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ROTEIRO DA APA
PARA O ALUNO 
DISCIPLINA: AVALIAÇÃO PRÁTICA DE SISTEMA 
ESTOMATOGNÁTICO
Professor(a) Anne Paula Peçanha Morovis Amaral
2
ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE
AVALIAÇÃO PRÁTICA DE SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO
01. Todos os campos do Formulário Padrão deverão ser devidamente preenchidos.
02. Esta é uma atividade individual. Caso seja identificado plágio, inclusive de colegas, a 
atividade será zerada.
03. Cópias de terceiros, como livros e internet, sem citar a fonte, caracterizam-se como 
plágio, sendo o trabalho zerado.
04. Ao utilizar autores para fundamentar seu Projeto Integrador, os mesmos devem ser 
referenciados conforme as normas da ABNT.
05. Ao realizar sua atividade, renomeie o arquivo, salve em seu computador, anexe no 
campo indicado, clique em responder e finalize a atividade.
06. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina. 
07. Formatação exigida: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12.
ORIENTAÇÕES GERAIS
3
POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?
Aluno(a), esta atividade foi elaborada com a finalidade de guiar o seu aprendizado prático 
na área de Motricidade Orofacial, compreendendo a avaliação do sistema estomatognático. 
Sistema esse que envolve funções fundamentais ao ser humano, inclui estruturas da face, 
cavidade oral e regiões adjacentes, responsáveis por funções como mastigação, deglutição, 
respiração, articulação da fala e expressão facial.
O fonoaudiólogo é o profissional responsável pela reabilitação da comunicação humana, 
isso inclui a reabilitação das estruturas utilizadas para essa função. Alterações como câncer, 
trauma, AVC, alterações neurológicas e alterações genéticas, alterações estruturais e funcionais, 
são condições que implicam na qualidade de vida do sujeito.
Comer, falar, respirar e transmitir suas emoções através das expressões faciais, são funções 
importantes e todas elas necessitam da perfeita sincronia do funcionamento neuromuscular, 
por tanto é fundamental na formação do fonoaudiólogo o conhecimento sobre a Motricidade 
Orofacial, partindo do princípio que uma boa intervenção é baseada em uma ótima avaliação.
A avaliação exige do profissional o papel investigativo, ou seja, investigar e avaliar todos os 
aspectos necessários para contribuir para um bom diagnóstico fonoaudiológico e guiar a terapia 
e alcançar maiores e melhores resultados.
OBJETIVOS:
01. Conhecer ferramentas que possam contribuir para a avaliação do sistema 
estomatognático.
02. Identificar as estruturas anatômicas que participam das funções de fonação, 
expressão facial, deglutição e mastigação.
03. Conhecer exercícios que fazem parte da terapia de motricidade orofacial.
4
AMBIENTE NA PRÁTICA
Caro(a) aluno(a),
Nesta atividade prática, você irá realizar 3 atividades sequenciadas no mesmo dia, a 
primeira consiste em realizar:
Exame Clínico Orofacial: técnicas de inspeção estática e dinâmica das estruturas. Palpação 
e análise funcional de lábios, língua, bochechas, palato, mandíbula e articulações: palpação 
dos músculos para observação do nível de tensão e movimentação de esternocleidomastoideo, 
masseter, orbicular da boca. Palpação de estruturas para observação das estruturas e 
movimentação: laringe, ombros, pescoço, diafragma, costelas e abdômen. 
Testes práticos para avaliação da força, mobilidade e coordenação das estruturas. 
Preenchimento do protocolo adaptado com base no protocolo com validação científica AMIOFE. 
Avaliação de deglutição e mastigação com consistência líquida e sólida.
Aplicação prática de protocolos em ambiente clínico ou simulado. Discussão e análise 
de casos clínicos reais. Planejamento de intervenções baseadas nos achados da avaliação: 
exercício isométrico de bochecha e língua; exercício de pressão interna contra o dedo; pressão 
de língua contra espátula. Exercício isotônico de língua: círculos com a língua nos lábios; tocar 
os cantos dos lábios.
Essa atividade será realizada junto dos seus colegas e tutor presencial no Mega Polo.
5
EMBASAMENTO TEÓRICO
A avaliação miofuncional oral compõe um dos principais instrumentos para uma boa 
prática fonoaudiológica. Uma boa avaliação é capaz de guiar o profissional a um diagnóstico 
mais assertivo, aumentando ainda mais as chances de as estratégias terapêuticas serem mais 
eficientes para o sujeito.
A avaliação do sistema estomatognático é indispensável na formação do fonoaudiólogo, pois 
permite o diagnóstico preciso de disfunções miofuncionais orofaciais, fundamentais para o planejamento 
terapêutico. Segundo Nunes et al. (2022), o uso de protocolos padronizados, como o AMIOFE e o 
MBGR, esses protocolos contribuem para a identificação de alterações nas funções de mastigação, 
respiração e deglutição, além de facilitar a análise das estruturas envolvidas, como lábios, língua e 
bochechas. Essa padronização é essencial para que o profissional desenvolva habilidades práticas e 
fundamentadas em evidências, promovendo intervenções mais assertivas e eficazes.
