unipessoal, dispõe que a 
diferença entre a empresa pública unipessoal e a empresa constituída sob a forma de sociedade unipessoal 
está no fato de que nesta existe, e naquela não, a assembleia geral, como órgão pelo qual se manifesta a 
vontade do Estado. 
Assim, ambas são admitidas no âmbito federal, porém uma tem assembleia geral (sociedade unipessoal) e 
a outra não (empresa pública unipessoal) – gabarito letra E. 
Gabarito: alternativa E. 
14. (FCC – SEFAZ MA/2016) São exemplos de empresa pública e sociedade de economia mista, 
respectivamente: 
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal. 
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal. 
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A. 
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento. 
Comentário: 
Esse é o tipo de questão que pouco avalia conhecimento. Na verdade, o candidato precisava saber quais 
entidades são empresas públicas e quais são sociedades de economia mista (sinceramente, não sei o 
quanto esse conhecimento tornaria o candidato um servidor melhor, mas concursos têm dessas coisas). 
Para você não sair por aí decorando a natureza de cada empresa estatal, basta saber as principais: 
▪ Caixa e Correios: empresas públicas 
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▪ Banco do Brasil: sociedade de economia mista 
Sabendo essas três, já dava para chegar ao gabarito! 
Lembro ainda que a Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel é uma agência reguladora, ou seja, é uma 
autarquia. 
Logo, podemos eliminar as letras A e E (pois começam com uma sociedade de economia mista – Banco do 
Brasil S.A.), a letra B (já que a Aneel é uma autarquia) e a letra C, pois ambas são empresas públicas. 
Dessa forma, mesmo sem saber o que é a “Companhia Nacional de Abastecimento”, já sabemos que a 
opção D é o gabarito, uma vez que a alternativa termina com uma sociedade de economia mista. Daí, 
concluímos que a Companhia Nacional de Abastecimento é uma empresa pública (respondido por 
“eliminação”). 
Gabarito: alternativa D. 
15. (FCC – Prefeitura de Teresina - PI/2016) Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma 
da legislação brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do 
controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das atividades meio, 
descreve uma 
a) sociedade de economia mista. 
b) autarquia. 
c) fundação. 
d) empresa pública. 
e) autarquia especial. 
Comentário: 
Tanto as empresas públicas como as sociedades de economia mista possuem personalidade de direito 
privado e podem explorar a prestação de serviços públicos. Contudo, segundo o enunciado, “parte do 
capital pertence a entes públicos”, o que caracteriza a entidade como uma sociedade de economia mista, 
já que, nas empresas públicas, todo o capital pertence a entes públicos. 
Gabarito: alternativa A. 
16. (FCC – TRF 1/2011) NÃO é considerada característica da sociedade de economia mista 
a) a criação independente de lei específica autorizadora. 
b) a personalidade jurídica de direito privado. 
c) a sujeição a controle estatal. 
d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei. 
e) o desempenho de atividade de natureza econômica. 
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Comentário: 
Podemos citar como características das empresas públicas e das sociedades de economia mista, entre 
outras: 
→ a criação e extinção autorizadas por lei; (a) 
→ personalidade jurídica de direito privado; (b) 
→ sujeição ao controle estatal; (c) 
→ derrogação parcial do regime de direito privado por normas de direito público; 
→ vinculação aos fins definidos na lei instituidora; (d) 
→ desempenho de atividade de natureza econômica. (e) 
Assim, podemos afirmar que a alternativa incorreta é a letra A, visto que a instituição de uma sociedade de 
economia mista deve ser autorizada por lei específica. 
Gabarito: alternativa A. 
17. (FCC – TCE AP/2012) Uma sociedade de economia mista foi condenada em ação judicial movida 
por empresa contratada ao pagamento por serviços executados e não pagos. Iniciada a execução judicial 
e recusando-se a pagar espontaneamente o débito, a sociedade de economia mista 
a) deverá ser executada da mesma forma que as entidades integrantes da Administração direta, em razão 
da sujeição aos princípios aplicáveis à Administração Pública. 
b) está protegida pela impenhorabilidade de seus bens e receitas, em face do regime de direito público a 
que se submete. 
c) poderá ter seu patrimônio penhorado, eis que submetida às mesmas obrigações civis, trabalhistas e 
fiscais das empresas privadas. 
d) deverá ser executada da mesma forma que as empresas privadas, eis que se submete ao mesmo regime 
destas, exceto quanto às obrigações tributárias. 
e) somente poderá ter seus bens e receitas penhoradas em relação às obrigações trabalhistas. 
Comentário: 
a) em regra, as sociedades de economia mista devem se sujeitar ao mesmo regime jurídico das empresas 
privadas. Com efeito, no caso de ação de execução judicial (ação utilizada para exigir um direito 
reconhecido, como a cobrança de uma dívida), também serão seguidas as mesmas regras das empresas 
privadas, uma vez que, normalmente, os bens dessas entidades são considerados como bens privados – 
ERRADA; 
b) os bens das SEMs não possuem o atributo da impenhorabilidade, uma vez que são bens privados. Logo, 
o item está errado. Lógico que há a exceção dos bens das empresas públicas e sociedades de economia 
mista que prestam serviço público, que, quando estiverem afetados diretamente à prestação do serviço, 
gozarão dos mesmos privilégios da fazenda pública, em homenagem ao princípio da continuidade – 
ERRADA; 
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c) Exatamente! Em regra, o patrimônio dessas entidades poderá ser penhorado, eis que se submetem às 
mesmas obrigações civis, trabalhistas e fiscais das empresas privadas – CORRETA; 
d) deverá ser executada da mesma forma que as empresas privadas, eis que se submete ao mesmo regime 
destas, exceto inclusive quanto às obrigações tributárias – ERRADA; 
e) as SEMs sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
18. (FCC – TCE AP/2012) O Estado pretende criar entidade dotada de autonomia, integrante da 
Administração indireta, para exercer atividade de natureza econômica, com a participação de entidade 
privada na constituição do correspondente capital social. 
Atende a tal objetivo 
a) uma Empresa pública. 
b) uma Sociedade de economia mista. 
c) uma Parceria Público-Privada. 
d) um Consórcio público. 
e) uma Organização Social − OS. 
Comentário: 
A Administração indireta é composta por autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades 
de economia mista. Vimos que apenas essas últimas são utilizadas para exercer atividade econômica. 
Contudo, as empresas públicas são compostas por capital 100% público, enquanto as SEM admitem capital 
público e privado, mas a maioria do capital com direito a voto deve ser público. Dessa forma, o gabarito é 
a opção B. 
As parcerias público-privadas são contratos de concessão regulados pela Lei 11.079/2004. 
Os consórcios públicos são pessoas jurídicasde direito público, quando associação pública, ou de direito 
privado, decorrentes de contratos firmados entre os entes federados, após autorização legislativa de cada 
um, para a gestão associada de serviços públicos e de objetivos comuns dos consorciados, através de 
delegação e sem fins econômicos. Assim, os consórcios públicos constituem uma modalidade de delegação 
de serviços públicos por contrato. Quando de direito público (associações públicas), os consórcios integram 
a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados, constituindo-se em uma espécie de 
autarquia interfederativa. De qualquer forma, os consórcios não se destinam a fins econômicos. 
Por último, as OS não integram a Administração indireta (nem direta) e também não realizam atividade 
econômica. 
Gabarito: alternativa B. 
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19. (FCC – SEFAZ SP/2013) O Estado pretende descentralizar a execução de atividade atualmente 
desempenhada no âmbito da Administração direta, consistente nos serviços de ampliação e manutenção 
de hidrovia estadual, em face da especialidade de tais serviços. Estudos realizados indicaram que será 
possível a cobrança de outorga pela concessão, a particulares, do uso de portos fluviais que serão 
instalados na referida hidrovia, recursos esses que serão destinados a garantir a autossuficiência 
financeira da entidade a ser criada. Considerando os objetivos almejados, poderá ser instituída 
a) autarquia, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado dotada do poder de autoadministração, 
nos limites previstos na lei instituidora. 
b) agência reguladora, sob a forma de autarquia de regime especial, cuja criação deve ser autorizada por 
lei, dotada de autonomia orçamentária e financeira. 
c) agência executiva, sob a forma de empresa ou de autarquia que celebre contrato de gestão com a 
Administração direta para ampliação de sua autonomia. 
d) sociedade de economia mista, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, submetida aos 
princípios aplicáveis à Administração pública, e cuja criação é autorizada por lei. 
e) empresa pública, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, criada por lei específica e com 
patrimônio afetado à finalidade para a qual foi instituída. 
Comentário: 
Vejamos o que dispõe a CF/88: 
Art. 37. [...] XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Quando o ente administrativo for de direito público, ele será criado diretamente por lei específica. 
Entretanto, quando for de direito privado, terá apenas a autorização legislativa para sua criação. 
A opção A está errada, pois as autarquias são de direito público. Da mesma forma, as alternativas B e C 
estão erradas, pois as agências reguladoras e as agências executivas são espécies de autarquias (são criadas 
diretamente por lei e não são empresas). 
A letra D está perfeita e é o nosso gabarito, pois as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de 
direito privado cuja criação depende de lei autorizativa. 
Por fim, a opção E está errada, uma vez que a criação de empresas públicas é apenas autorizada por lei. 
Gabarito: alternativa D. 
20. (FCC – TCE PR/2011) Inserem-se entre as entidades integrantes da Administração pública indireta, 
além das empresas públicas, as 
a) sociedades de economia mista, as fundações públicas e as Organizações Sociais ligadas à Administração 
por contrato de gestão. 
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b) autarquias, fundações e sociedades de economia mista, que são pessoas jurídicas de direito público. 
c) sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, que se submetem ao mesmo 
regime jurídico das empresas privadas e aos princípios aplicáveis à Administração Pública. 
d) fundações e autarquias, excluídas as sociedades de economia mista. 
e) sociedades de economia mista, exceto as que operam no domínio econômico em regime de competição 
com as empresas privadas. 
Comentário: 
Vamos analisar individualmente cada alternativa. 
a) Errado: esse assunto não será objeto de nosso curso. Por esse motivo, o que nos cabe saber, nesse 
momento, é que as organizações sociais não pertencem à administração pública, mas sim ao terceiro setor; 
b) Errado: as autarquias são pessoas jurídicas de direito público, ao passo que as sociedades de economia 
mista são pessoas jurídicas de direito privado. As fundações públicas podem ser de direito público ou de 
direito privado, conforme o caso; 
c) Correto: as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades de caráter econômico 
e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos. Quando explorarem atividade econômica, devem 
se submeter ao mesmo regime jurídico das empresas privadas (CF, art. 173, §1º, II), sem deixar de observar 
os princípios aplicáveis à Administração Pública (CF, art. 37, caput); 
d) Errado: acabamos de ver que as sociedades de economia mista também integram a Administração 
Indireta; 
e) Errado: as sociedades de economia mista sempre integram a Administração Indireta, não importa se 
exploram atividade econômica ou prestam serviços públicos. 
Gabarito: alternativa C. 
21. (FCC – TRE TO/2011) Constitui traço distintivo entre sociedade de economia mista e empresa 
pública: 
a) forma de organização, isto é, forma jurídica. 
b) desempenho de atividade de natureza econômica. 
c) criação autorizada por lei. 
d) sujeição a controle estatal. 
e) personalidade jurídica de direito privado. 
Comentário: 
As semelhanças entre as SEMs e as EPs são diversas. No entanto, elas se diferenciam em alguns pontos, 
quais sejam a forma jurídica, a composição de capital, e o foro processual, no caso das entidades federais. 
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Dessa forma, podemos assinalar a alternativa A como correta. As demais alternativas apresentam 
semelhanças entre as duas entidades. 
Gabarito: alternativa A. 
22. (FCC – TST/2012) Uma empresa que conte com controle acionário privado e participação 
minoritária de capital estatal 
a) é considerada sociedade de economia mista, porém não integrante da Administração Indireta. 
b) é considerada empresa pública, integrante da Administração Indireta. 
c) é considerada empresa pública, porém não integrante da Administração Indireta. 
d) é considerada sociedade de economia mista, integrante da Administração Indireta. 
e) não é considerada nem empresa pública, nem sociedade de economia mista. 
Comentário: 
No caso das empresas públicas, o capital deve ser 100% público. Por outro lado, para as sociedades de 
economia mista, podem ser conjugados recursos de pessoas de direito público ou de outras pessoas 
administrativas, juntamente com recursos de particulares. No entanto, o controle acionário da entidade 
deve permanecer com o ente instituidor, logo a maioria do capital votante sempre pertencerá ao ente que 
instituiu a entidade. 
Logo, o enunciado da questão não apresentou nem empresa pública, nem sociedade de economia mista, e 
sim uma empresa privada. Portanto, a opção E está correta. 
Gabarito: alternativa E. 
23. (FCC – TRT 6/2012) A respeito do regime jurídico das entidades integrantes da Administração 
Pública indireta é correto afirmar que é 
a) de direitoprivado para as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade 
econômica, sem prejuízo da aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública. 
b) de direito público para as fundações, autarquias e empresas públicas e de direito privado para as 
sociedades de economia mista. 
c) sempre de direito privado, parcialmente derrogado pelas prerrogativas e sujeições decorrentes dos 
princípios aplicáveis à Administração pública. 
d) sempre de direito público, exceto para as entidades caracterizadas como agências executivas ou 
autarquias de regime especial. 
e) sempre de direito privado, em relação à legislação trabalhista e tributária, e de direito público em relação 
aos bens afetados ao serviço público. 
Comentário: 
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a) as empresas públicas e as sociedades de economia mista submetem-se ao regime jurídico de direito 
privado, mas devem seguir os princípios constitucionais da Administração Pública, como a legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – CORRETA; 
b) as autarquias sempre possuirão regime jurídico de direito público. Já as fundações públicas podem 
possuir o regime de direito público, ou de direito privado, conforme o caso. Por fim, as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista terão sempre regime de direito privado (ressaltamos que o mais 
adequado é falar em regime híbrido) – ERRADA; 
c) as empresas públicas e as sociedades de economia mista sempre terão regime de direito privado, 
parcialmente derrogado pelas prerrogativas e sujeições decorrentes dos princípios aplicáveis à 
Administração pública. Portanto, essa regra não vale para todas as entidades administrativas – ERRADA; 
d) novamente, as entidades administrativas podem possuir regime de direito público ou de direito privado, 
conforme o caso. Além disso, as agências executivas e as autarquias de regime especial são espécies de 
autarquias e, portanto, possuem regime de direito público – ERRADA; 
e) dispensa comentários, pois existem entidades com regime de direito público e outras com regime de 
direito privado – ERRADA. 
Gabarito: alternativa A. 
24. (FCC – TRT 1/2013) A respeito das entidades integrantes da Administração indireta, é correto 
afirmar que 
a) se submetem, todas, ao regime jurídico de direito público, com observância aos princípios constitucionais 
e às demais regras aplicáveis à Administração pública. 
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica submetem-se 
ao regime tributário próprio das empresas privadas. 
c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e submetem-se ao regime jurídico de direito 
público, gozando de capacidade política. 
d) apenas as empresas públicas podem explorar atividade econômica e sempre em caráter supletivo à 
iniciativa privada, submetidas ao regime próprio das empresas privadas, salvo em matéria tributária. 
e) apenas as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito privado, podendo orientar 
suas atividades para a obtenção de lucro. 
Comentário: 
a) as fundações públicas de direito privado, as empresas públicas e a as sociedades de economia mista se 
submetem ao regime jurídico de direito privado – ERRADA; 
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica sujeitam-se 
ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários (CF, art. 173, §1º, II) – CORRETA; 
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c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e submetem-se ao regime jurídico de direito 
público, mas não gozam de capacidade política, que é exclusividade dos entes políticos (União, estados, 
Distrito Federal e municípios) – ERRADA; 
d) as sociedades de economia mista e as empresas públicas podem explorar atividade econômica. Logo, 
não são apenas as empresas públicas. Além disso, elas estão submetidas ao regime próprio das empresas 
privadas, inclusive quanto à matéria tributária – ERRADA; 
e) apenas as empresas públicas e as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito 
privado, podendo orientar suas atividades para a obtenção de lucro (lembrando que parte da doutrina 
defende que elas podem obter lucro, mas não devem ser criadas isoladamente com essa finalidade) – 
ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
25. (FCC – TRT 1/2013) Distinguem-se as autarquias das sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica, dentre outras características, em função de 
a) não serem dotadas de autonomia e personalidade jurídica própria, embora submetidas ao regime 
jurídico de direito privado. 
b) seu regime jurídico de direito público, exceto quanto ao processo de execução ao qual se submetem, 
típico do direito privado. 
c) sua criação ser autorizada por lei, bem como por se submeterem tanto ao regime jurídico público, quanto 
ao regime jurídico privado. 
d) serem criadas por lei, bem como em função de seu regime jurídico de direito público. 
e) se submeterem a processo especial de execução, que excetua o regime dos precatórios, embora não 
afaste a prescritibilidade de seus bens. 
Comentário: 
A questão quer saber em que as autarquias se diferenciam das sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica. Como vimos, as autarquias são criadas por lei e possuem regime jurídico de direito 
público. Logo, a opção D está correta. Vamos analisar as demais alternativas: 
a) ambas são dotadas de autonomia e personalidade jurídica própria. Contudo, as sociedades de economia 
mista se submetem ao regime jurídico de direito privado, enquanto as autarquias se submetem ao regime 
jurídico de direito público – ERRADA; 
b) as autarquias seguem o regime jurídico de direito público e, por isso, possuem as prerrogativas da 
fazenda quanto ao processo de execução de suas dívidas (dentre outras regras, seguem o regime de 
precatórios e seus bens são impenhoráveis) – ERRADA; 
c) as autarquias são criadas por lei e seu regime jurídico é sempre de direito público, enquanto as 
sociedades de economia mista são autorizadas mediante lei específica, possuindo regime jurídico de direito 
privado – ERRADA; 
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e) tendo em vista que os bens das autarquias são considerados bens públicos, eles admitem as 
prerrogativas da impenhorabilidade – quitação por meio do sistema de precatórios –, e da 
imprescritibilidade – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
26. (FCC – TRT 1/2013) Em relação às empresas estatais, é correto afirmar que 
a) se submetem ao regime jurídico de direito público quando se tratar de empresa pública, porque o capital 
pertence a pessoas jurídicas de direito público. 
b) se submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, com derrogações por normas de direito 
público. 
c) não se submetem a lei de licitações, porque sujeitas ao regime jurídico típico de direito privado. 
d) não se submetem a lei de licitações, salvo no que se refere às suas atividades fins, que dependem sempre 
de licitação. 
e) se submetem integralmente ao regime jurídico de direito privado, sem derrogações, a fim de resguardar 
o princípio da isonomia em relação às demais empresas que atuem no setor. 
Comentário: 
a) as empresas estatais (empresas públicas e sociedades de economia mista) se submetem ao regime 
jurídico de direito privado – ERRADA; 
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista submetem-se ao regimejurídico próprio das 
empresas privadas, com derrogação de regras de direito pública (por exemplo: submetem-se aos princípios 
constitucionais da Administração Pública; têm o dever de licitar para os bens relativos a atividades meio; 
realizam concurso público, etc.) – CORRETA; 
c) e d) essas entidades possuem o dever de licitar e, portanto, submetem-se à Lei de Licitações, 
particularmente quanto a suas atividades meio. Para as atividades fins, porém, elas não precisam licitar – 
ERRADA; 
e) se submetem ao regime jurídico de direito privado, mas com derrogação parcial do regime de direito 
privado por normas de direito público. Por esse motivo, a doutrina costuma falar que o regime jurídico é 
híbrido – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
27. (FCC – TRF 2/2012) A administração indireta compreende, além de outras entidades, as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, as quais têm personalidade jurídica de direito 
a) público e privado, respectivamente, criadas por lei de iniciativa do Poder Executivo. 
b) privado, instituídas mediante autorização de lei específica. 
c) público e independem de lei complementar para suas instituições. 
d) privado e público, respectivamente, sendo instituídas mediante lei específica. 
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e) público, criadas por ato específico e privativo do chefe do Poder Executivo. 
Comentário: 
Em qualquer situação, as empresas públicas e as sociedades de economia mista possuem natureza jurídica 
de direito privado. Isso porque essas entidades são efetivamente criadas com o registro de seu ato 
constitutivo. Portanto, a instituição de empresa pública e de sociedade de economia mista deve ser 
autorizada por lei específica. 
Gabarito: alternativa B. 
28. (FCC – TRE RO/2013) Integram a Administração pública indireta, além de outras entidades, 
a) as organizações sociais, a partir da celebração do contrato de gestão, para a execução de serviços 
públicos não exclusivos do Estado. 
b) as agências executivas, consideradas autarquias de regime especial, criadas por lei para o exercício de 
atividades de controle e fiscalização. 
c) as sociedades de economia mista, criadas por lei, para exercer atividades econômicas de interesse ou 
relevância social. 
d) empresas públicas, com capital majoritário do poder público, cuja criação é autorizada por lei para 
exercer, exclusivamente, serviços públicos. 
e) autarquias, criadas por lei, com personalidade jurídica de direito público e capacidade de 
autoadministração. 
Comentário: 
a) as organizações sociais fazem parte do terceiro setor e, portanto, não integram a Administração Pública 
– ERRADA; 
b) as agências executivas reguladoras, consideradas autarquias de regime especial, criadas por lei para o 
exercício de atividades de controle e fiscalização. A agência executiva é uma espécie de autarquia, que 
recebe qualificação especial após cumprir os requisitos previstos em lei, como celebrar um contrato de 
gestão com o respectivo órgão supervisor – ERRADA; 
c) as sociedades de economia mista são instituídas, após autorização por lei específica, para exercer 
atividades econômicas (como regra) ou, excepcionalmente, para prestação de serviços públicos – ERRADA; 
d) empresas públicas, com capital majoritário totalitário do poder público, cuja criação é autorizada por lei 
para exercer, exclusivamente, serviços públicos (excepcionalmente) e explorar atividade econômica (como 
regra) – ERRADA; 
e) autarquias, criadas por lei, com personalidade jurídica de direito público e capacidade de 
autoadministração – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
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29. (FCC – DPE RS/2013) Quando o poder público pretende que determinado serviço público seja 
prestado de forma descentralizada, por um ente que tenha sido criado por lei, tenha capacidade de 
autoadministração, sujeito ao poder de tutela da administração pública, está-se diante de 
a) autarquia. 
b) permissionária ou concessionária de serviço público. 
c) sociedade de economia mista prestadora de serviço público. 
d) empresa pública ou sociedade de economia mista prestadoras de serviço público. 
e) concessionária de serviço público. 
Comentário: 
Vamos relembrar as características das autarquias: (a) criação por lei; (b) personalidade jurídica pública; (c) 
capacidade de autoadministração; (d) especialização dos fins ou atividades; (e) sujeição a controle ou 
tutela. 
Assim, podemos assinalar a autarquia (alternativa A) como nossa resposta correta. 
Quanto às outras alternativas, as sociedades de economia mista e as empresas públicas são apenas 
autorizadas por lei. 
Por fim, as concessionárias e permissionárias de serviços públicos não são assuntos dessa aula. Nesse 
momento, cabe saber apenas que são empresas privadas que prestam serviços públicos por meio de 
delegação do Estado – descentralização por colaboração. 
Gabarito: alternativa A. 
30. (FCC – DPE RS/2013) Sociedade de economia mista prestadora de serviço público precisa contratar 
100 (cem) servidores para reforçar equipe de fiscalização de campo, a fim de se desincumbir de 
obrigações contratuais assumidas regularmente. Para tanto, 
a) poderá promover a contratação direta de servidores públicos, desde que sob regime celetista, para 
ocuparem emprego público. 
b) deverá submeter-se a obrigatoriedade do concurso público para a contratação de seus empregados. 
c) poderá promover a contratação para provimento de cargos em comissão, tendo em vista que não se 
submete a regime jurídico de direito público, prescindindo da realização de concurso público. 
d) deverá realizar concurso público para a contratação de seus servidores, que se submetem a regime 
estatutário, embora o ente possua natureza jurídica de direito privado. 
e) poderá firmar contrato direto de prestação de serviço de autônomos com os novos empregados, 
evitando a realização de concurso público e a formação de vínculo empregatício. 
Comentário: 
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Os agentes públicos das SEMs submetem-se ao regime da consolidação das leis do trabalho (celetista) – 
logo, não são estatutários – e, portanto, seu vínculo é realizado por meio de contrato de trabalho. Não 
obstante, devem ser contratados obrigatoriamente por meio de concurso público. Portanto, correta a 
alternativa B. 
Agora vejamos o erro das demais alternativas: 
a) a contratação deve ser feita através concurso público; 
c) apesar de se submeterem ao regime de direto privado, a realização de concurso público é imprescindível. 
Ademais, a contratação de servidores comissionados destina-se apenas aos cargos de direção, chefia e 
assessoramento (CF, art. 37, V); 
d) os empregados públicos não se submetem ao regime estatutário, mas sim ao celetista; 
e) novamente, a realização de concurso público é obrigatória. 
Gabarito: alternativa B. 
31. (FCC – DPE RS/2013) O Estado decidiu instituir entidade com personalidade jurídica própria, 
integrante da Administração indireta, para executar programa de investimentos sob a forma de parcerias 
público-privadas, dotada de corpo técnico qualificado e agilidade para desenvolver projetos, além de 
patrimônio para prestar garantias aos parceiros privados. Referida entidade poderá ser constituída sob 
a forma de 
a) autarquia, sujeita ao regime jurídico de direito privado. 
b) empresa pública, que se submete ao regime de direito público, salvo quanto ao patrimônio, que não está 
sujeito a penhora. 
c) sociedade de economia mista, cuja criaçãodeve ser precedida de autorização legislativa. 
d) fundação, com patrimônio afetado à finalidade pretendida e não sujeita à licitação para contratação. 
e) sociedade de propósito específico, não sujeita aos princípios da Administração pública. 
Comentário: 
a) autarquias se sujeitam ao regime jurídico de direito público – ERRADA; 
b) as empresas públicas se submetem ao regime jurídico de direito privado. Dessa forma, em regra, seus 
bens são considerados bens privados e, por conseguinte, podem ser penhorados – ERRADA; 
c) isso mesmo! As sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da 
Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal, sob a forma de sociedades anônimas, cujo 
controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades 
gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos – CORRETA; 
d) assim como as demais entidades que compõem a administração direta e indireta, as fundações se 
sujeitam à Lei 8.666/1993 e devem licitar e contratar na forma prevista na Lei. Além disso, a natureza da 
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atividade prevista no enunciado (como os investimentos) não é compatível com as atividades realizadas 
pelas fundações – ERRADA; 
e) a sociedade de propósito específico é uma pessoa jurídica criada pelo vencedor de licitação de parceria 
público-privada para implantar e gerir o objeto da parceria, na forma da Lei 11.079/2004 – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
32. (FCC – DP AM/2013) Mediante iniciativa do Governador, o Estado do Amazonas aprova lei, cujos 
artigos iniciais estão assim redigidos: 
“Artigo 1o − Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, por escritura pública, sob a denominação de [...], 
uma [...] que se regerá por esta lei, pelas normas civis, por seu estatuto e com as finalidades discriminadas 
no artigo 2o. 
§ 1o − A .... será uma entidade civil, sem fins lucrativos, com prazo de duração indeterminado e adquirirá 
personalidade jurídica a partir da inscrição, no Registro competente, do seu ato constitutivo, com o qual 
serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de aprovação”. 
Diante do texto legislativo acima, pode-se concluir que a entidade a ser criada será uma 
a) empresa pública. 
b) autarquia. 
c) fundação de direito privado. 
d) sociedade de economia mista. 
e) associação pública. 
Comentário: 
Perceba que a lei não criou a entidade, apenas autorizou a criação. Assim, a entidade será de direito 
privado. Logo, podemos eliminar as opções B e E. A fundação de direito privado, a sociedade de economia 
mista e a empresa pública são de direito privado e recebem autorização legislativa para criação, porém as 
duas últimas têm fins lucrativos. Assim, apenas a fundação de direito privado corresponde ao texto 
legislativo apresentado. 
Gabarito: alternativa C. 
33. (FCC – DPE SP/2012) As fundações de direito público, também denominadas autarquias 
fundacionais, são instituídas por meio de lei específica e 
a) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a 
terceiros. 
b) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei. 
c) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas 
de sua atuação. 
d) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade. 
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e) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades 
essenciais. 
Comentário: 
a) os agentes públicos dessas entidades serão considerados servidores públicos, ocupantes, portanto, de 
cargos públicos. Por essa primeira parte o item já estaria errado. Além disso, para fins de responsabilidade 
civil do Estado, é utilizado um conceito amplo de agente público, abrangendo todas as formas de exercício 
da função pública – ERRADA; 
b) independentemente da natureza jurídica da fundação pública, ela deverá licitar e contratar na forma 
prevista na Lei 8.666/1993 – CORRETA; 
c) as fundações públicas de direito público são efetivamente criadas por lei. Apenas as fundações públicas 
de direito privado é que recebem autorização legislativa para criação, dependendo do registro do ato 
constitutivo no Registro Civil de Pessoas Jurídicas para que adquiram a personalidade jurídica – ERRADA; 
d) essa alternativa foge um pouco do nosso assunto, mas vamos lá?! Nesse momento, cabe saber que por 
integrar o regime jurídico de direito público seus atos recebem atributos que o diferem de atos privados, 
como a presunção de legitimidade ou veracidade, e a executoriedade. Assim, as fundações de direito 
público realizam atos administrativos – ERRADA; 
e) por força do art. 150, §2º, da CF, as fundações fazem jus à imunidade tributária, pois a vedação de 
instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros, é extensiva às “fundações instituídas 
e mantidas pelo Poder Público”. Logo, o regime tributário não é “comum”, mas especial, uma vez que 
gozam de prerrogativas próprias – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
34. (FCC – DPE PR/2012) A estrutura administrativa do Estado compreende a administração pública 
direta e indireta. Sobre o tema, examine as afirmações abaixo. 
I. A administração direta é constituída pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, todos dotados de 
autonomia política, administrativa e financeira. 
II. Estados e Municípios não são dotados de soberania e não têm competência legislativa para instituir sua 
própria administração indireta. 
III. As autarquias e as fundações de direito público são pessoas jurídicas de direito público que compõem a 
administração indireta. 
IV. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, dotadas de patrimônio próprio. 
V. A criação de sociedade de economia mista depende de lei específica autorizadora e o seu quadro social 
é constituído por pessoas jurídicas de direito público. 
 Estão corretas APENAS as afirmações 
a) I e III. 
b) II, IV e V. 
c) I e II. 
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d) I, III e IV. 
e) III e V. 
Comentário: 
I. A administração direta é constituída pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, todos dotados de 
autonomia política, administrativa e financeira. 
A Administração Direta é o conjunto de órgãos que integram as pessoas políticas ou federativas (União, 
estados, Distrito Federal e municípios), aos quais foi atribuída a competência para o exercício das atividades 
administrativas do Estado de forma centralizada – CORRETA; 
II. Estados e Municípios não são dotados de soberania e não têm competência legislativa para instituir sua 
própria administração indireta. 
