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Sobre o caso do SEMINÁRIO, a paciente, Sra. Cinthia, durante o exame clínico, foram observadas restaurações de amálgama nos elementos 15, 24, 25, 26, 27 e 38. No elemento dentário 26 apresenta a presença de uma microfratura na restauração da região de cúspide distovestibular. Sobre esta microfratura trata-se de algumas considerações referente ao amálgama.
· Composição da liga convencional do amalgama
- Prata(Ag); Estanho(Sn); Cobre(Cu); Zinco(Zn)
· Propriedades do componente da liga
Ag- Dureza, resistência à deformação e boa resistência a corrosão
Sn-Reduz ou elimina a expansão de presa
Cu-Dureza, resistência à deformação e boa resistência à corrosão
Zn-É antioxidante
1. PROPRIEDADES
1.1 ALTERAÇÃO DIMENSIONAL
Para ocorrer qualquer reação, o mercúrio é absorvido pelas partículas da liga e ocorre uma contração inicial (cuja duração é de algumas horas) em virtude da redução de volume resultante das partículas da liga. O passo seguinte é a formação das fases γ1 e γ2. Quando essas fases se cristalizam, começam a crescer em formação dendrítica. À medida que as dendritas crescem, exercem certa pressão para fora, que passa a se opor à contração vigente. Diversas variáveis de fabricação e manipulação podem afetar o grau de contração ou expansão do amálgama. Qualquer manipulação do amálgama que aumente a quantidade de difusão do mercúrio dentro das partículas da liga e reduza a produção das fases γ1 e γ2 pode levar a uma pequena expansão do amálgama. Por outro lado, qualquer manipulação que favoreça a formação de γ1 e γ2 resulta em expansão.
1.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS
a resistência à compressão do amálgama após 1 hora é bastante inferior ao mensurado após 24 horas e 7 dias. No momento em que uma restauração de amálgama é finalizada, o amálgama é relativamente fraco e o paciente deve receber instruções para evitar tensões excessivas nesse período inicial. Infelizmente, o amálgama é um material muito mais frágil quando submetido a uma tensão de tração e flexão do que em compressão, o que o caracteriza, ao final, como um material frágil. A resistência das ligas de amálgama à tração é aproximadamente 1/10 dos valores de resistência à compressão. Dessa forma, em espessuras finas (menores que 2 mm), o amálgama é bastante suscetível à fratura e essa característica influencia em muitos aspectos do preparo cavitário para este material. O módulo de elasticidade dos amálgamas não difere muito entre si (50 a 60 GPa) e é bastante semelhante ao módulo de elasticidade do esmalte (50 GPa).
1.3 PLASTICIDADE E TEMPO DE TRABALHO
Permite o contato íntimo entre o material e as paredes cavitárias
Duas fases
1.4 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
Alta resistência à compressão
Suporta altas cargas mastigatórias
1.5 RESISTÊNCIA A TRAÇÃO
Baixa resistência à tração
Requer preparos cavitários que minimizem este tipo de esforço
1.6 MÓDULO DE ELASTICIDADE
Com 0,025 a 0,125 MM/MIN= 40 a 60 GPA
Ligas com alto teor de cobre tendem a ser mais rígida
2. FATORES QUE AFETAM A RESISTÊNCIA DO AMÁLGAMA
2.1 FORMATO E TAMANHO DAS PARTICULAS
Quanto menor o conteúdo de mercúrio na massa final, maior a resistência do amálgama. Com relação ao tamanho, o ideal é que haja excelente compactação de partículas que pode ser atingida mesclando-as com diferentes tamanhos.
Na primeira imagem pode-se notar também alto grau de corrosão na superfície da restauração.
2.2 MICROESTRUTURA DO AMÁLGAMA: Quanto maior a proporção das fases γ e γ1 no amálgama final, maior a resistência do amálgama. A presença da fase γ1 resultante da reação da fase γ2 com o eutético Ag-Cu também aumenta a resistência, pois reduz o deslizamento dos grãos quando o amálgama é submetido a tensões oclusais. Quanto maior a quantidade de fase γ2, menores as propriedades mecânicas do amálgama.
2.3 POROSIDADES NO AMÁLGAMA: Em quaisquer tipos de amálgama, a presença de porosidade reduz a resistência final do material. Isso pode ser evitado realizando-se trituração e pressão de condensação adequada, principalmente para as ligas com partículas de limalha.
2.4 PROPORÇÃO MERCÚRIO/LIGA. Quanto menor a proporção Hg/liga, maior a resistência. Uma quantidade maior de mercúrio dissolve mais as partículas da fase γ (Ag3Sn), aumenta a quantidade de fase γ2 e aumenta a quantidade de mercúrio residual dentro da massa do amálgama.
2.5 TEMPO DE TRITURAÇÃO: O amálgama resultante da supertrituração se cristaliza tão rápido que, durante a condensação, ocorre fratura das novas fases formadas, afetando a coesão interna da massa. A supertrituração altera as propriedades do amálgama e reduz o tempo de trabalho.6 Por outro lado, caso o amálgama seja subtriturado, as partículas que não forem “molhadas” pelo mercúrio afetarão a coesão interna da massa e diminuirão a resistência do material.
2.6 CORROSÃO: Em geral, a corrosão é definida como a degradação progressiva de um metal por reação química ou eletroquímica com o meio no qual se encontra. A corrosão deve, entretanto, ser distinguida da perda de brilho que o amálgama sofre ao longo do tempo. A perda de brilho é decorrente da formação de uma camada superficial de sulfeto de prata, e não afeta a integridade e as propriedades mecânicas da restauração de amálgama. Por outro lado, a corrosão pode levar a aumento da porosidade, redução das propriedades mecânicas e liberação de produtos metálicos dentro do ambiente bucal.
 A corrosão do amálgama leva ao escurecimento/manchamento dos dentes, que não pode ser revertido por nenhum procedimento de clareamento. Isso se deve à penetração da prata nos túbulos dentinários que favorece o escurecimento dos dentes.
PROPRIEDADES TÉRMICAS
Como pode se esperar de um material restaurador metálico, o amálgama tem alto valor de condutividade e difusividade térmica em comparação com as estruturas dentárias e, por conseguinte, transmite rapidamente o calor dos alimentos e líquidos para a polpa (Tabela 8.9). Caso uma restauração extensa seja confeccionada sem a inserção de nenhum tipo de proteção em uma restauração mais profunda e próxima a polpa, isso causará desconforto para o paciente.
QUANDO DEVE SER INDICADO
· Auto risco a carie
· Técnica mais simples e menos sensível
· Maior durabilidade
· Baixo custo
· Sensibilidade pos operatória das resinas
Sequência de confecção de uma restauração de amálgama em uma cavidade classe I no primeiro molar inferior
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