Além disso, uma análise detalhada do sistema estomatognático irá te preparar para lidar com 
casos de diagnóstico mais difíceis, desde distúrbios funcionais simples até alterações associadas 
a doenças mais complexas, como apneia obstrutiva do sono e disfunções temporomandibulares 
(DTM). Nunes et al. (2022) reforçam que a formação do fonoaudiólogo deve englobar esses 
protocolos para garantir a segurança do diagnóstico e a qualidade dos resultados clínicos, pois 
garantem maior precisão e objetividade no diagnóstico clínico. Assim, essa capacitação nesta 
área não apenas aprimora a prática clínica, mas também fortalece a atuação interdisciplinar e a 
contribuição do fonoaudiólogo.
Mesmo assim, caro aluno, é importante que você saiba que não é só da aplicação de 
protocolos que se trata uma avaliação, outro elemento fundamental a uma avaliação é a 
observação direta e indireta das estruturas e funções. Observar um paciente em suas ações 
cotidianas, executando ações em seu contexto natural, também é relevante para avaliação, pois 
através dela o terapeuta será capaz de intervir também nas ações diárias do paciente, tornando 
as estratégias terapêuticas mais adequadas a cada paciente.
Para que a avaliação indireta faça sentido, o profissional deve amadurecer seu olhar 
investigador, das funções neurovegetativas, estruturas anatômicas, aspectos físicos, desempenho 
motor global. Muito mais do que manobras, a avaliação miofuncional exige do profissional analisar: 
a queixa do paciente; o histórico clínico; uma boa anamnese; os achados dos protocolos utilizados; 
as necessidades individuais de cada um, para que então o planejamento da terapia ocorra.
Para que você possa ter um bom desempenho nessa aula, iremos aprofundar nossos 
estudos na anatomia e fisiologia do sistema estomatognático. Iremos detalhar a musculatura 
responsável pelas funções de mastigação, fonação e expressões faciais. 
Embasamento
https://youtu.be/CPWevM23j9g?si=uDvPD8wQoFJiIbTh
https://youtu.be/CPWevM23j9g?si=uDvPD8wQoFJiIbTh
6
01. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO
Os músculos da mastigação são divididos didaticamente em duas classes, uma parte 
participa diretamente e outra que funciona de forma acessória à mastigação: principais - 
pterigoideos medial e lateral, músculo masseter e músculo temporal; acessórios - digástrico, 
milohioideo, geniohioideo, bucinador.
Estes músculos são diretamente responsáveis pelos movimentos mandibulares:
Masseter
 – Função: elevação da mandíbula (fechamento da boca) e leve protrusão (movimento 
para frente).
 – Localização: lado da mandíbula, estendendo-se do arco zigomático até o ângulo da 
mandíbula.
Temporal
 – Função: elevação e retração da mandíbula (movimento para trás).
 – Localização: na região lateral do crânio, estendendo-se até o processo coronoide da 
mandíbula.
Pterigóideo Medial
 – Função: elevação e movimento lateral da mandíbula (movimento de lado a lado).
 – Localização: entre a face medial da mandíbula e o processopterigoide medial do osso 
esfenoide.
Pterigóideo Lateral
 – Função: protrusão (movimento para frente) e movimentos laterais da mandíbula; 
auxilia na abertura da boca ao abaixar a mandíbula.
 – Localização: estende-se do osso esfenoide até o colo da mandíbula e disco articular 
da articulação temporomandibular (ATM).
Os músculos a seguir contribuem de forma indireta para a mastigação, auxiliando nos 
movimentos mandibulares e estabilização.
Músculo Digástrico
 – Função: abaixa a mandíbula para abrir a boca; eleva o osso hioide.
 – Localização: sob a mandíbula, com dois ventres (anterior e posterior).
Músculo Milohioideo
 – Função: eleva o osso hioide e o soalho da boca, ajudando na deglutição e estabilização 
da mandíbula.
 – Localização: forma o soalho da boca, conectando a mandíbula ao osso hioide.
Músculo Geniohióideo
 – Função: abaixa a mandíbula e eleva o osso hioide.
 – Localização: na região anterior do soalho da boca, entre o queixo e o osso hioide.
7
Músculo Bucinador
 – Função: mantém os alimentos entre os dentes durante a mastigação, evitando que 
escapem pelas bochechas.
 – Localização: lado das bochechas, entre os maxilares.
A mastigação é o início do processo de digestão, uma correta mastigação proporciona 
também uma boa digestão, o sistema nervoso central controla as estruturas como um todo, 
dentes, músculos e ligamentos, a movimentação causada por essas estruturas aproximam, 
afastam e estimulam a pressão intraoral, a mandíbula movimenta-se promovendo retração, 
elevação, abaixamento e protrusão e lateralização. 
Todos os movimentos precisam ocorrer de forma síncrona e eficiente para que então ocorra 
o bom processo de mastigação. A não ocorrência dessa sincronia desencadeia alterações como, 
por exemplo, a disfagia (Lima, 2023).
IMAGEM 1. MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO, TEMPORAL E MASSETER
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/human-anatomy-jaw-muscular-system-on-2166261641 
IMAGEM 2. MÚSCULO PTERIGOIDEO MEDIAL
Fonte: https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/medial-pterygoid-facial-muscle-masticatory-muscular-2138350195 
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/human-anatomy-jaw-muscular-system-on-2166261641
https://www.shutterstock.com/pt/image-vector/medial-pterygoid-facial-muscle-masticatory-muscular-2138350195
8
A mastigação e deglutição fazem parte do processo de digestão do alimento, ou seja, 
estamos estudando parte do sistema digestório. Duas estruturas fundamentais nesse processo 
são a laringe e o esôfago.
