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Entrega da Avaliação - Fórum de Discussão [AVA 1]
Língua, Linguagem, Tipologias e Gêneros textuais na elaboração do texto acadêmico
“Nesse sentido, é importante pontuar que expressa, além do pensamento, a cultura de um período, uma época, sendo fruto do imbricamento tempo e espaço, deixando claras as intencionalidades, ou seja, não há pureza na escrita do texto, sempre terá um objetivo a ser alcançado, uma ideia a ser expressa na ambivalência da ética, moral que representa algum grupo social” (RIBEIRO, 2022).
Analise a citação acima de Ribeiro (2022) e vamos dialogar sobre como ela retrata a natureza da elaboração/produção do texto acadêmico.
Ao realizar a atividade, atente para os seguintes critérios:
1) Apresente seu argumento (em até 15 linhas) de acordo aos conceitos trabalhados na Unidade 01 e 02.
2) Cite todas as referências utilizadas.
3) Realize comentários (Em dias alternados) nas respostas dos colegas, preconizando o respeito e a difusão do conhecimento sobre o tema.
4) Estabeleça relações entre a questão problematizadora e os conceitos trabalhados nas unidades.
Referências:
BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Leitura e produção textual. Porto Alegre: Penso Editora, 2019 (Disponível na biblioteca virtual)
Atenção
- Verifique os critérios deste fórum e leia o documento ‘’Critérios do Fórum Avaliativo” disponível na abertura da disciplina.
- As postagens devem ser autorais, podendo utilizar citações de acordo com a norma da ABNT.
- Em caso de plágio o comentário não será considerado para nota.
- Respostas como concordo/discordo sem embasamento não serão consideradas para nota.
- No caso de postagens agressivas ou desrespeitosas com os demais participantes, o aluno será advertido e a postagem apagada.
RESPOSTAS
1. Na perspectiva de Ribeiro, a produção do texto acadêmico possui uma influência direta com a cultura e a época que as ideias foram apresentadas, já que retratam um pensamento científico baseado no que se discute a opinião do pesquisador e dos demais autores consultados.
A influência na produção do texto acadêmico
Quando o pesquisador decide descrever um assunto, ele precisa consultar informações de outros autores, e acaba efetuando a análise das hipóteses influenciadas pelas suas ideias e dos demais pesquisadores.
Assim, o texto acadêmico possui uma influência direta com o grupo social que pertence, pois deixa suas impressões no texto e busca informações de outros autores que também influenciaram a sua abordagem.
2. A citação de Ribeiro (2022) destaca que a escrita acadêmica expressa não apenas o pensamento, mas também a cultura de um determinado período. Ela é influenciada pelo contexto histórico e geográfico, refletindo as intenções do autor e nunca sendo puramente objetiva. A escrita acadêmica sempre tem um objetivo a ser alcançado e uma ideia a ser expressa, muitas vezes envolvendo a ambivalência da ética e moral que representam um grupo social.
Em relação à questão problematizadora, a citação de Ribeiro (2022) ressalta a importância de considerar a natureza da elaboração e produção do texto acadêmico. Isso implica em compreender que a escrita acadêmica não é apenas uma transmissão neutra de informações, mas sim um processo influenciado por fatores culturais, históricos e sociais.
Além disso, a citação também estabelece uma relação com os conceitos de coesão e coerência. A coesão refere-se à conexão entre as partes do texto, por meio do uso adequado de elementos linguísticos, como pronomes, conectivos e repetição de palavras-chave. Já a coerência diz respeito à lógica e consistência do texto como um todo, garantindo que as ideias sejam apresentadas de forma clara e organizada.
Dessa forma, a citação de Ribeiro (2022) nos lembra que a escrita acadêmica é influenciada pelo contexto cultural e social, e que a coesão e coerência são elementos essenciais para a construção de um texto acadêmico eficaz.
Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade (Unidade 1)
Introdução
Nossa formação leitora perpassa a união das palavras e seu vínculo com o mundo/realidade, compreendendo as complexidades das relações sociais que estão para além das técnicas que norteiam a gramática normativa (sendo este o segundo movimento para uma escrita legível e acessível), mas pautada em criatividade e identificação/reconhecimento, que permite a construção do senso crítico.
Para pensar nas articulações entre saberes, conhecimentos e experiências do leitor diante do texto, é preciso pensar em estratégias que impliquem objetivos que busquem o entendimento da junção entre Língua, Linguagem e a Sociedade; tipologias e gêneros textuais, materialização do texto acadêmico e produção de sentidos no texto como ato constante de conexões com as dinâmicas que movem a interpretação dos fenômenos sociais, objeto de estudo desta unidade. 
