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Fotografia Publicitária Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Carlos Eduardo Corrêa de Lima Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Técnicas de Fotografia • Planejamento em Fotografia Publicitária; • Iluminação e Fotometria; • Princípios Técnicos da Fotografia; • Conceito de Still Life – Montagem e Composição com Objetos no Estúdio; • Composição de Imagem. • Compreender a importância do planejamento para a produção de peças publicitárias; • Conhecer as técnicas de iluminação; • Estudar técnicas de fotografi a; • Examinar o uso da câmera e suas funções; • Entender a montagem e composição da imagem dentro do contexto da Publicidade e Propaganda. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Técnicas de Fotografi a Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Técnicas de Fotografia Planejamento em Fotografia Publicitária O planejamento em fotografia publicitária requer os mesmos itens de um pla- nejamento de campanha, mas agora aplicados à fotografia. Para Lupetti (2007), a gestão estratégica da comunicação mercadológica tem como base o planejamento, que reside na gestão da comunicação integrada, que, por sua vez, está contida na gestão estratégica da organização. Portanto, todas as diretrizes devem estar alinha- das entre si. Figura 1 – Planejamento Fonte: Getty Images Planejamento é um processo de nível tático que, dentro da Publicidade e Propa- ganda, segue o Planejamento de Marketing. Nele devem ser considerados alguns passos: objetivos, estratégias e táticas, implantação/acompanhamento e resultados. Marcélia Lupetti afirma que “o planejamento se preocupa tanto em evitar ações incorretas quanto em reduzir a frequência dos fracassos ao se explorar oportunida- des” (2007, p. 32). Importante! Qual é o grande objetivo de um planejamento? Proporcionar soluções práticas, antecipar situações e definir resultados esperados. Considera a avalição e seus ajustamentos. Deve elaborar um programa de ação e reconhecer obstáculos providenciando maneiras de so- lucioná-los. Ele é uma previsão. O grande objetivo, portanto, é estabelecer um caminho por meio da análise da situação. Trocando ideias... A fotografia publicitária tem por objetivo vender e por isso, sem o planejamento, a possibilidade de erros no processo comunicacional aumenta e põe em risco o 8 9 negócio, sem contar que ele fica sem uma direção clara do que se pretende dentro do mercado. No planejamento, objetivos, estratégias e táticas definem o que se quer para uma campanha e, no caso da fotografia, além desses pontos, deve-se levar em consi- deração também os itens: briefing; conceito criativo; esboço do layout; aprovação pelo cliente; esboço final; layout; apresentação e aprovação pelo cliente. Briefing, rascunho e definição da peça De acordo com o professor e autor David Prakel, o “brief é a chave da produção tanto da imagem final quanto do trabalho acabado” (2015, p. 138). Prakel ainda comenta que o “brief pode ser formal ou informal. Pode ser escrito ou baseado no entendimento verbal entre cliente e fotógrafo” (2015, p. 139). Para esse autor, o brief deve ter as especificações para o trabalho fotográfico, estabelecendo o caráter ou estilo fotográfico e o uso final das imagens. O fotógrafo recebe o brief direta- mente do cliente ou de uma agência de publicidade contratada por esse. O brief pode ser fechado ou aberto: • O fechado especifica detalhadamente a aparência, a composição e o uso da imagem final; • O aberto consiste em uma lista de requisitos do cliente e das ideias sobre pos- síveis enfoques. O fotógrafo precisará saber como a imagem final será usada. Nos campos da fotografia publicitária, comercial e editorial, o cliente é quem estabelece o brief. O cliente Comenta Prakel (2015) que a comunicação entre fotógrafo e cliente estabelece um sentimento de confiança, porém, há regras inquebráveis relacionadas com o branding, e cada cliente terá suas próprias convenções. Branding: O consultor David Aaker (1991) define branding como um conjunto de ativos e obrigações ligadas à marca, seu nome e logotipo; aquilo que acrescenta ou subtrai valor a um produto ou serviço para a empresa e seus clientes. Ex pl or Comenta Prakel que isso “talvez não fique plasmado oficialmente e, portanto, você deverá ser capaz de prevê-las e discutir com o cliente”, ainda para o autor as “cores da empresa e o uso dos logotipos, os jogos visuais e o humor apoiado em slogans ou nomes da empresa são âmbitos em que o fotógrafo não deve entrar” (2015, p. 140). Por fim, lembra Prakel que “Trabalhar para um cliente significa lite- ralmente gastar o dinheiro alheio” (2015, p. 141). 