O esôfago desempenha um papel crucial no transporte do bolo alimentar da faringe até o 
estômago, integrando-se ao sistema digestório como uma estrutura em formato de tubo, essa 
estrutura tubular muscular conecta a cavidade oral ao sistema gastrointestinal, ou seja, é caminho 
entre a boca e o estômago. 
Segundo Martini et al. (2014), suas camadas musculares longitudinais e circulares são 
responsáveis pelos movimentos peristálticos, que fazem com que o alimento caminhe de 
maneira contínua por todo o tubo digestivo, mesmo que o corpo esteja em qualquer posição. A 
mucosa esofágica, que reveste todo o tubo, é composta por epitélio estratificado pavimentoso, 
protege contra possíveis lesões causadas pelo atrito do bolo alimentar. Além disso, a localização 
anatômica do esôfago, posterior à traqueia, ressalta sua importância no equilíbrio funcional entre 
os sistemas digestório e respiratório.
A laringe, por sua vez, tem uma função primordial na proteção das vias aéreas durante a 
deglutição e no processo de fonação, pois é através da laringe que ocorre a saída de ar, laringe 
que é conectada com a traqueia e que por sua vez se conecta aos pulmões. Nela contém a 
epiglote, uma estrutura cartilaginosa que atua como uma “tampa”, desviando o alimento para o 
esôfago e evitando sua entrada na traqueia. Além disso, as pregas vocais, que estão localizadas 
na laringe, desempenham papel na produção da voz e no controle do fluxo de ar.
 A interação coordenada entre laringe e esôfago é essencial para prevenir aspirações, 
garantir a separação adequada entre as funções respiratórias e digestivas, uma vez que a falha 
desse mecanismo promove engasgos, e sem a proteção adequada, ocorre a aspiração de 
alimentos para o pulmão (Martini et al., 2014).
Por isso, é importante que o fonoaudiólogo atue nos distúrbios da deglutição, não só 
trabalhando na reabilitação dessas funções, mas também na prevenção de alterações que 
impactam essa função tão importante na vida do ser humano: comer.
2. MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL
Que se comunicar é importante, você aluno(a) já sabe, mas saiba que as expressões faciais 
são parte fundamental da comunicação humana, elas auxiliam na transmissão da mensagem, 
dando ênfase no que é dito, e em alguns casos mudando totalmente o significado da mensagem 
a ser transmitida. 
A expressão facial é uma forma essencial de comunicação não verbal, que permite a 
transmissão de pensamentos, emoções e sensações por meio de gestos e movimentos dos 
músculos da mímica. Esses músculos são mais superficiais em relação à pele, pois se fixam na 
derme, no periósteo ou em músculos vizinhos. A disposição de alguns músculos, principalmente 
os que envolvem as fossas nasais, orais e oculares, tem uma configuração específica que faz 
com que eles atuem como constritores ou dilatadores dos orifícios, permitindo variações na 
forma desses orifícios para expressar emoções e intenções. 
9
Esses músculos são inervados pelo nervo facial, não possuem fáscia nem tendões 
individualizados. Sua estrutura permite realizar movimentos delicados e precisos, o que torna cada 
movimento sofisticado e diferente em cada ser humano. Além de contribuir para a comunicação, 
eles também podem movimentar a pele da face, o que colabora para a formação de rugas que 
acompanham as expressões, como sorrisos ou sinais de preocupação (Lima, 2023).
2.1 Músculos da Região Frontal e Orbital
Frontal
 – Função: eleva as sobrancelhas e enruga a testa, criando expressões de surpresa ou 
atenção.
 – Localização: parte anterior da cabeça, cobrindo a região frontal do crânio.
Orbicular do Olho
 – Função: fecha as pálpebras, protege os olhos e é responsável pelo piscar.
 – Localização: circunda as pálpebras, com fibras ao redor dos olhos.
Corrugador do Supercílio
 – Função: franze as sobrancelhas, criando linhas verticais entre elas (expressão de 
preocupação ou concentração).
 – Localização: abaixo da pele da sobrancelha, entre as sobrancelhas e o osso nasal.
Prócero
 – Função: franze a pele do nariz e contribui para expressões de raiva ou desagrado.
 – Localização: na ponte do nariz, entre os olhos.
2.2 Músculos do Nariz
Nasal
 – Função: dilata ou comprime as narinas.
 – Localização: na parte superior e lateral do nariz.
Depressor do Septo Nasal
 – Função: abaixa a ponta do nariz.
 – Localização: na base do nariz, conectado ao lábio superior.
2.3 Músculos da Boca
Orbicular da Boca
 – Função: fecha os lábios, permite movimentos de sucção e ajuda a formar expressões 
como o beijo.
 – Localização: circunda a abertura da boca, na camada superficial.
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Bucinador
 – Função: comprime as bochechas contra os dentes, mantendo os alimentos no lugar 
durante a mastigação.
 – Localização: nas laterais da boca, entre os maxilares e os lábios.
Risório
 – Função: puxa os cantos da boca lateralmente, criando o sorriso.
 – Localização: estende-se horizontalmente dos cantos da boca para a bochecha.
Levantar do Lábio Superior
 – Função: eleva o lábio superior, contribuindo para expressões de surpresa ou desdém.
