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RESUMO DE RELAÇÃO TERAPÊUTICA E PLANO DE TRAMENTO Priscila G M Maceió advogada e acadêmica do curso de Psicologia Instagram: https://www.instagram.com/priscila_maceio/ E mail priscilamaceio.adv@gmail.com What app 61 984231986 A relação terapêutica na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é um dos pilares fundamentais para o sucesso do tratamento. Embora a TCC seja uma abordagem estruturada e baseada em técnicas, a qualidade da relação entre terapeuta e paciente influencia diretamente o engajamento e os resultados da terapia. Os principais aspectos da relação terapêutica na TCC incluem: Colaboração e Aliança Terapêutica – O terapeuta e o paciente trabalham juntos como uma equipe para definir objetivos e estratégias, promovendo um ambiente cooperativo e ativo. Empatia e Validação – O terapeuta demonstra compreensão genuína dos sentimentos e dificuldades do paciente, validando suas experiências e promovendo um espaço seguro para a mudança. Atitude Direcionada e Estruturada – A TCC é uma abordagem ativa e orientada a metas. O terapeuta guia o processo com perguntas estratégicas e tarefas que incentivam a reflexão e a modificação de pensamentos e comportamentos disfuncionais. Psicoeducação e Autonomia – A relação terapêutica também envolve o papel do terapeuta como educador, ajudando o paciente a compreender o modelo https://www.instagram.com/priscila_maceio/ mailto:priscilamaceio.adv@gmail.com cognitivo e desenvolver habilidades para lidar com seus desafios de forma independente. Uso do Questionamento Socrático – A comunicação é baseada no diálogo reflexivo, incentivando o paciente a examinar suas crenças e construir perspectivas mais funcionais. QUESTÕES: 1. A relação terapêutica deve ser estritamente profissional, sem qualquer envolvimento emocional do terapeuta. Errado. Embora a relação deva ser profissional, um certo grau de envolvimento emocional é natural e pode até ser necessário para estabelecer empatia e vínculo com o paciente. O terapeuta deve, no entanto, manter limites éticos para evitar contratransferências prejudiciais. 2. A aliança terapêutica é um dos principais preditores do sucesso da terapia. Certo. Estudos mostram que a qualidade da aliança terapêutica tem um impacto significativo nos resultados da terapia, independentemente da abordagem teórica utilizada. 3. O terapeuta pode compartilhar experiências pessoais sempre que julgar necessário para criar um vínculo com o paciente. Errado. O uso da autorrevelação deve ser criterioso e sempre voltado para o benefício do paciente. O foco deve permanecer no paciente, evitando tornar a sessão um espaço para o terapeuta falar sobre si mesmo. 4. O sigilo profissional pode ser quebrado em situações onde há risco iminente à vida do paciente ou de terceiros. Certo. O sigilo é um princípio fundamental da psicologia, mas pode ser quebrado em casos de risco de suicídio, homicídio ou abuso de menores/incapazes, conforme previsto no Código de Ética Profissional do Psicólogo. 5. A relação terapêutica deve ser de amizade para garantir que o paciente se sinta confortável e seguro. Errado. A relação terapêutica é baseada na confiança e no profissionalismo, não na amizade. O terapeuta deve manter uma postura empática, mas sempre respeitando os limites da relação profissional. 6. A contratransferência é sempre prejudicial e deve ser evitada a todo custo. Errado. A contratransferência pode ser tanto negativa quanto positiva. Se bem trabalhada pelo terapeuta, pode fornecer insights valiosos sobre o paciente e ajudar no processo terapêutico. O importante é que o terapeuta tenha autoconsciência e supervisão para lidar com ela de forma ética. 7. O terapeuta deve ser totalmente neutro e não demonstrar emoções durante a sessão. Errado. A neutralidade absoluta pode dificultar o vínculo terapêutico. O terapeuta deve demonstrar empatia e acolhimento, desde que isso não interfira no processo terapêutico. PLANO DE TAREFAS Plano de Tratamento baseado na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), incluindo o plano geral, o plano específico e a conceitualização cognitiva. 1. Plano Geral O plano geral estabelece os principais objetivos terapêuticos e a abordagem a ser utilizada. Deve conter: Queixa principal: Motivo da terapia. Hipótese diagnóstica: Transtorno ou dificuldades apresentadas. Objetivos gerais: O que se espera alcançar com o tratamento. Estratégia terapêutica: Técnicas da TCC que serão aplicadas (reestruturação cognitiva, exposição, técnicas de relaxamento etc.). Duração estimada: Tempo aproximado do tratamento. 2. Plano Específico O plano específico detalha os passos concretos para alcançar os objetivos gerais. Deve incluir: Metas de curto prazo: Pequenos objetivos para cada fase do tratamento. Intervenções específicas: Técnicas e tarefas a serem aplicadas (diário de pensamentos, experimentos comportamentais, identificação de crenças disfuncionais). Indicadores de progresso: Como avaliar a evolução (ex.: redução de sintomas, melhora na funcionalidade). 3. Conceitualização Cognitiva A conceitualização cognitiva ajuda a entender o funcionamento do paciente e direcionar a intervenção. Deve incluir: Eventos precipitantes: O que desencadeia o problema. Crenças centrais e intermediárias: Ideias rígidas sobre si mesmo, o mundo e o futuro. Pensamentos automáticos: Cognições que surgem diante das situações problemáticas. Padrões de comportamento: Estratégias que mantêm o problema (evitação, ruminação etc.). Com essas etapas, é possível estruturar um plano de tratamento eficaz e personalizado para cada paciente. QUESTÕES 1. O plano de tratamento na TCC deve ser estruturado e baseado em objetivos terapêuticos específicos. Certo. A TCC é uma abordagem estruturada e orientada para objetivos. O plano de tratamento deve conter metas claras, estratégias específicas e critérios para avaliar o progresso do paciente. 2. O terapeuta deve seguir rigidamente o plano de tratamento, sem necessidade de ajustes ao longo da terapia. Errado. O plano de tratamento deve ser flexível e ajustado conforme a evolução do paciente. Se necessário, técnicas e metas podem ser modificadas para atender melhor às necessidades do paciente. 3. Na TCC, a psicoeducação não faz parte do plano de tratamento. Errado. A psicoeducação é um componente essencial da TCC. Ela ajuda o paciente a compreender sua condição, identificar padrões de pensamento disfuncionais e desenvolver estratégias para lidar com eles. 4. O plano de tratamento na TCC deve incluir estratégias para prevenir recaídas. Certo. A prevenção de recaídas é uma parte fundamental do tratamento. O paciente deve aprender a identificar gatilhos e desenvolver estratégias para manter os avanços obtidos após o término da terapia. 5. O plano de tratamento na TCC deve focar apenas nos sintomas e não nas crenças centrais do paciente. Errado. A TCC trabalha tanto com os sintomas quanto com as crenças centrais que os sustentam. A reestruturação cognitiva busca modificar padrões de pensamento desadaptativos que influenciam o comportamento e as emoções do paciente. 6. A exposição gradual é uma técnica que pode ser incluída no plano de tratamento para transtornos de ansiedade. Certo. A exposição gradual é uma técnica eficaz usada na TCC para tratar transtornos de ansiedade, como fobias e transtorno do pânico. Ela ajuda o paciente a reduzir a evitação e a aprender a lidar com o medo de maneira adaptativa. 7. O terapeuta deve definir sozinho o plano de tratamento, sem envolver o paciente no processo. Errado. O paciente deve participar ativamente da construção do plano de tratamento. A colaboração entre terapeuta e paciente é essencial para garantir o engajamento e a eficáciada terapia.