9 UNIDADE Técnicas de Fotografia Conceito criativo De acordo com Prakel (2015), faz parte da formação do fotógrafo apresentar ideias visuais a outras pessoas, no entanto, é preciso usar uma linguagem que des- creva suas propostas e imagens e seja imediatamente acessível para quem não é fotógrafo e para o pessoal de negócios. Para tanto, é importante avaliar o público, e o esboço é importante nesse momento. Importante! O que é criatividade? Martins (1997) define criação da seguinte maneira: “Criar é, pois, descobrir algo novo, é procurar ser original naquilo que se produz” (1997, p. 65). Esse autor também afirma que “o ato criativo acontece quando há ocorrência de uma situação anormal e perturbadora que precisa ser contornada. (1997, p. 68). Trocando ideias... Importante! Para Sant’anna (2001, p. 147) “Criatividade significa o ato de dar existência a algo novo, único e original”. Para esse autor, ela pode assumir duas formas principais: • A inovação; • A descoberta. Outro fator que esclarece a criatividade é a intuição – percepção súbita de uma solu- ção. “Em termos pragmáticos podemos considerar a criação como a capacidade de for- mar mentalmente imagens (ou sistemas ou estruturas) de coisas, ideias ou teorias não presentes ou conhecidas” (SANT’ANNA, 2001, p. 148). Ainda de acordo com Sant’anna (2001), ela assume várias formas: Imaginação – representação mental ou daquilo que é lembrado ou do que nunca foi apresentado aos sentidos. Importante! Em fotografia publicitária a criatividade é essencial, porém, não existe criativida-de sem conteúdo. Há muitos fotógrafos vazios, sem criatividade, e isso ocorre por vários motivos, mas o principal deles é encarar a fotografia apenas como hobby. É preciso, portanto, ideias que transformem fotografias em argumentos criativos de vendas, causem sedução e sejam persuasivas. Iluminação e Fotometria De acordo com os professores e autores Rose Zuanetti, Elizabeth Real e Nelson Martins: “a luz cria sombras e altas-luzes, e é isso que nos revela a forma espacial, o tom, a textura e o desenho dos objetos e paisagens” (2004, p. 53). Segundo esses 10 11 autores, em um estúdio, o fotógrafo deve dominar a iluminação, mas, quando fora dele, trabalhar com a luz disponível. Nesse caso, o fotógrafo só pode tirar proveito da luz ambiente se compreender bem os princípios da iluminação. Luz: é uma onda eletromagnética, cujo comprimento de onda se inclui num determinado intervalo dentro do qual o olho humano é a ela sensível.Ex pl or Fonte: https://conceitos.com/luz Alguns pontos que são importantes para o entendimento da iluminação ou qua- lidade e direção da luz: A luz pode ser emitida • Incandescência: emissão de luz por aquecimento; • Luminescência: emissão de luz por corpos frios; • Bioluminescência: emissão de luz por seres vivos; • Triboluminescência: emissão de luz por compressão de cristais. A luz pode ser medida • Brilho, medida em watts/cm²; • Iluminância ou iluminação (Unidade SI: lux); • Fluxo luminoso (Unidade SI: lúmen); • Intensidade luminosa (Unidade SI: candela). Temperatura de cor Comentam os autores Zuanetti, Real e Martins (2004, p. 58): É possível medir a cor da luz. Basta observar a cor que uma barra de aço qualquer começa emitir ao ser aquecida. Primeiro ela fica incandescente e adquire uma cor vermelha, depois branca, e por fim, caso o aquecimen- to seja suficiente, azul. De acordo com esses autores, a escala que exprime a qualidade da cor e o con- teúdo de uma fonte de luz é a escala calibrada em graus Kelvin. Essa escala permite verificar a cor da luz do dia, a qual que muda constantemente. Para Zuanetti, Real e Martins (2004), isso pode parecer complicado, mas não é. Na verdade, temperatura de cor é uma daquelas coisas que todo mundo deveria saber pra ter mais controle sobre suas fotos, como ISO, latitude, alcance dinâmico. 