 – Localização: entre o lábio superior e a margem inferior da órbita ocular.
Depressor do Lábio Inferior
 – Função: abaixa o lábio inferior, expressando tristeza ou insatisfação.
 – Localização: abaixo do lábio inferior, ligado ao maxilar inferior.
Depressor do Ângulo da Boca
 – Função: abaixa os cantos da boca, gerando uma expressão de desagrado ou tristeza.
 – Localização: na lateral do queixo, conectando a mandíbula aos cantos da boca.Zigomático Maior
 – Função: eleva os cantos da boca, formando o sorriso.
 – Localização: estende-se do osso zigomático até os cantos da boca.
Zigomático Menor
 – Função: eleva o lábio superior, contribuindo para expressões de alegria ou zombaria.
 – Localização: entre o osso zigomático e o lábio superior.
2.4 Músculos da Região Cervical
Platisma
 – Função: tensiona a pele do pescoço e abaixa a mandíbula, auxiliando na expressão 
de medo ou tensão.
 – Localização: estende-se da parte inferior da mandíbula até a clavícula.
11
IMAGEM 3. VISTA ANTERIOR DOS MÚSCULOS DA EXPRESSÃO FACIAL
Fonte: MOORE, Keith L. et al. Anatomia orientada para clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018.
IMAGEM 4. MÍMICAS DE CADA GRUPAMENTO MUSCULAR 
Fonte: MOORE, Keith L. et al. Anatomia orientada para clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018.
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3. MÚSCULOS DA FONAÇÃO. 
A fala é uma das capacidades neuromotoras mais refinadas do ser humano, destacando-se 
como a forma de comunicação mais rápida e eficiente em comparação com outras modalidades, 
como a escrita ou os gestos. O processo de fala depende em grande parte do sequenciamento 
motor, ou seja, da perfeita sincronia dos músculos e seus movimentos ordenados. A produção 
da fala envolve não só os músculos da face, mas também outras estruturas como laringe, língua, 
dentes, que devem ser avaliadas cuidadosamente para identificar possíveis alterações funcionais 
ou estruturais que impactem a comunicação (Brito, 2009).
3.1 Músculos da língua
3.1.1 Extrínsecos da língua
Músculo Genioglosso
 – Função: projeta a língua para frente (protrusão); abaixa o centro da língua.
 – Localização: origina-se na mandíbula (espinha mentoniana) e se insere ao longo da 
língua.
Músculo Hioglosso
 – Função: abaixa e retrai a língua.
 – Localização: origina-se no osso hióide e se insere nas laterais da língua.
Músculo Estiloglosso
 – Função: eleva e retrai a língua, ajudando a formar o bolo alimentar.
 – Localização: origina-se no processo estiloide do osso temporal e se insere na língua.
Músculo Palatoglosso
 – Função: eleva a parte posterior da língua e estreita a abertura da orofaringe (importante 
na deglutição).
 – Localização: origina-se no palato mole e se insere na língua.
3.1.2 Músculos Intrínsecos da Língua 
Músculo Longitudinal Superior
 – Função: eleva e encurta a língua; auxilia na criação de uma concavidade na superfície.
 – Localização: estende-se ao longo da superfície superior da língua, do ápice à base.
Músculo Longitudinal Inferior
 – Função: abaixa a ponta da língua; encurta a língua.
 – Localização: ao longo da parte inferior da língua, próximo à sua base.
13
Músculo Transverso da Língua
 – Função: estreita e alonga a língua.
 – Localização: passa transversalmente pela língua, conectando as laterais.
Músculo Vertical da Língua
 – Função: achata e alarga a língua.
 – Localização: vai da superfície dorsal à superfície ventral da língua.
4. ESTRUTURAS PALPÁVEIS DE LARINGE 
4.1 Osso Hióide
 – Localização: na base da língua, acima da laringe.
 – Descrição: estrutura óssea em forma de “U” que não articula diretamente com outros 
ossos.
 – Função: serve como ponto de fixação para músculos da língua, laringe e faringe.
4.2 Cartilagem Tireóidea
 – Localização: abaixo do osso hioide.
 – Descrição: a maior cartilagem da laringe, formando a “maçã de Adão” em indivíduos 
adultos, especialmente em homens.
 – Função: protege as cordas vocais e a abertura da laringe.
4.3. Cartilagem Cricoide
 – Localização: logo abaixo da cartilagem tireoidea.
 – Descrição: cartilagem em forma de anel que circunda completamente a laringe.
 – Função: proporciona suporte estrutural à laringe e à traqueia.
4. 4. Membrana Cricotireoidea
 – Localização: entre a cartilagem tireoidea e a cricoide.
 – Descrição: uma membrana fina que conecta as duas cartilagens.
 – Função: facilita a mobilidade entre as cartilagens durante a fonação.
4.5. Traqueia
 – Localização: abaixo da cartilagem cricoide, estendendo-se até o tórax.
 – Descrição: um tubo formado por anéis cartilaginosos incompletos.
 – Função: conduz o ar para os pulmões.
14
4. 6. Proeminência Laríngea (Pomo de Adão)
 – Localização: parte mais saliente da cartilagem tireoidea, visível e palpável na parte 
anterior do pescoço.
 – Descrição: mais pronunciada em homens devido ao ângulo mais agudo da cartilagem 
tireoidea.