Objetivo
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
· Desenvolver a leitura crítica e a percepção de interpretação enquanto gesto de atribuição de sentido.
Conteúdo Programático
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: 
Tema 1 - Língua, linguagem e sociedade
Tema 2 - Tipologia e gêneros textuais
Tema 3 - O texto acadêmico e a produção de sentidos no texto
Ao observar esta imagem, o que podemos notar? Percebam as diferentes possibilidades, as etapas e camadas de cada desenho; suas cores, seus tons. Ao olhar para um objeto, percebemos as diversas figuras, personagens, linhas, contornos que são semelhantes ao pensar, interpretar e agir do homem sobre a matéria-prima, na articulação direta entre modelos e conteúdo. O mesmo acontece com a leitura, uma livre associação de ações do pensamento sobre as situações-problema que acabam exigindo de nós maior interpretação e elaboração. Vamos entender suas principais características e estruturas? 
Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade
Tema 1: Língua, linguagem e sociedade
Qual a relação entre Língua, Linguagem e Sociedade? 
A relação entre língua, linguagem e suas representações na sociedade não estão limitadas apenas a aplicação da norma culta, mas engloba também o que acontece conosco, o que produzimos, ou seja, nossas marcas. 
Tudo isso acaba aparecendo mais nitidamente nas interações humanas, nos lugares que usam a escrita como narrativas no compartilhamento de conhecimentos. 
Nesse sentido, a Língua pode ser compreendida como um “[...] produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos” (SAUSSURE, 2012, p. 41), ou seja, agrupamento de palavras regido por uma norma e/ou um sistema organizado que proporcione combinações específicas que gerem comunicação. 
A língua se estabelece nessas práticas em que a disseminação de um pensamento/ideia/ato comunicacional expressa e permite a compreensão de um determinado grupo, estabelecendo o perfil social e cultural, na troca de símbolos característicos de um determinado local, região ou país, pois 
“[...] não é constituída por um sistema abstrato de formas linguísticas nem pela enunciação monológica isolada, nem pelo ato fisiológico de sua produção, mas pelo fenômeno social da interação verbal, realizada através da enunciação ou das enunciações. A interação verbal constitui assim a realidade fundamental da língua.” (BAKHTIN, 2002, p. 123) 
Nesse sentido, a língua como princípio de interação comunicacional se estabelece no diálogo, ou seja, na interação entre os indivíduos, a qual resulta em fragmentos das experiências vividas, (re)elaboradas e interpretadas que fazem parte dos contextos que pertencem as relações sociais pois “[...] a língua vive e evolui historicamente na comunicação verbal concreta, não no sistema abstrato das formas na língua nem no psiquismo individual dos falantes” (BAKHTIN, 2002, p.124). 
Já em relação a Linguagem, esta reúne vários signos que não se limitam à expressão da fala, mas abrange também a língua e também outros sinais, sons, cores, gestos, movimentos,
expressões faciais e imagens que permitem a transmissão de pensamentos, pois a linguagem se apresenta: 
“[...] como forma de ação entre homens, adentra-se nos campos da persuasão e do convencimento, porque a linguagem como meio de interação social é dotada de intencionalidade [...] seu fundamento está, pois, na argumentação que procura persuadir e convencer alguém a agir de determinada forma. A par disso, entende-se que a função básica da linguagem é a argumentação, uma vez que o sujeito enunciador sempre tem em vista persuadir e convencer seu interlocutor.” (SITYA, 1995, p.12) 
Ou seja, a linguagem corresponde ao conjunto de símbolos que permite a comunicação, a expressão da ideia a determinados grupos/público-alvo, com base na qual se permite a troca mútua de informações, conectando as pessoas como um mecanismo que penetra diversos cenários/contextos, de acordo com as intenções sociais, culturais, econômicas e políticas dos sujeitos interagentes. 
Assim, a reflexão sobre a relação entre Língua, Linguagem e Sociedade está pautada na mistura como uma estrutura conectada. Desse modo, a língua é um fragmento que compõe o todo da linguagem (visuais, sonoras, gestuais, imagéticas) e permite a compreensão dos acontecimentos que materializam o pensamento enquanto produto do cotidiano social, da livre associação individual e/ou coletiva das intenções/ideologias que levam a pensar o texto e os gêneros textuais. 
Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade
Tema 2: Tipologia e gêneros textuais
Como as tipologias e gêneros textuais auxiliam na elaboração do texto acadêmico? 
Após a verificação da ligação entre Língua e Linguagem como possibilidade de vínculos de signos sociais, que permite a comunicação verbal e não verbal, perceberemos que domínio de conceitos como texto, seus tipos e gêneros discursivos é crucial para subsidiar a elaboração do texto acadêmico. 