11 UNIDADE Técnicas de Fotografia Importante! Antes de tudo, o que é temperatura de cor? De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004), temperatura da luz é a forma usada pra definir e medir a cor da luz ambiente em um determinado momento ou situação. Toda luz tem uma cor. Se você nunca reparou nisso, preste atenção: luz de vela não é amare- lada, assim como a do sol de manhã cedo e no pôr-do-sol? Luz florescente não é mais branca, mais azul? E a luz de um flash? Pois então, toda luz tem cor. Importante! Conforme o exemplo dado por Zuanetti, Real e Martins (2004), as luzes são chamadas de quentes ou frias, de acordo com a sua cor. Luzes mais vermelhas/ amarelas/laranjas são mais quentes do que luzes brancas/azuladas, que são chama- das de frias (Figura 2). Figura 2 – Temperatura de cor Fonte: Wikimedia Commons Balanço do branco – White balance De acordo com os autores Zuanetti, Real e Martins (2004), o balanço de branco (WB) é o processo de remoção de cores não reais, de modo a tornar brancos os objetos que aparentam ser brancos para os nossos olhos. O balanço de branco (ou white balance – WB) é considerado um dos aspectos técnicos mais importantes na fotografia digital. Basicamente, visa a criar uma cor- respondência correta, harmoniosa e fiel entre as cores reais do ambiente e a cor que aparecerá na sua foto. Princípios Técnicos da Fotografia Conforme Prakel (2015, p. 26), há, “na verdade, três variáveis na exposição, que têm entre si uma relação de reciprocidade: sensibilidade (sensibilidade ISO nas câ- meras digitais ou velocidade do filme), velocidade de obturação e abertura”. Portan- to, são três as variáveis de controle: diafragma (abertura) e profundidade de campo; obturador (velocidade); velocidade; ISO. 12 13 Tempo exposição/obturador Zuanetti, Real e Martins definem o obturador como um “Dispositivo que regula quanto tempo o filme deve ficar exposto à luz” (2004, p. 36). Comentam esses autores que o dispositivo fica perto do plano do filme, mas ele também pode estar embutido entre os elementos da objetiva (obturador central ou de lâmina, utilizado principalmente nas câmeras de estúdio). Ainda segundo Zuanetti, Real e Martins (2004, p. 36): A função principal do obturador é bastante simples: enquanto está fecha- do, não permite que o filme seja atingido pela luz. Quando o propulsor é acionado, o obturador se abre (normalmente, numa fração de segundos), permitindo a exposição do filme. A velocidade do obturador ou tempo de exposição, em fotografia, está direta- mente relacionada com a quantidade de tempo que o obturador da máquina (câ- mera) fotográfica leva para abrir e fechar, deixando passar a luz que sensibilizará a película fotográfica ou o sensor digital CCD/CMOS e formar a imagem. Conforme Zuanetti, Real e Martins (2004, p. 36), “A velocidade do obturador deve ser sufi- ciente para ‘congelar’ qualquer movimento da cena”. Seguem alguns exemplos a seguir de tempo de exposição: Figura 3 – Demonstração em foto noturna de como maiores tempos de exposição infl uenciam a formação da imagem. Fotografi as obtidas com a mesma abertura do diafragma Fonte: Wikimedia Commons Figura 4 – Velocidade alta do obturador (exposição curta) Fonte: Wikimedia Commons 13 UNIDADE Técnicas de Fotografia Figura 5 – Velocidade baixa do obturador (exposição longa) Fonte: Wikimedia Commnons Figura 6 – Velocidade baixa do obturador, foto com longa exposição Fonte: Wikimedia Commons De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004), as velocidades assinaladas na maioria das câmeras fotográficas obedecem a uma sequência determinada. Normalmente, representam uma fração de tempo em segundos. Os valores co- muns são apresentados na Tabela 1. Tabela 1 1/8000 s 1/250 s 1/8 s 1/4000 s 1/125 s 1/4 s 1/2000 s 1/60 s 1/2 s 1/1000 s 1/30 s 1 s 1/500 s 1/15 s B (de bulb) 14 15 De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004), um tempo de exposição curto causa um efeito “congelado” em todos os sujeitos em movimento. Um tempo de exposição