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TUTORIA UCI.
História da Medicina 
A História da Medicina é o estudo da evolução do 
conhecimento médico ao longo do tempo, desde as práticas 
curativas primitivas até a medicina moderna baseada em 
evidências. Ela envolve a análise de como diferentes civilizações 
desenvolveram conceitos de saúde, doença e tratamento, 
influenciados por fatores culturais, filosóficos, religiosos e 
científicos. 
Principais Fases da História da Medicina 
❖ Medicina Primitiva: Baseada em crenças 
espirituais, xamanismo e o uso de ervas 
medicinais. Doenças eram vistas como punições 
divinas ou influências espirituais. 
 
❖ Medicina Antiga: 
✓ Egípcia: Desenvolvimento de papiros médicos, 
como o Papiro de Edwin Smith, descrevendo 
tratamentos cirúrgicos. 
✓ Mesopotâmica: Uso de magia e remédios 
naturais registrados em tábuas de argila. 
✓ Grega: Hipócrates (pai da medicina) desenvolveu 
a teoria dos humores (sangue, fleuma, bile 
amarela e bile negra) e a ética médica. 
✓ Romana: Galeno ampliou os conhecimentos 
anatômicos e fisiológicos. 
❖ Medicina Medieval: Forte influência religiosa, com 
tratamentos baseados na fé e no equilíbrio dos 
humores. Escolas médicas islâmicas (Avicena) 
preservaram e expandiram o conhecimento 
médico. 
❖ Renascimento e Revolução Científica: 
Redescoberta da anatomia por André Vesálio, 
descoberta da circulação sanguínea por William 
Harvey e início da medicina baseada em 
observação e experimentação. 
❖ Séculos XVIII e XIX: Avanços como a vacinação 
(Edward Jenner), desenvolvimento da 
microbiologia (Louis Pasteur e Robert Koch) e 
cirurgia asséptica (Joseph Lister). 
❖ Século XX e Atualidade: Desenvolvimento da 
medicina baseada em evidências, biotecnologia, 
antibióticos, genética, imunologia e avanços em 
cirurgia minimamente invasiva, inteligência 
artificial e telemedicina. 
Medicina na antiguidade 
Acreditava-se que a medicina era algo espiritual, e que as 
doenças existiam através de manifestações e castigos 
divinos. 
 
Medicina Baseada em Misticismo e Religião 
Xamanismo e Curandeirismo: Práticas espirituais usadas 
para curar doenças, incluindo rituais, danças e invocações 
de espíritos. 
Amuletos e Talismãs: Objetos considerados protetores 
contra doenças. 
Orações e Sacrifícios: Muitas culturas, como os egípcios 
e mesopotâmicos, realizavam rituais para apaziguar os 
deuses e curar doenças. 
Métodos Diagnósticos 
• Teoria dos Humores (Hipócrates e Galeno): 
Diagnóstico baseado no equilíbrio dos quatro 
humores (sangue, fleuma, bile amarela e bile 
negra). 
• Anamnese e Observação: Hipócrates defendia a 
observação cuidadosa dos sintomas e hábitos dos 
pacientes. 
• Palpação e Inspeção: Exame físico para detectar 
inchaços, febre e outras alterações corporais. 
• Exame de Urina: Utilizado por egípcios e gregos 
para avaliar a cor e o cheiro da urina como 
indicativo de doenças. 
Métodos Terapêuticos 
• Fitoterapia: Uso de plantas medicinais, como: 
o Aloe vera (cicatrizante), 
o Mirra (antisséptico), 
o Ópio (analgésico na Mesopotâmia e no 
Egito). 
• Sangria e Ventosas: Remoção de sangue para 
"reequilibrar os humores", prática comum na 
Grécia e Roma. 
• Cataplasmas e Unguentos: Misturas de ervas 
aplicadas sobre feridas e infecções. 
• Banhos Terapêuticos: Egípcios e romanos 
utilizavam banhos com óleos e ervas para tratar 
doenças da pele e relaxamento muscular. 
Métodos Cirúrgicos 
• Trepanação: Perfuração do crânio para tratar 
dores de cabeça, convulsões e distúrbios mentais. 
• Cirurgia de Ferimentos: Egípcios e romanos 
realizavam suturas e drenagem de abscessos. 
• Uso de Fogo e Ferro Quente: Cauterização para 
evitar infecções em feridas abertas. 
• Próteses e Órteses: No Egito, foram encontradas 
próteses rudimentares feitas de madeira e couro. 
Métodos de Prevenção 
• Higiene e Saneamento: Romanos desenvolveram 
aquedutos, banhos públicos e sistemas de esgoto 
para evitar epidemias. 
• Vacinação Primitiva: Chineses praticavam a 
variolização, esfregando crostas de varíola em 
cortes para imunizar contra a doença. 
• Dietas Terapêuticas: Hipócrates recomendava 
mudanças na alimentação para tratar doenças. 
Principais marcos da Medicina 
Medicina Primitiva e Antiga (antes de 500 d.C.) 
• ≈ 3000 a.C. | Medicina Egípcia: Uso de papiros 
médicos, como o Papiro de Edwin Smith, que 
descreve tratamentos cirúrgicos, e o Papiro de 
Ebers, que contém receitas de ervas medicinais. 
• ≈ 2600 a.C. | Medicina Chinesa: Desenvolvimento 
da Acupuntura e do conceito de Qi (energia vital). 
• ≈ 1500 a.C. | Medicina Hindu (Ayurveda): Primeiros 
registros de cirurgia plástica reconstrutiva e o 
uso de ervas para cura. 
• ≈ 460-370 a.C. | Hipócrates e a Teoria dos 
Humores: Hipócrates estabelece princípios da 
medicina ocidental, enfatizando a observação 
clínica e a ética médica. 
• ≈ 129-216 d.C. | Galeno e a Medicina Romana: 
Expansão da teoria humoral e experimentos 
anatômicos em animais, influenciando a medicina 
por séculos. 
(PRINCIPAIS) 
 
