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PORTFÓLIO SISTEMA CARDIOVASCULAR E IMUNOLOGIA Discente: Ana Karolliny Matias Nascimento Docente: Rejanne Lima Arruda Turma: 8 TUTORIA O desenvolvimento desse sistema inicia por volta da 3ª semana de desenvolvimento embrionário O primeiro sistema a se formar é o cardiovascular, essencial para suprir oxigênio e nutrientes ao embrião em crescimento. Durante o processo de vasogênese, células mesenquimais, que têm origem no mesoderma, se especializam em angioblastos. Esses se agrupam para formar grupos chamados ilhotas sanguíneas. Dentro dessas ilhotas, começam a surgir cavidades que eventualmente se tornarão as cavidades internas dos vasos sanguíneos. Dentro dessas ilhotas, começam a surgir cavidades que eventualmente se tornarão as cavidades internas dos vasos sanguíneos. EMBRIOLOGIA DOEMBRIOLOGIA DO SISTEMASISTEMA CARDIOVASCULARCARDIOVASCULAR VASOGÊNESE E ANGIOGÊNESE CORAÇÃO PRIMITIVO No mesoderma extraembrionário, surge uma área cardiogênica rica em células mesodérmicas. Dois tubos chamados tubos cardíacos endocárdicos se formam nessa área. Esses tubos se fundem para formar uma única estrutura conhecida como tubo cardíaco primitivo, que representa o coração primitivo do embrião. A partir desse tubo, desenvolvem- se os ventrículos e as válvulas cardíacas. O tubo cardíaco primitivo também desempenha um papel na circulação inicial. ·Esse tubo cardíaco primitivo é composto por três camadas distintas: o endocárdio, o miocárdio e o epicárdio. O tubo cardíaco primitivo possui várias partes, incluindo o bulbo cardíaco, o ventrículo primitivo, o átrio primitivo e o seio venoso. Endocárdio: reveste internamente o coração Miocárdio: forma a espessa parede muscular do coração Epicárdio: cobre a parte externa do tubo e é responsável pela formação das artérias coronárias CORAÇÃO PRIMITIVO DOBRAMENTO E SEPTAÇÃO ·O tubo cardíaco continua a se alongar na região cranial, formando parte do ventrículo direito e da região da via de saída, que inclui o cone arterial e o tronco arterioso, que são precursoras da aorta e da artéria pulmonar. Posteriormente, o coração primitivo sofre um dobramento entre o átrio primitivo e o ventrículo primitivo, resultando na posição posterior do átrio e na posição anterior do ventrículo no coração em desenvolvimento. ·A partir desse ponto, o coração começa a passar por processos de septação, que envolvem a divisão do átrio e do ventrículo em duas partes distintas, bem como a divisão do bulbo em aorta e tronco pulmonar. A septação atrioventricular é a separação dos átrios e dos ventrículos) e acontece com a formação das valvas atrioventriculares. 1. SEPTAÇÕES No coração primitivo, o sangue oxigenado chega ao átrio direito (em contraste com o coração normal). Inicialmente, o átrio primitivo é uma única câmara, mas começa a se dividir, formando dois forames (forame 1 e forame 2) que são passagens entre os átrios. O forame 1 é fechado por uma membrana chamada septo 1, enquanto o forame 2 é fechado por uma prega muscular chamada septo 2 (um septo incompleto). O forame oval no septo 2 permanece aberto para permitir que o sangue oxigenado flua rapidamente do lado direito para o lado esquerdo, permitindo a oxigenação dos tecidos do neonato. Quando o lado direito fica cheio de sangue oxigenado, a pressão aumenta, empurrando o septo 1 e permitindo que o sangue passe do átrio direito para o átrio esquerdo. O septo interventricular possui uma parte muscular que cresce da parte caudal para a parte cranial do ventrículo primitivo. Também possui uma parte membranosa formada pelas cristas bulbares direita e esquerda e pelo coxim endocárdico. 