Logo Passei Direto
Buscar

Semiologia, (cap) de exames clínicos

User badge image
Prii Siqueira

em

Ferramentas de estudo

Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

Transtornos do sono. Insonia, sonolencia. Soniloquio. Pe-
sadelos. Terror notumo. Sonambulismo. Briquismo. Movimen-
tos ritmicos da cabeera. Enurese notuma.
Transtornos dasfunfoes cerebrais superiores. Disfonia. Disar-
tria. Dislalia. Disritmolalia. Dislexia. Disgrafia. Afasia. Transtomos
das gnosias. Transtomos da praxias (ver tambem Exame psiquico).
EXAME PSIQUICO E AVALIA<;AO DAS CONDI<;OES
EMOCIONAIS
Consciencia. Alteraeroes quantitativas (normal, obnubilaeraO,
perda parcial ou total da consciencia) e qualitativas.
Atenpio. Nivel de atenerao e outras alteraeroes.
Orienta(:iio. Orientaerao autopsiquica (capacidade de uma
pessoa saber quem ela 6), orientaerao no tempo e no espaero. Du-
pIa orientaerao, despersonalizaerao, dupla personalidade, perda do
sentimento de existencia.
Pensamento. Pensamento normal ou pensamento fantasti-
co, pensamento maniaco, pensamento inibido, pensamento es-
quizofrenico, desagregaerao do pensamento, bloqueio do pensa-
mento, ambivalencia, perseveraerao, pensamentos subtraidos,
sonorizaerao do pensamento, pensamento incoerente, pensamento
prolixo, pensamento oligofrenico, pensamento demencial, id6i-
as delirantes, fobias, obsessoes, compulsoes.
Memoria. Capacidade de recordar. Alteraeroes da memoria
de fixaerao e de evocaerao. Memoria recente e remota. Alteraeroes
qualitativas da memoria.
Inteligencia. Capacidade de adaptar 0 pensamento as neces-
sidades do momento presente ou de adquirir novos conhecimen-
tos. Deficit intelectual.
Sensopercep(:iio. Capacidade de uma pessoa apreender as
impressoes sensoriais. Ilusoes. Alucinaeroes.
Vontade. Disposierao para agir a partir de uma escolha ou
decisao. Perda da vontade. Negativismo. Atos impulsivos.
Psicomotricidade. Expressao objetiva da vida psfquica nos
gestos e movimentos. Alteraeroes da psicomotricidade. Estupor.
Afetividade. Compreende urn conjunto de vivencias inclu-
indo sentimentos complex os. Humor ou estado de animo. Exal-
taerao e depressao do humor.
EXERCicIO. Interrogatorio Sintomatologico. Fazer 0 interroga-
t6rio sintomatol6gico de dois pacientes, anotando os dados positivos e
os negativos.
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
A investigaerao dos antecedentes nao pode ser esquematiza-
da rigidamente. B possivel e util, entretanto, uma sistematizaerao
que sirva como roteiro e diretriz do trl),balho.
ANTECEDENTES PESSOAIS
Nos individuos de baixa idade, a analise dos antecedentes
pessoais costuma ser feita com mais facilidade do que em outras
faixas etarias.
As vezes, uma hipotese diagnostica leva 0 exarninador a uma
indagaerao mais rninuciosa de algum aspecto da vida pregressa.
Exemplo: ao encontrar-se uma cardiopatia congenita inves-
tiga-se a possivel ocorrencia de rubeola na mae durante 0 pri-
meiro trimestre da gravidez. 0 interesse dessa indagaerao e por
saber-se que esta virose costuma causar defeitos congenitos em
elevada proporerao dos casos.
Passos a serem seguidos:
Alllt'i.·rdellfesjisi(ll6giws
~"'Jt:(\'(\ii'ntts t'\;:~)1;. '~i...'\\S
l~it.~t\ '\\kntl:' ;v..~ \~is~tisi );,\~;..'\\S i1~lt~nl\.~s.'g\ri.n:~it~n..,
1. Gestaerao e nascimento. Como decorreu a gravidez; uso
de medicamentos ou irradiaeroes sofridas pel a genitora; viroses
contrafdas durante a gestaerao, condieroes de parto (normal, for-
ceps, cesariana); estado da crianera ao nascer, ordem do nasci-
mento (se e primogenito, segundo filho, etc.).
2. Dentierao. Informaeroes sobre a primeira e a segunda
dentierao, registrando-se a epoca em que apareceu 0 primeiro
dente.
3. Engatinhar e andar. Anotando as idades em que estas
atividades tiveram inicio.
4. Fala. Quando comeerou a pronunciar as primeiras pala-
vras.
5. Desenvolvimento fisico. Peso e tamanho ao nascer e
posteriores medidas. Averiguar sobre 0 desenvolvimento com-
parativamente comos irmaos.