O texto é o resultado da aplicação da Língua e da Linguagem para a elaboração da comunicação escrita, que possui sua própria dinâmica. No processo de comunicação escrita, as ideias do autor são interpretadas pelo leitor, ou seja, há um movimento de troca entre emissor e receptor, em articulações de palavras que sempre pressupõem um determinado contexto. 
Nesse sentido, é importante pontuar que o texto expressa, além do pensamento, a cultura de um período, de uma época, sendo fruto da sobreposição de tempo e espaço, deixando claras as intencionalidades. Ou seja, não há pureza/imparcialidade na escrita do texto, sempre haverá um objetivo a ser alcançado, uma ideia a ser expressa na ambivalência da ética, moral que representa algum grupo social. 
Nesse contexto, as tipologias textuais são identificadas quando os textos determinam processos comunicativos com determinados objetivos e pressupondo estruturas dos textos. Eles se apresentam como: 
Narrativo - O tipo de texto narrativo tem como princípio narrar uma história localizada no tempo e no espaço com a descrição das ações do personagem. A estrutura da tipologia textual narrativa envolve a introdução/contextualização, desenvolvimento, clímax final. 
Dissertativo - Podemos afirmar que o texto dissertativo é a tipologia textual com maior predominância no espaço acadêmico. Compreende o fenômeno, estabelece objetivos a serem alcançados com a ideia do autor e dispõe de argumentos frente aos questionamentos de um dado objeto de análise, com embasamento conceitual, auxiliando o fortalecimento científico do texto. 
Expositivo - Já o texto expositivo tem como principal característica difundir mensagens de forma mais objetiva, direta, que permitam a compreensão sem correlações e dubiedade. Assim, as informações expostas são suficientes para rápido entendimento. 
Descritivo - A função de descrever os fatos ou pessoas a partir da observação é o que caracteriza a tipologia descritiva, que ressalta o detalhamento com maior precisão e riqueza de particularidades, características e observações sobre o objeto de análise. 
Injuntivo - Por fim, a tipologia injuntiva caracteriza-se por apresentar, em sua estrutura, as indicações de uso ou realização de alguma atividade a partir de um arcabouço de métodos, técnicas e procedimentos que levam à execução de alguma prática. 
Para saber mais sobre tipologias textuais, acesse a página inicial da disciplina, no ambiente virtual, e leia as páginas 22 a 25 do e-book Leitura e produção de textos acadêmicos. 
Os gêneros textuais atuam de forma simultânea com a tipologia textual. Porém, isso não é algo que possa ser facilmente compreendido sem se levarem em consideração a forma e a função, os contextos sociais e a execução, o que acaba fazendo deste um movimento de auxílio e composição do texto acadêmico. Tudo isso, vale destacar, acontece ao mesmo momento em que se registram os fatos ocorridos no cotidiano e, a partir da ideia de autore(s) dentro de normas, aspectos científicos que dialogam com as dimensões sociais, econômicas, culturais e políticas, enquanto 
“[...] conjunto de meios de orientação coletiva na realidade, dirigido para seu acabamento. Essa orientação é capaz de compreender novos aspectos da realidade. A compreensão da realidade desenvolve-se e origina-se no processo da comunicação social ideológica.” (MEDVIÉDEV, 2012, p. 200). 
Neste sentido, os gêneros textuais (conforme o Quadro 1) estão intimamente ligados às questões coloquiais, às ações diárias que se relacionam com as práticas sociais, nos aspectos do conjunto de regras linguísticas. 
Quadro 1 - Correlação das tipologias textuais com os gêneros textuais. 
	Tipologia Textuais
	Gênero Textuais
	Narrativo
	Novelas, romances, contos, cosmologias, entre outros.
	Dissertativo
	Resenha, manifestos, editorais, artigos científicos, monografias, entre outros.
	Expositivo
	Entrevistas, enciclopédias, resumos, verbetes de dicionário, entre outros.
	Descritivo
	Diários, relatos de experiências, folhetos turísticos, classificados, entre outros.
	Injuntivo
	Manuais de instruções, mapas, receitas, tutoriais, entre outros.
Neste sentido, a correlação das tipologias textuais e os gêneros são classificados nominalmente de acordo com a propriedade textual contextualizada com o lugar (instituições, formalidades e expressões cotidianas, entre outras), ou seja, são estruturados de acordo com a demanda e/ou objetivo que exerce o autor. 
Para saber mais sobre gêneros acadêmicos, assista ao vídeo Escrita e gêneros textuais acadêmicos: resumo, resenha, artigo científico e fichamento. 