2. Septação do Átrio Primitivo: 3. Septação Interventricular: CORAÇÃO E CICLOCORAÇÃO E CICLO CARDÍACOCARDÍACO ANATOMIA E COMPOSIÇÃO DO CORAÇÃO Localizado no centro do peito, levemente inclinado para a esquerda. O coração é dividido em quatro cavidades: dois átrios (direito e esquerdo) e dois ventrículos (direito e esquerdo). Entre os átrios e os ventrículos, há válvulas atrioventriculares (tricúspide à direita e mitral à esquerda) que regulam o fluxo de sangue. As válvulas semilunares (pulmonar à direita e aórtica à esquerda) separam os ventrículos das artérias principais e também controlam o fluxo sanguíneo. O coração é envolvido pelo pericárdio, um saco fibroso que protege e lubrifica o órgão. O coração possui três camadas: endocárdio, miocárdio e epicárdio. FLUXO SANGUÍNEO NO CORAÇÃO O ciclo cardíaco envolve contrações e relaxamentos do miocárdio atrial e ventricular. Começa com o átrio direito recebendo sangue desoxigenado das veias cavas e seio coronário. O átrio direito contrai, impulsionando o sangue para o ventrículo direito, que o envia pela artéria tronco pulmonar aos pulmões para oxigenação. O sangue oxigenado retorna ao coração, entrando no átrio esquerdo via veias pulmonares. O átrio esquerdo contrai, direcionando o sangue para o ventrículo esquerdo, que o impulsiona pela aorta para distribuição no corpo. A contração do coração depende da entrada de cálcio externo. Potencial de ação entra na célula contrátil, abrindo canais de cálcio tipo L na membrana celular. O cálcio entra na célula e abre canais liberadores de cálcio tipo rianodínico no retículo sarcoplasmático. Isso permite a liberação de cálcio no citosol, onde ele se liga à troponina, iniciando a formação de pontes cruzadas e a contração muscular. No relaxamento, o cálcio é removido da célula por meio da Ca2-ATPase e do trocador Na-Ca2 (NCX). Um Ca2 é movido para fora da célula contra o seu gradiente eletroquímico em troca de 3 Na+ para dentro da célula a favor do seu gradiente eletroquímico. O sódio que entra na célula durante essa troca é removido pela Na-K-ATPase IRRIGAÇÃO DO CORAÇÃO As artérias coronárias direita e esquerda são responsáveis por fornecer sangue ao músculo cardíaco (miocárdio) e à camada externa do coração (epicárdio). A artéria coronária direita começa na base do coração a partir da aorta direita, segue pelo lado direito do tronco pulmonar e desce em direção ao ápice cardíaco. A artéria coronária esquerda tem origem na aorta esquerda, passa pela aurícula esquerda e segue em direção ao seio coronário. A drenagem venosa do coração é principalmente realizada pelo seio coronário, com a ajuda adicional das veias cardíacas anteriores, que desembocam diretamente no átrio direito, e das veias cardíacas menores, que se conectam diretamente com as câmaras cardíacas, incluindo átrios e ventrículos. FASES DO CICLO CARDÍACO Diástase (enchimento ventricular): um parte do sangue flui dos átrios para os ventrículos espontaneamente. Sístole atrial: o restante de sangue presente nos átrios é impulsionado para os ventrículos pela contração atrial. Contração ventricular isovolumétrica: no início da contração ventricular, as valvas atrioventriculares se fecham, e o sangue ainda não é ejetado. Leva um curto período para que as valvas semilunares se abram e o sangue seja ejetado nas artérias. Ejeção ventricular: as valvas semilunares se abrem quando a pressão nos ventrículos atinge um nível alto. Relaxamento ventricular isovolumétrico: após a contração, os ventrículos começam a relaxar, mas o volume permanece constante. As valvas semilunares se fecham, e as pressões ventriculares diminuem antes do início de um novo ciclo cardíaco. CONTRAÇÕES CARDÍACAS ELETROFISIOLOGIAELETROFISIOLOGIA DO CORAÇÃODO CORAÇÃO A eletrofisiologia cardíaca refere-se ao estudo da atividade elétrica no coração, fundamental para a regulação bombeamento de sangue pelo corpo. Nó Sinoatrial (SA) : O nó SA é conhecido como "marca-passo" natural do coração. Ele gera impulsos elétricos espontaneamente, responsáveis pela frequência cardíaca. Esses impulsos são transmitidos aos átrios e ao nó atrioventricular (AV). Nó Atrioventricular (AV) : O nó AV recebe os impulsos do nó SA e desacelera a condução antes de transmitir o sinal aos ventrículos. Isso permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos. Fibras de His: Essas estruturas conectam o nó AV aos ventrículose ajudam a transmitir o sinal elétrico dos átrios aos ventrículos. Fibras de Purkinje : São ramificações das fibras de His e se espalham pelos ventrículos, transmitindo o impulso elétrico aos cardiomiócitos ventriculares, desencadeando a contração. GERAÇÃO E CONDUÇÃO DE SINAIS ELÉTRICOS POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS NODAIS Fase 4 : É uma fase