6. Controle dos esffncteres.
7. Aproveitamento escolar.
S, Puberdade. Bpoca de seu infcio.
9. Menarca. Bpoca do aparecimento.
10, Caracteristicas do cicIo menstrual.....:....Duraerao do ciclo,
duraerao e quantidade do fluxo menstrual.
11. Sexualidade. Primeiras noeroes e atividade sexual pos-
terior.
Os antecedentes pessoais patologicos, por sua vez, compre-
endem os seguintes itens:
1.Doeneras sofridas pelo paciente. Comeerando-se pelas mais
comuns na inffincia (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba,
molestia reumatica, amigdalites, diarr6ias freqiientes) e pas sando
as da vida adulta (pneumonia, hepatite, malaria, pleurite, tubercu-
lose, etc.). Pode ser que 0 paciente nao saiba informar 0 diagnostico,
mas consegue se lembrar de urn deterrmnado sintoma ou sinal que
teve importancia para ele, como ictericia e febre prolongada. Faz-
se entao urn retrospecto de todos os sistemas, dirigindo ao pacien-
te perguntas relativas as doeneras mais freqiientes de cada urn.
2. Alergias. Quando se depara com urn caso de doenera aler-
gica, esta investigaerao passa a ter relevancia especial, mas, in-
dependente disso, e possivel e uti! tomar conhecimento da exis-
tencia de alergia a alimentos, medicamentos ou outras substan-
cias. Se 0 paciente ja sofreu de afeceroes de fundo alergico (ecze-
ma, urticaria, asma), este fato merece registro.
3. Cirurgias. Anotam-se as interveneroes cirurgicas, referin-
do-se 0 motivo que as determinou. Havendo possibilidade, re-
gistrar a data, 0 tipo de cirurgia, 0 diagn6stico que a justificou e
o nome do hospital onde foi realizada. .
4. Traumatismos. B necessario indagar sobre 0 acidente em
si e sobre as conseqiiencias deste. Em Medicina Trabalhista, este
item e muito importante por causa das implicaeroes periciais de-
correntes dos acidentes de trabalho.
A correlaerao entre urn padecimento atual e urn traumatis-
mo anterior pode ser sugerida pelo paciente sem muita consis-
tencia. Nestes casos, a investigaerao anamnesica necessita ser
detalhada para que 0 examinador tire uma conclusao propria a
respeito da exisrencia ou nao da correlaerao sugerida.
ANTECEDENTES FAMILIARES
Os antecedentes farniliares comceramcom ameneraodo estado
de saude (quando vivos) dos pais e irmaos do paciente. Se for casa-
do inc1ui-se 0 conjuge e, se tiver filhos, estes sao referidos. Se tiver
algum doente na famtlia, esc1arecer a natureza da enferrnidade.
Em caso de falecimento, indagar a causa do 6bito e a idade
em que ocorreu. I
Perg.unt.l-5-e sistenuu-:3l1lCnte SI.."*,rea e:tistencia de en.'(aque-
L:l.. cti:l~tes.. !'J~rLul0se. hij:"Cuens.ao arterial. cancer, doen~as
aJexgicas, Ulcera peptica, colelitiase, varizes, que sac as doen~as
com carater familiar mais comuns.
Quando 0paciente e portador de uma doen~a de caroter heredi-
tirio (bemofilia, anemia falcifonne, rins policfsticos, erros metab6li-
cos), toma-se imprescindfvel urn levantamento geneal6gico mais ri-
guoso e, neste caso, recorre-se as recnicas de investiga~ao genetica.
EXERCICIO. Antecedentes. Analisar os antecedentes de urn pa-
ciente que jii tenha 0 diagnostico estabelecido, determinando as rela-
~ entre este e os dados obtidos na investiga~1io dos antecedentes
pcssoais e familiares.
OOITOS DE VIDA E CONDI~6ES
sOcIO-ECONOMICAS E CULTURAIS DO PACIENTE
A medicina esta-se tomando cada vez mais uma ciencia so-
cial, e 0 interesse do medico vai ultrapassando as fronteiras bio-
l6gicas para atingir os aspectos sociais relacionados com 0 do-
ente e com a doen~a.
Este item, muito ample e heterogeneo, esta desdobrado nos
seguintes:
Alimentafiio
Habitafiio
Ocupafiio atual e ocupafoes anteriores
Atividades jisicas
Vicios
Condifoes s6cio-economicas
Condifoes culturais
Vida conjugal e ajustamento familiar
ALIMENTA~A.O
No exame fisico, serao estudados os parametros para se ava-
liar 0 estado de nutrifiio do paciente. Todavia, os primeiros da-
dos a serem obtidos sao os habitos alimentares do doente.
Toma-se comoreferencia 0 que seria a alimenta~ao adequa-
da para aquela pessoa em fun~ao da sua idade,sexo e trabalho
desempenhado.
