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FUNDAMENTOS DE 
ANESTESIOLOGIA
 a) Anestesiologia: É o ramo da medicina
que estuda a anestesia e suas
complicações. Anestesia: Significa
privação parcial ou total da sensibilidade do
corpo; insensibilidade (abolição da dor),
tornando possível a realização de
experiências cirúrgicas (cirurgias de
pequenos e grandes portes) e
proporcionando ao médico cirurgião,
condições para, com suas mãos e
instrumentos, tocar as estruturas mais
nobres do corpo humano. 
 Anestesia local: Também chamada de analgesia,
implica na perda da sensação dolorosa, em uma
área limitada do corpo. O agente anestésico atua,
temporariamente sobre as fibras e terminações
nervosas, insensibilizando o lugar onde elas estão
localizadas. 
 Anestesia regional: Perda da sensibilidade em
uma área maior do corpo, porém dentro de certo
limite. O agente anestésico é capaz de bloquear,
localmente, a condução dos impulsos nervosos
provenientes de uma determinada área corporal.
Anestesia geral: Um estado reversível de
depressão do SNC. Ocorre inconsciência, com
perda da sensação de dor em todo o corpo.
 Hipnose: Estado semelhante ao sono profundo 
normal, induzido através de técnicas hipnóticas, 
causando depressão moderada do SNC. O 
indivíduo dorme, mas pode ser despertado por 
estímulos sensitivos. 
 Narcose: Conhecida como sono artificial. 
Provoca perda da consciência e insensibilidade. O
indivíduo não consegue ser despertado por 
estímulos sensitivos. É o estado que se deseja 
obter durante o processo de anestesia cirúrgica 
geral. 
 Analgesia: Supressão temporária da dor sem 
perda da consciência
 Anestesia basal: Nível de anestesia mais
superficial, conseguido, em geral, pela
administração de medicação pré-anestésica. O
paciente fica inconsciente, mas não
suficientemente deprimido no SN para que se
possa realizar um procedimento cirúrgico. 
 Sedação: Estado em que o paciente se encontra
acordado, apresentando um grau moderado de
depressão do SNC, calmo e sem nervosismo. 
 Notria: Estado de torpor ou estupor, sendo o
termo mais utilizado para definir inatividade
mental e motora do sistema nervoso. O tipo de
anestesia em que há bloqueio sensitivo, motor,
dos reflexos e do estado mental ou vigília é
denominado anestesia equilibrada ou notria. 
ANESTESIA GERAL INALATORIA
ANESTESIA PARCIAL - RAQUIDIANA
ANESTERIA PARCIAL - PERIDURAL
ANESTESIA REGIONAL
ANESTESIA LOCAL
PRÉ-ANESTESIA
 A medicação pré-anestésica é ministrada com a
finalidade de preparar o organismo para ser
anestesiado. Os medicamentos empregados antes
do ato anestésico visam a 4 proporcionar maior
segurança ao ato anestésico em si. Várias são as
drogas usadas como medicação pré-anestésica e
vários são os efeitos por elas produzidos. Tais
efeitos podem ser tanto benéficos como maléficos
ao paciente, cabendo ao anestesista avaliar as
condições clínicas de cada um e adequar cada
caso à melhor droga e à melhor dose. 
 OBJETIVOS :
 • Facilitar o curso da anestesia, reduzindo a dor 
e o desconforto do paciente; 
 • Evitar efeitos indesejáveis das drogas 
anestésicas, como, por exemplo, vômito; 
 • Proporcionar aplicação rápida dos 
procedimentos anestésicos; 
 • Abolir reflexos autônomos do organismo, como 
a queda na frequência respiratória; 
 • Funcionar como adjuvante do anestésico local. 
PRINCIPAIS EFEITOS DOS PRÉ-
ANESTÉSICOS
 Anticolinérgicos: O sulfato de atropina é a droga m ais
utilizada. Entre outros efeitos, ela reduz as secreções do
trato respiratório e possui ação broncodilatadora.
Causa midríase (dilatação da pupila), previne o
laringoespasmo, reduz o peristaltismo e a atividade
secretora do trato gastrointestinal. Em doses clínicas, não
provoca alteração na pressão arterial. 