 – Função: referência anatômica para avaliar a laringe.
Quando se trata dos órgãos fonoarticulatórios, não podemos deixar de ressaltar a relevância 
que o aleitamento materno exclusivo tem no desenvolvimento dessas estruturas e funções. 
Ao realizar a pega no seio materno, o bebe está recrutando musculaturas que participarão 
futuramente no desenvolvimento de fala e da mastigação de maneira adequada. 
O leite materno não traz benefícios apenas nutricionais, mas também benefícios musculares, 
sociais e emocionais ao bebê. Tratando-se da motricidade orofacial, o aleitamento materno 
exclusivo beneficia o desempenho motor, o mesmo não ocorre quando utilizado a sucção não 
nutritiva (chupeta) e sucção nutritiva em bicos artificiais. Em estudo realizado, Macedo et al. 
(2015) realizou uma pesquisa em que foi comparado o funcionamento do músculo bucinador 
em bebês que realizam sucção em bicos artificiais e bebês que realizam aleitamento materno 
exclusivo, o resultado descreve que houve maior contração do músculo bucinador em bebês 
que realizam sucção em bicos artificiais, o aumento excessivo da força muscular desse músculo 
pode causar alterações na maxila alterando a oclusão dentária. 
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (2017), o uso prolongado da chupeta pode 
interferir significativamente no desenvolvimento da linguagem oral, impactando tanto a articulação 
dos sons quanto a produção da fala. Ao permanecer por longos períodos na boca da criança, a 
chupeta altera a configuração natural da cavidade oral, prejudicando habilidades essenciais para 
a comunicação, como o balbucio, a imitação de sons e a emissão de palavras. 
Essas alterações podem resultar em vocalizações distorcidas e dificultar a aquisição de 
padrões sonoros adequados. Estudos longitudinais reforçam que o uso contínuo de bicos artificiais 
exerce um efeito negativo no desenvolvimento das habilidades fonológicas, demonstrando 
a importância de uma boa orientação sobre o uso de bicos por nós fonoaudiólogos e futuros 
fonoaudiólogos. 
5. AVALIAÇÃO DO SISTEMA ESTOMATOGNÁTICO 
A fisiologia do sistema estomatognático é a base norteadora para a avaliação, pois o 
profissional deve se guiar pelo funcionamento e anatomia dos sistemas para comparar o 
funcionamento esperado e sobre a própria fisiologia básica de cada indivíduo.
 Para alcançar esse princípio tão relevante, cabe a você lembrar o quanto é fundamental o 
conhecimento científico, por tanto, essa disciplina é só o começo dos seus estudos na temática. 
Sugiro que você dê continuidade aos estudos, existem atualmente uma ampla quantidade de 
publicações de artigos científicos sobre infinitos temas relacionados à avaliação do sistema 
estomatognático. Vá além do material disponibilizado.
15
Através da avaliação será determinado os limites terapêuticos a serem respeitados, 
considerando aquilo que pode ou não ser modificado, considerando padrão de crescimento 
craniofacial, tipologia facial e qualidade neuromuscular de cada paciente, sabendo‐se que 
essa qualidade é estabelecida tanto pela carga genética inerente ao indivíduo, quanto pelas 
experiências sensoriais e motoras registradas ao longo da vida, como, por exemplo, os hábitos 
orais desse indivíduo, uso de bicos artificiais, introdução alimentar, experiências e hábitos 
alimentares, erupção dos dentes, tipo de respiração, uso de cigarro (Filho, 2013).
Deve ser observado em avaliação, forma da arcada dentária, conformação dos tecidos 
moles, lábios e língua, tamanho e forma dos dentes e oclusão dentária, funções neurovegetativas 
de mastigação, respiração e deglutição,os lábios devem ser avaliados quanto a forma, postura, 
simetria, mobilidade, coordenação e rapidez dos movimentos; quanto ao palato duro deve ser 
avaliado forma, altura e largura; já no palato mole devemos observar mobilidade.
Em relação à língua, devemos observar: postura em repouso, macroglossia, tamanho e 
mobilidade, frênulos, controle de movimento rápido, observar execução do movimento de língua 
durante a fala, durante a respiração, mastigação e deglutição. Mandíbula, deve ser observado 
desvio no movimento, simetria em relação à maxila, lesões e alterações ósseas. Nos músculos 
da expressão facial, devemos observar: sinesia dos movimentos, simetria entre os hemisférios 
esquerdo e direito, força dos movimentos, espasmos (Folha, 2010).
Faz parte da avaliação o registro fotográfico, em roteiro elaborado por Marchesan (1997), 
sugere-se fazer parte da avaliação dos órgãos fonoarticulatórios o registro em fotos, com 
finalidade de avaliação e comparação após intervenção. Para todas as estruturas citadas, a 
avaliação deve contemplar os aspectos morfológicos e funcionais. 
As funções neurovegetativas devem fazer parte também da avaliação, dessa forma 
podemos observar como as estruturas se comportam para a realização das funções que são 
tão importantes à vida. Na respiração devemos avaliar a passagem de ar pelas vias aéreas 
superiores, se existe ou não alguma obstrução da respiração nasal, se a respiração é nasal, oral 
ou mista, respiração nasal é a forma mais eficiente e saudável; alterações, como a respiração 
bucal, podem levar a desequilíbrios no desenvolvimento craniofacial e nas funções orais.
