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CONTEXTUALIZANDO Exemplos de Fotos com Problemas Técnicos · Fotos tremidas, claras demais, escuras ou mal enquadradas são citadas como exemplos comuns. · Esses problemas incluem cortes de partes do corpo, movimentos inesperados e má exposição. Causa Comum dos Problemas nas Fotos · Todos os exemplos têm em comum os ajustes técnicos feitos (ou deixados de fazer) durante a captura da imagem. · Esses ajustes podem ser intencionais ou acidentais. Importância dos Ajustes Técnicos · Os ajustes técnicos são fundamentais para a fotografia. · Estão presentes em toda e qualquer foto, influenciando diretamente o resultado final da imagem. TEMA 1 – COMPOSIÇÃO E ENQUADRAMENTO · Ao fazer uma foto, sempre há enquadramento e composição. · Segundo Hedgecoe (2013), composição é a disposição dos objetos fotográficos dentro do quadro. · O enquadramento diz respeito à forma como a cena é capturada, ou seja, como ela é recortada pelo quadro. Função da Composição · A disposição dos elementos pode valorizar ou esconder aspectos da cena. · O objetivo é criar uma narrativa visual. Ferramentas para Qualificar o Enquadramento · Boroski (2020, p. 160) aponta recursos que ajudam a construir composições harmônicas: · Formas · Diagonais · Repetições · Molduras (quadros dentro do quadro) · Pontos de vista · Perspectivas · Proporção áurea Exemplos Visuais · Figura 1: exemplo de uso de moldura na fotografia. · Figura 2: exemplo de uso de ponto de vista com ponto de fuga. FIGURA 1 – MOLDURA FIGURA 2 – PONTO DE FUGA Os enquadramentos tem nomes: · Enquadramento maior = plano geral · Enquadramento menor = Regra dos Terços · A regra dos terços é uma técnica de composição que merece aprofundamento no contexto fotográfico. · Segundo Hedgecoe (2013, p. 179), ela consiste em: · Dividir o quadro em nove retângulos iguais (com duas linhas horizontais e duas verticais). · Posicionar os pontos-chave da imagem nas intersecções dessas linhas. · Alinhar linhas-chave da imagem com as linhas da grade. Exemplo Visual · Figura 3: aplicação da regra dos terços na foto de um cupcake (já apresentada anteriormente). FIGURA 3 – REGRA DOS TERÇOS Pontos de Ouro na Regra dos Terços · Segundo Boroski (2020), as interseções da grade da regra dos terços são chamadas de pontos de ouro. · O assunto fotográfico principal deve ser posicionado nesses pontos para ganhar destaque na imagem. Aplicação da Grade nas Câmeras · A grade da regra dos terços pode ser ativada em: · Smartphones · Câmeras semiprofissionais · Câmeras DSLR (profissionais) Finalidade da Regra dos Terços · Destacar o assunto principal. · Proporcionar equilíbrio visual à fotografia. · Contudo, nem toda boa foto segue essa regra — ela não é garantia de qualidade por si só. Importância das Margens e do Enquadramento · Deve-se salvaguardar as margens para evitar cortes indesejados, como cabeças e pés fora do quadro. · Um enquadramento bem-feito garante que todos os elementos relevantes estejam visíveis, com espaço de respiro. TEMA 2 – EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA Subexposição e Superexposição · Fotos escuras demais são chamadas de subexpostas – há falta de luz capturada pelo sensor ou filme. · Fotos claras demais são chamadas de superexpostas – há excesso de luz capturada. Formação da Imagem Fotográfica · A imagem é produzida por meio da apreensão da luz pelo sensor digital ou pelo filme fotográfico. Controle da Exposição · Os ajustes de luz (mais ou menos luz) podem ser: · Manuais: o usuário controla a exposição. · Automáticos: o equipamento define os parâmetros, sem intervenção do usuário. Equipamentos com ou sem Controle · Alguns equipamentos fotográficos e celulares permitem o ajuste manual da exposição. · Outros dispositivos apenas entregam a imagem já processada, sem opção de controle. Observação sobre os Modos Automáticos · Mesmo em modo automático, a exposição ainda ocorre — a diferença é que não é o usuário quem a define. Exemplo Visual · Figuras 4, 5 e 6: mostram exemplos práticos de subexposição (foto 2), superexposição (foto 3) e exposição correta (foto 1). Figuras 4 a 6 – Exemplos de fotos exposta, subexposta e superexposta à luz Conceito de Exposição Fotográfica · Segundo Boroski (2020), a exposição fotográfica refere-se à quantidade de luz que incide sobre o sensor (ou filme) quando o espelho da câmera se abre para capturar a imagem. A Importância da Luz na Fotografia · Fotografar bem envolve perceber a luz em diversos aspectos: · Onde ela está · Como se comporta · Qual sua temperatura · Como ela reflete · Como incide sobre o objeto ou pessoa Tríade Fotográfica: Ajustes Essenciais · Antes de atingir o sensor, a luz passa por três ajustes fundamentais, que funcionam como filtros: · Obturador · Diafragma · ISO (ou ASA, na fotografia analógica) · De acordo com Boroski (2020, p. 151), esses três ajustes formam a chamada tríade fotográfica, pois são os únicos responsáveis pela regulação da luz refletida pelos objetos e registrada como imagem. Aplicação