Induz~se 0 paciente a discriminar sua alimenta~ao habitual,
especificando tanto quanta possfvel 0 tipo e a quantidade dos
alimentos ingeridos.
Assim procedendo, 0 examinador podera fazer uma avalia-
9ao quantitativa e qualitativa, ambas com interesse medico.
Temos observado que 0 estudante encontra dificuldade em
anotar os'dados obtidos. Com a finalidade de facilitar seu traba-
lho, sugerimos as seguintes expressoes, as quais seriam sinteti-
zadas nas conclusoes mais freqiientes:
"alimenta~ao quantitativa e qualitativamente adequada"
"deficit cal6rico global"
"insuficiente consumo de protefnas, com alimenta~ao a base
de carboidratos"
"consumo de calorias acima das necessidades"
"alimenta9ao com alto teor de gorduras"
"reduzida ingestao de verduras e frutas"
"insuficiente consumo de protefnas sem aumento compen-
sador da ingestao de carboidratos"
"redu9ao equilibrada na quantidade e na qualidade dos ali-
mentos"
"reduzida ingestiio de carboidratos"
"reduzido consumo de gorduras"
"alimenta~ao puramente vegetariana"
"alimenta~ao lactea exclusiva"
HABITA~AO
Importiincia consideravel possui a habita~ao, principalmente
as da zona rural. Estas, pela sua precariedade, comportam-se
como abrigos ideais para numerosos reservat6rios e transmisso-
res de doen9as infecciosas e parasitarias.
A habita~ao nao pode ser vista como fato isolado, porquan-
to ela esta inserida em urn meio ecol6gico do qual faz parte. Nao
basta, portanto, analisar as condi90es da casa desconhecendo 0
meio ambiente que a envolve. A casa de pau-a-pique tern impor-
tiincia porque os triatomfneos existentes na regiao encontram nela
condi~oes ideais para sua sobrevivencia.
Como exemplo eloqiiente poder-se-ia citar a doen9a de Cha-
gas. Os triatomfneos (barbeiros) encontram na "cafua" ou "casa
de pau-a-pique" seu habitat ideal, 0 que faz desta parasitose
importante endemia de muitas regioes brasileiras. Ninguem tern
duvida de que 0 fulcro do problema esta na habita9ao e nao no
protozoario ou no triatomfneo.
A falta de condi90es sanitarias mfnimas, tais como ausen-
cia de fossa e uso de agua de po~o ou ribeirao, caracterfsticas de
milhoes de casas brasileiras, propicia uma estreita correla9ao
entre a elevada incidencia de doen~as infecciosas e parasitarias
e as pessimas condi~oes habitacionais.
Tambem, no que se refere a malaria e a esquistossomose,
encontra-se este vfnculo entre a doen9a e a habita~ao.
OCUPA~A.O ATUALE OCVPA~OES ANTERIORES
Na identifica9ao do paciente, abordamos este aspecto. Na-
quela ocasiao, foi feito 0 registro puro e simples da profissao;
aqui pretendemos ir mais adiante, obtendo infonna90es sobre a
natureza do trabalho desempenhado, com que substancias entra
em contato, quais as caracterfsticas do meio ambiente equal 0
grau de ajustamento ao trabalho.
Desse modo, ver-se-a que os portadores de asma bronquica
terao sua doen9a agravada se trabalharem em ambiente enfuma-
~ado ou empoeirado, ou se tiverem de manipular inseticidas,
pelos de animais, penas de aves, plumas de algodao ou de la, li-
vros velhos e outros materiais reconhecidamente capazes de agir
como antfgenos ou irritantes dasvias aereas.
Os dados relacionados com este item costumam ser chama-
dos Hist6ria Ocupacional e ·v0ltamosachamar a'aten~ao para a
crescente importiincia medica e social da Medicina do Trabalho.
ATIVIDADES 'FfSICAS
Toma-se cada dia mais clara a reIa~ao entre algumas enfer-
midades e 0 tipo de vida levada pela pessoa, no que conceme a
execu~ao de exercfcios ffsicos.
Exemplos: a comum ocorrencia de les6es degenerativas da
coluna vertebral nos trabalhadores bra9ais e a maior incidencia
de infarto do miocardio nas pessoas sedentarias.
Tais atividades dizem respeito ao trabalho e a pratica de
esportes, incluindo caminhadas, e, para caracteriza-Ias, ha que
indagar sobre ambos.
