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TERRAPLENAGEM Prof.: Gerson Amorim de Castro As etapas que compõem o processo de terraplenagem dependem das condições do terreno e das características do seu relevo. As principais etapas da terraplenagem são, a limpeza da área, a escavação, o aterro e a compactação. Se estas etapas forem executadas com cuidado, o resultado da estrada terá a qualidade desejada. É bom lembrar que as necessidades das rodovias e ferrovias, as vezes são diferentes. Nas rodovias as limitações quanto, por exemplo, a inclinação das rampas é diferente das limitações das ferrovias. Portanto, os objetivos podem ser os mesmos, mas as necessidades não, isso exige cuidado na análise dos volumes a serem remanejados dentre outros aspectos. TERRAPLENAGEM CÁLCULO DE VOLUMES Ao elaborar um projeto de estradas é recomendável encontrar uma solução que permita a sua construção com o menor movimento de terras possíveis. Isto é preciso porque, normalmente o custo do movimento de terra é significativo em relação ao custo total da estrada. Geralmente o cálculo de volumes, é feito considerando uma série de prismóides (sólidos geométricos limitados por faces paralelas e lateralmente por superfícies planas). Na figura a seguir, apresentaremos a seção de uma estrada, as faces paralelas correspondem às seções transversais externas, e as superfícies planas laterais correspondem à plataforma da estrada, os taludes e a superfície do terreno natural. Uma maneira de calcular esta áreas é pela fórmula das áreas médias. Como as áreas A1 e A2 não são iguais, ao adotar esta fórmula para os cálculos, é gerado um erro inferior a 2%, o que é considerado bem razoável. Para fazer os cálculos, em cada eixo da estrada é feita a seção transversal de terraplenagem, que vai determinar os volumes dos cortes e dos aterros do greide projetado. Como já visto, estas seções podem ser de corte, de aterro ou mistas. A figura abaixo mostra como cada face do prismóide pode ser dividida para facilitar o cálculo da área total. Calculados os valores da áreas A1, A2, A3 e A4, dos dois prismas, basta utilizar a fórmula para calcular o volume da seção. FATOR DE EMPOLAMENTO Quando o terreno natural é escavado, a terra está com um certo grau de compactação, originado de seu próprio processo de formação, e apresenta uma expansão volumétrica, esta expansão é denominada de fator de empolamento. Após a escavação a terra assume, conforme DNIT (2010), um volume solto (Vs) maior do que aquele quando se encontrava em seu estado natural. Assim, considerando (Vc) como volume de corte, o fator de empolamento (Fe) pode ser obtido pela expressão abaixo. Como o volume de corte, por definição, é menor que o volume solto, Fe Volume é de 20.000m3 de corte. 4ª regra - Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de passagem. Desta maneira: • Pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro. • Pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte. Deste modo as estacas 8 e 30 correspondem a passagem de corte para aterro e a estaca 18 corresponde a passagem de aterro para corte. 5ª regra - Qualquer linha horizontal traçada sobre o diagrama determina os trechos de volumes compensados (Volume de corte = Volume de aterro corrigido). Esta linha horizontal é chamada de linha de compensação. Isto quer dizer que o volume de corte nesta seção é o bastante para fazer o aterro necessário nesta seção. Isto pode ser observado no exemplo a seguir. Exemplo: Verifique se o volume de corte e de aterro compactado se equivalem entre as estacas 4 e 11 e entre as estacas 13 e 22 do diagrama a seguir. Solução: Volume de corte entre estaca 4 e a 8: V= 40 – 20= 20 => V=20.000m3. Volume de aterro da estaca 8 à 11: V= 40 – 20= 20 => V=20.000m3. Volume de corte da estaca 13 à estaca 18: V= 0 – (– 40) = 40 => V=40.000m3. Volume de aterro da estaca 18 à 22: V= 0 – (– 40) = 40 => V=40.000m3. 6ª regra - A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica a direção do movimento de terra. Ondas positivas (linha do diagrama acima da linha de compensação): indicam transporte de terra no sentido do estaqueamento da estrada. Ondas negativas: indicam transporte de terra no sentido contrário ao estaqueamento da estrada. 7ª regra - A distância média de transporte de cada distribuição pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do segmento compensado, e de altura igual à máxima ordenada deste segmento. Em outras palavras, ao determinar a altura média de uma onda também é determinada a distância média de transporte. 8ª regra - A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada. ATÉ A PRÓXIMA AULA!