 • Tranquilizantes: Entre as drogas tranquilizantes,
existem os tranquilizantes maiores, os quais vão provocar
a potencialização (aumento do efeito) da droga anestésica,
produzindo, também, certa analgesia. Funcionam como
antieméticos e hipotensores. Como exemplo, temos o
Amplictil, o Dridol e o Droperidol; e os tranquilizantes
menores, os quais, também, são empregados e funcionam
como ansiolíticos, hipnóticos, produzem relaxamento
muscular e têm ação anticonvulsivante. Como exemplo,
temos o Diazepam.
 Hipnoanalgésicos/Hipnóticos: 
 São drogas narcóticas. Exercem efeitos centrais,
como aumento do limiar de dor, produção de
sono. No aparelho circulatório, provocam ligeira
bradicardia e queda da pressão arterial. No
aparelho respiratório, causam bradipneia. No
aparelho digestivo, acarretam diminuição das
secreções e do peristaltismo. Temos, como
exemplo, a Morfina, o Demerol ou Dolantina, o
Leptanal e o Fentanil.
PROCESSO DE ANESTESIA
 O processo de anestesia e as fases operatórias se
relacionam, conforme o quadro a seguir: 
 Fases Operatórias: Ações Relacionadas à Anestesia
Pré-Operatória: Administração de medicamentos
(quando prescritos); identificação de alergias;
avaliação emocional; histórico medicamentoso;
preparação para recuperação anestésica; verificação
de transporte seguro. Intraoperatória: Segurança do
paciente; funcionamento adequado dos equipamentos;
os; posicionamento e apoio emocional durante a
indução anestésica. Pós – operatória: Manutenção
das vias aéreas; avaliação dos efeitos dos agentes
anesitésitésicos; avaliação das complicações e
fornecimento de conforto e alívio da dor.
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS 
ANESTÉSICOS
 Dependendo da cirurgia que se vai efetuar, é feita
a opção pelo melhor tipo de droga e sua via de
aplicação, conforme a seguir: 
 • Via Intravascular; 
 • Via Respiratória; 
 • Via Intramuscular; 
 • Via Oral; 
 • Via Retal; 
 • Via Subcutânea. Obs.: Durante o procedimento
cirúrgico, o paciente necessitará de sedação ou
anestesia ou de uma combinação destas.
NÍVEIS DE SEDAÇÃO
 Sedação Mínim a: É um estado induzido por substância
quím ica, durante o qual o paciente pode responder,
norm alm ente, aos com andos verbais. A função cognitiva pode
estar afetada, mas não há alteração respiratória e
cardiovascular.
 Sedação Moderada: Esta form a de sedação pode ser
induzida por via intravenosa. Ocorre um a depressão do nível
de consciência, não com prom etendo, porém , a
capacidade do paciente m anter as vias aéreas
desobstruídas e a responder, adequadam ente aos estím ulos
verbais e físicos. O propósito desta sedação é deixar o paciente
calmo, tranquilo e com amnésia. Quando combinada com
agentes anestésicos, o paciente fica relativamente sem dor
durante o procedimento, embora consiga conservar os reflexos
protetores. Os níveis de sedação são avaliados de acordo com a
capacidade do paciente manter as vias aéreas livres e responder
aos comandos verbais. Pode ser aplicada em combinação com
anestesia local, regional ou espinal. Seu uso é crescente pelo
aumento de procedimentos ambulatoriais e de hospitais dia,
onde há a expectativa de que o paciente receba alta no mesmo
dia.
 A sedação deve ser administrada por um médico,
enfermeiro ou médico anestesista. O paciente que
recebe este tipo de sedação nunca deve ser
deixado sozinho. Assim, deve ser monitorado,
rigorosamente (oxímetro de pulso, ECG, medição
frequente dos sinais vitais), pois pode haver risco
de depressão respiratória, cardiovascular e
nervoso central. O midazolam (Versed) ou o
diazepam (Valium) são empregados com
frequência para sedação intravenosa. Os outros
agentes anestésicos empregados são: Morfina,
Fentanil, Naloxone (Narcan).