Vma classifica~ao pratica e a que se segue:
Pessoas sedentarias
Pessoas que exercematividadesfisicas moderadas
Pessoas que exercem atividades jisicas intensas e cons-
Pessoas que exercem atividades jisicas ocasionais
vfCIOS
Alguns vfcios sac ocultados pelos doentes e ate pelos pr6pri-
os farniIiares. A investiga9ao deste item exige habilidade, discri-
~ao e perspicacia. Vma afrrmativa ou uma negativa seca por parte
do paciente nao significa necessariamente a verdade! Investigar
sistematicamente sobre tabagismo, alcoolismo e uso de t6xicos.
o uso de tabaco, socialmente aprovado, nao e escondido
pelos doentes, exceto quando tenha sido proibido de fumar e 0 esm
fazendo as escondidas. Os efeitos maleficos do fumo nao sao mais
discutidos. A relar;ao entre este e 0 cancer pulmonar e fato incon-
testavel. Quanta ao efeito nocivo da fumar;a de cigarro sobre as
afecr;oesbroncopulmonares (asma, bronquite e enfisema), nao cabe
mais duvida. Relar;ao entre tabaco e insuficiencia coronana (an-
gina do peito e infarto do miocardio) tamMm esta comprovada.
Diante disso, nenhuma anamnese esta completa se se esque-
cer de investigar este habito, registrando-se seu tempo de dura-
r;ao, a natureza e a quantidade habitualmente usada.
A ingestiio de bebidas alcoolicas tamrem e socialmente acei-
ta, mas muitas vezes e omitida ou minimizada por parte dos doentes.
Que 0 alcool tern efeitos deleterios graves sobre 0 ffgado,
cerebro, nervos perifericos, pancreas e corar;ao nao mais se dis-
cute. E fato comprovado.
o proprio etilismo, em si uma doenr;a de fundo psicossoci-
aI, deve ser colocado entre as enfermidades importantes e mais
difundidas atualmente.
Nao deixar de perguntar sobre 0 tipo de bebida e a quanti-
dade habitualmente ingerida.
Avaliar;iio do uso de bebidas alco6licas. Para facilitar a ava-
liar;ao do habito de usar bebidas alcoolicas, pode-se lanr;ar mao
da seguinte esquematizar;ao:
• pessoas abstemias, isto e, nao usam definitivamente qualquer
tipo de bebida alcoolica;
• usa ocasional, em quantidades moderadas;
• usa ocasional, em grande quanti dade, chegando a estado de
embriaguez;
• uso freqiiente em quantidade moderada;
• usa diario em pequena quantidade;
• usa diano em quantidade capaz de determinar embriaguez;
• usa diano em quantidade exagerada, chegando 0 paciente a
avanr;ado estado de embriaguez.
Esta graduar;ao serve inclusive para se avaliar 0 grau de
dependencia do paciente ao uso de alcool.
Para triagem de pacientes que abusam de bebidas alcooli-
cas esta tomando-se bastante difundido 0 questionario CAGE
(sigla em ingles), constitufdo de 4 pontos a serem investigados:
necessidade de diminuir (Cut down) 0 consumo de bebidas al-
co6licas; sentir-se incomodado (Annoyed) por crfticas a bebida;
sensar;ao de culpa (Guilty) ao beber; necessidade de beber no
infcio da manha para abrir os olhos (Eye-opener).
Duas respostas positivas identificam 75% dos alcoolatras
com uma especificidade de 95%.
COND1<;6ES SOCIO-ECONOMICAS
OSprimeiros elementos estao contidos na propria identifi-
ca'rao do paciente. Outros vao sendo colhidos no correr da anam-
nese. Se houver necessidade de mais informar;oes, indagar-se-a
sobre rendimento mensal, situar;ao profissional, se ha dependen-
cia economica de parentes ou instituir;a6.
Saber quanta 0 paciente dispoe em dinheiro para compra de
medicamentos.
A socializar;ao da medicina e urn rata que and a de par com
estes aspectos socio-economicos. Nao so em relar;ao ao pacien-
te em sua condi~ao individual, mas tamhclIl quando sc cllfoea a
medicina dcntro de uma perspcctiva social.
COND1<;6ES CULTURAIS
Partir de algo simples como grau de escolaridade (alfabetiza-
do ou nao) e amaneira mais pratica de abordar este aspecto da anam-
nese. Todavia, e 0 conjunto de dados vistos e ouvidos que perrnitira
uma avaliar;ao.Para facilitar 0 registro, sugerimos tres altemativa.<;:
nivel cultural baixo
nivel cultural medio
nivel cultural elevado.
Neste item, cabe incluir alguns elementos sobre a vida reli-giosa do paciente. No mfnimo, saber se tern ounao religiao equal
o credo que professa. Este item pode ser exemplificado pelo fato
de os seguidores da seita Testemunhas de Jeova nao admitirem
transfusao de sangue.
Outro aspecto que merece ser ressaltado e como os pacien-
tes com doenr;a grave ou terminal se comportam em fun'rao de
sua crenr;a religiosa. Os espfritas, por exemplo, demonstram mais
tranqtiilidade e aceitar;ao em situar;oes de risco de vida.