de despolarização espontânea. A corrente If (engraçada) permite a entrada de íons de sódio (Na+) e potássio (K+), causando uma despolarização gradual. Isso é responsável pela automaticidade do nó SA. Fase 0 : Inicia-se quando os limites de ativação dos canais de cálcio do tipo L são afetados. Essa fase é marcada por uma rápida despolarização causada pela entrada de cálcio (Ca2+). Isso leva à contração das células nodais. Fase 3 : Caracteriza-se pela repolarização das células nodais. Os canais de cálcio tipo L se fecham, enquanto os canais de potássio (K+) se abrem, permitindo que os íons K+ saiam, restaurando o potencial de conservação. Isso conclui um ciclo elétrico cardíaco. POTENCIAL DE AÇÃO NAS CÉLULAS NÃO NODAIS As células não nodais, como os cardiomiócitos ventriculares e atriais, têm um potencial de ação diferente: Fase 0 : Inicia-se com a ativação dos canais de som rápidos (Na+), causando uma rápida despolarização. Essa fase é responsável pela velocidade de propagação do impulso elétrico pelos átrios e ventrículos. Fase 1 : Nessa fase, ocorre uma breve repolarização devido à abertura de canais transitórios de potássio (K+). Isso marca o início da repolarização. Fase 2 : É o platô do potencial de ação. Os canais de cálcio tipo L e tipo T são ativados, enquanto os canais de cálcio se mantêm abertos. Essa fase prolongada permite que os cardiomiócitos contraiam antes da repolarização completa. Fase 3 : Os canais de cálcio fecham, enquanto os canais de cálcio permanecem abertos. Isso permite a repolarização e o retorno ao potencial de segurança. Fase 4 : Nesse período, o potencial de membrana permanece estável devido à ativação de correntes de potência retificadoras, que equilibram as cargas eletrostáticas. ARRITMIAS CARDÍACAS Arritmias cardíacas são distúrbios na automocidade (capacidade de gerar impulsos elétricos) e/ou na condutibilidade (capacidade de conduzir impulsos elétricos) do coração. 1. Quanto ao local de origem: Supraventriculares (nó SA, átrios e nó AV) Ventriculares 2. Quanto aos tipos: Taquiarritmias (frequência cardíaca rápida) Bradiarritmias (frequência cardíaca lenta ALTERAÇÃO NA FORMAÇÃO DO IMPULSO Modificação do automatismo sinusal, que pode levar a taquicardia ou bradicardia sinusal. Taquicardia é caracterizada por uma frequência cardíaca rápida (geralmente acima de 100 batimentos por minuto em adultos), causada por fatores como aumento da temperatura corporal ou estimulação do coração pelo sistema nervoso simpático. Bradicardia é uma frequência cardíaca lenta (geralmente menos de 60 bpm) e pode ser associada à síndrome do seio carotídeo. ARRITMIASARRITMIAS CARDÍACASCARDÍACAS CONTINUAÇÃOCONTINUAÇÃO ALTERAÇÃO ANORMAL QUE GERA FOCO ECTÓPICO Isso envolve despolarizações desnecessárias que podem ocorrer após a repolarização ou antes dela, conhecidas como atividades deflagradas. Isso pode levar a batimentos ectópicos, onde células marca-passo inativas assumem o papel do nó SA como marca-passo do coração. ALTERAÇÃO NA CONDUÇÃO DO IMPULSO Reentrada ocorre quando impulsos elétricos circulam em circuitos fechados devido a atrasos na condução, resultando em batimentos cardíacos anormais. Bloqueio na condução ocorre quando os sinais cardíacos não são conduzidos corretamente nas vias de condução intracardíacas. BLOQUEIO SINOATRIAL O impulso do nó sinoatrial (SA) é bloqueado, levando a uma interrupção súbita das ondas P (que representam a ativação dos átrios) e uma mudança no ritmo cardíaco para os ventrículos, que geram seu próprio impulso. Isso resulta em uma frequência ventricular mais lenta. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR Isso ocorre devido a condições que diminuem ou bloqueiam a condução dos impulsos dos átrios para os ventrículos através dos feixes de His-Purkinje. Pode ser causado por isquemia do nó atrioventricular, compressão do feixe de His, inflamação ou estimulação extrema do coração pelos nervos vagos. Existem três tipos principais de bloqueio atrioventricular: de primeiro grau (prolongamento do intervalo PR), de segundo grau (alguns impulsos são bloqueados) e de terceiro grau (bloqueio completo dos impulsos átrio-ventriculares). ANTIARRÍTMICOS Classe 1B: Exemplos: lidocaína e