MEDICAMENTOS COM POTENCIAL PARA
AFETAR A EXPERIÊNCIA CIRÚRGICA
 AGENTE EFEITO DE INTERAÇÃO COM
ANESTÉSICOS 
 Corticosteroides Prednisona (Deltasone) Colapso
cardiovascular, quando interrompidode forma
súbita. De-eser vem ser administrados
corticosteroides, antes e após a cirurgia.
Diuréticos: Hidroclorotiazida. Durante a
anestesia, podem causar a depressão
respiratória, resultante de um distúrbio
hidroeletrolítico associado. Fenotiazinas
Diazepam (Valium) Podem provocar ansiedade,
tensão e até convulsões, quando retirados de
forma súbita.
 Insulina: A interação com os anestésicos deve ser
considerada, quando um paciente diabético se submete à
cirurgia. 
 Antibióticos Eritromicina Quando combinados com
relaxante muscular curariforme, a transmismissão
nervosa é interrom pida e pode resultar em apneia pela
paralisia respiratória. 
 Anticoagulantes: Warfarin podem aum entar o risco de
sangram entos; devem ser interrom pidos antes da
cirurgia eletiva, a qual dependerá da condição clínica do
paciente e da cirurgia a ser realizada. Medicamentos
anticonvulsivantes Fenitoína (Dilantin) Podem ser
necessárias aplicações por via intravenosa do medicaento
mento para manter o paciente sem convulsão nos períodos
intra e póspós-operatórios. Inibidores da MAO Sulfato de
fenelzina (Nardil) Podem aumentar a ação hipotensora
dos anestésicos.
 Sedação Profunda: É um estado induzido por
substância, durante o qual o paciente não oferece
condições de ser, facilmente acordado, porém
pode responder, propositalmente, depois de uma
estimulação repetida. A diferença entre a sedação
profunda e a anestesia é que nesta o paciente não
é passível de ser despertado. A sedação profunda
e a anestesia são conseguidas, através da
inalação de um agente anestésico ou por via
intravenosa.
 A inalação ocorre, através de medicamentos, tais
como: Halotano (Fluothane), Enflurano
(Ethrane), Isoflurano (Forane), Sevoflurano
(Ultrane) e Desflurano (Suprane). Todos são
administrados com oxigênio e, geralmente, são
combinados com óxido nitroso (agente anestésico
mais comumente utilizado). Quando inalado,
penetra na corrente sanguínea pelos capilares
alveolares e atua nos centros cerebrais para
produzir a perda da consciência da sedação.
Quando se interrompe essa administração, o
medicamento é eliminado pelos pulmões.
TIPOS DE ANESTESIA
 O profissional de Instrumentação Cirúrgica
precisa conhecer alguns detalhes a respeito do
processo de anestesia, tais como: 
 • Nome do anestésico que se está utilizando; 
 • Como se administra; 
 • Se a indução é lenta ou rápida; 
 • Se o anestésico é do tipo inflamável ou
explosivo; 
 • É importante que o Instrumentador monte sua
mesa com o mínimo de barulho possível, quando
do manuseio do instrumental, enquanto se está
procedendo a anestesia do paciente.
 ANESTESIA LOCAL OU BLOQUEIO
NERVOSO 
 A anestesia local ocorre através da aplicação de
substâncias que, em contato com as fibras
nervosas, têm a propriedade de interromper
todos os influxos nervosos. Tais substâncias são
usadas, de uma forma geral, nas anestesias
parciais, devendo-se sempre, chamar à atenção
para o perigo do uso de doses excessivas que
podem provocar convulsões, depressão
respiratória e, até mesmo, parada cardíaca.