Para saber mais sobre tipologias textuais, acesse a Minha Biblioteca e leia as páginas 19 a 30 do livro: MENDES, A. et. al. Linguística textual e ensino. Grupo A, 2020. ISBN: 9786581492670. 
Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade
Tema 3: O texto acadêmico e a produção de sentidos no texto
Como despertar a produção de sentidos no texto acadêmico? 
A escrita de um texto acadêmico não nasce a esmo. Ela tem sua origem a partir da curiosidade, do questionamento e da busca por entendimento/resposta para um determinado assunto. Dentro do aspecto científico, a realidade vivenciada é que será o foco para as argumentações que integram a produção do conhecimento científico, uma vez que o texto se estabelece como “[...] uma identidade concreta realizada materialmente e corporificada em algum gênero textual” (MARCUSCHI, 2002, p. 24). 
A escrita não é neutra, tampouco sem direcionamento. Ela tem um objetivo que interage com a visão de mundo do autor. Isso permite um diálogo entre as formas da escrita e a experiência dos sujeitos no mundo, que aparentemente está externa ao texto, mas que são condensados, mobilizados e materializados, o que contribui para “[...] ou determina a construção de sentido" (KOCH; ELIAS, 2006, p. 59). 
Pensar sobre o conceito de sentidos e/ou produção de sentidos é refletir sobre os aspectos cognitivos (e polissêmicos) de interação/inferência na identificação, representação e/ou reconhecimento da língua como forma social de diálogo
e das linguagens (e seus desdobramentos). 
Esses atos despertam memórias, lembranças, aprendizagem e questões fisiológicas, que correspondem a tato, olfato, visão e paladares de acordo com a perspectiva psíquica dos indivíduos que se relacionam na sociedade. Essas percepções são aplicadas em tipologias e gêneros textuais, pois a produção de sentido é: 
“[...] um movimento de organização de linguagem nas relações interpessoais que criam contextos para aprendizagem e desenvolvimento [...] entendida como espaço de colaboração e criticidade em que as mediações sociais são pré-requisito e produto, instrumento e resultado de transformação da realidade. (MAGALHÃES; OLIVEIRA, 2011, p. 107-108). “
Neste aspecto, a produção de sentido é uma conversação entre os saberes experienciais a partir da palavra, sem imposição de uma dada cultura/perspectiva sobre palavras dos outros, com respeito a pluralidade e diversidade, pois as “[...] palavras dos outros trazem consigo a sua expressão, o seu tom valorativo que assimilamos, reelaboramos e reacentuamos” (BAKHTIN, 2011, p.295). 
No que corresponde ao texto acadêmico, este perpassa por um movimento de letramento quando existe uma junção natural entre escrever e ler, uma vez que o ato de ler "[...] está geralmente restrito à decifração da escrita, sua aprendizagem, no entanto liga-se, por tradição, ao processo de formação global do indivíduo [...].” (MARTINS, 1994, p. 23). 
Inclusive, refletir sobre conceito de letramento é importante para que o estudante compreenda que a produção textual escrita, oral ou multissemiótica ocorre em consonância com as práticas sociais de determinadas comunidades. Em outras palavras, o sujeito comunica-se com autonomia e sempre em concordância com as práticas sociais explícitas ou implícitas, e sempre reconhecíveis na vida cotidiana. 
Ao aplicar o conceito de letramento acadêmico, reforça-se que um sujeito ou os vários sujeitos em interação comunicativa de certa comunidade estão em permanente evolução. Quanto maior a escolarização, até chegar-se à universidade, mais complexas se tornam essas práticas, com a sistematização de gêneros que circulam, em especial, nos âmbitos científicos ou acadêmicos. Dentre os gêneros acadêmicos mais difundidos, estão: fichamentos, resenhas descritivas, resenhas críticas, monografias, projetos de pesquisa, artigos científicos e livros, que seguem padrões de cientificidade e credibilidade no interior da cultura letrada. 
Ou seja, o processo formativo do indivíduo não é isolado do convívio social, mas precisa de uma formação para compreender o modo de produção acadêmico, que envolve os eventos atuais (o texto como filho do seu tempo), a leitura como sinônimo de matriz, compreensão inicial para o entendimento dos fenômenos sociais. 
Para saber mais letramento acadêmico, assista ao vídeo Clube da escrita: “O que são letramentos acadêmicos”. 
Isso resulta em uma produção textual que acaba fazendo sentido para nós, já que mergulhamos em um vasto material teórico/conceitual aplicado a uma realidade específica, que compõe o texto e parte de metodologias (formas de fazer) que ajudam a leitura, escrita e produção de um texto acadêmico desenvolvendo habilidades e “[...] competência sociocomunicativa dos interlocutores permite-lhes discernir o que é adequado ou inadequado no interior das práticas sociais em que se acham engajados” (KOCH, 2004, p. 160). 