mexiletina. Associação e dissociação rápidas dos canais de sódio, encurtando a repolarização da fase 3 e diminuindo a duração do potencial de ação. Usados para tratar arritmias ventriculares. CLASSE 2 - BETA BLOQUEADORES Exemplo: metoprolol. Reduzem a despolarização na fase 4, diminuindo a automaticidade das células de condução e prolongando a condução no feixe atrioventricular (AV). Também reduzem a frequência cardíaca e a contratilidade. Usados para tratar taquicardias relacionadas ao aumento da atividade simpática. CLASSE 3 - BLOQUEADORES DE CANAIS DE K+ Exemplos: amiodarona e dronedarona. Bloqueiam os canais de potássio, atrasando a repolarização da célula e prolongando a duração do potencial de ação. Podem induzir arritmias e são utilizados para tratar uma variedade de arritmias cardíacas. CLASSE 4 - BLOQUEADORES DE CANAIS DE Ca+ Exemplos: verapamil e diltiazem. Atuam bloqueando os canais de cálcio voltagem- sensíveis despolarizados, reduzindo a corrente de cálcio e diminuindo a velocidade da despolarização na fase 4. São mais eficazes contra arritmias atriais do que ventriculares. . Os antiarrítmicos são medicamentos utilizados para tratar distúrbios do ritmo cardíaco. Eles são classificados em quatro classes principais: CLASSE 1 - BLOQUEADORES DE CANAIS DE Na+ Subdividida em três subclasses: 1A, 1B e 1C. Classe 1A: Exemplo: quinidina. Diminui a entrada de sódio na célula, aumentando a formação do impulso e a refratariedade. ANTIARRÍTMICOS ECG EECG E ANTI-HIPERTENSIVOSANTI-HIPERTENSIVOS Tiazídicos: Reduzem a pressão ao aumentar a excreção de sódio e água, úteis em combinação com outros anti-hipertensivos. Diuréticos de alça: Inibem a reabsorção de sódio e cloreto nos rins e aumentam o fluxo sanguíneo renal. Diuréticos poupadores de potássio: Reduzem a perda de potássio na urina, frequentemente usados com outros diuréticos para evitar hipopotassemia. Diminuem a pressão arterial reduzindo o débito cardíaco e inibindo a liberação de renina nos rins. Inibem a enzima que converte a angiotensina 1 em angiotensina 2, levando à vasodilatação, redução da perfusão renal e reabsorção de sódio. Competem com a angiotensina 2 nos receptores AT1, produzindo dilatação arterial e venosa e bloqueio da secreção de aldosterona. Diuréticos Beta Bloqueadores Inibidores da ECA Bloqueadores dos receptores de angiotensina II Um eletrocardiograma (ECG) é um procedimento que envolve a colocação de eletrodos na pele de uma pessoa para registrar a atividade elétrica do coração. Esse teste fornece informações cruciais sobre o funcionamento cardíaco, incluindo a frequência cardíaca, o ritmo, a velocidade de condução e a saúde dos tecidos do coração. O QUE É ECG ? ELEMENTOS DO ECG Onda P: Esta é a primeira onda e representa a despolarização dos átrios, ou seja, quando eles se contraem. Complexo QRS: Este é o próximo conjunto de ondas e representa a despolarização progressiva dos ventrículos. Durante essa fase, os ventrículos estão se contraindo. Onda T: A onda T representa a repolarização dos ventrículos, ou seja, quando eles estão relaxando após a contração. Intervalo P-R: Este segmento mostra o intervalo de tempo entre a despolarização atrial (onda P) e a despolarização ventricular (complexo QRS). Esse intervalo representa a velocidade de condução do impulso do nó SA ao nó AV. Intervalo QT: sequência de despolarização e repolarização ventriculares. Intervalo ST: período no qual os ventrículos estão despolarizados → fase de platô nopotencial de membrana. ANTI-HIPERTENSIVOS Bloqueiam a abertura dos canais de cálcio do tipo L, reduzindo a entrada de cálcio no coração e sua contração. Reduzem a resistência vascular periférica e a pressão arterial relaxando as artérias e veias. Clonidina: Inibe os centros vasomotores simpáticos no cérebro, diminuindo a estimulação simpática. Metildopa: É um agonista alfa-2 que reduz a liberação de noradrenalina no sistema nervoso central, resultando na redução da pressão arterial. Bloqueadores de canais de Ca++ Bloqueadores de receptores Alfa-1-Adrenérgios Adrenérgicos de ação central FLUXO SANGUÍNEOFLUXO SANGUÍNEO O coração esquerdo bombeia o sangue para as artérias sistêmicas. A contração do ventrículo esquerdo cria pressão nas artérias. As artérias funcionam como reservatórios de pressão. Músculo liso, tecido conectivo elástico e tecido conectivo fibroso. Revestimento interno é o endotélio. 