Realmente os estados e municípios não possuem soberania (característica presente somente na República 
Federativa ou, para alguns autores, na União) – ERRADA; 
III. As autarquias e as fundações de direito público são pessoas jurídicas de direito público que compõem a 
administração indireta. 
Perfeito. As autarquias são pessoas jurídicas de Direito Público com capacidade exclusivamente 
administrativa; e as fundações públicas de direito público terão a mesma natureza da autarquia, sendo 
utilizadas para o desempenho de atividade de interesse social – CORRETA; 
IV. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, dotadas de patrimônio próprio. 
Todasas entidades da administração indireta possuem patrimônio próprio – CORRETA; 
V. A criação de sociedade de economia mista depende de lei específica autorizadora e o seu quadro social é 
constituído por pessoas jurídicas de direito público. 
A primeira parte da afirmação está correta. No entanto, a composição de capital das SEMs admite a 
participação de pessoas jurídicas privadas – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
Concluímos por hoje. 
Bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
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@profherbertalmeida 
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/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida e /controleexterno 
Se preferir, basta escanear as figuras abaixo: 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (FCC – PGE GO/2021) A partir de apontamentos efetuados por órgãos de controle interno e 
externo, com a constatação de falhas reiteradas na gestão de pessoal, estrutura e materiais necessários 
à adequada prestação dos serviços hospitalares pela Administração de determinado Estado, estudo 
visando a dotá-los de maior eficiência propôs a criação de empresa pública, de capital do Estado, com a 
finalidade de prestar serviços gratuitos de assistência médico-hospitalar e ambulatorial à comunidade. 
Para tanto, competiria à empresa pública em questão administrar unidades hospitalares, promovendo, 
entre outros atos de gestão de hospitais, a contratação de empregados, submetidos a regime celetista, 
por meio de concurso público, e a aquisição de materiais, de modo centralizado, mediante licitação. 
À luz das disposições constitucionais pertinentes e da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a criação 
da empresa pública, nos moldes propostos, seria, em tese, 
a) viável, desde que haja lei complementar prévia que defina sua área de atuação. 
b) inviável, no que se refere à submissão de empregados ao regime celetista, uma vez que, diante da 
natureza pública dos serviços prestados, os funcionários concursados deverão ser regidos pelo estatuto dos 
servidores públicos do Estado respectivo. 
c) viável, dependendo sua instituição de autorização por lei específica. 
d) inviável, por não se destinarem as empresas públicas à prestação de serviços públicos, e sim à exploração 
de atividade econômica em sentido estrito, submetendo-se o ente ao regime jurídico próprio das empresas 
privadas, quanto a direitos e obrigações civis e trabalhistas. 
e) inviável, no que se refere à aquisição de materiais, que se sujeita ao estatuto jurídico próprio das 
empresas públicas e sociedades de economia mista, estabelecido por lei federal, observados os princípios 
da Administração pública. 
Comentário: 
a) as empresas públicas são criadas após autorização legislativa, e não há necessidade de definição da área 
de atuação por lei complementar – ERRADA; 
b) o regime jurídico de direito privado das empresas públicas independe da natureza dos serviços 
prestados. Assim, seus empregados se submetem ao regime celetista, e não ao estatutário – ERRADA; 
c) simples assim. A criação das empresas públicas depende de autorização legislativa prévia, por lei 
específica. Nos termos do art. 37, XIX da CF/88, “somente por lei específica poderá ser criada autarquia e 
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei 
complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação” – CORRETA; 
d) as empresas públicas podem atuar tanto na exploração de atividade econômica quanto na prestação de 
serviços públicos – ERRADA; 
e) a criação da empresa é viável, e a aquisição de materiais deverá observar o procedimento licitatório 
previsto na Lei nº 13.303/16 – ERRADA. 
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Gabarito: alternativa C. 
2. (FCC – TJ GO/2021) O município de Jararacuçu, após a promulgação de lei autorizativa, constituiu 
uma sociedade de economia mista, sob a forma de sociedade anônima com capital aberto e ações 
negociadas no mercado acionário, sendo-lhe outorgado o serviço público de coleta e manejo de resíduos 
sólidos provenientes das residências e estabelecimentos econômicos situados na área urbana. A 
remuneração do serviço público prestado decorrerá do pagamento, pelos usuários, de taxa estabelecida 
por lei municipal específica, além de receitas alternativas decorrentes da própria atividade outorgada. 
Nesse caso, 
a) é possível a prestação do serviço público em questão por sociedade de economia mista, mas não é cabível 
a cobrança de taxa, por se tratar de serviço uti universi. 
b) por se tratar de empresa estatal prestadora de serviço público em regime de monopólio, a sociedade em 
questão gozará de privilégios inerentes à atuação da Fazenda Pública em juízo, como o prazo em dobro 
para manifestações processuais. 
c) a empresa em questão, apesar de ser prestadora de serviços públicos, não está sujeita à imunidade 
tributária recíproca constante do art. 150, VI, ‘a’, da Constituição Federal. 
d) é possível a criação da sociedade de economia mista para a prestação do serviço público em questão, 
mas não lhe deve ser outorgado o serviço, devendo disputá-lo em concorrência com outras prestadoras. 
e) é inadequada a criação de sociedade de economia mista para a prestação de serviços públicos, visto que 
tais serviços devem ser prestados exclusivamente por empresas públicas. 
Comentário: essa questão cobrou um entendimento específico do STF que diz o seguinte: 
Sociedade de economia mista, cuja participação acionária é negociada em Bolsas de Valores, e que, 
inequivocamente, está voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas, não está 
abrangida pela regra de imunidade tributária prevista no art. 150, VI, “a", da Constituição, unicamente em 
razão das atividades desempenhadas. STF. Plenário. RE 600867, Rel. Joaquim Barbosa, Relator p/ Acórdão 
Luiz Fux, julgado em 29/06/2020 (Informativo 993 - Repercussão Geral – Tema 508). 
Assim, nosso gabarito está na alternativa C. 
Agora vamos analisar as demais alternativas: 
a) nos termos da Súmula Vinculante 19, “a taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de 
coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o art. 
145, II, da CF” – ERRADA; 
b) os privilégios processuais da Fazenda Pública não se aplicam às empresas estatais, mesmo às que atuem 
em regime de monopólio – ERRADA; 
d) a outorga para prestação de serviços públicos pode sim ser feita às empresas estatais em regime de 
monopólio, por imperativo de segurança nacional ou relevante interesse coletivo (art. 173, CF/88), o que 
acaba ocorrendo em setores como o de saneamento básico. Lembrando que a outorga ocorre justamente 
com a criação de entidades administrativas – ERRADA; 
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160
==1365fc==
e) tanto EP quanto SEM podem ser criadas para a prestação de serviços públicos, não havendo essa 
diferença – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
3. (FCC – PGE TO/2018) O Governo do Estado pretende instituir uma entidade dedicada a prestar 
serviços relacionados ao turismo no Estado e encaminha à Assembleia Legislativa o respectivo projeto 
de lei autorizativa. Sabe-se que tal entidade terá capital social dividido em quotas. O Governoestadual 
criará uma 
a) autarquia. 
b) fundação de direito privado. 
c) associação pública. 
d) empresa pública. 
e) sociedade de economia mista. 
4. (FCC – DPE AM/2018) As entidades integrantes da Administração pública possuem diferentes 
características e contornos jurídicos, muitos atrelados à própria finalidade por elas desempenhada e ao 
objeto cometido a cada uma. Nesse sentido, as 
a) fundações possuem necessariamente personalidade de direito público, não se submetendo às regras do 
Código Civil. 
b) autarquias podem ser constituídas com personalidade de direito público ou privado, a depender da 
atividade desempenhada. 
c) sociedades de economia mista, mesmo quando atuam em regime de competição no mercado, integram 
a Administração indireta. 
d) empresas públicas se submetem integralmente ao regime jurídico de direito público, seja na atividade 
meio ou na atividade fim. 
e) organizações sociais, quando vinculadas ao poder público mediante contrato de gestão passam a integrar 
a Administração indireta. 
5. (FCC – TRT PE/2018) A criação de uma empresa estatal deve 
a) observar a legislação civil e comercial aplicável à criação de empresas, exceto com relação ao capital, que 
nos primeiros seis meses deve pertencer integralmente ao ente público que a criou. 
b) ser precedida de autorização legislativa, o que a predicará com regime jurídico de direito público, 
inclusive quanto a seus bens e obrigatoriedade de submissão a licitação para todos os ajustes e contratos 
que celebrar. 
c) ser autorizada em audiência pública a ser realizada para o setor econômico em que vai atuar, de forma 
a serem colhidas eventuais impugnações quanto à concorrência desleal. 
d) observar a legislação aplicável para instituição de empresas privadas, sem prejuízo de ter sido 
previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de serviços públicos ou exploradora de atividade 
econômica. 
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e) ser feita por meio de lei, da qual constarão, como anexo, os atos constitutivos que deverão ser levados 
a registro para regular funcionamento, e deverão prever o setor de atuação e o regime jurídico de 
exploração da atividade. 
6. (FCC – ALESE/2018) Integram a Administração pública indireta, dentre outros, as empresas 
públicas e sociedades de economia mista que 
a) são criadas por lei, sob regime de direito privado, para explorar atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens, não para exploração de serviços públicos, pois estes exigem regime jurídico 
administrativo. 
b) têm a criação autorizada por lei específica, personalidade jurídica de direito privado, podendo ambas 
explorar atividade econômica ou prestar serviços públicos. 
c) têm a criação autorizada por lei, sendo a empresa pública instituída para exploração de serviços públicos 
e a sociedade de economia mista para exploração de atividade econômica. 
d) são criadas por lei, sob o regime de direito administrativo, pois ambas podem prestar serviço público em 
regime de exclusividade ou não. 
e) são criadas por seus estatutos jurídicos, independentemente de lei autorizativa, para explorar atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou prestação de serviços, ainda que o exercício 
econômico esteja sujeito ao regime de monopólio da União. 
7. (FCC – ALESE/2018) Considere: Y é empresa pública federal e Z é sociedade de economia mista, 
também de âmbito federal. Levando em conta as características de tais entidades, 
a) ambas poderão revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 
b) Y deve, obrigatoriamente, estar estruturada sob a forma de sociedade anônima. 
c) ambas admitem a presença de pessoas da iniciativa privada em seu capital. 
d) apenas a empresa Y apresenta a característica da vinculação aos fins definidos na lei instituidora. 
e) o capital de Z poderá ser formado da conjugação de recursos oriundos das pessoas de direito público ou 
de outras pessoas administrativas, de um lado, e de recursos da iniciativa privada, de outro. 
8. (FCC – TRT SP/2018) A criação de uma sociedade de economia mista por um ente político, para 
prestação de serviço público de sua titularidade, expressa 
a) organização administrativa sob a forma de desconcentração, tendo em vista que outra pessoa jurídica, 
ainda que com personalidade jurídica de direito público, desempenhará as atividades típicas da 
Administração pública. 
b) a possibilidade de incidência do regime jurídico de direito público para as pessoas jurídicas de direito 
privado integrantes da Administração pública, com exceção da incidência de normas e princípios aplicáveis 
à Administração central, como a obrigatoriedade de submissão a concurso público para contratação de 
servidores, porque não serão submetidos a regime estatutário. 
c) a transferência de competências para pessoas jurídicas com personalidade jurídica própria, autônomas 
e desprovidas de relação hierárquica ou de tutela com o ente que as instituiu. 
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d) organização administrativa do ente público estruturada de forma desconcentrada, abrangendo 
delegação de competências para órgãos administrativos e pessoas jurídicas com personalidade jurídica 
própria. 
e) forma descentralizada de organização administrativa, na qual pessoas jurídicas são instituídas para 
integrar a Administração indireta do ente federado e desempenhar as atribuições especificadas nos atos 
institutivos, originalmente de atribuição da Administração central. 
9. (FCC – DPE AM/2018) Considere que o Estado pretenda transferir a execução e exploração de 
serviço público de transporte ferroviário em determinada região metropolitana, desonerando-se, assim, 
dos custos correspondentes. Para tanto, uma das alternativas juridicamente cabíveis da qual poderia se 
valer consiste em 
a) instituir, por lei específica, autarquia, sujeita a regime de direito privado, para exploração do serviço de 
forma autônoma. 
b) criar, mediante prévia autorização legislativa, sociedade de economia mista que atue como delegatária 
do serviço em questão. 
c) firmar convênio com empresa privada tendo por objeto a prestação do serviço mediante a cobrança de 
tarifa do usuário. 
d) celebrar consórcio com Município, para a concessão do serviço, com o rateio dos custos e receitas 
correspondentes mediante contrato de gestão. 
e) conceder, mediante prévio procedimento licitatório, o serviço a empresa privada, com a transferência 
da correspondente titularidade. 
10. (FCC – DETRAN MA/2018) Os serviços públicos, quando são prestados por entes da Administração 
indireta, como autarquias ou empresas estatais, 
a) subordinam-se ao regime jurídico de direito público e submetem-se ao controle da Administração, que 
poderá, na qualidade de poder concedente, promover alterações contratuais e na forma da execução dos 
serviços, o que não se imprime quando se trata de delegação para a iniciativa privada. 
b) são delegados em sua titularidade, o que confere maior autonomia na execução contratual e, não 
obstante se submetam aos princípios que informam a prestação de serviços públicos, subordinam-se 
apenas ao controle legislativo e judicial. 
c) dependem da celebração de contratos de concessão ou permissão, nos quais estarão previstas as 
obrigações e condições de execução, bem como as hipóteses de extinção antecipada, como caducidade ou 
encampação. 
d) observam os princípios que regem a prestação de serviços públicos, atraindo a incidência do regime 
jurídico de direito público, inclusive no que se refere aos bens afetados, ainda que o proprietário dos 
mesmos tenha natureza jurídica de direito privado. 
e) devem encontrarprevisão na lei que criou os referidos entes, tendo em vista que os mesmos têm 
natureza jurídica de direito público, incluída a empresa estatal, porque destinada à prestação de serviços 
públicos. 
11. (FCC – TST/2017) Determinado Estado da Federação tem investido em diversos projetos de 
parceria com a iniciativa privada para obras de infraestrutura, a fim de associar a expertise tecnológica e 
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operacional do mercado, com a desoneração dos cofres públicos dos investimentos necessários e para 
promover a criação de novos empregos. Em razão disso, a Administração pública pretende criar uma 
pessoa jurídica integrante de sua Administração indireta, cuja finalidade institucional seja o 
desenvolvimento e acompanhamento de diversos projetos, realização de estudos, estruturação de 
sistema de garantias, bem como outras providências específicas em matéria de parcerias. Essa solução 
poderia ser implementada mediante a 
a) instituição de uma autarquia, cuja criação deve ser devidamente autorizada por lei e cuja gestão pode 
admitir o regime jurídico de direito privado conforme o escopo de sua atuação, a exemplo do caso descrito. 
b) criação de uma empresa pública, pessoa jurídica de direito público, em razão da constituição de seu 
capital social, mas que atua no mercado em regime de paridade com a iniciativa privada, conferindo a 
agilidade necessária pela Administração pública. 
c) instituição de uma empresa estatal, cujo regime jurídico é próprio das empresas privadas, fazendo 
constar da finalidade institucional as atividades pretendidas pela Administração. 
d) criação, por lei, de uma autarquia que, em razão de sua natureza jurídica de direito público, terá atuação 
regida pelo direito público, ainda que seu escopo seja típico de atuação da iniciativa privada, como 
pretendido pela Administração pública. 
e) instituição de uma sociedade de economia mista, pessoa jurídica de direito privado, cujo controle do 
capital pertence integralmente ao ente que a instituiu, sujeita ao regime de competição de mercado, 
independentemente de seu objeto social e finalidade institucional. 
12. (FCC – DPE RS/2017) Uma empresa pública é proprietária de dois galpões onde armazenava o 
maquinário utilizado nas obras que realizava. Esse maquinário, com o passar do tempo, foi substituído 
por itens mais modernos, de forma que a empresa se desfez desses bens. Os galpões, dessa forma, 
ficaram vazios, o que levou a direção da empresa a decidir alienar os imóveis para investimento do 
capital. Enquanto tramitava o processo interno para autorização da alienação, os referidos bens foram 
penhorados em ações judiciais que tramitavam para recebimento de dívidas não pagas. A empresa 
a) pode impor ao juízo a impenhorabilidade de seus bens, tendo em vista que se trata de empresa pública 
integrante da Administração direta e, como tal, prestante ao desempenho de serviços públicos. 
b) pode prosseguir com o processo de autorização da alienação, tendo em vista que, em razão da 
impenhorabilidade de seus bens, a penhora lavrada é nula e não produz efeitos. 
c) não possui fundamento para alegar a impenhorabilidade de seus bens, em face de se tratar de pessoa 
jurídica de direito privado e dos galpões estarem sem qualquer afetação à prestação de serviços públicos. 
d) tem personalidade jurídica de direito privado, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico de direito 
público, como forma de tutelar o erário público, tendo em vista que o ente público criador da empresa é 
seu acionista majoritário. 
e) tem personalidade jurídica de direito público, mas seus bens sujeitam-se a regime jurídico híbrido, de 
forma que são impenhoráveis quando afetados à prestação de serviços públicos ou a alguma outra 
atividade de interesse público. 
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13. (FCC – Copergás/2016) Uma empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma de 
sociedade unipessoal. Outra empresa pública federal pretende constituir-se sob a forma de empresa 
pública unipessoal. A propósito do tema, é correto afirmar que 
a) ambas são admitidas no âmbito federal e, apesar de distintas, nenhuma delas apresenta Assembleia 
Geral. 
b) não se admite, no âmbito federal, a criação de empresas públicas com formas inéditas como as citadas 
no enunciado. 
c) as formas de empresa pública citadas no enunciado são as mesmas, isto é, tratam-se de empresas 
públicas idênticas. 
d) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que na empresa 
pública unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na sociedade unipessoal não. 
e) as formas de empresas citadas são admitidas no âmbito federal e a diferença entre elas é que na 
sociedade unipessoal existe a Assembleia Geral, enquanto na empresa pública unipessoal não. 
14. (FCC – SEFAZ MA/2016) São exemplos de empresa pública e sociedade de economia mista, 
respectivamente: 
a) Banco do Brasil S.A. e Caixa Econômica Federal. 
b) Agência Nacional de Energia Elétrica e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. 
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos e Caixa Econômica Federal. 
d) Companhia Nacional de Abastecimento e Banco do Brasil S.A. 
e) Banco do Brasil S.A. e Companhia Nacional de Abastecimento. 
15. (FCC – Prefeitura de Teresina - PI/2016) Pessoa jurídica de direito privado, constituída sob a forma 
da legislação brasileira, com parte do capital pertencente a entes públicos, na condição de detentores do 
controle, prestadora de serviço público, sujeita a regime licitatório para contratação das atividades meio, 
descreve uma 
a) sociedade de economia mista. 
b) autarquia. 
c) fundação. 
d) empresa pública. 
e) autarquia especial. 
16. (FCC – TRF 1/2011) NÃO é considerada característica da sociedade de economia mista 
a) a criação independente de lei específica autorizadora. 
b) a personalidade jurídica de direito privado. 
c) a sujeição a controle estatal. 
d) a vinculação obrigatória aos fins definidos em lei. 
e) o desempenho de atividade de natureza econômica. 
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17. (FCC – TCE AP/2012) Uma sociedade de economia mista foi condenada em ação judicial movida 
por empresa contratada ao pagamento por serviços executados e não pagos. Iniciada a execução judicial 
e recusando-se a pagar espontaneamente o débito, a sociedade de economia mista 
a) deverá ser executada da mesma forma que as entidades integrantes da Administração direta, em razão 
da sujeição aos princípios aplicáveis à Administração Pública. 
b) está protegida pela impenhorabilidade de seus bens e receitas, em face do regime de direito público a 
que se submete. 
c) poderá ter seu patrimônio penhorado, eis que submetida às mesmas obrigações civis, trabalhistas e 
fiscais das empresas privadas. 
d) deverá ser executada da mesma forma que as empresas privadas, eis que se submete ao mesmo regime 
destas, exceto quanto às obrigações tributárias. 
e) somente poderá ter seus bens e receitas penhoradas em relação às obrigações trabalhistas. 
18. (FCC – TCE AP/2012) O Estado pretende criar entidade dotada de autonomia, integrante da 
Administração indireta, para exercer atividade de natureza econômica, com a participação de entidade 
privada na constituição do correspondente capital social. 
Atende a tal objetivo 
a) uma Empresa pública. 
b) uma Sociedade de economia mista. 
c) uma Parceria Público-Privada. 
d) um Consórcio público. 
e) umaOrganização Social − OS. 
19. (FCC – SEFAZ SP/2013) O Estado pretende descentralizar a execução de atividade atualmente 
desempenhada no âmbito da Administração direta, consistente nos serviços de ampliação e manutenção 
de hidrovia estadual, em face da especialidade de tais serviços. Estudos realizados indicaram que será 
possível a cobrança de outorga pela concessão, a particulares, do uso de portos fluviais que serão 
instalados na referida hidrovia, recursos esses que serão destinados a garantir a autossuficiência 
financeira da entidade a ser criada. Considerando os objetivos almejados, poderá ser instituída 
a) autarquia, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado dotada do poder de autoadministração, 
nos limites previstos na lei instituidora. 
b) agência reguladora, sob a forma de autarquia de regime especial, cuja criação deve ser autorizada por 
lei, dotada de autonomia orçamentária e financeira. 
c) agência executiva, sob a forma de empresa ou de autarquia que celebre contrato de gestão com a 
Administração direta para ampliação de sua autonomia. 
d) sociedade de economia mista, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, submetida aos 
princípios aplicáveis à Administração pública, e cuja criação é autorizada por lei. 
e) empresa pública, caracterizada como pessoa jurídica de direito privado, criada por lei específica e com 
patrimônio afetado à finalidade para a qual foi instituída. 
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20. (FCC – TCE PR/2011) Inserem-se entre as entidades integrantes da Administração pública indireta, 
além das empresas públicas, as 
a) sociedades de economia mista, as fundações públicas e as Organizações Sociais ligadas à Administração 
por contrato de gestão. 
b) autarquias, fundações e sociedades de economia mista, que são pessoas jurídicas de direito público. 
c) sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, que se submetem ao mesmo 
regime jurídico das empresas privadas e aos princípios aplicáveis à Administração Pública. 
d) fundações e autarquias, excluídas as sociedades de economia mista. 
e) sociedades de economia mista, exceto as que operam no domínio econômico em regime de competição 
com as empresas privadas. 
21. (FCC – TRE TO/2011) Constitui traço distintivo entre sociedade de economia mista e empresa 
pública: 
a) forma de organização, isto é, forma jurídica. 
b) desempenho de atividade de natureza econômica. 
c) criação autorizada por lei. 
d) sujeição a controle estatal. 
e) personalidade jurídica de direito privado. 
22. (FCC – TST/2012) Uma empresa que conte com controle acionário privado e participação 
minoritária de capital estatal 
a) é considerada sociedade de economia mista, porém não integrante da Administração Indireta. 
b) é considerada empresa pública, integrante da Administração Indireta. 
c) é considerada empresa pública, porém não integrante da Administração Indireta. 
d) é considerada sociedade de economia mista, integrante da Administração Indireta. 
e) não é considerada nem empresa pública, nem sociedade de economia mista. 
23. (FCC – TRT 6/2012) A respeito do regime jurídico das entidades integrantes da Administração 
Pública indireta é correto afirmar que é 
a) de direito privado para as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade 
econômica, sem prejuízo da aplicação dos princípios constitucionais da Administração Pública. 
b) de direito público para as fundações, autarquias e empresas públicas e de direito privado para as 
sociedades de economia mista. 
c) sempre de direito privado, parcialmente derrogado pelas prerrogativas e sujeições decorrentes dos 
princípios aplicáveis à Administração pública. 
d) sempre de direito público, exceto para as entidades caracterizadas como agências executivas ou 
autarquias de regime especial. 
e) sempre de direito privado, em relação à legislação trabalhista e tributária, e de direito público em relação 
aos bens afetados ao serviço público. 
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24. (FCC – TRT 1/2013) A respeito das entidades integrantes da Administração indireta, é correto 
afirmar que 
a) se submetem, todas, ao regime jurídico de direito público, com observância aos princípios constitucionais 
e às demais regras aplicáveis à Administração pública. 
b) as empresas públicas e sociedades de economia mista que explorem atividade econômica submetem-se 
ao regime tributário próprio das empresas privadas. 
c) as autarquias regem-se pelo princípio da especialização e submetem-se ao regime jurídico de direito 
público, gozando de capacidade política. 
d) apenas as empresas públicas podem explorar atividade econômica e sempre em caráter supletivo à 
iniciativa privada, submetidas ao regime próprio das empresas privadas, salvo em matéria tributária. 
e) apenas as sociedades de economia mista sujeitam-se ao regime de direito privado, podendo orientar 
suas atividades para a obtenção de lucro. 
25. (FCC – TRT 1/2013) Distinguem-se as autarquias das sociedades de economia mista que exploram 
atividade econômica, dentre outras características, em função de 
a) não serem dotadas de autonomia e personalidade jurídica própria, embora submetidas ao regime 
jurídico de direito privado. 
b) seu regime jurídico de direito público, exceto quanto ao processo de execução ao qual se submetem, 
típico do direito privado. 
c) sua criação ser autorizada por lei, bem como por se submeterem tanto ao regime jurídico público, quanto 
ao regime jurídico privado. 
d) serem criadas por lei, bem como em função de seu regime jurídico de direito público. 
e) se submeterem a processo especial de execução, que excetua o regime dos precatórios, embora não 
afaste a prescritibilidade de seus bens. 
26. (FCC – TRT 1/2013) Em relação às empresas estatais, é correto afirmar que 
a) se submetem ao regime jurídico de direito público quando se tratar de empresa pública, porque o capital 
pertence a pessoas jurídicas de direito público. 
b) se submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, com derrogações por normas de direito 
público. 
c) não se submetem a lei de licitações, porque sujeitas ao regime jurídico típico de direito privado. 
d) não se submetem a lei de licitações, salvo no que se refere às suas atividades fins, que dependem sempre 
de licitação. 
e) se submetem integralmente ao regime jurídico de direito privado, sem derrogações, a fim de resguardar 
o princípio da isonomia em relação às demais empresas que atuem no setor. 
27. (FCC – TRF 2/2012) A administração indireta compreende, além de outras entidades, as empresas 
públicas e sociedades de economia mista, as quais têm personalidade jurídica de direito 
a) público e privado, respectivamente, criadas por lei de iniciativa do Poder Executivo. 
b) privado, instituídas mediante autorização de lei específica. 
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c) público e independem de lei complementar para suas instituições. 
d) privado e público, respectivamente, sendo instituídas mediante lei específica. 
e) público, criadas por ato específico e privativo do chefe do Poder Executivo. 
28. (FCC – TRE RO/2013) Integram a Administração pública indireta, além de outras entidades, 
a) as organizações sociais, a partir da celebração do contrato de gestão, para a execução de serviços 
públicos não exclusivos do Estado. 
b) as agências executivas, consideradas autarquias de regime especial, criadas por lei para o exercício de 
atividades de controle e fiscalização.c) as sociedades de economia mista, criadas por lei, para exercer atividades econômicas de interesse ou 
relevância social. 
d) empresas públicas, com capital majoritário do poder público, cuja criação é autorizada por lei para 
exercer, exclusivamente, serviços públicos. 
e) autarquias, criadas por lei, com personalidade jurídica de direito público e capacidade de 
autoadministração. 
29. (FCC – DPE RS/2013) Quando o poder público pretende que determinado serviço público seja 
prestado de forma descentralizada, por um ente que tenha sido criado por lei, tenha capacidade de 
autoadministração, sujeito ao poder de tutela da administração pública, está-se diante de 
a) autarquia. 
b) permissionária ou concessionária de serviço público. 
c) sociedade de economia mista prestadora de serviço público. 
d) empresa pública ou sociedade de economia mista prestadoras de serviço público. 
e) concessionária de serviço público. 
30. (FCC – DPE RS/2013) Sociedade de economia mista prestadora de serviço público precisa contratar 
100 (cem) servidores para reforçar equipe de fiscalização de campo, a fim de se desincumbir de 
obrigações contratuais assumidas regularmente. Para tanto, 
a) poderá promover a contratação direta de servidores públicos, desde que sob regime celetista, para 
ocuparem emprego público. 
b) deverá submeter-se a obrigatoriedade do concurso público para a contratação de seus empregados. 
c) poderá promover a contratação para provimento de cargos em comissão, tendo em vista que não se 
submete a regime jurídico de direito público, prescindindo da realização de concurso público. 
d) deverá realizar concurso público para a contratação de seus servidores, que se submetem a regime 
estatutário, embora o ente possua natureza jurídica de direito privado. 
e) poderá firmar contrato direto de prestação de serviço de autônomos com os novos empregados, 
evitando a realização de concurso público e a formação de vínculo empregatício. 
31. (FCC – DPE RS/2013) O Estado decidiu instituir entidade com personalidade jurídica própria, 
integrante da Administração indireta, para executar programa de investimentos sob a forma de parcerias 
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público-privadas, dotada de corpo técnico qualificado e agilidade para desenvolver projetos, além de 
patrimônio para prestar garantias aos parceiros privados. Referida entidade poderá ser constituída sob 
a forma de 
a) autarquia, sujeita ao regime jurídico de direito privado. 
b) empresa pública, que se submete ao regime de direito público, salvo quanto ao patrimônio, que não está 
sujeito a penhora. 
c) sociedade de economia mista, cuja criação deve ser precedida de autorização legislativa. 
d) fundação, com patrimônio afetado à finalidade pretendida e não sujeita à licitação para contratação. 
e) sociedade de propósito específico, não sujeita aos princípios da Administração pública. 
32. (FCC – DP AM/2013) Mediante iniciativa do Governador, o Estado do Amazonas aprova lei, cujos 
artigos iniciais estão assim redigidos: 
“Artigo 1o − Fica o Poder Executivo autorizado a instituir, por escritura pública, sob a denominação de [...], 
uma [...] que se regerá por esta lei, pelas normas civis, por seu estatuto e com as finalidades discriminadas 
no artigo 2o. 
§ 1o − A .... será uma entidade civil, sem fins lucrativos, com prazo de duração indeterminado e adquirirá 
personalidade jurídica a partir da inscrição, no Registro competente, do seu ato constitutivo, com o qual 
serão apresentados o Estatuto e o respectivo decreto de aprovação”. 
Diante do texto legislativo acima, pode-se concluir que a entidade a ser criada será uma 
a) empresa pública. 
b) autarquia. 
c) fundação de direito privado. 
d) sociedade de economia mista. 
e) associação pública. 
33. (FCC – DPE SP/2012) As fundações de direito público, também denominadas autarquias 
fundacionais, são instituídas por meio de lei específica e 
a) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a 
terceiros. 
b) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei. 
c) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas 
de sua atuação. 
d) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade. 
e) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades 
essenciais. 
34. (FCC – DPE PR/2012) A estrutura administrativa do Estado compreende a administração pública 
direta e indireta. Sobre o tema, examine as afirmações abaixo. 
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I. A administração direta é constituída pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal, todos dotados de 
autonomia política, administrativa e financeira. 
II. Estados e Municípios não são dotados de soberania e não têm competência legislativa para instituir sua 
própria administração indireta. 
III. As autarquias e as fundações de direito público são pessoas jurídicas de direito público que compõem a 
administração indireta. 
IV. As empresas públicas são pessoas jurídicas de direito privado, dotadas de patrimônio próprio. 
V. A criação de sociedade de economia mista depende de lei específica autorizadora e o seu quadro social 
é constituído por pessoas jurídicas de direito público. 
 Estão corretas APENAS as afirmações 
a) I e III. 
b) II, IV e V. 
c) I e II. 
d) I, III e IV. 
e) III e V. 
GABARITO 
 