Neste sentido, considerando que o cotidiano é movido de acordo com a experiência do indivíduo, conjuntamente com língua, linguagem, tipologia e gêneros textuais, o texto acadêmico integra a produção do sentido, pois versa com identificação e reconhecimento, bem como com materialização do texto e difusão do conhecimento que nasce do pessoal para o coletivo, além de ter uma infinidade de possibilidades de expressar a ideia e sua funcionalidade na sociedade. 
Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade
Encerramento
Qual a relação entre Língua, Linguagem e Sociedade? 
A reflexão sobre a relação entre Língua, Linguagem e Sociedade está pautada na mistura como uma estrutura conectada, em que a língua é um fragmento que compõe o todo da linguagem (visuais, sonoras, gestuais, imagéticas) e permite a compreensão dos acontecimentos que materializam o pensamento, enquanto produto do cotidiano social. 
Como as tipologias e gêneros textuais auxiliam na elaboração do texto acadêmico? 
Os gêneros textuais atuam de forma simultânea com a tipologia textual. No entanto, isso não é algo que pode ser compreendido facilmente sem se levarem em consideração forma e função, os contextos sociais e a execução, o que acaba fazendo deste um movimento de auxílio e composição do texto acadêmico. Tudo isso, vale destacar, acontece ao mesmo tempo em que se registram os fatos ocorridos no cotidiano e, a partir da ideia de autore(s) dentro de normas, aspectos científicos que dialogam com as dimensões sociais, econômicas, culturais e políticas. 
Como despertar a produção de sentidos no texto acadêmico? 
O processo formativo do indivíduo não é isolado do convívio social, mas precisa de uma formação para compreender o modo de produção acadêmico, que envolve os eventos atuais (o texto como filho de seu tempo), a leitura como sinônimo de matriz, compreensão inicial para o entendimento dos fenômenos sociais. Isso resulta em uma produção textual que acaba fazendo sentido para nós, já que mergulhamos em um vasto material teórico/conceitual aplicado a uma realidade específica, que compõe o texto e que parte de metodologias (formas de fazer) que ajudam a leitura, escrita e produção de um texto acadêmico desenvolvendo habilidades e competência. 
Resumo da Unidade
Nesta primeira unidade, vimos a relação entre língua, linguagem e sociedade, em que a língua é uma pequena parte que compõe o todo dos diferentes tipos de linguagem (visuais, sonoras, gestuais, imagéticas), permitindo compreender o pensamento enquanto produto do cotidiano social.
Além disso, estudamos a diferença entre tipologias e gêneros textuais, entendendo que esses não podem ser compreendidos sem que se considerem suas formas, funções, contextos e aplicação, o que faz do entendimento dessas ações um movimento que ajuda no momento de escrita do texto acadêmico.
Logo, compreendemos que, para ter sentido, o texto acadêmico exige um processo formativo do indivíduo não isolado de seu contexto social, mas que seja capaz de compreender que a produção acadêmica também tem a leitura como ponto central.
Coesão e coerência: a estruturação do parágrafo e estratégias argumentativas (Unidade 2)
Introdução
A construção de um texto perpassa nuances que estabelecem organização e estruturação para expressar uma ideia e atribuem sentidos. O entendimento de um artigo, ensaio, entrevista, romance (entre outros) só é possível se existir uma sequência lógica de ideias e conexões entre as normas e a criatividade do autor, permitindo o diálogo com o leitor. Nesta unidade, compreenderemos os conceitos de coesão e coerência enquanto elementos que formam o conjunto de características que compõe o texto. Trabalharemos, ainda, com parágrafos e tópico frasal, enquanto uma subdivisão do texto que auxilia o desenvolvimento da ideia central a ser indicada. Tudo isso para compreender que esses elementos desaguam em estratégias argumentativas utilizadas por diferentes tipos e gêneros textuais, de modo articulado e harmônico. 
Objetivo
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
· Examinar os elementos de coesão e coerência em situações comunicativas e gêneros discursivos diversos.
Conteúdo Programático
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: 
Tema 1 - Elementos de textualidade: coesão e coerência
Tema 2 - Unidade de composição do texto: parágrafo e tópico frasal
Tema 3 - Estratégias argumentativas utilizadas por diferentes tipos e gêneros textuais
Cinza, nebuloso, desconfigurado e embaçado. Assim é o texto sem uma estrutura que concentre os principais elementos da textualidade: coesão,
coerência, parágrafo — tópicos que levam a questionamentos e argumentos na exposição e desenvolvimento de ideias. Esse é o objetivo desta unidade: trazer embasamento para uma construção textual sem embaçamentos, sombras e dúvidas. 