A sucção é um movimento utilizado para a alimentação, especialmente nos primeiros meses 
de vida (aleitamento materno ou mamadeira), devemos avaliar se o indivíduo consegue ou não 
realizar esta ação, nível de força e estruturas utilizadas para essa função, a sucção não nutritiva 
(como chupeta ou dedo) pode interferir no desenvolvimento adequado das estruturas orofaciais, 
caso persista por muito tempo.
Quanto à mastigação, o processo de trituração e processamento do alimento pelos dentes, 
com a participação da língua, bochechas e músculos mastigatórios. É essencial preparar o 
alimento para a deglutição; as disfunções podem afetar o desenvolvimento orofacial e a nutrição. 
E a consequência da mastigação é a deglutição, onde ocorre o transporte do alimento ou da saliva 
da boca para o esôfago, envolvendo coordenação entre músculos orais, faríngeos e esofágicos. 
Alterações como a deglutição atípica podem gerar impactos orofaciais.
16
A deglutição pode ser classificada em variação de sua forma de deglutir , podemos detectar 
a deglutição típica, atípica e adaptada. A deglutição normal ocorre de maneira automática, 
promovendo a movimentação do bolo alimentar, a principal característica é que esse transporte 
ocorre de maneira que não envolva escape de alimento para as vias aéreas. Após disparada 
a deglutição, ela pode durar de 3 a 8 segundos, sendo que a fase oral dura 1 segundo, a 
musculatura de respiração e gastrointestinal se relacionam para a descida do alimento.
Enquanto que na deglutição atípica ocorre a coordenação inadequada das estruturas e 
músculos que participam da deglutição, na deglutição atípica a alteração na função deve ser 
tratada pelo fonoaudiólogo, para que seja restabelecida a função. Essas alterações geralmente 
decorrem de inadequações na postura da cabeça ou de comprometimentos no tônus, na 
mobilidade ou na propriocepção dos órgãos responsáveis pela fonoarticulação, como língua, 
lábios, bochechas e palato mole.
A terceira classificação, quanto à função da deglutição, é a deglutição adaptada, onde, 
por algum motivo físico a atipicidade da deglutição ocasiona em uma adaptação da deglutição, 
as estruturas que estão envolvidas nesse processo passam por uma compensação em sua 
atividade para que possa então desempenhar a função, como, por exemplo, na respiração oral e 
má oclusões (Marchesan, 2005).
17
RECURSOS UTILIZADOS
Nessa atividade o(a) aluno(a) precisará dos materiais disponíveis online de embasamen-
to para realização da atividade prática, os alunos se organizarão em dupla para realizar as 
avaliações uns nos outros. Precisarão dos materiais impressos previamente para registro das 
atividades.
Durante a realização da avaliação das funções neurovegetativas, cada aluno(a) deve pro-
videnciar uma maçã para realização da testagem.
Materiais de consumo: 
Descrição Observação 
Protocolo AMIOFE impresso. Material a ser fornecido pelo Aluno
Maçã Material a ser fornecido pelo Aluno
A folha impressa com a identificação dos 
músculos.
Material a ser fornecido pelo Aluno
Lápis de olho branco e espelho pequeno. Material a ser fornecido pelo Aluno
Luvas descartáveis Material a ser fornecido pelo Megapolo
Espátula de madeira Material a ser fornecido pela Megapolo
Atividades impressas Material a ser fornecido pelo Aluno
Lanterna Material a ser fornecido pela Megapolo
ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA
A atividade será realizada dentro do laboratório do Mega Polo, será necessária a utilização 
de jaleco branco, sapatos fechados. Este ambiente é preparado para a realização de práticas em 
todas as áreas, por tanto necessita de cuidados especiais para a permanência neste ambiente. 
Em ambiente de atendimento fonoaudiológico, a sala de atendimento deve oferecer 
segurança para seu cliente/paciente para que uma pessoa com limitações físicas, crianças e 
idosos possam ser atendidos neste ambiente.
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O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA
Nessa prática, o aluno realizará três ações importantes para avaliação do sistema 
estomatognático.
A primeira ação é: avaliação de anatomia palpatória: esta atividade será realizada em duas 
etapas, a primeira consiste em identificar no desenho os músculos , onde os(as) alunos(as) 
individualmente realizarão pintura e identificação dos músculos em suas respectivas ordens, 
localizarão os 10: frontal, prócero, orbicular dos olhos, levantador da asa do nariz, mentual, 
orbicular da boca, zigomático menor e maior, nasal, levantador do lábio superior. 
 Após a pintura, o(a) aluno(a) em frente ao espelho realizará a identificação dos músculos, 
orbicular da boca, masseter, esternocleidomastoideo e com ajuda de um lápis branco, demarcará 
em si próprio os músculos citados. O(a) aluno(a) deverá identificar a localização do músculo, 
nível de tensão (flácido, normal ou rígido) e movimentação dos músculos e das estruturas, para 
isso o(a) aluno(a) avaliador(a) solicitará a realização das seguintes ações enquanto com as 
mãos realiza a palpação das estruturas:
 – Orbicular da boca: solicitar que o paciente faça bico.
 – Masseter: solicitar ao examinado que realize uma mordida apertada.
 – Esternocleidomastoideo: o examinador deverá pedir que o paciente gire a cabeça 
para o lado direito para localizar o músculo direito e respectivamente para o lado esquerdo.