0 BOMBA CARDÍACA ARTÉRIAS SISTÊMICAS As artérias sistêmicas são consideradas um reservatório de pressão no sistema circulatório. Elas liberam lentamente a pressão armazenada, mantendo um fluxo sanguíneo constante quando o ventrículo está relaxado. ARTERÍOLAS Pequenos vasos Eles regulam o fluxo sanguíneo para os tecidos, contraindo ou dilatando em resposta a fatores como a concentração de oxigênio nos tecidos, o sistema nervoso autônomo e hormônios. CAPILARES Permitem a troca de materiais entre o sangue, o líquido intersticial e as células dos tecidos; Entregam oxigênio e nutrientes, removem dióxido de carbono e resíduos. VEIAS O sangue desoxigenado retorna dos capilares para o lado venoso da circulação Atuam como reservatórios de volume. Permitem o redirecionamento de sangue para o lado arterial se a pressão cair. CIRCULAÇÃO PULMONAR O sangue desoxigenado é bombeado para os pulmões. Ocorre a troca gasosa. O sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo. CIRCULAÇÃO SISTÊMICA O sangue oxigenado é distribuído para todos os tecidos através da aorta. Fornece nutrientes e oxigênio. O sangue desoxigenado retorna ao átrio direito. COMPOSIÇÃO DAS PAREDES DOS VASOS SANGUÍNEOS PAPEL DO ENDOTÉLIO Secreção de substâncias parácrinas. Regulação da pressão arterial, crescimento dos vasos e absorção de materiais. TÔNUS MUSCULAR As células musculares lisas mantêm um estado de contração parcial. Influenciado por substâncias parácrinas, neurotransmissores e hormônios. VASODILATAÇÃO E VASOCONSTRIÇÃO Reguladas pelo músculo liso vascular. Afetam o diâmetro dos vasos e o fluxo sanguíneo. CÉLULAS ENDOTELIAIS Desempenham um papel importante na regulação do tônus vascular. Secretam substâncias que afetam o fluxo sanguíneo. PRESSÃO ARTERIALPRESSÃO ARTERIAL A pressão arterial reflete a pressão de propulsão gerada pela ação de bombeamento do coração. A pressão ventricular é difícil de ser medida diretamente, então a pressão arterial é usada como um indicador indireto. A pressão arterial é pulsátil, com dois valores principais: pressão sistólica e pressão diastólica. A pressão arterial média (PAM) é usada como um valor representativo e está mais próxima da pressão diastólica, devido à duração da diástole. SIGNIFICADOS A pressão arterial é frequentemente medida na artéria radial usando um esfigmomanômetro, que consiste em um manguito inflável e um manômetro. O manguito é inflado acima da pressão sistólica e gradualmente desinflado. Sons de Korotkoff são escutados quando o sangue começa a fluir novamente na artéria, marcando a pressão sistólica. A pressão diastólica é registrada quando os sons de Korotkoff desaparecem. As leituras de pressão arterial são escritas como pressão sistólica sobre diastólica (por exemplo, 120/80). MEDIÇÃO DA PA Os valores médios da pressão arterial, como 120/80, podem variar entre indivíduos e ao longo do tempo. Valores constantemente elevados acima de 140/90 são considerados hipertensão em pessoas saudáveis. VARIABILIDADE DA PA A pressão arterial muito alta (hipertensão) ou muito baixa (hipotensão) pode indicar problemas no sistema circulatório. Hipotensão pode prejudicar o fluxo sanguíneo e a oferta de oxigênio ao cérebro, levando a tonturas ou desmaios. Hipertensão crônica pode causar danos aos vasos sanguíneos e resultar em complicações graves, como hemorragia cerebral. A hipertensão é frequentemente causada pelo aumento da resistência periférica, sem alterações no débito cardíaco. Aumentos na resistência periférica resultam em acúmulo de sangue nas artérias e elevação da PAM PA ANORMAL A Pressão Arterial Média (PAM) é a força propulsora do fluxo sanguíneo nas artérias. A PAM é determinada pelo balanço entre o fluxo sanguíneo para dentro das artérias e o fluxo sanguíneo para fora delas. O fluxo sanguíneo para dentro da aorta é igual ao débito cardíaco do ventrículo esquerdo. A PAM é diretamente proporcional ao DC. O fluxo sanguíneo para fora das artérias é influenciado principalmente pela resistência periférica, que é a resistência ao fluxo oferecida