1. C 11. C 21. A 31. C 
2. C 12. C 22. E 32. C 
3. D 13. E 23. A 33. B 
4. C 14. D 24. B 34. D 
5. D 15. A 25. D 
6. B 16. A 26. B 
7. E 17. C 27. B 
8. E 18. B 28. E 
9. B 19. D 29. A 
10. D 20. C 30. B 
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REFERÊNCIAS 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado. 19ª Ed. Rio de Janeiro: 
Método, 2011. 
ARAGÃO, Alexandre Santos de. Curso de Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Forense, 2012. 
BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. 31ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2014. 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo: teoria e questões. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. 27ª Edição. São Paulo: Atlas, 2014. 
JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. 10ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014. 
MEIRELLES, H.L.; ALEIXO, D.B.; BURLE FILHO, J.E. Direito administrativo brasileiro. 39ª Ed. São Paulo: 
Malheiros Editores, 2013. 
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QUESTÕES PARA FIXAÇÃO 
 
1. (FGV – DNIT/2024) A organização administrativa no setor público envolve modelos que delineiam 
a distribuição de poder e responsabilidades. A dicotomia entre centralização e descentralização é 
fundamental na tomada de decisões governamentais, com a primeira concentrando autoridade e a 
última delegando competências. Esses modelos refletem a diversidade estratégica adotada pelos 
governos em busca de eficiência, transparência e atendimento às necessidades da sociedade. 
Relacione as organizações listadas a seguir às respectivas naturezas jurídicas. 
1. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT)mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado”. Assim, se o 
Banco do Brasil S.A., por exemplo, receber uma isenção fiscal, a mesma regra deverá ser aplicada aos 
bancos privados. 
Quanto às empresas públicas e às sociedades de economia mista que prestarem serviços públicos, não há 
uma regra tão clara na Constituição Federal. Porém, a doutrina costuma informar que as disposições sobre 
as empresas estatais prestadoras de serviços públicos constam no art. 175 da CF, que estabelece que 
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incumbe “ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, 
sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos”. 
Dessa forma, costuma-se dizer que os regramentos previstos no art. 173 da Constituição Federal não 
alcançam as EP e SEM que prestam serviços públicos, mas somente aquelas que exploram atividade 
econômica. Tal constatação causa uma diferença fundamental no regime jurídico dessas entidades, 
conforme iremos observar no tópico seguinte. 
Vale reforçar, portanto (estamos sendo repetitivos, mas o tema é importante), que, em tese, o regime 
jurídico previsto no art. 173 seria exclusivo para as empresas públicas, sociedades de economia mista e 
subsidiárias que atuassem na exploração de atividade econômica em sentido estrito, como os bancos 
públicos e a Petrobrás. Logo, quando fosse elaborada a “lei” desse regime jurídico ela seria específica para 
esse grupo de entidades. 
A despeito disso, a Lei 13.303/2016 dispôs expressamente que o seu regime abrange toda e qualquer 
empresa pública e sociedade de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios que explore atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de 
serviços, ainda que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de monopólio da União ou seja de 
prestação de serviços públicos. 
Portanto, ainda que o regramento constitucional das empresas estatais prestadoras de serviços públicos 
esteja no art. 175, enquanto das exploradoras de atividade econômica consta no art. 173, a Lei 13.303/2016 
aplica-se aos dois grupos de empresas. 
Teoricamente não seria todo tipo de serviço público que poderia ser exercido pelas empresas estatais. 
Inicialmente, as empresas estatais somente poderiam prestar os serviços públicos delegáveis, também 
conhecidos na doutrina como serviços públicos econômicos. Nesse rol, encontraríamos os serviços de 
telefonia, distribuição de energia elétrica, transporte público coletivo, etc. 
Contudo, esse tema vem evoluindo ultimamente. Primeiro porque existem várias empresas estatais que 
estão desempenhando atividades que não seriam enquadradas nos serviços públicos econômicos. Por 
exemplo: a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) presta serviços de assistência médico-
hospitalar (atividade social). Essa atividade não seria nem exploração de atividade econômica (em sentido 
estrito) nem serviço público econômico. 
Ademais, em regra, as empresas estatais não podem exercer atividades típicas de Estado, ou seja, aquelas 
atividades que só podem ser prestadas por entidades que possuem personalidade jurídica de direito 
público. Essa é a “regra” que você deverá levar para as provas. 
Porém, ultimamente o STF vem aplicando algumas regras de direito público às empresas estatais que 
prestam serviços públicos próprios do Estado em regime não concorrencial. Por exemplo: o STF 
reconheceu que as empresas estatais prestadoras de serviços públicos próprios do Estado em regime não 
concorrencial podem exercer o poder de polícia, inclusive no aspecto sancionatório.7 
 
