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AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE SILVÂNIA/GO. 
 
 
Processo nº.: 5739163-82.2023.8.09.0144 
 
 
MEIRE CRISTINA FERREIRA, brasileira, solteira, 
farmacêutica, devidamente inscrita no CPF sob o nº 793.030.991-68 e portadora 
do RG nº 3172818 DGPC/GO, residente e domiciliada na Avenida Armando de 
Godoy, quadra 01, apartamento 1.001, Ed-02, Portal dos Buritis, Setor Negrão 
de Lima, CEP: 74.650-010 – Goiânia/GO, endereço eletrônico 
mc.fv34@hotmail.com, contato telefônico: (62) 99694-3695, por intermédio de 
seu advogado infra-assinado, vem, mui respeitosamente à presença de Vossa 
Excelência, com fulcro no artigo 335 , do Código de Processo Civil, apresentar 
 
CONTESTAÇÃO 
 
Nos autos da AÇÃO DE INADIMPLEMENTO 
CONTRATUAL CUMULADO COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS 
E MORAIS E TUTELA DE URGÊNCIA, que lhes move JULIANA DE ARAUJO 
MORAIS E OSVALDO JOSÉ DOS SANTOS OLIVEIRA, pelas razões de fato e 
de direito que passa a expor. 
 
 
I. DA JUSTIÇA GRATUITA 
Inicialmente, requer a Vossa Excelência a concessão dos 
benefícios da justiça gratuita, uma vez que a contestante não possui condições 
de arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios 
sem prejuízo do sustento próprio e de sua família. 
Para tal benefício a contestante junta declaração de 
hipossuficiência, comprovante de renda, extratos bancários e declaração de 
imposto de renda, os quais demonstram a inviabilidade de pagamento das ustas 
judiciais sem comprometer sua subsistência, conforme a redação do art. 99 do 
CPC. 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser 
formulado na petição inicial, na contestação, na petição para 
ingresso de terceiro no processo ou em recurso. 
§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da parte na 
instância, o pedido poderá ser formulado por petição simples, 
nos autos do próprio processo, e não suspenderá seu curso. 
§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos 
autos elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais 
para a concessão de gratuidade, devendo, antes de indeferir o 
pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento 
dos referidos pressupostos. 
§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência 
deduzida exclusivamente por pessoa natural. 
 
Cabe destacada que a lei não exige atestada 
miserabilidade de quem pleiteia a gratuidade de justiça, sendo suficiente a 
“insuficiência de recursos para pagar as custas, despesas processuais e 
honorários advocatícios”, conforme destaca a doutrina: 
 
“(...) Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, 
nem tampouco se fala em renda familiar ou faturamento 
máximos. É possível que uma pessoa natural, mesmo com boa 
renda mensal, seja merecedora do benefício, e que também seja 
aquele sujeito que é proprietário de bens imóveis, mas não 
dispõe de liquidez. A gratuidade judiciária é um dos 
mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não se 
pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha 
que comprometer significativamente sua renda, ou tenha 
que se desfazer de seus bens, liquidando-os para angariar 
recursos e custear o processo. (DIDIER JR. Fredie. 
OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça Gratuita. 
6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60).(...)”. 
 
Vejamos também entendimento o entendimento do Tribunal de 
Justiça de Goiás: 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE RESCISÃO 
CONTRATUAL C/C RESTITUIÇÃO DE VALORES PAGOS. 
REQUERIMENTO DE GRATUIDADE DA JUSTIÇA. 
INDEFERIMENTO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. ANÁLISE 
RESTRITA DA DECISÃO RECORRIDA. RECURSO 
SECUNDUM EVENTUM LITIS. A matéria a ser examinada no 
agravo de instrumento, por se tratar de um recurso de âmbito 
absolutamente restrito, secundum eventum litis, circunscreve-se 
tão somente na análise da decisão fustigada, estando a atenção 
voltada, unicamente, para a presença ou não de acertos ou 
desacertos que a possam nulificar. 2. GRATUIDADE DA 
JUSTIÇA. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ARTIGO 98. 
SÚMULA 25 DESTA CORTE. PESSOA NATURAL. 
COMPROVAÇÃO. DEFERIMENTO. Conforme previsão do art. 
98 do CPC e da Súmula 25 desta Corte, a pessoa natural ou 
jurídica que comprovar a sua impossibilidade de arcar com 
os encargos processuais, faz jus ao benefício da gratuidade 
 
da justiça, não se exigindo prova de miserabilidade, sendo 
suficiente a demonstração de que o comprometimento 
econômico do postulante não lhe permita demandar em 
juízo sem colocar em risco a subsistência própria ou 
familiar, para que a benesse lhe possa ser deferida na 
integralidade. AGRAVO CONHECIDO E PROVIDO. DECISÃO 
REFORMADA. 
(TJ-GO - AI: 00991328420218090000 GOIÂNIA, Relator: 
Des(a). JOSÉ CARLOS DE OLIVEIRA, Data de Julgamento: 
03/05/2021, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ de 
03/05/2021). 
 
Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, inciso LXXIV da 
Constituição Federal e artigo 98 do Código de Processo Civil, requer seja 
deferida a gratuidade de justiça ao requerente. 
 
II. SÍNTESE DA INICIAL 
Os requerentes informam que realizaram contrato de 
compra e venda de um estabelecimento empresarial em 18.10.2022, adquirindo 
o estabelecimento pelo valor de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais), sendo 
realizado o pagamento da seguinte forma: R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) à 
vista, representado pelo cheque nº 850261, banco do Brasil e R$ 50.000,00 
(cinquenta mil reais) em 10 (dez) parcelas mensais em 5 (cinco) cheques no 
valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), tendo sendo o primeiro pagamento para 
o dia 25.01.2023 e o último 25.10.2023 
Alegam ainda que no dia 23.06.2023, foram surpreendidos 
com uma notificação extrajudicial do Banco Sicredi, no valor de R$ 88.827,50 
(oitenta e oito mil, oitocentos e vinte e sete reais e cinquenta centavos), 
proveniente de um cheque especial, contratado pelo CNPJ da empresa, de modo 
 
que se não fosse efetuado o pagamento do referido valor, o CNPJ seria incluído 
no cadastro de proteção de crédito e cobranças judiciais. 
Esclarecem que em face do não pagamento por parte dos 
requeridos, o CNPJ da empresa foi negativado, de modo que os requeridos 
efetuaram o pagamento da dívida no valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), 
valor este negociado diretamente com o banco. Destarte, como ainda faltava 04 
(quatro) no valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) para serem compensados, os 
mesmos foram sustados pelos autores, quais sejam: cheque nº 850268, com 
vencimento para 25.07.2023; cheque nº 850269 com vencimento para o dia 
25.08.2023; cheque nº 850270, com vencimento para o dia 25.09.2023 e cheque 
nº 850271, com vencimento para o dia 25.10.2023. 
Por fim, relatam que em 26.10.2023 receberam uma 
notificação de protesto do cheque de nº 820268, pelo credor Hugo Pascoal da 
Silva, que foi sustado em razão do desacordo comercial. 
 
III. DO DIREITO 
Conforme já exposto anteriormente, a contestante 
juntamente com o segundo réu, realizaram a venda no estabelecimento 
empresarial para a autora no dia 18.10.2022, ocasião em que os réus ainda eram 
casados. Porém em 25.10.2022, em comum acordo, os réus resolveram se 
divorciar. Assim, no ato da separação, ficou pactuado através de acordo, que o 
sr. Wesley Veríssimo Milagre, assumiria a dívida referente ao cheque especial 
do Banco Sicredi. 
 
Diante do exposto, a contestante requer sua exclusão do 
polo passivo da presente demanda, visto que, de conforme o acordo juntado 
aos autos, o sr. Wesley Veríssimo Milagre é o responsável pela dívida. 
 
a) DO DANO MATERIAL E DA MULTA CONTRATUAL 
Conforme consta na inicial, os autores alegam que tiveram 
o prejuízo do montante de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) decorrente do 
acordo que realizaram com o banco Sicredi, para que o CNPJ da sua empresa 
não fosse inscrito no Cadastro De Proteção Ao Crédito e Cobranças Judiciais. 
Alegam ainda que como havia 04 (quatro) cheques no valor de 5.000,00 (cinco 
mil reais) para seremcompensados, os mesmos sustaram diante do desacordo 
comercial, requerendo assim, o ressarcimento de R$ 40.000,00 (quarenta mil 
reais) com juros e atualização monetária desde o pagamento, a título de danos 
materiais. 
Alegam também que, de acordo com a cláusula décima do 
Contrato de Compra e Venda, as partes pactuaram multa de 20% (vinte por 
cento) do valor do contrato para a parte que descumprisse o contrato. Desse 
modo, requer a incidência da multa contratual no valor de R$ 32.000,00 (trinta e 
dois mil reais), com incidência de atualização monetária. 
Ocorre que, de acordo com entendimento consolidado 
pelos Tribunais, a cláusula compromissória contratual e a indenização por danos 
materiais, não são cumuláveis, vejamos: 
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE RESCISÃO DE 
CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL C/C 
INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. CULPA 
EXCLUSIVA DA INCORPORADORA PELA RESCISÃO 
CONTRATUAL. ATRASO NA ENTREGA DO IMÓVEL. 
 
