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MANEJO E PRODUÇÃO FLORESTAL Docente: Profª. Dioclea Seabra Discentes: Amanda Moraes; Karla Maciel; Klaybelt Lima Farias; Gabriella Silva; Alessandro Severino; UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA CAMPUS CAPANEMA CURSO AGRONOMIA CASTANHEIRA Castanha-da-Amazônia : Bertholletia excelsa Divisão: Angiospermae Clado: Asterídeas Ordem: Ericales Família: Lecythidaceae Gênero: Bertholletia Nomes Vulgares por Unidades da Federação: no Acre, castanha-do-brasil e castanheira; no Amapá, castanha-do- pará; no Amazonas, castanha-do-brasil e castanha-do-pará; na Bahia, castanha-do-brasil, castanha-do-pará e castanhamansa; em Mato Grosso, castanheira; no Pará, castanha, castanha-do- brasil, castanha-do-pará e castanheira; e em Roraima, castanheira-do-brasil.Fonte : Canva CASTANHEIRA Descrição Botânica As árvores maiores de castanha-da-amazônia atingem dimensões próximas a 50 m de altura e 200 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo). Tronco: geralmente é reto e desprovido de ramos até a fronde. O fuste pode atingir 25 m (ou mais) de comprimento. Casca: mede até 20 mm de espessura. A casca externa (ritidoma) é acinzentada, com profundas fissuras longitudinais. As superfícies cortadas permanecem quase secas, exalando odor de grama cortada (PARROTTA et al., 1995). Fruto: é uma cápsula lenhosa (pixídio), rija e esférica, variando de tamanho e de peso, vulgarmente denominada de “ouriço”. Mede de 9 cm a 12 cm de diâmetro e contém de 5 a 25 sementes comestíveis. Um fruto pesa de 1 kg a 2 kg. CASTANHEIRA Ocorrência natural Florestas com a presença dessa espécie cobrem uma superfície de aproximadamente 325 milhões de hectares (STOIAN, 2004). Fonte : Embrapa CASTANHEIRA Características Silviculturais Bertholletia excelsa é uma espécie heliófila, que necessita de muita luz nos primeiros anos para assegurar sua regeneração. Essa espécie não tolera baixas temperaturas. Hábito: variável, com ou sem dominância apical, com ramificação irregular e galhos grossos ou com boa forma, com ramificação lateral leve. Às vezes, apresenta derrama natural, com boa cicatrização. Geralmente necessita de poda verde dos galhos, com boa cicatrização. Sistemas de plantio: ao lado da serigueira (Hevea sp.), por sua importância no contexto socioeconômico, B. excelsa talvez seja a espécie Amazônica que reúne a maior quantidade de conhecimentos fitotécnicos para seu cultivo racional, embora alguns aspectos de sua biologia reprodutiva ainda precisem ser entendidos (KANASHIRO; YARED, 1991). Fonte : Portal Gov.br Crescimento e Produção A castanha-da-amazônia apresenta crescimento variável, de moderado a rápido. A maior produtividade volumétrica é 20 m³ ha-1 ano-1. No Pará, de 1976 a 1996, em projetos de reposição florestal, registrados no Ibama, essa espécie foi plantada por 14% das empresas (GALEÃO et al., 2003). No Brasil, existem algumas plantações em Belém, PA; em Manaus, AM; em Sinop, MT; e em Ilhéus, BA, entre outras. Fora da distribuição natural dessa espécie, B. excelsa é cultivada na região do Caribe, em Cuba e em Trindade e Tobago; na África, em Gana, no Zaire e na Nigéria; também é cultivada na Ásia, na Malásia, no Sri-Lanka e na Índia. CASTANHEIRA Fonte : Canva CASTANHEIRA Características da Madeira Massa específica aparente (densidade aparente): a madeira da castanha-da-amazônia é moderadamente densa. Cor: o alburno é bege-amarelado e o cerne é castanho-claro, levemente rosado. Características gerais: superfície sem brilho e lisa ao tato; grã direita; textura média; cheiro e gosto indistintos. Trabalhabilidade: a madeira de B. excelsa é moderadamente macia ao corte. Celulose e papel: a madeira de B. excelsa é inadequada para esse uso CASTANHEIRA Fonte : alavoura.com Madeira serrada e roliça: sendo suas características mecânicas de valores médios e boa aparência, a madeira dessa espécie é indicada para construção civil interna leve (forros, vigas e tábuas para assoalho); em painéis decorativos e em carpintaria. É também usada em juntas coladas e encaixadas; e ainda na fabricação de compensado e de embalagens, etc. Contudo, diante da importância econômica das amêndoas, inclusive como produto de exportação, essa madeira é pouco explorada. Energia: a madeira de B. excelsa produz lenha de boa qualidade, sendo usada na fabricação de carvão. Espécie: Ceiba pentranda, Fonte : instituto soka Amazônia SAMAÚMA •Uma das maiores árvores da