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AULA 4 - OS DIFERENTES 
BALANÇOS UTILIZADOS 
NA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA 
• Conhecer e analisar os diferentes balanços utilizados na administração pública: Balanço 
Patrimonial, Balanço Financeiro e Balanço Orçamentário.
CONTEXTUALIZANDO A APRENDIZAGEM
Prezado(a), Aluno(a);
Seja bem-vindo(a) à mais uma Aula de Contabilidade Pública.
Na Aula anterior, conhecemos o Orçamento Público e suas fases. Conheceremos quais os 
passos do Orçamento Público, um dos instrumentos mais importantes da administração pública, 
pois este direciona onde serão aplicados os recursos.
Você sabe quais são os diferentes balanços utilizados na Administração Pública? O que é 
Balanço Patrimonial, Balanço Orçamentário e Balanço Financeiro? Estas e outras perguntas, 
serão respondidas ao final desta Aula.
Nesta Aula, temos como objetivo os três tipos de balanços utilizados na Administração Pública, 
são eles Balanço Orçamentário, Balanço Financeiro e Balanço Patrimonial. Entenderemos o que 
cada um deles traz de informações e faremos uma relação entre os Balanços e o que é utilizado 
para as Sociedades Empresárias.
Bons estudos!
Mapa mental panorâmico
Para contextualizar e ajudá-lo(a) a obter uma visão panorâmica dos conteúdos que você estudará na Aula 4, bem como entender a inter-
relação entre eles, é importante que se atente para o Mapa Mental, apresentado a seguir:
OS DIFERENTES BALANÇOS UTILIZADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1 BALANÇO PATRIMONIAL 
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
1.3 PASSIVO CIRCULANTE
1.4 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
1.5 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
2 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
2.1 RECEITAS
2.2 DESPESAS 
3 BALANÇO FINANCEIRO 
4 BALANÇO PATRIMONIAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
OS DIFERENTES BALANÇOS UTILIZADOS NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1 BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial faz parte das Demonstrações Contábeis e tem como objetivo apresentar a posição contábil, econômica e 
financeira em determinado período de uma entidade, representando a posição de forma estática. As contas contábeis devem estar 
agrupadas de acordo com o patrimônio, de forma que facilite a análise. 
De acordo com a Lei das Sociedades Anônimas 6.404 de 1976, § 1º do artigo 176, todas as publicações do Balanço Patrimonial 
deverão apresentar os valores correspondentes do exercício anterior, com o objetivo de comparar os exercícios, para que transforme 
um dado em informação. 
Segue o artigo na íntegra: 
Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na escrituração mercantil da companhia, as 
seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as 
mutações ocorridas no exercício: [...]
§ 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das 
demonstrações do exercício anterior (BRASIL, 1976, online).
O Balanço Patrimonial, como é comumente conhecido, é constituído por:
1.1 ATIVO CIRCULANTE
São compostos por bens e direitos e demais aplicações de recursos – que tiveram suas origens de eventos decorridos –, os quais são 
controlados pela entidade, para que possam gerar benefícios econômicos, transformando-se em dinheiro, em um período que seja 
inferior a um ano.
1.2 ATIVO NÃO CIRCULANTE
São compostos por bens e direitos e demais aplicações de recursos, os quais são controlados pela entidade, para que possam gerar 
benefícios econômicos, transformando-se em dinheiro, em um período acima de um ano.
1.3 PASSIVO CIRCULANTE
São compostos por obrigações que possuem com os terceiros, resultado de situações ocorridas que exigirão ativos para a liquidação 
em um período até um ano. 
1.4 PASSIVO NÃO CIRCULANTE
São compostos por obrigações que possuem com os terceiros, resultados de situações ocorridas que exigirão ativos para a liquidação 
em um período acima de um ano. 
Diferença de dado e informação. Todos os dois nos ajudam na 
compreensão, o dado não produz nenhum conhecimento, 
não possui valor para embasar conclusões nem tomar 
decisões, já a Informação é a organização dos dados com 
objetivo de produzir compreensão dentro de um contexto e, aí 
sim, analisar e tomar decisões.