Podem ser associadas a um elemento vaso
constritor (adrenalina), com os devidos cuidados
para se alcançar uma duração anestésica
prolongada
 Anestesia Local por Contato ou de Superfície
(Anestesia Tópica): É aquela com a qual se
obtém a eliminação da dor por contato direto do
agente anestésico sobre a pele, as mucosas ou
cavidades, com a utilização de gotejamento,
nebulização, deposição ou instilação da droga. A
emulsão óleo/água de lidocaína e prilocaína na
proporção de 1:1 (EMLA®) é o mais recente
avanço na área de anestesia tópica,
proporcionando anestesia da pele íntegra. A
medicação é aplicada sobre a pele e ocluída com
uma bandagem por, pelo menos, uma hora antes
do procedimento cirúrgico, levando à anestesia da
área por, aproximadamente, 60 minutos. Efeitos
adversos, como reação alérgica local, têm sido
relatados em crianças com menos de 10 anos de
idade.
 Anestesia Local por Infiltração: Usada em
pequenas cirurgias, superficiais e rápidas; é
injetada, diretamente, no local da cirurgia. É
vantajosa, por ser um procedimento simples e
econômico, necessitando de equipamento mínimo,
além de promover recuperação pós-operatória
rápida e de evitar os efeitos indesejados da
anestesia geral. Ex. de anestésicos locais:
Lidocaína (mais usada), bupivacaína, tetracaína,
prilocaína, proparacaína, dentre outras.
 Anestesia Local por Bloqueio de Campo: 
 Neste tipo de anestesia local a injeção do
anestésico é aplicada ao redor do tecido a ser
operado. É empregado para exérese de tumores da
pele e do tecido subcutâneo, drenagem de coleções
líquidas, remoção de corpos estranhos, tratamento
de feridas traumáticas, desbridamento de feridas
infectadas etc.
 Anestesia Local de Condução ou Regional: É
obtida pela injeção do agente anestésico junto aos
troncos nervosos, à distância do local a ser
operado, acometendo ou não a capacidade
motora, conforme a seguir: 
 • Troncular: Quando bloqueia troncos nervosos; 
 • Epidural/peridural e caudal: Quando bloqueia
as raízes nervosas no espaço extradural; 
 • Raquiana
 Tipos de bloqueios de condução (dependem dos
grupos nervosos afetados pela medicação):
Anestesia Epidural/Peridural (Extradural):
Consiste em injetar um anestésico local dentro do
canal espinal no espaço que circunda a dura-
máter. Ela bloqueia as sensações sensoriais,
motoras e autônomas. As doses epidurais são
m uito m ais elevadas porque o anestésico
epidural não faz contato direto com a m edula
e nem com as raízes nervosas. 
 Bloqueio do plexo braquial: Produz anestesia do
braço. 
 Anestesia paravertebral: Produz anestesia dos 
nervos que suprem o tórax, parede abdominal e 
membros. 
 Bloqueio transacral (caudal): Produz anestesia 
do períneo e, ocasionalmente, da parte inferior do
abdome.
 Anestesia Espinal/Raquiana ou Raquidiana
(Intradural): É diferenciada da epidural pelo sítio de
injeção e pela quantidade de anestésico utilizada. É
um tipo de bloqueio extenso da condução nervosa,
produzido quando um anestésico local é introduzido
dentro do espaço subaracnoide em nível lombar,
geralmente entre L4 e L5. Ela produz anestesia de
membros inferiores, períneo e parte inferior do
abdome.
 Procedim ento: Para o procedimento de punção
lombar, geralmente o paciente deita em decúbito
lateral em posição genupeitoral. A técnica estéril é
utilizada. Após a introdução da medicação o paciente
deve ser mantido em decúbito dorsal. Náuseas,
vômitos e dor podem ser reações deste tipo de an
 #Vantagem: Ausência de cefaleia (geralmente é
resultante de injeção na subaracnoide).
#Desvantagem: Uma desvantagem é o desafio
técnico de introdução do anestésico dentro do
espaço epidural ao invés do aracnoide. Se ocorrer
uma injeção subaracnoide durante 9 uma
anestesia epidural, o anestésico se fará no
sentido da cabeça, resultando em uma anestesia
espinal alta; isso pode produzir hipotenção grave,
depressão e parada respiratória.
 Obs.: Na anestesia espinal contínua, a extremidade
de um cateter de plástico permanece no espaço
subaracnoide, durante o procedimento cirúrgico, de
modo que mais anestésico possa ser injetado quando
necessário. Essa técnica permite um maior controle
da dosagem, porém existe um maior potencial de
cefaleia pós-anestésica, decorrente do grosso calibre
da agulha utilizada.