Anotam-se, ainda, costumes de vida relacionados com a ra'ra
ou 0 grupo social ao qual pertence e que possam ser uteis do ponto
de vista medico.
VIDA CONJUGAL E AJUSTAMENTO FAMILIAR
Investiga-se 0 relacionamento entre pais e filhos, entre ir-
maos e entre marido e mulher.
Em varias ocasi5es temos salientado as dificuldades da
anamnese. Chegamos ao topico onde esta dificuldade atinge 0
seu maximo. Inevitavelmente, 0 estudante encontrara dificulda-
de para andar neste terreno, pois os pacientes veem nele urn
"aprendiz" adotando, em conseqiiencia, maior reserva a respei-
to de sua vida fntima e de suas relar;oes familiares. Mas quando
con segue estabelecer uma boa relar;ao medico-paciente, obtem
com facilidade informar;oes da intimidade do paciente.
Ha que reconhecer este obstaculo, mas preparando-se des-
de ja, intelectual e psicologicamente, para em epoca oportuna e
nos momentos exatos levar a anamnese ate os mais reconditos e
bem guardados escaninhos da vida pessoal e familiar do pacien-
te. Tal preparo so e conseguido quando se associa amadureci-
mento da personalidade, solida formar;ao cientffica, adequada
rela'rao medico-paciente.
EXERCICIO. Htibitos de Vida. 0 estudante analisani os Mbitos
de vida de tres pacientes com diagnosticos estabelecidos e procurani
encontrar as rela~oes entre esses e os Mbitos de vida de cada urn deles.
o EXAME CLINICO E A
RELA<;AO MEDICO/PACIENTE
A relar;ao medico/paciente tern pm componente cultural que
nao depende do que 0 medico faz. E uma heranr;a do poder ma-
gico dos feiticeiros, xamas e curandeiros que antecederam 0 nas-
cimento da profissao medica, mas que ainda hoje muito influi
na maneira como os pacientes veem os medicos. Nao ha por que
menosprezar este fenomeno ligado a evolur;ao da humanidade.
Existe, contudo, urn outro componente da relar;ao medico/pa-
ciente, este sim, estreitamente ligado a propria ar;ao do medico,
pois ele nasce durante a anamnese e e fruto da maneira como ela
e feita. Depende do medico, portanto. Por isso, e necessano to-
mar consciencia da importancia deste momento, porque ele e de-
cisivo. Daf a razao de se dizer que 0 aprendizado do metodo clf-
nico, cuja unica maneira de se conseguir e fazendo 0 exame clf-
nico, e tambem a principal oportunidade para estabelecer as ba-
scs do aprcndizado da rcl:u;iio mcdieo/paeicnte que scrviriio para
o resto da vida.
Sem duvida, 0 essencial deste aprendizado esta nas vivencias
do proprio estudante, nascidas na realizar;ao de entre vistas, quan-
do ele assume 0 papel de medico dentro de uma situar;ao real e
verdadeira, como a propiciada pelo exame de pacientes em urn
hospital. Jamais a tecnologia educacional conseguira reproduzi-
la e, se 0 fizer, fican! faltando seu ingrediente principal, que e
resultante da interac;ao de duas pessoas que se pOem frente a frente
em busca de algo relevante para ambas.
Se 0estudante tiver oportunidade - e isso depende de como
o professor orienta 0 ensino do exame dinico - de analisar os
aconteeimentos vivenciados por ele, duas coisas acontecem ao
mesmo tempo: aprende a tecnica de fazer a anamnese e reco-
nbece os processos psicodinamicos nos quais ele e 0 paciente se
envolvem, querendo ou nao, proposital ou inconscientemente.
E inevitavel e necessano que 0 estudante va descobrindo seu
1adohumano, com suas possibilidades e limita~oes, certezas e in-
seguran~as, ate entao amortecido nos trabalhos feitos nos anfitea-
lIOS anatomicos e laborat6rios das cadeiras basicas. Somente a partir
do momenta em que tern diante de si pessoas fragilizadas pe1a do-
erw;a,pelo receio dainvalidez, pelo medo de morrer, e que 0 estu-
dante percebe que 0 trabalho do medico nao e apenas tecnica, em-
born tenha que domina-Ia 0 melhor possivel para ser competente, e
queMalguma coisa mais, diferente de tudo 0 que viu ate enta~, que
interfere com seus valores, cren~as, objetivos, sentirnentos e emo-
~' obrigando-o a refletir sobre a carreira medica.
Nesta hora 0 papel do professor de semiologia atinge seu
ponto mais nobre, se ele souber tirar proveito daquelas situa~oes
para mostrar aos seus alunos que aquele algo diferente e a rela-
~ao medico/paciente que esta nascendo.