1.5  PATRIMÔNIO LÍQUIDO
São compostos pelos recursos próprios da entidade e também pelas reservas de capital realizadas; seu valor é aferido pela diferença 
positiva entre Ativo e Passivo.
Veja a estrutura do Balanço Patrimonial:
Quadro 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
Ao final de cada exercício, assim como ao final de cada mês, é efetuado o balancete de verificação, com o intuito de conhecer os 
saldos das contas e garantir sua exatidão. No balancete serão apresentadas todas as contas, sejam elas patrimoniais, receitas, custos, 
controle, despesas, variações patrimoniais ativas e passivas etc. 
As conciliações contábeis realizadas para garantir exatidão das informações são, basicamente, comparar as informações externas da 
contabilidade com os registros; as fontes de informações para realizar as comparações normalmente são: extratos bancários, livros 
fiscais, posições de carteiras a receber ou a pagar, posição de financiamentos e empréstimos, controles de caixa, folhas de 
pagamento, posições dos ativos imobilizados e intangíveis, posições de estoques etc. 
Para a obtenção do balanço após as conciliações, são necessários os ajustes e as reclassificações contábeis, como estoques, contas a 
receber, contas a pagar, empréstimos, salários e outros. É necessário também o cálculo de provisões, sejam elas para impostos, como 
Imposto de Renda e Contribuição Social, de acordo com as normas vigentes e aplicadas a cada setor. 
Para realizar o encerramento do período, é necessário o lançamento de fechamento, que é efetuado debitando as contas contábeis 
de receitas, creditando contas contábeis de despesas, creditando contas contábeis de custo e outras. Para todos esses lançamentos, 
essa contrapartida será a apuração do resultado do exercício, que mostrará, naquele período, se a entidade teve resultado positivo ou 
negativo. 
Após todos os ajustes necessários, as contas patrimoniais devem ser agrupadas e classificadas de acordo com seus grupos, e um ponto 
importante é que o ativo sempre terá o mesmo valor passivo. Caso isso não ocorra, verificações devem ser realizadas para localizar 
possíveis lançamentos incorretos. 
Com o balanço preparado, é possível: 
Figura 1 - Estrutura do Balanço Patrimonial
Fonte: Elaborada pelo NEAD.
2 BALANÇO ORÇAMENTÁRIO
O artigo 70 da Constituição Federal recomenda que os poderes Judiciário, Legislativo e Executivo tenham um sistema de controle 
interno que tenha como objetivo que os gestores públicos busquem eficiência, economia e a garantia do acompanhamento dos atos 
praticados, baseado no que foi definido anteriormente, e tenha ainda capacidade de comparação dos Balanços e seus respectivos 
anexos. As prestações de contas tendem a realizar este papel. 
O Balanço Orçamentário foi instituído pela Lei 4.320/1964, artigo 102, o qual define a sua função:
"Art. 102. O Balanço Orçamentário demonstrará as receitas e despesas previstas em confronto com as realizadas" (BRASIL, 1964, online).
Stakeholders significa todo o público estratégico, sendo uma 
pessoa ou grupo que possui interesse em uma empresa, 
entidade, organização etc., podendo ter realizado 
investimentos ou não. Podemos citar como pessoas 
interessadas: colaboradores, fornecedores, acionistas, 
governo, sindicatos, investidores e outros. 
Este balanço é elaborado mensalmente e nele são contidos as receitas e despesas apropriadas dentro do mês. Vale lembrar que o 
orçamento é realizado para todo o ano, uma vez tendo os valores das receitas arrecadas ou recebidas na forma de repasse, e 
também das despesas que são empenhadas, é possível realizar uma previsão para verificar se a proposta orçamentária será cumprida, 
de acordo com o planejado do exercício financeiro em curso. 
Para a elaboração dos Balanços Públicos existem modelos, os quais devem ser seguidos de acordocom o Anexo nº 12 da Lei Federal 
nº 4.320/64. 