 Indicação: É indicada para intervenção cirúrgica
abaixo do diafragma (não sendo exclusiva). Ao ser
aplicada,a cabeça do paciente deve ser mantida em
plano mais alto para 10 evitar ocorrência de parada
respiratória, pois o anestésico é mais pesado que o
líquor cefalorraquidiano e tende a ocupar o plano
mais baixo.
 Contraindicações: 
 • Idade (na criança, a medula ocupa todo o
espaço raquiano, podendo ocorrer lesão; no idoso,
pode-se encontrar deformidade óssea,
dificultando a aplicação); 
 • Hipertensão arterial; 
 • Hipotensão arterial; 
 • Infecção próxima ao local da punção; 
 • Deformidade da coluna; • Hipertensão
liquórica; • Infecções intramedulares etc. 
 Com plicações: • Hipotensão arterial; •
Hipertensão arterial; • Cefaleia; • Vômitos; •
Infecções intramedulares; • Lesões nervosas; •
Dor lombar (Lombalgia). 
ANESTESIA REGIONAL 
ENDOVENOSA-BIER 
 Neste tipo de anestesia, a droga é introduzida em
uma veia do membro escapular ou pélvico na
dose de 2-3 mg/kg de peso, enquanto a circulação
deste é interrompida por meio de um manguito.
Permite a realização de atos cirúrgicos de curta
duração em pacientes tranquilos ou que possam
ser previamente sedados por drogas pré-
anestésicas. O efeito anestésico desaparece em
torno de cinco minutos após a desinsuflação do
manguito, que deve ser lenta e não antes de
decorridos 15 minutos da injeção da droga.
 ANESTESIA GERAL A anestesia geral possui 4
estágios (níveis) que estão associados às
manifestações clínicas. A anestesia é um estado
de narcose (depressão intensa do sistem a
nervoso central, produzido pelos agentes
farm acológicos), analgesia, relaxam ento e
perda de reflexo. Os pacientes não são passíveis
de ser acordados, mesmo com estímulos
dolorosos. Perdem a capacidade de manutenção
da respiração e necessitam de prótese
ventilatória, observando-se, ainda que a função
cardiovascular, também vai se encontra
Estágios da Anestesia Geral
 Estágio I - Início da Anestesia: À m edida que o paciente
recebe o anestésico, poderá sentir calor, tonteira, sensação
de desprendim ento. Pode ter a sensação de ruído de
cam painha, rugido e/ou zum bido no ouvido e, em bora
ainda consciente, pode ter um a sensação de incapacidade
de m over, facilm ente, os m em bros. Nesta fase, há maior
sensibilidade aos ruídos, mesmo os de menor intensidade
parecem reais. Desta forma, os ruídos, movimentos
desnecessários e as conversas devem ser evitadas neste
momento. 
 • Estágio II - Excitação: É caracterizado, variadam ente, por
com portam entos de debater-se, gritar, conversar, rir ou
chorar. Estes sintomas podem ser evitados, administrando-se a
medicação de forma suave e rápida. As pupilas se contraem,
quando expostas à luz, a respiração pode se tornar irregular e a
frequência do pulso se apresentar rápida. Tendo em vista a
possibilidade de movimentos descontrolados, o anestesista pode
ter necessidade de ser ajudado a controlar o paciente. Não deve
haver grande manipulação, pois pode ocorrer um aumento da
vascularização no local do sítio operatório, ocasionando um
maior sangramento.
 Estágio III - Anestesia Cirúrgica: É alcançada por meio da
administração contínua do vapor ou gás anestésico. O
paciente fica inconsciente e tranquilo na mesa de cirurgia.
As pupilas ficam fotorreagentes, a respiração regular,
frequência e pulso regulares e pele rósea ou,
ligeiram ente, ruborizada. Com a adm inistração
adequada, este estágio pode ser m antido por horas. 