pelas arteríolas. A PAM é proporcional ao DC multiplicado pela resistência das arteríolas. PAM e seus determinantes Quando o volume sanguíneo diminui, o corpo compensa com vasoconstrição e aumento da estimulação simpática para elevar a PAM. As arteríolas têm a capacidade de autorregular seu próprio estado de contração, conhecido como autorregulação miogênica. Quando as células do músculo liso vascular das arteríolas são estiradas devido ao aumento da pressão arterial, elas contraem automaticamente, aumentando a resistência oferecida pela arteríola. COMPENSAÇÃO CARDIOVASCULAR 0 DOENÇA DE CHAGASDOENÇA DE CHAGAS Agente etiológico: Trypanosoma cruzi Vetor: inseto reduvídeo (barbeiro ou besouro beijador) Hospedeiros reservatórios: humanos e animais A doença é observada principalmente em regiões rurais O inseto reduvídeo vive nas paredes de casebres rurais O músculo cardíaco é o tecido mais afetado, com maior gravidade. O dano neural leva à arritmia cardíaca e megacólon (dilatação do intestino grosso) Duas fases possíveis: aguda e crônica INFORMAÇÕES GERAIS CICLO BIOLÓGICO O ciclo começa quando o inseto Reduviídeo se alimenta de sangue de um hospedeiro vertebrado, que pode incluir seres humanos. No intestino do inseto os tripomastigotas se diferenciam em epimastigotas, e então em tripomastigotas metacíclico. Realiza uma nova picada em outro alvo, onde o sítio é contaminado por fezes contendo tripomastigotas, que penetra no sangue do indivíduo pelo orifício da picada ou por mucosas. Ao penetrarem o sangue do novo reservatório formam amastigotas no interior das células hospedeiras. As amastigotas se multiplicam por fissão binária. Eles se diferenciam em tripomastigotas, em seguida, eclodem para fora da célula e entram na corrente sanguínea. Tripomastigotas na corrente sanguínea podem infectar células em vários tecidos; lá, transformam-se em amastigotas intracelulares e causam infecção sintomática. As células miocárdicas, gliais e reticuloendoteliais são sítios mais frequentes. Na corrente sanguínea, tripomastigotas não se multiplicam. A multiplicação só recomeça quando os parasitas entram em outra célula ou são ingeridos por outro vetor. RESPOSTA IMUNE A resposta imune na doença de Chagas envolve a ativação da resposta imune inata e adaptativa, com células T e B desempenhando papéis importantes na tentativa de eliminação do parasita. No entanto, o Trypanosoma cruzi possui mecanismos de evasão imunológica que podem dificultar sua eliminação. A infecção pode progredir para uma fase crônica, que pode ser assintomática por décadas, mas ainda resulta em danos aos tecidos, especialmente ao coração e ao trato gastrointestinal. FASE AGUDA Fase aguda da doença de Chagas é caracterizada pela presença de tripomastigotas no sangue e amastigotas intracelulares nos tecidos. Essa fase aguda geralmente regride em cerca de 2 meses, e a maioria dos indivíduos permanece assintomática. Achados clínicos incluem edema facial, nódulo próximo ao local da picada (chagoma), febre, linfadenopatia e hepatosplenomegalia. O diagnósticolaboratorial é realizado pela detecção de tripomastigotas em esfregaços do sangue do paciente, com possíveis exames como aspirado de medula óssea, biópsia muscular, cultura do organismo, xenodiagnóstico e testes sorológicos. O xenodiagnóstico envolve a alimentação de um inseto não infectado no paciente, seguida pela análise do conteúdo intestinal do inseto. O teste de fluorescência indireta com anticorpos é o primeiro a se tornar positivo. O tratamento da doença de Chagas envolve o uso do fármaco de primeira escolha, nifurtimox, e o fármaco alternativo, benznidazol. FASE CRÔNICA O organismos persiste na forma de amastigota. Achados clínicos: Miocardite Megacólon Diagnóstico: exames: xenodiagnóstico e testes sorológicos. Tratamento: não há fármaco efetivo para essa fase IMUNIDADE INATAIMUNIDADE INATA Receptores de Reconhecimento de Padrões (PRRs): Os PRRs são proteínas encontradas em células da imunidade inata, como macrófagos, células dendríticas e células NK. Eles reconhecem PAMPs em patógenos, como bactérias, vírus, fungos e parasitas. Os principais tipos de PRRs incluem: Toll-like Receptors (TLRs): Localizados na membrana celular