Idade Média e Renascimento (500-1600) 
• 1025 | "O Cânone da Medicina" de Avicena: 
Importante tratado médico árabe que unificou 
conhecimentos da medicina grega, romana e 
islâmica. 
• 1347-1351 | Peste Negra: Epidemia que devastou a 
Europa, levando a mudanças na higiene e 
quarentena. 
• 1543 | "De Humani Corporis Fabrica" de Vesálio: 
Primeira grande obra de anatomia baseada em 
dissecações humanas, desafiando as ideias de 
Galeno. 
• 1590 | Invenção do Microscópio: Zacharias 
Janssen e Anton van Leeuwenhoek aprimoram 
a óptica, possibilitando o estudo de 
microrganismos. 
Revolução Científica e Medicina Moderna (1600-
1900) 
• 1628 | Descoberta da Circulação Sanguínea: 
William Harvey demonstra que o sangue circula 
pelo corpo bombeado pelo coração. 
• 1796 | Primeira Vacina (Varíola): Edward Jenner 
desenvolve a primeira vacina, usando o vírus da 
varíola bovina. 
• 1847 | Higiene Hospitalar e Lavagem das Mãos: 
Ignaz Semmelweis descobre que lavar as mãos 
reduz infecções hospitalares. 
• 1865 | Pasteurização e Teoria Germinal: Louis 
Pasteur prova que microrganismos causam 
doenças, revolucionando a microbiologia. 
• 1895 | Descoberta dos Raios-X: Wilhelm Roentgen 
cria um dos primeiros métodos de diagnóstico 
por imagem. 
Século XX e Atualidade (1900-presente) 
• 1928 | Descoberta da Penicilina: Alexander 
Fleming inicia a era dos antibióticos. 
• 1953 | Estrutura do DNA: Watson e Crick 
identificam a estrutura de dupla hélice do DNA. 
• 1967 | Primeiro Transplante de Coração: Cirurgia 
bem-sucedida realizada por Christiaan Barnard. 
• 1978 | Primeiro Bebê de Fertilização in Vitro: 
Nascimento de Louise Brown, a primeira bebê 
de proveta. 
• 1990-2003 | Projeto Genoma Humano: 
Sequenciamento completo do DNA humano. 
• 2020 | Desenvolvimento de Vacinas de mRNA: 
Uso de RNA mensageiro em vacinas contra a 
COVID-19, acelerando a imunização global. 
Normas Operacionais Básicas 
(NOB) 
São quem define as estratégias e movimentos táticos 
operacionais que orientam a operacionalidade do sistema, 
a partir de avaliação periódica de implementação e 
desempenho do sus. 
Código de Ética Médica 
Abrange os direitos e deveres dos médicos e pacientes, 
além de ensinos, pesquisas e administrações dos serviços 
de saúde. Está dividido em: 
O código de ética médica abrange os direitos e deveres 
dos médicos e pacientes, além de 
ensinos, pesquisas e administrações e administração dos 
serviços de saúde. Está dividido em: 
● Princípios fundamentais. 
● Direito dos médicos. 
● Responsabilidade profissional. 
● Direitos Humanos. 
● Relação com pacientes e familiares. 
● Doação e transplante de órgãos e tecidos. 
● Relação entre médicos. 
● Remuneração profissional. 
● Sigilo Profissional. 
● Documentos Médicos. 
● Ensino e Pesquisa médica. 
● Publicidade Médica. 
● Disposições Gerais. 
O código de ética do estudante não está incluso no 
mesmo, é próprio. Dividido em: 
● Princípios Fundamentais. 
● Direito dos estudantes. 
● Deveres e Proibições.● Relação com paciente. 
● Sigilo em Medicina. 
● Ensino e Pesquisa. 
● Relação com instituições, profissionais de saúde, 
colegas, professores e 
orientadores. 
● Internato. 
● Juramento de Hipócrates. 
Conselhos de Medicina 
Conselho Regional de Medicina: São supervisores da ética 
profissional, julgadores e disciplinadores da classe médica., 
fiscalizam o exercício médico. 
Responsável por inscrições e o cancelamento no quadro 
do conselho, e é composto por: 
✓ 21 conselheiros. 
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo 
(CREMESP): Fiscaliza o exercício médico no estado de 
SP, e é COMPOSTO por: 
✓ 42 conselheiros com mandatos de 5 anos de 
representação. 
Conselho Federal de Medicina (CFM): é o órgão que 
possui atribuições constitucionais de fiscalização e 
normatização da prática médica. sendo COMPOSTO por: 
✓ 28 conselheiros, onde é disposto um de cada 
estado. 
Associação Paulista de Medicina (APM): é uma entidade 
que cuida dos interesses médicos, contribuindo com a 
elaboração das políticas de saúde e qualificação da 
assistência médica. Valoriza os médicos em âmbitos 
públicos e privados. 
Erros Médicos 
Os erros médicos são falhas na assistência à saúde que 
resultam em dano ao paciente ou aumentam o risco de 
prejuízo. Essas falhas podem ocorrer por erro humano, 
falhas no sistema de saúde, problemas de comunicação 
ou falta de protocolos adequados. 
Sendo divididos em 3: 
Imprudência: Agir com descuido ou sem cautela, 
causando um dano que poderia ter sido previsto e 
evitado, mas assumiu o risco de praticá-lo mesmo assim. 
Imperícia: Falta de qualificação ou técnica, teórica ou 
prática, não tendo conhecimento ou preparo para realizar 
determinado procedimento. (Ex: Clínico geral realizar 
cirurgia plástica) 
 