Coesão e coerência: a estruturação do parágrafo e estratégias argumentativas
Tema 1: Elementos de textualidade: coesão e coerência
Como a coesão e a coerência auxiliam na composição do texto? 
A escrita do texto perpassa inúmeras questões normativas que garantem sua funcionalidade de dialogar, informar, instruir e descrever os acontecimentos do cotidiano, formação profissional, cientifica, entre outros. Entre essas normas, se estabelece Coesão e Coerência, conceitos aplicados a construção de argumentos qualitativos com distinção e lucidez do texto, a partir da característica que converge e promove “[...] a inter-relação semântica entre os elementos do discurso, respondendo pelo que se pode chamar de conectividade textual. A coerência diz respeito ao nexo entre os conceitos e a coesão, à expressão desse nexo no plano linguístico” (COSTA VAL, 2006, p. 7). 
Coesão
A coesão se estabelece a partir da conexão de todas as partes que compõem o texto, desenvolvendo uma sequência harmônica que auxilia o entendimento da ideia do autor no momento em que preserva. 
“[...] a organização linear, que é o tratamento estritamente linguístico abordado no aspecto da coesão, além de considerar a organização reticulada, não linear, dos níveis de sentido e intenções que realizam a coerência no aspecto semântico e funções pragmáticas.”
(SANTOS, 2010, 194)
Neste sentido, a coesão promove uma estrutura linguística nas interrelações dos parágrafos, conectando ideias que compõem o texto como um mapa que norteia o leitor a partir dos “[...] elementos linguísticos presentes na superfície textual, [que] se encontram interligados entre si, por meio de recursos também linguísticos, formando sequências veiculadoras de sentido” (KOCH, 2007, p. 45).
As principais características da coesão estão pautadas em:
Remissão - Encaminhamento do olhar do leitor para as conexões entre as partes do texto. 
Sequenciação - Que apresenta uma ordem, uma sequência na obra/texto. 
Segundo Carmo (2021) a remissão pode ser observada como: 
1. Pronomes pessoais de terceira pessoa: ele, ela, eles, elas, de forma. Podendo ser:
· Reta/Retos: presente na oração que articula as funções de sujeito ou predicativo do sujeito.
· Oblíquos: como complemento — objetivo direto ou indireto, complemento nominal ou agente passivo.
2. Pronomes possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.
3. Numerais
4. Advérbios pronominais: “aqui”, “ali”, “aí”, “lá”.
5. Artigos definidos.
6. Sinônimos e outros.
A sequenciação traz fluidez ao texto quando garante o avanço, a compreensão, ato contínuo e permite a produção dos sentidos a partir da seleção de palavras e relações estabelecidas entre os campos/tópicos/parágrafos de forma direta e/ou progressiva (CARMO, 2021). 
Para consultar exemplos de remissão e sequenciação, acesse a página inicial da disciplina, no ambiente virtual, e leia as páginas 22 a 25 do e-book Leitura e produção de textos acadêmicos. 
Coerência
O que corresponde a Coerência está envolto na relação intrínseca, que estabelece uma lógica de acordo com a disposição dos componentes textuais na articulação de conceitos enquanto um caminho, uma harmonia que conecta o sistema de ação do pensamento/ideias e materializa o texto, sem dubiedade e/ou contradições, pois: 
“[...] deriva de sua lógica interna, resultante dos significados que sua rede de conceitos e relações põe em jogo, mas também da compatibilidade entre essa rede conceitual — o mundo textual — e o conhecimento de mundo de quem processa o discurso.”(COSTA VAL, 2006, p. 5-6)
Assim, cria uma configuração que relaciona as partes do texto e permite o entendimento e correlações com o objeto/ideia central na articulação de aspectos coerentes, racionais, estruturais, semânticos e cognitivo, o que corresponde ao diálogo com a experiência/vivência do leitor de acordo com: “[...] a funcionalidade do que é dito, os efeitos pretendidos, em função dos quais escolhemos esse ou aquele jeito de dizer as coisas” (ANTUNES, 2005, p. 176). 
A coerência textual, segundo Antunes (2005) se caracteriza a partir dos seguintes elementos:
1. Sequência: pautado no desenvolvimento homogêneo e contínuo, sem quebra de pensamento.
2. Constância: manter uma continuidade do conteúdo evitando variações que permitam ambiguidade do texto.
3. Concordância: afirmações contínuas, sem caracterizar preposições contraditórias.
4. Articulação: relação entre as partes, os fatos e suas representações, criando um diálogo, conexão, vínculo.
Para consultar exemplos dos elementos da coerência textual, acesse a Minha Biblioteca e leia as páginas 75 a 90 do livro: Português: práticas de leitura e escrita (AIUB, 2015). 