O Balanço Orçamentário é registrado em um quadro no qual deve constar:
2.1 RECEITAS
Receitas Correntes 
• Receitas Tributárias;
• Receitas Patrimoniais;
• Receitas de Contribuições;
• Receitas Industriais;
• Receitas de Serviços;
• Transferências Correntes;
• Outras Receitas Correntes. 
Receitas de Capitais 
• Operações de Créditos;
• Alienação de Bens;
• Amortização de Empréstimos e Financiamentos;
• Transferências de Capitais;
• Outras Receitas de Capitais.
Déficit
De acordo com a legislação, as receitas devem ser detalhadas em 2 níveis: 1.º nível – categoria econômica, corrente ou capital; e 2.º 
nível – origem. 
2.2 DESPESAS 
Créditos Orçamentários e Suplementares
• Despesas Correntes;
• Pessoal e Encargos;
• Juros e Encargos da Dívida;
• Outras Despesas Correntes;
• Despesas de Capital;
• Investimento;
• Inversões Financeiras; 
• Amortização da dívida.
Créditos Especiais 
• Despesas Correntes;
• Despesas de Capital.
Créditos Extraordinários 
• Despesas Correntes;
• Despesas de Capital.
Superávit
De acordo com a legislação, as despesas orçamentárias devem ser detalhadas pelo tipo de crédito, orçamento inicial ou orçamento 
adicional. Devem também ser detalhadas por categoria econômica e grupo de natureza da despesa. 
A diferença apontada entre a previsão e a fixação pode ter duas classificações: se for positiva, é denominada Superávit, se for 
negativa, será chamada de Déficit.
De acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, além do quadro principal que vimos anteriormente, deve 
acompanhar o Balanço Orçamentário o Quadro de Execução dos Restos a pagar não processados, e também o Quadro de Execução 
dos Restos a pagar processados. 
Para você conhecer e compreender melhor as funções das contas contábil, e quais os lançamentos mais adequados, sugiro que você 
acesse o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, mostrando como é rico de informações, através do link a seguir:
https://www.cnm.org.br/cms/images/stories/Links/20122018_CPU_MCASP_8_ed_-_publicacao_com_capa_2vs.pdf
Nele você pode aprender mais sobre PCASP, sobre os aspectos orçamentário, patrimonial e fiscal da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público, critérios gerais de evidenciação nas demonstrações contábeis, os procedimentos contábeis orçamentários, os procedimentos 
contábeis patrimoniais, os específicos, os planos de contas aplicado ao setor público e as demonstrações contábeis aplicadas ao setor 
público.
Realizando a análise das receitas, temos as seguintes situações:
Quadro 2 - Análise das Receitas
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
Realizando a análise das despesas, temos as seguintes situações:
Quadro 3 - Análise das Despesas
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
A situação de excesso na despesa não pode acontecer, 
conforme vimos na Aula 2, as despesas são fixadas e não 
podem exceder a previsão.
https://www.cnm.org.br/cms/images/stories/Links/20122018_CPU_MCASP_8_ed_-_publicacao_com_capa_2vs.pdf
O Balanço Orçamentário é uma Demonstração Financeira aplicada ao Setor Público, onde é possível avaliar a sua execução. Para 
exemplificar convido você a acessar o Balanço Orçamentário do Estado de Minas Gerais, clicando aqui. 
3 BALANÇO FINANCEIRO 
O Balanço Financeiro foi instituído pela Lei 4.320/64, artigo 103, que define a sua função:
Art. 103. O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os 
pagamentos de natureza extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e 
os que se transferem para o exercício seguinte.
Parágrafo único. Os Restos a Pagar do exercício serão computados na receita extraorçamentária para compensar sua 
inclusão na despesa orçamentária (BRASIL, 1964, online).
Neste balanço, serão apresentados saldos iniciais, as entradas de recursos, saídas de recursos e o resultado final. Não há informações 
detalhadas de cada receita ou despesa de forma específica, mas trará noções gerais da movimentação financeira daquele órgão de 
um determinado período anual, mensal ou de acordo com o período em análise.