Sao as primeiras raizes, ainda debeis, de urn processo que
precisa ser cultivado a cada dia, em multiplas situa~oes, agrada-
veis ou sofridas, para se poder compreender 0 mais rapido pos-
sivel a complexidade das situa~oes que 0 aluno esta vivendo.
Alguns estudantes, talvez os mais sensiveis e os mais maduros,
notam logo que participam de alguma coisa que ultrapassa os
limites que se previa existir no trabalho direto com pacientes.
Muitos desenvolvem uma ansiedade que lhes tira 0 sono, des-
perta questionamentos, provoca duvidas. Tudo isso e inevitavel, .
porque a aprendizagem verdadeira do metodo dinico e indisso-
ciavel da aprendizagem da rela~ao medico/paciente.
Precisamos estar atentos, preparados e disponiveis para nao
desperdi~ar a oportunidade que os pr6prios estudantes nos ofe-
recem para formarmos a mente e 0 cora~ao dos futuros medicos.
Estamos convencidos de que a recupera~ao do prestigio
da profissao medica, tao reclamada, come~a ai, valorizando
desde cedo a rela~ao estudante/paciente, nao por meio de
palavras e prele~oes, mas orientando-os nestes passos inici-
ais, mostrando para eles que a rela~ao medico/paciente nada
tern a ver com apare1hos e maquinas, nao importa quae sofis-
ticados sejam. Que ela continua dependendo da palavra, dos
gestos, do olhar, da expressao fisionomica, da presen~a, da
capacidade de ouvir, da compreensao, enfim, de urn conjunto
de elementos que s6 existerri na condi~ao humana do medico.
A rela~ao medico-paciente e uma rela~ao interpessoal que
tern principios aplicaveis a qualquer tipo de rela~ao, mas, a con-
di~ao de medico e a doen~a a faz particular e diferente de todas
as outras (Quadro 3.1).
COMENTARIOS FINAlS
As vezes, os estudantes questionam 0 detalhamento - ex-
cessivo, como costumam dizer - da anamnese como e exposto
neste livro, argumentando que nao e assim que se faz na vida
pratica. Na verdade, 0 que estamos propondo e urn esquema para
o aprendizado do metodo cHnico. Para isso, e necessario ser 0
mais abrangente possivel, de modo a induir quase tudo de que
se precisa nas inumeras maneiras em que e feito 0 exercfcio da
profissao medica, sempre pensando, e claro, que 0 trabalho do '
medico deve ter a mais alta qualidade.
A transposi~ao ou adapta~ao deste esquema para "prontua-
rios" e "fichas clinicas" precisa levar em conta as diferentes con-
di~oes em que se da 0 exercicio profissional. Em hospitais uni-
versitanos, por exemplo, os prontuanos costumam ser muito de-
talhados, constituindo verdadeiros cademos. Isso e justificavel
porque durante 0 curso de medicina e na p6s-gradua~ao e neces-
sano aproveitar ao maximo a oportunidade de obter dos pacien-
tes urn conjunto de dados que vao permitir uma visao ampla e
profunda das enfermidades. Nestes casos, os prontuanos se as-
semelham ao esquema de anamnese aqui proposto. De modo di-
ferente, por razoes 6bvias, nos postos de saude as fichas clinic as
sac mais simples, contendo apenas os dados essenciais do exa-
me do paciente. Entre urn extremo e outro, encontra-se uma gran-
de variedade de modelos de fichas e prontuanos, muitos deles ja
buscando uma forma adequada para 0 uso dos dados dinicos em
computador. Em clinic as especializadas, deterrninados aspectos
sac extremamente detalhados, enquanto os protocolosde pesqui-
sa dinica sao especificamente.preparados,para~sclarecer .ques-
toes que estao sendo investigadas.
Por isso, para se adquirir uma s6lida base do metodo clinico,
e indispensavel a realiza~ao de hist6rias clinicas com a maior
abrangencia possivel, nao importando 0 tempo e 0 esfor~o que
se gastam. 0 dominio do metodo clinieo depende deste primei-
ro momento. As adapta~oes que vao ser feitas mais tarde, am-
pliando ou sintetizando urn ou outro aspeeto da anamnese, nao
irao prejudiear a correta apliea~ao do metodo dinico.
1. Qualquer pessoa e, em grande parte, resultado das rela~5es
interpessoais que estabeleceu durante sua vida.
2. Ninguem sai sem sofrer interferencia de urn encontro com
outra pessoa.
3. Ha sempre uma rela~aode causa e efeito acontecendo entre
duas pessoas - uma causa efeitos sobre a outra, e vice-versa.
4. Esses efeitos podem ser para melhor ou para pior, constru-
tivos ou destrutivos, para uma das partes ou ambas.
5. Esses efeitos SaGespecialmente marcantes quando uma das
pessoase considerada significativa - aquela que ternmaior influen-
cia sobre a outra devido ao papel social que desempenha.