Universal da Tríade · Em todas as câmeras, apenas o obturador, o diafragma e o ISO são responsáveis pelo controle da entrada de luz no sensor. TEMA 3 – TRÍADE FOTOGRÁFICA Obturador – Controle do Tempo de Exposição · O obturador funciona como uma janela que abre e fecha para permitir a entrada da luz. · Sua velocidade pode ser ajustada, influenciando o tempo em que o sensor ficará exposto à luz. · Exemplo: · 1/4 de segundo → exposição mais longa, mais luz. · 1/125 de segundo → exposição mais curta, menos luz. · Os valores representam frações de segundo. · (Boroski, 2020, p. 151) Diafragma – Controle da Abertura · O diafragma é comparado à íris do olho humano, regulando a quantidade de luz conforme o ambiente. · Ele é medido em valores f (ex: f/2.5, f/16): · f/2.5 → abertura maior, mais luz. · f/16 → abertura menor, menos luz. · (Boroski, 2020, p. 151) ISO – Controle da Sensibilidade · O ISO representa a sensibilidade do sensor (ou filme) à luz. · Valores típicos: 100, 400, 8000. · Quanto maior o ISO, maior a sensibilidade → capta mais luz. · Quanto menor o ISO, menor a sensibilidade → capta menos luz. · (Boroski, 2020, p. 152) Ordem de Contato da Luz com os Componentes · Em câmeras DSLR, a luz entra primeiro pela objetiva (lente). · É na objetiva que se encontra o diafragma. · Se o diafragma estiver mais aberto, entra mais luz. · Se estiver mais fechado, entra menos luz. · A luz passa por cada ajuste em sequência, não de forma simultânea. Figura 7 - Objetiva Ordem do Caminho da Luz na Câmera · Após passar pelo diafragma (na objetiva), a luz chega ao obturador, descrito como uma janela. · O obturador é responsável pelo “clique” da câmera. · Se abrir e fechar rapidamente, deixa passar menos luz. · Se abrir e fechar mais lentamente, deixa passar mais luz. Registro da Imagem no Sensor · A luz então atinge o sensor (ou filme), onde a imagem é fixada. · A quantidade de luz registrada depende da fotossensibilidade do sensor: · Mais sensível → registra mais luz. · Menos sensível → registra menos luz. Aplicabilidade do Processo · O processo descrito com base na DSLR é válido para todas as câmeras fotográficas, com adaptações técnicas específicas. Controle Manual pelo Fotógrafo · O ajuste do diafragma e o controle do obturador podem ser feitos em modo manual. · Esses ajustes, no entanto, podem ser limitados pelas capacidades técnicas do equipamento. TEMA 4 – FOTOMETRIA A Relação entre a Tríade e a Fotometria · Obturador, diafragma e ISO formam a tríade responsável pela exposição. · Essa relação é triangular, o que exige equilíbrio entre os três elementos para uma boa exposição. · Para entender e controlar essa exposição, recorre-se à fotometria, definida como a medição da luz. · (Boroski, 2020, p. 154) Tipos de Fotômetro 1. Fotômetro de mão · Medidor externo da luz que incide sobre o objeto. · Usado especialmente em estúdios e na fotografia analógica. · Pode ser utilizado em qualquer ambiente para indicar uma exposição adequada. 2. Fotômetro interno · Presente nas câmeras DSLR e em celulares. · Faz a leitura da luz automaticamente dentro do próprio aparelho.· Também orienta o fotógrafo na regulagem dos três ajustes da tríade. Figura 8 – Fotômetro de mão Figura 9 - Fotômetro interno Funcionamento Visual do Fotômetro · O fotômetro possui uma representação gráfica em forma de régua (Figura 10). · Essa régua indica a quantidade de luz que está sendo registrada no sensor, o destino final da luz na câmera. · Um cursor móvel se desloca para a direita ou para a esquerda, de acordo com a exposição da imagem: · Cursor para a esquerda → imagem subexposta (mais escura). · Cursor para a direita → imagem superexposta (mais clara). · Esse sistema permite que o fotógrafo visualize e ajuste os parâmetros da tríade para alcançar a exposição ideal. Figura 10 – Régua indicativa da quantidade de luz no fotômetro Saber ler o fotômetro interno é saber como sua foto vai ficar antes mesmo de fazê-la. Assim é possível mudar estratégias, alterar ajustes, aumentar ou diminuir luzes etc. TEMA 5 – BALANÇO DE BRANCO Temperatura de Cor na Fotografia · A temperatura de cor é uma variação na iluminação que modifica as cores percebidas na fotografia. · Um mesmo objeto pode apresentar cores diferentes sob diferentes fontes de luz. · Exemplo: uma parede branca pode parecer azulada com luz fria e amarelada com luz incandescente. · Isso ocorre porque cada fonte de luz possui uma temperatura de cor específica, representada na escala da Figura 11. · Compreender essa variação é essencial para controlar a fidelidade das cores em uma imagem. Figura 11 – Temperatura da cor Essas variações de temperatura acontecem de forma natural, como num pôr do sol, ou em uma mudança de estação, mas podem ser propositais (Figuras 12, 13, 14 e 15). Figuras 12 a 15 – Variações na temperatura da cor image6.jpeg image7.jpeg image8.jpeg image9.jpeg image10.jpeg image11.jpeg image12.jpeg image13.jpeg image14.jpeg image15.jpeg image16.jpeg image1.jpeg image2.jpeg image3.jpeg image4.png image5.jpeg