 • Estágio IV - Depressão Medular: Ocorre, som ente,
quando a anestesia foi adm inistrada em excesso. A
adm inistração se torna superficial, pulso fraco e
pupilas dilatadas e sem fotorreação. Inicia-se a cianose
e, se não houver intervenção, o paciente evolui para óbito,
rapidamente. Nestes casos o anestésico deve ser
interrompido, imediatamente, e deve-se iniciar o suporte
ventilatório e circulatório. Se a cianose ocorrer devido à
intoxicação de medicação, pode-se empregar outros
medicamentos. 
Fases da Ação da Anestesia Geral
 Indução: No preparo para a indução à anestesia
geral, deve-se fazer a observação geral do
paciente, ou seja, a verificação das condições
cardiorrespiratórias, idade e peso; deverá ser
aplicado um pré-anestésico, meia hora antes da
cirurgia, via intramuscular (atropina, sedativo);
em seguida, deve-se introduzir o cateter venoso
(soro-gt/gt) e a sonda nasogástrica ou vesical (se
necessário). 
 Drogas: Opioides: 
 Fentanil,
 Alfentanil, 
 Renifentanil, 
 Sulfentanil; 
 Benzodiazepínicos: Midazolan (Dormonid), 
Diazepan, Lorazepan; Barbitúricos: Tiopental. 
 • Agentes anestésicos: Ketamina; Propofol; 
Etonidato.
 Agentes anestésicos: Ketamina; Propofol; 
Etonidato.
 • Bloqueios neuromusculares; 
 • Ventilação; 
 • Intubação Endotraqueal. 2ª) Manutenção: 
Realizada através de: 
 • Anestésico volátil: Sevorane, Isoflurane, 
Halotaro, Etane e outros; 
 • Via pulmonar (junto c/O2).
 Recuperação/Despertar: 
 Término da anestesia, devendo ocorrer: 
 • Suspensão do anestésico; 
 • Presença de reflexos; 
 • Via endovenosa: Aplicação de Atropina – 
Prostigmine
 Complicações: Hipertensão arterial; 
 Hipotensão arterial; 
 Parada cardíaca; 
 Bronco espasmo; 
 Espasmo de glote; 
 Insuficiência renal; 
 Lesão hepática; 
 Vômitos (aspiração brônquica – pneumonia)
Considerações Importantes
 A anestesia e a cirurgia colocam o paciente em risco
de várias complicações ou efeitos adversos. A atenção
total ou consciente, mobilidade, funções biológicas
protetoras e controle pessoal são denunciados de
maneira total ou parcial pelo paciente, quando entra
na sala de cirurgia. Neste momento ele pode se sentir
relaxado e preparado ou temeroso e altamente
estressado. Esses sentimentos dependem, em grande
parte, da quantidade e da regulação temporal da
sedação pré-operatória e do nível de medo e de
ansiedade do paciente. Esses temores podem
aumentar a quantidade de anestésico necessária, o
nível de dor pós-operatória e o tempo total de
recuperação. 
Métodos de Administração de Anestesia 
Geral
 Inalação: O anestésico é inalado na forma de vapor por 
um tubo ou máscara. Os anestésicos líquidos podem ser 
administrados ao misturar vapores com o oxigênio ou 
óxido nitrosooxigênio e realizar a inalação do produto. 
Pode ser utilizado: Mascara laríngea; Cateter 
endotraqueal nasal e Intubação endotraqueal oral. 
 Intravenosa: A anestesia pode ser produzida por diversas
substâncias anestésicas, através de injeção intravenosa. 
Pode ser administrada para indução (iniciação) ou 
manutenção da anestesia. Também, pode ser usada para 
produzir sedação moderada. Frequentemente, é utilizada 
em conjunto com os anestésicos inalatórios, mas pode ser 
utilizada, isoladamente. Os anestésicos intravenosos, 
geralmente mais utilizados são: Midazolam, Diazepam, 
Clordiazepóxido, Droperidol, Lorazepam, Morfina, 
Cloridrato de meperidina, Fentanil, 
MÁSCARA LARINGEA
TUBO OROTRAQUEAL
LARINGOSCÓPIO
 BIBLIOGRAFIA SMELTZER, S.C.; BARE, B.G.
Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. V.1.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005

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