ou no interior das células, reconhecem uma variedade de PAMPs, como lipopolissacarídeos bacterianos e ácidos nucleicos virais. NOD-like Receptors (NLRs): Encontrados no citoplasma, detectam PAMPs e DAMPs associados a infecções bacterianas e inflamações. RIG-I-like Receptors (RLRs): Também no citoplasma, reconhecem ácidos nucleicos virais e ativam respostas antivirais. C-Type Lectin Receptors (CLRs): Envoltos no reconhecimento de carboidratos, desempenham um papel importante na detecção de fungos e bactérias. Receptores de complemento Receptores de citocinas É a primeira linha de defesa do organismo e está presente desde o nascimento, sendo a primeira resposta que o corpo monta quando é exposto a um agente infeccioso. Segue algumas características da imunidade inata: Não Específica: A imunidade inata não faz distinção entre diferentes tipos de patógenos. Ela responde de maneira geral a características compartilhadas por uma ampla variedade de agentes infecciosos. Resposta Rápida: A imunidade inata é ativada rapidamente assim que um patógeno entra no corpo, proporcionando uma resposta imediata. O QUE É E SUAS CARACTERÍSTICAS Barreiras Físicas e Químicas: A pele e as mucosas bloqueiam patógenos, enquanto mucosas secretam enzimas e anticorpos. Células Fagocíticas: Fagócitos como neutrófilos, macrófagos e células dendríticas engolem e destroem patógenos. Sistema Complemento: Proteínas sanguíneas ligam-se a patógenos, promovendo sua destruição e desencadeando inflamação. Citocinas Inflamatórias: Células liberam citocinas que sinalizam e aumentam a permeabilidade vascular, facilitando a chegada de células e proteínas imunológicas à área afetada. Células Natural Killer (NK): Linfócitos NK matam células infectadas sem necessidade de reconhecimento específico. Interferons: Moléculas de sinalização ampliam a resistência a infecções virais. Receptores de Reconhecimento de Padrões (PRRs): Proteínas em células da imunidade inata reconhecem padrões moleculares em patógenos e danos celulares, incluindo TLRs, NLRs e RLRs. COMPONENTES RECEPTORES Ativação: Inicia quando anticorpos (IgG ou IgM) se ligam a antígenos na superfície de patógenos. A ligação dos anticorpos aos antígenos forma complexos imunes, que ativam as proteínas do complemento, começando com a C1q. O complexo C1q liga-se ao complexo imune e inicia uma cascata de ativação do complemento. Ativação: É uma via espontânea e constante, ativada pela presença de superfícies estranhas ou patógenos, como bactérias. A proteína C3 é dividida em C3a e C3b na circulação sanguínea. Quando C3b se liga à superfície do patógeno, inicia a ativação da via alternativa, recrutando outras proteínas do complemento. Ativação: Inicia quando proteínas de reconhecimento de carboidratos, chamadas lectinas, ligam-se a carboidratos na superfície dos patógenos. A ligação das lectinas aos carboidratos inicia a ativação da cascata de complemento, levando à formação de complexos ativados. 1. Via Clássica: 2. Via Alternativa: 3. Via da Lectina: SISTEMA COMPLEMENTO IMUNIDADEIMUNIDADE ADAPTATIVAADAPTATIVAÈ responsável por reconhecer e combater de forma altamente específica patógenos. Sistema imunológico é capaz de reconhecer e lembrar de patógenos específicos com os quais já teve contato anteriormente, proporcionando uma resposta mais eficaz em exposições futuras ao mesmo patógeno Principais características: Especificidade: A imunidade adaptativa é altamente específica para os antígenos, cada célula do sistema imunológico adaptativo, possui receptores de superfície únicos que reconhecem antígenos específicos. Memória Imunológica: a capacidade de formar uma memória imunológica. A resposta imune adaptativa é geralmente mais lenta do que a resposta imune inata O QUE É E SUAS CARACTERÍSTICAS IMUNIDADE ADAPTATIVA CELULAR Mediadores Principais: linfócitos T (linfócitos T auxiliares e linfócitos T citotóxicos). Outros componentes que integram a imunidade mediada por células incluem: Células apresentadoras de antígenos (Ag): Notavelmente, as células dendríticas (consideradas as mais eficazes apresentadoras de Ag), macrófagos e células B. Citocinas: São proteínas solúveis liberadas por várias células, desempenhando funções