longo provoca desfoques (borrão, panning), conforme imagens 5 e 6. Entrada de luz/diafragma – Abertura do diafragma Segundo Zuanetti, Real e Martins (2004, p. 40): “outro elemento muito impor- tante das objetivas é o diafragma, sem o qual não se conseguiria expor corretamen- te os filmes”. De acordo com esses, segundo convenção internacional, o diafragma é expresso por números seguidos da letra f. O valor do diafragma se dá através de números, conhecidos como números f ou f-stop, e seguem um padrão numérico universal. Sendo que, quanto menor for o número f, maior a quantidade de luz que ele permi- te passar e, quanto maior o número f, menor a quantidade de luz que passará pelo diafragma (Tabela 2). Tabela 2 f/1 f/1.1 f/1.3 f/1.4 f/1.6 f/1.8 f/2 f/2.2 f/2.5 f/2.8 f/3.2 f/3.5 f/4 f/4.5 f/5 f/5.6 f/6.3 f/7.1 f/8 f/9 f/10 f/11 f/13 f/14 f/16 f/18 f/20 f/22 f/25 f/28 f/32 f/36 f/39 f/45 f/50 f/55 f/64 f/90 f/125 f/180 F 1.4 F 8 F 11 F 16 F 22 F 32 F 2 F 2.8 F 4 F 5.6 F 1.4 F 2 F 2.8 F 4 F 5.6 F 8 F 11 F 16 F 22 F 32 Figura 7 – Abertura do diafragma – valores Fonte: Adaptado de Getty Images Comentam os autores Zuanetti, Real e Martins (2004) que, quando se focaliza um objeto a 10 metros da objetiva, por exemplo, estão nítidos um segundo objeto situado a 8 metros (antes do objeto focado) e um terceiro a 15 metros (depois do 15 UNIDADE Técnicas de Fotografia objeto focado). Essa faixa de nitidez, que se estende sempre para aquém e para além do ponto do foco, é chamada de profundidade de campo. De acordo com esses autores, a profundidade de campo é determinada pelos itens a seguir. • Distância focal: quanto maior for a distânciafocal de uma objetiva, menor será sua profundidade de campo. Isso quer dizer que, com o mesmo nº f (dia- fragma em f 8, por exemplo), uma objetiva de 200mm oferece uma profundi- dade de campo bem menor do que uma objetiva de 50 mm; • Abertura do diafragma: um ponto focalizado a 5 metros de distância (com qualquer objetiva) obterá uma grande profundidade de campo com uma peque- na abertura de diafragma como f 11, e uma pequena profundidade de campo com uma grande abertura de diafragma com f 2.8; • Distância hiperfocal: se uma objetiva for focalizada no infinito, com uma abertu- ra máxima de diafragma, haverá uma determinada distância dentro da qual todos os objetos estarão em foco; • Dispositivo de foco: anel sobre a objetiva que pode ser girado para a direita e para a esquerda até que se obtenha uma imagem nítida no visor e, consequen- temente, no filme. ISO – Sensibilidade De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004, p. 48): Os códigos de sensibilidade de um filme, determinados pelos números ISO, são extremamente importantes, pois servem para ajustar o fotô- metro, a fim de que este forneça o tempo de exposição e o diafragma adequados para expor o filme. Em fotografia analógica, ISO (ou ASA) é a indicação do quão sensível é o filme para a luz, sendo representado por números (100, 200, 400, 800...). Exercício com a câmera fotográfica: busque os valores de ISO em uma câmera e fo- tografe o mesmo objeto com os valores disponíveis na câmera e veja os resultados. Altos valores de ISO são geralmente usados em situações de pouquíssima luz, para se usar tempos de exposição menores e, assim, não obter fotos borradas ou tremidas. Quanto menor o número, menor a sensibilidade do filme para a luz, e menos granulada sua imagem será. Fotômetro 16 17 Comentam Zuanetti, Real e Martins (2004) que os fotômetros podem ser in- ternos, ou seja, incorporados à câmera; ou manuais, ou seja, externos à câme- ra. Quando os fotômetros são internos, a medição da luz já leva em conta a luz que passa através da lente (TTL – through the lens), e não a luz do ambiente. Nesse caso, o fotômetro da câmera considerará apenas a luz que está sendo refle- tida pela lente, não sabendo a quantidade de luz que realmente incide sobre aquele objeto ou cena. De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004), quanto aos fotômetros manuais ou externos, a medição acontece colocando o aparelho sobre o objeto que será capturado pela câmera, e essa medição acontecerá considerando toda a luz que incide sobre tal