Negligência: Não apresenta a conduta esperada para 
determinada situação, sabe da obrigação, mas não as faz 
causando prejuízo ao paciente. (Ex: Não receitar 
antibiótico após cirurgia sabendo que é necessário) 
Protocolo de Más notícias. 
O protocolo SPIKES é um método estruturado para a 
comunicação de más notícias na área da saúde. Ele foi 
desenvolvido para ajudar profissionais de saúde a 
transmitir informações difíceis de maneira empática e 
ética, reduzindo o impacto emocional no paciente e 
familiares. 
S – Setting (Preparação do ambiente): Escolher um local 
privado, silencioso e confortável. Garantir que não haja 
interrupções. Estar sentado e em contato visual com o 
paciente/familiares. 
P – Percepção do paciente: Explorar o que o paciente já 
sabe sobre sua condição. Perguntar: "O que você 
entende sobre sua situação?" 
I – Informação (Convite para Informar): Perguntar se o 
paciente deseja saber todos os detalhes ou se prefere 
informações graduais. Respeitar o desejo do paciente em 
relação ao nível de informação. 
K – Conhecimento (Transmissão da notícia): Dar a notícia 
de forma clara e objetiva, evitando termos técnicos 
excessivos. Fazer pausas e permitir que o paciente 
processe a informação. 
E – Empatia e Resposta emocional: Reconhecer as 
emoções do paciente e validar seus sentimentos. Frases 
como: "Eu entendo que isso deve ser muito difícil para 
você." 
S – Estratégia e Plano: Oferecer suporte e discutir os 
próximos passos. Garantir que o paciente compreenda o 
que pode ser feito e quem pode ajudá-lo. 
Implementação do SUS 
A Saúde no Brasil Antes do SUS 🏥🇧🇷 
Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS) em 
1988, o acesso à saúde no Brasil era desigual e 
excludente, privilegiando quem tinha vínculo empregatício 
e deixando grande parte da população sem atendimento 
adequado. 
Período Colonial e Imperial (1500 – 1889) 
• Assistência baseada na caridade e filantropia, 
oferecida por ordens religiosas e Santas Casas de 
Misericórdia. 
• Ausência de políticas públicas de saúde; 
epidemias como varíola e febre amarela eram 
comuns. 
• Criação das primeiras Faculdades de Medicina 
(Bahia - 1808 e Rio de Janeiro - 1809). 
República Velha (1889 – 1930) 
• A assistência médica era privada e elitista, 
acessível apenas às classes mais ricas. 
• Criadas as primeiras ações sanitárias para 
combater epidemias, lideradas por Oswaldo Cruz, 
como a campanha da vacina contra a varíola. 
• Trabalhadores não tinham direitos à saúde 
pública. 
Era Vargas e Consolidação das Leis Trabalhistas (1930 – 
1964) 
• Surgimento dos primeiros sistemas de saúde 
para trabalhadores urbanos, chamados Caixas de 
Aposentadoria e Pensão (CAPs). 
• Em 1960, as CAPs foram unificadas no Instituto 
Nacional de Previdência Social (INPS), mas 
somente trabalhadores com carteira assinada 
tinham acesso aos serviços. 
Ditadura Militar e Crise do INPS (1964 – 1985) 
• O INPS se torna o Instituto Nacional de 
Assistência Médica da Previdência Social 
(INAMPS), mas o foco ainda era a saúde dos 
trabalhadores formais. 
• A população rural e trabalhadores informais não 
tinham direito à assistência médica gratuita. 
• A saúde pública era centralizada e marcada pela 
corrupção e ineficiência, com grande 
dependência do setor privado. 
Movimento da Reforma Sanitária e Criação do SUS (1988) 
• Durante a redemocratização, a pressão social e o 
Movimento da Reforma Sanitária defenderam a 
criação de um sistema público universal. 
• A Constituição de 1988 garantiu que a saúde é 
um direito de todos e dever do Estado, dando 
origem ao SUS. 
📌 Conclusão 
Antes do SUS, o acesso à saúde era restrito a quem 
possuía emprego formal e contribuía para a Previdência 
Social. Com a criação do SUS, o Brasil passou a ter um 
sistema público e universal, garantindo assistência médica 
para toda a população, independentemente de condição 
financeira. 
Criação do SUS 
A criação do Sistema Único de Saúde (SUS) foi um 
marco na história da saúde pública brasileira, garantindo 
acesso universal e gratuito à população. A 
implementação do SUS ocorreu gradualmente a partir da 
Constituição de 1988, com diversas etapas fundamentais. 
A 8ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em 1986, 
foi o evento mais importante para a criação do Sistema 
Único de Saúde (SUS). Essa conferência foi um marco na 
luta pelo direito universal à saúde no Brasil, influenciando 
diretamente a Constituição de 1988. 
✓ Lei 8080/90 regulamentou o SUS deixando de 
ser SUDS. 
Constituição de 1988 – O Direito à Saúde 
📜 
A Constituição Federal estabeleceu que a saúde é um 
direito de todos e dever do Estado, rompendo com o 
modelo anterior, em que apenas trabalhadores formais 
tinham assistência. 
Foi criado um modelo descentralizado e participativo, 
permitindo que estados e municípios tivessem autonomia 
na gestão da saúde. 
✓ Lei 8142/90 → Define a participação popular no 
SUS, garantindo a criação de conselhos e 
conferências de saúde. 
Conselhos são formados por: 
✓ 50% usuários. 
✓ 25% trabalhadores. 
✓ 25% prestadores de serviço.. 
Princípios Doutrinários do SUS 
Universalidade – A saúde é um direito de todos, 
independente de sexo, raça, ocupação ou qualquer 
característica social ou pessoal. 
Equidade – Diminuir a desigualdade, tratar de forma 
desigualmente os desiguais, investindo onde a carência é 
maio.r. 
Integralidade – Considerar as pessoas como um todo e 
atender todas elas, sendo importante toda integração de 
ações, incluindo a promoção a saúde, prevenção de 
doenças, tratamento e reabilitação. 
Princípios Organizativos ou Diretrizes. 
Regionalização e Hierarquização – Organizados em níveis 
crescentes de complexidade, limitando determinada área 
geográfica, planejada a partir das necessidades da 
população a ser atendida. 
Regionalização é unificar os serviços que já existem e a 
Hierarquização é a divisão dos níveis de atenção e 
garantir formas de acesso a serviços que façam parte da 
complexidade requerida. 
Descentralização e Comando único – Redistribuir poder e 
responsabilidade entre as três esferas do governo. 
Mandato único onde cada esfera do governo é soberana 
e autônoma nas suas decisões, respeitandoos princípios 
gerais e participação da sociedade. 
Participação Social – A sociedade deve participar no dia a 
dia do sistema. Para isso criam os conselhos e as 
conferencias de saúde, que formulam estratégias, 
controlam e avaliam a execução de politicas de saúde. 
Conferência de Saúde x Conselho de 
Saúde 
A Conferência de Saúde e o Conselho de Saúde são 
instâncias de participação social no Sistema Único de 
Saúde (SUS), mas possuem papéis e características 
distintas. 
Conferência de Saúde 
• O que é? Evento amplo e periódico que reúne 
representantes do governo e da sociedade para 
debater e definir diretrizes para a política de 
saúde. 
• Objetivo: Avaliar a situação da saúde, propor 
diretrizes para as políticas públicas e fortalecer a 
participação social. 
• Periodicidade: Acontece a cada quatro anos, nos 
níveis municipal, estadual e federal. 
• Participantes: Usuários do SUS, profissionais de 
saúde, gestores e prestadores de serviços. 
• Resultado: Gera um relatório com propostas para 
o planejamento das políticas de saúde nos 
diferentes níveis de governo. 
As decisões são homologadas pelo chefe do poder 
legalmente constituído em cada esfera do governo. 
Conselho de Saúde 
• O que é? Órgão colegiado permanente de 
caráter deliberativo e fiscalizador, vinculado às 
esferas municipal, estadual e federal. 
• Objetivo: Monitorar a execução das políticas de 
saúde, acompanhar a aplicação de recursos e 
garantir a participação da sociedade na gestão do 
SUS. 
• Composição: Formado por representantes de 
usuários, trabalhadores da saúde, gestores e 
prestadores de serviço, garantindo paridade 
entre os segmentos. 
• Funcionamento: Se reúne regularmente para 
discutir, propor e fiscalizar ações de saúde, 
podendo tomar decisões e recomendar ajustes 
nas políticas públicas. 
Diferença Principal 
• A Conferência de Saúde é um evento de debate 
e formulação de diretrizes, enquanto o Conselho 
de Saúde é um órgão permanente que 
acompanha e fiscaliza a execução dessas 
diretrizes no dia a dia da gestão pública. 
Essas instâncias garantem a participação social na gestão 
do SUS, promovendo o controle social e a 
democratização das decisões em saúde. 
Tipos de Planos de Saúde 
Saúde Complementar – É quando o setor público esta 
escasso de tal serviço necessário (não tem disponível no 
sus) e é necessário recorrer ao serviço privado para ser 
realizado porém quem paga as despesas é o governo. 
Preferencialmente é utilizado instituições filantrópicas sem 
fins lucrativos, mediante convênios de contrato. 
Saúde Suplementar – Compreende os planos de saúde, 
seguros e serviços de saúde privado. 
Cooperativas – Sociedade de pessoas sem fins lucrativos, 
formada por associação autônoma de pelo menos 20 
pessoas. 
Pode comercializar planos físicos ou jurídicos, com rede 
própria ou terceirizada. 
Seguradoras – Não possuem rede própria, referenciam 
para uma rede de serviço e pagam diretamente os 
prestadores de serviço, livre escolha, reembolso em 30 
dias. 
Plano de Saúde – Oferece serviços, profissionais e 
estabelecimentos pré-determinados. A mensalidade cobre 
os atendimentos necessários. 
Seguro Saúde – O segurado escolhe os médicos, 
hospitais e laboratórios de sua preferência. O segurado 
paga e o seguro reembolsa. 
Financiamento da Distribuição 
de Verbas do SUS 
São financiados pelas 3 esferas do governo, sendo 
distribuídas em: 
✓ Estadual – mínimo de 12% da arrecadação dos 
impostos anualmente. 
✓ Municipal – mínimo de 15% 
✓ Federal - Principal financiador, repassa recursos 
do Fundo Nacional de Saúde (FNS). 
A distribuição é feita de acordo com os serviços 
prestados em hospitais e ambulatórios credenciados pelo 
SUS. 
Cartão do SUS 
É um documento de identificação do SUS, contendo 
informações unificadas e pessoais, possibilitando o acesso 
ao histórico do paciente no CNS, tais como: 
• Atenção básica. 
• Sistema hospitalar. 
• Dispensação de medicamentos. 
Esferas de Saúde. 
Ministério da Saúde – Normatiza, formula, monitora e 
avalia políticas e ações em articulação com o conselho 
nacional de saúde. 
Secretária Estadual de Saúde – Participa da formulação 
de políticas e ações de saúde, presta apoio aos 
municípios em articulação com o conselho estadual. 
Participa da comissão bipartite (duas partes) para 
aproveitar e implementar o plano estadual de saúde. 
Secretária Municipal de Saúde – Planeja, organiza e 
executa ações e serviços de saúde do município. 
 