Atividade Prática
https://youtu.be/g-Ue_TuVoks?si=W1ASm1Rx4Ng498bM
https://youtu.be/g-Ue_TuVoks?si=W1ASm1Rx4Ng498bM
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IMAGEM 5. ATIVIDADE IDENTIFICAÇÃO DOS MÚSCULOS 
Fonte: A autora (2024).
O(a) aluno(a) deverá tirar fotos enquanto realiza as ações para registro, e anexar foto da 
ação sendo realizada em si, bem como do registro do desenho colorido. 
A segunda ação será em dupla, onde os alunos(as) devem se revezar entre si entre avaliador 
e paciente, e irão preencher: avaliação básica do Sistema Estomatognático. Através do protocolo 
adaptado AMIOFE. Para essa atividade, o(a) aluno(a) deverá oferecer ao paciente uma maçã, 
para que o(a) aluno(a) possa avaliar os requisitos que estão na avaliação, preenchendo em sua 
folha a observação de cada item, com a ajuda da lanterna, também visualizando as estruturas 
intra orais.
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IMAGEM 6. AMIOFE ADAPTADO
Fonte: A autora (2024).
Mordida: anotar se o paciente realizou a mordida do alimento com os incisivos centrais, 
pré-molares e caninos, molares ou se não consegue morder.
Mastigação:anotar se o paciente realiza mastigação bilateral alternada ou simultânea, 
unilateral, preferencialmente grau 1 ou 2 , crônica, analisando a porcentagem de tempo. Analisar 
qual o lado de preferência ou se não tritura o alimento.
Deglutição, comportamento de língua: durante a deglutição, observe a posição da língua 
em relação à cavidade oral, dentes e lábios. Classifique o comportamento da língua com base 
nos critérios a seguir:
 – Pontuação 4 (Normal): a língua permanece contida dentro da cavidade oral durante a 
deglutição. Pontuação 3 (Leve): a língua é levemente interposta aos dentes ou rodetes, 
mas dentro do esperado para a faixa etária. Pontuação 2 (Moderada): a língua mantém 
contato constante com os lábios superior e inferior. Pontuação 1 (Severa): a língua 
ultrapassa excessivamente os coxins gengivais/dentes.
Verifique a simetria e coordenação dos movimentos da língua. Avalie se há dificuldade 
em conter o bolo alimentar dentro da boca ou se a língua apresenta padrões anormais de 
movimentação. Compare o desempenho observado com o esperado para a idade do paciente.
21
Anote a pontuação correspondente ao comportamento da língua durante a deglutição. 
Registre observações complementares, como dificuldade em manipular o bolo alimentar ou 
sinais de desconforto.
Deglutição, comportamento de lábios: observe os lábios durante o ato de deglutição para 
avaliar seu comportamento. Registre a pontuação de acordo com as seguintes características:
 – Pontuação 4 (Normal): os lábios vedam completamente a cavidade oral sem esforço 
aparente. Pontuação 3: os lábios vedam a cavidade oral, mas com contração inadequada 
ou esforço acentuado. Pontuação 2: os lábios apresentam contração reduzida, dificultando 
o vedamento adequado da cavidade oral. Pontuação 1: os lábios não conseguem vedar 
a cavidade oral, comprometendo a função de contenção.
Note se o paciente apresenta sinais de esforço exagerado, como movimentos labiais 
amplos, tremores, ou protrusão excessiva. Verifique se ocorre escape de alimento ou líquido 
pela região anterior (boca aberta ou vedamento insuficiente). Em crianças pequenas (até 1 ano), 
o vedamento labial pode ser menos eficiente devido ao desenvolvimento muscular em curso; 
considere essa variação ao pontuar.
Com a finalidade de avaliar mobilidade de língua e bochechas, o(a) aluno(a) avaliador irá 
solicitar os seguintes exercícios e observar o grau de força em cada ação e quais os músculos e 
estruturas que estão sendo recrutados:
 – Exercício isométrico de bochecha e língua: 
01. Exercício de pressão interna contra o dedo;
02. Pressão de língua contra a espátula.
 – Exercício isotônico de língua:
01. Círculos com a língua nos lábios;
02. Tocar os cantos dos lábios. 
A terceira ação a ser realizada nessa prática é: avaliação de funções neurovegetativas, 
onde você, caro aluno(a), avaliará a função fonatória, deglutição, respiração e sucção. 
Neste momento, em dupla, onde um aluno será o avaliador e outro o paciente, utilizarão 
o roteiro pré-estabelecido para avaliar cada função. Este é um roteiro de avaliação através de 
observação direta, com ajuda do roteiro e de todas as etapas dessa prática te auxiliaram a 
compreender todas as etapas de avaliação do Sistema estomatognático. 
Você deverá seguir o roteiro de avaliação, solicitando ao seu paciente que execute todas as 
etapas da avaliação, após solicitar a execução, faça o registro por escrito das observações feitas 
na sua folha nomeada Roteiro de Avaliação de Funções Neurovegetativas.
Roteiro de Avaliação de Funções Neurovegetativas 
1. Avaliação da Respiração 
Posição Sentada: 
 – Observação do tipo respiratório (nasal, oral ou misto). 
 – Modo respiratório (abdominal, torácico ou misto). 
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 – Padrão respiratório (regular ou irregular, frequência respiratória por minuto). 