cruciais tanto na imunidade inata quanto na adaptativa. Descrição geral: Uma célula apresentadora de antígenos é um tipo de célula do sistema imunológico que detecta e comunica informações sobre uma infecção ou invasão. Isso ocorre por meio da ativação das células T. As células T, por sua vez, desempenham um papel essencial na ativação das células B, resultando na produção de imunoglobulinas (anticorpos). A resposta mediada por células ocorre em células ou tecidos específicos, especialmente em infecções intracelulares ou em células "aberrantes" encontradas em tumores. IMUNIDADE ADAPTATIVA HUMORAL Mediadores principais: células B ativadas e anticorpos. Ativação das Células B: as células B que encontram um antígeno (Ag) respondem através de ativação, proliferação e diferenciação, o que resulta na produção de anticorpos. Diferenciação das Células B: as células B ativadas se diferenciam posteriormente em dois tipos principais: plasmócitos e células de memória. Papel das Células de Memória: as células de memória desempenham um papel crucial na imunidade duradoura, permitindo respostas imunes rápidas e eficazes após a exposição subsequente ao mesmo antígeno (Ag). ANTICORPOS Existem cinco classes distintas de imunoglobulinas, cada uma com funções específicas: IgD, IgM, IgG, IgA e IgE. A IgD não está diretamente envolvida na reação a microrganismos. A IgM é o primeiro anticorpo a ser produzido em resposta a uma infecção aguda e desempenha um papel fundamental na ativação do sistema complemento. A IgG está relacionada a infecções passadas e serve como um marcador de exposição a antígenos. O IgA desempenha um papel crucial na neutralização de toxinas e patógenos, especialmente nas mucosas, prevenindo a liberação de toxinas. A IgE é uma classe especializada de anticorpos que desempenha um papel fundamental na resposta a alérgenos e parasitas. Quando o corpo entra em contato com alérgenos, a IgE é produzida e desencadeia uma série de reações alérgicas, incluindo a liberação de histamina. IMUNIDADE ADAPTATIVAIMUNIDADE ADAPTATIVA CONTINUAÇÃOCONTINUAÇÃO O Complexo de Histocompatibilidade Principal (MHC) é um conjunto de genes e proteínas encontrados em células humanas. Funções: Apresentação de Antígenos: O MHC é responsável por apresentar fragmentos de antígenos na superfície das células. Esses fragmentos de antígenos são apresentados em receptores específicos do sistema imunológico, como os linfócitos T (células T), permitindo que o sistema imunológico reconheça e responda a substâncias estranhas, como patógenos (vírus, bactérias) ou células anormais (células cancerosas). Regulação da Resposta Imunológica: O MHC tambémdesempenha um papel na regulação da resposta imunológica, influenciando como as células T e outras células do sistema imunológico interagem e respondem aos antígenos. A compatibilidade do MHC entre indivíduos é importante em transplantes de órgãos e tecidos, pois a incompatibilidade pode levar à rejeição do enxerto. MHC MHC I Encontrado na superfície de todas as células nucleadas do corpo, o MHC Classe I apresenta fragmentos de antígenos provenientes de proteínas intracelulares. Isso permite que os linfócitos T citotóxicos reconheçam e destruam células infectadas por vírus ou células cancerosas. MHC I I Encontrado principalmente em células apresentadoras de antígenos, como macrófagos, células dendríticas e células B, o MHC Classe II apresenta fragmentos de antígenos de substâncias capturadas no ambiente extracelular. Isso permite a ativação de linfócitos T auxiliares, que desempenham um papel central na coordenação da resposta imunológica. REFERÊNCIASREFERÊNCIAS DEE UNGLAUB SILVERTHORN et al. Fisiologia humana uma abordagem integrada. [s.l.] Barueri, Sp Manole, 2003. ABUL ABBAS, K. Imunologia Basica. 3. ed. [s.l.] Elsevier Editora Ltda, 2009.WHALEN, K.; MOORE, K. L.; T V N PERSAUD; AL, E. Embriologia básica. Rio De Janeiro (Rj): Elsevier, 2008. HALL, J. E. Guyton & Hall Fundamentos de Fisiologia. 12. ed. [s.l.] Elsevier Editora Ltda, 2014 DERRICKSON, B.; TORTORA, G. J. Princípios de anatomia e fisiologia. [s.l: s.n.]. FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. • Anatomia & Fisiologia Humana, uma abordagem visual 1. ed.