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ZIRLEI FREIRE SILVA CÂMARA
ATIVIDADE PRÁTICA 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Jacobina - BA
2023
ZIRLEI FREIRE SILVA CÂMARA
ATIVIDADE PRÁTICA 
PROTEÇÃO RADIOLÓGICA
Trabalho apresentado junto à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de notas no segundo semestre do curso de Radiologia.
Jacobina - BA
2023
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO
	03
	2. CHECKLIST
	03
	3. CONCLUSÃO
	10
	REFERÊNCIAS
	11
1. INTRODUÇÃO
A Proteção Radiológica pode ser definida conjunto de medidas que visam a proteger o ser humano contra possíveis efeitos indesejáveis causados pela radiação ionizante ou ainda como um padrão apropriado de proteção para o homem sem limitar os inegáveis benefícios das aplicações das radiações ionizantes.
O conhecimento e a prática de proteção radiológica é o que possibilita a todos os IOEs (Indivíduos Ocupacionalmente Expostos) retornarem para suas casas após um dia, uma semana, um ano, uma vida de trabalho com a mesma saúde com que possuíam ao iniciarem sua jornada.
2. CHECKLIST
ATIVIDADE PROPOSTA 1
O Plano de Proteção Radiológica serve para proteger os trabalhadores expostos a radiações ionizantes. Existem fontes naturais de radiações ionizantes, como o sol ou minerais na crosta terrestre.
Mas o ser humano criou máquinas que produzem essas radiações: raios X, tomografia e radioterapia. A exposição a radiações ionizantes pode gerar náuseas, fraqueza, perda de cabelo, queimaduras na pele e diversos tipos de câncer. Vai depender da dose, da duração da exposição, da idade em que se deu a exposição, a sensibilidade dos tecidos, etc.
Então, o Plano de Proteção Radiológica (PPR) é o documento exigido para fins de licenciamento da instalação, que estabelece o sistema de radioproteção a ser implantado pelo serviço de radioproteção.
A partir da identificação e avaliação dos fatores de risco em cada local de trabalho são adotadas as medidas mais adequadas para minimizar possíveis riscos, e são definidas as ações preventivas necessárias para proteger a saúde de cada indivíduo e do conjunto dos trabalhadores.
O programa envolve a atuação de equipes dedicadas (o Serviço de Radioproteção); o estabelecimento de pontos de controle; a realização de exames médicos e análises de laboratórios; o uso de vestimentas apropriadas, a utilização de equipamentos, como monitores de radiação e outros dispositivos; e do treinamento dos trabalhadores e visitantes.
A Proteção Radiológica / Radioproteção é o tema em comum em todas as atividades da Radiologia, o respeito às normas e limites de exposição são conhecimentos fundamentais para qualquer profissional da radiologia.
As atividades na Radiologia em respeito à Proteção Radiológica / Radioproteção tem seu objetivo em utilizar ao mínimo a dose de radiação ionizante nos pacientes e nos profissionais, sendo utilizados os três princípios fundamentais de proteção radiológica:
- Minimizar o tempo
- Aumentar a distância
- Usar a blindagem correta
O objetivo maior da proteção radiológica é evitar a exposição desnecessária do indivíduo à radiação ionizante. Para tanto, algumas regras básicas, fundamentadas essencialmente no bom senso, devem ser seguidas pelos usuários de fontes de radiação ionizante de modo a reduzir a exposição externa e evitar tanto a contaminação como a incorporação de material radioativo, seja por inalação ou ingestão. 
As medidas de prevenção em proteção radiológica incluem: Barreira física ou blindagem; Diminuição do tempo de exposição; Maximização da distância em relação à fonte de radiação; Limitação das doses limite de radiação por ano para cada indivíduo, controlada através dos dosímetros e utilização do monitor individual durante a jornada de trabalho.
Existem 3 princípios de radioproteção, onde devemos adotar alguns procedimentos importantes:
1° PRINCÍPIO – JUSTIFICAÇÃO: Nenhuma atividade que possa expor pessoas à radiação ionizante deve ser autorizada a menos que produza um benefício para o indivíduo exposto ou para a sociedade que compense os danos causados por esta exposição.
2° PRINCÍPIO – OTIMIZAÇÃO: As doses individuais e o número de pessoas expostas devem ser os mais baixos possíveis, considerando os custos econômicos e sociais envolvidos.
3° PRINCÍPIO - LIMITES DE DOSE: São valores de dose equivalente que não devem ser ultrapassados no período de tempo especificado.