Níveis de Atenção à Saúde. 
Nível de Atenção Primária – São a porta de entrada no 
sistema de saúde, onde se inicia os atendimentos de 
menor complexidade, sendo elas as unidades básicas de 
saúde (UBS), ESF e Postos de Saúde. 
Nível de Atenção Secundária – São os serviços e 
procedimentos de áreas especializadas, sendo elas: AME, 
Pronto socorro, Pronto Atendimento. Atendimento de 
média complexidade. 
Nível de Atenção Terciária – São os procedimentos e 
terapias especializadas de alta tecnologia ou alto custo. 
Tais como, hospital do câncer, Cardiologia, Oftalmologia, 
Diálise, Transplantes e Santa Casa que realiza 
procedimentos cirúrgicos. 
Referência e Contrarreferência. 
São mecanismos de trocas de informações na rede de 
atenção, o trânsito do usuário no sistema. 
Referência – É a indicação de um nível de menor 
complexidade para um nível de maior complexidade. (Ex: 
UBS encaminhar o Paciente para o AME) 
Contrarreferência – É a indicação de um nível de maior 
complexidade para um nível de menor complexidade. (Ex: 
Paciente fez cirurgia e foi indicado a ESF para realização 
de curativo). 
Diferença entre os serviços de 
atendimento. 
Os atendimentos de saúde são divididos em Ponto 
atendimento, Pronto socorro e Hospitais. 
PAM (Pronto Atendimento Municipal) – Unidades não 
vinculadas a hospitais necessariamente, atendem casos 
agudos, porém de menor gravidade, tais como: 
✓ Diarreia. 
✓ Pequenos Cortes. 
✓ Dor de Cabeça. 
✓ Dor de Ouvido. 
✓ Garganta Inflamada. 
✓ Raio X 
✓ Exames de Sangue. 
 
▪ Geralmente funcionam dentro de um horário 
pré-estabelecido. 
Pronto Socorro – Presta assistência a doentes com ou 
sem risco de vida, cujo agravos a saúde necessitam de 
atendimento imediato. 
Funcionam 24 horas por dia e dispõe de leitos de 
observação, atendem ocorrências tais como: 
✓ Hemorragia. 
✓ Infarto. 
✓ Acidentes de Trabalho. 
✓ Fratura. 
✓ Convulsões. 
✓ Desmaios 
✓ Dores súbitas ou intensas. 
Hospitais – Situação de atendimento de alta 
complexidade e internações, e são divididos em: 
Pequeno Porte: Até 50 leitos. 
Médio Porte: De 51 a 150 leitos. 
Grande Porte: Acima de 150 leitos. 
Atendimento e Classificação de Risco. 
Atendimento: Refere-se a todo o processo de recepção 
e cuidado ao paciente. Isso começa com o registro inicial, 
seguido pela avaliação clínica e pelo encaminhamento 
para o setor apropriado, seja para exames, 
procedimentos ou internação. 
Classificação de Risco (Triagem): É o procedimento pelo 
qual a equipe de saúde, normalmente composta por 
enfermeiros capacitados, avalia rapidamente os sinais 
vitais, sintomas e a condição clínica do paciente. O 
objetivo é identificar aqueles que necessitam de 
intervenção imediata e priorizar o atendimento com base 
na gravidade apresentada. 
São utilizados protocolos padronizados para classificar os 
pacientes em categorias de risco. Embora os nomes e 
cores possam variar, um utilizado mais comum é o 
protocolo de Manchester. 
❖ Vermelho (Emergência): 
Tempo: Imediato 
Exemplos: Parada cardiorrespiratória, choque 
anafilático 
❖ Laranja (Muito Urgente): 
Tempo: Até 10 minutos 
Exemplos: Infarto agudo, dificuldade respiratória 
grave 
❖ Amarelo (Urgente): 
Tempo: Até 60 minutos 
Exemplos: Crise asmática moderada, dor 
abdominal intensa 
❖ Verde (Pouco Urgente): 
Tempo: Até 120 minutos 
Exemplos: Traumas leves, cortes, fraturas 
simples 
❖ Azul (Não Urgente): 
Tempo: Até 240 minutos 
Exemplos: Condições não emergenciais, 
sintomas crônicosestáveis 
Ética e Moral na Saúde 
Ética 
• Definição: 
A ética é o estudo dos valores e dos princípios 
que orientam o comportamento humano. Na 
área da saúde, ela busca estabelecer normas e 
condutas que promovam o respeito, a dignidade 
e os direitos dos pacientes, guiando tanto a 
prática profissional quanto a organização dos 
serviços. 
Moral 
• Definição: 
A moral refere-se ao conjunto de normas, 
valores e crenças compartilhadas por uma 
sociedade ou indivíduo, que define o que é 
considerado certo ou errado. No contexto da 
saúde, a moral influencia as atitudes e 
comportamentos dos profissionais e das 
instituições, moldando a forma como os cuidados 
são prestados e como as relações interpessoais 
se desenvolvem. 
Bioética 
• Definição: 
A bioética é um campo interdisciplinar que analisa 
as implicações éticas, sociais, legais e científicas 
das práticas relacionadas à vida, à saúde e à 
biologia. Ela se torna fundamental frente aos 
avanços tecnológicos e às novas práticas 
médicas, ajudando a refletir sobre os limites e as 
responsabilidades dos profissionais e das 
instituições de saúde. 
Princípios da Bioética 
Os principais princípios que orientam a bioética são: 
• Autonomia: 
Respeito à capacidade do paciente de tomar 
decisões informadas sobre seu tratamento. 
• Beneficência: 
Compromisso de agir em favor do bem, 
promovendo o melhor interesse do paciente. 
• Não Maleficência: 
Princípio de “não causar dano”, enfatizando a 
necessidade de evitar práticas que possam 
prejudicar o paciente. 
• Justiça: 
Busca pela equidade no acesso e na distribuição 
dos recursos de saúde, garantindo tratamento 
justo a todos. 
Política Nacional de Humanização (PNH) 
Conceito 
A Política Nacional de Humanização (PNH) é uma diretriz 
do Ministério da Saúde no Brasil que visa promover a 
humanização das relações e dos processos nos serviços 
de saúde. Ela procura garantir um atendimento mais 
qualificado, humanizado e centrado nas necessidades dos 
usuários e dos profissionais. 
Diretrizes da PNH 
Entre as principais diretrizes da PNH, destacam-se: 
• Valorização dos Profissionais: 
Incentivar o protagonismo e a capacitação dos 
trabalhadores da saúde, reconhecendo a 
importância de seu papel no cuidado aos 
pacientes. 
• Acolhimento e Escuta Qualificada: 
Garantir um atendimento que valorize a 
comunicação e o relacionamento entre 
profissionais e usuários, proporcionando um 
ambiente de confiança e respeito. 
• Participação Social: 
Promover a participação ativa dos usuários e da 
comunidade na gestão dos serviços de saúde, 
reforçando o controle social e a transparência. 
• Melhoria dos Processos: 
Incentivar a revisão e aprimoramento contínuo 
dos processos administrativos e assistenciais, 
visando a eficiência e a qualidade do atendimento. 
Objetivo da PNH 
Os principais objetivos da Política Nacional de 
Humanização são: 
• Humanização do Atendimento: 
Proporcionar um ambiente acolhedor e 
respeitoso, onde os pacientes se sintam ouvidos 
e valorizados. 
• Qualidade e Integralidade: 
Garantir um atendimento de saúde que seja não 
apenas técnico, mas também humanizado, 
considerando as dimensões emocionais, sociais e 
culturais dos usuários. 
• Fortalecimento dos Vínculos: 
Melhorar a relação entre os profissionais de 
saúde e os usuários, construindo uma rede de 
cuidado baseada na confiança e na colaboração 
mútua. 
• Participação e Controle Social: 
Estimular a participação dos cidadãos na 
construção e na avaliação dos serviços de saúde, 
fortalecendo a transparência e a responsabilidade 
do sistema. 
Este conjunto de conceitos e diretrizes forma a base 
para a prática de uma saúde mais ética, justa e 
humanizada, onde o respeito à individualidade do paciente 
e o compromisso com o bem coletivo são fundamentais 
para a qualidade dos serviços prestados. 
 