 – Presença de ruídos durante a respiração. 
Posição em Pé: 
 – Repetir as observações acima (tipo, modo, padrão respiratório). 
 – Verificar alterações posturais que influenciam na respiração. 
2. Avaliação da Sucção 
Teste Prático: oferecer um canudo com água. 
 – Parâmetros Avaliados: se realiza a sucção. Vedamento labial durante a sucção. 
Eficiência da sucção (força e controle). 
3. Capacidade de Assoprar 
Teste Prático: pedir ao paciente que sopre um pedaço de papel leve (verificar intensidade e 
controle do sopro, observar se é capaz de direcionar o ar). 
Parâmetros Avaliados: 
 – Capacidade de sopro (se presente ou ausente). 
 – Vedamento labial. 
 – Controle e sustentação do fluxo de ar. 
4. Função de Fala 
Teste Prático: solicitar a leitura do parágrafo. “Eu gosto de brincar ao ar livre, especialmente 
em dias ensolarados. Correr, pular e jogar bola são minhas atividades favoritas, pois me fazem 
sentir feliz e cheio de energia. Depois de brincar, gosto de descansar e tomar um suco refrescante 
com minha família.” 
 – Parâmetros Avaliados: presença de omissões, distorções ou substituições de fonemas. 
 – Parâmetros avaliados: velocidade e ritmo de fala, avaliar se a fala é lenta, rápida ou 
apresenta alterações no ritmo. 
 – Parâmetros avaliados: prosódia e entonação, verificar pausas inadequadas, repetições 
ou alterações na entonação. 
5. Avaliação dos Tempos Máximos Fonatórios (TMF) 
 – Vogal “A” Sustentada: 
 – Solicitar que o paciente sustente a vogal “A” em uma única expiração. Medir o tempo 
(em segundos) com cronômetro. Comparar com valores esperados para a idade e sexo. 
 – Relação S/Z 
Solicitar que o paciente sustente o som /s/ e, em seguida, o som /z/ (ambos na mesma 
intensidade). Medir o tempo de cada um e calcular a relação, tempo de S dividido por tempo de Z. 
Interpretação: 
Relação próxima de 1,0 indica funcionamento adequado das pregas vocais. 
Valores maiores indicam possível dificuldade no fechamento glótico.
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RELATÓRIO
Caro(a) aluno(a),
Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples. Neste caso, estruture seu do-
cumento conforme apresentado a seguir. Para isso, faça o download do template, disponibilizado 
junto a este roteiro, e siga as instruções a seguir.
MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES
 Acesse o site:
Acesse o site da Sociedade Brasileira de Motricidade Orofacial e acompanhe pesquisas, 
matérias e artigos relevantes ao tema.
Link: https://abramofono.com.br/
Assista ao vídeo: 
Assista um vídeo ilustrativo sobre a Respiração Oral, vídeo explicativo falando sobre a 
respiração oral.
Link: https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=MagOGKuX1gg
BRITO, Vivian Garro. Estudo de relação entre a atividade eletromiográfica de músculos da 
face e o movimento facial durante a fala. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de 
Minas Gerais - UFMG, 2009.
FILHO, Otacílio Lopes. Novo tratado de fonoaudiologia. Barueri, SP: Manole, 2013.
FOLHA, Gislaine Aparecida. Ampliação das escalas numéricas do Protocolo de Avaliação 
Miofuncional Orofacial (AMIOFE), validação e confiabilidade. Tese de Doutorado. Universi-
dade de São Paulo - USP, 2010.
LIMA, Tatiana Araujo; BRAZ, Ruth Maria Mariani. Anatomia de cabeça e pescoço: ossos e 
músculos. Rio de Janeiro: [s.n.], 2023. Disponível em: http://educapes.capes.gov.br/handle/
capes/737230. Acesso em: 09 dez. 2024.
MARCHESAN, Irene Queiroz. Avaliando e tratando o sistema estomatognático. Tratado de 
Fonoaudiologia. São Paulo: Roca, p. 763-80, 1997.
https://abramofono.com.br/
24
MARCHESAN, Irene Queiroz. Deglutição: diagnóstico e possibilidades terapêuticas. Marchesan 
IQ. Fundamentos em fonoaudiologia: aspectos clínicos da motricidade orofacial. 2ª ed. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, p. 59-68, 2005.
MARTINI, F. H. et al. Anatomia e fisiologia humana: uma abordagem visual. São Paulo: Pear-
son, 2014. E-book. Disponível em: https://plataforma.bvirtual.com.br. Acesso em: 03 dez. 2024.
MOORE, Keith L. et al. Anatomia orientada para clínica. 8. ed. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 
2018.
NUNES, E. de L.; MENZEN, L.; CARDOSO, M. C. de A. F. Assessment protocols in orofa-
cial motricity: a systematicreview. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 14, 
p. e25111435896, 2022. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/35896. 
Acesso em: 1 dez. 2024.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Uso de chupeta em crianças amamentadas: 
prós e contras. Departamento Científico de Aleitamento Materno. Presidente: Elsa Regina Justo 
Giugliani; Secretária: Graciete Oliveira Vieira; Conselho Científico: Carmen Lúcia Leal Ferreira 
Elias et al. Guia Prático de Atualização n.º 3, agosto de 2017. Disponível em: https://sbp.com.br. 
Acesso em: 10 dez. 2024.

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