O artigo 35 refere-se ao exercício financeiro, às receitas nele arrecadadas e também às despesas legalmente empenhadas. Caso as 
despesas empenhadas não sejam pagas dentro do exercício, constituem-se os restos a pagar. Nestas situações, aparece o problema 
da conciliação de um fato não financeiro com o sistema financeiro; para estas situações, a legislação indica que os restos a pagar do 
exercício deverão ser classificados como receita não–orçamentária, para neutralizar a despesa orçamentária. 
Outra situação do balanço financeiro, neste documento, é que não é possível identificar se houve superávit ou déficit financeiro. Nessa 
situação, como o ativo e o passivo financeiro estão no Balanço Patrimonial, para identificar o déficit ou superávit, o Balanço Patrimonial 
deve ser utilizado, e não o Balanço Financeiro. 
É importante ressaltar que as receitas e despesas extraorçamentárias estão no Balanço Orçamentário; estas devem ser incluídas para 
refletirem os saldos de caixa que estão previstos, de acordo com o artigo 93 da Lei 4.320/64.
"Art. 93. Todas as operações de que resultem débitos e créditos de natureza financeira, não compreendidas na execução 
orçamentária, serão também objeto de registro, individuação e controle contábil" (BRASIL, 1964, online). 
Segue modelo para Balanço Financeiro:
Quadro 4 - Modelo de Balanço Financeiro
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
O MCASP traz, como Balanço Financeiro, a evidência das despesas e receitas orçamentárias, assim como ingressos e dispêndios 
extraorçamentários, adicionando também saldos de caixa do exercício anterior e o saldo que é transferido para o saldo do exercício 
seguinte. Esta síntese está em linha com a Legislação. 
Para buscar o resultado Financeiro, ao valor base do saldo anterior (de exercício anterior) adicionar os ingressos e subtrair os dispêndios, 
apurando a disponibilidade para o próximo período. Outra forma para essa apuração é pegar a disponibilidade do exercício anterior e 
subtrair da disponibilidade para o período seguinte. 
http://www.fazenda.mg.gov.br/governo/contadoria_geral/demontracoes_contabeis/balanco_geral/2018/2018consolidado.pdf
A estrutura do Balanço Financeiro trata também dos recursos vinculados a educação, saúde, previdência social. Estes são alguns 
exemplos, o intuito é trazer maior transparência em relação à destinação dos recursos públicos.
De forma geral, o Balanço Financeiro irá indicar muitas informações, pois está conjugado com o orçamentário e trará a realidade do 
saldo das disponibilidades dos órgãos públicos. 
4 BALANÇO PATRIMONIAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
O Balanço Patrimonial está regulamentado pelo artigo 105 da Lei 4.320/64: 
Art. 105. O Balanço Patrimonial demonstrará:
I - O Ativo Financeiro;
II - O Ativo Permanente;
III - O Passivo Financeiro;
IV - O Passivo Permanente;
V - O Saldo Patrimonial;
VI - As Contas de Compensação.
§ 1º O Ativo Financeiro compreenderá os créditos e valores realizáveis independentemente de autorização orçamentária 
e os valores numerários.
§ 2º O Ativo Permanente compreenderá os bens, créditos e valores, cuja mobilização ou alienação dependa de 
autorização legislativa.
§ 3º O Passivo Financeiro compreenderá as dívidas fundadas e outras pagamento independa de autorização 
orçamentária.
§ 4º O Passivo Permanente compreenderá as dívidas fundadas e outras que dependam de autorização legislativa para 
amortização ou resgate.
§ 5º Nas contas de compensação serão registrados os bens, valores, obrigações e situações não compreendidas nos 
parágrafos anteriores e que, imediata ou indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio. (BRASIL, 1964, online).
O Balanço Patrimonial aplicado ao Setor Público é a demonstração contábil, que tem como objetivo demonstrar, de forma qualitativa 
e quantitativa, a situação patrimonial, por meio de contas do patrimônio público,além das compensações.
Quadro 5 - Visualização do Balanço Patrimonial de acordo com a legislação
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
 
Ativos Financeiros
Estão os créditos e os valores realizáveis, independente se possuem autorização orçamentária e os valores numerários.