Modelos de Relações Médico 
Paciente. 
1. Modelo Sacerdotal 
• Conceito: 
Também conhecido como modelo paternalista, 
nesse arranjo o médico assume uma posição de 
autoridade quase “sagrada”, semelhante à de um 
sacerdote. Ele detém o conhecimento e a 
sabedoria para conduzir o tratamento, e o 
paciente, por sua vez, espera orientações e 
confia integralmente nas decisões do profissional. 
• Características: 
o Centralidade do Médico: O profissional é 
visto como a figura que sabe o que é 
melhor para o paciente. 
o Postura Passiva do Paciente: O paciente 
adota uma postura de submissão, 
depositando confiança total nas decisões 
do médico. 
o Tom Moral e Autoritário: A relação 
assume um caráter normativo, onde os 
valores e a autoridade do médico são 
preponderantes. 
✓ PODER DE DECISÃO TOTAL DO MÉDICO. 
2. Modelo Engenheiro 
• Conceito: 
Neste modelo, o médico é comparado a um 
engenheiro, focando na resolução de problemas 
de forma técnica e sistemática. O tratamento é 
planejado e executado com precisão, enfatizando 
a dimensão técnica e o domínio da ciência 
médica. 
• Características: 
o Abordagem Técnica: O foco está na 
identificação e correção dos “defeitos” 
do corpo, com ênfase em diagnósticos e 
tratamentos baseados em evidências 
científicas. 
o Processo Metódico: O médico atua de 
maneira estruturada, similar a um 
engenheiro que segue um projeto para 
solucionar problemas específicos. 
o Redução do Componente Emocional: 
Embora a empatia seja importante, a 
interação tende a ser mais objetiva e 
centrada nos aspectos fisiológicos. 
✓ PODER DE DECISÃO TOTAL DO PACIENTE. 
3. Modelo Colegial 
• Conceito: 
No modelo colegial, a relação é construída sobre 
a ideia de parceria entre médico e paciente. 
Ambos são considerados participantes ativos no 
processo de cuidado, contribuindo com seus 
conhecimentos e experiências. 
• Características: 
o Diálogo e Cooperação: A decisão sobre 
o tratamento é tomada de forma 
conjunta, com o médico compartilhando 
informações e o paciente contribuindo 
com suas preferências e valores. 
o Igualdade Relacional: O médico atua mais 
como um consultor ou colega, reduzindo 
hierarquias e promovendo um ambiente 
de respeito mútuo. 
o Empoderamento do Paciente: Estimula-
se a autonomia do paciente, que se 
torna protagonista em seu próprio 
cuidado. 
✓ PODER IGUALITÁRIO ENTRE AMBOS, NÃO 
EXISTE AUTORIDADE DO MÉDICO COMO 
PROFISSIONAL. 
4. Modelo Contratualista. 
✓ Conceito: 
Esse modelo enxerga a relação médico-paciente 
como uma espécie de contrato, onde os papéis, 
responsabilidades e expectativas são 
estabelecidos de forma explícita. Ambos os lados 
têm direitos e deveres bem definidos. 
✓ Características: 
o Negociação e Acordo: A relação é 
pautada por um entendimento mútuo, 
onde o consentimento informado e o 
respeito às escolhas do paciente são 
fundamentais. 
o Transparência: Há uma clara 
comunicação sobre os limites, benefícios 
e riscos dos procedimentos, reforçando 
o compromisso ético e legal de ambas 
as partes. 
o Responsabilidade Mútua: Tanto o médico 
quanto o paciente assumem 
responsabilidades, contribuindo para um 
cuidado mais consciente e compartilhado. 
✓ MÉDICO PRESERVA SUA AUTORIDADE. E 
ASSUME A RESPONSÁBILIDADE POR SUAS 
DECISÕES, PORÉM PACIENTE TAMBÉM 
PARTICIPA NA TOMADA DE DECISÕES. 
(METÓDO RECOMENDADO A SER UTILIZADO 
ATUALMENTE) 
 
Considerações Finais 
Cada um desses modelos reflete diferentes tradições, 
valores e expectativas na prática médica. Enquanto o 
modelo sacerdotal enfatiza a autoridade do médico e a 
passividade do paciente, o engenheiro valoriza a precisão 
técnica. Em contrapartida, o modelo colegial promove 
uma relação mais horizontal e colaborativa, e o 
contratualista estabelece uma base de compromisso e 
negociação clara. A escolha ou a predominância de um 
modelo pode variar de acordo com o contexto clínico, a 
cultura organizacional e as necessidades individuais dos 
pacientes e profissionais. 
 
O eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) é um dos 
principais sistemas de regulação neuroendócrina docorpo, responsável por mediar a resposta ao estresse e 
regular diversas funções fisiológicas, como o metabolismo, 
a imunidade e o humor. 
 