7 RE 633.782, j. em 26/10/2020. 
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Assim, para não complicar demais a aula com debates doutrinários desnecessários, vamos fazer três 
conclusões. 
1) se a questão de prova questionar sobre quais atividades as empresas estatais podem executar, 
simplesmente responda (sem fazer outros debates; simples assim): (i) explorar atividade econômica; 
(ii) prestar serviços públicos; 
2) considere o termo “prestar serviços públicos” em um sentido mais amplo, envolvendo também 
outros serviços, como atividades sociais e administrativos; 
3) genericamente, afirme que as empresas estais não podem exercer atividades típicas de Estado. 
Somente de forma excepcional e se houver esse debate pela banca, considere que as empresas 
estatais prestadoras de serviços públicos próprios do Estado em regime não concorrencial podem 
exercer atividade típicas, desde que atendidos outros requisitos que não vamos abordar neste 
momento. 
Por fim, deve-se notar que mesmo quando exploram atividade econômica, as SEM e as EP são entidades 
administrativas integrantes da Administração Indireta e que, portanto, compõem a Administração Pública 
em sentido subjetivo. Por esse motivo, elas não possuem um regime totalmente de direito privado, eis que 
se submetem a determinadas regras de direito público, como os princípios constitucionais previstos no art. 
37 da Constituição Federal. 
Vejamos como isso pode aparecer na prova. 
 
(TRT PE - 2018) A criação de uma empresa estatal deve observar a legislação aplicável para instituição de 
empresas privadas, sem prejuízo de ter sido previamente autorizada em lei, podendo ser prestadora de 
serviços públicos ou exploradora de atividade econômica. 
Comentários: 
As empresas estatais são criadas na forma da legislação prevista para as empresas privadas, uma vez que 
dependem do registro do respectivo ato constitutivo. No entanto, além de observar essas regras, a criação 
depende de prévia autorização legal. Ademais, elas podem atuar em dois setores: (i) exploração de 
atividade econômica; (ii) prestação de serviços públicos. 
Gabarito: correto. 
 