GASTOS COM ALUGUÉIS. IMPOSSIBILIDADE DE 
CUMULAÇÃO COM CLÁUSULA PENAL. NATUREZA 
COMPENSATÓRIA OU MORATÓRIA. IRRELEVÂNCIA. TEMA 
970, STJ. I ? Havendo cláusula penal no sentido de prefixar em 
patamar razoável a indenização, não cabe posterior 
cumulação com lucros cessantes (Tema 970). II - 
Independentemente do caráter da cláusula penal, se 
moratória ou compensatória, seguindo a jurisprudência da 
Corte Superior, esse Egrégio Tribunal de Justiça vem 
decidindo pela impossibilidade de cumulação da cláusula 
penal, independentemente de sua natureza, sob pena de bis 
in idem. APELAÇÃO CÍVEL CONHECIDA E DESPROVIDA. 
(TJ-GO 0438867-09.2015.8.09.0175, Relator: SÉRGIO 
MENDONÇA DE ARAÚJO - (DESEMBARGADOR), 1ª Câmara 
Cível, Data de Publicação: 17/09/2021). 
 
Desse modo, conforme exposto acima, é indevida 
pretensão de recebimento de indenização por danos materiais diante da 
impossibilidade de cumulação com a cláusula que prevê a multa contratual 
(conhecida como cláusula penal compensatória), porquanto esta destina-se a 
ressarcir os danos materiais. 
 
b) DOS DANOS MORAIS 
Ao pleitear a condenação dos requeridos ao pagamento de 
R$ 10.000,00 (dez mil reais) em caráter de indenização por danos morais, os 
autores não demonstraram elementos que comprovem o dano sofrido. 
No caso em tela, inexiste qualquer prova dos elementos 
que teriam causado o abalo moral à parte autora, pois, o dano moral não se 
confunde com meras insatisfações e frustrações. Respeitadas as premissas 
fáticas delineadas, convém ressaltar o entendimento jurisprudencial pacificado 
 
pelo STJ, consoante a qual se estabelece que o mero inadimplemento contratual 
não acarreta danos morais, vejamos: 
APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS 
MATERIAIS, MORAIS E CANCELAMENTO DE FILIAÇÃO. 
DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. INADIMPLEMENTO. 
DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. DANO MATERIAL. 
ABATIMENTO DO VALOR PAGO POR OCASIÃO DO 
ACORDO. 1. Consoante o entendimento jurisprudencial do STJ, 
a circunstância do descumprimento contratual, por si só, não 
rende ensejo à reparação extrapatrimonial. No campo 
específico dos contratos, doutrina e jurisprudência têm se 
pautado, congruentemente, no entendimento de que o mero 
descumprimento contratual não tem o condão de ensejar 
responsabilização por danos morais, valorando a situação 
como mero inconveniente a que todos estão sujeitos, seja 
pessoa física ou jurídica. Ocorrendo o descumprimento de 
obrigação contratual pelo contratado, pode a parte contratante 
requerer a rescisão do contrato e a devolução do valor adiantado 
em caso de inexecução. O mero descumprimento contratual não 
autoriza, por si só, indenização por dano moral. 2. Há de ser 
abatido, do valor da condenação, o valor já adiantado pela parte 
devedora, em razão de acordo celebrado entre as partes. 
APELO PROVIDO. 
(TJ-GO - APL: 00653965320178090081, Relator: SEBASTIÃO 
LUIZ FLEURY, Data de Julgamento: 29/05/2019, 4ª Câmara 
Cível, Data de Publicação: DJ de 29/05/2019). 
Diante de todo o exposto, fica evidente as razões pelas 
quais o pedido de condenação dos requeridos a título de dano moral não deve 
prosperar, devendo ser julgado totalmente improcedente. 
 
IV. DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS 
 
Ante o exposto, requer a exclusão da ré Meire Cristina 
Ferreira do polo passivo da demanda, visto que o sr. Wesley Veríssimo Milagre 
assumiu a responsabilidade da dívida. Caso não seja este o entendimento de 
Vossa Excelência, requer: 
a) Seja recebida a presente Contestação; 
 
b) Seja deferido o pedido de gratuidade de justiça; 
 
c) O indeferimento do pedido de dano material no valor de R$ 40.000,00 
(quarenta mil reais); 
 
d) O indeferimento do pedido de danos morais no valor de R$ 10.000,00 (dez 
mil reais); 
 
e) Seja a parte autora condenada ao pagamento dos honorários de 
sucumbência ao patrono da contestante; 
 
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em direito 
admitidos. 
 
Termos em que, 
Pede deferimento. 
Goiânia/GO, data do protocolo eletrônico. 
 
LUIZ ANTÔNIO DE SIQUEIRA 
OAB/GO 27.199

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