Eixo Hipotálamo-hipófise-
adrenal. 
Hipotálamo: 
• Função: 
O hipotálamo é uma região do cérebro que atua 
como um integrador de estímulos internos e 
externos. 
• Hormônio liberador: 
Quando detecta estresse ou outros estímulos, o 
hipotálamo secreta o hormônio liberador de 
corticotropina (CRH). 
Hipófise (Glândula Pituitária): 
• Função: 
Situada na base do cérebro, a hipófise responde 
ao CRH. 
• Hormônio produzido: 
Em resposta ao CRH, a hipófise anterior libera o 
hormônio adrenocorticotrópico (ACTH). 
Glândulas Adrenais: 
• Função: 
Localizadas acima dos rins, as glândulas adrenais 
são estimuladas pelo ACTH. 
• Hormônios produzidos: 
A principal resposta é a produção de 
glicocorticoides, como o cortisol, que tem 
funções importantes na regulação do 
metabolismo, na modulação do sistema 
imunológico e na resposta ao estresse. 
Divisões e funções de cada região. 
Adeno Hipofise - está intimamente ligada ao 
hipotálamo, que regula sua atividade por meio de 
hormônios liberadores e inibidores. 
É quem PRODUZ hormônios, sendo eles: 
✓ TSH (Hormônio Tireoestimulante) 
✓ LH (Hormônio Luteinizante) 
✓ FSH (Hormônio Folículo Estimulante) 
✓ Prolactina 
✓ GHRH (Crescimento) 
✓ ACTH (Cortisol, Androgênio e Córtex Adrenal) 
Neuro Hipófise – Recebe hormônio do hipotálamo e 
secreta para corrente sanguínea, sendo eles: 
✓ Ocitocina 
✓ ADH (Hormônio Antidiurético) 
Feedback Negativo – Inibe a produção de hormônios. 
O cortisol, uma vez liberado, exerce um feedback 
negativo sobre o hipotálamo e a hipófise. Isso significa 
que, quando os níveis de cortisol aumentam, a produção 
de CRH e ACTH é inibida, ajudando a manter o equilíbrio 
hormonal e evitar a hiperatividade do sistema. 
Feedback Positivo – Estimula a produção de hormônios. 
Glândula Tireoide. 
É uma glândula que produz os hormônios T3 e T4, 
regulando a homeostase termogênica e metabólica. 
Homeostase - A homeostase refere-se à capacidade do 
organismo em manter condições internas estáveis e 
adequadas para o funcionamento ótimo das células e 
sistemas. (mantém o corpo em equilíbrio) 
Homeostase térmica - É o processo pelo qual o corpo 
regula sua temperatura interna, mantendo-a dentro de 
uma faixa estreita (geralmente em torno de 36,5°C a 
37,5°C) apesar das variações do ambiente externo. 
O hipotálamo é a principal estrutura cerebral responsável 
por monitorar e regular a temperatura do corpo. 
Homeostase metabólica - regulação dos processos 
metabólicos que garantem a produção, armazenamento 
e utilização de energia, mantendo o equilíbrio de 
nutrientes e a estabilidade das concentrações de glicose, 
lipídeos, aminoácidos e outros metabólitos no sangue. 
Hipotiroidismo x Hipertireoidismo. 
Hipotiroidismo – O hipotireoidismo é uma condição em 
que a glândula tireoide produz hormônios tireoidianos em 
quantidade insuficiente, resultando na desaceleração do 
metabolismo corporal. 
Hormônio T3 e T4 
Hormônio TSH 
Principais Causas: 
• Tireoidite de Hashimoto: Doença autoimune que 
leva à destruição progressiva do tecido 
tireoidiano. 
• Deficiência de Iodo: Em regiões com baixa 
ingestão de iodo, pode ocorrer diminuição na 
produção de hormônios tireoidianos. 
• Outras Causas: Cirurgias ou tratamentos com 
radiação na região da tireoide, certas medicações 
e condições congênitas. 
Sintomas Comuns: 
• Fadiga e cansaço excessivo 
• Sensação de frio e intolerância ao frio 
• Ganho de peso 
• Constipação 
• Pele seca e cabelos quebradiços 
• Lentidão mental e depressão 
• Bradicardia (ritmo cardíaco lento) 
Diagnóstico e Tratamento: 
• Diagnóstico: Realizado por meio de exames 
laboratoriais que geralmente mostram níveis 
elevados de TSH e níveis reduzidos de T3 e T4. 
• Tratamento: Geralmente envolve a reposição 
hormonal com levotiroxina, ajustada conforme a 
resposta do paciente. 
Hipertiroidismo - O hipertireoidismo é a condição em que 
a glândula tireoide produz hormônios em excesso, 
acelerando diversas funções metabólicas do organismo. 
Hormônio T3 e T4. 
Hormônio TSH. 
Principais Causas: 
• Doença de Graves: Distúrbio autoimune que 
estimula a tireoide a produzir mais hormônios. 
• Bócio Multinodular Tóxico: Crescimento nodular 
da tireoide que pode resultar na produção 
excessiva de hormônios. 
• Adenoma Tóxico: Nódulo único que secreta 
hormônios de forma autônoma.. 
Sintomas Comuns: 
• Perda de peso inexplicada 
• Aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e 
palpitações 
• Intolerância ao calor e sudorese excessiva 
• Tremores nas mãos 
• Ansiedade e irritabilidade 
• Olhos saltados (exoftalmia), especialmente na 
doença de Graves 
• Diarreia e fadiga muscular 
Diagnóstico e Tratamento: 
• Diagnóstico: Os exames laboratoriais costumam 
revelar níveis baixos de TSH e níveis elevados 
de T3 e T4. 
• Tratamento: Pode incluir o uso de medicamentos 
antitireoidianos (como metimazol ou 
propiltiouracil), terapia com iodo radioativo ou, em 
alguns casos, intervenção cirúrgica. 
❖ EM AMBOS O HIPOTÁLAMO É QUEM 
AUMENTA OU DIMINUI A PRODUÇÃO. 
 
Sistema Nervoso 
O sistema nervoso é uma rede complexa e altamente 
especializada responsável pela coordenação, integração e 
controle de todas as funções do organismo. Ele permite 
que o corpo receba estímulos, processe informações e 
responda de maneira adequada ao ambiente. 
Divisão do Sistema Nervoso 
Sistema Nervoso Central (SNC) 
• Componentes: 
o Encéfalo: Inclui o cérebro, cerebelo e 
tronco encefálico. 
o Medula Espinhal: Responsável pela 
transmissão dos sinais entre o cérebro e 
o resto do corpo. 
• Função: 
Processamento e integração de informações, 
coordenação de atividades e controle das 
funções corporais. 
Sistema Nervoso Periférico (SNP) 
• Componentes: 
o Nervos Cranianos e Espinhais: Conectam 
o SNC aos órgãos e tecidos. 
o Gânglios Nervosos: Conjuntos de corpos 
celulares fora do SNC. 
• Subdivisões: 
o Sistema Nervoso Somático: Controla 
movimentos voluntários e a transmissão 
de informações sensoriais. 
o Sistema Nervoso Autônomo: Regula 
funções involuntárias, como batimentos 
cardíacos, digestão e respiração e se 
divide em: 
▪ Simpático: Prepara o corpo para 
situações de “luta ou fuga”. 
▪ Parassimpático: Promove o 
repouso e a recuperação. 
Principais Funções 
• Recepção de Estímulos: 
Captura de informações sensoriais (visão, 
audição, tato, etc.) do ambiente. 
• Processamento e Integração: 
Análise dos dados recebidos para gerar respostas 
adequadas. 
• Coordenação Motora: 
Controle dos movimentos voluntários e 
automáticos (involuntários). 
• Regulação de Funções Vitais: 
Manutenção de funções essenciais como a 
respiração, a circulação e o metabolismo. 
• Aprendizado e Memória: 
Armazenamento e recuperação de informações, 
fundamentais para a aprendizagem e adaptação. 
 