Uma ferramenta importante na estimativa da dose recebida por um meio em função do tempo de exposição, é a taxa de dose absorvida, ou seja, a quantidade de dose absorvida por unidade de tempo, calculada através da relação:
Onde, t é o tempo. A unidade no SI é dada em Gy/s.
A definição de taxa pode ser aplicada a qualquer grandeza, para tal basta simplesmente dividir a grandeza pelo tempo.
A Dose absorvida não leva em consideração nem o tipo de radiação e nem o tecido exposto à radiação ionizante assim, para efeito de limitação da dose trabalhador, a Internationale Commission on Radiological Protection (ICRP) criou duas grandezas: a dose equivalente e a dose efetiva.
Os efeitos químicos e biológicos em um meio exposto à radiação dependem do tipo de radiação incidente, seja alfa, beta, nêutrons ou raios-x. Por exemplo, para uma mesma dose absorvida, uma partícula alfa, se estiver interna ao corpo humano, provoca 20 vezes mais dano biológico que um fóton de raios-x.
Quando um indivíduo é submetido a mais de um tipo de radiação, devemos calcular individualmente para cada tipo de radiação e depois somar os resultados.
O dano biológico das radiações ionizantes depende de que órgãos do corpo são irradiados. Por exemplo, um indivíduo que recebe uma dose absorvida em um órgão como o pulmão terá um risco de danos biológicos diferente que um submetido à mesma dose, porém localizada na mão. Para levar em conta o fato de diferentes órgãos resultam em diferentes riscos ao indivíduo, foi introduzido o conceito de dose efetiva.
De mesma forma é necessário dotar essa blindagem de um sistema que permita retirar a fonte de seu interior, para que a radiografia seja feita. Esse equipamento denomina-se irradiador.
Os irradiadores compõem-se, basicamente, de três componentes fundamentais: Uma blindagem, uma fonte radioativa e um dispositivo para expor a fonte.
As blindagens podem ser construídas com diversos tipos de materiais. Geralmente são construídos com a blindagem, feita com um elemento (chumbo ou urânio exaurido), sendo contida dentro de um recipiente externo de aço, que tem a finalidade de proteger a blindagem contra choques mecânicos.
Uma característica importante dos irradiadores, que diz respeito à blindagem, é a sua capacidade. Como sabemos, as fontes de radiação podem ser fornecidas com diversas atividades e cada elemento radioativo possui uma energia de radiação própria. Assim cada blindagem é dimensionada para conter um elemento radioativo específico, com uma certa atividade máxima determinada.
Os mecanismos de ação da radiação ionizante podem ser divididos em duas categorias: o impacto direto, em que as partículas ionizantes interagem com as moléculas de DNA, formando uma série de radicais livres, e o impacto indireto, em que os radicais livres interagem com as moléculas de DNA e cometem mutilações.
As ações dos radicais livres podem ser classificadas como irreversíveis ou reversíveis. Os radicais livres podem interagir diretamente com os seus alvos e causar um dano irreversível na estrutura molecular. Ainda, os radicais livres podem também criar uma grande quantidade de radicais livres menos reativos que podem ser reversíveis.
É importante esclarecer a diferença entre contaminação radioativa e irradiação. A irradiação é originada por algum tipo de procedimento com raios X (em radiodiagnóstico) ou com feixes de elétrons ou raios X em radioterapia. 
Neste caso, o paciente não se torna "radioativo" e, portanto, não há nenhum perigo de "contaminar" outras pessoas ou o meio ambiente. Irradiações severas podem acontecer no caso de explosões de usinas nucleares ou bombas atômicas.
Nestas situações, as pessoasnão ficam radioativas. A contaminação é o fato de estar em contato com fontes não seladas (sem invólucro). Assim, os efeitos biológicos da radiação podem ser classificados em duas categorias:
Os efeitos estocásticos são aqueles que ocorrem ao acaso; ocorrem nos indivíduos não expostos e expostos à radiação. Em proteção radiológica, efeitos estocásticos significam câncer (carcinogênese) e efeitos genéticos (mutagênese).
Os efeitos determinísticos apresentam as seguintes características:
a) Uma dose mínima deve ser atingida antes que se observe um efeito.
b) O tamanho do efeito aumenta com o aumento da dose, isto é, é proporcional à dose.
c) Existe uma relação clara entre a exposição à radiação e o efeito observado.
Os efeitos determinísticos começam a ser observados através de exames sanguíneos a partir de uma dose de 250mGy. Sintomas clínicos com vômitos e diarreias só aparecem para doses superiores a 1Gy que é conhecida como dose infraclínica, abaixo desta dose tem-se a ausência de sintomatologia na maioria dos indivíduos.