Con t role e su p ervisão m in ist er ial 
As empresas estatais submetem-se à tutela do ente instituidor, por intermédio do ministério do setor 
correspondente, da mesma forma como ocorre com as autarquias e fundações. Por exemplo: a Petrobrás 
está vinculada ao ministério do setor correspondente. 
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Vale deixar claro mais uma vez que não existe hierarquia entre as empresas estatais e o ente instituidor, 
mas tão somente vinculação para fins de tutela ou supervisão ministerial. 
A maior controvérsia, entretanto, existia em relação à submissão das empresas públicas e das sociedades 
de economia mista ao controle dos tribunais de contas, sobretudo em relação ao dever de prestar contas. 
Antigamente, o STF entendia que tais entidades, por possuírem natureza de direito privado, não possuíam 
o dever de prestar contas, nem podiam ser fiscalizadas pelos tribunais de contas. 
No entanto, o próprio STF superou este entendimento, fixando a tese de que as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, motivo pelo qual têm o 
dever de prestar contas anuais ou até mesmo instaurar tomada de contas especial no caso de irregularidade 
na aplicação de recursos públicos, quando for o caso (STF MS 25.092, julgamento em 10/11/2005). 
Além disso, essas disposições ficaram ainda mais claras com a edição da Lei 13.303/2016, que 
expressamente estabelece que os órgãos de controle externo e interno fiscalizarão as empresas públicas 
e as sociedades de economia mista a elas relacionadas, inclusive aquelas domiciliadas no exterior, em 
relação à legitimidade, à economicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos, sob o2. Ministério dos Transportes 
3. Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) 
4. Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS) 
( ) Autarquia 
( ) Sociedade de Economia Mista 
( ) Ministério 
( ) Empresa Pública 
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada. 
(A) 1 – 3 – 2 – 4. 
(B) 1 – 4 – 2 – 3. 
(C) 4 – 2 – 3 – 1. 
(D) 2 – 4 – 3 – 1. 
(E) 4 – 3 – 2 – 1. 
Comentário: 
Nessa questão, temos que entender a categoria de cada entidade ou órgão. Vamos começar pelos dois 
mais fáceis: 
▪ DNIT: é autarquia federal; 
▪ Ministério dos Transportes: é órgão do Poder Executivo federal. 
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A BHTRANS ficou “famosa” no mundo dos concursos, porque é a entidade envolvida na decisão do STF 
sobre a possibilidade de delegação do poder de polícia. Lembra que, na tese do STF, eles admitiram a 
delegação para entidade cujo capital seja “majoritariamente público”? Logo, se é majoritariamente 
público, trata-se de uma sociedade de economia mista. 
Com isso, já dava para resolver a questão. 
Vale acrescentar que a CPTM é uma empresa pública. 
Questão decoreba. Infelizmente, às vezes, aparecem algumas questões assim. 
Gabarito: alternativa B. 
2. (FGV – Receita Federal/2023) Hospital Dod é uma sociedade de economia mista estadual que 
realiza atividade típica de Estado na área da saúde e que não tem intuito de obtenção de lucro, de modo 
que atua em regime não concorrencial. 
Em decorrência de uma série de demandas ajuizadas em seu desfavor, seus dirigentes estão com fundadas 
dúvidas acerca do reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal de peculiaridades relativas ao respectivo 
regime jurídico enquanto entidade da Administração Indireta, sendo correto afirmar que 
a) a entidade administrativa em questão integra o conceito de Fazenda Pública. 
b) deve a ela ser reconhecida imunidade tributária recíproca. 
c) a responsabilização civil da entidade por erro médico de seus agentes apenas pode decorrer de dolo ou 
culpa. 
d) os bens de sua titularidade podem ser penhorados, ainda que utilizados na realização de suas atividades. 
e) não é possível atribuir a tal entidade nenhuma prerrogativa reconhecida para os entes federativos. 
Comentário: a questão trata da chamada “autarquização” das empresas estatais. Para tanto, são 
necessários três requisitos: 
1) que a empresa estatal preste um serviço público; 
2) que esse serviço público seja prestado em regime não concorrencial; 
3) que a entidade não faça a distribuição de lucros entre acionistas. 
Esses três requisitos constam no caso descrito no enunciado. 
Dessa forma, a empresa pode gozar de algumas regras aplicáveis às autarquias, como a delegação do poder 
de polícia, o pagamento de débitos pelo regime de precatórios e incidência da imunidade tributária 
recíproca (STF, ACO 3410/SE, j. 20/4/2022). 
Agora, vamos analisar as opções: 
a) a priori, o termo Fazenda Pública designa as entidades de direito público. Há algumas divergências 
conceituais, mas é certo que as empresas estatais não compõem esse conceito – ERRADA; 
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b) de fato, a entidade goza da imunidade tributária recíproca – CORRETA; 
c) a responsabilidade, nesse caso, é objetiva, já que a entidade presta serviço público, independente de 
dolo ou culpa, portanto – ERRADA; 
d) se a entidade presta serviços públicos, os bens utilizados diretamente na prestação desses serviços não 
podem ser penhorados (STF, ADPF 275/PB, j. 17/10/2018) – ERRADA; 
e) é possível sim estender benefícios dos entes federativos no caso da questão, como a imunidade tributária 
recíproca – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
3. (FGV – MPE GO/2022) O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde pública como área 
de atuação passível de exercício por fundação pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de 
fundações públicas de direito privado destinadas à prestação de serviços de saúde (hospitais e institutos 
de saúde); e (iii) atribui a essas entidades autonomia gerencial, orçamentária e financeira, além de 
estabelecer o regime celetista para contratação de seus funcionários. 
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada legislação 
estadual é: 
a) inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito privado não podem prestar serviços 
de saúde, sendo certo que tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual; 
b) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem jus à isenção das custas processuais 
e integram a Administração Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela Secretaria 
Estadual de Saúde; 
c) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por 
se tratar de fundações públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de 
custas; 
d) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas 
processuais, mas integram a Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e 
orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas; 
e) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por 
se tratar de fundações públicas, mas suas contratações prescindem de prévia licitação. 
Comentário: para responder essa questão, é necessário conhecer a decisão do STF no RE 716.378/SP: 
1. A qualificação de uma fundação instituída pelo Estado como sujeita ao regime público 
ou privado depende (i) do estatuto de sua criação ou autorização e (ii) das atividades por 
ela prestadas. As atividades de conteúdo econômico e as passíveis de delegação, quando 
definidas como objetos de dada fundação, ainda que essa seja instituída ou mantida pelo 
Poder Público, podem se submeter ao regime jurídico de direito privado. 
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2. A estabilidade especial do art. 19 do ADCT não se estende aos empregados das 
fundações públicas de direito privado, aplicando-se tão somente aos servidores das 
pessoas jurídicas de direito público. 
Ademais, na ADI 4247, o STF entendeu que: 
"ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO – CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALIDADE. 
Cabe à Advocacia-Geral da União a defesa do ato normativo impugnado – artigo 103, § 
3º, da Constituição Federal. FUNDAÇÃO – NATUREZA. A fundação, pouco importando a 
espécie de serviços a serem prestados, é pessoa jurídica de direito privado, sendo 
possível a criação mediante lei ordinária e a regência, pela Consolidação das Leis do 
Trabalho, da relação jurídica mantida com os prestadores de serviços." (ADI 4247, 
Relator(a): MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 04/11/2020, PROCESSO 
ELETRÔNICO DJe-042 DIVULG 05-03-2021 PUBLIC 08-03-2021) 
A ação se referia a leis do Estado do Rio de Janeiro que criaram fundações públicas de direito privado, para 
prestação de serviços à saúde sob regime celetista, conforme previsto na Lei Complementar Estadual nº 
118/2017. Essa lei foi transcrita pela banca no enunciado, vejam: 
"Art. 2º O Poder Executivo poderá instituir, mediante autorização legislativa específica, 
fundações públicas sem fins lucrativos com personalidade jurídica de direito privado, patrimônio 
e receitas próprias e autonomia gerencial orçamentária e financeira para o desempenho da 
atividade prevista no art. 1º desta Lei Complementar." 
Como vimos do julgado, o STF considerou tal lei constitucional.Assim, as alternativas A, C e E já poderiam 
ser desconsideradas. 
No caso da alternativa B, o erro está em dizer que as fundações públicas de direito privado fazem jus à 
isenção das custas processuais, quando não fazem. Eles são restritos às entidades que seguem o regime 
público, o que não é o caso. Esse é o entendimento do STJ: 
5. No caso dos autos, a entidade fundacional é de direito privado, filantrópica e de 
utilidade pública, cuja criação se deu por lei municipal autorizativa de doação de bem 
imóvel público, não se aplicando à hipótese, portanto, os critérios utilizados pelo acórdão 
recorrido para o arbitramento dos honorários advocatícios, nem mesmo a isenção de 
custas processuais. 
REsp 1.409.199 / SC, j. 26/10/21. 
Ademais, também está errado dizer que as fundações não se submetem ao controle finalístico realizado 
pela administração direta. Toda entidade da administração indireta, seja de direito público, seja de direito 
privado, se submete à tutela ou supervisão ministerial, estando vinculadas ao ente central, que exerce 
referido controle. 
Finalmente, podemos concluir que apenas a alternativa D está correta. Como vimos, as fundações de direito 
privado integram a administração indireta, e de fato não fazem jus à isenção de custas. Se submetem ao 
controle financeiro e orçamentário do TC, conforme previsão expressa do art. 71, II da CF/88. 
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Gabarito: alternativa D. 
4. (FGV – Câmara de Salvador - BA/2018) Observe os conceitos trazidos pela doutrina de Direito 
Administrativo para as seguintes entidades que integram a Administração indireta: (A) Pessoa jurídica 
de direito público que desenvolve atividade típica de Estado, com liberdade para agir nos limites da lei 
específica que a criou; (B) Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade anônima, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, 
a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços 
públicos. 
As definições expostas tratam, respectivamente, de: 
a) fundação pública e empresa pública; 
b) sociedade de economia mista e empresa pública; 
c) concessionária e empresa pública; 
d) autarquia e sociedade de economia mista; 
e) fundação pública e autarquia. 
Comentário: 
(A) Pessoa jurídica de direito público que desenvolve atividade típica de Estado, com liberdade para agir nos 
limites da lei específica que a criou – nesse caso, estamos diante das autarquias, que são as únicas entidades 
administrativas que necessariamente devem ser de direito público. 
(B) Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de sociedade anônima, cujo 
controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a exploração de atividades 
gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços públicos – esse é o conceito 
de sociedade de economia mista, que se caracteriza por ser uma entidade de direito privado, sempre 
constituída como sociedade anônima e que pode explorar atividade econômica ou prestar serviços 
públicos. 
Logo, o gabarito é a letra D. 
Agora, vamos analisar as outras alternativas: 
a) a fundação pública é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, 
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam 
execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio 
gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras 
fontes; já a empresa pública, em que pese seja de direito privado e seja criada mediante autorização legal, 
não precisam ser criadas necessariamente como SA e não admitem participação privada – ERRADA; 
b) no primeiro caso, não pode ser sociedade de economia mista, pois elas são de direito privado. O segundo 
caso não pode ser empresa pública, já que elas não precisam ser necessariamente uma sociedade anônima 
– ERRADA; 
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c) as concessionárias são empresas privadas (não são, em regra, entidades administrativas – ERRADA; 
e) já vimos que o item 1 não pode ser uma fundação, pois elas nem sempre serão de direito público; já o 
item 2 não pode ser autarquia, já que elas são entidades de direito público – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
5. (FGV – Câmara de Salvador - BA/2018) A Administração Pública Indireta decorre da 
descentralização de serviços e consiste na instituição, pelo Estado, por meio de lei, de uma pessoa jurídica 
a quem se atribui a titularidade e execução de determinado serviço público, como é o caso de uma: 
a) concessionária que presta serviço público essencial para um município; 
b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização de profissionais na área da educação; 
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público; 
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação em nível municipal; 
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de direito privado. 
Comentário: 
A descentralização pode ocorrer por meio de outorga ou por delegação. No primeiro caso, ocorre a 
transferência da titularidade e da execução, uma vez que a descentralização dependerá de lei para criar ou 
autorizar a criação da entidade. Assim, quando são criadas entidades administrativas (autarquias, 
fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista), ocorrerá a transferência da execução e da 
titularidade. 
No segundo caso, a descentralização (por delegação) ocorre por meio de contrato ou ato administrativo, 
logo não haverá a transferência da titularidade, mas apenas da execução. Agora, vamos analisar as 
situações: 
a) concessionárias e permissionárias de serviços públicos não integram a Administração Pública indireta. 
Além disso, no caso de descentralização por delegação, ocorre apenas a transferência da execução e não 
da titularidade – ERRADA; 
b) se a fundação é privada (ou seja, criada por particulares), não há descentralização por serviços nem 
transferência da titularidade – ERRADA; 
c) empresa pública tem personalidade jurídica de direito privado – ERRADA; 
d) Câmara Municipal é um órgão, logo não é criada via descentralização, mas por desconcentração – 
ERRADA; 
e) correta! Na descentralização por serviços, há a criação de entidades administrativas que integram a 
administração indireta, tal como as sociedades de economia mista, que têm personalidade jurídica de 
direito privado – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
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6. (FGV – SEFIN RO/2018) João, advogado de um grande escritório, foi incumbido de identificar a 
natureza jurídica de determinado ente da Administração Pública indireta. Após amplas pesquisas, 
constatou que a lei autorizou a instituição desse ente, cujo capital somente pode pertencer ao ente 
federativo instituidor e a outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como a entidades da 
Administração indireta. 
À luz da ordem jurídica brasileira, constitucional e infraconstitucional, é correto afirmar que esse ente tem 
a natureza jurídica de 
a) autarquia. 
b) sociedade de economia mista. 
c) fundação pública. 
d) empresa pública. 
e) sociedade de mera participação do Estado. 
Comentário: 
a) as autarquias são criadas diretamente pela lei (e não autorizadas) – ERRADA; 
b) as sociedadesde economia mista admitem capital público e privado, mas a maioria do capital com direito 
a voto é público – ERRADA; 
c) a fundação pública é definida como a personificação de um patrimônio ao qual é atribuída uma finalidade 
específica não lucrativa, de cunho social. É criada por iniciativa do Poder Público, a partir de patrimônio 
público, e pressupõem a edição de lei específica (para criar ou autorizar) – ERRADA; 
d) alternativa correta. A empresa pública deverá possuir um capital totalmente público. Lembrando que, 
nesse caso, poderemos ter capital do ente instituidor, somado ao capital de outros entes políticos ou ainda 
de entidades administrativas – CORRETA. 
e) nesse caso, há apenas a participação do Estado na composição do capital, logo também há a presença 
de capital privado – ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
7. (FGV – SEFIN RO/2018) Assinale a opção que apresenta as entidades que, segundo o texto 
constitucional, compõem a administração indireta. 
a) Autarquias, empresas públicas, ministérios e tribunais de contas. 
b) Fundações públicas, empresas públicas, ministério público e tribunais de justiça. 
c) Sociedades de economia mista, fundações públicas e ministério público. 
d) Autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista. 
e) Sociedades de economia mista, autarquias, agências reguladoras e tribunais de contas. 
Comentário: 
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Questão muito tranquila. Devemos observar que a administração indireta é composta por autarquias, 
empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista. Portanto, a alternativa correta é a 
letra ‘d’. 
Nas demais alternativas, sempre teremos pelo menos um órgão da Administração Direta, vejamos quais: 
a) ministérios e tribunais de contas – ERRADA; 
b) ministério público e tribunais de justiça – ERRADA; 
c) ministério público – ERRADA; 
e) os tribunais de contas estão na Administração Direta. Além disso, a opção mencionou as agências 
reguladoras, que, de fato, integram a Administração Indireta, constituindo uma espécie de autarquia – 
ERRADA. 
Gabarito: alternativa D. 
8. (FGV – SEPOG RO/2017) Determinado professor defendeu a tese de que seria injurídico qualquer 
tratamento diferenciado em relação ao regime de contratação de bens, obras e serviços a ser seguido 
pelas sociedades de economia mista e empresas públicas, independentemente da atividade 
desempenhada. Afinal, tanto os entes que prestam serviço público como aqueles que exploram atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços de natureza privada 
devem submeter-se às mesmas normas que recaem sobre a Administração Pública em geral. 
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, a tese do professor, em relação à sistemática de 
contratação a ser observada por sociedades de economia mista e empresas públicas, está 
a) totalmente correta. 
b) parcialmente correta, pois sociedades de economia mista e empresas públicas que exploram atividade 
econômica devem ter regras de contratação diferenciadas. 
c) parcialmente correta, pois sociedades de economia mista e empresas públicas que prestam serviço 
público devem ter regras de contratação diferenciadas. 
d) totalmente incorreta, pois as sociedades de economia mista e as empresas públicas, independentemente 
da atividade desempenhada, devem ter regras de contratação diferenciadas. 
e) parcialmente correta, pois apenas as sociedades de economia mista, qualquer que seja a atividade 
desempenhada, devem ter regras de contratação diferenciadas. 
Comentário: 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista podem ser instituídas para duas finalidades: (i) 
explorar atividade econômica; ou (ii) prestar serviços públicos. 
Ademais, a CF dispõe que as empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade 
econômica devem atuar com predomínio das regras de direito privado, porquanto o art. 173, § 1º, II, da CF, 
estabelece que o estatuto dessas entidades se sujeita ao regime jurídico próprio das empresas privadas. 
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Com efeito, para essas entidades, deveria ser estabelecido um regime diferenciado de licitações públicas. 
Note: analisando apenas o art. 173 da Constituição Federal, o regime especial de licitação seria estabelecido 
apenas para as EP e SEM que explorem atividade econômico, não se aplicando, consequentemente, àquelas 
que prestam serviços públicos. 
Assim, a tese do professor estaria parcialmente correta, uma vez que as sociedades de economia mista e 
empresas públicas que exploram atividade econômica devem ter regras de contratação diferenciadas. Por 
isso, o gabarito é a letra B. 
No entanto, temos que fazer uma ressalva. É que, na prática, foi estabelecido um regime jurídico especial 
tanto para as EP e SEM que exploram atividade econômica quanto para às que prestam serviços públicos. 
Estamos falando da Lei 13.303/2016, que se aplica aos dois tipos de entidades. 
Assim, em provas, temos que lembrar que, em tese, o regime jurídico seria apenas para as que exploram 
atividade econômica (caso da questão), mas que na prática o regime foi instituído para as entidades que 
atuam em qualquer dos dois tipos de atividades. 
Gabarito: alternativa B. 
9. (FGV – SEPOG RO/2017) Segundo a Constituição da República, a Administração Pública Indireta 
compreende as categorias de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, listadas a seguir, à 
exceção de uma. Assinale-a. 
a) Autarquias. 
b) Empresas Públicas. 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) Fundações Públicas. 
e) Tribunais de Contas. 
Comentário: 
Com a exceção da alternativa E, todas as entidades acima possuem personalidade jurídica própria, pois 
fazem parte da administração indireta ou descentralizada. Já o Tribunal de Contas é um órgão 
independente, integrante da Administração Direta. 
Gabarito: alternativa E. 
10. (FGV – TRT 12/2017) Em relação ao regime jurídico das empresas estatais, de acordo com o 
ordenamento jurídico e a doutrina de Direito Administrativo, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista: 
a) integram a Administração Indireta, ostentando personalidade jurídica de direito público, e são criadas 
com a finalidade de prestar serviços públicos ou exploração de determinadas atividades econômicas de 
interesse da sociedade; 
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b) têm seus empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, com vínculo empregatício por 
meio de relação contratual de emprego, mas se submetem a algumas restrições aplicáveis aos servidores 
públicos em geral; 
c) remuneram seus empregados com vencimentos, proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, que não podem exceder, em qualquer caso, 
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
d) têm seu pessoal contratado mediante prévio concurso público de provas ou de provas e títulos, mas não 
se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos a seus agentes; 
e) concedem a estabilidade constitucional a seus empregados aprovados mediante concurso público após 
três anos de efetivo exercício, que somente poderão perder o emprego em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado ou processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. 
Comentário: 
a) as empresas estatais dividem-se em empresas públicas e sociedadesde economia mista. As duas são 
entidades administrativas, integram a administração indireta, possuem personalidade jurídica de direito 
privado, têm sua criação autorizada em lei e podem ser criadas para explorar atividade econômica ou 
prestar serviços públicos – ERRADA; 
b) o regime de pessoal das empresas estatais é o da Consolidação das Leis do Trabalho, formado por meio 
de vínculo contratual. Logo, os agentes dessa entidade, em regra, ocupam emprego público. Todavia, ainda 
que seja um regime de direito privado, aplicam-se algumas restrições de direito público, como a vedação à 
acumulação remunerada de cargos, empregos e funções; a aplicação do teto constitucional para as 
empresas estatais dependentes; etc. – CORRETA; 
c) se a empresa estatal não receber recursos do ente instituidor para pagamento de pessoal e custeio em 
geral não lhe será aplicável o teto constitucional remuneratório (CF, art. 37, § 9º). Logo, a alternativa não 
poderia ter generalizado – ERRADA; 
d) a primeira parte da assertiva está correta, porém é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, 
exceto nas hipóteses previstas expressamente na Constituição (CF, art. 37, XVI e XVII) – ERRADA; 
e) os empregados públicos não fazem jus à estabilidade constitucional – ERRADA. 
Gabarito: alternativa B. 
11. (FGV – COMPESA/2016) A respeito do regime jurídico das sociedades de economia mista que 
explorem atividade econômica, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor 
privado. 
b) As sociedades de economia mista se sujeitarão ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos trabalhistas. 
c) As sociedades de economia mista deverão realizar licitação para compras e alienações. 
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==1365fc==
d) Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores serão disciplinados 
exclusivamente pelo ato constitutivo da sociedade de economia mista. 
e) A criação de subsidiária de sociedades de economia mista que explorem atividade econômica depende 
de autorização legislativa. 
Comentário: 
Essa questão pode ser respondida a partir das previsões constitucionais relativas às empresas estatais. 
Vamos analisar cada alternativa: 
a) isso mesmo. Esse é o exato teor do art. 173, §1º da Constituição Federal – CORRETA; 
b) de acordo com o art. 173, §1º, II, a lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade 
de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre sua sujeição ao regime jurídico 
próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e 
tributários – CORRETA; 
c) no mesmo sentido exposto na alternativa anterior, o art. 173, §1º, III diz que as empresas estatais se 
sujeitam a licitação para contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da 
administração pública – CORRETA; 
d) os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores serão disciplinados 
por lei, na forma do art. 173, §1º, I da CF/88 – ERRADA; 
e) depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das autarquias, empresas 
públicas, de sociedade de economia mista e de fundação, assim como a participação de qualquer delas em 
empresa privada, na forma do art. 37, XX da CF/88 – CORRETA. 
Gabarito: alternativa D. 
12. (FGV – IBGE/2016) Em matéria de Controle da Administração Pública, é correto afirmar que sobre 
uma fundação pública federal com personalidade jurídica de direito público: 
a) incide o controle externo do Poder Judiciário, mediante a atuação do Tribunal de Contas da União; 
b) incide o controle externo por parte do Ministério a que estiver vinculada, por meio da supervisão 
ministerial; 
c) incide o controle interno por parte do Ministério a que estiver vinculada e do Tribunal de Contas da 
União; 
d) não incide o controle externo do Poder Legislativo, mas é controlada pelo Poder Judiciário no aspecto 
da legalidade; 
e) não incide qualquer tipo de controle externo, seja por sua autonomia, seja pelo princípio da separação 
dos poderes. 
Comentário: 
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Entre as entidades administrativas e a Administração Direta, ocorre o chamado controle finalístico, também 
chamado de supervisão ministerial, como menciona a alternativa B, nosso gabarito. Além do controle da 
administração direta, as pessoas jurídicas da administração indireta, como as fundações públicas, realizam 
o controle sobre os seus próprios atos – controle interno – e também estão submetidos a ações de órgãos 
estranhos à sua estrutura - controle externo. Assim, essas pessoas jurídicas se submetem à fiscalização 
contábil, financeira e orçamentária dos Tribunais de Contas; às ações do Ministério Público; e ao controle 
de legalidade do Poder Judiciário. 
 Gabarito: alternativa B. 
13. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Gustavo, Prefeito do Município X, após lei autorizativa 
específica, edita decreto criando Sociedade de Economia Mista para prestação de serviço público de 
saneamento básico. Posteriormente, mesmo sem nova lei autorizativa específica, Gustavo cria empresa 
subsidiária da referida Sociedade de Economia Mista. A esse respeito, assinale V para a afirmativa 
verdadeira e F para a falsa. 
( ) Após a criação da Sociedade de Economia Mista, somente nova lei específica pode autorizar a criação de 
subsidiária da estatal, em respeito ao princípio da reserva legal. 
( ) Os empregados contratados pela subsidiária da Sociedade de Economia Mista são regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho-CLT – não estando sujeitos às regras constitucionais de vedação à 
acumulação de empregos. 
( ) Por prestar serviço público e, portanto, estar sujeita aos princípios da especialidade e do controle com a 
Administração Direta, não será possível a criação da subsidiária. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) F, F e V. 
b) F, F e F. 
c) V, F e V. 
d) V, F e F. 
e) V, V e F. 
Comentário: 
- Após a criação da Sociedade de Economia Mista, somente nova lei específica pode autorizar a criação de 
subsidiária da estatal, em respeito ao princípio da reserva legal – na verdade, basta que haja autorização 
legislativa (e não uma nova lei específica), na forma do art. 37, XX, da CF/88, que diz que depende de 
autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso 
anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada – FALSA; 
- Os empregados contratados pela subsidiária da Sociedade de Economia Mista são regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho – CLT – não estando sujeitos às regras constitucionais de vedação à 
acumulação de empregos - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, 
direta ou indiretamente, pelo poder público, conforme previsão expressa do art. 37, XVII da CF/88 – FALSA; 
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- Por prestar serviço público e, portanto, estar sujeita aos princípios da especialidade e do controle com a 
Administração Direta, não será possível a criação da subsidiária – a criação de subsidiárias é possível sim, 
dependendo de autorização legislativa,em cada caso, conforme art. 37, XX da CF/88 – FALSA. 
Portanto, todas as alternativas são falsas, sendo a alternativa B o nosso gabarito. 
Gabarito: alternativa B. 
14. (FGV – TJ PI/2015) Entidade 1) Pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração 
Indireta, criada por lei específica para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam 
próprias e típicas do Estado; Entidade 2) Pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração 
Indireta do Estado, criada por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, 
para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a 
prestação de serviços públicos. As entidades acima conceituadas são, respectivamente: 
a) fundação pública e autarquia; 
b) empresa pública e sociedade de economia mista; 
c) sociedade de economia mista e autarquia; 
d) fundação pública e concessionária; 
e) autarquia e empresa pública. 
Comentário: 
O conceito dado às entidades da Administração Indireta podem ser encontrados no DL 200/67, que dispõe 
sobre a organização da Administração Federal, e ainda, na lei 13.303/16, que dispõe sobre o estatuto 
jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbito da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Com base nessa legislação, temos que: 
• Autarquia: serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita 
próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada; 
• Fundação Pública: a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, 
criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam 
execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio 
próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União 
e de outras fontes; 
• Empresa pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação 
autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, 
pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios; 
• Sociedade de economia mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com 
criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto 
pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da 
administração indireta. 
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Portanto, as entidades 1 e 2 mencionadas no enunciado são, respectivamente, autarquia e empresa 
pública, como traz a alternativa E. 
Gabarito: alternativa E. 
15. (FGV – TJ PI/2015) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, sociedade de economia 
mista pode ser conceituada como entidade integrante da Administração: 
a) direta, com personalidade jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções 
que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado, especialmente para a prestação 
de serviços públicos essenciais de responsabilidade do Poder Público; 
b) direta, com personalidade jurídica de direito público, criada por autorização legal, sob qualquer forma 
jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico; 
c) indireta, com personalidade jurídica de direito privado, criada mediante lei específica, sob a forma de 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada ou sociedade anônima, cujo controle acionário pertença 
ao Poder Público, tendo por objetivo exclusivamente a exploração de atividades gerais de caráter 
econômico; 
d) indireta, com personalidade jurídica de direito público, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo 
por objetivo exclusivamente a exploração de atividades gerais de caráter econômico; 
e) indireta, com personalidade jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade anônima, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a 
exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços 
públicos. 
Comentário: 
Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista compõem a chamada 
Administração Indireta. Na forma do art. 4º da lei 13.303/16, “Sociedade de economia mista é a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de 
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao 
Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta”. Podem tanto explorar atividade 
econômica quanto prestar serviços públicos, conforme menciona a alternativa E, que é o nosso gabarito. 
Gabarito: alternativa E. 
16. (FGV – CODEMIG/2015) Segundo a legislação brasileira, a empresa estatal integra a administração 
pública indireta e pode ser classificada como empresa pública ou sociedade de economia mista, que 
podem ser exemplificadas, respectivamente, por: 
a) Banco do Brasil e BNDES; 
b) Casa da Moeda e Caixa Econômica Federal; 
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e Eletrobras; 
d) Embrapa e Valec; 
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e) Petrobras e Telebras. 
Comentário: 
O enunciado quer, na ordem, uma empresa pública e uma sociedade de economia mista. Na alternativa A, 
temos o Banco do Brasil (sociedade de economia mista) e o BNDES (empresa pública); na alternativa B, 
temos a Casa da Moeda e a Caixa Econômica Federal, ambas empresas públicas; na alternativa D, ambas 
também são empresas públicas; na alternativa E, ambas são sociedades de economia mista. Assim, nos 
resta a alternativa C, em que temos os Correios como empresa pública, e a Eletrobrás, como sociedade de 
economia mista. 
Gabarito: alternativa C. 
17. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2015) A Constituição Federal, ao estabelecer as disposições gerais 
afetas à administração pública, fez menção às sociedades de economia mista e às fundações. É correto 
afirmar que: 
a) as sociedades de economia mista integram a administração indireta; 
b) as sociedades de economia mista somente podem ser criadas por decreto; 
c) apenas as fundações integram a administração direta; 
d) as fundações somente podem surgir a partir de licitação; 
e) as sociedades de economia mista e as fundações integram a administração direta. 
Comentário: 
A Constituição Federal de 1988 prevê em seu art. 37, XIX que somente por lei específica poderá ser criada 
autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. Essas entidades integram 
a chamada administração indireta, sendo fruto da descentralização administrativa. Portanto, a única 
alternativa que reflete essas características é alternativa A, nosso gabarito. 
Gabarito: alternativa A. 
18. (FGV – PGE RO/2015) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, são pessoas jurídicas 
de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal: 
a) as autarquias e as fundações públicas; 
b) as empresas públicas e as sociedades de economia mista; 
c) as autarquias e as fundações privadas; 
d) as fundações autárquicas e as sociedades de economia mista;e) as autarquias e as empresas públicas. 
Comentário: 
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As autarquias são entidades da administração indireta criadas diretamente pela lei, assim como as 
fundações públicas de direito público; por outro lado, as sociedades de economia mista, empresas públicas 
e fundações públicas de direito privado tem sua criação autorizada pela lei, e a efetiva criação da entidade 
se dará em momento posterior, com o registro de seus atos constitutivos no Cartório competente. 
Portanto, a alternativa B é a correta, pois as empresas públicas e sociedades de economia mista são, de 
fato, pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por 
autorização legal, como diz o enunciado. 
Gabarito: alternativa B. 
19. (FGV – SSP AM/2015) Integra a Administração Pública Direta e exerce, de forma centralizada, 
atividade administrativa do Estado, uma: 
a) autarquia, que presta serviço público de guarda municipal para proteção de bens, serviços e instalações 
municipais; 
b) fundação pública, que presta serviço público de segurança e inteligência de pessoas e bens, no âmbito 
do Estado; 
c) empresa pública, que presta serviço relacionado à atividade econômica e o lucro é repassado ao poder 
público; 
d) delegacia de polícia civil, que presta serviço público de apuração de infrações penais; 
e) empresa concessionária de serviço, que presta serviço de transporte público coletivo intermunicipal. 
Comentário: 
Autarquias, fundações, empresas públicas e empresas concessionárias originam-se da chamada 
descentralização administrativa. Como o enunciado pede a resposta em relação a desconcentração, 
facilmente por eliminação chegaríamos ao gabarito, alternativa D. As delegacias de polícia são, portanto, 
consideradas órgãos sem personalidade jurídica, frutos da desconcentração exercida do âmbito da 
Administração Direta. 
Gabarito: alternativa D. 
20. (FGV – MPE MS/2013) A União, desejando realizar a exploração de uma atividade econômica, 
resolve criar uma sociedade de economia mista. Com relação às sociedades de economia mista, assinale 
a afirmativa correta. 
a) A sociedade de economia mista deve ser criada por lei. 
b) A União deve possuir ao menos metade de seu capital social. 
c) A sociedade de economia mista deve seguir todas as regras trabalhistas da iniciativa privada. 
d) O cargo de presidente de sociedade de economia mista é privativo de brasileiro nato. 
e) A sociedade de economia mista não precisa realizar licitação em hipótese alguma. 
Comentário: 
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a) a criação das sociedades de economia mista é autorizada em lei, porém a sua criação só é efetivada com 
registro do ato constitutivo no cartório competente – ERRADA; 
b) as sociedades de economia mista admitem a conjugação de recursos públicos e privados. No entanto, o 
controle acionário deve pertencer ao ente instituidor, ou seja, a entidade criadora deve possuir mais de 
50% do capital social (mais da metade) – ERRADA; 
c) as empresas estatais (e suas subsidiárias) que atuarem na exploração de atividade econômica devem se 
sujeitar ao regime próprio das empresas privadas, inclusive no que se refere às obrigações civis, comerciais, 
trabalhistas e tributárias – CORRETA; 
d) para responder a essa questão é preciso conhecer um pouco da Constituição. Em seu art. 12º, § 3º, 
estabelece que são privativos a brasileiros natos os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República; 
de Presidente da Câmara dos Deputados; de Presidente do Senado Federal; de Ministro do Supremo 
Tribunal Federal; da carreira diplomática; de oficial das Forças Armadas; e de Ministro de Estado da Defesa. 
Logo, não consta neste rol o cargo de presidente de sociedade de economia mista – ERRADA; 
e) as SEMs, no desempenho de suas atividades meio, precisam realizar licitações. Ademais, a Lei 8.666/1993 
– Lei de Licitações e Contratos, traz em seu artigo 1º o seguinte texto: 
Subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração direta, os fundos 
especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e demais entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
Dessa forma, errada também essa alternativa. 
Gabarito: alternativa C. 
21. (FGV – SUDENE PE/2013) As entidades da administração pública podem ser criadas e 
subordinadas ao regime jurídico de direito público ou ao regime jurídico de direito privado. No entanto 
mesmo quando sujeitas ao regime jurídico de direito privado se subordinam a certas regras impostas a 
toda a administração. Tendo em vista essas peculiaridades, assinale a afirmativa correta. 
a) As entidades da administração pública que se constituem como empresas públicas são criadas 
diretamente por meio de lei. 
b) Apenas as autarquias sujeitas ao regime jurídico de direito público necessitam de lei autorizando sua 
criação. 
c) As autarquias entidades de direito público são criadas por lei, enquanto as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista tem sua criação autorizada em lei. 
d) A lei não cria diretamente nenhuma entidade, apenas autoriza a sua criação. 
e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado integrantes 
da Administração Pública, podem ser criadas independentemente de autorização em lei. 
Comentário: 
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As empresas públicas, as sociedades de economia mista e as fundações públicas de direito privado têm sua 
criação autorizada por lei. Dessa forma, somente com o registro do ato constitutivo no órgão competente 
é que elas serão efetivamente criadas (adquirem personalidade jurídica própria). 
Dessa forma, o erro da alternativa A é afirmar que as empresas públicas são criadas por lei, sendo que são 
apenas autorizadas por lei. A alternativa B, por consequência, está errada por dizer que as autarquias são 
as únicas que necessitam de autorização legal para criação, quando, na verdade, são as EPs, as SEMs e as 
funções públicas de direito privado que necessitam de autorização legal para a criação. Por outro lado, as 
autarquias e fundações públicas de direito público são efetivamente criadas pela lei. Daí o erro da opção D 
A alternativa E, por sua vez, está errada, pois a criação dessas entidades, como já vimos, depende de 
autorização legal. 
Por fim, a nossa alternativa correta é a letra C. 
Gabarito: alternativa C. 
22. (FGV – INEA RJ/2013) A definição de “pessoa jurídica de direito privado com capital exclusivo do 
governo tendo por finalidade a exploração de atividade econômica” refere‐se à 
a) autarquia corporativa. 
b) empresa de economia mista. 
c) empresa pública. 
d) autarquia institucional. 
e) fundação privada. 
Comentário: 
Vamos começar retirando das nossas alternativas as entidades administrativas que não tem como 
finalidade a exploração de atividade econômica – letra A, D e E. 
Agora, nos sobram as empresas de economia mista e as empresas públicas, sendo que as SEMs admitem a 
participação de capital público e de capital privado, enquanto as EPs só admitem capital público. 
Gabarito: alternativa C. 
23. (FGV – MPE MS/2013) Com relação às Sociedades de Economia Mista Federais, analise os itens a 
seguir. 
I. São pessoas jurídicas de direito privado. 
II. Possuem foro privilegiado na Justiça Federal. 
III. Gozam de isenção dos impostos federais, mas não dos Estaduais e Municipais.Assinale: 
a) se somente o item I estiver correto. 
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b) se Somente o item II estiver correto. 
c) se Somente o item III estiver correto. 
d) se somente os itens I e II estiverem corretos. 
e) se todos os itens estiverem corretos. 
Comentário: 
I – as SEMs são pessoas jurídicas de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado – 
CORRETA; 
II – as ações das sociedades de economia mista (de qualquer ente da Federação), em regra, serão julgadas 
na Justiça Estadual (comum). No entanto, quando a União intervém na condição de assistente ou oponente, 
as causas envolvendo as sociedades de economia mista serão deslocadas para a Justiça Federal – ERRADA; 
III – as empresas públicas e as sociedades de economia mista, em regra, não possuem a imunidade 
tributária recíproca. Por isso que a questão está errada. No entanto, ressaltamos que o posicionamento do 
STF está evoluindo para atribuir a imunidade tributária às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista (e suas subsidiárias) prestadoras de serviços públicos – ERRADA. 
Assim, a alternativa correta é a A (se somente o item I estiver correto). 
Gabarito: alternativa A. 
24. (FGV – BADESC/2010) No direito brasileiro, existem duas diferenças fundamentais entre as 
sociedades de economia mista e as empresas públicas. Assinale a alternativa que explicita essas 
diferenças. 
a) composição do capital e forma jurídica. 
b) personalidade jurídica e forma de extinção. 
c) forma jurídica e controle estatal. 
d) forma de criação e personalidade jurídica. 
e) controle estatal e composição do capital. 
Comentário: 
Em nossa aula indicamos três diferenças entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
No entanto, uma delas só ocorre no âmbito federal. Por isso que a questão fala em “duas diferenças 
fundamentais”. 
Dimensões Empresa Pública 
Sociedade de Economia 
Mista 
Forma Jurídica Qualquer forma admitida 
pelo ordenamento jurídico 
(civil, comercial, S/A, etc.) ou 
Somente na forma de 
sociedade anônima (S/A). 
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até mesmo formas inéditas 
(somente para a União). 
Composição do capital Capital totalmente público. Admite capital público e 
privado, mas a maioria do 
capital com direito a voto é 
público. 
Foro processual (somente 
para as entidades federais) 
Com algumas exceções, as 
causas em que as empresas 
públicas federais forem 
interessadas tramitam na 
Justiça Federal. 
Tramitam na justiça 
estadual. 
Portanto, a forma jurídica e a composição do capital são as diferenças fundamentais das EPs e SEMs. 
Gabarito: alternativa A. 
25. (FGV – AL MA/2013) A administração indireta é composta por várias pessoas jurídicas, dentre 
essas pessoas jurídicas encontram‐se as empresas públicas. A respeito das empresas públicas, assinale a 
afirmativa correta. 
a) Poderão assumir qualquer forma em direito admitida com exceção da forma de sociedade anônima pois 
necessariamente o capital da empresa pública deve ser totalmente público. 
b) Estão subordinadas hierarquicamente ao ente criador. 
c) Poderão ser pluripessoais. 
d) Desenvolverão atividades econômicas sem realizar licitações ou concursos públicos. 
e) Estão sujeitas ao regime jurídico de direito público por serem pessoas jurídicas de direito público. 
Comentário: 
a) as empresas públicas podem ser formadas sob qualquer forma admitida em direito, inclusive como 
sociedades anônimas – ERRADA; 
b) são vinculadas à administração direta, sem sofrer subordinação, ou seja, sem controle hierárquico – 
ERRADA; 
c) podem ser unipessoais (quando a entidade instituidora possui a integralidade de seu capital) ou 
pluripessoais (quando possui capital dominante do ente instituidor associados aos recursos de outras 
pessoas administrativas) – CORRETA; 
d) as empresas públicas devem realizar licitação, para escolha das pessoas com quem irão firmar contratos, 
e se obrigam a realizar concurso para escolha de seus empregados públicos – ERRADA; 
e) possuem personalidade jurídica de direito privado, estando sujeitas ao regime jurídico híbrido (aplicação 
simultânea de regras de direito público e de direito privado, conforme o caso) – ERRADA. 
Gabarito: alternativa C. 
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26. (FGV – AP/2010) Em relação às entidades da Administração Pública Indireta, é correto afirmar 
que: 
a) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legal 
e se apresentam, dentre outras, sob a forma de sociedade anônima. 
b) os bens que integram o patrimônio de todas as empresas públicas têm a qualificação de bens públicos. 
c) as fundações públicas não se destinam às atividades relativas a assistência social e atividades culturais. 
d) os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista podem acumular seus empregos 
com cargos ou funções públicas da Administração Direta. 
e) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que serão regulados pelo direito privado. 
Comentário: 
a) as SEMs são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização em lei específica e sempre sob 
a forma de sociedades anônimas. Assim, o “dentre outras” tornou o item errado – ERRADA; 
b) os bens das sociedades de economia mista e das empresas públicas são considerados bens privados e, 
portanto, não possuem os atributos dos bens públicos. No entanto, quando essas empresas públicas 
prestam serviços públicos, os bens afetados diretamente à prestação do serviço público gozam dos mesmos 
atributos dos bens públicos – ERRADA; 
c) a Constituição Federal estabelece que caberá à lei complementar dispor sobre a área de atuação das 
fundações públicas (art. 37, XIX). Todavia, até o presente momento a mencionada lei não foi editada. Assim, 
é necessário recorrer à doutrina, que estabelece como áreas de atuação das fundações públicas o 
desempenho de atividades de interesse social, como assistência médica e hospitalar, educação e ensino, 
pesquisa científica, assistência social, atividades culturais, entre outras. Logo, as fundações podem se 
destinar às atividades relativas a assistência social e atividades culturais – ERRADA; 
d) vejamos o que estabelece a Constituição Federal sobre a acumulação de cargos: 
Art. 37. [...] 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver 
compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões 
regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, 
fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
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Logo, é possível perceber que a vedação à acumulação de cargos alcança também os empregados de 
empresas públicas e sociedades de economia mista – ERRADA; 
e) perfeito. As autarquias são entidades de direito público, sendo reguladas pelo direito público. Contudo, 
em algumas hipóteses, da mesma forma como na administração direta, as autarquias realizarão atos e 
contratos de direito privado,sendo então regidas pelo direito privado. São exemplos de contratos de 
natureza privada os de locação de imóveis e veículos – CORRETA. 
Gabarito: alternativa E. 
27. (FGV – SEFAZ RJ/2011) Em relação ao regime jurídico das empresas públicas federais, é correto 
afirmar que 
a) são pessoas jurídicas de direito público, integram a administração descentralizada federal e gozam de 
todas as prerrogativas processuais aplicáveis à fazenda pública. 
b) são pessoas jurídicas de direito público, integram a administração direta federal e, quando prestadoras 
de serviços públicos, seus bens são impenhoráveis. 
c) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração indireta federal e se submetem ao 
controle do Tribunal de Contas da União. 
d) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração central federal e somente podem ser 
criadas por lei, adotando a forma de sociedade anônima. 
e) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração hierárquica federal e, quando 
exploradoras de atividade econômica, estão dispensadas da observância de procedimento licitatório. 
Comentário: 
Antigamente, existia o entendimento de que as empresas públicas e as sociedades de economia mista 
exploradoras de atividade econômica não se submetiam ao controle do Tribunal de Contas da União. No 
entanto, em 2005, o STF mudou esse entendimento, concluindo que os tribunais de contas possuem 
competência para fiscalizar as empresas estatais exploradoras de atividade econômica. Nesse sentido, 
vejamos a ementa do MS 25.092/DF:1 
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. TRIBUNAL DE CONTAS. SOCIEDADE DE 
ECONOMIA MISTA: FISCALIZAÇÃO PELO TRIBUNAL DE CONTAS. ADVOGADO EMPREGADO DA 
EMPRESA QUE DEIXA DE APRESENTAR APELAÇÃO EM QUESTÃO RUMOROSA. I. - Ao Tribunal de 
Contas da União compete julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por 
dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e 
sociedades instituídas e mantidas pelo poder público federal, e as contas daqueles que derem 
causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário (CF, art. 71, II; 
Lei 8.443, de 1992, art. 1º, I). II. - As empresas públicas e as sociedades de economia mista, 
integrantes da administração indireta, estão sujeitas à fiscalização do Tribunal de Contas, não 
obstante os seus servidores estarem sujeitos ao regime celetista. III. - Numa ação promovida 
contra a CHESF, o responsável pelo seu acompanhamento em juízo deixa de apelar. O 
 