6. Na rela~ao medico-paciente a responsabilidade maior pe-
los resultados do encontro e do medico, que tern obriga~aode se dis-
por a ajudar 0 paciente.
7. 0 resultado do encontro..depende.das habilidades daspes-
soas em estabelecer la~os entre elas.
8. Essas habilidades podem ser aprendidas e/ou aperfei~oa-
9. Essas habilidades,apesar de caracterizarema rela~aode aju-
da, sao comuns a qualquer encontro entre duas pessoas, mesmo que
nao Ihe seja dada a conota~aode ajuda - sao elas que determinam a
qualidade desse encontro.
10. A capacidade de cuidar de urnpaciente depende da rela~ao
medico-paciente, ou seja, 0 significado do encontro entre 0medico e
o paciente e fundamental para uma boa pratica medica.
Tono muscular
/0 tono pode ser considerado como 0 estado de tensao cons- If
tante aque estiio submetidos os musculos, tanto em repouso (tono
de postura), como em movimento (tono de a~iio). / ¥
I 0 exame do tono e efetuado com 0paciente deitado e em com-
pleto relaxamento muscular, obedecendo-se a seguinte recnica: I
a) Inspe~iio. Verifica-se a existencia ou niio de achatamen-
to das mass as musculares de encontro ao plano do leito. Emais
evidente nas coxas e s6 possui valor significativo quando hou-
ver acentuada diminui~iio do tono.
b) Palpa~iio das massas musculares. Averigua-se 0 grau de
consistencia muscular, a qual se mostra aumentada nas lesoes
motoras centrais e diminufda nas perifericas.
c) Movimentos passivos. Imprimem-se movimentos naturais
de flexiio e extensiio nos membros e se observam:
F~ 17.5a Exame da for9a muscular para os membros superiores: I) da mao globalmente; 2) da flexao do antebra90 com predomfnio bicipital ou 3)
ioquial; 4) da eleva9ao do bra90, isolada ou 6) simultaneamente; 5) da extensao do antebra90. As setas indicam 0 sentido do movimento com opo-
51;30 do exarninador, exceto no exame da for9a da mao (1), onde a seta mostra 0 sentido da retirada dos dedos do examinador, seguros pelo paciente.
1- a passividade, ou seja, se ha resistencia (tono aumenta-
do) ou se a passividade esta aquem do normal (tono diminuf-
do);
2- a extensibilidade, isto e, se existe ou nao exagero no grau
de extensibilidade da fibra muscular. Assim, na flexao da perna
soOrea coxa, fala-se em diminui9ao do tono quando 0 calcanhar
lDCa a regiao glUtea de modo facil.
d) Balanfos articulares.
A diminui<;ao do tono (hipotonia) ou 0 seu aumento (hiper-
Dlia) devem ser registrados com as respectivas gradua<;ao e sede.
Exemplos: moderada hipotonia nos membros inferiores.
Acentuada hipertonia dos membros direitos.
HIPOTONIA E HIPERTONIA
Considerando 0 interesse clfnico no reconhecimento das al-
tera<;oes do tono muscular, vamos reunir as caracterfsticas semi-
ol6&icas da hipotonia e da hipertonia:
INa hipotonia, observam-se 0 achatamento das massas mus-
culares no plano do leito, consistencia muscular diminufda, passi-
vidade aumentada, extensibilidade aumentada e prova de balan<;o
com exageradas oscila<;oes. A hipotonia e encontrada nas lesoes
do cerebelo, no coma profundo, no estado de choque do sistema
nervoso central, nas les6es das vias da sensibilidade propriocepti-
va consciente, das pontas anteriores da medu1a, dos nervos, na
coreia aguda e em algumas encefalopatias (rnongolismo).
I Na hipertonia, encontram-se consistencia muscular aumen-
:ada, passividade diminuida, extensibilidade aumentada e prova
do balan~o com reduzidas oscila~5es.
A hipertonia esta presente nas les5es das vias motoras pira-
:nidal e extrapirarnidal.
A hipertonia piramidal, denominada espasticidade, e obser-
\-ada comumente na hemiplegia, na diplegia cerebral infantil, na
e:s.cleroselateral da medula e na mielopatia compressiva. Apre-
;enta pelo menos duas caracterfsticas:
1.") e eletiva, atingindo globalmente os musculos, mas com
predomfnio dos extensores dos membros inferiores e flexores dos
membros superiores. Estas a1tera~5es determinam a classica pos-
t mra de Wernicke-Mann (Fig. 17.6);
2.a) e elastica, com retorno a posi~ao inicial de urn segmen-
tD do corpo (antebra~o, por exemplo) no qual se interrompeu 0
movimento passive de extensao.