Sistema Límbico 
O sistema límbico é um conjunto de estruturas 
interconectadas localizadas na parte medial do cérebro, 
responsáveis por regular emoções, memória, motivação 
e diversos aspectos do comportamento. Ele desempenha 
um papel fundamental na integração das respostas 
emocionais com as funções cognitivas e autonômicas. 
Principais Componentes do Sistema Límbico 
• Hipocampo: 
o Fundamental para a formação, 
organização e consolidação de novas 
memórias, além de estar envolvido na 
navegação espacial. 
• Amígdala: 
o Essencial no processamento de 
emoções, especialmente o medo e a 
agressividade, e na avaliação emocional 
de estímulos. 
• Giro do Cíngulo: 
o Participa na modulação da emoção e na 
formação de respostas 
comportamentais, funcionando como 
uma ponte entre as emoções e a 
tomada de decisões. 
• Hipotálamo: 
o Regula funções autonômicas e 
endócrinas, integrando aspectos 
emocionais e fisiológicos, como a 
resposta ao estresse e o controle da 
fome e da sede. 
• Corpo Mamilar e Outros Componentes:o Contribuem para a memória e a 
integração de informações, colaborando 
com a função dos demais componentes 
do sistema. 
Funções do Sistema Límbico 
• Regulação Emocional: 
Processa e modula as emoções, influenciando 
como reagimos a diferentes estímulos ambientais. 
• Memória: 
Participa na formação e consolidação de 
memórias, especialmente as ligadas a 
experiências emocionais. 
• Motivação e Comportamento: 
Está envolvido na motivação, no estabelecimento 
de comportamentos adaptativos e na tomada de 
decisões baseadas em experiências passadas. 
• Integração de Funções Fisiológicas: 
Coordena respostas autonômicas, integrando 
emoções com reações fisiológicas, como a 
resposta ao estresse. 
Estruturas Corticais 
Situadas na superfície externa do cérebro, correspondem 
à camada do córtex cerebral. 
Divisão Funcional: 
• Córtex Orbito frontal – Cheiro e Memória. 
• Córtex Insular – Desejos. 
• Hipocampo – Memória a longo prazo. 
• Giro de Ângulo – Percepção neuropática 
• Giro Parahipocampal – Comunicação. 
Funções Principais: 
o Processamento Sensorial e Percepção: 
Recebe e interpreta informações dos 
sentidos (visão, audição, tato, olfato, 
paladar). 
o Funções Cognitivas: 
Envolvido no pensamento, na linguagem, 
na memória, na resolução de problemas 
e na tomada de decisões. 
o Controle Motor Voluntário: 
Regula a execução de movimentos 
complexos. 
Estruturas Subcorticais. 
Estão situadas abaixo do córtex cerebral e incluem 
diversas estruturas profundas do cérebro. 
Principais Componentes: 
• Tálamo: Atua como uma central de 
retransmissão sensorial, direcionando informações 
para as áreas corticais. 
• Hipotálamo: Regula funções autonômicas e 
endócrinas, controlando aspectos como 
temperatura corporal, fome, sede e resposta ao 
estresse. (Saida de informações) 
• Núcleos da Base (ou Gânglios da Base): 
Envolvidos no controle motor, na aprendizagem 
de hábitos e na regulação de movimentos. 
• Sistema Límbico (incluindo amígdala e 
hipocampo): 
Fundamental para o processamento das 
emoções, memória e motivação. 
✓ Amigdalas – Medo e Ansiedade 
✓ Bulbo Olfatório – Noções olfatórias. 
Funções Principais: 
• Integração e Modulação: 
Coordenam e modulam as funções executadas 
pelo córtex, contribuindo para a execução de 
movimentos, regulação emocional e 
comportamental. 
• Controle Autônomo e Endócrino: 
Garantem a manutenção da homeostase 
corporal e a resposta adaptativa a estímulos 
internos e externos. 
ANAMNESE 
 
Componentes essenciais para uma anamnese são: 
 
1. Identificação (ID) 
• Objetivo: Coletar dados básicos do paciente, 
como nome, idade, sexo, estado civil, profissão e 
endereço. 
• Importância: Fornece informações que podem 
influenciar a interpretação dos dados clínicos e 
ajuda na personalização do atendimento. 
 
2. Queixa Principal (QP) 
• Objetivo: Registrar o motivo pelo qual o paciente 
procurou atendimento. 
• Exemplo: "Dor no peito há duas horas" ou "febre 
alta e tosse persistente". 
• Importância: Direciona a investigação diagnóstica 
e terapêutica. 
 
3. História da Doença Atual (HDA) 
• Objetivo: Detalhar a evolução da queixa principal, 
com informações sobre início, duração, 
intensidade, fatores de melhora ou piora, e 
tratamentos já realizados. 
• Exemplo: "A dor começou de forma súbita, 
irradiou para o braço esquerdo e piora com o 
esforço". 
• Importância: Auxilia na formulação de hipóteses 
diagnósticas e na escolha de exames 
complementares. 
 
4. História Médica Pregressa (HPMA) 
• Objetivo: Levantar informações sobre doenças 
anteriores, hospitalizações, cirurgias e tratamentos 
prévios. 
• Exemplo: Diagnóstico de hipertensão, diabetes ou 
episódios anteriores de infarto. 
• Importância: Contribui para identificar fatores de 
risco e comorbidades que podem influenciar a 
condição atual. 
 
5. Antecedentes Familiar (AF) 
• Objetivo: Investigar doenças hereditárias ou 
condições frequentes na família. 
• Exemplo: Histórico de câncer, doenças cardíacas 
ou diabetes na família. 
• Importância: Pode indicar predisposição a certas 
patologias e orientar a prevenção. 
 
6. Antecedentes pessoais (AP) 
• Objetivo: fundamentais para compreender o 
histórico de saúde do paciente e sua relação 
com o quadro atual. 
• Exemplo: Histórico de doenças previas, cirurgias 
e hospitalização ou uso de medicamentos. 
• Importância: Ajudam a identificar fatores de risco 
e a elaborar estratégias de prevenção e 
tratamento adequadas. 
 
7. Investigação Sobre Diversos Aparelhos (ISDA) 
A investigação sobre diversos aparelhos refere-se à 
Revisão de Sistemas, uma etapa essencial da anamnese 
clínica em que o profissional de saúde avalia o 
funcionamento dos diferentes sistemas do corpo humano. 
Esse processo ajuda a identificar sintomas que podem 
não ter sido mencionados pelo paciente na história da 
doença atual (HDA). 
 
Síndrome de Burnout 
A Síndrome de Burnout (ou Síndrome do Esgotamento 
Profissional) é um distúrbio psicológico resultante de 
estresse ocupacional crônico, caracterizado por exaustão 
extrema, despersonalização e redução da realização 
pessoal no trabalho. Foi reconhecida oficialmente pela 
Organização Mundial da Saúde (OMS) como um 
fenômeno ocupacional que afeta a saúde mental dos 
trabalhadores. 
Causas e Fatores de Risco 
A Síndrome de Burnout é causada pela exposição 
prolongada ao estresse no ambiente de trabalho, 
especialmente em profissões de alta demanda emocional 
e física. Entre os principais fatores de risco estão: 
• Carga de trabalho excessiva 
• Falta de reconhecimento profissional 
• Excesso de responsabilidades 
• Ambiente de trabalho hostil ou tóxico 
• Pressão por metas e resultados irreais 
• Falta de autonomia no trabalho 
• Desequilíbrio entre vida pessoal e profissional 
Profissões mais afetadas: 
• Profissionais da saúde (médicos, enfermeiros, 
psicólogos) 
• Professores e educadores 
• Policiais e bombeiros 
• Executivos e trabalhadores de grandes 
corporações 
• Profissionais da tecnologia e atendimento ao 
cliente 
 