1 Disponível em MS 25.092/DF. 
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argumento de que a não-interposição do recurso ocorreu em virtude de não ter havido 
adequada comunicação da publicação da sentença constitui matéria de fato dependente de 
dilação probatória, o que não é possível no processo do mandado de segurança, que pressupõe 
fatos incontroversos. IV. - Mandado de segurança indeferido. (STF, MS 25.092/DF, Relator Min. 
CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgamento em 10/11/2005, publicação no DJ 17/3/2006, p. 
6) 
Dessa forma, podemos concluir que as empresas públicas federais são pessoas jurídicas de direito privado, 
integram a administração indireta federal e se submetem ao controle do Tribunal de Contas da União 
(opção C – correta). 
A alternativa A está errada, pois são as autarquias e as fundações públicas que gozam de todas as 
prerrogativas da fazenda pública. A opção B está errada, pois as empresas públicas são pessoas jurídicas de 
direito privado, que integram a Administração Indireta. Além disso, só serão impenhoráveis os bens 
afetados à prestação dos serviços públicos. A alternativa D também possui erros, pois as EPs federais 
integram a administração descentralizada (indireta), sua criação é autorizada em lei e elas podem adotar 
qualquer forma admitida em direito, inclusive sociedade anônima. Por fim, os erros na opção E são: elas 
não integram a administração hierárquica (não há hierarquia entre as administrações direta e indireta); e 
só estão dispensadas da licitação no exercício da atividade fim da empresa. 
Deste modo, correta a alternativa C. 
Gabarito: alternativa C. 
28. (FGV – SEN/2008 – adaptada) As fundações governamentais de direito público não estão 
abrangidas pela prerrogativa da imunidade tributária, relativa aos impostos sobre a renda, o patrimônio 
e os serviços federais, estaduais e municipais, vinculados a suas finalidades essenciais. 
Comentário: 
A imunidade tributária se aplica às fundações públicas de direito público e de direito privado, por força do 
art. 150, §2º, da CF, pois a vedação de instituir impostos sobre patrimônio, renda ou serviços, uns dos 
outros, é extensiva às “fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público”. 
Gabarito: errado. 
29. (FGV – SEN/2008 – adaptada) Tendo em vista a necessidade do controle finalístico da instituição, 
as fundações governamentais de direito público submetem-se ao velamento por parte do Ministério 
Público, como o exige o Código Civil. 
Comentário: 
De acordo com o Código Civil, o Ministério Público do Estado “velará pelas fundações” (art. 66) exercendo 
sobre elas um controle finalístico. Contudo, esse entendimento não alcança as fundações públicas, uma vez 
que o controle finalístico já é exercido pela Administração Direita. Alguns autores afirmam que o controle 
é extensível às fundações públicas de direito privado. 
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De qualquer forma, quanto às fundações públicas de direito público, o entendimento é pacífico na doutrina, 
ou seja, o Ministério Público não deve velar por essas entidades, motivo pelo qual o item está errado. 
Gabarito: errado. 
30. (FGV – SEN/2008 – adaptada) Fundações governamentais não podem assumir a forma de entidade 
autárquica. 
Comentário: 
As fundações públicas de direito público submetem-se ao mesmo regime jurídico das autarquias. É 
exatamente por isso que alguns doutrinadores chamam as fundações públicas de direito público de 
fundações autárquicas ou autarquias fundacionais. Por esse ponto, a questão está errada. 
Gabarito: errado. 
31. (FGV – SEAD AP/2010 – adaptada) As fundações públicas podem desempenhar atividades 
relativas à assistência médica e hospitalar e não estão submetidas à Lei Federal 8666/93. 
Comentário: 
A primeira parte da assertiva está correta. Isso porque comumente se destinam às fundações públicas as 
seguintes atividades: assistência social; assistência médica e hospitalar; educação e ensino; pesquisa; e 
atividades culturais. Todavia, a Lei 8.666/1993 aplica-se integralmente às fundações públicas, 
independentemente da natureza jurídica da entidade. Daí o erro da questão. 
Gabarito: errado. 
Concluímos por hoje. 
Bons estudos. 
HERBERT ALMEIDA. 
http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorProfessor/herbert-almeida-3314/ 
 
@profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida 
 
/profherbertalmeida e /controleexterno 
Se preferir, basta escanear as figuras abaixo: 
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QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 
1. (FGV – DNIT/2024) A organização administrativa no setor público envolve modelos que delineiam 
a distribuição de poder e responsabilidades. A dicotomia entre centralização e descentralização é 
fundamentalna tomada de decisões governamentais, com a primeira concentrando autoridade e a 
última delegando competências. Esses modelos refletem a diversidade estratégica adotada pelos 
governos em busca de eficiência, transparência e atendimento às necessidades da sociedade. 
Relacione as organizações listadas a seguir às respectivas naturezas jurídicas. 
1. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) 
2. Ministério dos Transportes 
3. Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) 
4. Empresa de Transportes e Trânsito de Belo Horizonte (BHTRANS) 
( ) Autarquia 
( ) Sociedade de Economia Mista 
( ) Ministério 
( ) Empresa Pública 
Assinale a opção que indica a relação correta, na ordem apresentada. 
(A) 1 – 3 – 2 – 4. 
(B) 1 – 4 – 2 – 3. 
(C) 4 – 2 – 3 – 1. 
(D) 2 – 4 – 3 – 1. 
(E) 4 – 3 – 2 – 1. 
2. (FGV – Receita Federal/2023) Hospital Dod é uma sociedade de economia mista estadual que 
realiza atividade típica de Estado na área da saúde e que não tem intuito de obtenção de lucro, de modo 
que atua em regime não concorrencial. 
Em decorrência de uma série de demandas ajuizadas em seu desfavor, seus dirigentes estão com fundadas 
dúvidas acerca do reconhecimento pelo Supremo Tribunal Federal de peculiaridades relativas ao respectivo 
regime jurídico enquanto entidade da Administração Indireta, sendo correto afirmar que 
a) a entidade administrativa em questão integra o conceito de Fazenda Pública. 
b) deve a ela ser reconhecida imunidade tributária recíproca. 
c) a responsabilização civil da entidade por erro médico de seus agentes apenas pode decorrer de dolo ou 
culpa. 
d) os bens de sua titularidade podem ser penhorados, ainda que utilizados na realização de suas atividades. 
e) não é possível atribuir a tal entidade nenhuma prerrogativa reconhecida para os entes federativos. 
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3. (FGV – MPE GO/2022) O Estado Beta editou legislação que (i) define a saúde pública como área 
de atuação passível de exercício por fundação pública de direito privado; (ii) autoriza a instituição de 
fundações públicas de direito privado destinadas à prestação de serviços de saúde (hospitais e institutos 
de saúde); e (iii) atribui a essas entidades autonomia gerencial, orçamentária e financeira, além de 
estabelecer o regime celetista para contratação de seus funcionários. 
No caso em tela, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a mencionada legislação 
estadual é: 
a) inconstitucional, haja vista que essas fundações públicas de direito privado não podem prestar serviços 
de saúde, sendo certo que tais fundações são veladas pelo Ministério Público Estadual; 
b) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado fazem jus à isenção das custas processuais 
e integram a Administração Pública indireta, mas não estão sujeitas ao controle finalístico pela Secretaria 
Estadual de Saúde; 
c) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por 
se tratar de fundações públicas, gozando essas entidades das prerrogativas processuais, como isenção de 
custas; 
d) constitucional, e essas fundações públicas de direito privado não fazem jus à isenção das custas 
processuais, mas integram a Administração Pública indireta e estão sujeitas ao controle financeiro e 
orçamentário realizado pelo Tribunal de Contas; 
e) inconstitucional, haja vista que deve ser adotado o regime jurídico estatutário para seus servidores por 
se tratar de fundações públicas, mas suas contratações prescindem de prévia licitação. 
4. (FGV – Câmara de Salvador - BA/2018) Observe os conceitos trazidos pela doutrina de Direito 
Administrativo para as seguintes entidades que integram a Administração indireta: (A) Pessoa jurídica 
de direito público que desenvolve atividade típica de Estado, com liberdade para agir nos limites da lei 
específica que a criou; (B) Pessoa jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade anônima, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, 
a exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços 
públicos. 
As definições expostas tratam, respectivamente, de: 
a) fundação pública e empresa pública; 
b) sociedade de economia mista e empresa pública; 
c) concessionária e empresa pública; 
d) autarquia e sociedade de economia mista; 
e) fundação pública e autarquia. 
5. (FGV – Câmara de Salvador - BA/2018) A Administração Pública Indireta decorre da 
descentralização de serviços e consiste na instituição, pelo Estado, por meio de lei, de uma pessoa jurídica 
a quem se atribui a titularidade e execução de determinado serviço público, como é o caso de uma: 
a) concessionária que presta serviço público essencial para um município; 
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b) fundação privada que tem por objeto a capacitação e a atualização de profissionais na área da educação; 
c) empresa pública que tem personalidade jurídica de direito público; 
d) Câmara Municipal que tem função precípua de produzir legislação em nível municipal; 
e) sociedade de economia mista que tem personalidade jurídica de direito privado. 
6. (FGV – SEFIN RO/2018) João, advogado de um grande escritório, foi incumbido de identificar a 
natureza jurídica de determinado ente da Administração Pública indireta. Após amplas pesquisas, 
constatou que a lei autorizou a instituição desse ente, cujo capital somente pode pertencer ao ente 
federativo instituidor e a outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como a entidades da 
Administração indireta. 
À luz da ordem jurídica brasileira, constitucional e infraconstitucional, é correto afirmar que esse ente tem 
a natureza jurídica de 
a) autarquia. 
b) sociedade de economia mista. 
c) fundação pública. 
d) empresa pública. 
e) sociedade de mera participação do Estado. 
7. (FGV – SEFIN RO/2018) Assinale a opção que apresenta as entidades que, segundo o texto 
constitucional, compõem a administração indireta. 
a) Autarquias, empresas públicas, ministérios e tribunais de contas. 
b) Fundações públicas, empresas públicas, ministério público e tribunais de justiça. 
c) Sociedades de economia mista, fundações públicas e ministério público. 
d) Autarquias, empresas públicas, fundações públicas e sociedades de economia mista. 
e) Sociedades de economia mista, autarquias, agências reguladoras e tribunais de contas. 
8. (FGV – SEPOG RO/2017) Determinado professor defendeu a tese de que seria injurídico qualquer 
tratamento diferenciado em relação ao regime de contratação de bens, obras e serviços a ser seguido 
pelas sociedades de economia mista e empresas públicas, independentemente da atividade 
desempenhada. Afinal, tanto os entes que prestam serviço público como aqueles que exploram atividade 
econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços de natureza privada 
devem submeter-se às mesmas normas que recaem sobre a Administração Pública em geral. 
À luz da narrativa acima e da sistemática constitucional, a tese do professor, em relação à sistemática de 
contratação a ser observada por sociedades de economia mista e empresas públicas, está 
a) totalmente correta. 
b) parcialmente correta, pois sociedades de economia mista e empresas públicas que exploram atividade 
econômica devem ter regras de contratação diferenciadas. 
c) parcialmente correta, pois sociedades de economia mista e empresas públicas que prestam serviço 
público devem ter regras de contratação diferenciadas. 
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d) totalmente incorreta, pois as sociedades de economia mista e as empresas públicas, independentemente 
da atividade desempenhada, devem ter regras de contratação diferenciadas. 
e) parcialmente correta, pois apenas as sociedades de economia mista, qualquer que seja a atividade 
desempenhada, devem ter regras de contratação diferenciadas. 
9. (FGV – SEPOG RO/2017) Segundo a Constituição da República, a Administração Pública Indireta 
compreende as categorias de entidades dotadas de personalidade jurídica própria, listadas a seguir, à 
exceção de uma. Assinale-a. 
a) Autarquias. 
b) Empresas Públicas. 
c) Sociedades de Economia Mista. 
d) Fundações Públicas. 
e) Tribunais de Contas. 
10. (FGV – TRT 12/2017) Em relação ao regime jurídico das empresas estatais, de acordo com o 
ordenamento jurídico e a doutrina de Direito Administrativo, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista: 
a) integram a Administração Indireta, ostentando personalidade jurídica de direito público, e são criadas 
com a finalidade de prestar serviços públicos ou exploração de determinadas atividades econômicas de 
interesse da sociedade; 
b) têm seus empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, com vínculo empregatício por 
meio de relação contratual de emprego, mas se submetem a algumas restrições aplicáveis aos servidores 
públicos em geral; 
c) remuneram seus empregados com vencimentos, proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, 
incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, que não podem exceder, em qualquer caso, 
o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal; 
d) têm seu pessoal contratado mediante prévio concurso público de provas ou de provas e títulos, mas não 
se aplica a vedação constitucional de acumulação de cargos e empregos públicos a seus agentes; 
e) concedem a estabilidade constitucional a seus empregados aprovados mediante concurso público após 
três anos de efetivo exercício, que somente poderão perder o emprego em virtude de sentença judicial 
transitada em julgado ou processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. 
11. (FGV – COMPESA/2016) A respeito do regime jurídico das sociedades de economia mista que 
explorem atividade econômica, assinale a afirmativa incorreta. 
a) As sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor 
privado. 
b) As sociedades de economia mista se sujeitarão ao regime jurídico próprio das empresas privadas, 
inclusive quanto aos direitos trabalhistas. 
c) As sociedades de economia mista deverão realizar licitação para compras e alienações. 
d) Os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabilidade dos administradores serão disciplinados 
exclusivamente pelo ato constitutivo da sociedade de economia mista. 
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e) A criação de subsidiária de sociedades de economia mista que explorem atividade econômica depende 
de autorização legislativa. 
12. (FGV – IBGE/2016) Em matéria de Controle da Administração Pública, é correto afirmar que sobre 
uma fundação pública federal com personalidade jurídica de direito público: 
a) incide o controle externo do Poder Judiciário, mediante a atuação do Tribunal de Contas da União; 
b) incide o controle externo por parte do Ministério a que estiver vinculada, por meio da supervisão 
ministerial; 
c) incide o controle interno por parte do Ministério a que estiver vinculada e do Tribunal de Contas da 
União; 
d) não incide o controle externo do Poder Legislativo, mas é controlada pelo Poder Judiciário no aspecto 
da legalidade; 
e) não incide qualquer tipo de controle externo, seja por sua autonomia, seja pelo princípio da separação 
dos poderes. 
13. (FGV – Prefeitura de Cuiabá - MT/2016) Gustavo, Prefeito do Município X, após lei autorizativa 
específica, edita decreto criando Sociedade de Economia Mista para prestação de serviço público de 
saneamento básico. Posteriormente, mesmo sem nova lei autorizativa específica, Gustavo cria empresa 
subsidiária da referida Sociedade de Economia Mista. A esse respeito, assinale V para a afirmativa 
verdadeira e F para a falsa. 
( ) Após a criação da Sociedade de Economia Mista, somente nova lei específica pode autorizar a criação de 
subsidiária da estatal, em respeito ao princípio da reserva legal. 
( ) Os empregados contratados pela subsidiária da Sociedade de Economia Mista são regidos pela 
Consolidação das Leis do Trabalho-CLT – não estando sujeitos às regras constitucionais de vedação à 
acumulação de empregos. 
( ) Por prestar serviço público e, portanto, estar sujeita aos princípios da especialidade e do controle com a 
Administração Direta, não será possível a criação da subsidiária. 
As afirmativas são, respectivamente, 
a) F, F e V. 
b) F, F e F. 
c) V, F e V. 
d) V, F e F. 
e) V, V e F. 
14. (FGV – TJ PI/2015) Entidade 1) Pessoa jurídica de direito público, integrante da Administração 
Indireta, criada por lei específica para desempenhar funções que, despidas de caráter econômico, sejam 
próprias e típicas do Estado; Entidade 2) Pessoa jurídica de direito privado, integrante da Administração 
Indireta do Estado, criada por autorização legal, sob qualquer forma jurídica adequada a sua natureza, 
para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico ou, em certas situações, execute a 
prestação de serviços públicos. As entidades acima conceituadas são, respectivamente: 
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a) fundação pública e autarquia; 
b) empresa pública e sociedade de economia mista; 
c) sociedade de economia mista e autarquia; 
d) fundação pública e concessionária; 
e) autarquia e empresa pública. 
15. (FGV – TJ PI/2015) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, sociedade de economia 
mista pode ser conceituada como entidade integrante da Administração: 
a) direta, com personalidade jurídica de direito público, criada por lei específica para desempenhar funções 
que, despidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Estado, especialmente para a prestação 
de serviços públicos essenciais de responsabilidade do Poder Público; 
b) direta, com personalidade jurídica de direito público, criada por autorização legal, sob qualquer forma 
jurídica adequada a sua natureza, para que o Governo exerça atividades gerais de caráter econômico; 
c) indireta, com personalidade jurídica de direito privado, criada mediante lei específica, sob a forma de 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada ou sociedade anônima, cujo controle acionário pertença 
ao Poder Público, tendo por objetivo exclusivamente a exploração de atividades gerais de caráter 
econômico; 
d) indireta, com personalidade jurídica de direito público, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade por cotas de responsabilidade limitada, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo 
por objetivo exclusivamente a exploração de atividades gerais de caráter econômico; 
e) indireta, com personalidade jurídica de direito privado, criada por autorização legal, sob a forma de 
sociedade anônima, cujo controle acionário pertença ao Poder Público, tendo por objetivo, como regra, a 
exploração de atividades gerais de caráter econômico e, em algumas ocasiões, a prestação de serviços 
públicos. 
16. (FGV – CODEMIG/2015) Segundo a legislação brasileira, a empresa estatal integra a administração 
pública indireta e pode ser classificada como empresa pública ou sociedade de economiaponto de vista 
contábil, financeiro, operacional e patrimonial (art. 85, caput). 
Além disso, o art. 87, caput, da Lei das Estatais prevê que o controle das despesas decorrentes dos contratos 
e demais instrumentos será feito pelos órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de contas 
competente, sendo que as empresas públicas e as sociedades de economia mista são responsáveis pela 
demonstração da legalidade e da regularidade da despesa e da execução, nos termos da Constituição. 
Por fim, a Lei 13.303/2016 deixa claro que a supervisão das empresas estatais e as ações de fiscalização 
realizadas pelos órgãos ou entes de controle não podem reduzir a autonomia dessas entidades ou significar 
ingerência no exercício de suas competências (arts. 89 e 90). 
Resp on sab ilid ad e civil 
A responsabilidade civil das empresas estatais vai variar conforme a atividade desempenhada. 
Se a estatal for prestadora de serviços públicos, a responsabilidade civil será regida pelo direito público, 
aplicando-se a teoria do risco administrativo, ou seja, a entidade responderá objetivamente pelos danos 
causados a terceiros por seus agentes públicos. 
Por outro lado, se a estatal for exploradora de atividade econômica, a responsabilidade civil será regida 
pelo direito privado. Nesse caso, em regra, a responsabilidade civil será subjetiva. 
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Atividades, controle e responsabilidade civil 
Atividades 
desenvolvidas 
▪ Atividades econômicas em sentido amplo: 
▪ Exploração de atividade econômica (EAE); 
▪ Prestação de serviços públicos (PSP); 
▪ Observações: 
▪ Pode prestar outros serviços públicos (sentido amplo), como serviços 
sociais de saúde e educação); 
▪ Em regra, não exerce atividade típica de Estado, salvo o poder de polícia 
quando prestadora de serviço público em regime não concorrencial 
(existem alguns requisitos). 
Controle e 
supervisão 
ministerial 
▪ Controle estatal realizado pela Administração direta: 
▪ Não é subordinada; 
▪ Submete-se à vinculação, tutela, controle finalístico; 
▪ Deve prestar contas ao Tribunal de Contas; 
▪ Sofre controle judicial via MS em relação aos atos de autoridade. 
Responsabilidade 
civil 
▪ PSP: objetiva (regra) / Direito Público; 
▪ EAE: subjetiva (regra) / Direito Privado. 
 