objeto. Para esses autores, os fotômetros apresentam a medição da luz através de uma escala ou com um mostrador digital, indicando a velocidade e a abertura e dando a exposição correta. A escala de medição pode variar entre –2EV e +2EV; o ponto 0EV indica a exposição ideal. Afirmam ainda Zuanetti, Real e Martins (2004) que os ajustes feitos na câmera, como ISO, velocidade ou abertura, podem alterar o valor da exposição mostrada no fotômetro. Caso esse seja interno, o valor será alterado automaticamente. Figura 8 Conceito de Still Life – Montagem e Composição com Objetos no Estúdio De acordo com Zuanetti, Real e Martins (2004), still life é o conceito de como fotografar objetos parados, são imagens de objetos inanimados, que podem ser na- turais ou não, como, por exemplo: plantas, flores, frutas, vasos, alimentos, livros, joias etc. Esse conceito nasceu da pintura. A mesa still Mas cuidado, o que realmente faz a diferença no estilo é a iluminação. Devemos ficar atentos aos reflexos e às sombras que a composição pode causar. Usar o flash diretamente no objeto pode resultar em uma foto não muito boa, procure então montar o setup nas devidas condições de iluminação. 17 UNIDADE Técnicas de Fotografia Composição de Imagem O Plano Diz respeito ao enquadramento do objeto, com a dimensão humana como refe- rência. Assim temos planos como apresentado a seguir. Plano geral (PG) Abrange uma vasta e distante porção de espaço, como uma paisagem. Os per- sonagens, quando presentes no PG, não podem ser identificados. Figura 9 – Plano geral Fonte: Getty Images Plano de conjunto (PC) Um pouco mais próximo, pode mostrar um grupo de personagens, já reconhe- cíveis, e o ambiente em que se encontram. Figura 10 – Plano composto Fonte: Getty Images 18 19 Plano médio (PM) Enquadra os personagens por inteiro quando estão de pé, deixando pequenas margens acima e abaixo. Figura 11 – Plano médio Fonte: Getty Images Plano americano (PA) Um pouco mais próximo, corta os personagens na altura da cintura ou das coxas. Figura 12 – Plano americano Fonte: Getty Images 19 UNIDADE Técnicas de Fotografia Primeiro plano (PP) Enquadra o busto dos personagens. Figura 13 – Primeiro plano Fonte: Getty Images Primeiríssimo plano (PPP) Enquadra apenas o rosto. Figura 14 – Primeiríssimo plano Fonte: Getty Images 20 21 Plano de detalhe (close-up) Enquadra e destaca partes do corpo (um olho, uma mão) ou objetos (uma caneta sobre a mesa). Figura 15 – Plano de detalhe Fonte: Getty Images Posição de câmera Plongée/Contra-plongée Câmera posicionada em um nível mais ou menos elevado em relação ao objeto enquadrado, respectivamente (em francês: plongée = mergulho). Também conheci- do como câmara alta e câmara baixa. Figura 16 – Plongé Fonte: Getty Images 21 UNIDADE Técnicas de Fotografia Figura 17 – Plongé 2 Fonte: Getty Images Figura 18 – Contra Plongé Fonte: Acervo do Conteudista Figura 19 – Contra Plongé 2 Fonte: Acervo do Conteudista 22 23 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Vídeos Fotografia Publicitária - Achiles Batista Ferreira Jr entrevista Rodolpho Ayres Pajuaba https://youtu.be/EgQYzNAcH64 Gestão do Conhecimento – Fotografia Publicitária https://youtu.be/Gw-yJnYpeso Leitura O sistema de informação da fotografia publicitária: as transformações tecnoimagéticas de David Lachapelle GADDI, C. M; RICCÓ, J. O sistema de informação da fotografia publicitária: as transformações tecnoimagéticas de David Lachapelle. Sessões do Imaginário, v. 20, n. 34, p. 100-107, 2015. http://bit.ly/2ZwQ2ho O guia completo da fotografia publicitária: o que você precisa para ter imagens de sucesso em suas campanhas http://bit.ly/2ZRQqXJ 23 UNIDADE Técnicas de Fotografia Referências LUPETTI, M. Gestão estratégica da Comunicação Mercadológica. São Paulo: Cengage Learning, 2007. MARTINS, J. S. Redação Publicitária – Teoria e Prática. São Paulo: Editora Atlas, 1997. PRAKEL, D. Fundamentos da fotografia criativa. São Paulo: Editora Gustavo Gili, 2015. SANT´ANNA A. Propaganda – Teoria – Técnica – Prática. São Paulo: Editora Thomson, 2001. ZUANETTI, R.; REAL, E.; MARTINS, N. Fotógrafo o olhar; a técnica e o trabalho. Rio de Janeiro: Editora Senac Nacional, 2004. 24