O superávit financeiro ou déficit financeiro não é calculado 
através do Balanço Financeiro, mas sim através do Balanço 
Patrimonial, confrontando ativo financeiro com passivo 
financeiro. 
Ativo Permanente
Bens, créditos e valores cuja movimentação ou alienação dependa da autorização do legislativo.
Passivo Financeiro
Dívidas fundadas e outras, cujo pagamento não possua dependência da autorização orçamentária.
Passivo Permanente
Dívidas fundadas e outras que necessitem da autorização do legislativo para amortização ou resgate.
Patrimônio Líquido ou Saldo Patrimonial
É o valor residual segregado de períodos acumulados (anteriores), além de outros itens.
Contas de Compensação
Atos potenciais que possam impactar o patrimônio, natureza de informações de controle.
Divisão de Circulante e Não Circulante
Ativo Circulante
• disponibilização para realizar-se imediatamente; 
• expectativa de realizar em até doze meses após as demonstrações contábeis;   
Ativo não Circulante
• demais ativos não classificados no curto prazo, acima de doze meses;
Passivo Circulante
• valores exigíveis em até doze meses após a data das demonstrações financeiras;
Passivo não Circulante
• demais passivos não classificados como circulantes;
Em relação aos valores de terceiros, quando a entidade for fiel depositária, como exemplo, podemos citar os depósitos em caução 
que, independente do prazo, serão classificados no passivo circulante, esta é uma característica da Contabilidade Geral. 
Quadro 6 - Estrutura do Balanço Patrimonial
Fonte: Acervo pessoal da Autora.
O Ativo Compensado e o Passivo Compensado devem sempre apresentar o mesmo valor, e estes possuem natureza de controle. 
As exigibilidades são classificadas tanto no ativo quanto no passivo, de acordo com a ordem decrescente. O Balanço tem uma 
característica estática, como se estivéssemos batendo uma “foto” e registrado as informações congeladas. 
O Balanço Patrimonial deve ser elaborado utilizando:
Figura 2 - Elaboração do Balanço Patrimonial
Fonte: Elaborado pelo NEAD.
O Balanço Patrimonial possui um viés orçamentário quando separa o ativo e o passivo em dois grupos financeiros e permanentes, nos 
quais segrega a necessidade ou não da autorização legislativa ou orçamentária para sua execução. 
Atualmente, o Balanço Patrimonial para atender às normas contábeis vigentes é composto por:
a)   Quadro Principal; 
b)   Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes;
c)   Quadro das Contas de Compensação (controle); e
d)   Quadro do Superávit / Déficit Financeiro.
a)   Quadro Principal:
Quadro 7 - Quadro Principal
Fonte: Disponível em Créditos.
b) Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes:
Quadro 8 - Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes
Fonte: Disponível em Créditos.
c)   Quadro das Contas de Compensação (controle):
Quadro 9 - Quadro das Contas de Compensação (controle)
Fonte: Disponível em Créditos.
d) Quadro do Superávit / Déficit Financeiro:
Juntamente com o Balanço Patrimonial, deve ser apresentado o Anexo denominado - Demonstrativo do Superávit/Déficit Financeiro 
Apurado no Balanço Patrimonial. De acordo com os artigos 8 e 50 da Lei Complementar nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal, 
define-se:
Art. 8º – Parágrafo único. Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados exclusivamente 
para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso. 
Art. 50 – Além de obedecer às demais normas de contabilidade pública, a escrituração das contas públicas observará as 
seguintes: I – a disponibilidade de caixa constará de registro próprio, de modo que os recursos vinculados a órgão, 
fundo ou despesa obrigatória fiquem identificados e escriturados de forma individualizada; (BRASIL, 2000, online)
Para que estas solicitações sejam atendidas, é necessário o mecanismo denominado Destinação de Recursos (DR) ou Fontes de 
Recursos (FR). O objetivo é identificar recursos vinculados ou não vinculados, caso seja vinculado, irá indicar qual será sua finalidade, 
desta forma o demonstrativo cumprirá sua função.