Sintomas da Síndrome de Burnout 
A Síndrome de Burnout se manifesta em três dimensões 
principais: 
1. Exaustão emocional e física: 
• Sensação de cansaço extremo, mesmo após o 
descanso 
• Falta de energia para realizar atividades diárias 
• Insônia e dificuldade de concentração 
2. Despersonalização e cinismo: 
• Atitude negativa e distanciamento emocional do 
trabalho 
• Irritabilidade e impaciência excessiva com colegas 
e clientes 
• Sentimentos de frustração, desmotivação e falta 
de propósito 
3. Redução da realização profissional: 
• Sensação de incompetência e baixa autoestima 
• Falta de prazer e satisfação no trabalho 
• Pensamentos de desistência e desejo de 
abandonar a profissão 
Outros sintomas físicos e psicológicos incluem: 
✅ Dores de cabeça frequentes 
✅ Problemas gastrointestinais 
✅ Alterações no apetite 
✅ Ansiedade e depressão 
✅ Batimentos cardíacos acelerados 
✅ Queda da imunidade 
Diagnóstico 
O diagnóstico é clínico e deve ser realizado por um 
profissional de saúde mental (psicólogo ou psiquiatra), 
baseado na avaliação dos sintomas e do histórico 
profissional do paciente. Questionários e escalas de 
Burnout, como o Maslach Burnout Inventory (MBI), 
podem ser utilizados para quantificar a gravidade da 
síndrome. 
Tratamento e Manejo 
O tratamento da Síndrome de Burnout envolve uma 
abordagem multidisciplinar, com ações voltadas para o 
alívio dos sintomas e mudanças no ambiente de trabalho: 
1. Intervenção psicológica: 
• Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para 
reestruturação de padrões de pensamento 
• Técnicas de relaxamento, mindfulness e 
gerenciamento de estresse 
2. Mudanças no ambiente de trabalho: 
• Redução da carga horária ou readequação de 
funções 
• Comunicação aberta com gestores sobre a 
situação 
• Melhor equilíbrio entre vida pessoal e profissional 
3. Cuidados com o estilo de vida: 
• Exercícios físicos regulares 
• Alimentação equilibrada• Sono adequado e períodos de descanso 
• Atividades de lazer e hobbies 
4. Uso de medicações (casos graves): 
• Antidepressivos ou ansiolíticos podem ser 
prescritos por um psiquiatra quando há sintomas 
de depressão e ansiedade associadas. 
 
Prevenção da Síndrome de Burnout 
✅ Estabelecer limites entre trabalho e vida pessoal 
✅ Delegar tarefas e evitar sobrecarga 
✅ Aprender a dizer não para demandas excessivas 
✅ Buscar apoio profissional sempre que necessário 
✅ Criar uma rotina equilibrada com momentos de 
descanso 
Conclusão 
A Síndrome de Burnout é um problema de saúde mental 
relacionado ao esgotamento profissional, podendo levar a 
graves consequências emocionais e físicas. O 
reconhecimento precoce dos sintomas, aliado a 
estratégias eficazes de manejo do estresse e mudanças 
no ambiente de trabalho, é essencial para evitar 
complicações e melhorar a qualidade de vida do 
trabalhador. 
Se os sintomas persistirem, buscar ajuda profissional é 
fundamental para restaurar o bem-estar e o equilíbrio 
mental. 
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) 
O Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), popularmente 
conhecido como ataque cardíaco, ocorre quando há 
interrupção súbita do fluxo sanguíneo para uma parte do 
coração, resultando na morte das células do músculo 
cardíaco (miocárdio) devido à falta de oxigênio. O IAM é 
uma emergência médica que requer tratamento imediato 
para evitar complicações fatais. 
 
Causas e Fatores de Risco 
O infarto geralmente é causado pela obstrução de uma 
ou mais artérias coronárias, que fornecem sangue ao 
coração. Essa obstrução ocorre devido a: 
• Aterosclerose: Acúmulo de placas de gordura e 
colesterol nas artérias. 
• Trombose coronariana: Formação de coágulo 
sobre uma placa aterosclerótica rompida. 
• Estenose coronariana: Redução do diâmetro das 
artérias devido ao estreitamento progressivo. 
Fatores de Risco: 
🔺 Não Modificáveis: 
• Idade avançada (acima de 45 anos para homens 
e 55 anos para mulheres). 
• Histórico familiar de doenças cardíacas. 
🔺 Modificáveis: 
• Hipertensão arterial. 
• Diabetes Mellitus. 
• Colesterol elevado (dislipidemia). 
• Tabagismo. 
• Obesidade e sedentarismo. 
• Consumo excessivo de álcool e estresse. 
 
Sintomas do Infarto 
O IAM pode apresentar sintomas típicos e atípicos, 
variando de acordo com o paciente. 
Sintomas Típicos (mais comuns): 
✔ Dor torácica intensa (pressão ou aperto no peito, 
irradiando para o braço esquerdo, mandíbula, costas ou 
pescoço). 
✔ Falta de ar (dispneia). 
✔ Suor excessivo (sudorese fria). 
✔ Náusea e vômitos. 
✔ Tontura e desmaio. 
Sintomas Atípicos (mais comuns em idosos, mulheres e 
diabéticos): 
⚠ Falta de ar sem dor no peito. 
⚠ Fadiga extrema. 
⚠ Desconforto abdominal ou indigestão. 
 
Diagnóstico 
O diagnóstico do IAM deve ser feito rapidamente para 
iniciar o tratamento adequado. 
Principais Exames: 
• Eletrocardiograma (ECG): Detecta alterações 
características do infarto (elevação do segmento 
ST ou outras anormalidades). 
• Marcadores cardíacos (Troponina e CK-MB): 
Indicadores de lesão no miocárdio. 
• Ecocardiograma: Avalia a função do coração e o 
impacto do infarto. 
• Angiografia Coronária: Exame invasivo que 
identifica a artéria obstruída. 
 
Tratamento 
O tratamento do IAM tem como objetivo restaurar 
rapidamente o fluxo sanguíneo, minimizar danos ao 
coração e prevenir complicações. 
1. Medidas Emergenciais (Primeiras Horas) 
📍 AAS (Ácido Acetilsalicílico) – Antiplaquetário que 
reduz a formação de coágulos. 
📍 Nitroglicerina – Alivia a dor torácica e melhora o 
fluxo sanguíneo. 
📍 Oxigênio – Para pacientes com hipoxemia. 
📍 Morfina – Para alívio da dor intensa. 
📍 Betabloqueadores – Reduzem a frequência cardíaca 
e a demanda de oxigênio. 
2. Reperfusão da Artéria Obstruída 
• Terapia Trombolítica: Medicamentos que 
dissolvem o coágulo. 
• Angioplastia com Stent: Procedimento que 
desobstrui a artéria e mantém o fluxo sanguíneo. 
• Cirurgia de Revascularização (Ponte de Safena 
ou Mamária): Para casos graves de obstrução. 
3. Controle e Prevenção Secundária 
• Uso de estatinas para controle do colesterol. 
• Controle da pressão arterial e diabetes. 
• Mudanças no estilo de vida (exercício, 
alimentação saudável e cessação do tabagismo). 
 
Complicações do Infarto 
Caso não tratado rapidamente, o IAM pode levar a 
complicações graves, como: 
🚨 Arritmias cardíacas fatais (ex.: fibrilação ventricular). 
🚨 Insuficiência cardíaca (coração enfraquecido). 
🚨 Ruptura do miocárdio (perfuração da parede do 
coração). 
🚨 Choque cardiogênico (falência da bomba cardíaca). 
 
Prevenção do Infarto 
✅ Manter uma alimentação equilibrada e rica em fibras. 
✅ Praticar atividades físicas regularmente. 
✅ Controlar fatores de risco como pressão alta, 
colesterol e diabetes. 
✅ Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool. 
✅ Gerenciar o estresse e a ansiedade. 
 
Conclusão 
O Infarto Agudo do Miocárdio é uma condição grave e 
potencialmente fatal, mas pode ser prevenido com 
hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular. O 
reconhecimento rápido dos sintomas e a busca por 
atendimento imediato aumentam significativamente as 
chances de recuperação e minimizam complicações.

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