O limite anual para o trabalhador é de uma dose efetiva de 50mSv, o que corresponde à uma dose absorvida de 50mGy de radiação X de corpo inteiro, portanto, longe de qualquer sintomatologia!
ATIVIADE PROPOSTA 2
Os exames de raios –x resultam em exposição parcial do corpo do paciente, embora a maioria dos guias e das informações sobre os efeitos da radiação levem em consideração irradiação do corpo inteiro. Para garantir a irradiação parcial do corpo do paciente, deve-se usar a colimação do feixe e fornecer as blindagens protetoras adequadas.
O uso das blindagens é indicado quando áreas ou tecidos sensíveis estão próximos ou mesmo dentro do campo de radiação. Os olhos, as mamas e as gônadas são frequentemente blindadas da radiação primaria com o uso de protetores específicos.
Os coletes são encontrados com equivalências em chumbo de 0,25 mm PB ou 0,50 mm PB. Normalmente esse tipo de EPI possui um comprimento de 100 cm, protegendo dessa forma, a parte frontal do corpo. são utilizados para protegerem a parte frontal e posterior, a vantagem desses dois EPIs são que eles podem ser usados separadamente onde dividem os pesos nos ombros, sendo que os dois tem a mesma quantidade de chumbo do que os aventais.
O protetor de tireoide é uma placa feita de chumbo, colocada ao redor do pescoço dos pacientes durante a realização de exames de radiologia. Em decorrência da sua densidade e do material com o qual é feito, este protetor é de extrema importância para proteger pacientes da radiação durante raios-x, por exemplo.
O mesmo vale para os óculos plumbíferos, uma vez que não é difícil perceber que os olhos são uma das áreas mais sensíveis e vulneráveis do corpo humano. Sendo assim, esse dispositivo tem a função de impedir a penetração da radiação durante as cirurgias.
Protetores de gônadas foram criados para evitar que a radiação cause infertilidade de homens e mulheres. Os dispositivos protegem os aparelhos reprodutores e evitam que a radiação chegue até os ovários e o saco escrotal.
O biombo radiológico é um equipamento utilizado para proteger as pessoas contra a radiação ionizante, geralmente usada em procedimentos radiológicos, como radiografias, tomografias e fluoroscopias. 
O biombo radiológico é composto por um painel ou conjunto de painéis revestidos com chumbo ou borracha plumbífera, que tem a capacidade de barrar a radiação. Ele é colocado entre o paciente e o operador ou outras pessoas que estejam presentes durante o exame radiológico, com o objetivo de minimizar a exposição à radiação ionizante. 
O dosímetro radiológico é o equipamento utilizado para controlar a radiação. O dispositivo tem a função de medir os níveis de radiação recebidos, fazendo com que sejam analisadas formas de proteção e segurança do profissional exposto.
Com capacidade de medir grandezas radiológicas, o instrumento é capaz de oferecer resultados do corpo todo ou de determinado tecido ou órgão, trabalhando com bastante precisão.
3. CONCLUSÃO:
 A radiologia tem se mostrado uma ferramenta importante no estudo da anatomia. Suas técnicas de imagem fornecem uma visualização de estruturas internas e densidades corpóreas que antes não poderiam ser vistas sem ser necessário a abertura ou dissecação do corpo. Deste modo se tornou possível a detecção de doenças e distúrbios sem a necessidade de um procedimento invasivo e de demorada recuperação.
Não podemos falar de radiologia sem falarmos de proteção radiológica, as consequências da falta de proteção por negligência ou imperícia é inaceitável nos dias atuais, por causa de erros humanos que poderiam ser evitados pessoas sofreram deformações ou perderam vidas.
Para obter a menor exposição à radiação ionizante e com isso diminuir a probabilidade de qualquer efeito biológico, deve se seguir quatro regras básicas: tempo, distância, blindagem e o conhecimento mínimo sobre radiações, equipamentos de proteção individual.
A proteção radiológica tem três objetivos básicos: proteger os indivíduos e a sociedade dos efeitos deletérios da radiação ionizante; diminuir a probabilidade de ocorrência dos efeitos a longo prazo classificados como estocásticos; e acabar com a ocorrência dos efeitos a curto prazo classificados como determinísticos.
REFERÊNCIAS
https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-611-de-9-de-marco-de-2022-86107075
https://www.scielo.br/j/ea/a/xzD9Dgv8GPFtHkxkfbQsn4f/?format=pdf&lang=pt
https://wordwall.net/resource/58176727
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