Abaixo, a estrutura do demonstrativo. 
Quadro 10 - Quadro do Superávit / Déficit Financeiro
Fonte: Disponível em Créditos.
Prezado(a), Aluno(a), ao final desta Aula, você é capaz de analisar os diferentes balanços utilizados na administração pública? Sabe o 
que cada um deles traz de informações? Existe uma relação entre esses Balanços? Caso você consiga responder à essas questões, 
parabéns! Você atingiu os objetivos desta Aula! Caso tenha dificuldades para responder alguma(s) delas, aproveite para reler o 
conteúdo da Aula, acessar o UNIARAXÁ Virtual e interagir com seus colegas e Tutor(a), a fim de sanar todas as suas dúvidas. Você não 
está sozinho(a) nessa caminhada! Conte conosco!
Chegou o momento de complementar seu conhecimento. Vá até seu Ambiente Virtual de
Aprendizagem e acesse esta aula para assistir a Video Aula
RECAPITULANDO
Nesta Aula, pudemos conhecer os diferentes Balanços utilizados pela Administração Pública. Na Contabilidade Geral, utilizamos o 
Balanço Patrimonial, que é dividido em Ativo, Passivo, Patrimônio Líquido. 
Ativo Circulante: bens e direitos e demais aplicações de recursos que sejam inferiores a um ano.
Ativo não Circulante: são compostos por bens e direitos e demais aplicações de recursos que seja em um período acima de um ano.
Passivo Circulante: são compostos por obrigações que possuem com os terceiros, para a liquidação em um período de até um ano. 
Passivo não Circulante: são compostos por obrigações que possuem com os terceiros, para a liquidação em um período acima de um 
ano. 
Patrimônio Líquido: são compostos pelos recursos próprios da entidade e também pelas reservas de capital realizadas; seu valor é 
aferido pela diferença positiva entre Ativo e Passivo.
Já na contabilidade Pública, de acordo com as Legislações vigentes, utilizamos:
• Balanço Patrimonial 
• Balanço Orçamentário 
• Balanço Financeiro 
O Balanço Financeiro demonstrará a receita e a despesa orçamentárias bem como os recebimentos e os pagamentos de natureza 
extraorçamentária, conjugados com os saldos em espécie provenientes do exercício anterior, e os que se transferem para o exercício 
seguinte. Utilizamos os ingressos e dispêndios. 
Quando um passivo exigível for maior que os seus ativos, existe 
uma grande chance de insolvência, quando subtraímos o 
passivo circulante do ativo circulante, que é igual ao capital 
de giro líquido da empresa, neste resultado podemos ter 
valores positivos e negativos. Sendo positivo, a entidade 
honrará com seus compromissos no curto prazo, mas caso seja 
negativo, utilizará recursos de terceiros para se sustentar o 
longo prazo. Quando esta situação é identificada, é 
necessária uma avaliação em relação às estruturas dos prazos, 
a qual pode comprometer o equilíbrio financeiro de uma 
instituição. Para esses casos, devem ser avaliados empréstimos, 
aumento de capital ou, até mesmo, uma concordata. 
O Balanço orçamentário tem como características a divisão de Receitas Correntes – Receitas Tributárias, Receitas Patrimoniais, Receitas 
de Contribuições, Receitas Industriais, Receitas de Serviços, Transferência Correntes, Outras Receitas Correntes – e Receitas de Capitais – 
Operações de Créditos, Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos e Financiamentos, Transferências de Capital, Outras Receitas 
de Capitais.
Despesas: Créditos Orçamentários e Suplementares – Despesas Correntes, Pessoal e Encargos, Juros e Encargos da Dívida, Outras 
Despesas Correntes, Despesas de Capital, Investimento, Inversões Financeiras, Amortização da dívida; Créditos Especiais – Despesas 
Correntes, Despesasde Capital; Créditos Extraordinários – Despesas Correntes, Despesas de Capital.
Vimos que, nesta demonstração, apuramos superávit e déficit.