A hipertonia extrapiramidal, denominada rigidez, e encon-
trada no parkinsonismo, na degenera~ao hepatolenticular e em
outras doen~as do sistema extrapiramidal. Tern duas caracterfs-
cicas biisicas que a diferenciam da hipertonia piramidal:
La) nao e eletiva, porquanto acomete globalmente a muscu-
1anrra agonista, sinergista e antagonista;
2.a) e plastica, com resistencia constante a movimenta~ao
passiva, como se 0 segmento fosse de cera; esta habitualmente
associada ao sinal da roda dentada, que se caracteriza por inter-
~5es sucessivas ao movimento, lembrando os dentes de uma
cremalheira em a~ao.
A hipertonia tambem pode ser transit6ria e/ou intermitente,
como ocorre em certas condi~5es clfnicas (descerebra~ao, sin-
drome menfngea, tetano, tetania e intoxica~ao estricnfnica)/
Fig. 17.6 Postura de Wernicke-Mann, observada na fase de espastici-
dade da hemiplegia.
OUTRAS ALTERA<;OES DO TONO MUSCULAR
;J MIOTONIA e 0 relaxamento lentificado ap6s contra~ao mus-
cular. Pode ser demonstrada solicitando ao paciente que cerre 0
punho e em seguida abra a mao rapidamente. Se houver 0 feno-
meno miotOnico, a mao se abrira lentamente. Pode tambem ser
elicitada ap6s percussao com martelo neurol6gico. Ocorre na dis- ;/
trofia miotonica de Steinert e na miotonia congenita de Thomsen.
DISTONIA e a contra~ao simultfinea da musculatura agonista
e antagonista, 0 que pode ocasionar posturas anomalas intermi-
tentes ou persistentes. A postura adotada e usualmente no extre-
mo de extensao ou flexao. Podemos citar como exemplos 0 tor-
cicolo espasm6dico, a caibra do escrivao e a distonia museulorum
deformans·f
Paratonia ou gegenhalten: 0 paciente aparentemente se op5e
a tentativa do exarninador em movimentar seu membro. Ocorre
em les5es frontais bilaterais.
Por fim, nao se pode esquecer que em certas condi~5es 10-
cais (retra~ao tendinosa), gerais (convalescen~a prolongada) ou
fisio16gicas (contorcionismo), 0 tone muscular tambem costu-
ma sofrer modifica~5es.
Na execu~ao dos movimentos, por mais simples que sejam,
entram emjogo mecanismos reguladores de sua dir~ao, veloci-
dade e medida adequadas, que os tomam economicos, precisos
e harmonicos.
Nao basta, portanto, que exista for~a suficiente para a exe-
cu~ao do movimento, e necessario que haja coordena~ao na ati-
vidade motora.
Coordena~ao adequada traduz 0 born funcionamento de pelo
menos dois setores do sistema nervoso: 0 cerebelo (centro coor-
denador) e a sensibilidade proprioceptiva. A sensibilidade pro-
prioceptiva cabe informar continuamente ao centro coordenador
as modifica~5es de posi~ao dos variossegmentos corporais.
A perda de coordena~ao e denominada ataxia, a qual pode
ser de tres tipos: eerebelar, sensitiva e mista.
Cumpre referir que nas les5es da sensibilidade propriocep-
tiva 0 paciente utiliza a visao para fiscalizar os movimentos in-
coordenados. Cerradas as palpebras, acentua-se a ataxia.
Tal fate nao ocorre nas les5es cerebelares.
Faz-se 0 exame da coordena~ao por meio de inumeras pro-
vas, mas bastam as que se seguem:
a) Pro va dedo-nariz - Com 0 membro superior estendido
lateralmente, 0 paciente e solicitado a tocat a ponta do nariz com
o indicador. Repete-se a prova algumas vezes, primeiro com os
olhos abertos, depois, fechados. 0 paciente deve estar preferen-
temente de pe ou assentado (Fig. l7.7a).
b) Prova ealcanhar-joelho - Na posi~ao de decubito dor-
sal, 0 paciente e solicitado a tocar 0 joelho com 0 calcanhar do
membro a ser examinado (Fig. l7.7a). A prova deve serrealizada
viirias vezes, de infcio com os ollios abertos, depois, fechados. Nos
casos de discutfvel altera~ao, "sensibiliza-se" a prova mediante 0
deslizamento do calcanhar pela crista tibial, ap6s tocar 0 joelho.
Diz-se que ha dismetria (disturbio na medida do movimen-
to) quando 0 paciente nao consegue alcan<;arcom precisao 0 alvo.
c) Prova dos movimentos altemados - Determina-se ao pa-
ciente realizar movimentos rapidos e alternados, tais como abrir
e fechar a mao, movimento de supina~ao e prona<;ao (Fig. 17.7b),
extensao e Hexao dos pes.
Denomina-se diadoeoeinesia a estes movimentos. A capa-
cidade de realiza-Ios e chamada eudiadoeoeinesia. Sua dificul-

Mais conteúdos dessa disciplina