Prestadora de serviço público
Direito público
Regra: responsabilidade objetiva
Exploradora de atividade econômica
Direito privado
Regra: responsabilidade 
subjetiva
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Reg im e ju ríd ico 
Em qualquer situação, as empresas públicas e as sociedades de economia mista possuem natureza jurídica 
de direito privado. Isso porque essas entidades são efetivamente criadas com o registro de seu ato 
constitutivo. 
 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista sempre possuirão personalidade jurídica 
de direito privado. 
 
Por outro lado, o regime jurídico dessas entidades será sempre híbrido ou público-privado, em algumas 
situações com predomínio de regras de direito privado e em outras com predomínio do direito público. O 
que vai dizer qual o tipo de regra dominante é a natureza da atividade desenvolvida, isto é, se prestam 
serviços públicos ou exploram atividade econômica. 
No entanto, devemos tomar cuidado, pois as questões de concurso não costumam ser tão técnicas. Muitas 
vezes, as afirmativas tratam o regime jurídico como de direito privado, para diferenciá-los do regime de 
direito público das outras entidades. Portanto, o mais adequado é falar em regime jurídico híbrido, mas 
também pode ser considerado correto se a questão falar simplesmente em regime de direito privado para 
as empresas públicas e sociedades de economia mista. 
 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista que exploram atividade econômica atuam com 
predomínio das regras de direito privado, porquanto o art. 173, § 1º, II, da CF, estabelece que o estatuto 
dessas entidades se sujeita ao regime jurídico próprio das empresas privadas. Dessa forma, essas 
entidades só se submetem às regras de direito público quando a Constituição assim o determine, expressa 
ou implicitamente. Assim, para uma lei administrativa dispor sobre regras de direito público para uma 
empresa pública exploradora de atividade econômica, tais regras devem derivar do texto constitucional. 
Natureza
(personalidade jurídica)
Direito privado
Regime jurídico
Híbrido
Público-privado
"De direito privado"
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O entendimento é simples, se a própria Constituição determinou que as empresas públicas e sociedades 
de economia mista devem seguir as regras próprias das empresas privadas, somente a própria Constituição 
poderá estabelecer exceções, seja de forma expressa ou de forma implícita. 
Nesse contexto, podemos citar como exemplos regras de direito público que devem ser observadas pelas 
empresas estatais exploradoras de atividade econômica: 
a) princípios gerais da Administração Pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência), previstos no art. 37, caput, da Constituição; 
b) concurso público para contratação de pessoal (CF, art. 37, II); 
c) licitação pública para firmar contratos com terceiros, com algumas exceções (as empresas estatais 
seguem um rito licitatório próprio, nos termos da Lei 13.303/2016) (CF, art. 37, XXI; e art. 173, § 1º, 
III; Lei 13.303/2016, art. 28); 
d) dever de prestar contas e controle realizado pelos Tribunais de Contas (CF, art. 70, parágrafo único; 
c/c art. 71, II). 
A organização dessas entidades também depende de regras de direito público, uma vez que dependem de 
lei para autorizar sua criação ou extinção, ou mesmo para criação de subsidiárias, neste último caso, mesmo 
que ocorra de forma genérica (CF, art. 37, XIX e XX). Por fim, essas entidades submetem-se ao controle e 
fiscalização do Tribunal de Contas (CF, art. 71) e do Congresso Nacional (art. 49, X). 
Por outro lado, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, quando atuarem na prestação de 
serviços públicos, submetem-se predominantemente, às regras de direito público. Isso fica muito mais 
evidente quando as entidades realizam suas atividades-fim, ou seja, quando estão prestando o serviço 
público para o qual foram criadas. Menciona-se, por exemplo, o princípio da continuidade do serviço 
público e outros. 
 
Há ainda uma “terceira regra”, aplicável às empresas estatais que prestam serviços públicos próprios do 
Estado e em regime não concorrencial. 
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Nesse tipo de situação, entende-se que a aplicação do regime jurídico de direito público será ainda mais 
acentuada, ao ponto de equiparar a empresa estatal à fazenda pública em diversas situações. Alguns 
exemplos são: (i) a possibilidade de exercer o poder de polícia; 8 (ii) a aplicação do regime de precatórios;9 
(iii) o benefício da imunidade tributária recíproca;10 etc. 
Vamos ver, ao longo da aula, que os Correios, a Infraero e outras empresas estatais que prestam serviços 
em regime de monopólio ou não concorrencial possuem prerrogativas especiais, semelhantes à 
administração direta e autárquica. Esse fenômeno é conhecido como “autarquização das empresas 
estatais”, que representa a extensão de regras inicialmente aplicáveis à Fazenda Pública para algumas 
empresas estatais. 
 
De acordo commista, que 
podem ser exemplificadas, respectivamente, por: 
a) Banco do Brasil e BNDES; 
b) Casa da Moeda e Caixa Econômica Federal; 
c) Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e Eletrobras; 
d) Embrapa e Valec; 
e) Petrobras e Telebras. 
17. (FGV – Prefeitura de Niterói - RJ/2015) A Constituição Federal, ao estabelecer as disposições gerais 
afetas à administração pública, fez menção às sociedades de economia mista e às fundações. É correto 
afirmar que: 
a) as sociedades de economia mista integram a administração indireta; 
b) as sociedades de economia mista somente podem ser criadas por decreto; 
c) apenas as fundações integram a administração direta; 
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==1365fc==
d) as fundações somente podem surgir a partir de licitação; 
e) as sociedades de economia mista e as fundações integram a administração direta. 
18. (FGV – PGE RO/2015) De acordo com a doutrina de Direito Administrativo, são pessoas jurídicas 
de direito privado, integrantes da Administração Indireta do Estado, criadas por autorização legal: 
a) as autarquias e as fundações públicas; 
b) as empresas públicas e as sociedades de economia mista; 
c) as autarquias e as fundações privadas; 
d) as fundações autárquicas e as sociedades de economia mista; 
e) as autarquias e as empresas públicas. 
19. (FGV – SSP AM/2015) Integra a Administração Pública Direta e exerce, de forma centralizada, 
atividade administrativa do Estado, uma: 
a) autarquia, que presta serviço público de guarda municipal para proteção de bens, serviços e instalações 
municipais; 
b) fundação pública, que presta serviço público de segurança e inteligência de pessoas e bens, no âmbito 
do Estado; 
c) empresa pública, que presta serviço relacionado à atividade econômica e o lucro é repassado ao poder 
público; 
d) delegacia de polícia civil, que presta serviço público de apuração de infrações penais; 
e) empresa concessionária de serviço, que presta serviço de transporte público coletivo intermunicipal. 
20. (FGV – MPE MS/2013) A União, desejando realizar a exploração de uma atividade econômica, 
resolve criar uma sociedade de economia mista. Com relação às sociedades de economia mista, assinale 
a afirmativa correta. 
a) A sociedade de economia mista deve ser criada por lei. 
b) A União deve possuir ao menos metade de seu capital social. 
c) A sociedade de economia mista deve seguir todas as regras trabalhistas da iniciativa privada. 
d) O cargo de presidente de sociedade de economia mista é privativo de brasileiro nato. 
e) A sociedade de economia mista não precisa realizar licitação em hipótese alguma. 
21. (FGV – SUDENE PE/2013) As entidades da administração pública podem ser criadas e 
subordinadas ao regime jurídico de direito público ou ao regime jurídico de direito privado. No entanto 
mesmo quando sujeitas ao regime jurídico de direito privado se subordinam a certas regras impostas a 
toda a administração. Tendo em vista essas peculiaridades, assinale a afirmativa correta. 
a) As entidades da administração pública que se constituem como empresas públicas são criadas 
diretamente por meio de lei. 
b) Apenas as autarquias sujeitas ao regime jurídico de direito público necessitam de lei autorizando sua 
criação. 
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c) As autarquias entidades de direito público são criadas por lei, enquanto as empresas públicas e as 
sociedades de economia mista tem sua criação autorizada em lei. 
d) A lei não cria diretamente nenhuma entidade, apenas autoriza a sua criação. 
e) As empresas públicas e as sociedades de economia mista, pessoas jurídicas de direito privado integrantes 
da Administração Pública, podem ser criadas independentemente de autorização em lei. 
22. (FGV – INEA RJ/2013) A definição de “pessoa jurídica de direito privado com capital exclusivo do 
governo tendo por finalidade a exploração de atividade econômica” refere‐se à 
a) autarquia corporativa. 
b) empresa de economia mista. 
c) empresa pública. 
d) autarquia institucional. 
e) fundação privada. 
23. (FGV – MPE MS/2013) Com relação às Sociedades de Economia Mista Federais, analise os itens a 
seguir. 
I. São pessoas jurídicas de direito privado. 
II. Possuem foro privilegiado na Justiça Federal. 
III. Gozam de isenção dos impostos federais, mas não dos Estaduais e Municipais. 
Assinale: 
a) se somente o item I estiver correto. 
b) se Somente o item II estiver correto. 
c) se Somente o item III estiver correto. 
d) se somente os itens I e II estiverem corretos. 
e) se todos os itens estiverem corretos. 
24. (FGV – BADESC/2010) No direito brasileiro, existem duas diferenças fundamentais entre as 
sociedades de economia mista e as empresas públicas. Assinale a alternativa que explicita essas 
diferenças. 
a) composição do capital e forma jurídica. 
b) personalidade jurídica e forma de extinção. 
c) forma jurídica e controle estatal. 
d) forma de criação e personalidade jurídica. 
e) controle estatal e composição do capital. 
25. (FGV – AL MA/2013) A administração indireta é composta por várias pessoas jurídicas, dentre 
essas pessoas jurídicas encontram‐se as empresas públicas. A respeito das empresas públicas, assinale a 
afirmativa correta. 
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a) Poderão assumir qualquer forma em direito admitida com exceção da forma de sociedade anônima pois 
necessariamente o capital da empresa pública deve ser totalmente público. 
b) Estão subordinadas hierarquicamente ao ente criador. 
c) Poderão ser pluripessoais. 
d) Desenvolverão atividades econômicas sem realizar licitações ou concursos públicos. 
e) Estão sujeitas ao regime jurídico de direito público por serem pessoas jurídicas de direito público. 
26. (FGV – AP/2010) Em relação às entidades da Administração Pública Indireta, é correto afirmar 
que: 
a) as sociedades de economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, criadas por autorização legal 
e se apresentam, dentre outras, sob a forma de sociedade anônima. 
b) os bens que integram o patrimônio de todas as empresas públicas têm a qualificação de bens públicos. 
c) as fundações públicas não se destinam às atividades relativas a assistência social e atividades culturais. 
d) os empregados de empresas públicas e sociedades de economia mista podem acumular seus empregos 
com cargos ou funções públicas da Administração Direta. 
e) as autarquias podem celebrar contratos de natureza privada, que serão regulados pelo direito privado. 
27. (FGV – SEFAZ RJ/2011) Em relação ao regime jurídico das empresas públicas federais, é correto 
afirmar que 
a) são pessoas jurídicas de direito público, integram a administração descentralizada federal e gozam de 
todas as prerrogativas processuais aplicáveis à fazenda pública. 
b) são pessoas jurídicas de direito público, integram a administração direta federal e, quando prestadoras 
de serviços públicos, seus bens são impenhoráveis. 
c) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração indireta federal e se submetem ao 
controle do Tribunal de Contas da União. 
d) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração central federal e somente podem ser 
criadas por lei, adotando a forma de sociedade anônima. 
e) são pessoas jurídicas de direito privado, integram a administração hierárquica federal e, quando 
exploradoras de atividade econômica, estão dispensadas da observância de procedimento licitatório. 
28. (FGV – SEN/2008 – adaptada) As fundaçõeso STF, para a extensão da imunidade tributária recíproca da Fazenda Pública a 
sociedades de economia mista e empresas públicas, é necessário preencher 3 (três) requisitos: 
a) a prestação de um serviço público; 
b) a ausência do intuito de lucro e 
c) a atuação em regime de exclusividade, ou seja, sem concorrência. 
STF. Plenário. ACO 3410/SE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2022 (Info 1051). 
--- 
Em outra oportunidade, o STF reconheceu que sociedade de economia mista prestadora de 
serviço público não concorrencial está sujeita ao regime de precatórios (art. 100 da CF/88) e, por 
isso, impossibilitada de sofrer constrição judicial de seus bens, rendas e serviços, em respeito ao 
princípio da legalidade orçamentária (art. 167, VI, da CF/88) e da separação funcional dos poderes 
(art. 2º c/c art. 60, § 4º, III). STF. Plenário. ADPF 275/PB, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado 
em 17/10/2018 (Info 920). Ver também: Plenário. ADPF 387/PI, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado 
em 23/3/2017. 
--- 
Por fim, o STF entendeu que é constitucional a delegação do poder de polícia, por meio de lei, a 
pessoas jurídicas de direito privado integrantes da Administração Pública indireta de capital social 
majoritariamente público que prestem exclusivamente serviço público de atuação própria do 
Estado e em regime não concorrencial. 
 
Com isso, podemos resumir da seguinte forma. Todas as empresas públicas e sociedades de economia mista 
possuem personalidade jurídica de direito privado e regime jurídico híbrido. Porém, quando explorarem 
atividade econômica, sujeitam-se predominantemente ao regime de direito privado. Por outro lado, 
 
8 RE 633.782, tema 532, julgamento em 26/10/2020. 
9 ADPF 890 MC-Ref/DF, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 26/11/2021. ADPF 275/PB, Rel. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 17/10/2018. 
10 ACO 3410/SE, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2022 
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quando prestam serviços públicos, subordinam-se predominantemente a regras de direito público. Por fim, 
quando são prestadoras de serviços públicos em regime de monopólio ou não concorrencial a aplicação do 
regime de direito público será ainda mais predominante. 
 
Por fim, a atividade preferencial das empresas estatais é a exploração de atividade econômica. Dessa forma, 
se a questão não definir qual a área de atuação, devemos partir do pressuposto que é a exploração de 
atividade econômica. Logo, o regime predominante será de direito privado. 
Pat r im ôn io (b ens) 
Os bens públicos gozam de prerrogativas para proteção do patrimônio público e cumprimento do princípio 
da continuidade dos serviços públicos. Assim, tais bens não podem ser penhorados (procedimento 
utilizado para cobrança judicial de alguma dívida); são imprescritíveis (não podem ser adquiridos por 
usucapião); e sofrem restrições à alienação (inalienabilidade), ou sejam, não podem ser vendidos 
livremente. 
Os bens das sociedades de economia mista e das empresas públicas são considerados bens privados, ou 
seja, não são classificados como bens públicos. Consequentemente, em regra, não possuem os atributos 
dos bens públicos, como a impenhorabilidade e imprescritibilidade. 
No entanto, tendo em vista o princípio da continuidade dos serviços públicos, a regra para as empresas 
públicas e sociedades de economia mista que prestam serviço público é um pouco diferente. Nesse caso, 
os bens afetados (utilizados) diretamente à prestação do serviço público gozam dos mesmos atributos dos 
bens públicos. 
Nesse sentido, voltando ao caso da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – EBCT, o Supremo Tribunal 
Federal possui diversos julgados sobre essa entidade, atribuindo-lhe os mesmos privilégios da fazenda 
pública, como a impenhorabilidade de seus bens (e, por conseguinte, a sujeição ao regime de 
precatórios).11 
 
11 RE 220.906 DF. 
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Assim, podemos resumir o caso da seguinte forma. Os bens das empresas públicas e sociedades de 
economia mista são bens privados. Porém, no caso das prestadoras de serviço público, os bens 
diretamente relacionados à prestação do serviço gozam dos mesmos atributos dos bens públicos. 
Falên cia 
A Lei 11.101/2005, que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da 
sociedade empresária, deixou claro, em seu art. 2º, I, que suas normas não se aplicam às empresas públicas 
e às sociedades de economia mista. Dessa forma, independentemente da atividade que desempenham, 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista não se sujeitam ao regime falimentar. 
Nessa linha, as entidades políticas instituidoras podem responder de forma subsidiária quando as suas 
entidades administrativas não tiverem condições de arcar com danos causados a terceiros. Por exemplo, 
imagine que uma empresa pública, prestadora de serviços públicos, cause prejuízos a um particular, mas 
não tenha condições de arcar com o dano causa, por estar em situação de insolvência (ou seja, ela não tem 
mais dinheiro). Nesse caso, o ente instituidor responderá de forma subsidiária pelo dano, isto é, terá que 
indenizar o prejuízo causado ao terceiro. 
 
(TRT CE - 2017) Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de economia mista sujeitam-se ao 
regime falimentar. 
Comentários: 
As empresas estatais não se submetem ao regime falimentar. 
Gabarito: errado. 
 
Privilég ios 
Devemos entender como “privilégios” os benefícios específicos concedidos às entidades públicas. 
Teoricamente, as empresas estatais não deveriam gozar de “privilégios”, pois podem atuar no mercado 
competitivo. 
Assim, de forma genérica, as empresas estatais deveriam seguir as mesmas regras fiscais e tributárias das 
demais empresas. Na mesma linha, os seus bens deveriam seguir regras equiparadas às empresas privadas. 
Por fim, elas não deveriam gozar de prerrogativas processuais. 
Porém, temos que analisar tudo isso com calma, pois existem várias exceções! 
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Benefícios fiscais 
O § 2º, art. 173, CF, dispõe que as empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar 
de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado. Todavia, essa regra possui algumas exceções e 
exige algumas discussões. 
Inicialmente, o dispositivo não veda toda concessão de privilégios fiscais, mas tão somente aqueles 
aplicados exclusivamente às empresas públicas e sociedades de economia mista. Assim, se o ente conceder 
um privilégio fiscal a todas as empresas de determinado setor, independentemente se são estatais ou não, 
não haverá vedação. 
Além disso, devemos notar que o art. 173 se aplica empresas estatais que exploram atividade econômica. 
Logo, teoricamente, seria possível estabelecer privilégios fiscais para as empresas estatais que prestam 
serviços públicos. Isso, no entanto, é muito questionável, já que algumas empresas estatais podem prestar 
serviços públicos, mas atuar em regime de competição. Isso poderia ocorrer, por exemplo, com uma 
distribuidora de energia elétrica (prestadora de serviços públicos), mas que não possuísse a exclusividade 
na prestação de serviço (logo, ela atuaria em competição com outras entidades). Assim, preferimos o 
posicionamento de que não é possível, em regra, instituir privilégio, ainda que a entidade seja prestadora 
de serviços públicos. 
 