Vimos que o Balanço Patrimonial    possui um viés orçamentário quando separa o ativo e passivo em dois grupos financeiros e 
permanentes, nos quais segrega a necessidade ou não da autorização legislativa ou orçamentária para sua execução. Além disso, 
possui anexos necessários: Quadro Principal; Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes; Quadro das Contas de 
Compensação (controle); e Quadro do Superávit / Déficit Financeiro.
Sendo assim, podemos concluir que os Balanços estudados são uma fonte de informação extremamente importante para o setor 
público e estão regulamentados de acordo com as legislações atuais. 
Na próxima Aula, entenderemos um pouco mais de demonstrações, neste caso, analisaremos as demonstrações das Variações 
Patrimoniais.
Espero você !!!
CRÉDITOS
Quadro 7: Quadro Principal - Fonte Disponível em: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/695350/CPU_MCASP+8%C2%AA%20ed+-
+publica%C3%A7%C3%A3o_com+capa_2vs/4b3db821-e4f9-43f8-8064-04f5d778c9f6 p. 434 e 435. Acesso em: 25 de out. de 2019.
Quadro 8: Quadro dos Ativos e Passivos Financeiros e Permanentes - Fonte Disponível em: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/695350/CPU_MCASP+8%C2%AA%20ed+-
+publica%C3%A7%C3%A3o_com+capa_2vs/4b3db821-e4f9-43f8-8064-04f5d778c9f6 p. 435. Acesso em: 25 de out. de 2019.
Quadro 9: Quadro das Contas de Compensação (controle) - Fonte Disponível em: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/695350/CPU_MCASP+8%C2%AA%20ed+-
+publica%C3%A7%C3%A3o_com+capa_2vs/4b3db821-e4f9-43f8-8064-04f5d778c9f6 p. 435 e 436. Acesso em: 25 de out. de 2019.
Quadro 10: Quadro do Superávit / Déficit Financeiro - Fonte Disponível em: 
http://www.tesouro.fazenda.gov.br/documents/10180/695350/CPU_MCASP+8%C2%AA%20ed+-
+publica%C3%A7%C3%A3o_com+capa_2vs/4b3db821-e4f9-43f8-8064-04f5d778c9f6 p. 436. Acesso em: 25 de out. de 2019.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Nilton de Aquino. Contabilidade pública na gestão municipal. São Paulo: Atlas, 2002. Disponível em: Minha Biblioteca 
UNIARAXÁ Virtual. Acesso em: 28 out. 2019.
BRASIL. Lei 4.320 de 17 de março de 1964. 1964. Estatui Normas Gerais de Direito Financeiro para elaboração e controle dos orçamentos 
e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Disponível em: 
. Acesso em: 14 
de out. de 2021.
BRASIL. LEI Nº 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. 1976. Dispõe sobre as Sociedades por Ações. Disponível em: 
. Acesso em: 08 de out. de 2021.
BRASIL. Lei de Responsabilidade Fiscal - Lei Complementar 101/00 | Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000. Estabelece normas 
de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal e dá outras providências. 2000. Disponível em: 
. Acesso em: 14 de 
out. de 2021.
BRASIL. Secretaria do Tesouro Nacional. Ministério da Fazenda. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP). 8 ed. 2019. 
Disponível em: . 
Acesso em: 07 de out. de 2021.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Construindo o Estado Republicano: democracia e reforma da gestão pública. Rio de Janeiro: FGV, 2009. 
Disponível em: . Acesso em: 15 de out. de 2021.
CASTRO, Ana Cristina de; CASTRO, Cláudia Osório de. Gestão Pública Contemporânea. São Paulo: Intersaberes, 2014. Disponível em: 
Minha Biblioteca UNIARAXÁ Virtual. Acesso em: 28 out. 2019.
GOVERNO DE MINAS GERAIS. Balanço de 2018. fazenda.mg.gov.br. 2019. Disponível em: 
. 
Acesso em: 14 de out. de 2021.
KOHAMA, Hélio. Contabilidade pública: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2013. Disponível em: Minha Biblioteca UNIARAXÁ Virtual. 
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