Amazônia, podendo atingir de 40 a 70 metros de altura • Nomes comuns: árvore-da-seda, árvore-da- lã, paina-lisa, sumaúma-verdadeira Família: Bombacaceae •Encontrada em florestas tropicais da América Central, América do Sul, África Ocidental e Sudeste Asiático. •A sumaúma floresce entre os meses de junho e setembro, com a árvore quase totalmente sem folhagem. Os frutos amadurecem de setembro a novembro SAMAÚMA F on te : pi nt er es t Características Externas Raízes (Sapopemas): Grandes e tabulares, projetam-se acima do solo, dando suporte à árvore e captando água em solos pobres. Era usada como "telefone da floresta" Copa e Tronco A copa é ampla e achatada, projetando-se acima das demais árvores, abrigando pássaros e insetos. F on te : R w p ai sa gi sm o Tronco largo (até 3 metros de diâmetro), de madeira leve e macia. Fonte: Rw paisagismo F on te : sít io d a m at a Frutos e Fibras: Frutos contêm de 120 a 175 sementes, ricas em óleo e proteínas. Produz cápsulas amareladas com fibras brancas (paina), usadas em almofadas, colchões e isolantes. Pequenas, esbranquiçadas ou amareladas, polinizadas por morcegos e abelhas. FLORES Casca casca é cinzenta e apresenta espinhos em árvores jovens, mas esses espinhos tendem a desaparecer com a maturidade. Possui uma textura lisa na maioria dos casos. F on te : sít io d a m at a F on te : sít io d a m at a Fonte: Rw paisagismo Fonte: Rw paisagismo Características Internas Madeira Fibras (Paina) Produzidas dentro dos frutos, são leves, impermeáveis e ótimas como isolante térmico. Usadas na confecção de travesseiros, almofadas e colchões. Bem desenvolvido, permitindo condução eficiente de água e nutrientes, essencial para seu porte. por ser leve e macia, pode ser utilizada na construção de embarcações, caixas, brinquedos e barril e também uma das espécies mais utilizadas na produção de painéis compensados, na Amazônia Brasileira, apresentando alto valor comercial. Tecido Vascular Fonte: Rw paisagismoF on te : in st itu to so ka A m az ôn ia Armazenamento de Água Casca Casca rica em taninos, flavonoides e saponinas. Substâncias com propriedades medicinais para tratar febre, inflamações e infecções. Grande capacidade de armazenar água no tronco e raízes. Ajuda a manter a umidade do solo e abastece outras espécies durante períodos de seca. F on te : in st itu to so ka A m az ôn ia F on te : in st itu to so ka A m az ôn ia Espécie: Dipteryx odorata Pertence ao grupo das Dipteryxeae Família Fabaceae. Originária de países da América Central e América do Sul, com ocorrência natural em toda floresta primária amazônica. Sua floração ocorre na estação seca (junho a novembro) e na transição seca para a chuvosa. CUMARU Fonte: Embrapa Produz sementes aromáticas, de onde se extrai um óleo essencial, amplamente usado na indústria de perfumes e cosméticos, e utilizado também para dar sabor ao tabaco; Cumarina (anidrido cumarínico) Excelente opção para projetos de reflorestamento ou de plantios agroflorestais (SAFs) devido à rápida germinação, frutificação precoce e por ser propícia para o plantio tanto em pleno sol, quanto em sombra parcial. Uso não-madereiro CUMARU Fonte: Vida produtos de valor Fonte: Natura Fonte: Madeirasbr Fonte: Mercado livre Fonte: Beleza na web Altíssima qualidade da madeira dessa árvore muito resistente ao ataque de cupins e de fungos que provocam apodrecimento; Alta durabilidade; Não racha quandoexposta ao sol. Cumaru - madeira Fonte: Chale de madeira Fonte: allmadmadeiras CUMARU Árvore com altura de 20 a 30 m, e diâmetro de 50 a 70 cm; Apresentando casca dura e lisa; As flores são violácea-púrpureas, vistosas, relativamente pequenas e muito aromáticas; Os frutos são carnudos, possuindo de 5,0 a 6,5 cm de comprimento, com casca lenhosa contendo uma única semente. Fonte: institutosoka-amazonia Fonte: sementesarbocente Fonte: territoriosecreto Fonte: plantsoftheworld CAJUAÇU Anacardium giganteum A área nativa desta espécie é a América Tropical do Sul. É uma árvore e cresce principalmente no bioma tropical úmido. É usada como remédio e como alimento. Família: Anacardiáceas Gênero: Anacárdio Espécie: Anacardium giganteum Anacardium giganteum CAJUAÇU Sendo geralmente árvores de copa muito densa e de grande porte, chegando a atingir cerca de 40 m de altura e diâmetro superior a 1 m. Nomes populares: Caju-bravo, caju-da-mata, cajueiro-da-mata, cajuí, cajuí-da-mata. Fonte: Embrapa CAJUAÇU Anacardium giganteum A madeira tem bom