A coesão e a coerência auxiliam na composição do texto quando articulam as partes e permitem a compreensão do leitor quando identificam os significados das questões elaboradas no texto, de acordo com os contextos das situações cotidianas. 
Coesão e coerência: a estruturação do parágrafo e estratégias argumentativas
Tema 2: Unidade de composição do texto: parágrafo e tópico frasal
Qual a estrutura principal para a elaboração de um texto com coesão e coerência textual?
Dentro da estrutura da escrita encontramos um dos principais elementos que permitem/dinamizam a percepção de coerência e coesão: o parágrafo. Esse importante vetor textual permite desenvolver a ideia central, como núcleo estruturante que compõe e articula os sentidos produzidos pelo texto.
O parágrafo é o conjunto de frases que estrutura a ideia central que deve ser desenvolvida/conectada. Sua comunicação é expressa por meio de diferentes linguagens, visto que são mecanismos indispensáveis de estruturação e compreensão e que representam a:
“[...] generalização, em que se expressa opinião pessoal, um juízo, se define ou se declara alguma coisa [...] entre o tópico frasal e as frases que o desenvolvem garante a coesão ao parágrafo, da mesma forma que o relacionamento entre parágrafos, por meio de partículas de transição, afiança a coesão textual.” (GARCIA, 1988, p. 206)
Neste sentido, a estrutura que compõe o parágrafo está dividida em três momentos: introdução, desenvolvimento e conclusão. A introdução apresenta a ideia central em que o parágrafo irá discutir/contextualizar a partir do tópico frasal. Na sequência, o desenvolvimento compete a conceituar, elucidar, ilustrar o que foi apresentado no tópico frasal, trazendo conceitos e/ou exemplos que servem para fortalecer a ideia. Por fim, a conclusão encerrando a ideia, conotando um fechamento que poderá abrir para um novo parágrafo, reiniciando o ciclo estrutural. 
Para ler um pouco mais sobre estruturação de parágrafo, acesse a Minha Biblioteca e leia as páginas 21 a 34 do livro: Linguística textual e ensino (MENDES et al., 2019). 
É importante ressaltar que o parágrafo não pode ser muito extenso, para que a ideia não se perca, incorrendo no erro de abordar vários temas/tópicos comprometendo a fluidez e o entendimento da ideia/assunto discutida pelo autor. 
A composição dos tipos de parágrafos dialoga bastante com a tipologia textual quando corresponde às especificidades e finalidades na ação sociocomunicativa. Assim, segundo Abreu (2004), os tipos de parágrafos são definidos como dissertativos, narrativos e descritivos. 
Para conferir exemplos de parágrafos e textos dissertativos, narrativos e descritivos, acesse a Minha Biblioteca e leia as páginas 21 a 34 do livro: BRASILEIRO, Ada Magaly Matias. Como Produzir Textos Acadêmicos e Científicos. São Paulo: Contexto, 2021
O parágrafo dissertativo parte de um processo em que a conclusão reforça a ideia apresentada no tópico frasal introdutório, possibilitando o entendimento da ideia de forma corrente, coerente e objetiva.
O tipo de parágrafo narrativo discorre sobre um fato, um breve episódio,
apresentando a ação do personagem/sujeito central da narrativa (como discrição da ocorrência e/ou fala dos personagens — que deve ser apresentada em cada parágrafo para não confundir o leitor).
Já o parágrafo descritivo se estabelece a partir do fragmento da ideia, gerando uma descrição aprofundada (paisagem, ambiente, grupos, pessoas, objetos, entre outros), aquela descrita pela perspectiva do autor, apresentando articulações e caracterizações próprias que levam à materialização textual da ideia descrita.
 
O entendimento de elementos como estrutura de parágrafos e tópicos frasal permite construir estratégias argumentativas do núcleo articulador da produção do texto, quando a criatividade encontra as normas e regras e permite a composição/solidificação de tipologias e gêneros textuais. 
Coesão e coerência: a estruturação do parágrafo e estratégias argumentativas
Tema 3: Estratégias argumentativas utilizadas pelos diferentes tipos e gêneros textuais
Qual o papel do questionamento na elaboração de estratégias argumentativas?
O texto tem como princípio comunicar, expressar, informar, discutir e materializar o pensamento no momento em que infere sobre uma realidade. Ele conta/narra um fato/história e descreve os objetos, lugares e procedimentos a partir de argumentos, como ato de defender com embasamento e nitidez determinadas visões. Ou seja, escrever é um recorte argumentativo pautado no aspecto/perspectiva política, econômica, social e cultural.