Contudo, quando a empresa atuar em regime de monopólio, não existirá nenhuma vedação da concessão 
do privilégio, ainda que a empresa explore atividadeeconômica. O entendimento é muito simples: uma vez 
que há monopólio, não existirão empresas do ramo no setor privado. 
 
Im unidade tributária 
Nesse ponto, vale trazer um importante entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a imunidade 
tributária recíproca. O art. 150, VI, “a”, da CF, estabelece que é vedado à União, aos estados, ao Distrito 
Federal e aos municípios instituir impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros. 
O § 2º do mesmo artigo 150 dispõe que essa regra se estende às autarquias e às fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas 
finalidades essenciais ou às delas decorrentes. Nota-se que, em nenhum lugar, há menção às empresas 
públicas e às sociedades de economia mista. Portanto, genericamente, podemos considerar que a 
imunidade tributária não se aplica às empresas públicas e às sociedades de economia mista. 
Privilégios 
fiscais
Regra: não pode
Exceto se:
Forem extensivos ao setor privado; 
ou
A estatal atuar em monopólio
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Contudo, vamos notar adiante que existem diversas exceções e detalhes! 
O Supremo Tribunal Federal vem apresentando entendimento de que a imunidade tributária recíproca 
aplica-se às empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos, desde que 
atendidos outros requisitos. 
O primeiro julgamento do STF nesse sentido ocorreu com a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – 
EBCT, no julgamento do RE 407.099/RS, quando a Corte entendeu que a empresa é “prestadora de serviço 
público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado” motivo pela qual está abrangida pela regra da 
imunidade tributária.12 
Na mesma linha, o STF entendeu que a imunidade tributária recíproca se aplica à Infraero, empresa pública 
federal, uma vez que presta serviço público “em regime de monopólio”. Contudo, o entendimento do 
Supremo Tribunal Federal, ao decidir o caso da Infraero, aparenta-se ser bem mais amplo que o caso da 
EBCT, vejamos:13 
A submissão ao regime jurídico das empresas do setor privado, inclusive quanto aos direitos e 
obrigações tributárias, somente se justifica, como consectário natural do postulado da livre 
concorrência (CF, art. 170, IV), se e quando as empresas governamentais explorarem atividade 
econômica em sentido estrito, não se aplicando, por isso mesmo, a disciplina prevista no art. 
173, § 1º, da Constituição, às empresas públicas (caso da INFRAERO), às sociedades de 
economia mista e às suas subsidiárias que se qualifiquem como delegatárias de serviços 
públicos. 
Quando falamos em “serviços públicos”, nesse caso, podemos estar até mesmo tratando dos serviços 
sociais, como a saúde. Isso é interessante porque o serviço de saúde, quando prestado pelo Estado, 
enquadra-se no conceito de serviço público, no entanto não ocorre mediante delegação, dada sua livre 
exploração pelas entidades privadas (CF, art. 199). Nesse contexto, o STF admitiu a aplicação da imunidade 
tributária recíproca a uma sociedade de economia mista que prestava serviços de saúde. Nesse caso, 
porém, ficou destacado que a entidade:14 (i) não atuava com a finalidade de obtenção de lucro; (ii) o capital 
social era majoritariamente (no sentido de “quase integralmente”) estatal. 
Em outra decisão, o STF afirmou que a aplicação da imunidade tributária recíproca às sociedades de 
economia mista prestadoras de serviços públicos depende dos seguintes parâmetros:15 
a) a imunidade tributária recíproca se aplica apenas à propriedade, bens e serviços utilizados na 
satisfação dos objetivos institucionais imanentes do ente federado (por exemplo: prestação de 
serviço de saúde); 
b) atividades de exploração econômica, destinadas primordialmente a aumentar o patrimônio do 
Estado ou de particulares, devem ser submetidas à tributação (ou seja, não se submetem a 
 
12 RE 407.099/RS. No mesmo sentido: RE 354.897/RS, RE 398.630/SP, ACO 765/RJ, e outros; quando a Corte destacou que 
a EBCT “é prestadora de serviço público de prestação obrigatória e exclusiva do Estado, motivo por que está abrangida 
pela imunidade tributária recíproca”. 
13 RE 363.412/BA. 
14 RE 580.264, julgado em 6/12/2010. Não foi fixada tese de repercussão geral, porque o caso era muito específico. 
15 ACO 1.460 AgR, julgado em 7/10/2015. 
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imunidade): por exemplo: se a estatal distribui lucros entre os acionistas não poderá se aplicar a 
imunidade tributária; e 
c) a desoneração não deve ter como efeito colateral relevante a quebra dos princípios da livre 
concorrência e do livre exercício de atividade profissional ou econômica lícita. 
Ademais, o STF entende que não se pode aplicar a imunidade tributária recíproca quando se tratar de 
sociedade de economia mista cuja participação acionária é negociada em bolsas de valores e que está 
voltada à remuneração do capital de seus controladores ou acionistas.16 Imagine, por exemplo, que seja 
instituída uma sociedade de economia mista para distribuir energia elétrica (serviço público). Porém, ela 
possui ações na bolsa de valores e faz distribuição de lucros para os seus sócios. Nesse tipo de situação, a 
entidade não poderá ser beneficiada pela imunidade tributária recíproca. 
Bom, eu sei que foram muitos detalhes. Então, vamos fazer uma pequena sistematização, ressalvando o 
fato de que esse tema ainda tem muito a evoluir no âmbito do STF. 
 
Prescrição 
Vimos que as ações sobre dívidas e direitos em favor de terceiros contra as autarquias prescrevem em cinco 
anos (Decreto 20.910/1932, art. 1º17, c/c Decreto-Lei 4.597/1942, art. 2º). 
Todavia, em regra, esse prazo não se aplica às empresas estatais. Genericamente, as ações destinadas a 
cobrar dívidas e obter direitos devem se submeter ao regramento previsto no Código Civil. O art. 205 do 
CC dispõe que a prescrição ocorrerá em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Em seguida, 
 
16 RE 600.867 (Tema 508), tese fixada em 20/08/2020. 
17 Art. 1º As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a 
Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato 
ou fato do qual se originarem. 
Imunidade 
tributária
Regra Não se aplica às empresas estatais
É aplicável às estatais 
prestadoras de 
serviços públicos
Serviços essenciais ou não 
concorrenciais
A entidade não distribua lucros
A exoneração não comprometa a 
competitividade
Não se aplica, nem mesmo à 
prestadora de serviços 
públicos, se:
Distribui lucros entre os 
acionistas
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o art. 206 estabelece diversos prazos de prescrição, para várias situações. Assim, a depender do caso, 
podemos ter o prazo de dez anos ou outros prazos (inclusive menores). Cremos que não há necessidade de 
decorar esses prazos, sobretudo quando se fala em direito administrativo. Assim, o que nos interessa é 
saber que as empresas estatais não gozam, em regra, do prazo quinquenal de prescrição. 
Porém, mais uma vez, vamos trazer a famosa exceção sobre as prestadoras de serviços públicos. Nessa 
linha, a Lei 9.494/1997 dispõe que: “prescreverá em cinco anos o direito de obter indenização dos danos 
causados por agentes de pessoas jurídicas de direito público e de pessoas jurídicas de direito privado 
prestadoras de serviços públicos”. Logo, tratando-se de responsabilidade civil do Estado, as açõesde 
reparação de danos causados por agente de empresa estatal prestadora de serviços públicos prescreverão 
no prazo de cinco anos. 
Até aqui, falamos da ação de terceiros contra as estatais. Por exemplo: se um agente da empresa estatal 
danificar o seu carro, você terá um prazo para mover a ação, sob pena de prescrição. 
Pois bem, mas e quando a ação for movida pela empresa estatal contra um terceiro? Qual será o prazo 
prescricional? Por exemplo: João está devendo um valor para uma empresa estatal, qual prazo esta 
entidade terá para mover a ação de cobrança? 
Nesse caso, novamente, devemos aplicar, como regra, os prazos definidos no Código Civil. 
Porém, no caso dos Correios, o STJ admite a aplicação do prazo de cinco anos. Assim, o prazo de cinco anos 
previsto no Decreto 20.910/1932, para a fazenda pública mover as ações de reparação de danos também 
deve ser aplicado aos Correios. 
 
Vamos exercitar um pouco! 
 
Prescrição
Terceiro contra a 
estatal
Regra: Código Civil
Exceção: prestadoras de serviços 
públicos (5 anos)
Estatal contra 
terceiros
Código Civil
Exceção: Correios (cinco anos)
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(TRT RS - 2015) Considere que uma sociedade de economia mista controlada pela União, que atua na 
área de processamento de dados, pretenda oferecer seus serviços ao mercado privado, com vistas a 
ampliar suas receitas para além dos recursos obtidos com a prestação dos serviços à Administração 
pública. Referida entidade dado o regime de direito público a que se submete, está imune à tributação 
sobre a prestação dos serviços aos privados. 
Comentários: se a entidade irá prestar serviços ao mercado privado, significa que ela irá explorar atividade 
econômica. Logo, a sociedade de economia mista em questão não estará sujeita à imunidade tributária 
recíproca. Com efeito, o regime jurídico também não é de direito público, mas híbrido ou de direito privado. 
Gabarito: errado. 
 
Reg im e de p essoal 
O regime de pessoal das empresas públicas e sociedades de economia mista é o de emprego público. Tal 
regime é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e o vínculo é formado por intermédio de um 
contrato de trabalho (relação bilateral). 
Não obstante, algumas regras de direito público são aplicáveis ao regime de pessoal. Nessa linha, a 
contratação do pessoal “permanente” dessas entidades depende de aprovação em concurso público, nos 
termos do art. 37, II, da Constituição. 
Todavia, ainda que haja a aprovação em concurso público, os empregados públicos não possuem direito à 
estabilidade. Logo, mesmo após três anos de exercício, eles não irão adquirir a estabilidade, uma vez que 
isso é uma característica restrita ao regime de direto público. 
Contudo, ainda que não exista estabilidade, a demissão dos empregados públicos deve ser motivada. 
Segundo o STF:18 
As empresas públicas e as sociedades de economia mista, sejam elas prestadoras de 
serviço público ou exploradoras de atividade econômica, ainda que em regime 
concorrencial, têm o dever jurídico de motivar, em ato formal, a demissão de seus 
empregados concursados, não se exigindo processo administrativo. Tal motivação deve 
consistir em fundamento razoável, não se exigindo, porém, que se enquadre nas 
hipóteses de justa causa da legislação trabalhista. 
Portanto, independentemente da atividade da empresa estatal, a demissão do empregado público 
dependerá de motivação. Essa motivação deve ser razoável, ou seja, não basta demitir e “justificar” 
afirmando “necessidade”. Tem que realmente explicar o motivo da demissão, explicando, por exemplo, 
que a função que desempenhava se tornou desnecessária ou que houve necessidade de cortar despesas. 
Contudo, a demissão não precisa ser enquadrada nas hipóteses legais de justa causa. Também não há 
necessidade de processo administrativo para conceder contraditório e ampla defesa, justamente porque 
tais agentes não gozam de estabilidade como os servidores efetivos. 
 
18 RE 688.267/CE, julgamento em 28/2/2024. 
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Outra vedação que alcança os empregados públicos é sobre a acumulação remunerada de cargos, 
empregos e funções. Em regra, a Constituição veda a acumulação de cargos públicos (CF, art. 37, XVI), 
sendo que essa vedação se aplica também a “empregos e funções e abrange autarquias, fundações, 
empresas públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou 
indiretamente, pelo poder público” (CF, art. 37, XVII).19 
No que se refere ao teto constitucional remuneratório, previsto no art. 37, XI, existem duas situações para 
as EP, as SEM e suas subsidiárias (CF, art. 37, § 9º): 
a) quando receberem recursos do ente instituidor para pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral: aplicar-se-á o teto constitucional aos seus agentes públicos; 
b) quando não receberem recursos do ente instituidor para pagamento de despesas de pessoal ou de 
custeio em geral: não será aplicável o teto constitucional aos seus agentes públicos. 
Em linhas gerais, isso é o que chamamos de empresa estatal dependente e empresa estatal independente.20 
Se a estatal é dependente, ou seja, se ela depende do ente instituidor para “sobreviver”, recebendo 
recursos para pagamento de pessoal ou para custeio (contas mensais de manutenção, luz, água, etc.), os 
seus agentes públicos não poderão ganhar mais do que o teto constitucional. Se, por outro lado, a entidade 
for independente, os seus agentes públicos poderão receber mais do que o teto constitucional 
remuneratório. Por exemplo: a Petrobrás é uma empresa independente, pois ela não recebe da União 
recursos para pagamento dos seus empregados e dirigentes nem para custear suas despesas 
 
19 A regra da vedação à acumulação possui exceções, dispostas no art. 37, XVI, e também em outros pontos da CF. 
20 Sendo bem técnico, o conceito de estatal dependente e independente ainda levaria outras situações em consideração, 
mas isso é irrelevante para a nossa disciplina de Direito Administrativo. Esses conceitos constam na Lei de 
Responsabilidade Fiscal. Assim, se em algum momento você tiver que estudar Direito Financeiro ou Administração 
Financeira, você saberá os aspectos mais técnicos do conceito. Mas, em nossa disciplina, esses detalhes são irrelevantes. 
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administrativas. Logo, não há nenhum impedimento, na Constituição, para um dirigente da Petrobrás 
receber mais do que um ministro do STF. 
Outras regras específicas para os empregados públicos são as seguintes: 
a) sujeitos ao regime geral de previdência social – RGPS (CF, art. 40, § 13); 
b) os litígios da relação de trabalho dos empregados públicos com as EP e SEM são resolvidos na Justiça 
do Trabalho (CF, art. 114); e 
c) eles são considerados agentes públicos para fins de improbidade administrativa (Lei 8.429/92, art. 
3º) e equiparados a funcionários públicos para fins penais (CP, art. 327, § 1º). 
Agora, vamos falar um pouco dos dirigentes das empresas estatais. 
 
Adm inistradores das em presas estatais 
Os administradores são os membros do conselho de administração e da diretoria. Assim, no caso dos 
administradores, o regime de pessoal é um pouco diferente. Quando eles não são integrantes dos 
respectivos quadros de pessoal (indicados “de fora” da estatal), eles não podem ser classificados como 
empregados celetistas. 
Nessa situação, eles exercem um “cargo”21 de livre “nomeação e exoneração”, uma vez que a indicação 
independe darealização de concurso público. No entanto, não se trata de cargo público em sentido estrito, 
ou seja, não é um cargo estatutário, uma vez que o regime não é de direito público, mas também não se 
trata de uma relação regida pela CLT. Trata-se de um regime especial, regido pela Lei 13.303/16, pela 
legislação comercial e pelo estatuto da entidade. 
 
21 Algumas decisões judiciais já utilizaram a expressão “emprego em comissão” para designar as unidades funcionais de 
“livre nomeação e exoneração” no âmbito das empresas estatais (TST, Processo RR-938-10.2013.5.10.001). Essa expressão 
ainda não é consagrada, mas é utilizada em alguns casos para se referir aos “cargos” de direção, chefia e assessoramento 
nas entidades de direito privado. 
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Dessa forma, os administradores das empresas estatais não ocupam “cargo” em sentido estrito, mas 
firmam um vínculo especial com a entidade por intermédio de um contrato, disciplinado em normas 
específicas. 
Além disso, eles são escolhidos e nomeados pelo chefe do Poder Executivo (logicamente, considerando a 
situação “normal” de vinculação ao Poder Executivo). Com efeito, o STF entende que são inconstitucionais 
normas que exijam a aprovação, pelo Poder Legislativo, do nome indicado pelo chefe do Executivo para 
dirigir uma empresa estatal. Também são inconstitucionais normas que exijam a aprovação do Legislativo 
para “exonerar” o dirigente da estatal.22 
Os administradores das empresas estatais, ademais, são considerados agentes públicos e, portanto, estão 
sujeitos à ação de improbidade administrativa, à ação popular e à ação penal por crimes contra a 
Administração Pública. 
Além disso, quando exercerem os denominados “atos de autoridade”, podem figurar como autoridade 
coatora em mandado de segurança. Por exemplo: o ato de um dirigente de estatal que negar a participação 
de um candidato em um concurso público ou a participação de uma empresa em processo de licitação 
pública poderá ser impugnado por meio de mandado de segurança. Ressalta-se, todavia, que não cabe 
mandado de segurança contra os atos de gestão comercial. Por exemplo: se um banco público negar a 
concessão de um financiamento de um carro, não caberá o mandado de segurança, por se tratar de típico 
ato comercial. 
Regras especiais sobre a escolha dos adm inistradores 
Buscando moralizar a escolha dos administradores, a Lei 13.303/2016 estabeleceu algumas exigências (ou 
requisitos) e restrições. 
Nesse contexto, os membros do Conselho de Administração e os indicados para o cargo de diretor (inclusive 
presidente), diretor-geral e diretor-presidente devem atender aos seguintes requisitos (art. 17): 
a) ser cidadão de reputação ilibada; 
b) ter notório conhecimento23; 
c) ter experiência profissional, conforme prazos e condições descritas na Lei; 
d) ter formação acadêmica compatível c/ o cargo para o qual foi indicado; e 
e) não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade previstas em lei. 
A experiência profissional deve ser comprovada pela demonstração de pelo menos um dos seguintes 
requisitos a seguir (art. 17, I): 
 
22 No caso das autarquias e das fundações, é constitucional exigir a aprovação do legislativo para nomear o dirigente (vide 
a situação das agências reguladoras); mas é inconstitucional exigir essa aprovação para exonerar o dirigente. Já nas 
empresas estatais, as duas exigências (autorização para nomear ou para exonerar) são inconstitucionais. 
23 A Lei 13.303/2016 não é específica quando ao “notório conhecimento”, mas logicamente que ele deve guardar relação 
com a atividade a ser desempenhada. Nessa linha, o Decreto 8.945/2016 (art. 28, II) dispõe que o administrador deve ter 
“notório conhecimento compatível com o cargo para o qual foi indicado”. 
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✓ 10 (dez) anos de experiência profissional, no setor público ou privado, na área de atuação da empresa 
pública ou da sociedade de economia mista ou em área conexa àquela para a qual forem indicados 
em função de direção superior; ou 
✓ 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos seguintes cargos: 
▪ cargo de direção ou de chefia superior em empresa de porte ou objeto social semelhante ao da 
empresa pública ou da sociedade de economia mista, entendendo-se como cargo de chefia 
superior aquele situado nos dois níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa; 
▪ cargo em comissão ou função de confiança equivalente a DAS-4 ou superior, no setor público; 
▪ cargo de docente ou de pesquisador em áreas de atuação da empresa pública ou da sociedade 
de economia mista; ou 
✓ 4 (quatro) anos de experiência como profissional liberal em atividade direta ou indiretamente 
vinculada à área de atuação da empresa pública ou sociedade de economia mista. 
Todavia, a exigência de experiência profissional não é absoluta, uma vez que poderá ser dispensada no 
caso de indicação de empregado da empresa pública ou da sociedade de economia mista para cargo de 
administrador ou como membro de comitê, desde que atendidos os seguintes quesitos mínimos (art. 17, 
§ 5º) (cumulativos): 
(i) o empregado tenha ingressado na empresa pública ou na sociedade de economia mista por meio de 
concurso público de provas ou de provas e títulos; 
(ii) o empregado tenha mais de dez anos de trabalho efetivo na empresa pública ou na sociedade de 
economia mista; 
(iii) o empregado tenha ocupado cargo na gestão superior da empresa pública ou da sociedade de 
economia mista, comprovando sua capacidade para assumir as responsabilidades dos cargos de 
administração. 
Portanto, a Lei afasta a exigência de comprovação de tempo de experiência profissional quando o nomeado 
para os cargos de administração tiver ingressado na estatal mediante concurso público, ou possuir mais de 
10 anos de trabalho na entidade ou ainda tenha comprovado a capacidade de assumir as responsabilidades 
do cargo. 
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Além dos requisitos acima, a Lei apresenta uma série de restrições aos indicados para o Conselho de 
Administração e para a diretoria. Nessa linha, veda-se a indicação (art. 17, § 2º): 
a) de representante do órgão regulador ao qual a empresa pública ou a sociedade de economia mista 
está sujeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de 
cargo, sem vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e 
assessoramento superior na administração pública (trecho suspenso em medida cautelar na ADI 7331 
no STF), de dirigente estatutário de partido político e de titular de mandato no Poder Legislativo de 
qualquer ente da federação, ainda que licenciados do cargo; 
b) de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses (o prazo também foi suspenso na ADI 7331), como 
participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, 
estruturação e realização de campanha eleitoral;24 
c) de pessoa que exerça cargo em organização sindical; 
d) de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria, como fornecedor ou comprador, demandante ou 
ofertante, de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa político-administrativa 
 
24 Na ADI 7331, o Ministro Ricardo Lewandowski deferiu medida cautelar, em 16/12/2023, suspendendo o trecho que 
impedia a nomeação de “de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de Secretário Municipal, de titular de cargo, sem 
vínculo permanente com o serviço público, de natureza especial ou de direção e assessoramento

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