rendimento em celulose, e é apropriada para a obtenção de lâminas faqueadas, miolo de compensados, confecção de embalagens leves e caixotaria em geral. A casca é boa para o curtume. Fonte: Embrapa CAJUAÇU Anacardium giganteum Os pseudofrutos contêm suco agridoce e sabor agradável, a castanha (verdadeiro fruto do caju) contém uma amêndoa que pode ser consumida da mesma forma que o caju, necessitando ser assada para desentoxicar. As flores são polinizadas por abelhas. CAJUAÇU Anacardium giganteum Normalmente, o tronco do cajuaçu (e das outras espécies de terra firme) apresenta estrias verticais. Mas observa-se que alguns indivíduos, ou populações, têm troncos com desprendimento em placas. Não se sabe se isso tem a ver com a taxonomia da espécie, idade ou fatores ambientais. Fonte: Embrapa CAJUAÇU Anacardium giganteum O cajuaçu conta com folhas obovadas, agrupadas no ápice dos ramos, espiraladas, muito perto uma das outras. A. giganteum e as outras espécies parentes têm pequenas cavidades nas axilas das veias secundárias. A função delas é servir de abrigo para ácaros que providenciam o serviço de faxina da folha durante a noite. Fonte: Embrapa Cedrela odonata CEDRO VERMELHO Ordem: Sapindales; Família: MeliaceaeSubfamília: SwietenioideaeGênero: Cedrela; Espécie: Cedrela odorata Linnaeu; Sinonímia botânica: Cedrela mexicanaBenth. (1846); Cedrela glaziovii (1878); Cedrelaoccidentalis C. de Candolle & Rose (1905);Cedrela yucatana S. F. Blake (1920); Cedrelapalustris (1962) e Cedrela cubensis (1974). CEDRO VERMELHO Locais de ocorrência CEDRO VERMELHO Cedrela odorata Cedrela odorata é uma espécie arbórea, de comportamento decíduo. As árvores maiores atingem dimensões próximas a 40 m de altura e 170 cm de DAP (diâmetro à altura do peito, medido a 1,30 m do solo), na idade adulta. Contudo, foram registradas árvores com até 60 m de altura e 300 cm de DAP. O cedro- vermelho é uma árvore longeva. CEDRO VERMELHO Cedrela odorata Tronco: é reto e cilíndrico, às vezes com sapopemas altas, medindo de 1 m a 3 m de comprimento. O fuste pode atingir até 20 m de comprimento. CEDRO VERMELHO Cedrela odorata Casca: mede até 30 mm de espessura. A casca externa ou ritidoma é muito característica, de coloração acinzentada e parda até cinzento-escura, regular e igualmente rugosa, sulcada ou amplamente fissurada longitudinalmente. Por meio de incisões na casca interna, distingue se o cedro-vermelho facilmente, por seu cheiro peculiar. CEDRO VERMELHO Cedrela odorata Folhas: são compostas, geralmente paripinadas, raramente imparipinadas, com um folíolo terminal abortivo, reunidas no fim dos raminhos, com 5 a 11 pares de folíolos, medindo de 20 cm a 1 m de comprimento; o pecíolo é glabro ou miudamente puberulento. CEDRO VERMELHO Cedrela odonata Fruto: é uma cápsula deiscente lenhosa, oblongo- elipsoidea até obovoidea, pendente, com 4 a 5 valvas, medindo de 2,5 cm a 5 cm de comprimento, de coloração pardacenta ou pardacento-cinzenta com proeminentes lenticelas pequenas e brancas, medindo de 3 cm a 5 cm de comprimento, contendo de 30 a 40 sementes. Os frutos encontram-se inseridos em infrutescências pêndulas de até 30 cm de comprimento CEDRO VERMELHO Produtos e utilizações Alimentação animal; Artesanato; Madeira serrada e roliça; Medicinal; Óleo essencial; Paisagístico; Plantios com finalidade ambiental. Referências GUIMARÃES, Divino Américo de Souza. Sumaúma: Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Manaus: Embrapa Amazônia Ocidental, 2000. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/678416/4/Doc41.pdf. Acesso em: 24 jan. 2025. INSTITUTO SOKA AMAZÔNIA. Sumaúma: a gigante da Amazônia. Disponível em: https://institutosoka- amazonia.org.br/sumauma-a-gigante-da-amazonia/. Acesso em: 24 jan. 2025. EMBRAPA.Cumaru.Disponívelem:https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/401664/1/Cuma ru.pd. Acesso em: 25 jan. 2025. RVOREÁGUA. Cumaru. Disponível em: https://arvoreagua.org/biomas/amazonia/cumaru. Acesso em: 25 jan. 2025. RAMALHO CARVALHO, P.E.R. Espécies Arbóreas Brasileiras vol 5 - Castanha-da-Amazônia.Castanha-da- Amazônia Bertholletia excelsa. Disponível em : https://www.alice.cnptia.embrapa.br/alice/bitstream/doc/1140475/1/Especies-Arboreas-Brasileiras-vol-5-Castanha- da-Amazonia.pdf EMBRAPA, 2025. Disponível em: https://www.embrapa.br/agencia-de-informacao- tecnologica/tematicas/especies-arboreas-da-amazonia/anacardium-giganteum-hancock.-ex-engl. Acesso em: 25, janeiro e 2025.