A argumentação nasce dessa capacidade de defesa de ideais, no qual responde-se a uma pergunta/questionamento e que desperta no leitor outras questões e argumentos, criando assim um intercâmbio de informações que compõe uma rede de sentidos a partir da tessitura de “[...] premissas à conclusão: temos de querer que as premissas “conduzam” ou “estabeleçam” ou “sustentem” a conclusão” (EPSTEIN; CARNIELLI, 2019, p. 35).
No momento em que surge a fagulha criativa e/ou questionadora, o pensamento se remete ao mergulho de argumentar, conduzindo uma investigação que resultará em articulação entre a funcionalidade da concretude e do pensamento. Ou seja, um movimento de leitura de mundo, experiências vivenciadas e métodos, técnicas e procedimentos que auxiliam na composição de boas argumentações.
Para saber mais sobre texto dissertativo-argumentativo, assista ao vídeo Texto dissertativo-argumentativo, produzido pelo Canal Futura. Você poderá relembrar aspectos importantes para gêneros escolares que serão aprofundados na universidade.
Neste sentido, é importante reiterar que o texto não é um conflito, não é uma intensa luta de convencimento. Trata-se de exposição de ideais (seguindo as características que constituem a tipologia textual escolhida) que não versam com o único propósito de burilar ou interferir na decisão do outro, mas de expor, de forma complexa, contextualizada e embasada no processo cognoscente, critica e reflexivamente.
Assim, a escrita resulta no desenvolvimento de estratégias como conjunto de ações que organiza um caminho, um procedimento que leva ao alcance de metas e objetivos traçados, convergindo as tipologias e gêneros textuais com argumentações estruturantes e focadas no objeto do texto.
Segundo Carmo (2021), as estratégias argumentativas estão pautadas:
1. Pelas crenças, valores, conhecimentos que advêm da percepção/produção no espaço tempo, ou seja, da cultura.
2. Dados estatísticos, censo, demografia, anuários, entre outras fontes oficiais.
3. A partir das pesquisas científicas que resultam em artigos, dissertações, teses, livros, relatórios técnicos.
4. Na comparação de dois objetos/fatos diferentes, que convergem dentro de um contexto preestabelecido, ou seja, pautado em analogias.
5. Formas de explicação, demonstrações de como determinado fator é aplicado e/ou executado, caracterizados por exemplos.
Desse modo, a organização e disposição das estruturas argumentativas estão articuladas a partir da intenção do autor de situar o leitor no limiar do tempo (narrativo, dissertativo, descritivo), localizado em um espaço dentro do gênero textual, articulando os parágrafos e apresentando coesão e coerência na produção textual. 
 
Coesão e coerência: a estruturação do parágrafo e estratégias argumentativas
Encerramento
Como a coesão e a coerência auxiliam na composição do texto?
A coesão e a coerência auxiliam na composição do texto quando articulam as partes e permitem a compreensão do leitor e quando identificam os significados das questões elaboradas no texto, de acordo com os contextos das situações cotidianas.
Qual a estrutura principal para a elaboração de um texto com coesão e coerência textual?
A estrutura que compõe o parágrafo está dividida em três momentos: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. A introdução apresenta a ideia central que o parágrafo irá discutir/contextualizar a partir do tópico frasal. Na sequência, ao desenvolvimento compete conceituar, elucidar, ilustrar o que foi apresentado no tópico frasal, trazendo conceitos e/ou exemplos que servem para fortalecer a ideia. Por fim, a conclusão encerra a ideia, conotando um fechamento que poderá abrir para um novo parágrafo, reiniciando o ciclo estrutural.
Qual o papel do questionamento na elaboração de estratégias argumentativas?
No momento em que surge a fagulha criativa e/ou questionadora, o pensamento remete ao mergulho de argumentar, conduzindo uma investigação que resultará na articulação da funcionalidade da concretude do pensamento, ou seja, um movimento de leitura de mundo, experiência vivenciadas e métodos, técnicas e procedimentos que auxiliarão na composição de bons argumentações.
Resumo da Unidade
Nesta unidade vimos como a coesão e a coerência auxiliam na composição do texto no momento em que articulam as partes e permitem a compreensão do leitor quando identificam os significados das questões elaboradas no texto, de acordo com os contextos de situações cotidianas. Conhecemos, também, a estrutura que compõe o parágrafo e sua divisão em três momentos: Introdução, Desenvolvimento e Conclusão. Por fim, estudamos a articulação entre a funcionalidade da concretude do pensamento, o movimento de leitura de mundo, experiências vivenciadas e métodos, técnicas e procedimentos que auxiliam na composição de boas argumentações.

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